Abordagem e acompanhamento HIV

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Luana Santana
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Abordagem ao paciente com HIV
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- Abordagem inicial: objetiva estabelecer relação de confiança e respeito entre equipe de saúde e o paciente
 - uso de linguagem acessível -> fundamental para compreensão e adesão ao tratamento 
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- Acolhimento: desde o momento que a pessoa chega ao serviço de saúde
 - ouvido de forma respeitosa e profissional 
 - compreender as condições psicossociais, riscos e vulnerabilidades da PVHIV
- Investigação continua -> complementada e atualizada em todos os atendimentos subsequentes
 - não se limita a primeira consulta
- Importante entender que nas primeiras consultas os pacientes tem muitas duvidas - esclarecer novamente os questionamentos e fornecer informações atualizadas fortalece o vínculo
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1) Anamnese
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- Paciente deverá saber após primeiras consultas:
 - como o vírus age
 - a diferença entre HIV e AIDS
 - importância da contagem de CD4 e exame da CV
 - como podem infectar e como evitar
 - como funciona a TARV
 - o seu prognostico
 - como evitar ISTs e hepatites e como elas pioram o curso 
 - a possibilidade de superinfecção ou reinfecção
 - as vantagens de dieta equilibrada, exercícios físicos e acabar com o tabagismo para o prognostico
 - onde encontrar informações
 - grupos de apoio disponíveis.
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2) Exame físico
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3) Exames complementares iniciais
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- Deve ser completo e incluir PA, peso, altura, IMC e circunferência abdominal 
 - realizado regularmente
 - quanto menor CD4 mais frequente deve ser o exame
- Pele: sarcoma de Kaposi, molusco contagioso, foliculite, dermatite seborreica, psoríase, micose de unhas e pés, verrugas
- Oroscopia: candidíase oral, leucoplasia pilosa
- Palpação de linfonodos: inguinais, axilar, supraclavicular, cabeça e pescoço
- Genital: corrimento, ulcera, lesões
- Hepato e esplenomegalia
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- Avaliação da condição geral de saúde, pesquisa de comorbidades, coinfecções e inicio urgente da TARV
- Exames que orientam necessidade de imunização ou profilaxias
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4) Periodicidade das consultas
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- Adequa-se às condições do paciente e a fase do tto
- Inicio da TARV -> retorno de 7 a 15 dias 
 - avaliação de efeitos adversos e dificuldades de adesão
 - depois podem ser necessárias consultas mensais até adaptação
- PVHIV em TARV com quadro clinico estável -> 6 meses
 - exames de controle a cada 6 meses ou de acordo com a necessidade
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5) Monitoramento da contagem de CD4 
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6) Monitoramento de CV
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- Pacientes em uso de TARV, assintomáticos e com CV indetectável 
 - CD4 < 350: exame semestral
 - CD4 > 350 em dois exames consecutivos em 6 meses: não precisa mais solicitar
- Pacientes sem uso de TARV ou com sintomas ou em falha virologica: solicitar a cada 6 meses

- Um dos marcadores mais importantes para avaliar urgência do inicio da TARV e indicação de profilaxia
 - avalia grau de comprometimento do sist. imune 

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- Pessoas em seguimento clinico: a cada 6 meses
 - confirmar a supressao viral e adesão
- Inicio de TARV ou modificação de TARV: após 8 de uso
 - confirmar resposta ao TARV e adesão 
- Confirmação de falha virologica: após 4 semanas da primeira CV detectavel
 
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7) Exames complementares e seguimento clínico
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- Além da CV e do CD4, , outros parâmetros devem ser monitorados nas PVHIV
- Recomentdado para pacientes clinicamente assintomáticos, sob tratamento estável, com resultados normais na avaliação laboratorial inicial e de rotina.
- A frequência dependerá da condição clínica e uso de TARV
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8) Investigação de TB
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- TB é a principal causa de obito por infecçao em PVHIV
- Deve ser pesquisada em todas as consultas
- Investigar sintomas: tosse, febre, emagrecimento, sudorese noturna
- PT para diagnosticar TB latente - deve ser feito em todas as PVHIV
 - < 5mm - repete anualmente
 - > 5mm - tto com isoniazida
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9) Rastreio de neoplasias
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- Mama: mulheres entre 50 e 69 anos com mamografia bianual
- Colo uterino: mulheres com preventivo 
 - semestral - se normal, anual
 - CD4 < 200 a cada 6 meses ate melhorar
- Anus: relação receptiva anal, antecedente de HPV - toque retal e preventivo anal
 - anual 
- Fígado: cirróticos e com HBsAg positivo com dosagem de alfa fetoproteina e USG semestral
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10) Imunização
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- Adultos e adolescentes vivendo com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante.
 
- Sempre que possivel adiar administração de vacinas em pacientes sintomaticos ou com CD4<200 
 - até reconstituição imune com uso de TARV
 - Melhor resposta vacinal e redução de risco de complicação

- Vacinas com vírus atenuado: analise individual de risco e beneficio 
 - pólio, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo, caxumba. 

- Eficácia reduzida da vacina contra hepatite B em imunodeprimidos: quatro doses de vacina contra hepatite B, com o dobro da dose habitual, são necessárias à indução de anticorpos em níveis protetores.