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1 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti INTRODUÇÃO À ULTRASSONOGRAFIA Geral Ondas mecânicas sonoras de alta frequência (106 Hz) inaudíveis pelo ser humano que são captados pelo aparelho sob a forma de eco [ultrassom] Efeito piezoelétrico – capacidade de emitir e captar o som [o transdutor contém cristais com propriedade de geração interna de carga elétrica resultante de uma força mecânica aplicada] Órgãos com densidades ≠ - tempo de retorno da onda ≠ - tons de cinza ≠ [impedância acústica dos tecidos] *Efeito Doppler – análise do fluxo Indolor Não faz mal para o médico ou paciente Quanto maior a frequência sonora, melhor a resolução espacial – mas pior penetração USG é inimigo do osso/gás e amigo do líquido! [RX é o oposto] {Tireoide, Rins, Vesícula, Vasos periféricos} - órgão rico em líquido, doença rica em líquido Transdutores – emitem o som. Cada um tem uma faixa de frequência específica e deve ser escolhido de acordo com a profundidade que se deseja observar. Grande profundidade – transdutor convexo de baixa frequência [utilizado no fígado, por exemplo] Baixa profundidade – transdutor linear de alta frequência [utilizado na pele, por exemplo] *Quanto mais próximo da estrutura que se deseja observar, melhor a resolução!* 2 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti Usos comuns Abdômen Estruturas com líquido dentro [a imagem fica NEGRA porque o eco não volta! Ex: bexiga, vesícula] NÃO visualiza bem estruturas com Ca2+ [imagem BRANCA. Em casos de cálculos (rim, vesícula), a imagem ficará branca com sombras posteriores. *Para a visualização de cálculos é mais indicado a tomografia A gordura também é BRANCA [ex: hilo renal] Pode ser usada no tórax, mas apenas em casos de derrame pleural Estruturas superficiais [ex: tireoide] NÃO consegue observar estruturas com GÁS Cistos, nódulos Durante a gravidez [acompanhamento do desenvolvimento fetal] Vasos periféricos [líquido] *Doppler – analisa o movimento – fluxo dos vasos [a partir da noção de entrada ou saída de sangue, pode-se identificar qual é a veia e qual a artéria] Nomenclatura ECÓICO 3 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti Anecóico = negro [líquidos] Hiperecóico = branco [cálculos, gorduras, gases] Hipoecóico = cinza [abscesso + tudo o que não for branco ou negro – braço, córtex renal] *Pus é líquido, mas é mais espesso – cinza {O laudo sempre comparativo → Ex: O córtex renal é hipoecóico em comparação com a medula renal porque tem gordura e a gordura reflete melhor o som} Vantagens Portátil, barato e não invasivo Não utiliza radiação ionizante Alta resolução espacial e temporal - permite a visualização do funcionamento dos órgãos em tempo real Boa sensibilidade e especificidade para uma ampla faixa de patologias Guia para procedimentos intervencionistas Sem efeitos colaterais conhecidos Desvantagens Operador-dependente [longo treinamento – imagem em tempo real] Não consegue imagens adequadas das estruturas ósseas e com ar [no gás o som não passa bem e o osso reflete muito o ultrassom, logo, tudo o que está abaixo do osso não será visualizado. Por isso muitas vezes serve como um método de rastreio. Ele detecta algo que será levado para uma tomografia, por exemplo] O artifício do meio de contraste ainda não é bem estabelecido como na TC e RM Ruim para pacientes com tecido adiposo espesso [alta impedância acústica] 4 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti INTRODUÇÃO À RESSONANCIA MAGNÉTICA Geral Máquina de RM – ímã que interage com o corpo por meio de campos magnéticos de alta radiofrequência [1000MHz] para criar imagens de alta definição em três planos [horizontal, vertical e em camadas] *Base física → alinhamento dos prótons e hidrogênio presentes no corpo humano pelo ímã. Depois, é gerada uma radiofrequência para “bagunçar” novamente esses prótons. Os prótons serão alinhados uma 2ª vez pelo campo magnético gerado pelo ímã. Esse 2º alinhamento gera uma radiofrequência diferente que será percebida pelo aparelho para formar a imagem no computador. A mudança do pulso de radiofrequência e, consequentemente do tempo de eco que o próton gera ao receber essa energia, gera o relaxamento T1 e T2 e todas as outras sequências de imagens produzidas pelo exame. TR/TE e T1/T2 TR/TE [tempo de repetição/tempo de eco – a partir da manipulação desses tempos e dados as imagens são formadas] T1/T2 [são as imagens] São sequências utilizadas na realização do exame que facilitam o reconhecimento e a diferenciação de estruturas anatômicas como gordura, líquidos corporais e estruturas sólidas. São tipos de aquisições magnéticas adquiridas durante o exame. Exemplo – a água em T2 é BRANCA e em T1 ESCURA. LÍQUIDO BRANCO – T2 LÍQUIDO ESCURO – T1 5 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti Tipos de cortes A RM é multiplanal {O USG é monoplanal} Nomenclatura INTENSO Hiperintenso Isointenso Hipointenso Meio de contraste GALDOLÍNIO - 64Gd [sal de gadolínio] O CONTRASTE SÓ É APLICADO EM T1! O contraste transfere energia para o meio circundante reduzindo o tempo de relaxamento T1 e T2 {o tempo entre a emissão e o recebimento do pulso magnético} *O contraste à base de galdolínio é eliminado pela urina do paciente em até 24 horas. É contraindicado para pacientes com insuficiência renal aguda, especialmente se houver insuficiência hepática. Usos comuns Cérebro [ex: fluxo do líquor, atividade cortical cerebral] 6 REV AV1 – Camila Carneiro Leão Cavalcanti Coluna vertebral Ligamentos e articulações [ex: lesões estruturais] Coração Vasos sanguíneos [ex: fluxo sanguíneo, perfusão tecidual] *Muito indicado para tendão! É o exame-ouro da ortopedia Obs: é possível ver a estrutura química dos tecidos a partir da propriedade dos prótons Vantagens Não utiliza radiação ionizante [não altera o DNA celular] Não invasivo Alta capacidade de diferenciação tecidual Contraste bastante seguro Imagens multiplanares Desvantagens Alto custo Exame demorado Disponibilidade Contraindicações Paciente agitado Implantes metálicos Marcapasso Implantes oculares e auditivos Clipes de aneurisma ferromagnética
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