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Interpretação de eritograma

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I N T E R P R E T A Ç Ã O D E 
E R I T O G R A M A 
O eritograma é a parte do hemograma 
que avalia os eritrócitos, também 
chamados de hemácias. Nesta análise 
são verificados seu tamanho, formato, 
intensidade de cor, e quantidade de 
hemoglobina que cada eritrócito possui. 
Também é mensurada a porcentagem de 
células sanguíneas (hematócrito) 
R E T I C U L Ó C I T O S 
 
A última fase da produção medular que 
antecede uma hemácia madura é uma 
célula chamada de reticulócito. 
A diferença entre as duas é que o 
reticulócito é um pouco maior e vai 
apresentar grânulos no seu interior. 
Os mamíferos perdem o núcleo da sua 
hemácia quando ela está madura, já os 
anfíbios, repteis e aves não. 
No hemograma padrão, a maior parte 
dos laboratórios não incluem a parte de 
reticulócitos, para saber se esse paciente 
apresenta ou não essas células na 
corrente sanguínea, é necessário pedir um 
hemograma com contagem de 
reticulócitos. 
Em que casos pedir? 
Depende da suspeita clínica. 
Ex.: paciente com produção medular 
aumentada - animal por algum motivo 
precisa produzir mais hemácias, dessa 
forma, a medula libera mais, porém na 
sua forma imatura (reticulócito) para 
tentar lidar com essa demanda. 
Exceção: equinos não liberam 
reticulócitos na corrente sanguínea, para 
saber se ele tem, é necessário fazer 
punção medular. 
T E M P O D E V I D A: 
H E M Á C I A S 
Varia de acordo com a espécie e idade: 
 
Em média, a cada 12 dias a medula tem 
que produzir, maturar e jogar na 
circulação as hemácias, para manter o 
processo de controle de qualidade. 
E S T R U T U R A D O 
E R I T O G R A M A 
 
Uma outra análise é feita através da 
hematoscopia, que é um procedimento 
que faz parte do hemograma e tem como 
finalidade confrontar os dados obtidos 
nos analisadores hematológicos com a 
avaliação na microscopia óptica, através 
do esfregaço sanguíneo. 
A hematoscopia consegue analisar a 
morfologia dos eritrócitos e dos 
reticulócitos e caso haja algo importante é 
relatado no hemograma na parte de 
observação. 
Alterações 
De quantidade de hemácia presentes na 
amostra, podemos classificar as 
alterações em anemia ou policitemia. 
Em relação a quantidade, também se 
analisa o hematócrito que a relação 
hemácia x plasma. O hematócrito pode se 
encontrar: 
• Alto (mais hemácia do que 
plasma) 
• Baixo (baixa no número de 
hemácias no plasma) 
O número de hemácias geralmente está 
associado aos de hemoglobina. 
Dificilmente é possível manter o nível de 
hemácias e aumentar de hemoglobina, 
pois se houver mais hemoglobina que o 
normal em uma hemácia, ela explode. 
Contagem de hemácias 
O número de hemácias está sujeito a duas 
alterações: 
• Valores acima dos valores de 
referência -> policitemia. 
• Valores abaixo dos valores de 
referência -> anemia. 
A N E M I A 
 
• Diminuição no número de 
hemácias 
• Diminuição no teor de 
hemoglobina (principal 
parâmetro) 
• Redução do hematócrito 
• Alterações morfológicos e índices 
hematímetricos são usados para 
classificá-las: 
 
➔ Com base no grau de regeneração 
medular 
➔ De acordo com as alterações 
morfológicas 
➔ De acordo com a causa 
 
 
 
Podem ser classificadas em: 
• Regenerativas 
• Arregenerativas 
É através da presença ou não de 
reticulócitos que conseguimos dizer que 
tipo de anemia é. 
Regenerativa 
Na anemia regenerativa a medula 
consegue se adaptar a baixa de hemácias 
na circulação sanguínea. 
Dessa forma, mesmo com a anemia 
presente, a produção de eritrócitos se 
mantém normal ou aumentada. 
• Produção normal: quando a 
medula consegue ajustar sua 
produção e mandar eritrócitos 
prontos e maduros para a corrente 
sanguínea. 
Ou seja, no hemograma veremos uma 
anemia, porém, sem reticulócitos 
presentes. 
• Produção aumentada: quando a 
demanda já está maior, e por isso 
ela começa a mandar eritrócitos 
imaturos (reticulócitos), já que 
uma hemácia leva 48 a 72 horas 
para ficar pronta. 
No hemograma veremos anemia, só que 
dessa vez com reticulócitos ou outras 
células mais imaturas na corrente 
sanguínea. 
Quanto mais imatura for a hemácia na 
circulação, significa que maior está a 
demanda. 
 
• Causas: 
Hemorragias: rápida perda sanguínea 
Hemólise: lise de hemácias 
• Baixa de O2 
A queda do O2 na circulação estimula a 
eritropoietina, hormônio produzido no 
fígado a sinalizar a célula mãe na medula 
óssea a produzir mais hemácias, 
diferenciando as células precursoras. 
• Capacidade de regeneração 
eritróide 
Devido a lançamento de eritrócitos 
imaturos na circulação, na anemia 
regenerativa são encontradas: 
Reticulocitose: aumento na contagem dos 
reticulócitos circulantes 
Policromasia: eritrócitos são maiores e há 
excesso de coloração (eritrócitos maiores 
= reticulócitos). 
Metarrubrícito: Hemácias imaturas 
nucleadas. 
Arregenerativas 
A anemia arregenerativa ocorre quando a 
produção de eritrócitos está prejudicada, 
e a MO não consegue manter ou 
aumentar produção. 
Nesta, os reticulócitos não vão estar 
presentes na circulação sanguínea, visto 
que a medula não consegue mandá-los. 
• Curso crônico, acompanhada de 
neutropenia e plaquetopenia . 
• Sem reticulocitose e policromasia 
As causas podem ser: 
• Primárias: quando o problema é 
na medula óssea em si (ex: 
aplasia, lesões). 
• Secundário: quando há deficiência 
de substratos necessários para a 
produção (ex: eritropoietina, ferro, 
vitamina B, hormônios). 
 
As alterações morfológicas das hemácias 
são analisadas através dos índices 
eritrocitários. 
 
• Índices eritrocitários 
 
VCM 
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO 
(tamanho) 
Indica o tamanho da média das hemácias 
(a maior parte delas) em uma lâmina de 
esfregaço. 
• Normocítica: tamanho normal 
• Macrocítica: maiores que o normal 
• Microcítica: menores que o normal 
As anemias normocíticas tendem a ser 
regenerativas. 
A anemia macrocítica mostra células de 
tamanhos maiores que o normal, ou seja, 
células jovens de hemácias indicando 
anemia regenerativa com presença de 
reticulócitos. 
Células menores geralmente são as mais 
velhas, portando quando é encontrada 
anemia microcítica indica que as células 
velhas que estão ali ainda não foram 
removidas pois a medula está com a 
demanda alta, e precisam de ‘’toda a 
ajuda possível’’ – provavelmente anemia 
arregenerativa. 
HCM 
HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA 
Diretamente relacionada a cor da 
hemácia. 
• Normocrômica: quantidade de 
hemoglobina normal por hemácia. 
• Hipocrômica: baixa quantidade de 
hemoglobina por hemácia 
• Hipercrômica: não existe, pois é 
impossível ter muita hemoglobina 
na célula pois ela já teria explodido 
– caso isso seja mostrado, seria 
artefato de amostra (erro). 
CHCM 
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA 
CORPUSCULAR MÉDIA 
• Normocrômica: quantidade de 
hemoglobina normal por hemácia. 
• Hipocrômica: baixa quantidade de 
hemoglobina por hemácia 
• Hipercrômica: alta quantidade de 
hemoglobina por célula (mas 
também é muito difícil de 
acontecer). 
O CHCM difere do HCM pelo fato de que 
a concentração leva em conta o volume 
celular e o HCM apenas relaciona a 
hemoglobina total com o número de 
eritrócitos (média). 
O CHCM está relacionado ao VCM e 
HCM, inversamente e diretamente 
proporcional, respectivamente. 
Pois se o valor médio por hemácia do 
paciente estiver normal (HCM normal), 
porém a hemácia estiver pequena (VMC 
baixo), ela ficará concentrada (CHCM 
alto). 
Portanto o CHCM será um índice que irá 
associar as informações do VCM e do 
HCM, indicando a relação entre eles. 
• VCM DIMINUIDO -> CHCM 
AUMENTA (tem mais hemoglobina 
se comparado ao tamanho da 
célula) 
• VCM AUMENTADO, CHCM CAI 
(vai ter menos hemoglobina se 
comparado ao tamanho da célula) 
RDW 
VARIAÇÃO DO TAMANHO ENTRE AS 
HEMÁCIAS (anisocitose)Vai indicar se há variação ou não no 
volume das hemácias. Ou seja, se todas 
elas estão mais ou menos do mesmo 
tamanho, ou se há extremos muito 
grandes, com hemácias muito grandes e 
outras muito pequenas, a chamada 
anisocitose. 
Se houver anisocitose com VCM 
macrocítica significa que há capacidade 
de resposta medular visto que o tamanho 
das células indica que tem reticulócito 
(hemácias jovens maiores). 
 
 
 
• Hemorrágicas 
• Hemolíticas 
• Deficiência de ferro 
• Doenças inflamatórias 
• Doença renal crônica 
Hemorrágicas 
• Aguda ou crônica 
• Externa ou interna 
• Traumas, procedimentos 
cirúrgicos, defeitos hemostáticos, 
intoxicação por anticoagulantes, 
doenças hepáticas, lesões 
gastrointestinais, neoplasias com 
sangramento cavitário, doenças 
parasitárias. 
• Imediatamente -> sem alterações 
Se um paciente tem um quadro de 
hemorragia aguda, a quantidade de 
sangue diminui, mas a sua estrutura do 
(proporção dos componentes) se 
mantém. 
Com isso, numa análise imediata da 
amostra de um paciente com hemorragia, 
não será mostrado alterações, visto que 
os componentes do sangue se 
mantiveram. 
Ou seja, só conseguimos saber realmente 
se o paciente ficou anêmico após ter uma 
hemorragia, apenas 36 a 48h depois 
(tempo que o organismo leva para fazer 
sua compensação sozinho, passando 
sangue dos tecidos para dentro dos 
vasos) ou acelerando esse processo 
fazendo fluidoterapia para repor volume. 
Dessa forma o sangue vai apenas diluir e 
não vai alterar sua composição, nos 
dando um resultado real no seu 
hemograma, e aí sim saber se esse 
paciente está anêmico e precisará ou não 
de um transfusão. 
Caso o paciente não precise de 
transfusão, ainda assim deve-se fazer 
uma reposição de ferro, vitamina etc., 
para que o paciente tenha os substratos 
necessários para produzir novas células. 
• Regenerativas -> sinais apenas 
72hrs depois 
Para saber se o paciente está 
conseguindo repor as suas hemácias, é 
necessário refazer a coleta 72 horas 
depois (tempo de produção de hemácias). 
E assim, comparar o hematócrito feito no 
dia com este outro hematócrito e avaliar 
se o paciente está fazendo sua reposição 
corretamente. 
Se o hematócrito não subir nestas 72horas 
pode indicar uma incapacidade de 
resposta desta medula. 
HEMORRAGIA AGUDA 
• Início: sem alteração dos valores 
(normocítica, normocrômica). 
• Pode ter aumento de hematócrito 
por contração esplênica: 
Devido a contração do baço (dor de 
facão) que joga sua reserva de hemácias 
na circulação para compensar a perda 
(mais hemácia + volume permanece = 
condensa hemácias -> hematócrito alto) 
• Para avaliar reticulocitose é 
necessário esperar o tempo 
mínimo de produção medular (72 
hrs). 
HEMORRAGIAS CRÔNICAS 
• Ocorre em pacientes oncológicos 
com tumor ulcerado, pacientes 
epistaxe devido a pólipos ou 
alteração nasal etc., ou seja, 
perdas pequenas, porém 
continuas. 
Devido a isso, não ocorre hipovolemia, o 
início é normocítico normocrômica, a 
medula consegue suprir sua demanda. 
Pode encontrar suave reticulose, porque o 
Ferro perdido na hemorragia (neste caso 
internas) é reabsorvido e reutilizado, 
conseguindo aumentar um pouco a 
produção medular acarretando um leve 
reticulose. 
Porém com o passar do tempo o consumo 
de Ferro vai ser intenso (gasto de 
reservas) -> anemia arregenerativa 
secundária do tipo microcítica 
normôcromica, pois devido à falta de 
Ferro as poucas células que são 
produzidas vai com um concentração de 
hemoglobina menor. 
Hemolíticas 
• Destruição de hemácias; essa 
destruição pode ser intra ou 
extravascular. 
DESTRUIÇÃO EXTRAVASCULAR 
Na extravascular há uma ação maior de 
macrófagos aumentando a retirada de 
células da circulação (hemocaterese mais 
intensa). 
A destruição das hemácias acontece no 
baço -> alta produção de bilirrubina -> 
sobrecarga hepática (ultrapassa a 
capacidade de metabolização do fígado). 
Por isso, geralmente em casos de 
hemólises extravasculares, o paciente 
apresenta casos de icterícia (bilirrubina 
acumulada). 
 
DESTRUIÇÃO INTRAVASCULAR 
Quando algo dentro do vaso destruindo 
as hemácias, acarretando em muita 
hemoglobina livre dentro da circulação -> 
hemoglobinemia e hemoglobinúria. 
As causas podem ser adquiridas: 
• Comuns 
• Infecciosas, microangiopaticas, 
autoimunes, agentes oxidantes 
(ex: cebola), medicamentos, 
transfusões incompatível. 
Ou hereditárias. 
• Raras 
• Defeitos de produção 
As anemia hemorrágicas agudas são 
menos responsivas que as hemolíticas, 
pois na primeira o ferro é perdido (não se 
reaproveita) não estando disponível para 
a eritropoiese. 
Ou seja, vai haver liberação de 
eritroproeina, vai aumentar a 
estimulação da medula óssea, mas não 
vai haver reaproveitamento de Ferro, pois 
tudo foi perdido. 
Na hemolítica, normalmente há 
reaproveitamento do ferro liberado pela 
hemoglobinas livres, fazendo com que 
haja uma resposta medular mais intensa: 
Reticulocitose, policromasia, 
metarrubricito e anisocitose presentes. 
Deficiência de ferro 
O ferro é substrato para eritropoiese, na 
sua falta, o funcionamento da medula é 
comprometido acarretando em uma 
anemia microcítica hipocrômica. 
Em filhotes essa deficiência é muito 
comum - mal nutridos ou muito 
parasitados (ex: animais de resgate). 
Este padrão de anemia (microcítica 
hipocrômica) devido à falta de ferro 
também pode ocorrer em: 
• Paciente neoplásicos com 
hemorragias crônicas, pois 
mesmo reaproveitando o ferro, 
aos poucos ele é gasto com mais 
intensidade. 
• Intoxicações por chumbo, pois 
este se liga ao ferro inibindo sua 
incorporação no grupo heme –> 
menos ferro disponibilizado para 
produção de hemoglobina – neste 
caso, a célula apresenta alteração 
morfológica conhecida como 
siderócitos. 
Doenças crônicas e 
inflamatórias 
• Câncer, doença hepática e 
gastrointestinal 
Medida por citocinas inflamatórias (TNF, 
IFN-y, IL-1, IL-6), estes mediadores: 
• diminuem a disponibilidade de 
ferro 
• dificultam o processo de 
diferenciação celular (células 
progenitoras) 
• causam lesão renal em maior 
intensidade devido ao grande 
processo de vasodilatação -> 
queda da PA e pressão renal -> 
comprometimento de sangue a 
nível renal -> insuficiência renal -> 
baixa na produção de 
eritropoetina -> comprometimento 
da eritropoiese. 
• aumentam hemólise intravascular 
(diminuem a vida útil das 
hemácias). 
O padrão dessa anemia é arregenerativa, 
pois estes são processos crônicos, que 
com o tempo fazem a medula perder a 
sua capacidade de produção. 
No início, é representado por anemia 
normocítica normocrômica, mas este 
padrão pode mudar e se tornar 
microcítica caso a deficiência de ferro se 
torne mais significativa. 
• No caso de inflamações agudas é 
mais comum encontrar um padrão 
de anemia hemolítica, pois neste 
caso as interleucinas (citosina 
inflamatória) causam 
principalmente lesões oxidativas 
nas hemácias, aumentando a 
fagocitose dela pelos macrófagos 
no baço -> hemólise extravascular 
aumentadas. 
Este padrão é ainda mais significativo em 
gatos, pois estes são mais sensíveis ao 
estresse e tem mais receptores na células 
que interagem com as citosinas. 
Doenças renais 
Principalmente a crônica, devido a: 
• Baixa produção de eritropoetina. 
• DRC -> inflamação -> citosinas 
inflamatórias 
• Toxinas urêmicas (uremia) -> 
causa hemólise extravascular 
(diminui vida útil das células). 
• Úlceras orais e gástricas causadas 
pelas toxinas urêmicas -> 
hemorragias crônica 
Anemia x proteínas 
plasmáticas 
Sempre devemos relacionar a anemia 
com as proteínas plasmáticas. 
Só é possível confirmar que o paciente 
está anêmico se ele estiver com o 
hematócrito baixo, e proteína plasmática 
dele estiver normal, pois assim temos a 
certeza deque o que baixou nesse 
paciente foram as hemácias (anemia). 
Se o hematócrito estiver baixo, mas a 
proteína plasmática estiver aumentada 
-> anemia com desidratação. 
Hematócrito diminuído com proteína 
diminuída é menos comum. 
 
P O L I C I T E M I A 
Aumento no numero de hemácias, 
hematócrito e concentração de 
hemoglobina. Pode ser absoluta 
(verdadeira) primária ou secundária ou 
pode ser relativa (falsa). 
• Na veterinária é mais comum 
encontramos casos de policitemia 
relativa. 
Policitemias verdadeiras 
• Aumento verdadeiro na produção 
de hemácias. 
PRIMÁRIA 
• Quando o aumento na produção é 
devido a algum problema 
diretamente na medula 
(proliferação autônoma). 
• Rara na veterinária 
• Também chamada de policitemia 
vera 
Esse tipo de policitemia predispões 
paciente a um quadro de neoplasia, 
principalmente leucemia eritróide 
crônica. 
O tratamento de eleição para essa 
alteração é a sangria -> usa-se para 
diminuir a concentração de células na 
circulação e diminuir a produção para que 
o depósito da medula também não fique 
cheio – visto que se tira hemácia da 
circulação, a medula esvazia o estoque 
para repor a perda – e desenvolva 
neoplasias. 
SECUNDÁRIA 
• Quando o aumento ocorre devido 
a alguma alteração não 
diretamente na medula e sim no 
organismo, em algo que influencie 
a produção de hemácias. 
• Normalmente relacionada a a 
doença renal, cardíaca ou 
endócrina. 
• Proteína plasmática está norma. 
Exemplos: 
• Paciente com alteração hormonal, 
que leva a um aumento de 
eritropoetina, o que super 
estimula a produção de células 
vermelhas. 
• Aumento de eritropoietina devido 
hipóxia tecidual 
• Doenças cardiovasculares e 
respiratórias 
• Neoplasia produtoras de EPO (ex: 
carcinoma hepatocelular, 
hepatobastoma em equinos) 
Nos cães, a produção de eritropoietina é 
nos rins; em outras espécies, 
principalmente equinos tem produção de 
EPO no fígado também. 
• Doença renal (hidronefrose, cisto 
renal) 
• Hiperadrenocorticismo em cães e 
gatos que estimula a medula. 
Para confirmar causa secundaria é 
necessário fazer investigações a fundo, 
para descobrir o que pode estar causando 
essa super estimulação da medula. 
Ex.: exame de dosagem de eritropoietina 
Obs.: O hemograma não mostra se a 
policitemia é do tipo primária ou 
secundária. 
Policitemia relativa 
Caracterizada não pelo aumento da 
produção de hemácia, e sim pela 
diminuição de plasma (desidratação), 
que faz com que as hemácias fiquem 
concentradas (hemoconcentração) 
mostrando no exame uma policitemia. 
Neste caso a proteína plasmática estará 
aumentada, porque quando o plasma se 
concentra a proteína concentra também. 
• A única situação que a proteína 
plasmática vai estar normal é na 
contração esplênica. 
Contração esplênica: quando o baço faz 
um esforço para mandar hemácias para a 
circulação quando há necessidade (ex: 
melhorar função respiratória depois de 
esforço). 
Neste caso a proteína vai estar normal, 
porque o paciente não está desidratado, 
porém ela ainda é uma policitemia 
relativa porque a produção não 
aumentou, só houve liberação na 
circulação de hemácias já existentes. 
 
Policitemia x proteína 
plasmática 
 
Desidratação mascarada por 
hipoproteinemia é quando o animal perde 
plasma (desidrata), concentra hemácia e 
proteína, mas a proteína já estava baixa 
(hipoproteinemia) por isso ela vai 
aparecer como normal mascarando a real 
desidratação do paciente. 
• Comum em pacientes resgatados.

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