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Psico-oncologia

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INTRODUÇÃO
A Psico-oncologia é uma ramificação do campo da saúde, e trabalha junto da
psicologia hospitalar. Dessa maneira o psico-oncologista trabalha os processos
emocionais da doença do câncer e tratamento relacionado, oferecendo diversas
intervenções para o paciente que acabou de receber o diagnóstico.
A psico-oncologia surgiu através do campo de atuação e das dificuldades que
apareceram específicas na profissão. Os primeiros estudos sobre a área foram na
Grécia, entre corpo e mente, mas esse pensamento durou até o séc XIX
(CARVALHO,. Tempos depois as portas foram abertas para a oncologia quando a
medicina psicossomática, a medicina, psicologia comportamental e a psicologia
da saúde. Tendo em vista hoje o apoio da psiconeuroimunologia. A diferença dos
psico-oncologistas do Brasil é a aplicação através da nossa cultura e realidade, e
ainda hoje os profissionais enfrentam grandes dificuldades em executar o seu
trabalho, pois existem as normas dos hospitais e até um preconceito da própria
sociedade e entre outros desafios. Vale ressaltar que o avanço da tecnologia foi
uma grande ajuda na área tendo resultados que foram significativos.
A importância da psicologia na área da saúde tem como fundamento os fatores
psicossociais e comportamentais que estão com influência no adoecimento, entre
os aspectos psicológicos, físicos e sociais que interferem no tratamento do
paciente.
Neste trabalho vamos explicar como que a psicologia comporta-se na área da
oncologia, e como é feito o trabalho multidisciplinar.. A psicologia ela não busca
colocar como foco a cura da doença, o seguimento do tratamento é fazer o
paciente ter uma qualidade de vida e viver da melhor forma enquanto estiver em
vida, a equipe irá buscar uma melhor maneira que o trabalho das duas partes se
mantenha em equilíbrio e ambas as partes possam fazer o seu papel de uma
forma sem invadir o espaço do outro. De acordo com o conselho regional de
medicina:
“A aliviar os sintomas, a dor e o sofrimento em pacientes portadores de
doenças crônicas, progressivas, avançadas, degenerativas, incuráveis ou
doenças em estágio final. O cuidado visa ao paciente em sua globalidade
da pessoa humana, na tentativa de oferecer foco e significado na
qualidade de vida. (Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo, 2008, p.580).
Desenvolvimento
Conforme Carvalho (2002, p.151-166) estudos da ligação do corpo e mente
tiveram início na Grécia, mas esta visão foi abandonada até o século XIX quando
Freud voltou mostrar que o psíquico podia ocasionar processos físicos. A
Medicina Psicossomática, a Medicina e a Psicologia Comportamental e a
Psicologia da Saúde abriram o caminho para a Psico-Oncologia.
Mais tarde Freud e Jung contribuíram para o desenvolvimento do campo de
estudo de pesquisa em medicina psicossomática. A partir da oficialização dessa
área ocorreu também a fundação da American Psychosomatic Medicine
Association, em 1939. Outras teorias contribuíram para o fortalecimento do
conceito Psicossomática, fazendo com que esse termo esteja ligado à relação
mente e corpo.
A Oncología é, segundo Yamaguchi (1994),
Ciência que estuda o câncer e como ele se forma, instala-se e progride,
bem como as modalidades possíveis de tratamento. O médico que cuida
dos aspectos clínicos é chamado oncologista clínico. Além deste, outros
profissionais envolvidos no tratamento são o cirurgião oncológico, o
radioterapeuta e o psicólogo, que participam de uma equipe
multidisciplinar, (p. 21)
A Psico-Oncologia tem uma contribuição direta de Galeno e foi definida por
Holland (1990) como:
uma subespecialidade da Oncologia, que procura estudar as duas
dimensões psicológicas presentes no diagnóstico do câncer: 1) o impacto
do câncer no funcionamento emocional do paciente, sua família e
profissionais de saúde envolvidos em seu tratamento; 2) o papel das
variáveis psicológicas e comportamentais na incidência e na sobrevivência
ao câncer. (p. 11)
No Brasil, os psicólogos só começaram a trabalhar com oncologia depois dos
anos 70, o objetivo era ajudar o médico a informar sobre o diagnóstico da doença
ao paciente e a família.
O Primeiro Encontro Brasileiro de Psico-Oncologia aconteceu em 1989 em
Curitiba, em pouco tempo depois, em 1994, foi criada a SBPO - Sociedade
Brasileira de Psico-Oncologia, com o objetivo de unir profissionais e estudantes
da área da saúde e áreas afins à Psico-Oncologia.
Em 2008, o Ministério da Saúde determinou através da portaria 3.535/98 a
presença obrigatória de profissionais especializados em Psicologia Clínica nos
centros oncológicos vinculados ao SUS. Em razão disso, vários setores de
Oncologia de Centros Médicos, Clínicas e Hoje do país inteiro - público ou privado
- começaram a incluir profissionais instrumentalizados para fazer atendimento a
questões diretamente ligadas ao câncer.
A Psico-Oncologia é a área de cruzamento da Psicologia e Oncologia, neste
âmbito o psicólogo irá caminhar ao lado do paciente diagnosticado com câncer,
observando suas variações psicológicas e comportamento ao longo do processo
de adoecimento.
Dessa forma, é possível descrevermos a psico-oncologia como campo
interdisciplinar que estuda a influência psicológicas no prognóstico e o tratamento
do câncer. Nos principais objetivos está a identificação de mudanças e influência
do ambiente em que a psicologia possa auxiliar o enfrentamento da doença,
incluindo qualquer situação desconfortável e estressante que o paciente e a
família sejam submetidos.
Esse processo pode ir da cura até ao óbito, deixando claro a necessidade desses
cuidados especializados para esse sujeito, uma vez que está sendo submetido a
uma situação que parece ser agradável e comprometedora.
Segundo estudos realizados no Centro Médico Especializado em Câncer,
Memorial Sloan Kettering Hospital. Onde chegaram a um resultado importante,
pois mostravam que os fatores psicológicos e comportamentais estavam
correlacionados com etiologia do câncer e no seu desenvolvimento geral. E assim
nos Estados Unidos se formalizou a Psico-Oncologia.
Com esses resultados de pesquisa, começam a surgir demandas para esses
profissionais, apresentando a necessidade do acompanhamento psicológico
especializado ao paciente diagnosticado com Câncer. Onde o psicólogo atuante
em Oncologia irá propor o apoio psicossocial e psicoterapêutico possibilitando o
auxílio para melhor enfrentamento e qualidade de vida no processo de
adoecimento do paciente.
Segundo Scannavino e colaboradores (2013, p. 36) afirmam que doenças de
grande impacto como o câncer podem produzir diversas consequências para o
sujeito. Apresentação de problemas físicos e psíquicos, de forma que possa
reduzir significantemente a qualidade de vida do indivíduo, e isso pode diminuir
consideravelmente a adesão dos tratamentos de reabilitação utilizados.
Acerca de pesquisadores da área, pacientes com situação de câncer mostram
uma maior tendência ao desenvolvimento do Transtorno Depressivo, mostrando
que estão um pouco mais próximas dessa psicopatologia em relação às outras
pessoas, (Linden et al.., 2009). Este fator requer uma observação delicada, uma
vez que pode comprometer o caminhar do tratamento, (Santin, Linden, e Phillips,
2009).
A baixa auto-estima, medos e ansiedades são umas das várias complicações que
podem aparecer, o que é bastante compreensivo. Tendo em vista que o sujeito
que está atravessando esse processo, tenha medo do que pode ocorrer com ele
durante os procedimentos.
São submetidos a várias sessões de quimioterapia, que lhes trazem efeitos
colaterais significativos como: perda de cabelos, problemas emocionais e
consequências negativas para seu sistema imunológico.
Lourenção, Santos Jr, e Luiz (2010), afirmam que essas complicações que se
relacionam com o quadro, diagnóstico e tratamento da doença, causam perdas
na qualidade de vida dos indivíduos, trazendo situações de afastamento
psicossocial do paciente, se fazendo necessário intervençõespsicoterapêuticas
especializadas, que podem se estender após sua alta, contribuído para uma
reabilitação, uma nova introdução desse sujeito na sociedade.
ESTUDO DE CASO
Ana, 38 anos, do sexo feminino, solteira, advogada, foi diagnosticada com câncer
de mama, de procedência genética, e se encontrava internada para fazer
mastectomia.
Após sentir dores abaixo da axila, fez um autoexame, e em seguida procurou
uma intervenção médica.
Estava acompanhada de uma amiga próxima, pois a família morava em outro
estado, porém, mesmo com a distância mantinha a família informada sobre sua
situação.
Dado o diagnóstico,ela aceitou de imediato o tratamento. Mas com o avanço da
quimioterapia e efeitos colaterais, quis interromper os procedimentos . E meses
depois, após retornar ao hospital com mais dores, foi informada que seria
necessário a retirada da mama.
Seu estado emocional apresentava episódios depressivos decorrentes da baixa
autoestima e a ansiedade, “... já estou perdendo o meu cabelo e agora vou perder
o seio”. E sua ansiedade se dá pelo medo dos procedimentos cirúrgicos, “...minha
avó morreu de câncer de mama”.
Por sugestão do médico e desejo da paciente foi iniciado o acompanhamento
com a psicóloga devido a demanda emocional. A paciente não mostrou
resistência à presença da psicóloga, e logo no primeiro contato ela mostrou uma
grande demanda emocional, com sua fala desordenada e intensa.
A Psicóloga estabeleceu algumas intervenções acerca dessa paciente, a fim de
oferecer esse atendimento especializado e evitar problemas decorrentes do
quadro emocional.
A escuta seria realizada diariamente, incluindo a do acompanhante, para o
melhor caminhar do processo de adoecimento, trabalhando na fragilidade e
sempre reconhecendo os limites de Ana.
Também foi visto como necessário a explicação dos procedimentos do
tratamento, explicação essa que seria realizada também pela equipe.
A psicóloga interviu de forma que tivesse um manejo cuidadoso da dor, do
estresse que vinha do ambiente, doenças e procedimentos. Preparando a
paciente para tais procedimentos, que poderiam ser dolorosos e invasivos
mostrando as possíveis consequências dos mesmo.
Sua cirurgia não apresentou nenhuma complicação. Assim não demorou muito
para Ana receber alta.
Depois de todo o processo, Ana retornou para casa, mas por recomendação da
Psicóloga continuou uma psicoterapia para lhe ajudar nos problemas emocionais
e com sua volta para o mercado de trabalho, com seus episódios depressivos e
suas relações interpessoais. Pois ainda apresentava medo e vergonha das
pessoas, pelo seu estado físico, que após o processo cirúrgico estava fora do
adequado.
Depois de 3 meses, Ana já tinha recuperado o peso, não havia mais apresentado
episódios depressivos e nem de ansiedade, estava praticando esportes leves,
voltou a trabalhar e iniciou uma pós-graduação
Considerações Finais
Considera-se que com a própria dificuldade de reconhecimento do papel do
psicólogo, a psico oncologia também sofre de carência de serviços
especializados no Brasil. Por conta de uma parcela enorme da nossa população
desconhecer a atuação e as intervenções nas áreas que o psicólogo atual.
Atualmente ainda há um certo preconceito de que o psicólogo apenas trata de
pessoas que possuem apenas possuem alguma doença mental ou emocional,
por tanto com isso as pessoas têm medo ou não acham que possuem alguma
doença mental para ir ao psicólogo, já que acham isso “coisa de louco”.
As orientações e intervenções fornecidas aos pacientes em tratamento de câncer,
tanto nos atendimentos individuais, quanto com familiares são de extrema
importância. Quando o próprio paciente busca esse tratamento, percebe-se que
existe uma melhoria no seu modo de vida. Tais como, redução de estresse por
conta de todo o seu processo de tratamento, equilíbrio no seu estado de humor,
se estendendo até na pessoa que está lhe acompanhando.
Mas tudo não depende apenas do psicólogo. O correto seria uma junção da
equipe multidisciplinar, para atender as diferentes demandas do paciente
diagnosticado com câncer. O papel do psicólogo na área da Psico-oncologia é de
extrema importância, mas em muitos casos os componentes dessa equipe,não
sabem explicar para os familiares a atuação do psicólogo dentro desse
contexto.Talvez pela ideia de que a intervenção do psicólogo desnecessária, ou
simplesmente por não entenderem a sua função. Porém, existem profissionais
que já reconhecem esse trabalho, e defendem a necessidade dos psicólogos
nessa equipe de oferecer os aspectos de qualidade possíveis para o paciente,
trabalhando desde a origem dos seus sintomas, estado emocional, até a hora da
morte.
Referências
CAPITÃO, Cláudio Garcia; SCORTEGAGNA, Silvana Alba; BAPTISTA, Makilim
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