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Faculdade de Minas 
1 
 
 
TEORIA DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
2 
 
Sumário 
 
1 Introdução .................................................................................................. 4 
2 Processo de Construção do Conhecimento e Desenvolvimento Mental do 
Indíviduo ................................................................................................................... 5 
3 O que são teorias de aprendizagem ........................................................ 11 
3.1 Aprendizagem ................................................................................... 11 
3.2 Comportamentalismo ou behaviorismo: PAVLOV e SKINNER ......... 12 
3.3 Teoria de aprendizagem social: BANDURA ...................................... 14 
3.4 Cognitivismo: PIAGET ....................................................................... 14 
3.5 Teoria sociointeracionista: VYGOTSKY ............................................ 17 
3.6 Aprendizagem significativa: AUSEBEL ............................................. 18 
4 As Políticas Educacionais e as Práticas Pedagógicas ............................. 20 
5 Praticas Pedagógicas Eficientes .............................................................. 23 
5.1 Trabalhos coletivos ........................................................................... 23 
5.2 Educação voltada para o futuro......................................................... 24 
5.3 Descolonização da educação............................................................ 25 
Referências ................................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULESTE 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Introdução 
Para os seres humanos se desenvolverem é necessário aprender coisas novas a todo 
o momento. Sejam habilidades motoras, idiomas ou cálculos matemáticos: todos 
possuem seus próprios métodos para processar a informação transformá-la em 
conhecimento. 
Investigar, analisar e sistematizar estes métodos é a tarefa da área da psicologia 
denominada psicologia da educação. Esta área é a responsável por pesquisar sobre 
as teorias da aprendizagem, que abordam a desenvolvimento cognitivo humano por 
diferentes pontos de vista. O indivíduo sofre, durante toda a sua vida, a influência dos 
agentes externos de natureza física e social. Esses agentes atuam sobre o seu 
organismo e sobre o seu espírito, estimulando suas capacidades e aptidões e 
promovendo o seu desenvolvimento físico e mental. 
 
O processo para uma aprendizagem eficaz depende de inúmeros fatores, dentre os 
quais, os mais prementes são: o talento do professor, o tipo intelectual do aluno, as 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
5 
oportunidades oferecidas pelo ambiente imediato da escola, perspectivas futuras de 
vida do aluno. 
 
A escola não pode mais ser considerada como uma simples máquina de 
alfabetização. Sua função não se restringe mais, como antigamente, à modesta tarefa 
de ensinar, sua tarefa é mais ampla e profunda, ou seja, deve levar o nosso aluno a 
ser mais critico, mais compromissado e mais otimista em relação à aprendizagem. 
 
Suas responsabilidades atuais são bem maiores. Além de instrumento de formação 
física, intelectual e moral, cabe-lhe a missão de promover a integração harmoniosa 
do educando no seio da comunidade, fornecendo-lhe todos os elementos para que 
se possa tornar um fator de progresso individual e social. 
 
Assim, a aprendizagem é um processo de assimilação de determinados 
conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no 
processo ensino aprendizagem. 
 
2 Processo de Construção do Conhecimento e Desenvolvimento 
Mental do Indíviduo 
 
A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo, 
desde a mais tenra infância até a mais avançada velhice. Normalmente uma criança 
deve aprender a andar e a falar; depois a ler e escrever, aprendizagens básicas para 
atingir a cidadania e a participação ativa na sociedade. Já os adultos precisam 
aprender habilidades ligadas a algum tipo de trabalho que lhes forneça a satisfação 
das suas necessidades básicas, algo que lhes garanta o sustento. As pessoas idosas 
embora nossa sociedade seja reticente quanto às suas capacidades de 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
6 
aprendizagem podem continuar aprendendo coisas complexas como um novo idioma 
ou ainda cursar uma faculdade e virem a exercer uma nova profissão. 
 
O desenvolvimento geral do individuo será resultado de suas potencialidades 
genéticas e, sobretudo, das habilidades aprendidas durante as várias fases da vida. 
A aprendizagem está diretamente relacionada com o desenvolvimento cognitivo. 
 
As passagens pelos estágios da vida são marcadas por constante aprendizagem. 
“Vivendo e aprendendo”, diz a sabedoria popular. Assim, os indivíduos tendem a 
melhorar suas realizações nas tarefas que a vida lhes impõe. A aprendizagem permite 
ao sujeito compreender melhor as coisas que estão à sua volta, seus companheiros, 
a natureza e a si mesmo, capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente físico e social. 
 
A teoria da instrução de Jerome Bruner (1991), um autêntico representante da 
adordagem cognitiva, traz contribuições significativas ao processo ensino-
aprendizagem, principalmente à aprendizagem desenvolvida nas escolas. Sendo 
uma teoria cognitiva, apresenta a preocupação com os processos centrais do 
pensamento, como organização do conhecimento, processamento de informação, 
raciocínio e tomada de decisão. Considera a aprendizagem como um processo 
interno, mediado cognitivamente, mais do que como um produto direto do ambiente, 
de fatores externos ao aprendiz. Apresenta-se como o principal defensor do método 
de aprendizagem por descoberta (insight). 
 
A teoria de Bruner apresenta muitos pontos semelhantes às teorias de Gestalt e de 
Piaget. Bruner considera a existência de estágios durante o desenvolvimento 
cognitivo e propõe explicações similares às de Piaget, quanto ao processo de 
aprendizagem. Atribui importância ao modo como o material a ser aprendido é 
disposto, assim como Gestalt, valorizando o conceito de estrutura e arranjos de 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
7 
idéias. “Aproveitar o potencial que o indivíduo traz e valorizar a curiosidade natural da 
criança são princípios que devem ser observados pelo educador” (BRUNER, 1991, p. 
122). 
 
A escola não deve perder de vista que a aprendizagem de um novo conceito envolve 
a interação com o já aprendido. Portanto, as experiências e vivências que o aluno traz 
consigo favorecem novas aprendizagens. Bruner chama a atenção para o fato de queas matérias ou disciplinas tais como estão organizadas nos currículos, constituem-se 
muitas vezes divisões artificiais do saber. Por isso, várias disciplinas possuem 
princípios comuns sem que os alunos – e algumas vezes os próprios professores – 
analisem tal fato, tornando o ensino uma repetição sem sentido, em que apenas 
respondem a comandos arbitrários, Bruner propõe o ensino pela descoberta. O 
método da descoberta não só ensina a criança a resolver problemas da vida prática, 
como também garante a ela uma compreensão da estrutura fundamental do 
conhecimento, possibilitando assim economia no uso da memória, e a transferência 
da aprendizagem no sentido mais amplo e total. 
 
Segundo Bock (2001), a preocupação de Bruner é que a criança aprenda a aprender 
corretamente, ainda que “corretamente” assuma, na prática, sentidos diferentes para 
as diferentes faixas etárias. Para que se garanta uma aprendizagem correta, o ensino 
deverá assegurar a aquisição e permanência do aprendido (memorização), de forma 
a facilitar a aprendizagem subseqüente (transferência). Este é um método não 
estruturado, portanto o professor deve estar preparado para lidar com perguntas e 
situações diversas. O professor deve conhecer a fundo os conteúdos a serem 
tratados. Deve estar apto a conhecer respostas corretas e reconhecer quando e 
porque as respostas alternativas estão erradas. Também necessita saber esperar que 
os alunos cheguem à descoberta, sem apressa-los, mas garantindo a execução de 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
8 
um programa mínimo. Deve também ter cuidado para não promover um clima 
competitivo que gere, ansiedade e impeça alguns alunos de aprender. 
 
O modelo de ensino e aprendizagem de David P. Ausubel (1980) caracteriza-se como 
um modelo cognitivo que apresenta peculiaridades bastante interessantes para os 
professores, pois centraliza-se, primordialmente, no processo de aprendizagem tal 
como ocorre em sala de aula. Para Ausubel, aprendizagem significa organização e 
integração do material aprendido na estrutura cognitiva, estrutura esta na qual essa 
organização e integração se processam. 
 
Psicólogos e educadores têm demonstrado uma crescente preocupação com o modo 
como o indivíduo aprende e, desde Piaget, questões do tipo: “Como surge o conhecer 
no ser humano? Como o ser humano aprende? O conhecimento na escola é diferente 
do conhecimento da vida diária? O que é mais fácil esquecer?” atravessaram as 
investigações científicas. Assim, deve interessar à escola saber como criança, 
adolescentes e adultos elaboram seu conhecer, haja vista que a aquisição do 
conhecimento é a questão fundamental da educação formal. 
 
A psicologia cognitiva preocupa responder estas questões estudando o dinamismo 
da consciência. A aprendizagem é, portanto, a mudança que se preocupa com o eu 
interior ao passar de um estado inicial a um estado final. Implica normalmente uma 
interação do individuo com o meio, captando e processando os estímulos 
selecionados. 
 
O ato de ensinar envolve sempre uma compreensão bem mais abrangente do que o 
espaço restrito do professor na sala de aula ou às atividades desenvolvidas pelos 
alunos. Tanto o professor quanto o aluno e a escola encontram-se em contextos mais 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
9 
globais que interferem no processo educativo e precisam ser levados em 
consideração na elaboração e execução do ensino. 
 
Ensinar algo a alguém requer, sempre, duas coisas: uma visão de mundo (incluídos 
aqui os conteúdos da aprendizagem) e planejamento das ações (entendido como um 
processo de racionalização do ensino). A prática de planejamento do ensino tem sido 
questionada quanto a sua validade como instrumento de melhoria qualitativa no 
processo de ensino como o trabalho do professor: 
 
[...] a vivência do cotidiano escolar nos tem evidenciado 
situações bastante questionáveis neste sentido. Percebe-se, 
de início, que os objetivos educacionais propostos nos 
currículos dos cursos apresentam confusos e desvinculados 
da realidade social. Os conteúdos a serem trabalhados, por 
sua vez, são definidos de forma autoritária, pois os 
professores, via regra, não participam dessa tarefa. Nessas 
condições, tendem a mostrar-se sem elos significativos com 
as experiências de vida dos alunos, seus interesses e 
necessidades (Lopes, 2000, p. 41). 
 
De modo geral, no meio escolar, quando se faz referência a planejamento do ensino 
– aprendizagem, este se reduz ao processo através do qual são definidos os 
objetivos, o conteúdo programático, os procedimentos de ensino, os recursos 
didáticos, a sistemática de avaliação da aprendizagem, bem como a bibliografia 
básica a ser consultada no decorrer de um curso, série ou disciplina de estudo. Com 
efeito, este é o padrão de planejamento adotado pela maioria dos professores e que 
passou a ser valorizado apenas em sua dimensão técnica. 
 
Em nosso entendimento a escola faz parte de um contexto que engloba a sociedade, 
sua organização, sua estrutura, sua cultura e sua história. Desse modo, qualquer 
projeto de ensino – aprendizagem está ligado a este contexto e ao modo de cultura 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
10 
que orienta um modelo de homem e de mulher que pretendemos formar, para 
responder aos desafios desta sociedade. Por esta razão, pensamos que é de 
fundamental importância que os professores saibam que tipo de ser humano 
pretendem formar para esta sociedade, pois disto depende, em grande parte, as 
escolhas que fazemos pelos conteúdos que ensinamos, pela metodologia que 
optamos e pelas atitudes que assumimos diante dos alunos. De certo modo esta visão 
limitada ou potencializada o processo ensino-aprendizagem não depende das 
políticas públicas em curso, mas do projeto de formação cultural que possui o corpo 
docente e seu compromisso com objeto de estudo. 
 
Como o ato pedagógico de ensino-aprendizagem constitui-se, ao longo prazo, num 
projeto de formação humana, propomos que esta formação seja orientada por um 
processo de autonomia que ocorra pela produção autônoma do conhecimento, como 
forma de promover a democratização dos saberes e como modo de elaborar a crítica 
da realidade existente. 
 
Isto quer dizer que só há crítica se houver produção autônoma do conhecimento 
elaborado através de uma prática efetiva da pesquisa. Entendemos que é pela prática 
da pesquisa que exercitamos a reflexão sobre a realidade como forma de sistematizar 
metodologicamente nosso olhar sobre o mundo para podermos agir sobre os 
problemas. Isto quer dizer que não pesquisamos por pesquisar e nem refletimos por 
refletir. Tanto a reflexão quanto à pesquisa são meios pelos quais podemos agir como 
sujeitos transformadores da realidade social. Isto indica que nosso trabalho, como 
professores, é o de ensinar a aprender para que o conhecimento construído pela 
aprendizagem seja um poderoso instrumento de combate às formas de injustiças que 
se reproduzem no interior da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
11 
 
3 O que são teorias de aprendizagem 
 
Teorias de aprendizagem são os estudos que procuram investigar, sistematizar e 
propor soluções relacionadas ao campo do aprendizado humano. 
 
Esta área de investigação remonta à Grécia Antiga. Neste período, o processo pelo 
qual uma pessoa adquire conhecimento já era tema de investigação dos filósofos 
gregos. Entretanto, a área de estudo ganhou destaque a partir do século XX, quando 
o advento da psicologia. 
 
O principal fator que diferencia uma teoria de outra é o ponto de vista sob o qual cada 
uma trabalha. Existem as teorias que abordam a aprendizagem a partir do 
comportamento, outras a partir do aspecto humano ou, ainda, aquelas que 
consideram apenas a capacidade cognitiva de cada um. 
 
Como o campo da investigação do conhecimento humano é bastante vasto, algumas 
teorias obtiveram destaque ao longo do século, servindocomo base teórica para os 
estudos nesta área. 
 
3.1 Aprendizagem 
 
Sabe-se que a aprendizagem é um processo contínuo, que pode ocorrer em qualquer 
situação. Nesse sentido, podemos dizer que um dos fatores essenciais do 
aprendizado é a cultura, pois ela molda o sujeito por meio de suas relações com o 
meio. 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
12 
Muitas pessoas confundem construção de conhecimento com aprendizagem. 
Entretanto, aprender é algo muito mais amplo, pois é a forma de o sujeito aumentar 
seu conhecimento. Nesse sentido, a aprendizagem faz com que o sujeito se 
modifique, de acordo com a sua experiência (LA ROSA, 2003). 
 
Entretanto, o ser humano passa por mudanças que não se referem à aprendizagem 
e sim aos processos maturativos, tais como: aquisição da linguagem, engatinhar, 
andar ou até mudanças em decorrência de doenças físicas ou psicológicas. Sendo 
assim, a aprendizagem é uma mudança significativa que ocorre baseada também nas 
experiências dos indivíduos. Todavia, para ser caracterizada como tal, é necessária 
a solidez, ou seja, ela deve ser incorporada definitivamente pelo sujeito. 
 
3.2 Comportamentalismo ou behaviorismo: PAVLOV e SKINNER 
 
O Behaviorismo é uma corrente da psicologia que define o comportamento humano 
como resultado “das influências dos estímulos do meio”. Sendo assim, o 
comportamento pode ser moldado de acordo com estímulos e respostas. Podemos 
utilizar como exemplo aquele sujeito que recebe um treinamento específico, que o faz 
passar numa prova x. Todavia, esses resultados precisam ser duradouros, para que 
possa ser caracterizada uma mudança definitiva no comportamento. Os principais 
representantes do behaviorismo são: Ivan Pavlov e Burrhus Frederic Skinner. 
 
O behavorismo, ou teoria comportamental, foi desenvolvido nos Estados Unidos da 
América John Watson (1878-1958) e na Rússia por Ivan Petrovich Pavlov (1849-
1936). Embora as bases desta teoria tenham sido desenvolvidas por estes 
pesquisadores, foi Burrhus Frederic Skiiner (1904-1990) que a popularizou, através 
de experimentos com ratos. Em seus experimentos, os ratos eram condicionados a 
determinadas ações, com recompensas boas ou ruins pelos seus atos. Assim, se 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
13 
moldava o comportamento destes a partir de um sistema de estímulo, resposta e 
recompensa. 
 
Pavlov desenvolveu a teoria do comportamento em resposta aos estímulos do 
ambiente. “De acordo com Pavlov, o requisito fundamental é que qualquer estímulo 
externo seja o sinal (estímulo neutro) de um reflexo condicionado e se sobreponha à 
ação de um estímulo absoluto” (LA ROSA, 2003, P. 45). 
 
OS TRÊS TIPOS DE ESTÍMULOS SÃO OS SEGUINTES: 
Estímulo neutro – é involuntário, pois não está relacionado com uma ação ou 
reação; todavia, deve-se sempre perguntar se ele é neutro em relação a que. Um 
evento qualquer costuma ser reativo em relação à uma ação e neutro em relação à 
outra. Exemplo: Contração da pupila. 
Estímulo condicionado – era neutro em um primeiro momento, mas depois de 
vivenciar diversas repetições e associações, passou a ser condicionado. Exemplo: 
resultado de treinamento de animais. 
Estímulo incondicionado – é o mesmo que um reflexo inato, que é natural do 
organismo. Exemplo: estímulo incondicionado – calor = resposta incondicionada – 
suor. 
 
Skinner é o principal representante do behaviorismo, pois foi ele “quem levou até as 
últimas consequências os princípios empiristas no estudo da aprendizagem. Para 
esta corrente, o ser humano se resume às contingências observáveis.” Ela trabalha 
principalmente com a ideia de extinção operante, estímulos, reforços (LA ROSA, 
2003, P.57). 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
14 
Como aplicar essa teoria na prática da tutoria? O behaviorismo é encontrado no 
ensino tradicional, pois se baseia em estímulos, respostas e reforços. As notas das 
avaliações e elogios, por exemplo, podem ser entendidas como reforço. 
 
3.3 Teoria de aprendizagem social: BANDURA 
 
A abordagem da aprendizagem social foi fundada pelo psicólogo Bandura e tem 
algumas semelhanças com o behaviorismo de Skinner. A diferença é que “o 
comportamento é controlado não só pelas consequências externas, (...), mas também 
pelo reforço vicariante e pelo auto-reforço” (LA ROSA, 2003, P. 88). 
Bandura diz que somos expostos a diversos padrões de comportamentos, mas só 
vamos imitá-los se tivermos reforço. No caso específico da sala de aula, os elementos 
mais sutis podem indicar reforços ou punição. Por exemplo: se um aluno faz uma 
pergunta e o professor diz que está fora do contexto num tom de ridicularização, esse 
é um exemplo de punição. 
 
EXISTEM DOIS TIPOS DE REFORÇO: 
Reforço direto – ocorre por uma ação direta. Exemplo: uma medalha dada em uma 
competição. 
 
Reforço vicariante – ocorre pela observação de um acontecimento. Exemplo: 
Observo uma batida de carro e aprendo que, se andar em alta velocidade, posso 
sofrer um acidente também. 
 
3.4 Cognitivismo: PIAGET 
 
Para Piaget (Apud Lima, 1984), o desenvolvimento da mente é um processo dialético 
que ocorre por meio da autorregulação. Para este autor, todos os processos vitais, 
 
 
 
 
 
 
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15 
sejam eles psicológicos, biológicos ou sociológicos, se comportam da mesma forma. 
Isto significa que, diante das dificuldades de assimilação, o organismo se acomoda 
(modifica), e assim pode assimilar sucessivas vezes. O resultado entre a assimilação 
e a acomodação é a adaptação. 
 
Por meio desse processo, o autor sugere uma mudança na pedagogia da época, pois 
diz que os alunos precisam ser desafiados. Dessa forma, caberia ao professor “propor 
situações que estimulem a atividade reequilibradora do educando.” (...) 
 
“Ninguém educa ninguém: é o próprio aluno que se educa” 
(Lima, 1984, p. 19). 
 
Piaget diz que o desenvolvimento mental se dá pela socialização e que a pedagogia 
é a arte de modificar a sociedade. Sendo assim, como educadores, de que forma 
podemos provocar a sensação de desafio nos alunos? 
 
Jean Piaget desenvolveu sua teoria a partir de várias outras existentes no período, 
como a do cognitivismo. Para ele, o desenvolvimento da aprendizagem em crianças 
ocorre pelas seguintes etapas: 
– Sensório motor (0 a 2 anos): as ações representam o mundo para a criança. Chorar, 
chupar o dedo, morder. 
– Pré operatório (2 a 7 anos) : a criança lida com imagens concretas 
– Operações concretas (7 a 11 anos): a criança já é capaz de efetuar operações 
lógicas. 
– Operações formais (11 em diante) a criança já efetua operações lógicas com mais 
de uma variável. 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
Piaget (1969), foi quem mais contribuiu para compreendermos melhor o processo em 
que se vivencia a construção do conhecimento no indivíduo. 
 
Apresentamos as idéias básicas de Piaget (l969, p.14) sobre o desenvolvimento 
mental e sobre o processo de construção do conhecimento, que são adaptação, 
assimilação e acomodação. 
 
Piaget diz que o individuo está constantemente interagindo com o meio ambiente. 
Dessa interação resulta uma mudança contínua, que chamamos de adaptação. Com 
sentido análogo ao da Biologia, emprega a palavra adaptação para designar o 
processo que ocasiona uma mudança contínua no indivíduo, decorrente de sua 
constante interação com o meio. 
 
Esse ciclo adaptativo é constituído por dois subprocessos: assimilação e 
acomodação. A assimilação está relacionada à apropriação de conhecimentos e 
habilidade. O processo de assimilação é um dos conceitos fundamentais da teoria da 
instrução e do ensino. Permite-nos entender que o ato de aprender é um ato de 
conhecimento pelo qual assimilamos mentalmente os fatos, fenômenos e relações do 
mundo, da natureza e da sociedade, através do estudo das matérias de ensino. Nesse 
sentido, podemos dizer que a aprendizagem é uma relação cognitiva entre o sujeito 
eos objetos de conhecimento. 
 
A acomodação é que ajuda na reorganização e na modificação dos esquemas 
assimilatórios anteriores do indivíduo para ajustá-los a cada nova experiência, 
acomodando-as às estruturas mentais já existentes. Portanto, a adaptação é o 
equilíbrio entre assimilação e acomodação, e acarreta uma mudança no indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
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A inteligência desempenha uma função adaptativa, pois é através dela que o indivíduo 
coleta as informações do meio e as reorganiza, de forma a compreender melhor a 
realidade em que vive, nela agi, transformando. Para Piaget (1969, p.38), a 
inteligência é adaptação na sua forma mais elevada, isto é, o desenvolvimento 
mental, em sua organização progressiva, é uma forma de adaptação sempre mais 
precisa à realidade. É preciso ter sempre em mente que Piaget usa a palavra 
adaptação no sentido em que é usado pela Biologia, ou seja, uma modificação que 
ocorre no indivíduo em decorrência de sua interação com o meio. 
 
Portanto, é no processo de construção do conhecimento e na aquisição de saberes 
que devemos fazer com que o aluno da EJA seja motivado a desenvolver sua 
aprendizagem e ao mesmo tempo superar as dificuldades que sentem em assimilar 
o conhecimento adquirido 
 
3.5 Teoria sociointeracionista: VYGOTSKY 
 
Vygotsky é o fundador da teoria sociointeracionista, que pode ser dividida em dois 
princípios. O primeiro princípio é estudar o processo, pois o psicólogo entende que o 
estudo histórico do comportamento é a base de tudo. 
Nesse contexto, o desenvolvimento cultural da criança somente pode ser 
compreendido como um processo vivo de desenvolvimento, de formação, de luta e, 
nesse sentido, deve ser objeto de um verdadeiro estudo científico (LA ROSA, 2003, 
P. 128). 
 
O segundo princípio seria a origem social dos fenômenos psicológicos. Esse fato deve 
ser levado em consideração em qualquer pesquisa, pois sem ele, pode-se cair num 
reducionismo psicológico e social. 
 
 
 
 
 
 
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A teoria sociointeracionista está centrada, basicamente, no processo da mediação, 
que está dividida em dois tipos de elementos mediadores: os instrumentais e os 
signos. O instrumental é o que está entre o trabalhador e o seu objeto de trabalho. Já 
o signo “age como um instrumento da atividade psicológica de maneira análoga ao 
papel do instrumento de trabalho” (LA ROSA, 2003, P. 133). 
 
Baseando-se nessas relações, Vygotsky diz que o sujeito constrói o conhecimento 
pela aprendizagem, promovendo o desenvolvimento mental, e por meio dele, deixaria 
de ser um animal para se tornar um ser humano. Dessa forma, tanto a aprendizagem 
quanto o desenvolvimento acontecem pela dialética. 
 
Na teoria de Vygotsky, o professor é visto como um mediador, pois o ser humano 
está em constante desenvolvimento mental e todas as suas relações são 
conquistadas pela mediação. Sendo assim, qual a atitude que o tutor deve ter para 
mediar a relação entre o aluno e o conhecimento, se baseando no fato que essa 
relação é dialética? Diante de uma dúvida do aluno, o tutor deve responder com 
provocações que o conduzam a descobrir a resposta sozinho, agindo como um 
mediador, um provocador de ideias. 
 
3.6 Aprendizagem significativa: AUSEBEL 
 
A teoria da aprendizagem significativa, segundo Ausebel, se propõe a construir algo 
novo a partir do conhecimento prévio dos alunos, utilizando alguns meios, tais como 
o mapa conceitual. O objetivo dessa teoria é sempre descobrir coisas novas e 
promover uma aprendizagem prazerosa. Trabalhar com mapas conceituais é uma 
forma de utilizar a aprendizagem significativa. Por meio deles, podemos identificar os 
 
 
 
 
 
 
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19 
conhecimentos prévios dos alunos e/ou reforçar os conteúdos já adquiridos 
(PELIZZARI ET AL, 2002). 
 
O termo aprendizagem significativa foi escolhido baseando-se no fato de que a 
aprendizagem deve se dar a partir de um conhecimento prévio, dando assim, 
significado ao processo. Pois, se não significar algo, a aprendizagem se torna 
mecânica ou repetitiva, que é o caso da memorização. Um aprendizado mecânico é 
aquele que foi decorado e logo será esquecido. Já o significativo se incorpora ao 
sujeito, pois nele ocorre um processo de modificação do conhecimento. 
 
Para que o processo de aprendizagem significativa possa ocorrer, são necessárias 
duas condições: (PELIZZARI ET AL, 2002). 
I. o aluno precisa querer aprender e 
II. o conteúdo a ser ensinado precisa ter características significativas, ou seja, 
deve ser flexível para que se adapte à experiência individual de cada aluno 
 
Como exemplo de como podemos aplicar a aprendizagem significativa, observe 
abaixo o mapa conceitual com os elementos necessários para que a aprendizagem 
significativa ocorra: 
 
 
 
 
 
 
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Sendo assim, "os alunos sempre trazem alguma coisa deles mesmos para a 
negociação. Não são como uma tábua rasa ou um recipiente vazio que o professor 
deve preencher” (PELIZZATI ET AL, 2002). 
 
4 As Políticas Educacionais e as Práticas Pedagógicas 
 
As práticas pedagógicas constituem e mediam a relação do indivíduo consigo mesmo 
na qual se estabelece, regula ou modifica a experiência que esse tem de si, servindo 
dessa maneira como um aparato de subjetivação no qual se fabricam sujeitos. 
 
Para Libâneo (2005), as práticas educativas não se restringem à escola ou à família, 
elas ocorrem em todos os contextos e âmbitos da existência individual e social 
humana. Para Freire (1997), a prática educativa, é algo muito sério, lidarmos com 
 
 
 
 
 
 
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gente, com crianças, adolescentes ou adultos. “É pensando criticamente a prática de 
hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (Freire, 2002, p. 22). 
 
Para Tardiff (2012), o professor deve assumir sua prática a partir dos significados que 
ele mesmo lhe dá, um professor que possui conhecimentos e um saber-fazer retirados 
de suas próprias experiências e a partir disso faz sua estrutura de orientação. 
 
As práticas pedagógicas devem ser envolvidas nas teorias e nos modelos teóricos 
para demonstrar conceitos científicos, muitas vezes ganham mais significado e 
importância para a sua inclusão nos currículos de saberes escolares das escolas PCN 
(1998). Os fundamentos científicos acabam muitas vezes não sendo assimilados 
pelos alunos devido à complexidade de seus conceitos durante a abordagem. 
 
Surge então a figura do professor articulador, que também é membro do coletivo do 
ciclo. Não é um substituto do professor regente ou do coordenador, sendo assim: 
 
Não possui uma turma fixa, trabalha com grupos de alunos 
provenientes das fases do ciclo e da superação que 
apresenta dificuldades na aprendizagem e necessitam de um 
planejamento participativo, consistente e rigoroso de acordo 
com sua necessidade, sem um valioso amparo ou Apoio 
Pedagógico (PAP). A função do professor articulador e 
investigar o processo de conhecimento e desenvolvimento do 
educando e atuar a partir dos dados e aspectos encontrados 
nessas investigações. Através disso, criar estratégias de 
atendimento educacionais complementares integradas as 
atividades desenvolvidas pelo professor regente. E cada 
Escola Ciclada possui um professor articulador a cada 6 
turmas nos ciclos da escola este profissional da escola e 
escolhido pelo coletivo da mesma.(PPP, 2014, p. 09). 
 
 
 
 
 
 
 
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Maria Antônia de Souza, doutora em educação pela Unicamp (Universidade Estadual 
de Campinas) e professora na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), 
escreveu um artigo bastante elucidativo a respeito. Nele, a pesquisadora diz: 
a prática pedagógica é influenciada pelos aspectos 
conjunturais e estruturais da sociedade brasileira. A 
conjuntura pode ser visualizada nos aspectos da gestão 
educacional, do desenvolvimento das propostascurriculares, 
dos programas sociais — a exemplo do Bolsa Escola —, 
políticas de cotas etc. 
 
Ou seja, não adianta falar sobre estratégias para aproveitar melhor o tempo da aula 
ou dar lições inovadoras, por exemplo, sem olhar para o contexto. Uma boa prática 
pedagógica sempre leva em conta os fatores descritos acima para determinar os seus 
objetivos e formas de atuação. 
 
Em termos práticos: não é viável adotar a mesma estratégia utilizada na educação 
infantil para o ensino médio e acreditar que os resultados serão parecidos. 
 
Levando em conta os aspectos citados, devemos delimitar objetivos antes de pensar 
nas práticas que serão utilizadas para chegar até eles. O que se pretende com elas? 
Dar uma aula mais produtiva? Despertar nos alunos o interesse pelo debate? 
Incentivar a leitura? 
 
Feita essa reflexão inicial, pense a respeito dos recursos, materiais ou não, que serão 
necessários para executá-las. Quais deles você tem à disposição para tirar a sua ideia 
do papel? Como consegui-los, caso não tenha? Serão necessárias adaptações 
visando à acessibilidade? Quanto tempo será preciso para aplicá-la? 
 
Enfim, tudo isso precisa ser considerado anteriormente. Depois, em um terceiro 
momento, deve-se criar a própria prática pedagógica. 
 
 
 
 
 
 
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5 Praticas Pedagógicas Eficientes 
 
O pedagogo passou da posição de único detentor do conhecimento em sala de aula 
para um papel de mediador do ensino, reconhecendo que uma educação flexível é a 
chave para melhorar a aprendizagem dos alunos em toda a escola. 
 
Novas práticas pedagógicas em sala de aula e ações para melhorar o desempenho 
dos alunos vêm colocando o estudante como ponto principal na busca e construção 
do conhecimento, garantindo que cada estudante seja envolvido e trilhe o seu próprio 
sucesso. 
 
5.1 Trabalhos coletivos 
 
Mostrar aos alunos a importância de saber trabalhar em grupo tem uma função 
grandiosa. Trata-se de uma ótima iniciativa do ponto de vista social, já que ajuda a 
desenvolver a empatia e o respeito pela alteridade. 
 
Há, ainda, uma influência indireta na formação cidadã dos jovens e crianças. Afinal, 
saber escutar as opiniões alheias, sair da zona de conforto e ter as ideias contrariadas 
são fatos pertinentes à criação do pensamento crítico. 
 
Essas noções bem desenvolvidas, aliás, podem melhorar o rendimento da escola, 
além das notas, fazendo com que ela se destaque também por suas ações e pela 
capacidade de mobilização estudantil. 
 
 
 
 
 
 
 
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5.2 Educação voltada para o futuro 
 
A educação voltada para o futuro é uma das práticas pedagógicas na sala de aula 
que transmite uma visão educacional preocupada com a capacitação dos alunos em 
pensar de forma crítica e criativa em relação às perspectivas futuras e tecnologias 
atuais, gerando visões alternativas de possíveis problemas e a busca da resolução 
dos mesmos. 
 
Na sala de aula, o tema da prática pedagógica voltada para o futuro nos leva 
diretamente a comentários sobre a falta de perspectiva de futuro na educação atual 
e a importância dos alunos serem motivados a desenvolver essas características. 
 
O objetivo com essa prática pedagógica em sala de aula é melhorar as perspectivas 
humanas e qualidade de vida por meio do desenvolvimento de habilidades e 
capacidades que irão ajudá-los nos prováveis cenários futuros, contando com o 
auxílio das mais recentes tecnologias. 
 
Sim, a tecnologia pode ser uma poderosa aliada das escolas! Elaborar práticas 
pedagógicas a partir desse tipo de recurso é a chave para dar aulas mais 
participativas e dinâmicas. 
 
Mostrar aos alunos, desde cedo, que os celulares, por exemplo, devem ser utilizados 
além do entretenimento, é uma forma de educá-los para o uso consciente desses 
dispositivos. 
 
Negá-la é um erro comum, que só reforça uma barreira antiquada entre o professor e 
as tecnologias, entre a educação e a diversão. Com uma boa implementação 
tecnológica é possível: 
 
 
 
 
 
 
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 acompanhar melhor os alunos; 
 pensar em ensino híbrido como ferramenta complementar; 
 fornecer uma forma personalizada de ensinar. 
 
5.3 Descolonização da educação 
 
Essa prática pedagógica em sala de aula está preocupada com a desconstrução de 
quadros pedagógicos dominantes que promovem visões de mundo singulares, 
visando ampliar a compreensão intercultural e experiências dos alunos. Ela surgiu 
como uma necessidade pedagógica importante para o ensino, ligada à rápida 
globalização e questões de diversidade cultural e inclusão. 
 
Tem como objetivo uma aprendizagem voltada para a incorporação da “diversidade”, 
incluindo esforços para internacionalizar o currículo estudantil por meio da inclusão 
de exemplos globais e também estender a alfabetização intercultural, melhorando a 
capacidade de pensar e trabalhar com diferentes perspectivas culturais e sociais. 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
AUSUBEL, D. e NOVAK, A. Psicologia educacional. 3ª ed. Rio de Janeiro: 
Interamericana, 1980. 
 
 
 
 
 
 
 
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26 
BOCK, A.; al. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 7ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2001. 
 
BRAGHIROLLI, E. et al. Psicologia Geral. 16ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998. 
 
BRUNER, J. O Processo da educação Geral. 2ª ed. São Paulo: Nacional, 1991. 
 
LA ROSA, J. Psicologia e educação: o significado do aprender. Porto Alegre: 
EDiPUCR, 2003. 
 
LIMA, L.O. A Construção do Homem Segundo Piaget. São Paulo: Summus, 1984, p 
17-45. 
 
LOPES, Antonia Osima. Planejamento do ensino numa perspectiva de educação. In: 
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática, 16ª. Ed. Campinas: Papirus, 
2000. P.158 
 
PELIZZARI, A; KRIEGL, M. L; BARON M.P; FINCK, N.T.L; DOROCINSKI, S.I. Teoria 
da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Rev PEC. 2001- 2002; 2(1): 37-42. 
 
PIAGET, J. O nascimento do raciocínio na criança. 5ª. Ed. São Paulo: El Ateneo, 
1993.

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