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Jaine Carvalho Página 1 SOFRIMENTO FETAL E RCIU Sofrimento fetal Def: é quando acontece acidose no feto entretanto é algo difícil de realmente ser diagnosticado, isso porque deveríamos fazer coleta sanguínea (escalpo) sendo um método não muito feito. Dividido em: agudo e crônico. Agudo interrupção brusca da oxigenação fetal (queda brusca das trocas materno fetais) = mal estar fetal. Crônica redução progressiva da oxigenação fetal = bebê se adapta no decorrer SOFRIMENTO FETAL AGUDO É no trabalho de parto que é onde mais se encontra = mecanismo de parto + contrações uterinas (leva ao colabamento dos vasos e aumenta a pressão). Contração: 40seg-1min portanto o colabamento é transitório. E se o feto está bem, ele tem reserva para passar por esse momento. Se esse evento de aumento da pressão e colabamento das artérias não acontecer de maneira fisiológica durante o parto, pode levar ao sofrimento fetal pela falha na oxigenação do feto. Causas: Hipersistolia materna = contração por muito tempo, com intensidade aumentada. Taquissistolia uterina = maior número de contrações >5contrações em 10 minutos Hipertonia uterina = útero hipertônico leva a compressão frequente dos vasos sanguíneos o que leva a ter menos sangue para placenta. Acontece do descolamento prematuro da placenta Hipotensão materna = anestesia peri-dural diminui fluxo placentário (melhora a pressão da mulher hidratanto, pode levar a diminuição dos BCF mas não necessariamente é sofrimento. Circulares de cordão apertada Prolapso de cordão umbilical pode acontecer após rotuda das membranas ovulares Nós de cordão Causas de insuficiência uteroplacentaria Causas de insuficiência fetoplacentaria Jaine Carvalho Página 2 O que tudo isso pode fazer? Pode levar a diminuição do fluxo sanguíneo materno-fetal, o sangue passa através da placenta e, portanto há uma insuficiência uteroplacentária aguda. Isso não leva sangue oxigenado suficiente para o feto o que promove asfixia e hipóxia fetal sofrimento fetal agudo. Mecanismos de defesa do feto Há uma promoção de alterações cardiovasculares para preservação de órgãos nobres, acontece: Vasodilatação seletiva do cérebro, coração e suprarrenal e vasoconstrição nos outros órgãos Diagnostico Clinica = cardiotocografia ou microanálise do sangue fetal (pouco acesso). SOFRIMENTO FETAL CRONICO O bebe aqui passa a se adaptar com o passar da gestação. Isso acontece por insuficiência placentária que pode acontecer por trombose placentária por exemplo (é uma placenta sofrida) gestação de alto risco O sofrimento fetal crônico é manifestado como restrição do crescimento intrautero Manifestação clinica Restrição de crescimento intrauterino = bebê não consegue crescer bem. Alterações do liquido amniótico = oligoaminio __Fases do crescimento fetal: Alteração ou não de rendimento cardíaco alteração da FCF Respiração anaeróbia acidose Sendo isso uma sequencia de eventos que culmina em acidose metabólica (lesão tecidual e morte) <16 semanas: tabagismo, infecções, desnutrição da mãe Jaine Carvalho Página 3 RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERO Def: impossibilidade do feto de atingir seu potencial de crescimento por causas genéticas ou ambientais. Definimos como um feto restrito aquele que está abaixo do percentil 10 para idade gestacional, entretanto nessa categoria, podemos encontrar os fetos que são pequenos constitucionais aqueles em que a família toda é pequena também. Por isso usamos também a definição de restrito quando <p3. Obs.: pela altura uterina não tem como falar e sim dar uma hipótese. Sendo assim: <p10 + qualquer outra alteração sugestiva = restrito <p3 __Classificação: Se a restrição do crescimento foi diagnosticada com <32 semanas = é uma restrição precoce IG <32 semanas Se tiver pelo menos 1 dos parâmetros= Circunferência abdominal <p3 Ou peso fetal estimado <p3 Ou artéria umbilical com diástole 0 Mas, se tiver peso fetal ou CA <p10 = precisa ter uma alteração do doppler para falar em restrição. As alterações de doppler são: Aumento do índice de pulsatilidade da artéria uterina <p95 Ou índice de pulsatilidade da artéria umbilical >p95 Exemplo: temos um bebê com peso fetal estimado < p3 = ele já é considerado restrito. Mas, se tiver no p9 + artéria umbilical alterada também é restrito. É quando o diagnostico de restrição é feito >32 semanas. Sendo os parâmetros: CA ou peso fetal estimado <p3 Ou: peso ou ca <p10 associado a outras alterações = Relação cérebro placentária <p5 ou índice de pulsatilidade da artéria umbilical >p95 Ou queda maior que 2 quartis em avaliações seriadas. Obs.: em linhas gerais se ele estiver abaixo do p3 é restrito. Se não for isso tem analisar o dopler Obs².: parâmetros de medidas para estimar peso fetal = circunferência craniana e diâmetro bi parietal, circunferência abdominal e tamanho de fêmur. Há restrição Jaine Carvalho Página 4 Causas: CAUSAS FETAIS CAUSAS MATERNAS CAUSAS PLACENTARIAS Cromossomopatias Síndromes hipertensivas Placenta previa Síndromes genéticas Infecções congênitas Corangioma Malformações fetais Diabetes com comprometimento vascular Inserção velamentosa do cordão Colagenoses Artéria umbilical única Nefropatias Doenças inflamatórias intestinais Trombofilias Uso de álcool, tabaco e drogas Classificação em relação à morfologia: Simétricos = todas as medidas fetais são menores. Assimétricos = CA é mais acometido. Insuficiência placentária = como causa. Pelo comprometimento da fase de hipertrofia (após 16 semanas gestacionais) Misto = tabagismo, hipertensão, desnutrição. Diagnostico É ULTRASONOGRAFICO = ECOGRAFICO (15% de erro) Obs.: Def do diagnostico (FEBRASGO) = <percentil 10 para idade fetal. Entretanto, se pegar todos os bebês 35% apenas terá a restrição isso porque existe o bebe pequeno, mas isso é constitucional (é da família). Obs.: suspeita pela altura uterina não é ela que define. Obs.: os bebês restritos são os de maiores mortalidades e maior risco de doenças cardiovasculares na vida adulta. Jaine Carvalho Página 5 DOPPLERVELOCIMETRIA É um estudo realizado para avaliar a vitalidade fetal. O doppler faz estudo dos vasos sanguíneos materno-fetais. Artéria umbilical mostra perfusão placentária. Quando avaliamos o vasos vamos avaliar a resistência do vaso com o índice de resistência, que quanto maior for (mais perto 1) mostra que há aumento da resistência. Se há aumento do índice >p95 mostra que há resistência nesse vaso. Aumento da resistência = significa vasoconstrição Centralização = significa vasodilatação, porque o índice de resistência está baixo (passa sangue facilmente). O termo que o feto está centralizando, significa que está acionando mecanismos compensatórios para a resistência que está acontecendo na placenta redirecionamento do fluxo para órgãos nobres. Quando estamos diante de um feto pequeno, temos que fazer o estudo das artérias para saber se ele está realmente com sofrimento crônico (se há mecanismos de adaptação). Sendo assim a primeira artéria a ser vista é a umbilical, estando ela normal não seguimos a investigação, mas monitorizamos o feto. Caso ocorra alteração nessa artéria, seguimos a investigação com a artéria cerebral media e posteriormente o ducto venoso. Em um estudo de doppler, temos as ondas de sístole e diástole = onda mais alta é a sístole e a mais baixa a diástole. E com esses dois parâmetro se faz os índices de resistência. Sequencia de avaliação Jaine Carvalho Página 6 Artéria umbilical = o normal é ter uma diástole alta. Sístole = ponto mais alto da curva Diástole = vale da curva. Artéria cerebral media = é um vaso de resistência, portanto temque ter diástole menor. Se essa aumenta é o processo de centralização (vasodilatação). Tratamento Encaminhamento para o alto risco = vai fazer acompanhamento no ambulatório de alto risco. >25 semanas USG a cada 2 semanas Se artéria umbilical alterada = avaliar a vitalidade fetal para indicar a resolução (parto) Se doppler normal: Sem patologia materna resolução com 40 semanas Com patologias maternas resolução com 37 semanas Se perfil biofísico do feto 0,2 ou 4 Avaliação do USG avaliando: Movimento somáticos Tônus Movimentos respiratórios Volume de liquido amniótico Cardiotocografia DR = diástole reversa Anormal = mas não está diástole 0 nem reversa. Resolução Via obstétrica = não obrigatório a cesárea. Se sofrimento fetal agudo ou apresentação pélvica cesárea. Rn precisa de cuidados neonatais = fazer clampeamento precoce do cordão umbilical.
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