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PARTO DE EMERGÊNCIA

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Primeiros	Socorros		
Parto	de	Emergência		
 
1. NOÇÕES DE ANATOMIA 
O útero grávido realiza compressão na bexiga e no intestino, motivo pelo qual a mãe apresenta 
alterações no seu ritmo urinário e intestinal 
A pelve feminina é mais ampla e aberta fazendo parte do canal de parto 
 
2. PARTO		
2.1. PARTO	DE	CÓCORAS		
-	Amplia	o	espaço	de	passagem	em	20%,	havendo	maior	amplitude	para	saída	do	bebê	
-	Utiliza	a	forca	da	gravidade		
-	São	em	torno	de	30%	mais	rápidos		
-	São	mais	rápidos,	fáceis	e	menos	dolorosos		
-	A	mulher	se	sente	mais	no	controle		
-	Pode	ser	utilizada	uma	banqueta	própria	para	o	parto	
-	É	o	parto	mais	fisiológico		
	
3. PARTO	DE	EMERGÊNCIA	
3.1. DEFINIÇÃO	
É	a	realização	de	um	parto	em	qualquer	local,	utilizando-se	de	materiais	improvisados	
É	um	fenômeno	fisiológico,	onde	o	socorrista	apenas	auxilia	no	processo,	não	devendo	puxar	ou	
tracionar	o	recém-nascido.	O	mesmo,	irá	apenas	criar	as	condições	necessárias	para	ajudar	e	facilitar	o	
processo.		
	
4. POSIÇÃO	DO	FETO		
As	posições	do	feto	podem	ser	a	cefálica,	pélvica	e	transversal	(ou	córmica)		
	
O	PARTO	DE	EMERGÊNCIA	somente	poderá	ser	realizado	com	o	feto	em	POSIÇÃO	CEFÁLICA.	
Nas	apresentações	pélvica	e	transversal	o	parto	só	deverá	ser	feito	por	um	médico	ou	obstetra.	
Nestas	duas	apresentações,	se	o	feto	colocar	o	braço,	perna,	pé	ou	outra	parte	do	corpo	para	fora	e	
puxarmos,	poderemos	causar	uma	fratura,	luxação	ou	lesão	do	plexo	nervoso.		
	
5. SINAIS	E	SINTOMAS	DO	TRABALHO	DE	PARTO		
-	Ruptura	da	bolsa:	se	traduz	por	saída	de	líquido	amniótico	que	sai	quente	e	com	um	cheiro	
característico	que	molha	a	roupa	da	gestante.	
-	Contrações:	são	os	movimentos	do	útero	para	estimular	a	saída	do	feto	e	que	causa	dor	embaixo	do	
ventre,	aumentando	a	frequência	e	a	intensidade	a	medida	que	o	parto	se	aproxima	do	desfecho.	
-	Sangramento	genital:	sangramento	via	vaginal	que	não	é	intenso	e	ocorre	porque	a	cabeça	do	feto	
está	forçando	para	sair	
-	Tampão	mucoso:	é	uma	secreção	espessa	que	fica	entre	o	fundo	da	vagina	e	o	colo	do	útero.	É	uma	
espécie	de	rolha	que	separa	estas	duas	regiões	(uma	externa	e	a	outra	interna)	evitando	que	bactérias	
entrem	e	causem	infecções.	O	tampão	é	uma	gosma	que	pode	ser	sanguinolenta	e	de	aspecto	escuro	ou	
vermelho.		
-	Edema	genital:	é	visível	na	vulva	porque	a	cabeça	do	feto	esta	fazendo	pressão	para	sair.		
	
6. CUIDADOS	COM	A	MÃE	
-	Identificar-se	(acalmar	a	mãe)	
-	Solicitar	informações	sobre	a	gravidez:	idade	gestacional	de	DPP	(data	provável	do	parto),	cartão	da	
gestante	e	pré-natal	
-	Posicioná-la	em	decúbito	dorsal	e	em	posição	ginecológica	(MMII	separados	e	fletidos)		
-	Solicitar	que	faça	força,	auxiliando	o	processo.		
-	Transportar	a	mãe	e	o	feto	com	a	placenta	para	o	hospital.		
	
Informações	acessórias:		
-	Mulher	que	nunca	pariu:	NULIGESTA	(nunca	gestou)		ou	NURÍPARA	(nunca	pariu)		
-	Mulher	que	já	teve	um	filho:	PRIMIGESTA	ou	PRIMÍPARA		
-	Mulher	que	já	teve	dois	filhos:	SECUNDIGESTA	ou	SECUNDÍPARA		
-	Mulher	que	já	teve	três	filhos:	TRIGESTA	ou	TERCÍPARA	
-	Mulher	que	já	teve	vários	filhos:	MULTIGESTA	ou	MULTÍPARA	
	
7. MATERIAIS	NECESSÁRIOS	
-	Panos	limpos:	para	limpar	e	aquecer	o	RN,	e	para	cobrir	a	região	genital	da	mãe	evitando	exposição	
desnecessária	
-	Barbante,	linha,	cordão	ou	fio	dental:	para	amarrar	o	cordão	umbilical	
-	Tesoura,	faca	ou	canivete:	para	cortar	o	cordão	umbilical	
-	Luvas	ou	saco	plástico:	o	saco	plástico	será	usado	para	colocar	a	placenta	que	deverá	ser	levada	ao	
hospital	para	análise.		
	
8. MATERIAIS	ESPECIAIS		
-	Clamp	umbilical	ou	pinça	hemostática:	são	utilizados	pelos	profissionais	do	APH	ou	no	hospital.		
No	parto	de	emergência,	utilizamos	o	cordão	ou	fio	dental.		
 	
	
	
9. FASES	DO	PARTO:		
a) Dilatação:		
-	Corresponde	a	preparação	do	colo	do	útero	com	consequente	dilatação	para	aumentar	o	canal	de	
parto	e	facilitar	a	saída	do	feto.	
-	Fase	em	que	o	colo	uterino	se	dilata	(cerca	de	2	a	10cm)	
-	Características	da	contração:	dor	tipo	cólica	com	frequência	de	2	a	3	contrações	em	10	minutos.		
b) Expulsão:		
-	É	a	saída	propriamente	dita	do	feto	
-	Neste	momento	os	materiais	devem	estar	prontos	
-	O	RN	não	possui	suas	fontanelas	(vulgo	moleiras)	fechadas	para	facilitar	a	sua	saída	
-	Presença	de	dores	mais	intensas	
-	Ocorre	abaulamento	da	abertura	vaginal	e	o	coroamento	(visualização	do	polo	cefálico	do	feto)		
c) Secundamento:		
-	É	a	saída	da	placenta.	
-	A	mesma	sai	normalmente	de	10	a	20	minutos	após	a	expulsão	do	feto.	
OBS:	O	parto	só	está	finalizado	quando	a	saída	da	placenta	é	concluída.		
	
10. INDENTIFICAR	A	POSIÇÃO	DO	FETO		
O	exame	de	toque	vaginal	é	realizado	pelo	obstetra	usando	luva	lubrificada	(com	o	segundo	e	terceiro	
quirodáctilos).	
O	exame	é	feito	para	checar	a	dilatação	do	colo	do	útero	e	a	posição	fetal	
À	medida	que	o	médico	consegue	abrir	os	dedos	significa	que	a	dilatação	está	maior.	
NÃO	é	um	procedimento	de	primeiros	socorros.		
	
11. CUIDADOS	COM	O	RN	
-	Não	puxá-lo		
-	Evitar	que	a	cabeça	saia	rápido	demais	(risco	de	edema	cerebral)		
-	Atentar	para	a	presença	de	circulares	(presença	do	cordão	umbilical	ao	redor	do	pescoço	do	feto)		
				OBS:	A	circular	precisa	ser	desfeita	antes	da	saída	do	feto		
-	Limpar	o	nariz	e	a	boca	(retirando	secreções	e	permitindo	uma	boa	respiração)		
-	Cuidado	ao	carregar	(o	RN	nasce	coberto	pelo	vernix	caseoso	–	substância	branca,	gordurosa	e	muito	
escorregadia	que	tem	a	função	de	proteger	a	pele	do	feto	no	útero,	tornando-a	impermeável)		
-	Aquecer	o	RN	(o	mesmo	se	encontra	no	útero	da	mãe	a	uma	temperatura	de,	mais	ou	menos,	37°C)	
-	Realizar	3	nós	a	10cm	do	abdome	do	RN	e	logo	após	cortar,	sendo	dois	nós	voltados	para	o	RN	e	o	
terceiro	nó	voltado	para	placenta.	
-	Anotar	a	data	e	a	hora	do	parto	
-	Colocar	a	cabeça	mais	baixa	que	o	corpo	(para	realização	da	drenagem	postural,	eliminando	restos	
de	parto	das	vias	aéreas)		
-	Transportar	para	o	hospital		
	
12. EPISIOTOMIA	
-	DEFINIÇÃO:	é	um	corte	realizado	na	região	do	períneo	indicados	em	casos	específicos	para	evitar	
lacerações		
-	Deve	ser	realizado	com	muita	cautela		
-	É	necessário	um	cuidado	muito	rigoroso	após	a	realização	deste	procedimento	devido	ao	risco	de	
infecções	e	outras	complicações	
-	Não	é	um	procedimento	de	Primeiros	Socorros		
-	É	um	procedimento	invasivo	e	deve	somente	se	realizado	por	um	médico		
-	EPISIORRAFIA:	é	a	sutura	da	incisão	efetuada	na	região	do	períneo		
	
13. HEMORRAGIA:		
-	É	considerada	normal	uma	perda	de	até	500ml	de	sangue	
-	Acima	de	500ml	deve-se	ficar	atento		
-	Causas:	Atonia	ou	Hipotonia	Uterina	
				>	O	útero	não	contrai	ou	não	contrai	o	suficiente	para	causar	vasoconstricção	e	impedir	a	
hemorragia.		
-	Conduta:		
				>	Massagear	o	útero		
				>	Usar	bolsa	de	gelo		
				>	Colocar	o	RN	para	mamar	(liberação	de	ocitocina	–	auxilia	na	contração	uterina)

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