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Segunda semana do desenvolvimento humano

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À medida que a implantação do blastocisto ocorre, 
mudanças morfológicas no embrioblasto produzem um 
disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto e pelo 
hipoblasto 
O disco embrionário origina as camadas germinativas que 
formam todos os tecidos e órgãos do embrião. 
As estruturas extraembrionárias que se formam durante 
a segunda semana são a cavidade amniótica, o âmnio, a 
vesícula umbilical conectada ao pedículo e o saco 
coriônico. 
 
 
A, Desenho de uma secção de um blastocisto parcialmente 
implantado no endométrio uterino (cerca de 8 dias). Note a 
cavidade amniótica em forma de fenda. B, Desenho de uma 
secção de um blastocisto com cerca de 9 dias, implantado no 
endométrio. Note as lacunas aparecendo no sinciciotrofroblasto. 
Término da implantação do blastocisto: 
A implantação do blastocisto termina durante a segunda 
semana. Ela ocorre entre 6 e 10 dias após a ovulação e 
a fecundação. 
Conforme o blastocisto se implanta, mais o trofoblasto 
entra em contato com o endométrio e se diferencia em 
duas camadas: 
• Uma camada interna, o citotrofoblasto, que é 
mitoticamente ativa (isto é, figuras mitóticas são visíveis) 
e forma novas células que migram para a massa 
crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e 
perdem as membranas celulares. 
• O sinciciotrofoblasto, uma massa multinucleada que se 
expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é 
visível. 
 
 
O sinciciotrofoblasto é erosivo e invade o tecido 
conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto 
vagarosamente vai se incorporando ao endométrio 
As células sinciciotrofoblásticas deslocam as células 
endometriais no local de implantação. 
As células endometriais sofrem apoptose, o que facilita a 
invasão. 
Hipoblasto 
Epiblasto
 Citotrofoblasto
v 
Cavidade 
amniótica 
Cavidade 
exocelômica 
Membrana 
exocelômica 
Capilar endometrial Glândula uterina 
Sinciciotrofoblasto 
Âmnio 
Epitélio 
endometrial 
Citotrofoblasto
v 
Âmnio 
Epitélio endometrial 
Glândula 
uterina 
Sangue materno 
nas lacunas 
Mesoderma 
extraembrionário 
Disco 
embrionário 
bilaminar Vesícula 
umbilical 
primitiva 
Âmnio Sinciciotrofoblasto 
Vesícula 
umbilical 
primitiva 
Hipoblasto Tampão 
Mesoderma 
extraembrionário 
Citotrofoblasto
v 
Capilar 
endometrial 
Epiblasto
 
Rede 
lacunar 
Glândula 
uterina 
Rede 
lacunar 
Espaço celômico 
extraembrionário 
Endoderma 
extraembrionário 
que reveste a 
vesícula umbilical 
(saco vitelino) 
Sangue 
materno 
Glândula 
erodida 
Cavidade 
amniótica 
Citotrofoblasto
v 
Disco embrionário 
As células do tecido conjuntivo ao redor do local da 
implantação acumulam glicogênio e lipídios e assumem 
um aspecto poliédrico (muitos lados). 
Algumas dessas células, as células deciduais, se 
degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto 
invasor. 
O sinciciotrofoblasto engolfa essas células que servem 
como uma rica fonte de nutrientes para o embrião. 
O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, 
o hCG, que entra na circulação sanguínea materna 
através de cavidades isoladas (lacunas) no 
sinciciotrofoblasto; o hCG mantém a atividade hormonal 
do corpo lúteo no ovário, durante a gestação. 
O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que 
secreta estrogênio e progesterona para manter a 
gestação. 
Uma quantidade suficiente de hCG é produzida pelo 
sinciociotrofoblasto no final da segunda semana para 
resultar em um teste de gravidez positivo, mesmo que 
a mulher não saiba que possa estar grávida. 
Formação da cavidade amniótica 
Com a progressão da implantação do blastocisto, surge 
um pequeno espaço no embrioblasto; o primórdio da 
cavidade amniótica. 
Logo, as células amniogênicas (formadoras do âmnio), os 
amnioblastos, se separam do epiblasto e formam o 
âmnio, que reveste a cavidade amniótica. 
Concomitantemente, ocorrem mudanças morfológicas 
no embrioblasto (massa celular da qual se desenvolve o 
embrião) que resultam na formação de uma placa 
bilaminar, quase circular, de células achatadas. 
Formação do disco embrionário e da vesícula 
umbilical 
O disco embrionário, que é formado por duas camadas: 
• O epiblasto, uma camada mais espessa, constituída de 
células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica. 
• O hipoblasto, composto de células cuboides pequenas 
adjacentes à cavidade exocelômica. 
O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e 
está perifericamente em continuidade com o âmnio. 
O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e é 
contínuo à delgada membrana exocelômica. 
Essa membrana, juntamente com o hipoblasto, reveste 
a vesícula umbilical primitiva. 
O disco embrionário agora situa-se entre a cavidade 
amniótica e a vesícula. 
As células do endoderma da vesícula produzem uma 
camada de tecido conjuntivo, o mesoderma 
extraembrionário, que passa a envolver o âmnio e a 
vesícula umbilical. 
A vesícula umbilical e a cavidade amniótica possibilitam os 
movimentos morfogenéticos das células do disco 
embrionário. 
 
Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e a 
vesícula umbilical aparecem lacunas no sinciciotrofoblasto 
que são preenchidas por um mistura de sangue materno 
proveniente dos capilares endometriais rompidos e os 
restos celulares das glândulas uterinas erodidas. 
Esse fluido dos espaços lacunares, o embriotrofo, chega 
ao disco embrionário por difusão e fornece material 
nutritivo para o embrião. 
A comunicação dos capilares endometriais rompidos 
com as lacunas no sinciciotrofoblasto estabelece a 
circulação uteroplacentária primitiva. 
Quando o sangue materno flui para rede lacunar, o 
oxigênio e as substâncias nutritivas passam para o 
embrião. 
O sangue oxigenado passa para as lacunas a partir das 
artérias endometriais espiraladas, e o sangue pouco 
oxigenado é removido das lacunas pelas veias 
endometriais. 
No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está 
completamente implantado no endométrio uterino 
Inicialmente, existe uma falha superficial no epitélio 
endometrial que logo é fechada por um tampão, um 
coágulo sanguíneo fibrinoso 
Por volta do 12° dia, o epitélio quase totalmente 
regenerado recobre o tampão. 
Isso resulta parcialmente da sinalização de AMPc e 
progesterona. 
Assim que o concepto se implanta, as células do tecido 
conjuntivo endometrial continuam passando por 
transformações: é a reação decidual. 
As células incham devido ao acúmulo de glicogênio e 
lipídios no citoplasma. 
A principal função da reação decidual é fornecer 
nutrientes para o embrião e um local imunologicamente 
privilegiado para o concepto. 
Desenvolvimento do saco coriônico: 
O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento 
das vilosidades coriônicas primárias 
As vilosidades formam colunas com revestimentos 
sinciciais. 
As extensões celulares crescem para dentro do 
sinciciotrofoblasto. 
As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas 
primárias, que são o primeiro estágio de 
desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta 
(órgão fetomaternal de troca metabólica entre o embrião 
e a mãe). 
O celoma extraembrionário divide o mesoderma 
extraembrionário em duas camadas: 
• O mesoderma somático extraembrionário, que reveste 
o trofoblasto e cobre o âmnio. 
• O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que 
envolve a vesícula umbilical. 
O mesoderma somático extraembrionário e as duas 
camadas do trofoblasto formam o córion (membrana 
fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico 
O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão 
suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão. 
(O termo vesícula umbilical é mais apropriado porque o 
saco vitelino não contém vitelo em humanos.) 
O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade 
coriônica. 
A ultrassonografia transvaginal (endovaginal) é usada para 
medir o diâmetro do saco coriônico. 
Um embrião de 14 dias ainda tem o formato de umdisco 
embrionário bilaminar plano, mas as células hipoblásticas 
de uma área localizada são agora cilíndricas e formam 
um região circular espessada, a placa pré-cordal. 
Essa placa indica o local da boca e é um importante 
organizador da região da cabeça.

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