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Antibióticos: Uso Responsável e Mecanismos de Ação

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Paula Leite – 4º MED 
2
Farmacologia II – Antibióticos – 14/10/2020
Por que existe a preocupação com o uso de antibióticos?
A preocupação é com o uso indiscriminado e com a automedicação que acaba tornando as bactérias resistentes. A preocupação tornou-se maior porque as bactérias de ambientes hospitalares (que são mais resistentes) estavam indo para a comunidade.
As bactérias de alta resistência são tratadas com antibióticos de amplo espectro. 
Às vezes, o paciente faz o uso indiscriminado dos antibióticos, e quando ele realmente precisa de um antibiótico de amplo espectro não tinha mais como tratar, porque a bactéria já estava resistente.
Com isso, saiu uma
RESOLUÇÃO-RDC Nº 20, de 5 de Maio de 2011
Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. 
CAPÍTULO III DA RECEITA
Art 5º. A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto modelo de receita específico. 
Parágrafo único. A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os seguintes dados obrigatórios:
I – Identificação do paciente: Nome completo, idade e sexo; 
II – Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia (que é o tempo de tratamento) e quantidade (em algarismos arábicos);
III – Identificação do emitente: Nome do profissional om sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); e
IV – Data da emissão.
Art 6º. A receita de antimicrobianos é válida em todo território nacional, por 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão.
Proposta da ANVISA: inclusão na Portaria SVS/MS 334/98.
Introdução
Por que é tão importante aprender sobre os antimicrobianos?
Porque eles são essenciais para uma escolha terapêutica adequada.
Quais são os problemas relacionados à qualidade do uso clínico dos antimicrobianos?
+50% das prescrições – feitas de forma inadequada. Principalmente subdoses.
Uso excessivo ou má conduta do paciente – Elevação da resistência microbiana, dos custos e da mortalidade. Exemplos: A parada no meio do tratamento, o uso com álcool
Histórico das penicilinas
• 1928 – Alexander Fleming em Londres: Substância com ação inibitória contra Staphylococcus aureus, produzida pelo fungo do gênero Peniccilium.
• 1940 – Florey, Chain e cientistas de Oxford: Demonstraram que essa substância não era tóxica, e matava patógenos em ratos infectados, dando início a “Era dos Antibióticos”.
Conceito
• Antimicrobianos
São substâncias produzidas por microrganismos ou sintetizados em laboratórios, capazes de matar ou inibir microrganismos.
Possuem fins terapêuticos ou profiláticos.
Exemplos: Profilaxia de cirurgias. 
Classificação dos antimicrobianos
1. Baseada na origem: 
Naturais: Penicilina G, Penicilina Benzatina (Benzetacil)
Semissintéticos: Aminopenicilinas (amoxicilina e ampicilina)
Sintéticos: Sulfas
2. Atividade no microrganismo
Bacteriostático – Ação reversível: Inibem o crescimento
Bactericida – Ação irreversível: Morte
3. Quanto ao espectro de ação.
Amplo espectro de ação: Ativo contra gram-positivas e gram-negativas, micoplasma, clamídias.
Pequeno espectro de ação: Ativa contra gram-positivas ou gram-negativas.
O que é espectro? É a maior quantidade de microrganismos que ele consegue atingir.
Propriedades ideais dos antibióticos
1. Toxicidade seletiva, ou seja, atuar diretamente na bactéria;
2. Amplo espectro de ação – Conseguir tratar vários agentes;
3. Não agir contra microbiota residente;
4. Solubilidade em líquida corporais;
5. Alcançar altas concentrações nos tecidos e sangue;
6. Não ser afetado pelo acidez estomacal ou proteínas do sangue;
7. Não produzir efeitos colaterais;
8. Disponibilidade e baixo custo.
Mecanismos de ação dos antimicrobianos
• Inibição da síntese de parede celular;
• Inibição da síntese de proteínas;
• Alteração da membrana plasmática;
• Inibidores da síntese dos ácidos nucléicos (DANA/RNA0;
• Alteração do metabolismo do ácido fólico (PABA).
Para saber o mecanismo de ação, temos que lembrar como é a estrutura da bactéria.
A bactéria é constituída por: Parede celular, membrana citoplasmática, citoplasma e o núcleo. Ou seja, existem vários locais na bactéria onde os antibióticos podem interferir.
Inibidores da síntese de parede celular
Todos os antibióticos que irão interferir na síntese da parede, irão interferir de alguma forma na ligação dos componentes que são responsáveis por essa parede. Enfraquecendo essa ligação, esses componentes não irão se ligar e com isso, a bactéria irá ficar com a parede danificada, facilitando a entrada de fluidos podendo estourar. Esse caso, seria um mecanismo de morte da bactéria.
Mecanismo de ação: Ligam-se as proteínas de ligação de penicilina (PBPs) e enzimas responsáveis pela síntese de peptideoglicano. O peptideoglicano é uma estrutura que faz parte da parede bacteriana.
As bactérias gram-negativas são mais resistentes por possuírem duas camadas de membrana (Membrana citoplasmáticas e membrana externa) 
Esse mecanismo de ação vai ocorrer nas ligações do peptideoglicano. Para que ocorra a formação do peptideoglicano, precisa ocorrer ligação principalmente entre a N-Acetilglucosamina e o Ácido N-Acetilmurâmico. Ou seja, vai ocorrer a quebra dessas ligações impedindo a formação do peptideoglicano
Bactérias Gram-positivas
Bacilos
Estreptococos
Estafilococos
Enterococos
Actinobactéria
Listeria
Bactérias Gram-negativas
PROTEOBACTÉRIAS:						ENTEROBACTÉRIAS:
Escherichia coli							Pseudomonas
Salmonella							Klebsiella
Shigella								Moraxella
								Helicobacter
Principais antimicrobianos inibidores da síntese de parede celular
Beta lactâmicos 
• Penicilinas
• Cefalosporinas
• Carbapenêmicos Possuem esse nome por causa do anel beta-lactâmico.
• Monobactâmicos
• Cefamicinas
• Inibidores de beta-lactamases (Surgiram bactérias resistentes que produziam beta-lactamases que é a enzima capaz de quebrar o anel beta-lactâmico)
Glicopeptídeos
• Vancomicina
• Teicoplanina
Outros 
• Fosfomicina
• Bacitracina
• Cicloserina
Penicilinas (beta lactâmicos)
• Podem ser naturais: Penicilina G, Penicilina V – Para bactérias Gram-Positivas
• Podem ser semissintéticas: Oxacilina, Amoxicilina, Piperacilina – Para bactérias Gram-Positivas, Gram-negativas e Amplo espectro.
• Outras penicilinas: Meticilina, Pirazocilina, Propicilina, Azidocilina, Cloxacilina – Para bactérias Gram-negativas e Amplo espectro.
• Em 1941, uma pequena quantidade de penicilina, extraída de culturas naturais nos laboratórios de Dunn School of Pathology em Oxford, foi administrada em um policial muito doente, que sofria de septicemia com múltiplos abcessos. Embora as sulfonamidas estivessem disponíveis, não teria surtido efeito devido a presença de pus (No pus existem componentes que a bactéria utiliza para a sua sobrevivência).
Foram administrada injeções a cada 3 horas. Toda a urina do paciente era guardada e a quantidade de penicilina excretada era extraída e reutilizada. Após cinco dias, o paciente se recuperou e assistiu-se a uma nítida melhora dos abcessos. Infelizmente, quando o fornecimento de penicilina cessou, o paciente veio a óbito. 
As penicilinas interferem na síntese do peptideoglicano, onde há inibição transpeptidase que cruzam as cadeias peptídicas ligadas a estrutura do peptideoglicano. 
• Uma das primeiras penicilinas foi a Benzilpenicilina. As principais desvantagens são má absorção gastrointestinais e suscetibilidade às β-lactamases. 
As penicilinas semissintéticas, com diferentes cadeias laterais ligados ao núcleo de penicilina, incluem as penicilinas resistentes β-lactamases (meticilina), penicilinas de largo espectro (ampicilina, amoxacilina) e penicilinas de largo espectro antipseudomonais (Piperacilina).Quando as penicilinas são administradas oralmente, em especial as de amplo espectro, alteram a flora bacteriana intestinal.
 
Indicações: Faringoamigdalite, estrptocócica, Otite média aguda, Pneumonia comunitária pneumocócica, Infecção pelo Helicobacter pylori.
Atenção!!! 
Nas infecções respiratórias causadas por cepas de Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis produtoras de β-lactamases, a amoxicilina deve ser usada em associação a um inibidor destas enzimas, como CLAVULANATO.
Penicilinas resistentes às penicilinases:
• Oxacilina
Indicação primordial é no tratamento de infecções por cepas de S. aureus produtores de penicilinases (enzimas que irão destruir as penicilinas), ou seja, aquelas que são resistentes à penicilina natural.
Geralmente são infecções adquiridas na comunidade. Obviamente, é essencial que nos casos de isolamento bacteriano a sensibilidade à Oxacilina seja sempre confirmada pelo antibiograma.
Antibiograma é usado para isolar a bactéria e descobrir para qual antibiótico ela é sensível ou resistente.
Cefalosporinas (beta lactâmicos)
Apresentam o mesmo mecanismo de ação das penicilinas.
As cefalosporinas semissintéticas de amplo espectro foram produzidas por meio da adição de diferentes cadeias laterais em R1 e/ou R2 ao núcleo das cefalosporinas. Cada vez que for trocando o radical R1 e/ou R2 vou produzindo uma cefalosporina mais potente. 
Esses agentes são hidrossolúveis e estáveis em ambientes ácidos.
Elas são divididas em: Primeira geração, segunda geração, terceira geração, quarta geração e quinta geração.
	Primeira Geração
	Segunda Geração
	Terceira Geração
	Quarta Geração
	Quinta Geração
	Cefazolina
	Cefamandol
	Cefoperazona
	Cefpiroma
	Ceftobiprole
	Cefalotina
	Cefonicida
	Cefotaxima
	Cefixima
	Ceftaroline
	Cefalexina
	Cefuroxima
	Ceftazidima
	Cefepima
	
	Cefadroxila
	Cefaclor
	Ceftriaxona
	
	
	
	Cefoxitina
	
	
	
 Gram-positivas Amplo espectro (Gram-negativos e outras bactérias)
Cefalosporinas de Primeira geração.
Cefalotina e Cefazolina (uso endovenoso) / Cefadroxila e Cefalexina (uso oral).
INDICAÇÃO
• Tem ação contra Streptococcus e Staplycoccus sensíveis à Oxacilina.
• Mais comumente em infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica.
• Também no tratamento de infecções do trato urinário não complicadas, principalmente durante a gravidez. (Cefalexina)
• Pela sua baixa toxicidade, espectro de ação, baixo custo e meia vida prolongada, a cefazolina é o antimicrobiano recomendado na profilaxia de várias cirurgias.
CONTRA-INDICAÇÕES
• Não adequado em infecções causadas por Haemophilus influenzae ou Moraxella catarhalis (sinusite, otite média e algumas infecções do trato respiratório baixo).
• Como não atravessam a barreira hematoencefálica, não devem ser utilizadas em infecções do SNC.
• Sua atividade contra bacilos gram-negativos é limitada.
Cefalosporinas de Segunda geração.
Cefoxitina (endovenosa) / Cefuroxima (endovenosa ou intramuscular) / Cefaclor (oral)
Diferenciam-se das de 1º geração pelo espectro mais amplo para bactérias gram-negativas. Não atingem concentrações terapêuticas em líquor.
INDICAÇÔES
• A cefuroxima, pela sua atividade contra S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarhalis, incluindo as cepas produtoras de β-lactamase tem sido utilizada no tratamento de infecções respiratórias adquiridas na comunidade, sem agente etiológico identificado.
• A axetil cefuroxima (via oral, pró-droga), assim como o Cefaclor, pode ser utilizada para uma variedade de infecções como pneumonias, infecções urinárias, infecções de pele, sinusite e otites médias.
• Já a Cefoxitina (cefamicina), pela sua atividade contra anaeróbios e gram-negativos é eficaz no tratamento de:
	Infecções intra-abdominais; pélvicas; ginecológicas; do pré-diabético
	Infecções mistas (anaeróbio/aeróbio) de tecidos moles
	Também é utilizada na profilaxia de cirurgias colorretais.
• Cefaclor possui as mesmas indicações que a Cefuroxima.
Cefalosporinas de terceira geração
Cefotaxima e Ceftriaxona (parenteral) / Ceftazidima (parenteral com ação anti-pseudomonas)
Mais potentes contra gram-negativos, inclusive contra os resistentes às cefalosporinas de 1º e 2º geração. Todos possuem boa penetração do SNC.
 INDICAÇÔES
• Tratamento de uma variedade de infecções por bacilos gram-negativos susceptíveis adquiridas no ambiente hospitalar, dentre elas: Infecções de feridas cirúrgicas, pneumonias e infecções do trato urinário complicadas.
• Cefotaxima: tratamento de meningite em neonatos
• Cefotaxima e Ceftriaxona: tratamento de meningites por H. influenzae, S. pneumoniae e N. meningitidis. Também são drogas de escolha no tratamento de meningites por bacilos gram-negativos.
• Pela sua boa penetração no SNC e sua atividade contra P. aeruginosa, a Ceftazidima é uma excelente opção para o tratamento de meningites por este agente.
Cefalosporinas de Quarta geração.
Cefepima (endovenosa, meia vida maior que cefalosporina de 3º geração Ceftazidima)
INDICAÇÃOES
• Pela sua atividade anti-pseudomonas, tem sido utilizada em pneumonias hospitalares, infecções do trato urinário graves e meningites por bacilos gram-negativos.
• Tem atividade contra estafilococos gram-positivos sensíveis à oxacilina, Streptococcus dos grupos A e B, Streptococcus pneumoniae (exceto os com elevada resistência à penicilina);
• Sua atividade contra bacilos gram-negativos abrange E. coli, Proteus mirabilis, Salmonella, Shigella, Klebsiella, Moraxella, Citrobacter, Haemophilus influenzae, Serratia, além de Pseudomonas aeruginosa.
• Esta droga também faz parte do esquema empírico usado nos pacientes neutropênicos febris.
Cefalosporinas de quinta geração
Ceftobiprole (endovenoso)
• Atividade contra gram-positivos e gram-negativos.
• Atividade contra Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MRSA ou ORSA), Streptococcus pneumoniae e Enterococcus faecallis (sensível à Ampicilina)
INDICAÇÃO: Infecção de pele e partes moles complicadas
Ceftaroline (endovenosa)
• Atividade anti-MRSA, com espectro para S. pneumoniae e Enterococcus faecallis (sensível à Ampicilina).
• O que diferencia do Ceftobiprole é sua atividade mais restrita contra bactérias gram-negativas, assemelhando-se ao espectro das cefalosporinas de 3º geração sem ação contra Pseudomonas aeruginosa.
INDICAÇÃO: Infecção de pele e partes moles complicadas
Carbapenêmicos, Monobactâmicos e Cefamicinas (Beta lactâmicos)
- São medicamentos hospitalares.
	Carbapenêmicos
	Monobactâmicos
	Cefamicinas
	Imipenem
	Aztreonam
	Cefotetan
	Meropenem
	Tigemoman
	Cefoxitina
	Ertapenem
	
	
	Panipenem
	
	
	Biapenem
	
	
				 Amplo espectro	 Gram-negativo Amplo espectro 
Carbapenêmicos 
Os carbapenemos foram desenvolvidos para lidar com os organismos Gram-negativos produtores de β-lactamases resistentes a penicilina.
O Imipenem, Meropenem e Ertapenem apresentam o mesmo mecanismo de ação que outros β-lactâmicos. Tem um espectro mais amplo, sendo ativo em microrganismos gram-positivos e gram-negativos. É administrado em conjunto com a cilastatina que inibe a inativação por enzimas renais,
A maioria dos carbapenemos não é oralmente ativa, sendo utilizada apenas em situações específicas.
INDICAÇÕES
• Tratamento de pacientes graves com: Infecção abdominal, infecções do SNC, pneumonia, infecção de pele e partes moles, infecção do trato urinário e infecções ginecológicas.
• Apresentam amplo espectro de ação para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das β-lactamases.
Atividade antimicrobiana
Em relação a atividade antimicrobiana, o meropenem é um pouco mais ativo contra bactérias gram-negativas, ao passo que o Imipenem apresenta atividade um pouco superior contra gram-positivos. O Ertapenem não tem atividade contra P. aeruginosa e A. baumannii.
Como age:
1. O fármaco deve penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede celular bacteriana;
2. O fármaco não deve ser destruído pelas β-lactamases produzidas pelas bactérias;
3. O fármaco deve ligar-se e inibir asproteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pelo passo final da síntese da parede bacteriana.
Mecanismo de Resistência aos β-lactâmicos
1. Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações as porinas;
2. Produção de β-lactamases;
3. Modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina (PLP).
Inibidores da Beta-lactamase
	Inibidores de Beta-lactamase
	Ampicilina + Sulfobactam
	Piperacilina + Tazobactam
	Ticarcilina + Ác. Clavulânico
	Amoxacilina + Ác. Clavulânico
- São destruídos pela enzima deixando a outra droga íntegra para exercer a ação antimicrobiana;
- Atividade limitada contra alguns gram-positivos e gram-negativos.
ASSOCIAÇÃO MEDICAMENTOSA:
Importância: Ampla atividade destas penicilinas para cepas de Stephylococcus aureus e Haemophilus influenzae, Klebsiela sp, Bacteroides sp e enterobactérias produtoras de β-lactamases.
Glicopeptídeos, Bacitracina, Fosfomicina, Cicloserina, isoniazida e etambutol.
 Gram-positivos
Cicloserina
Gram-positivos e alguns negativos
Gram-positivos
Bacitracina
Glicopeptídeos
Gram-positivos
Vancomicina
Teicoplanina
Fosfomicina
Gicopeptídeos
A vancomicina é um antibiótico glicopeptídeo e a Teicoplanina é semelhante, embora com maior duração de ação. A vancomicina inibe a síntese da parede celular. É efetiva principalmente contra bactérias gram-positivas.
A vancomicina é administrada por via oral no tratamento de infecções gastrointestinais Clostridium diffcile.
O principal uso clínico da vancomicina é no tratamento de MRSA (Staphylococcus aureus – Resistente à Meticilina) também é indicado em pacientes alérgicos às penicilinas e cefalosporinas.
Ela bloqueia a incorporação no peptideoglicano das subunidades N-ácido Acetilmurâmico e N-acetilglucosamina ao ligar-se a estas moléculas. Com parede celular deficientes as bactérias não resistem às pressões osmóticas e morrem.
INDICAÇÕES:
• Vancomicina: Usada como alternativa aos beta-lactâmicos em pacientes alérgicos;
Infecções em próteses, endocardites, meningites pós-neurocirúrgicas e peritonites pós-diálise peritoneal.
• Teicoplanina: Similar à vancomicina e pode ser usada em pacientes que apresentam reações alérgicas grave a vancomicina,
Isoniazida/etambutol
Agem da parede celular de micobactérias.
Utilizados no tratamento da tuberculose.
Isoniazida (Piridina)
Mecanismo de ação: Inibidora da síntese de lipídios do ácido micólico.
Etambutol (Butanol)
Mecanismo de ação: Inibição da síntese de arabinogalactana.
Inibidores da Síntese de proteinas
Aminoglicosídeos, tetraciclina, nitrofurano, glicilciclinas, macrolídeos, cloranfenicol, lincosamidas e oxazolidonas
Inibidores da síntese de proteínas inibidoras da subunidade 30S
• Aminoglicosídeos – Indicação: Enterobacteriaceae, P. aeruginosa. 
Estreptomicina, Gentamicina, Amicacina, Neomicina, Canamicina.
• Tetraciclina – Indicação: Stahylococcus spp., Enterococcus spp.
Tetraciclina, Minociclina, Doxiciclina, Clorotetraciclina, Oxitetraciclina.
• Nitrofurano – Indicação: Enterobacteriaceae, Staphylococcus spp.
Nitrofurazona, Furazolidona, Nitrofurantoína, Nifurtimox.
• Glicilciclinas – Indicação: Enterobacteriaceae, anaeróbios 
Tigeciclina.
O ribossomo da bactéria ele tem uma subunidade 50S em cima e 30S em baixo.
Aminoglicosídeos
São um grupo com estrutura complexa, onde inibem as proteínas bacterianas, ao se ligarem à subunidade 30S ribossoma bacteriano, impedindo a leitura correta do RNA mensageiro e síntese da proteína correspondente.
A penetração na membrana celular depende do transporte ativo, dependente de oxigênio, por um sistema transportador de poliaminas. O efeito dos aminoglicosídeos é bactericida, sendo realçado por agentes que interferem na síntese da parede celular (penicilinas).
São ativos contra microrganismos Gram-negativos e alguns Gram-positivos.
Exemplos: Amicacina, Gentamicina, Neomicina, Tobramicina.
INDICAÇÕES
Septicemias, infecções do trato urinário, endocardites, infecções respiratórias, infecções intra-abdominais, meningites em recém-nascidos, infecções oculares, osteomielites e infecções de articulações.
São ototóxicos
Tetraciclinas
Atuam sobre a síntese proteica
A absorção oral das tetraciclinas é prejudicada pela ingesta concomitante de alimentos, antiácidos, leite e ferro.
Representantes: Doxiciclinas, tetraciclinas.
INDICAÇÕES
Infecções geniturinárias, gengivoestomatite, granuloma inguinal, linfo granuloma venéreo, otite média, faringite, pneumonia, sinusite, tifo, sífilis e outras infecções causadas por bactérias sensíveis à tetraciclina.
Inibidores da síntese de proteínas inibidoras da subunidade 50S
• Macrolídeos – Indicação: Staphylococcus spp., Streptococcus spp.
Eritromicina, Claritromicina, Roxitromicina, Diritromicina, Azitromicina, Telitromicina
• Cloranfenicol – Indicação: Enterobacteriaceae, Enterococcus spp.
Cloranfenicol, Tianfenicol
• Lincosamidas – Indicação: Enterococcus spp., Streptococcus spp.
Lincomicina, Clindamicina
• Oxazolidinonas – Indicação: Cocos gram-positivos
Linezolida
MAcrolídeos
Inibem a síntese das protéinas bacterianas através do efeito na translocação ribossômica. Esses fármacos ligam-se a subunidade 50s ribossomo bacteriano.
Exemplos: Eritromicina, Claritromicina e Azitromicina.
Podem ser administrados por via oral e intravenosa, no entanto a via venosa pode ocasionar tromboflebite local.
INDICAÇÕES
Infecções no trato respiratório por estreptococos do grupo A; Pneumonia por S. pneumoniae; Prevenção de endocardites após procedimento odontológico; Infecções superficiais da pele por Streptococcus pyogenes; Profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica).
Cloranfenicol
INDICAÇÕES
Salmoneloses, Infecções intra-abdominais, granuloma inguinal, treponematoses, sinusites, otite crônica supurativa.
Lincosamidas
Representante: Clindamicina
INDICAÇÕES
Infecções intra-abdominais, infecções pélvicas, infecções pulmonares, infecções odontogênicas, sinusites, otite crônica, osteomielites, erisipela e infecções de partes moles em pacientes alérgicos a penicilina.
Oxazolidinonas
Representantes: Linezolida
Amplo espectro
INDICAÇÕES
Infecção por Enterococcus faecium (resistente à vancomicina); Pneumonia hospitalar por Staphylococcus aureus, inclusive germes multirresistentes ou Streptococcus pneumoniae (somente cepas suscetíveis às penicilinas); infecções da pele e tecidos moles (complicadas e não complicadas); Pneumonia por gram-positivos suscetíveis.
Inibidores da Síntese de DNA ou RNA
Quinolona, Nitroimidazol, Rifamicina
• Mecanismo de ação
Interferem na replicação do DNA (DNA girasse e DNA polimerase) e na transcrição (RNA polimerase – síntese de RNA)
• Principais antimicrobianos:
- Rifamicina (Inibe a síntese do RNA)
Rifamicina e rifampicina (Combinação em tratamento de tuberculose)
- Nitroimidazol (Dano no DNA)
Metronidazol e Tinidazol
- Quinolonas (1º, 2º e 3º geração)
Quinolonas
Atuam na replicação do DNA
2º Geração
3º Geração
1º Geração
Moxifloxacina
Gatifloxacina
Gemifloxacina
Clinafloxacina
Trovafloxacina
Ác. Nalidíxico
Ác. Pipemídico
Rosoxacino
Ciprofloxacino
Norfloxacino
Levofloxacino
Ofloxacina
Difloxacina
Pefloxacina
Gram negativos
Fluorquinolonas
Fluorquinolonas
Esses agentes inibem a topoisomerase II (uma DNA girasse bacteriana), a enzima produz um “desenrolar” do DNA, permite a sua transcrição ou replicação. No entanto, as Quinolonas fazem com quem a enzima super helicoidize a fita de DNA.
Atuam em bactérias gram-positivas e gram-negativas.
Exemplos: Ciprofloxacino, Levofloxacino, Norfloxacino
No início dos anos 80, com o acréscimo de um átomo de flúor na posição 6 do anel quinolônico, surgiram as Fluorquinolonas (principal representante: ciprofloxacina), com aumento do espectro, para bacilos gram-negativos e boa atividade contra alguns cocos gram-positivos, porém, pouca ou nenhuma ação sobre Streptococcus spp. Enterococcus spp. e anaeróbios.
Esse foi um dos principais motivos para o desenvolvimento das novasquinolonas: Gatifloxacina, Moxifloxacina e Gemifloxacina.
INDICAÇÕES:
Trato genito-urinário, trato gastrointestinal, trato respiratório, osteomielites, partes moles, ação contra micobactérias.
 
Nitroimidazólicos
Metronidazol
Inibe a síntese de ácidos nucléicos: rompe a estrutura do DNA.
INDICAÇÕES:
Abscesso cerebral, pulmonar, bacteremia, infecções de parte moles, osteomielite, infecções orais e dentárias, sinusite crônica, infecções intra-abdominais, colite pseudomembranosa, tétano e Gardnerella vaginalis
Alteração no metabolismo do ácido fólico
Sulfonamidas, Sulfametoxazol + trimetoprima
Em 1930, numa descoberta histórica, antes da penicilina, Dogmak demonstrou que era possível um fármaco suprimir a infecção bacteriana. O agente era o prontosil, um corante que demonstrou ser um pró-fármaco inativo que era metabolizado e in vivo num produto ativo Sulfonamida. Muitas sulfonamidas foram descobertas, no entanto, caíram em desuso devido a resistência bacteriana. Atualmente, as mais utilizadas são Sulfametoxazol e Sulfassalazina.
A sulfonamida é um análogo do ácido para-aminobenzóico (PABA) que é um precursos para a síntese de DNA e RNA nas bactérias, sendo assim as sulfonamidas são inibidores competitivos da enzima dihidropteroato sintetase.
A ação das sulfonamidas é inibida pela presença de pus e de produtos de destruição tecidual, porque esses contêm timina e purina, que são utilizadas diretamente pelas bactérias, não necessitando produzir ácido fólico.
• Mecanismo de ação
Inibidor competitivo que atua na síntese de metabólitos essenciais (ácido fólico).
• Principal antimicrobiano:
Sulfonamidas (Sulfadiazina)
Sulfametoxazol* + Trimetoprim (bactrim) – Amplo espectro
*Mais utilizado
INDICAÇÕES
São ativas contra:
Um amplo espectro de bactérias gram-positivas, muitas gram-negativas. Contudo, a resistência é disseminadas e a resistência a uma sulfonamida indica resistência a todas.
A Sulfassalazina pode ser usada via oral para tratar doenças inflamatórias do intestino.
Várias sulfonamidas estão disponíveis para uso tópico: 
Queimaduras: Sulfadiazina prata e acetato de mafenida.
Vaginite: creme vaginal
Infecções oculares superficiais: sulfacetamida oftálmica.
Trimetoprima
Também é utilizada como antagonista do ácido fólico, por assemelhar-se a porção pteridina do ácido fólico, consegue “enganar” a di-hidrofolato redutase bacteriana.
INDICAÇÕES DE SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA
TMP e SMX-TMP são ativos contra:
Um amplo espectro de organismos gram-positivos (incluindo alguns Staphylococcus aureus meticilina-resistentes).
Um amplo espectro de organismos gram-negativos
A combinação é inativa contra:
Anaeróbios; Mycobacterium tuberculosis; Mycoplasma sp; Pseudomonas aeruginosa; Enterococos e muitos tipos de Enterobacteriaceae e Streptococcus pneumoniae são resistentes. SMX-TMP não é clinicamente eficaz para tratar faringite estreptocócica causada por estreptococo do grupo A (Streptococcus pyogenes).
Alteração na membrana citoplasmática
Polimixina
É a última instancia no tratamento
As polimixinas B alteram a membrana celular bacteriana. Tem ação bacteriana seletiva a bactérias gram-negativas, principalmente Pseudomonas aeruginosas.
Interagem fortemente com os fosfolipídeos e desorganizam a estrutura das membranas celulares. Estas drogas têm a capacidade de destruir além da célula da bactéria, a célula do hospedeiro.
INDICAÇÕES:
Pneumonias relacionadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateter, infecções de sítio cirúrgico e do trato urinário. 
Resistência bacteriana
superbactérias
KPC
Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase, é uma bactéria gram-negativa, é altamente resistente. É uma bactéria de ambiente hospitalar, e ela já está resistente aos Carbapenêmicos. 
Acinetobacter baumannii
MDRAB (Multidrug- resistant Acinetobacter baumannii)
É uma bactéria gram-negativa
Pneumonias severas
Infecções urinárias de difícil controle
Uma das infecções hospitalares mais comuns (cateter e sonda), resistentes: Desinfecção, fármacos, longo tempo de permanência sem superfícies secas e na pele saudável.
Staphylococcus aureus 
Resistente à Meticilina (conhecidos como MRSA), são gram-positivas.
Causa infecções dérmicas: borbulhas. Abcessos, celulite e impetigo
Corrente sanguínea: Septicemia, osteomielite, pneumonia e endocardite.
Enterococcus faecium
VRE (do inglês vancomycin-resistant Enterococcus), são gram-positivas.
Resistentes à vancomicina (glicopeptídeo)
Causa: endocardite, meningite neonatal, infecção pélvica e intra-abdominal, infecção urinária e septicemia.
Antibiograma
Vão semear o material em um meio de cultura, irão ser colocados uns discos brancos. 
Os discos brancos são embebidos com antibióticos, cada disco represente um antibiótico.
Aonde formar um halo ao redor do disco, significa que a bactéria é sensível a esse antibiótico, ou seja, posso utilizar aquele antibiótico para debelar a bactéria. Quanto maior o halo, maior é a sensibilidade.
E aonde não forma um halo, significa que a bactéria é resistente a esses antibióticos.

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