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CAPS e IAPS: Qual a importância da criação das CAPS e IAPS para a consolidação da previdência social no Brasil? A partir dos anos 20 começou a haver uma maior organização do atendimento médico-hospitalar. Em 1923 surgiu a CAPs (Caixa de Aposentadoria e Pensão), que era financiada com recursos das empresas do governo e dos empregadores. O controle era exercido por patrões das empresas que forneciam além dos benefícios previdenciários, a assistência médica dos trabalhadores segurados e de seus familiares. Já em 1933 surgiu o IAPs (Instituto de Aposentadoria e Pensão), criado no governo de Getúlio Vargas, vinculado ao Ministério do Trabalho. Foram criados vários institutos, agora não mais organizados por empresas e sim por categorias profissionais: dos marinheiros, dos bancários, dos comerciários entre outros. Os recursos dos IAPs eram arrecadados através do desconto salarial compulsório, para criar um fundo que, investido, gerava a massa de recursos necessários para pagar as aposentadorias e pensões, sendo administrado por representantes dos trabalhadores. Esses institutos foram muito importantes para que os trabalhadores tivessem acesso a medicina-privatista e serviram como base para a implementação da Previdência Social, que atualmente mantém muitos dos princípios da CAPs e do IAPs, como aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-acidente, por exemplo. Em 1974, foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), para atender a segurados do INPS. Após a Constituição Federal de 1988, que definiu o Sistema Único de Saúde (SUS), a transição do que havia em assistência à saúde do Ministério da Saúde e do Inamps virou o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (Suds), "um convênio entre o Inamps e os governos estaduais", seguido da incorporação do Inamps pelo Ministério da Saúde. Em 1990, o INPS foi fundido ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas), originando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e o Inamps, extinto em 1993, foi o alicerce, desde 1990, do hoje SUS para prover atenção à saúde a todo o povo brasileiro, independentemente de comprovação de ser contribuinte do INSS, acabando com a figura do indigente na saúde. Em 1974, quando o Inamps foi instituído, a capacidade instalada de hospitais próprios cobria apenas 30% dos segurados; então, terceirizou-se a assistência médica, via convênios com serviços privados e filantrópicos - os, à época, chamados "credenciados do Inamps".