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Histologia óssea

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JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
HISTOLOGIA – MÓDULO 1 
TECIDO ÓSSEO 
Tecido conjuntivo rígido e inflexível, formado por matriz extracelular mineralizada que possui a função de 
sustentar e proteger o corpo, além de ser reservatório de íons. 
 
• ESTRUTURA MACROSCÓPICA: 
 
Possuímos osso compacto ou denso formado por uma massa compacta que 
possui o canal medular no centro e osso trabecular ou esponjoso que é 
formado por trabéculas ou espículas que abrigam a medula óssea. 
Nos ossos longos o corpo ou diáfise é formado por osso compacto de 
estrutura cilíndrica, já as epífises são formadas por osso trabecular com uma 
fina camada de osso compacto que é coberta na extremidade por cartilagem 
articular hialina. Durante o crescimento as epífises estão separadas das 
diáfises por meio de cartilagem a placa epifisária, esses espaços são 
denominados metáfises (onde posteriormente se localizarão os centros de 
ossificação secundários e a cartilagem será substituída por osso na 
ossificação endocondral). 
• ESTRUTURA MICROSCÓPICA: 
Existe o osso lamelar ou maduro no qual as fibras de colágeno estão bem organizadas e ele aparenta uma grande 
resistência. Já o osso não lamelar ou imaturo são fibras de colágeno desorganizadas, com resistência reduzida. 
O osso lamelar possui quatro padrões distintos: ósteons ou 
sistemas harversianos nos quais as fibras de colágeno se 
organizam de forma concêntrica entorno de um vaso 
sanguíneo, lamelas intersticiais observada entre os 
ósteons e separada deles por uma fina camada chamada 
linha cintilante, lamelas circunferenciais externas 
visualizadas sob o periósteo e lamelas circunferenciais 
internas subjacentes ao endósteo. 
Possuem ainda os canais vasculares, são eles os 
Harversianos, longitudinais que abrigam os capilares 
sanguíneos que passam pelos ossos e os de Volkmann, 
transversais e conectam os canais de Harver. 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• PERIÓSTEO E ENDÓSTEO: 
Periósteo é o revestimento externo do osso que possui uma camada externa composta principalmente por 
vasos sanguíneos e fibras de colágeno (Sharpey) que servem de ancoragem. E uma camada interna composta 
por pré-osteoblastos que mantem seu potencial osteogênico para reparo de fraturas. 
Já o endósteo é o revestimento interno do osso que reveste os canais vasculares e as trabéculas ósseas dos 
ossos esponjosos. 
• MATRIZ ÓSSEA: 
É composta por matriz óssea orgânica formada por fibras de colágeno tipo 1, proteoglicanos e proteínas não 
colágenas produzidas pelos osteoblastos, são elas: osteocalcina responsável pela mineralização, osteopontina 
responsável pela vedação de lacuna dos osteoclastos e osteoprotegenina responsável por ser a isca que impede a 
ativação dos osteoclastos. 
OBS – a osteocalcina e osteopontina tem sua produção aumentada na presença de vitamina D, além da 
osteocalcina ser carboxilada e ativada por vitamina K. 
Por sua vez, a porção inorgânica da matriz é formada por depósitos de fosfato de cálcio com características da 
hidroxiapatita. 
• OSTEOBLASTOS: 
São células cuboides e colunares que formam uma 
camada única em sítios de formação óssea ativa 
sendo responsáveis por depositar matriz orgânica 
não mineralizada (osteóide). Quando a formação 
óssea é concluída essas células se transformam 
em osteócitos e são incorporados a matriz. 
 
 
 
• OSTEÓCITOS: 
São células muito ramificadas, as quais o corpo ocupa lacunas e os processos celulares ocupam canalículos 
e estão unidos por junções comunicantes. Sua nutrição se dá por difusão a partir dos capilares dos canais 
Harversianos, até os canalículos passando posteriormente para as lacunas. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• DIFERENCIAÇÃO DO OSTEOBLASTO: 
 
OBS – Osteocalcina é o marcador bioquímico do processo de osteogênese. Apenas uma linha de osteoblastos 
se transformará posteriormente em osteócitos. 
• OSTEOCLASTOS: 
São derivados de monócitos que chegam ao osso por meio da corrente sanguínea e se fundem para formação 
de células multinucleadas e passam a ocupar a lacuna de Howship. São responsáveis principalmente pela 
remodelação óssea e aumento de espaços medulares e para isso precisam de estruturas especificas: borda em 
escova, zona de vedação, vesículas acidificadas e mais mitocôndrias. 
A ativação se da pela ligação do RANKL (osteoblastos) com RANK (osteoclastos). 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
OSTEOGÊNSE 
• OSSIFICAÇÃO INTRAMENBRANOSA: 
Ocorre a partir de tecido ósseo depositado diretamente sobre as células mesenquimais (tecido conjuntivo 
embrionário). 
Inicialmente ocorre aumento de vascularização do mesênquima com acúmulo de células-tronco, essas células 
se diferenciam em osteoblastos que começam a depositar matriz óssea e formam os centros de ossificação 
primários. Esses centros de ossificação sofrem fusão e formam o osso esponjoso. Essa matriz começa a sofrer 
deposição de fosfato de cálcio e começa a se tornar mineralizada. A partir da mineralização ocorre o 
aprisionamento de osteoblastos (sob forma de osteócitos) na matriz óssea recém mineralizada que continuam 
se comunicando por meio de canalículos, 
além de remodelamento ósseo com 
fechamento dos canais perivasculares 
que assumem papel de hematopoese (por 
meio da transformação das células 
mesenquimais em células produtoras de 
sangue). 
Posteriormente ocorre a transformação em 
osso lamelar com a organização das fibras 
de colágeno em anéis concêntricos entorno 
dos vasos sanguíneos e condensação das 
camadas de tecido conjuntivo para 
formação de periósteo e endósteo. 
 
• OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL: 
Nesse tipo de formação óssea, a cartilagem é substituída por tecido ósseo. 
Inicialmente ocorre a proliferação dos condrócitos que 
depositam colágeno tipo 2 na matriz, ocorre então a 
hipertrofia dos condrócitos. Esses condrócitos hipertrofiados 
passam a produzir colágeno tipo X que atraem o cálcio para 
a calcificação, além de secretar VEGF para proliferação de 
vasos do pericôndrio que formarão o início da cavidade 
medular. Esses eventos precedem o início da apoptose dos 
condrócitos hipertrofiados que ocorre à medida que a 
mineralização progride, essa área apoptótica sofre ainda 
limpeza de macrófagos. 
Ao mesmo tempo, as células internas do pericôndrio exibem 
potencial osteogênico e favorecem a formação do colar 
periosteal ao redor da diáfise do osso, como consequência o 
centro de ossificação primário acaba localizado dentro de um 
cilindro. As células tronco pré osteoblasticas alcançam essa 
cartilagem calcificada, se diferenciam em osteoblastos 
maduros e começam a depositar matriz óssea (osteóide). 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
TECIDO MUSCULAR 
É composto por fibras musculares ou células musculares que são células alongadas especializadas em 
contração muscular por meio da transformação de ATP em energia potencial mecânica. 
• MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: 
Composto por fibras multinucleadas, organizadas em feixes e circundados por bainhas de tecido conjuntivo 
que se estendem desde a origem até a inserção. 
Essas bainhas são três: o epimísio que é mais externa e embainha o musculo inteiro. O perimísio que é 
intermediário e derivado do epimísio, responsável por circundar um feixe de fibras. Por sua vez o endomísio 
possui a função de circundar cada célula individualmente. Essas bainhas também são usadas pelos vasos 
sanguíneos e nervos para acessar os músculos, além de se unirem para formar a junção tendínea que une o músculo 
às fibras de Sharpey do periósteo do osso. 
 
 
• CÉLULA/FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA: 
São formadas no embrião a partir de fusão de mioblastos que 
formam o miotubo e esse posteriormente se alonga para a 
formação das células musculares. 
O sarcolema (membrana plasmática) é circundado por células-
satélites e lâmina basal. Ele ainda emite processos digiformes 
longos que entram em contato com os retículos sarcoplasmáticos(vesículas com altas concentrações de cálcio), sendo isso 
necessário para propagação do impulso nervoso e liberação de 
cálcio para a contração muscular. 
Por sua vez o sarcoplasma (citoplasma celular) é formado por 
miofibrilas compostas de filamentos finos (actina) e grossos 
(miosina) de proteínas contráteis. Circundados por mitocôndrias. 
 
JÚLIA MARINOT – TURMA XXV 
 
• SARCÔMERO: 
Na banda I são encontrados os filamentos finos 
compostos de actina + troponina que possui três sítios de 
ligação: se liga ao complexo tropomiosona, inibe a 
ligação da actina à miosina e se liga ao cálcio. Já a banda 
A são encontrados os filamentos espessos compostos de 
miosina e uma de sus cabeças também possui três regiões: 
ligação à actina, ligação ao ATP e ligação à cadeia leve. 
Existe ainda a nebulina uma proteína associada aos 
filamentos finos que estabiliza a actina e a tinina que age 
como molde para filamentos espessos e regula 
elasticidade do sarcômero. Por sua vez os discos ou 
linhas Z é o sítio de inserção dos filamentos de actina e 
a desamina é responsável pela manutenção da 
integridade do sistema contrátil. 
 
• CÉLULAS SATÉLITES: 
São uma população de células-tronco residentes responsáveis pela renovação e regeneração muscular pós-
natal. Estão presas à superfície do miotubo e circundadas por uma lâmina basal. São quiescentes no adulto, mas 
podem ser ativadas em resposta ao estresse ou trauma por meio dos fatores MRF e HGF. 
 
• FUSO NEUROMUSCULAR E ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI: 
O SNC controla continuamente o grau de contração muscular e a posição dos membros. Para isso existem os 
fusos neuromusculares que são um conjunto de fibras encapsuladas (sensor encapsulado), contínuas ao 
endomísio e inervadas por fibras motoras e sensitivas, essas fibras são chamadas de fibras intrafusais. 
Essas capsulas são inervadas por dois tipos de neurônios sensitivos, os do tipo Ia que registra o grau de tensão 
das fibras intrafusais e do tipo II que provem de neurônio motor alfa responsável por inervar as fibras extrafusais 
e neurônio motor gama responsável por inervar as fibras intrafusais. 
Dessa forma, mudanças no comprimento muscular são enviadas à medula que corrige eventuais erros por meio 
de mecanismo de feedback. 
Já os órgãos tendinosos de Golgi estão situados na junção músculo-tendão e fornecem informações de tensão e 
força de contração, é inervado por fibras intrafusais Ia que enviam informação a medula e essa por sua vez 
corrige por meio do neurônio motor alfa.

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