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Outros Antibióticos (Glicopeptídeos, Lipopeptídeos e Oxazolidinonas)

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Farmacologia Michele Barreiro 
Glicopeptídeos 
Inibidores da síntese da parede celular. 
Cobertura: 
 GRAM +; 
 Enterococcus faecalis; 
 Enterococcus faecium; 
 Staphylo aureus → Meticilina resistente! 
Mecanismo de ação 
Na sua maioria impedem a formação da parede bacteriana → Inibição da 
síntese de peptideoglicano → Desestabilização da membrana plasmática 
→ Lise bacteriana. 
A desestabilização da membrana plasmática da bactéria, pelo fato dela 
não ter mais a parede celular → Aumenta a possibilidade de extravasar 
o conteúdo intracelular para o meio extracelular → Alteração da 
permeabilidade da membrana. 
Inibição da síntese de material genético, principalmente o RMA 
mensageiro → Interferência na síntese de RNAm; 
 Esses mecanismos de ação ocorrem em cascata! 
 Faz a mesma coisa que os beta-lactâmicos, porém, com uma via 
de ação diferente; 
 Por isso, beta-lactâmicos e glicopeptídeos possuem sítios de ação 
diferente, porém, com o mesmo resultado que é a inibição da 
síntese da parede bacteriana. 
 Por esse mesmo motivo os betalactâmicos e os glicopeptídeos 
são utilizados em associação. 
Interações medicamentosas 
Reação sinérgica à nefro e Ototoxicidade quando utilizados polipeptídeos 
com aminoglicosídeos. ( 1+1=10 ); 
Sem mecanismo definido, pode ocorrer um aumento na T ½ de diversos 
AINEs, quando associado o uso de Vancomicina, portanto podendo 
aumentar seus efeitos tóxicos; 
Reação sinérgica à atividade antimicrobiana quando comparada com o uso 
isolado de aminoglicosídeos e Vancomicina.; 
Nefro e Ototoxicidade quando uso conjunto (a investigar): Polimixina, 
anfotericina, cefalosporinas, platinas e mostardas; 
Diminuição da atividade intrínseca de digitálicos (a investigar). 
Bacitracina 
Não é ativa contra P. aeruginosa; 
Altamente nefrotóxica; 
Utilizada por via tópica em associação com corticosteroides, neomicina ou 
polimixina B, para ampliar o espectro de ação. 
Fusafungina 
Exerce atividade estritamente local; 
Utilizado no tratamento de infecções do trato superior e dos brônquios; 
Forma de aerossol; 
Quinupristina + Dalfopristina 
Farmacologia Michele Barreiro 
Utilizados no tratamento das infecções causadas por Enterococcus 
faecium resistentes à Vancomicina; 
Bacteriostáticos contra Enterococcus faecium e bactericidas contra cepas 
de estafilococos, tanto sensíveis como resistentes a Meticilina; 
Mecanismo de ação: 
 Quinupristina inibi a fase inicial da síntese proteica no ribossomo; 
 E a Dalfospristina inibe a fase final. 
 
Vancomicina e Teicoplanina 
Espectro de ação curto → Mas eficaz no espectro que se propõe. 
Germes GRAM (+) → Estreptos, Estáfilos (os resistentes também) e 
Enterococos; 
Infecções graves, geralmente, de ambiente hospitalar. Então o uso dessas 
medicações é em uso hospitalar. 
Alguns anaeróbios (Clostridium) → Antigamente se usada muito em casos 
de Colite pseudomembranosa., por meio da Vancomicina via oral. Mas, 
hoje em dia não é a principal indicação. 
 
Teicoplanina 
Via de administração: intravenosa e intramuscular. 
Uso clínico a ambiente hospitalar. 
T ½ longa (aproximadamente 24 horas); 
Possibilidade de uso ambulatorial → Infecções prolongadas. 
 Por exemplo: osteomielite → Tratamentos costumam cursar de 
6 meses a 1 ano. 
 Devido a administração intramuscular e seu tempo de meia vida, 
o paciente consegue continuar o tratamento ambulatorial 
prolongado. 
 Tem duração de ação mais longa e pode ser administrada pelas 
vias intramuscular e intravenosa; 
Cobertura: 
֍ Estreptos; 
֍ Estáfilos; 
֍ Enterococos; 
֍ Anaeróbios (Clostridium). 
Aplicação na prática: 
Alternativa à Vancomicina; 
Infecções por Estáfilos resistentes (MRSA) → Geralmente hospitalares; 
Estáfilos de resistência intermediária → Linezolida ou Daptomicina. 
Efeitos adversos: 
 Febre, Ototoxicidade, tontura, tromboflebite no local da 
administração. 
Vancomicina 
Via de administração: intravenosa; 
Uso clínico restrito a ambiente hospitalar; 
Mecanismo de ação: 
 Bactericida! 
Inibe a síntese da parede células de bactérias sensíveis. 
Farmacologia Michele Barreiro 
O mecanismo de resistência dos enterococos decorre da alteração da 
molécula de D-alanil da parede. 
Cobertura: 
 Estreptos; 
 Estáfilos; 
 Enterococos; 
 Anaeróbios (Clostridium). 
Ativa contra cocos GRAM + sendo altamente eficaz contra 
Staphylococcus aureus e S. epidermidis; 
Não tem atividade contra bacilos GRAM – e micobactérias; 
Aplicação prática: 
 Infecções por Estáfilos resistentes (MRSA) → geralmente 
hospitalares → DROGA DE ESCOLHA! 
 Estáfilos de resistência intermediária → Linezolida ou Daptomicina 
→ Utilizar se o Estáfilo for resistente à Vancomicina; 
 Associação com Gentamicina → Cobrir Enterococos resistentes; 
Para os VRE (Enterococos resistentes à Vancomicina). 
A associação com o Aminoglicosídeo – Gentamicina ou Micacina. 
Gentamicina + Vancomicina → Para GRAM +; 
Micacina + Vancomicina → GRAM -. 
Se ainda não resolver → Outras alternativas: Ampicilina-Sulbactam, 
Linezolida, Daptomicina ou até Estreptograminas; 
 Contra Clostridium (colite psdeudomembranosa) → Metrodinazol; 
Por não apresentar relação química com outros antibióticos, não ocorre 
resistência cruzada; 
Reações adversas: 
Hipersensibilidade e flebite. 
A infusão venosa rápida pode causar Síndrome do pescoço vermelho 
(liberação de histamina, prurido, angioedema, eritema, congestão e 
raramente choque). 
Urticaria, hipotensão, taquicardia leucopenia, eosinofilia. 
Ototoxicidade e Nefrotoxicidade. 
 
 
Lipopeptídeos 
Mecanismo de ação 
Despolarização do potencial de membrana das bactérias. 
➔ Instabilidade elétrica na bactéria leva a uma inibição da síntese de 
proteínas e da produção de DNA e RNA. 
Daptomicina 
Vias de administração: intravenosa – parenteral. 
 Ambiente hospitalar. 
Medicamento novo e de alto custo. 
Cobertura: 
֍ Estáfilos MRSA – Resistentes; 
֍ Enterococos – Incluindo os resistentes aos Glicopeptídeos; 
֍ Estrepto; 
֍ Clostridium. 
Farmacologia Michele Barreiro 
Aplicação na prática: 
Alternativa à Vancomicina nos casos de resistência dos Enterococos e 
Estáfilos. 
 
Oxazolidinonas 
Mecanismo de ação: 
Inibição direta da síntese proteica; 
 Pega o RNA transportador e bloqueia a ligação do complexo RNA 
mensageiro + Ribossomo bacteriano; 
 Ao inibir não há a etapa de tradução da síntese proteica; 
 Daí vem o efeito bacteriostático → Sem a síntese as bactérias 
não conseguem se proliferar; 
 Efeito bacteriostático → Inibição do crescimento das bactérias. 
O espectro de ação é muito parecido com a Daptomicina e com o 
Glicopeptídeo! 
Linezolida 
Via de administração: via intravenosa e via oral. 
Cobertura: 
֍ Estáfilos MRSA; 
֍ Enterococos → Incluindo os resistentes aos Glicopeptídeos; 
֍ Estreptos; 
֍ Clostridium. 
Aplicação na prática: 
Alternativa a Vancomicina nos casos de resistência dos Enterococos e 
Estáfilos.

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