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MACROSSOMIA FETAL

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MACROSSOMIA FETAL
ETIOLOGIA:
⇒ Quando o neonato pesa mais de 4.500 g. No
Brasil, a macrossomia acomete cerca de 5 a 6% dos
recém-nascidos. Entre as principais causas de
macrossomia fetal → diabetes e obesidade materna,
mas também gravidez prolongada, multiparidade,
história obstétrica de macrossomia, etnia, feto do
sexo masculino, peso e estatura elevada dos pais;
Ocorre em 17% das mulheres com diabetes melito gestacional
(DMG) não tratadas, e em 7% das tratadas. associação entre
obesidade materna e macrossomia fetal tem sido estabelecida
em muitos estudos. → Peso materno e resistência à
insulina antes da gravidez afetam o crescimento
fetal e refletem no seu peso ao nascimento. O
aumento na disponibilidade de glicose, aminoácidos
e ácidos graxos livres para o feto no diabetes
materno→ secreção de insulina pelas células β do
pâncreas fetal; → Hiperglicemia materna →
hiperglicemia no feto→ hipertrofia/hiperplasia do seu
pâncreas fetal e hiperinsulinemia; A insulina tem
efeito direto na divisão celular e leva à
macrossomia. Por isso, mulheres com diabetes apresentam
maior risco de gerarem recém-nascidos macrossômicos.
Mulheres obesas, mesmo com tolerância normal à glicose,
têm igualmente maior incidência de bebês macrossômicos.
Parece existir relação direta entre o índice de massa corporal
(IMC) materno e o risco de crianças macrossômicas.
Atualmente, sabe-se que a ação da insulina não é o
único fator responsável pelo crescimento anormal e
que existe uma relação muito mais complexa entre o
metabolismo materno e o desenvolvimento fetal→
participação do fator de crescimento insulina-like
(IGF-1) que desempenha outras funções de grande
importância neste processo, assim como a influência
da leptina, hormônio elaborado pelo tecido adiposo.
Por exemplo, há produção aumentada de leptina
pela placenta no diabetes, elevando a mobilização
das reservas de tecido adiposo materno, de tal sorte
a incrementar o transporte transplacentário de
lipídios para o feto. Lipases placentárias
metabolizam triglicerídeos no sangue materno,
permitindo que ácidos graxos livres sejam
transferidos em excesso para o crescimento do feto.
Igualmente, na gravidez prolongada 2,5 a 10% dos
fetos são macrossômicos.
DIAGNÓSTICO:
⇒ A medida do fundo de útero é método de fácil
realização→ utilização de modo isolado apresenta
baixa sensibilidade para o diagnóstico da
macrossomia fetal. A ultrassonografia é o único
método prático de diagnosticar a macrossomia fetal.
O procedimento universal é colocar o diâmetro
biparietal (DBP), a circunferência cefálica (CC), a
circunferência abdominal (CA) e o comprimento do
fêmur (CF) em um modelo de regressão para
calcular o peso fetal estimado (PFE). Muitos autores
têm referido que a medida isolada da CA é tão precisa quanto
o PFE para predizer o peso fetal/macrossomia. Uma rotina
de rastreamento recomendada seria avaliar o
tamanho fetal (ultrassonografia da macrossomia) no
terceiro trimestre, vale dizer, um exame de triagem
entre 32 e 34 semanas, para identificar o grupo de
alto risco, e outro diagnóstico com 39 semanas. A
RM para estimar o peso fetal e a macrossomia
parece ser mais sensível que a ultrassonografia. O
custo e a viabilidade da RM utilizada em larga
escala devem ser considerados.
COMPLICAÇÕES:
⇒A morbidade e a mortalidade perinatal estão
elevadas, assim como a morbidade materna,
especialmente, hemorragia pós-parto, operação
cesariana, parto vaginal operatório, lesões do trajeto
(lacerações de períneo, esfíncter anal), da bexiga,
incontinência urinária de esforço e prolapso vaginal.
Entre as complicações fetais → aumento da
mortalidade pela asfixia, mas, especialmente, a
distocia de ombros com paralisia do plexo braquial,
seguida da fratura de clavícula e do úmero. Além
disso, a macrossomia fetal resulta em aumento da
obesidade na infância, adolescência e vida adulta
(programação fetal).
ACONSELHAMENTO
PRÉ-CONCEPCIONAL E
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL:
⇒ prevenir as complicações da gravidez de feto
macrossômico → intervenção para controle de
alguns fatores de risco → diabetes e a obesidade
materna, prévios à gestação → ganho de peso
excessivo no período gestacional; Ao manifestar o
desejo de engravidar → informações quanto à
necessidade de controle do peso não só no período
anterior à concepção, mas também durante toda a
gravidez. No acompanhamento pré-natal → peso
aferido a cada consulta; → orientação nutricional;
→estímulo ao desenvolvimento de atividade física
para auxílio no controle do ganho ponderal. → O
ganho de peso deve ser avaliado de forma
individualizada de acordo com o IMC prévio à
gestação. O diagnóstico do diabetes deve,
preferencialmente, ser pré-concepcional →
adequada orientação → a prevenção de
malformações fetais. O diagnóstico do DMG é
realizado em duas etapas, na primeira consulta
pré-natal e entre 24 e 28 semanas da gestação. Um
grande número de mulheres brasileiras apresenta
sobrepeso ou obesidade no início da gravidez, o que
leva a alto risco de ganho de peso excessivo,
associado a maior incidência de cesariana e
macrossomia fetal.
PARTO:
⇒Cesárea eletiva →evitar a distocia de ombros
→mulheres não diabéticas→ peso fetal > 5.000 g ou
> 4.500 g em grávidas diabéticas. O feto da mulher
diabética mal controlada → risco elevado de
macrossomia, com concentração desproporcional de
tecido adiposo nos ombros e no tórax, dobrando o
risco de distocia no parto. Do mesmo modo, a
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indução do parto entre 37 e 38 semanas da
gestação para mulheres com fetos grandes para a
idade gestacional (GIG) reduz o risco de distocia de
ombros (risco relativo – RR, 0,32) e de morbidades
associadas ao nascimento, sem aumentar a
incidência de operação cesariana. Esses benefícios
devem ser comparados com os possíveis efeitos
negativos da indução do parto no termo-precoce.

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