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FÁRMACOS ANTIMICROBIANOS Alice Barros – DOENÇAS TROPICAIS – MEDICINA HISTÓRIA ✔ Romã: alcaloídes em raiz e casca com ação anti-helmíntica ✔ Cebola, Alho e Rabanete: alicina e rafanina com ação antimicrobiana e antiparasitária ✔ Mel: ação osmótica e do própolis ✔ Em 1940 Penicilina é produzida maior quantidade dando origem à ERA DOS ANTIBIÓTICOS ( Florey e Chaney) ✔ Fleming :Descobriu a Penicilina 1º antibiótico de utilidade clínica – descoberto em 1928, permaneceu como curiosidade até 1939 e, em 12 de fevereiro de 1941, foi usado pela 1ª vez em um policial de Londres com sepse estafilococica. ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA A-Pili B-Ribossomas; C-Cápsula; D-Parede celular; E-Flagelo; F-Citoplasma; G-Vacúolo; H-Plasmídeo; J-Membrana celular; I-Nucleído; ✔ O plasmídeo possui o material genético da bactéria e tem grande influência na resistência bacteriana. ✔ Os lipopoissacarídeos são próprios das bactérias GRAM NEGATIVAS. PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS: ✔ A bactéria tem uma enzima chamada TRANSPEPTIDASE a qual é responsável por pegar diversos monômeros e formar a cadeia complexa e rígida de peptideoglicano. É esse processo de formação da parede celular de peptideoglicano por meio da enzima transpeptidase que é chamado de TRANSPEPTIDAÇÃO. Na medicina chama-se essa transpeptidase de PDP (Proteina ligadora de penicilina). PROPRIEDADES DE COLORAÇÃO – BACTÉRIAS ✔ As bactérias gram positivas tem uma parede celular mais espessa. As gram negativas tem essa parede mais fina composta por peptídeo glicano, além disso elas possuem uma membrana externa comum a todas as gram negativas. ✔ O PEPTIL GLICANO, na verdade são duas estruturas que se juntam, o acido acetil glucosamino e o acido N acetyl muramico. COLORAÇÃO DE GRAM 1. Semeia o material biológico e seca. 2. Submete a lamina ao cristal violeta. 3. Joga lugol. 4. Lava com álcool cetona (descoloração) e como a gram + tem uma camada mais espessa de peptil glicano então ela se cora. Já a gram – como a camada é menor, o corante vai ser eliminado. 5. Por último, submete a safranina onde uma fica Rosa (gram-) e outra Roxa (gram +). MICROBIOTA QUE PRECISAMOS SABER: BACTÉRIAS AERÓBICAS GRAM + GRAM - COCOS Estreptos Estáfilos Enterococos Neisserias Moraxellas BACILOS Listeria Clostridium (é anaeróbio) Pseudomonas Hemófilos Enterobactérias (Klebsiella, Escherichia, Salmonella, Shigella) ✔ OUTRAS: Microbacterium, Clamydia, Mycoplasma, Treponema, Leptospira. CARACTERISTICAS QUANTO A FORMA DAS BACTÉRIAS ANTIBIOTICOTERAPIA ✔ É o tratamento de pacientes com sinais e sintomas clínicos de infecção, pela administração de antimicrobianos. ✔ Tem finalidade de: CURAR (Cura clínica) e COMBATER O AGENTE (Cura microbiológica). INFECÇÃO#COLONIZAÇÃO#CONTAMINAÇÃO. ANTIBIOTICOTERAPIA É UTILIZADA PARA QUEM TEM INFECÇÃO. ANTIMICROBIANOS ✔ Os fármacos antimicrobianos são substâncias químicas de origem natural ou sintética que suprimem o crescimento ou promovem a destruição de microrganismos, incluindo bactérias, fungos, helmintos, protozoários e vírus. ✔ Podem ser obtidos por 3 formas: NATURAL – Atraves da fermentacao de culturas de fungos, o fungo produz. SÍNTESE LABORATORIAL SEMISSÍNTESE – Combinação da forma natural com sintese laboratorial. (Utiliza a parte produzida pelo fungo e o transforma) USO DOS ANTIMICROBIANOS – ATM Segundo a OMS: 2/3 dos antibióticos são usados sem prescrição médica; As infecções causam 25% de mortes no mundo e 45% nos países menos desenvolvidos; Mais de 50% das prescrições de antibióticos são inadequadas; 50% dos pacientes compram antibióticos para 1 dia e 90% para um período igual ou inferior a 3 dias; Mais de 50% do orçamento com medicamentos são destinadas aos antimicrobianos. DOU Nº 87, segunda-feira, 9 de maio de 2011. Seção 1, páginas 39 a 41 - RESOLUÇÃO A CERCA DO USO DOS ANTIMICROBIANOS RESOLUÇÃO-RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS ✔ Por microrganismos suscetíveis: Antibacterianos; Antifúngicos; Antivirais; Antiparasitários; ✔ Por origem do Antimicrobiano, Antibióticos; Quimioterápicos Anti- infecciosos; ✔ São classificados de acordo com vários critérios: Estrutura química Tipos de germes sobre quais atuam (espectro de ação) Efeito provocado no germe ✔ Existem mais de 20.000 antibióticos descritos, porém sem toxicidade seletiva. ✔ TOXICIDADE SELETIVA: Ele vai interferir somente na bactéria, e não ao seu redor. CLASSIFICAÇÃO QUIMICA Derivados aminoácidos Derivados açucares Derivados de acetados e propionatos Outros ✔ Importância: derivados mesmo grupo mecanismo ação semelhante e espectro ação semelhante. EFEITOS SOBRE GERMES ✔ BACTERICIDAS: são os que provocam alterações incompatíveis com sobrevida da bactéria. ✔ BACTERIOSTÁTICOS: são os que inibem o crescimento e reprodução bacteriana sendo reversível o efeito uma vez retirada a droga. ✔ Não se deve utilizar antibióticos bacteriostáticos em: Imunossuprimidos, com deficiência imunológica (seja por doença crônica, diabetes, HIV, uso de corticoide, etc..) Situações de infecções graves ✔ ESPECTRO DE AÇÃO: Capacidade do fármaco de agir sobre uma quantidade de bactérias. Baixo espectro: atinge poucas bactérias (+ especifico). Alto espectro: atinge várias bactérias. Ativos sobre protozoários - paromicina, tetraciclina, anfotericina B Ativos sobre algas – anfotericina B Ativos sobre bactérias Gram positivas – penicilinas, macrolideos, bacitracina Ativos sobre bactérias Gram negativas- polimixinas, polimixinas Ativos sobre bactérias gram positivas e gram negativas (amplo espectro) – cloranfenicol, tetraciclina, ampicilina, cefalosporinas Ativos sobre riquétsias, micoplasmas e clamidias – tetraciclinas, cloranfenicol, macrolideos. Ativos contra espiroquetas - penicilinas, eritromicina, tetraciclinas. RESISTÊNCIA BACTERIANA RESISTÊNCIA BACTERIANA – EVOLUÇÃO o Anos 50 e 60: Estafilococos resistentes à penicilina o Anos 70: Gram-negativos resistentes a penicilinas e cefalosporinas o Anos 80: Seguem os gram-negativos aumulando resistência e ressurgem os estafilococos, agora resistentes à oxacilina o E nos anos 90… SURGIRAM AS SUPERBACTÉRIAS o CENÁRIO ATUAL: Diminui a descoberta de novos antimicrobianos e aumenta a resistência bacteriana. ✔ As primeiras classes de antibióticos foram criados até os anos 70. Depois disso teve que lançar mão desses mais antigos porque as bactérias se tornaram mais resistentes. MECANISMOS DE RESISTENCIA BACTERIANA ✔ Resistência bacteriana é um fenômeno genético, relacionado à existência de genes contidos nos microorganismos, que codificam mecanismos bioquímicos que impedem ação das drogas. ✔ Conceito resistência: diz-se bactéria é resistente a um ATM quando consegue crescer in vitro em presença de concentração inibitória que essa droga atinge no sangue ✔ Resistência natural ou intrínseca: faz parte das características biológicas primitivas dos microorganismos. (genes cromossômicos) ✔ Resistência Adquirida: a um ATM é a que surge em bactéria previamente sensível a este mesmo ATM MECANISMOS GENÉTICOS DE AQUISIÇÃO DE RESISTÊNCIA ✔ Normalmente são 4 mecanismos: Conjugação Transformação Transdução Transposição CONJUGAÇÃO BACTERIANA ✔ Na conjugação bacteriana, duas bactérias unem-se temporariamente através de uma ponte citoplasmática. Uma das células, denominadadoadora, duplica parte do cromossomo e passa para outra célula, denominada receptora, unindo-se ou não ao cromossomo dessa célula. TRANSDUÇÃO ✔ São eventos de recombinação envolvendo a transferência de material genético entre bactérias via bacteriófagos. TRANSDUÇÃO ✔ A transdução acontece através da contaminação de uma bactéria por algum vírus. Este pode incorporar ao seu DNA partes do DNA da bactéria e quando infectar outra bactéria e esta sobreviver a contaminação apresentará novas características. TRANSFORMAÇÃO ✔ A transformação ocorre quando uma bactéria incorpora moléculas de DNA existentes em seu meio e esta passa a ter novas características. TRANSPOSIÇÃO ✔ Transferência de gens de um plasmídio para outro plasmídio, para cromossoma ou bacteriófago ✔ Transferência se dá através de transposons que são segmentos de DNA que “saltam” ou autotransferirem-se de uma molécula de DNA para outra. MECANISMOS BIOQUIMICOS DE RESISTENCIA AOS ATM ✔ Inativação enzimática da droga Ex: Destruição dos antibióticos beta- lactâmicos pelas betalactamases. ✔ Alteração dos sistemas de transporte das células Retirada ativa da droga do meio intracelular (efluxo) e através modificação de proteínas localizadas na membrana celular. ✔ Alteração do receptor da droga ✔ Mudança estrutural do sítio alvo do ATM Ligação reduzida do ATM Formação de uma nova via metabólica que impede o metabolismo do ATM ✔ Pode haver uma situação que modifica esse sitio de ação, e ai o antibiótico não consegue se ligar. ✔ Alteração da entrada dos ATM resultantes de: Diminuição da permeabilidade Efluxo aumentado ✔ Tem o antibiótico que vai penetrar pelos canais de porina. Mas ela modifica o canal de porina e faz com que não permita mais a entrada do antibiótico. ✔ Mecanismo de efluxo: é como se tivesse uma bomba que vai expulsar esse antibiótico. Expressão de bombas de efluxo que removem o antibacteriano da célula mais rapidamente do que sua entrada. Ex: BOMBAS DE EFLUXO DE STAPHYLOCOCUS AUREUS FRENTE AS QUINOLONAS. Os sistemas de efluxo podem conferir resistência a ß lactâmicos, tetraciclinas, fluoroquinolonas, cloranfenicol e eritromicina. ✔ É como se empurrasse o medicamento pra fora ✔ Inativação do antibiótico As bactérias adquirem genes que codificam enzimas que inativam os antibióticos Exemplos: b-lactamases Enzimas modificadoras dos aminoglicosídeos Cloranfenicol acetil transferase ✔ Essas enzimas vao se ligar ao antibiótico e vao destruí-lo. ✔ A transpeptidase altera sua conformação e o fármaco não consegue se ligar a ela. ✔ As beta-lactamases fazem a clivagem do anel beta-lactâmico, e esse anel é comum a todos os fármacos beta- lactamicos. A beta-lactamase é uma proteína que a bactéria produz e a partir dai ela vai clivar o anel fazendo com que o antibiótico beta-lactamico perda o seu efeito. Para impedir a ação da proteína beta- lactamase utiliza-se fármacos inibidores das beta-lactamases. ✔ Produção de porinas diferentes mas isso é mais restrito as bactérias GRAM NEGATIVAS porque só elas possuem essas porinas. Uma vez que essa proteína tem uma conformação diferente isso faz com que o fármaco (principalmente o beta-lactamico) não acabe passando por essa porina e não chega no espaço periplasmatico, assim ele não faz efeito. AO PRESCREVER UM ATM DEVE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO: Espectro de ação; Vias de administração; Vias de eliminação; Mecanismos de ação; Toxicidade; Eficiência; Custo x Benefício ✔ Infecção grave: medicamento endovenoso ✔ Antibióticos bactericidas em pacientes graves ✔ Vias Administração :VO, IM, EV, Retal, intraventricular, intracavitária, aerossol, tópico. ✔ Metabolização : Hepática ou tecidual ✔ EXCREÇÃO: Rins, Fígado, Alguns podem ser eliminados:pulmão, TGI ou pele, Leite, Suor ou saliva, fezes PROPRIEDADES IDEAIS DOS ANTIBIÓTICOS 1.Toxicidade seletiva; 2. Espectro de ação; 3. Não agir contra microbiota residente; 4. Solubilidade em líquidos corporais; 5. Alcançar altas concentrações nos tecidos e sangue; 6. Não ser afetado pela acidez estomacal ou proteínas do sangue; 7. Não produzir efeitos colaterais; 8. Disponibilidade e baixo custo. USO CLÍNICO DOS ATM ✔ Finalidades uso ATM prática clínica: Profilática (por ex profilaxia pra TB, etcc...) Terapêutica – Empírica ou Definitiva (empírico é quando eu uso por ex um antibiótico de alto espectro) Empírico- largo espectro Definitiva – espectro estreito ✔ Quando você pega um paciente você usa uma, terapêutica inicialmente empírica enquanto não descobre qual é a bactéria, empírica de largo espectro. Quando você descobre qual a bactéria é você vai fazer a terapêutica definitiva pegando um medicamento de espectro mais estreito = isso de chama de descalonamento de antibiótico. ✔ Fatores influenciam escolha ATM: Características do paciente: idade, função renal e hepática, gravidez/ lactação, sensibilidade do paciente, alergias, Agentes etiológicos: antibiograma, mecanismos resistência Propriedades dos ATM: farmacocinética, farmacodinâmica, mecanismo de ação, sinergismo ou antagonismo, toxicidade, interação medicamentosa, custos. BACTÉRIAS POR LOCAL DE INFECÇÃO A HISTÓRIA DOS MEDICAMENTOS 2.000 AC: agora, coma esta raiz 1.000 AC: aquela raiz é pagã. Agora, reze esta prece. 1.850 DC: aquela prece é superstição. Agora, beba esta poção 1.920 DC: aquela poção é óleo de serpente. Agora, tome esta pílula 1.945 DC: aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta penicilina 1955 DC: “oops”... Os micróbios mudaram! Agora, leve esta tetraciclina 1960 - 1999: mais 39 “oops”... Agora, leve este antibiótico mais poderoso. 2.000 DC: os micróbios venceram! Agora, coma esta raiz. SE LIGA! Antes de prescrever um antibiótico, o médico deve responder às seguintes perguntas: 1. É indicado o uso de antibiótico? 2. Foi obtido material para exame laboratorial e cultura? 3. Quais são as bactérias mais prováveis no caso em questão? 4. Se houver diversos antibióticos disponíveis, qual o melhor? 5. A associação de antibióticos é adequada? 6. Quais são os importantes fatores referentes ao paciente? 7. Qual a melhor via para administração do antibiótico? 8. Qual a dose apropriada? 9. O tratamento inicial precisa ser modificado, após o conhecimento dos resultados da cultura? 10. Qual a duração do tratamento, e há possibilidade de aparecimento de resistência durante tratamento prolongado? PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS BACTERIOSTÁTICOS β-lactâmicos: penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos, inibidores de betalactamases Macrolídeos: azitromicina, claritromicina, eritromicina, roxitromicina, telitromicina Glicopeptídeos: vancomicina e teicoplanina Tetraciclinas: tetraciclina, doxiciclina, minociclina Aminoglicosídeos: estreptomicina, gentamicina, amicacina Sulfonamidas: sulfadiazina, sulfametoxazol Quinolonas: ácido nalidíxico, norfloxacino, ciprofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino Oxazolidinonas: linezolida Polimixinas Anfenicóis: cloranfenicol, tianfenicol Lincosaminas: clindamicina Polimixinas: polimixina B, polimixina E GRUPOS DE ANTIBIOTICOS Beta-Lactâmicos o PENICILINAS NATURAIS E SEMI-SINTÉTICAS o INIBIDORES DE BETA-LACTAMASE o CEFALOSPORINAS o CARBAPENEMAS (+ potentes) o MONOBACTÂMICOS AMINOGLICOSÍDEOS RIFAMICINAS MACROLÍDEOS, AZALÍDEOS, CETOLÍDEOS e ESTREPTOGRAMINA LINCOSAMIDAS CLORANFENICOL E TIANFENICOL TETRACICLINAS E GLICILCILINAS DROGAS ANTI-FÓLICAS, SULFAS E DIAMINOPIRIMIDINAS QUINOLONA OXAZOLIDINONAS MECANISMO DE AÇÃO DOS ATM Antibióticos que interferem na síntese da parede celular Antibióticosque interferem na permeabilidade da membrana citoplasmática. Antibióticos que agem na síntese protéica. o Formação dos RNA s o Fixação do Rna–m ao ribossoma o Alterações dos ribossomas Antibióticos que interferem na replicação do DNA do cromossoma. Antibióticos que interferem em processos metabólicos bactérias. ANTIBIOTICOS QUE INIBEM A SINTESE DA PAREDE CELULAR Beta-Lactâmicos o Penicilinas o Cefalosporinas o Carbapenemas o Monobactâmicos Glicopeptídeos o Vancomicina o Teicoplanina Fosfomicina Bacitracina ANTIBIOTICOS QUE ALTERAM A PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR Tirotricina Polimixias Anti-Fúngicos ANTIBIOTICOS QUE INTERFERAM NA SÍNTESE PROTEICA ✔ Inibem formação de RNA (bactericidas) Rifamicinas ✔ Originam Proteínas Erradas (bactericidas) Aminoglicosídeos ✔ Bloqueiam a Síntese de Proteínas (bacteriostáticos) Macrolídeos Lincosamidas Afenicóis Tetraciclinas ANTIBIOTICOS QUE INIBEM A DNA-GIRASE Quinolonas ANTIBIOTICOS QUE INIBEM PROCESSOS METABÓLICOS DA BACTÉRIA Sulfonas Sulfas Primaquina Trimetoprin Pirimetamina CONCEITOS • SINERGISMO – Quando a combinação de duas drogas aumenta a atividade de ambas. • ANTAGONISMO – Quando um antimicrobiano diminui a ação de outro. PROPRIEDADES FARMACOLOGICAS DOS ANTIMICROBIANOS 1. Atingir concentração ideal no local infecção 2. Ser capaz de atravessar de forma ativa ou passiva a parede celular 3. Apresentar afinidade pelo sitio de ligação interior da bactéria 4. Permanecer tempo suficiente para exercer seu efeito inibitório FARMACODINÂMICA Relaciona concentrações do farmaco com sua atividade antimicrobiana Susceptibilidade dos microorganismos ao ATM: CIM Classificação: tempo dependente concentração dependente CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA ✔ É a mínima concentração do antimicrobiano necessária para inibir a multiplicação de um isolado bacteriano. ✔ Em cada tubo são colocados uma determinada concentração de antibióticos, sempre aumentando essa concentração. Nota-se que, enquanto houver TURVAÇÃO significa que tem bactéria. ✔ Observar, que nesse caso o MIC é 1 pois é nessa concentração mínima que consegue inibir essa bactéria. ✔ O MIC é a concentração inibitória mínima, no ex A o MIC é 0,12;. No 2 é 1 e no 3 é 16. ✔ O A é o mais sensível e o C é o mais resistente. ✔ Quando eu administro um determinado antibiótico, ele vai alcançar uma concentração máxima. Com o tempo ele atinge uma concentração inibitória mínima. Abaixo dessa concentração a bactéria vai voltar a se dividir, a se reproduzir. Tempo dependentes: tem sua ação regida pelo tempo de exposição das bactérias às suas concentrações séricas e teciduais. Antibióticos tempodependentes: quanto mais tempo melhor o Ex: vancomicina o Beta-lactamicos Concentração dependente: são aqueles que apresentam sua ação antibacteriana em função da concentração que atinge no sangue e tecidos Quanto mais alta a concentração da droga mais rápida a erradicação do patógeno Ex: Aminoglicosídeos Efeito pós antibiótico: Aqueles que mesmo níveis abaixo da CIM inibem o crescimento bacteriano. o Aminoglicosideos o Fluorquinolonas ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS ✔ É um grupo de antimicrobianos classificados como beta lactâmicos que possuem em comum seu núcleo estrutural, o anel beta lactâmico, o qual confere atividade bactericida. ✔ Conforme a característica da cadeia lateral, definem-se seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas. ✔ O anel beta lactamico dá a propriedade bactericida pra esses antibióticos. ✔ Então depende daquilo que for ligado a esse anel. PENICILINAS –Ácido 6- aminopelicinamico CEFALOSPORINAS – Ácido 7- aminocefalosporânico CARBAPENEMAS INIBIDORES DE BETA- LACTAMASES MONOBACTÂMICOS MECANISMO DE AÇÃO ✔ A parede celular da bactéria e formada por 2 açúcares, o n-acetilmurâmico e n acetilglucosamina e peptídeos. ✔ Eles de ligam dessa maneira: ✔ As cadeias de aminoácido se ligam para dar a parede celular da bactéria.Quando se fala sobre a formação da parede celular das bactérias, se fala na formação do peptilglicano. ✔ Os açúcares vão se ligando e tem-se a formação das cadeias de peptídeo.Esses açúcares vão se repetindo e depois tem cadeias de aminoácidos que vão se ligando. ✔ No citoplasma das células, tem-se esses dois a.a que se ligam. E após essa ligação eles vão passar pela parede celular da bactéria e vão ser transportados por essa parede celular e vão se acumulando no espaço periplasmatico para formar a cadeia de peptideoglicano. Existem antibióticos que impedem que esses aminoácidos se liguem no n-acetil muramico. ✔ Nessa passagem pela membrana citoplasmática pelo transportador lactoprenolfostato, existe um antibiótico que impede essa passagem, impede essa formação dessa cadeia peptídica. ✔ Esse composto vai ser transportado pela membrana citoplasmática e ai eles vão sofrer um processo e vão se unir, a essa união se chama transglicosilação. ✔ Existem fármacos que atuam impedindo essa transglicolizacao. ✔ Eles formam uma cadeia mas sem pontos de ancoragem, então esses peptídeos eles são ligados por enzimas transpeptidases (proteínas ligadoras de penicilina) que vão fazer com que essas cadeias se unam. ✔ A isso é o nome de transpeptidação, a ligação das cadeias por meio de uma enzima chamada transpeptidase. ✔ Isso tudo acontece durante a divisão da bactéria, então quando ela começa a se dividir vão sendo formadas novas paredes celulares. ✔ O mecanismo de ação dos beta-lactâmicos é agir exatamente nessa enzima impedindo que essa transpeptidação ocorra. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS BETA-LACTÂMICOS ✔ Resulta em parte da sua habilidade de interferir com a síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana). 1. Devem penetrar na bactéria através das PORINAS presentes na membrana externa da parede celular bacteriana, nas bactérias GRAM – ou por difusão nas GRAM +. 2. Não devem ser destruídos pelas beta-lactamases produzidas pelas bactérias, meio externo GRAM+ e espaço periplasmatico nas GRAM-. 3. Devem ligar-se e inibir as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pelo passo final da síntese da parede bacteriana. ✔ Nas gram + o antibiótico vai por difusão pela parede celular, alcança a enzima ligadora de penicilina e impede sua ligação ✔ As gram – entram nos canais de porina e impedem a ação enzimática, fazendo com que a bactéria morra. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS PRODUÇÃO DE BETA LACTAMASES ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DA PAREDE MUDANÇA DE SÍTIO DE AÇÃO DO ANTIBIÓTICO PRODUÇÃO DE LACTAMASES ✔ O mecanismo de resistência bacteriano mais importante e frequente é a degradação do antimicrobiano por ENZIMAS. As beta-lactamases hidrolisam a ligação amida do anel beta-lactamico, destruindo, assim, o local onde os antimicrobianos beta-lactamicos ligam-se as PBPs bacterianas e através do qual exercem seu efeito antibacteriano. ✔ Existem as beta lactamases ‘’simples’’, as beta lactamses ‘’poderosas’’ (Não adianta voce administrar um fármaco inibidor de beta lactamase nelas, pois elas já são resistentes) como a ESBL (beta lactamase de espectro estendido) que foi observada primeiramente nas Klebsiella, e E.coli. além disso , tem-se beta lactamases provenientes do Gene C, grupo PESC onde cada bactéria dessa produz esse gene C: Proteus, Providencia, Enterobacter, Serratia e Citrobacter. As metalobetalactamases são mais perigosas, pois elas são muito resistentes e assim os fármacos são poucouteis, em Pseudomonas. ✔ Nas bactérias gram positivas as betalactamases são liberadas no meio exterior da bactéria. Então ela e produzida no lado de fora da bactéria, assim, quando o antibiótico chega ela já vai destruir o antibiótico no lado de fora. ✔ Nesse caso, nas bactérias gram negativas, o antibiótico tem que entrar lá dentro do espaço periplasmatico e ele tem que destruir o antibiótico. Mas essas enzimas não permitem que ele entre. ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE ✔ Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações nas porinas, proteínas que permitem a entrada de nutrientes e outros elementos para o interior da célula. ✔ Nas bactérias gram negativas altera a permeabilidade nos canais de porina e ai o antibiótico não consegue mais penetrar na célula bacteriana, assim essa bactéria se torna resistente. ALTERAÇÃO DO SITIO DE LIGAÇÃO ✔ Ocorre modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina (PLP). A própria enzima pode se alterar. O S. aureus desenvolveu resistência a meticilina, adquirindo um novo gene mec A, que codifica uma nova PBO, chamada de PBP2a, que participa da síntese da parede celular mesmo em presença da meticilina. (MRSA) Ele produziu enzimas capazes de destruir as penicilinas. Esse é um mecanismo típico de resistência do Stafilococus aureus. ✔ Essa é a resistência do stafilococcus ao longo do tempo. Eles vao acumulando resistência. PENICILINAS ✔ Tem-se as penicilinas: NATURAIS Benzilpenicilinas ou Penicilina G (benzetacil) Fenoximetilpenicilina ou Penicilina V SEMI-SINTÉTICAS: tem parte de sua produção realizada de modo natural (produção do 6-APA) e parte por síntese química (introdução de radicais) Oxacilinas Ampicilina Amoxacilina Carbenicilina Piperacilina PENICILINAS NATURAIS PENICILINAS ANTI- ESTAFILOCOCICAS AMINOPENICILINAS PENICILINAS ANTI- PSEUDOMONAS Penicilina G benzatina Meticilina * MRSA (estaf resistentes a Ampicilina Piperacilina meticilina-usa vancomicina) Penicilina G cristalina Oxacilina *ORSA (estaf resistentes a oxacilina – usa vancomicina) Amoxilina Ticarcilina Penicilina G procaína Cloxacilina Carbenicilina Penicilina V Dicloxacilina ✔ Tem-se o anel beta-lactamico, o anel tiazolidimico e o radical na cadeia lateral que vai servir para a produção de penicilinas semi-sinteticas. PENICILINAS NATURAIS OU BENZILPENICILINAS ✔ São obtidas por fermentação a partir de culturas de fungos do gênero penicillium. ✔ As melhores são a G e V que tem uma vantagem de serem administradas por via oral. Mas a melhor é a G. Todas obtidas por fermentação do fungo. ✔ Em R2 eles colocaram sódio ou potássio. MECANISMO DE AÇÃO ✔ Ligam-se as PBP na membrana celular e impedem a síntese da parede celular. ✔ Ativação de enzimas autoliticas da bactéria ESPECTRO DE AÇÃO – PENICILINAS NATURAIS COCOS GRAM POSITIVOS: Estreptococos - S. pneumoniae - S. pyogenes - S. agalactiae - Streptococcus grupo viridans Outros: Listeria monocytogenes, actinomyces (exceto Nocardia) e Pasteurella multocida. COCOS GRAM NEGATIVOS: - Neisseria meningitidis Espiroquetas - Leptospira interrogans - Treponema pallidum Anaeróbios - Clostridium spp -Fusobacterium -Peptostreptococus sp (exceto B. fragilias). PENICILINAS NATURAIS – INDICAÇÕES MAIS COMUNS INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS Amigdalites Erisipela Infecções puerperais Endocardites (subagudas) Infecções dentárias ACTINOMICOSES (Exceto Nocardia) LEPTOSPIROSE SIFILIS ✔ NÃO É INDICADA: A penicilina G benzatina não é indicada para profilaxia do tétano, infecções da pele, pneumonias, eripsela ou tratamento da gonorreia. ADMINISTRAÇÃO ✔ Ela é extremamente instável em termos de Ph por isso ela não pode ser administrada via oral. Ela é só endovenosa. – PENICILINA G CRISTALINA: VIA ENDOVENOSA - PENICILINA G PROCAINA E BENZATINA: VIA INTRA MUSCULAR ✔ Uso tópico somente quando PRESCRITO: Não usar pomadas, soluções tópicas, aerossóis. PENICILINAS NATURAIS PENICILINA G (BENZILPENICILINA) ✔ Penicilina G cristalina é ELIMINADA em 4h. é apresentada em sais de Na e K. ✔ Penicilina G Procaina é ELIMINADA em 24h. Inicio de ação de 2-4 horas. A associação com procaína retarda o pico máximo e aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12hrs. ✔ Penicilina G Benzatina é uma penicilina de deposito, pouco hidrossolúvel, e seu uso é EXCLUSIVAMENTE INTRAMUSCULAR. Tem início de ação de 8 horas. Os níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada. ✔ A procaína retarda a absorção da penicilina então essa penicilina vai ficar mais tempo no organismo. ✔ A benzatina fica durante muito tempo sendo liberada, de 15 a 21 dias – então em doença grave usa a cristalina, para ter uma ação mais rápida por via endovenosa. ✔ Infecções mais banais você utiliza a benzatina – em casos de febre reumática por exemplo. PENICILINA G CRISTALINA - CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS GERAIS ✔ A penicilina G cristalina tem formulação aquosa. ✔ É dada de maneira endovenosa. ✔ Possui meia vida de mais ou menos 30 minutos (Administrar de 4/4h) ✔ Uma alta concentração sérica de penicilina G cristalina alcança a barreira hematoencefálica. Mas ela só consegue penetrar essa barreira quando as meninges estão inflamadas, quando integras elas não penetram. ✔ Usada em infecções mais agudas/graves ✔ COBERTURA: Estrepto e enterococos, neisseria (meningococo), anaeróbios e outros (ex. treponema), mas não cobre estafilococos. ✔ APLICAÇÃO PRÁTICA: Infecções por S. pneumoniae – IVAS, PAC e meningites (exceto em RN) Pyogenis – piodermites e faringoamigdalites S. agalactiae – meningite e sepse do RN Sviridans – endocardite DIFUSÃO E METABOLISMO ✔ Tem uma má penetração nos ossos, olhos, próstata, leite, peritônio, LCR (exceto na inflamação), seios da face. ✔ Atinge concentrações: pulmões, rins, músculos, amigdalas, gânglios, pele, baço, secreção brônquica, sêmen, bile. ✔ Atravessa a barreira placentária e atinge concentração no feto semelhante a materna. ✔ Taxa de ligação proteica de 60%. ✔ É inativada em exsudatos purulentos. Por isso nas coleções purulentas os antibióticos não tem ação, por isso é importante a drenagem de abcessos. ABCESSO=DRENAGEM. ✔ Pouco metabolizada. ✔ Excreção renal – probenicide bloqueia a secreção tubular da penicilina e prolonga o tempo de ação das penicilinas. ✔ Penicilina + probenicide = trata gonorreia ✔ É excretada no leite ✔ Em casos de insuficiência renal é necessário um ajuste da dose. PENICILINA G PROCAINA – CARACTERISTICAS FARMACOLOGICAS GERAIS ✔ É administrada via intramuscular ✔ Mantem níveis séricos por 18-24 horas e tem pico de ação em 2-4 horas. ✔ Atinge concentração sérica menor e não é adequada para meningite ou infecções graves ✔ Atualmente tem uso restrito ✔ Utilização em: pneumonia por S. pneumoniae susceptível, infecção gonocócica por Neisseria susceptível, erisipela, escarlatina. PENICILINA G BENZATINA – CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS GERAIS ✔ Administrada via intramuscular ✔ Meia vida prolongada, com baixos níveis séricos (inadequada para infecções graves). Mantém níveis séricos por 7-30 dias. ✔ Utilização em: Amigdalite estreptocócica, profilaxia de febre reumática, sífilis (exceto forma neurológica) ✔ Possui penetração ruim no SNC ✔ COBERTURA: Estrepto e enterococos, neisseria (meningococo), anaeróbios e outros (ex. treponema), mas NÃO cobre estafilococos. ✔ APLICAÇÃO PRÁTICA: Tratamento de sífilis (exceto neurosifilis), profilaxia pra febre reumática – secundária a faringoamigdalites de repetição causada pelo S. pyogenis. Profilaxia pra endocardite – causadapelo S. viridans. EFEITOS ADVERSOS ✔ É um dos antibióticos mais seguros ALERGIA – em 8% dos pacientes. Flebite: Flebite é a inflamação do vaso ✔ A penicilina G cristalina nunca pode ser injetada na veia, pois ela causa flebite. Por ter potássio, você vai estar injetando muito potássio e a paciente pode morrer por arritmia cardíaca. Então você deve diluir com soro. Normalmente mesmo com a diluição ela causa flebite. Neutropenia Não há praticamente contra-indicações (gestantes, nutrizes, recém- nascidos, etc) EFEITOS COLATERAIS ✔ Hipersensibilidade é mais comum ✔ Efeitos irritativos no musculo (abcesso asséptico), nos vasos (flebite), efeitos tóxicos no SNC (raro) ✔ Intolerância digestiva (5% dos casos) HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA ✔ Desencadeadas até 30 minutos após aadministração do antibiótico. São as mais perigosas. ✔ São reações mediadas por IgE, em cerca de 95% dos casos são dirigidas contra os determinantes antigênicos menores da penicilina. SINTOMAS: Urticaria, angioedema, rinite, asma, edema de laringe, anafilaxia com hipotensão e raramente morte. ✔ Existe a possibilidade de ocorrer um choque anafilático quando você faz injeção de penicilina no paciente. Assim é indicado que seja injetado em um local com preparo. HIPERSENSIBILIDADE ACELERADA ✔ Surgem de 1 a 72 horas após a administração. Sintomas: eritema, prurido, urticária, angioedema, rinite. HIPERSENSIBILIDADE TARDIA: Erupcoes, artralgias, urticaria e doença do sono. DOSAGENS PENICILINA G CRISTALINA PENICILINA G PROCAINA PENICILINA G BENZATINA Dose habitual: 6.000.000 – 24.000.000UI/dia divididos de 4/4h Dose habitual: 400.000UI IM a cada 12/12h Dose habitual: 1.200.000 UI (esquemas variados) -Gestação: RISCO B -Insuficiencia renal: reajuste de dose necessário -Insuficiência hepática: sem necessidade RISCOS NA GESTAÇÃO PENICILINA V (FENOXIMETILPENICILINA) ✔ É um sal potássico que resiste a degradação por ácido gástrico – ADM VIA ORAL ✔ Deve ser tomada em jejum em um intervalo de 6/6h ✔ Usada para tratar amigdalite estreptocócica, eripsela profilaxia de febre reumática. ✔ Ela dá muita intolerância gástrica e alergias. ✔ PEN-V-ORAL 500.000 UI cápsulas ou suspensão de 400.000UI/S ml ✔ Terapia sequencial após uso injetável. DESVANTAGENS DA PENICILINA G Instabilidade em meio ácido Absorcao oral pobre Alergenicindade Sensibilidade as beta lactamases Espectro de ação estreito (microorganismos gram+ e neisserias). Por conta disso foram desenvolvidas as penicilinas semissintéticas. PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS – BETA-LACTÂMICOS PENICILINAS RESISTENTES Á PENICILINASES PENICILINAS ANTIESTAFILOCÓCICAS ISOXAZOLILPENICILINAS: Metilcilina, oxacilina, nafcilina. ✔ A primeira penicilina criada contra os estafilococus foram as METICILINAS. Elas possuem espectro de ação contra gram positivas e cocos gram negativos, com potência menor que a penicilina G. ✔ Porem, agem contra estafilococos que resistem á penicilina G. então, a meticilina é usada especificamente para estafilococus resistentes a penicilina G. OXACILINA (ANTI-ESTAFILOCÓCICA) ✔ Produzida em 1961, é resistente a penicilinase produzida pelo estafilococos. ✔ É indicada primordialmente para infecções comunitárias por staphylococcus aureus produtores de beta-lactamse. ✔ Possui meia vida sérica de 30 minutos ✔ Indicada em impetigo bolhoso, celulite, osteomelite, síndrome da pele escaldada, abcesso, sepse, artrite séptica, endocardite. MSSA = OSSA – Sensiveis, comunitários. Resistencia a produção de beta lactamases MRSA= ORSA – Resistentes, hospitalares. Resistencia via PBP Espectro de acao curto, porem eficazes contra os MSSA. APLICAÇÃO PRATICA: Infecções de pele e partes moles, abcessos, pneumonias, estafilococos etc EFEITOS ADVERSOS: Alergia, flebite, vômitos, náusea, dor abdominal. Disponível apenas para uso ENDOVENOSO. ✔ Apresenta metabolização hepática, excreção renal. ✔ Atinge concentrações liquoricas satisfatórias quando na presença de processos inflamatórios. ✔ Staficilin N frasco-ampola 500mg por 4-4 ou 6-6 horas 100mg/dia. ✔ Com o passar dos tempos os stafilococus se tornaram resistentes com resistência cruzada com a meticilina: MRSA ou ORSA. Por meio de alterações nas PBPs. ✔ Stafilococus aureus resistente a meticilina MRSA ✔ Os stafilococus já trazem uma resistência a oxacilina ORSA AMINOPENICILINAS ✔ Com elas o tratamento ficou mais tranquilo pois elas podem ser dadas por via oral. AMPICILINAS E AMOXACILINA ✔ As aminopenicilinas são penicilinas semi-sinteticas, disponíveis desde 1960, após a adição de um grupo amino na cadeia lateral, e de espectro de ação mais amplo, em relação as benzilpenicilinas. ✔ Apresentam boa absorção, tanto oral como parenteral. ✔ As aminopenicilinas disponíveis para uso clinico no brasil são as AMPICILINA E AMOXACILINA ✔ SÃO SEMI-SINTETICAS e foi colocado um grupo amino na cadeia lateral. ✔ Via de adm: VO e VO/IV ✔ Tem um espectro um pouco maior que as penicilinas naturais (alargam p G-). ✔ Cruzam a barreira hemato encefálica ✔ COBERTURA: Estreptoocus, enterococus, listeria, neisseria (meningococo), hemofilos, mas não cobre estafilococos e outros germes. ✔ APLICAÇÃO PRATICA: Infeccoes por S. pneumoniae – IVAS (rinossinusite, otite etc), PAC e meningites do RB; S. pyogenis – piodermites e faringoamigdalites; S. agalactae – meningite e sepse do RN. ✔ A TB de cabeça e pescoõ dos neonatologistas ✔ Resistência aos hemofilos AMPICILINA ✔ Possui espectro para alguns GRAM NEGATIVO (E. coli, Proteus, de comunidade). ✔ Possuem atividade contra enterococus e streptococus, mas não para a s. aureus produtores de penicilinase. ✔ Administrado via endovenosa ou via oral de 6-6h ✔ UTILIZADA: Em infecções de via respiratória (estreptocócicas), salmoneloses, infecções por enterococo, infecções por listeria, cistite não complicada. ✔ AMPICILINA: Apenas 20 a 35% é absorvida via oral, pois ela sofre absorção irregular por interferência de alimentos ✔ Distribui-se bem pelo: pulmão, fígado, rins, tubo digestivo, bile, cérebro, seios da face, coração, LCR (na meningite) ✔ Baixa concentração nos ossos e próstata ✔ Meia vida sérica de 1h com eliminação renal e biliar. ✔ Então a ampicilina é preferível que seja usada endovenosa, e a amoxilina via oral. INIBIDORES DE BETALACTAMASE ✔ Foram desenvolvidos beta lactamicos capazes de se ligarem irreversivelmente as beta lactamases, inibindo-as. ✔ Esses compostos (acido clavulanico, sulbactam, tazobactam) foram combinados com as penicilinas para restaurar sua atividade, a despeito da presença de beta lactamases em estafilococos e hemofilos. ✔ Os inibidores beta lactamases, quando em associação com antimicrobianos beta lactamicos, ligam-se as beta lactamases. Dessa forma, evitam a hidrolise do anel beta lactamico e potencializam sua atividade. ✔ As bactérias estavam produzindo muita betalactamase como mecanismo de resistência. Foram desenvolvidos alguns compostos que combinado as penicilinas eles se ligavam as betalactamases restituindo a atividade original do antibiótico. Então eu restituo a atividade do antibiótico. Eles se ligam as beta lactamases, evitama hidrolise do anel beta lactamico e potencializam sua atividade. FUNÇÃO DOS IBL Inibicao de beta-lactamases Restaura atividade beta-lactamico Atividade contra anaeróbios AMOXILINA + CLAVULANATO AMPICILINA + SULBACTAM PIPERACILINA + TAZOBACTAM ✔ Via de adm Oral e intra venoso. ✔ Vantagem de ampliar o espectro de ação contra G+ e G-. ✔ COBERTURA: Hemófilos, anaeróbios, MSSA, pseudômonas (comunitárias) e enterobactérias. ✔ APLIAÇÃO PRÁTICA: AMOXI-CLAVU- Sinusite crônica, IVAS (pediatria), pé diabético infectado, mordedura de animais, etc.. AMPI-SULBACTAM- Idem á Amoxi-Clav + parenteral +cobertura pra Acinetobacter. PIPERACICLINA-TAZOBACTAM – Infeccoes intra-abdominais por G- resistentes (pseudômonas e enterobacterias) ✔ Conseguiram juntar esses compostos – inibidores de betalactamase ✔ A potência do antibiótico é contra alguns positivos e negativos. ✔ Quando eu junto o inibidor de beta lactamase eu aumento essa potência DO ANTIBIOTICO. INDICAÇÕES CLÍNICAS AMPICILINA: o Infecção por enterococos (sepse e endocardite) em associação com aminoglicosideo o Meningoencefalites por listeria sp e streptococus agalatiae (comum em RN) AMPICILINA + SULBACTAM: o Peritonite, apendicite, abcessos abdominais por gram - e anaeróbios – atinge 90% da concentração serica no liquido peritoneal o Celulite o Infecções ginecológicas e puerperal o A ampicilina sozinha você usa em bactérias gram + EFEITOS ADVERSOS Alergias Candidíase/superinfecções (quando você acaba com a microbiota e assim surgem outras infecções – parece com a infecção secundaria) Alteração de transaminases Diarreia Neutropenia OBS: pode ser administrada na gestante ✔ Superinfecção ou suprainfecção é verificada em termos evidências clínico- microbiológicas de uma nova infecção sobreposta a uma infecção preexistente durante a terapêutica antimicrobiana desta última. Ex. candidose durante terapêutica antibacteriana. DISPONIBILIDADE: VO ampicilina ou Binotal CP ou cap 250mg, 500mg e 1g ou suspensão com 250 mg/5ml ou 500mg/5l. EV ampicilina 500mg ou 1g frasco-ampola VO ou EV ampicilina _ sulbactam (Unasyn) 50 a 100mg/kg/dia ou 100 a 200 mg/kg/dia de 6-6h AMOXICILINA ✔ Derivada da ampicilina e criada em 1970 ✔ Difere da ampicilina pela presença do grupo hidroxil na cadeia benzênica ✔ Estável em meio acido ✔ Boa absorção pelo trato GI 70 a 90% ✔ Apresentada em suspensão, CP e frascos-ampola. ESPECTRO DE AÇÃO: Idem as ampicilinas ✔ Pode ser associado ao acido clavulanico e sulbactam para inibir beta-lactamases ✔ Meia vida de 1 hora ✔ Mesma distribuição e fluidos e tecidos em relação á Ampicilina ✔ Excreção renal/biliar INDICAÇÕES CLÍNICAS ✔ Sem associação: idem ampicilina ✔ Em associação com clavulanato ou sulbactam: Sinusite Otite Celulite Bronquites Peritonites Infecções GO Apendicite Abcessos EFEITOS ADVERSOS: Alergia, aumento da TGO/TGP, diarreia, neutropenia. OBS: pode ser administrada na gestante DISPONIBILIDADE AMOXICILINA: VO,CP,CAP e suspensao ( amoxil, amoxacilina) CAP e CP: 250 e 500mg SUSPENSÃO: 125, 250 e 500 mg/5ml 20 a 40 mg/kg/dia ou 50 a 100mg/kg/dia de 8/8h AMOXICILINA + CLAVULANATO: Clavulin – CP, suspensao oral e frasco-ampola AMOXICILINA+ SUBALCTAM: Trifamox – CP, suspensao oral e frasco- ampola CARBOXIPENICILINAS – Anti-pseudomonas ✔ Penicilinas com ação ANTI PSEUDOMONAS (pseudômonas são muito frequentes em infecções hospitalares) ✔ Carbecilina e Ticarcilina ✔ Administração IM ou IV ✔ Essas penicilinas tem uma ação em pseudômonas ✔ São chamadas também de PENICILINAS DE 3ª GERAÇÃO ✔ São instáveis em meio acido ✔ Inativadas pela neta-lactamase ✔ Ticarcilina – carbenecilina – ação bactericida ✔ Meia vida de 60 minutos ✔ Administrados via EV somente, Timentin 1,0g ✔ É o primeiro antibiótico contra pseudômonas ✔ Não podem ser utilizadas via oral Vantagem: espectro mais potente para gram- produtores de beta lactamase – comunitários. São associadas na pratica com inibidores de beta lactamase. COBERTURA: Proteus, enterobacter e pseudômonas. APLICAÇÃO: 1ª ou 2ª escolha (ou cefalosporina 4 geração) – entero – bactérias hospitalares. Pseudomonas hospitalares: carbenicilina + aminoglicosideo. (Sinergismo pra potencializar o mecanismo de ação). TICARCILINA – Ácido clavulânico ✔ Utilizado em queimaduras, sepse, peritonite e penumonia ✔ Ainge altas concentrações na urina, bile, liquido pleural ✔ Baixas concentracoes em LCR, ossos e escarro ✔ 220 a 300mg/kg/dia de 6/6h – via EV EFEITOS ADVERSOS Diminui a agregação plaquetária – hemorragias Alteração da TGO-TGP Convulsoes, alergias, neutropenia Não indicado na gravidez Conforme a gente vai modificando vai começando a aparecer efeitos adversos mais graves UREIDOPENICILINAS – PENICILINAS DE 4ª GERAÇÃO – Anti- pseudomonas ✔ Derivada da ampicilina desenvolvida em 1976 ✔ PIPERACILINA associada ao tazobactam ✔ É 30x mais potente contra pseudômonas sp quando comparada a carbenicilina ✔ É instável em meio acido ✔ Aumenta o espectro de ação quando associada com tazpbactam. PIPERACILINA ✔ Excreção renal e meia vida de 90min ✔ INDICADO EM: Infecoes mistas onde se suspeita de pseudômonas, infecções graves, pé diabético grave, fasciite ou celulite necrosante, peritonite pos operatória, infecções hospitalares graves. ✔ EFEITO ADVERSO: Alergia, flebite, convulsões, hemorragia, neutropenia. ✔ Ele aumentou o espectro de ação dessas penicilinas e elas foram mudando esse espectro. De gram + foram aumentando e agora pega vários gram – CASOS CLÍNICOS CASO 01. MRV, 16 anos, queixa de dor de garganta, febre de 39ºC há 3 dias, acompanhado de mialgia e enfartamento ganglionar. Qual diagnóstico provável? DIAGNOSTICO AMIGDALITE BACTERIANA POR STREPTOCOCUS DO GRUPO A Qual agente etiológico? O ag etiológico mais provável é o streptococu do grupo A. Qual tratamento de escolha? 2 opções. Dose e posologia. Efeitos adversos. Qual mecanismo de ação desses medicamentos e a que grupo pertencem? Critério de Centor mc Issak ✔ Pelo critério deu 4 pontos então a chance de ser uma faringoamigdalites é alta. ✔ TRATAMENTO: benzetacil intramuscular Amoxilina + clavonolato Azitromicina 500mg 3 doses – outro grupo e mecanismo de ação – age na síntese proteica das bactérias ✔ Efeitos adversos: hipersensibilidade, náuseas, etc ✔ Mecanismo: vão inibir a formação de parede celular da bactéria;: são do grupo dos betalactamicos CASO 01. Homem sadio, de 23 anos relutantemente pede avaliação de lesão no pênis. Nunca teve DST nem historia medica importante. Está afebril, e no exame físico nota-se ulcera indolor no pênis limpa rasa, de consistência cartilaginosa. Qual diagnóstico provável? sifilia Qual agente etiológico? Treponema palid - sifilis Qual tratamento de escolha? 2 opções. Dose e posologia. Efeitos adversos. Qual mecanismo de ação desses medicamentos e a que grupo pertencem? O streptococus A não é resistente, então você pode utilizar a amoxilina natural mesmo, amoxilina com clovulanato não é necessário. Você pode utilizar so a amoxilina mesmo de 8-8h. podia penicilina V também. Penicilina benzatina dose única. Pode acrescentar um analgésico para tratar a dor. Penicilina benzatina Recomenda que a dose seja 1.200.000 UI em casa glúteo. Alternativas: doxiclina 100mg por 15 dias Outra alternativa é a certeraxona que usa normalmente em gestantes pode usar cefalosporina de 3 geração caso a gestante não tenha historia de anafilaxiam sem alergias. Efeitos adversos das tetraciclinas: CASO 02. Paciente 23 anos comparece ao consultório com queixa de otalgia, febre e relata quadro gripal há uma semana atrás. Ao exame você constata uma otite medica aguda. Qual diagnóstico provável? Otite media aguda Qual agente etiológico? Tem vários agentes que podem causar a otite media Qual tratamento de escolha? 2 opções. Dose e posologia. Efeitos adversos. Qual mecanismo de ação desses medicamentos e a que grupo pertencem? CASO 03. Homem de 74 anos tem historia de uma semana de febre, calafrios e falta de ar. Os antecedentes mostram colocação de válvula mitral artificial 5 meses atrás. É aposentado, relata consumo moderado de álcool e não fumante. Qual diagnóstico provável? Qual agente etiológico? Qual tratamento de escolha? 2 opções. Dose e posologia. Efeitos adversos. Qual mecanismo de ação desses medicamentos e a que grupo pertencem? CEFALOSPORINAS BETA LACTÂMICOS Penicilicas- ácido 6- aminopelicinâmico Cefalosporinas – Ácido 7- aminocefalosporânico. Carbapenemas Inibidores de beta-lactamases Monobactâmicos ✔ São os ATM mais prescritos no mundo. No brasil, são usadas em 70% das infecções. ✔ São eficazes em sepse de causas desconhecidas e profilaxia cirúrgica. CARACTERISTICAS ✔ As cefalosporinas são caracterizadas pelo amplo espectro de ação, cobrindo bactérias Gram + (G+), Gram - (G-),aeróbias e anaeróbias. ✔ São bactericidas, são beta lactâmicos semi-sintéticos mais resistentes as beta- lactamases. ✔ Atualmente possuímos 5 gerações de cefalosporinas: CEFA. 1ª GERAÇÃO Cefalotina e Cefazolina (EV e IM), Cefalexina e Cefadroxil (VO). CEFA. 2ª GERAÇÃO Cefuroxima, Cefaclor, Cefprozila, Cefocitina. CEFA. 3ª GERAÇÃO Cefotaxima, Ceftriaxona, Cefixima, Cefatemet, Cefpodoxima, Ceftazidima. CEFA. 4ª GERAÇÃO Cefepime CEFA. 5ª GERAÇÃO Ceftaroline, Ceftobiprole. OUTRAS CEFALOSPORINAS Cefiderocol CEFA. 1ª GERAÇÃO Ativas contra estafilococos sensíveis a oxacilina e estreptococos Menor atividade contra pneumococos e gram-negativos Sem ação significativa sobre H. influenzae CEFA. 2ª GERAÇÃO Boa atividade contra cocos gram- positivos Mais atividade contra G- do que a 1ª geração, especialmente H. influenzae Cefositina é a única cefalosporina com boa atividade contra anaeróbios CEFA. 3ª GERAÇÃO Menor atividades antiestafilococica do que as outras gerações Aumento de atividade contra G- , estreptococos e pneumococos Destas, somente a ceftazidima é ativa contra P. aeriginosa CEFA. 4ª GERAÇÃO Muito boa contra cocos G+ Ativa contra germes resistentes produtores de beta-lactamase Boa atividade contra pseudômonas, mas inferior a 3ª geração ✔ TODAS AS GERAÇÕES TEM EM COMUM: * AUSENCIA DE ATIVIDADE CONTRA ENTEROCOCOS E ESTAFILOCOCOS RESISTENTES A OXACILINA * FRACA ATIVIDADE CONTRA ANAEROBIOS (EXEÇÃO: CEFOXITINA). CEFALOSPORINA AÇÃO ESTAFILOCOCOS AÇÃO GRAM - PRESENÇA A LCR 1ª ++++ + + 2ª +++ ++ + 3ª ++ +++ ++ 4ª +++ ++++ ++ MECANISMO DE AÇÃO ✔ São bactericidas, ligam-se as PBP na membrana celular e impedem a síntese da parede celular, causando sua lise osmótica da célula bacteriana. MECANISMOS DE RESISTENCIA Diminuição da entrada do antibiotico na bactéria Mecanismo de efluxo Alterações das PBP Inativação enzimática do antibiótico Produção de betalactamases CARACTERISTICAS GERAIS ✔ VO, IM, EV ✔ Excreção renal por mecanismos de secreção tubular-ajuste dose IR ✔ Atinge concentrações no LCR (exceto as de 1ª G) e placenta. ✔ São seguras na gestação. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS VIAS DE ADM DISTRIBUIÇÃO TRANSPORTE ELIMINAÇÃO Oral Amplas – concentração eficaz em quase todos os fluidos orgânicos Ligam-se a proteínas do soro de modo reversível Geralmente via renal Perenteral (maioria), IM ou IV Algumas cruzam a barreira hematoencefálica Só são ativas quando livres Algumas tem importante eliminação pela bile EFEITOS ADVERSOS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE: 10% com sensibilidade cruzada as penicilinas. Anafilaxia, broncoespasmo, urticária, exantema. REAÇÕES HEMATOLÓGICAS: -Eosinofilia (1 a 7%), Neutropenia reversível (abaixo de1%), trombocitose (2 a 5%) SISTEMA NERVOSO CENTRAL - Confusão mental, convulsões (geralmente com doses altas em pacientes com insuficiência renal) ANORMALIDADES DA COAGULAÇÃO - Hipoprotrombinemia, diminuição da agregação plaquetária. TRATO GASTRO-INTESTINAL - Alterações discretas das provas de função hepática (1 a 7%), diarreia inespecífica (2-5%), colite pseudo-membranosa. Barro biliar reversível (mais comum com ceftriaxona em RN). Causa uma precipitação do antibiótico na vesícula podendo causar cálculos biliares. Então, esse cálculo é por conta do uso do antibiótico, com o tempo ele se dissolve. No recém-nascido, como esse fármaco se liga as proteínas plasmáticas ele vai ter aumento da bilirrubina e isso pode gerar uma doença neural. Então a criança não pode usar esse fármaco, ceftreraxona. (ver na internet isso) Nefrotoxicidade: nefrite intersticial (rara); flebites; reações dissulfiram-like; flora microbiana: seleção de fungos e/ou bactérias multirresistentes. Reação dissulfiram-like: o dissulfiram serve para pacientes que são etilistas, é o remédio usado pra inibir o paciente de beber. Por que quando o paciente toma ele vai se sentir tão mal que ele começa a vomitar, a ter sudorese, a passar mal e normalmente ele associa isso ao remédio. Então ele passa muito mal quando bebe porque quando você tem o álcool, na metabolização do álcool o metabolito dessa reação é o acetaldeido, depoisa enzima acetaldeido desidrogenase vai dar um composto não toxico. Mas em altas concentrações esse acetaldeido passa a ser toxico e então ele vai manifestar uma serie de sintomas. ✔ Então o dissulfiram vai agir nessa metabolização do álcool, ele inibe a enzima e isso causa com que aumente o acetaldeido. Então, se você tomar cefalosporinas e bebida alcoólica o paciente pode sentir esses mesmos sintomas, pois elas vao inibir essa enzima e isso causa a toxicidade e reações de mal estar. CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO Cefalotina (EV ou IM) – ação contra staphylococcus produtores de penicilinases Cefazolina (EV ou IM) Cefalexina (VO) Cefadroxil (VO) ✔ Não são antibioticos de escolha em infecções graves e em infecções do SNC por não transpor a BHE. ✔ Abrangem bacterias G+ e G-, principalmente G+ estafilococus. Streptococus e staphylococcus comunitários. ✔ Resistência as beta-lactamases estafilococicas, sensibilidade as beta-lactamases produzidas por germes G-. CARACTERISTICAS FARMACOLOGICAS GERAIS CEFALOTINA EV ou IM, meia vida de 30’, metabolização hepática e eliminação renal. Boa difusão em fígado, baço, bile, intestino, pulmões, pele, coração, útero, líquidos ascíticos, pleural e sinovial. Má difusão no LCR. CEFAZOLINA EV ou IM, meia vida de 1,5h eliminação renal e biliar CEFALEXINA VO, meia vida 1h CEFADROXIL VO, meia vida 1,5h, eliminação renal ✔ ATIVOS CONTRA: Streptococus sp; staphylococcus beta-lactamase +; clostridium sp; neisseria sp; leptospira sp; treponema sp; anaeróbios (exceto B. fragilis); e. coli preoteus; klebsiela comunidade. PRINCIPAIS INDICAÇÕES CLÍNICAS CEFA. 1ª G. Infecções urinárias comunitárias causadas por E. coli, Proteus sp e Klebsiella sp. Infecções estreotocócicas (exceto Enterococcus): infecções de pele e tecidos moles, faringites, pneumonias etc.. Infecções estafilocócicas (oxacilina- sensíveis): infecções de pele e tecidos moles, faringites, pneumonias etc. Profilaxia cirúrgica pela sua baixa toxicidade, espectro de ação, baixo custo e meia vida prolongada. A cefazolina é o antimicrobiano recomendado na profilaxia de varias cirurgias. * Preferiveis a oxalicina na sepse estafilocócica da gestante, devido aos maiores níveis fetais. PARÂMETROS RECOMENDAÇÃO COMENTÁRIO Objetivo da profilaxia Prevenção de sitio cirúrgico. Deve ser usado na ausência de infecção. Não previne outras infecções. Eficácia limitada, portanto não substitui outras medidas e nem diminui risco em caso de quebra de técnica operatória. Inicio de profilaxia Deve ser iniciada aprox. 1h antes do inicio da cirurgia ou na indução anestésica. O ideal é na indução anestésica, pois evita a redução do nível do antibiótico no sangue em caso de atraso da cirurgia. Profilaxia iniciada mais do que duas horas antes ou 3 horas após a incisincisãonão possui eficácia demonstrada. Em procedimentos obstétricos a dose do antimicrobiano pode ser administrada após o clampeamento do cordão. Escolha do antimicrobiano Deve ser a dose habitual do ATM Para pacientes com peso >80kg a primeira dose poderá ser o dobro da convencional Doses adicionais no intra- operatório Na maioria das situações não deve exceder o período intra-operatorio Mesmo em situações de risco ou em contaminações acidentais, o prolongamento da profilaxia não esta associado a um menor risco de infecção. Exceção em procedimentos selecionados para os quais não há consenso em literatura, como implante de prótese e cirurgia cardíaca. Duração superior a 48h é considerado ineficaz. Duração da profilaxia em caso de manutenção de sondas, cateteres, cânulas e drenos. Não recomendado Profilaxia não é eficaz nestas situações. Sempre avaliar o histórico recente de uso de ATM e colonização por bactérias multirresistentes do paciente e do sitio a ser operado – nestas situações, pode ser usados antibióticos de maior espectro empiricamente ou direcionados para os agentes isolados. Minha conexão caiu nessa hr INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Potencializa efeito nefropático: ainoglicosideos, polimixinas, furosemida. Incompativel por sofrer inativação química: ringer lactato, gluconato de cálcio. APRESENTAÇÃO, NOMES COMERCIAIS E POSOLOGIA ✔ CEFAZOLINA: Kefazol, frascos-ampola de 250, 500mg e 1g. 30 a 5mg/kg/dia dividido de 8/8h ✔ CEFALOTINA: Keflin, frascos-ampola de 1g. 50 a 100 mg/kg/dia dividido de 4/4h ou 6/6h, EV. ✔ CEFALEXINA: Keflex, comprimido ou cápsula 500mg ou 1g ou suspensão 250 a 500mg/5mL. 30 a 50mg/kg/dia dividido de 6/6h, VO. ✔ CEFADROXIL: Cefamox, apresentação idem. 3- mg/kg/dia dividido de 8/8h, VO. CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO ✔ Possuem boa penetração no SNC e espectro de ação mais amplo, cobrindo anaeróbios e alguns bacilos G-, como enterobactérias (comunitárias) h. influenzae, e haemophilus. Mas não são tao ativas contra GRAM + quanto as cefalosporinas de 1ªG, em staphylococus e streptooccus. ✔ Esta geração pode ser dividida em um subgrupo com atividade contra Haemophilus influenzae (cefuroxima) e um subgrupo com atividade contra bacteroides (cefoxitina). CEFUROXIMA EV, meia vida 1,5h, eliminação renal CEFACLOR VO, meia vida 40’, eliminação renal CEFPROZILA VO, meia vida 1,4h, eliminação renal CEFOXITINA EV, meiavida 1h, eliminação renal ✔ ESPECTRO DE AÇÃO: Neisseria meningitidis, Streptococcus A, Anaerobios (exceto bacterioides fragils), Haemophilus sp, Moraxella catarrhalis, Neisseria sp, staphylococcus sp, clostridium sp, * Cefoxitina é eficiente contra B. fragilis. PRINCIPAIS INDICAÇÕES CLÍNICAS – CEFA. 2ª G. Infecções causadas por Haemophylus influenzae, Moraxella catarrhalis e Streptococcus pneumoniae: otites, sinusites, epiglotires, traqueobronquites, pneumonias, tecidos moles etc. Profilaxia de cirurgias de cólon: cefoxitina, cefotetan, cefmetazole. Tratamento de infecções Gram negativas e anaeróbicas: sepse abdominal, pélvica ou ginecológica, infecções do é diabético ou escaras de decúbito etc. ✔ EFEITOS ADVERSOS: Dor IM e IV flebites; alergias, superinfecção, alteração de transaminases, diarréia e vômito, neutropenia, tromboitopenia, diminuicao HB. ✔ Pode ser adminisntrado na gestante e nutriz. APRESENTAÇÃO E POSOLOGIA ✔ CEFUROXIMA: Zinacef, Zinnat. EV. Frasco-ampola de 250, 500 e 750 mg. 50 a 100 mg/kg/dia dividido de 8/8h. Não ultrapassar 6g/dia. ✔ CEFACLOR: Cefaclor. VO. Caps (250,500 e 740mg) e suspensão oral (250 a 375mg/5ml). 20- 40mg/kg/dia dividido de 6/6h ou 8/8h. ✔ CEFPROZILA; Cefzil. VO. Comprimido 250 e 500mg e suspensão. 250mg/5ml. 30mg/kg/dia dividido de 12/12h. ✔ CEFOXITINA: Cefoxitina sódica. EV, frasco-ampola de 1g. 100 a 200mg/kg/dia dividido de 4-4h ou 6-6h. CEFALOSPORINA DE 3ª GERAÇÃO ✔ É a mais conhecida e utilizada com excelente penetração no SNC e em líquidos teciduais. ✔ O seu espectro de ação inclui Neisserias, Streptococcus (sensíveis e resistentes), pseudomonas, Haemophilus influenzae; além de alta atividade contra Enterobacteriaceae (Escherichia coli, Proteus mirabilis, Proteus indol-positiva, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter). ✔ O grupo pode ser dividido entre aqueles com boa ação anti-pseudomonas (ceftazidima) e aqueles com fraca atividade contra pseudomonas (ceftriaxona e cefotaxima). Algumas cefalosporinas de 3ª geração são capazes de agir contra Pseudomonas Aeruginosas, e outros GRAM – não fermentadores – cefalosporinas antipseudomonas. ✔ Possui elevada potencia contra bactérias GRAM NEGATIVAS, agindo inclusive contra bactérias resistentes as Cefalosporinas de 1ª e 2ª geração. ✔ Apresenta grande estabilidade ante as beta-lactamases ✔ Um problema é que algumas são indutoras de produção de beta-lactamases e com isso você pode tornar essas bactérias resistentes. ✔ Há cepas de Serratia sp., Klebsiella sp., Enterobacter sp., Citrobacter sp., e Pseudomonas sp que produzem beta-lactamases e são resistentes. ✔ A resistência é agravada com a descrição de estirpes de bacilos G- (klebsiela e e.coli) capazes de produzir beta-lactamases de espectro expandido (ESBL) ✔ As cefalosporinas de terceira geração são a primeira escolha para meningites gram- negativas causadas por Enterobacteriaceae e podem também ser alternativas úteis para os aminoglicosídeos no tratamento de infecções por bactérias resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos, particularmente no paciente com disfunção renal. ✔ A ceftriaxona é comumente utilizada para a meningite meningocócica e para a gonorreia. Além disso, é efetiva contra infecções por Streptococcus resistentes e enterobactérias(Escherichia coli, Klebisiella, Shigella, Salmonella). CLASSE A – BETA LACTAMASES DE ESPECTRO EXTENDIDO (ESBL) São derivadas das beta-lactamases clássicas (mutação) Produzidas por qualquer BGN, sendo Klebsiella spp e Escherichia coli os mais frequentes Os genes são plasmidiais e essas bactérias produtoras são RESISTENTES a TODAS AS CEFALOSPORINAS (exceto as de 2ª geração) e ao AZTREONAM. OPÇÃO TERAPÊUTICA: Carbapenemicos e associações com inibidores de beta- lactamases. KPC: K. pneumoniae produtora de ESBL e já tem relatos em P. aeruginoses GRUPO 1 CEF. 3ª G – CEFOTAXIMA E CEFTRIAXONA ✔ Pequena ação anti-pseudomonas e via parenteral ✔ Ação sobre bactérias GRAM + e GRAM -, exceto Pseudomonas sp. ✔ Mil vezes mais potente que a Cefazolina contra E. coli, serratia sp, morganella sp, enterobacter sp, klebsiella sp. ✔ Menos ativo que a Cefalotina contra staphylococcus sp, beta-lactamase + ✔ Não é ativo contra Clamydia sp, Mycoplasma sp, Listeria sp, Legionella sp e Enterococcus sp e Bacterioides fragilis. Cefotaxima: EV, veia vida de 1,5h, metabolização hepática e eliminação renal. Ceftriaxona: meia vida de 7h, eliminação renal e biliar Pouca penetração no LCR com meninges integras INDICAÇÕES CLÍNICAS Bacilos GRAM – Sepse por GRAM – hospitalar Haemophilus sp, beta lactamase + em BCP de crianças e DPOC Meeningites por meningococo, pneumococo, hemofilo e enterobacterias – RN, lactente e pre-escolar. Gonorreia, sífilis Doença de Lyme REAÇÕES ADVERSAS, APRESENTAÇÃO E POSOLOGIA ✔ Alergia, aumento de TGO/TGP, diarreia, neutropenia, super-infecção ✔ Pode ser adm em gestante e nutriz CEFOTAXIMA (Claforan): frasco-ampola 500mg e 1g, EV, 1 a 2g a cada 4 ou 6h no adulto ou 50 a 200mg/kg/dia dividido de 6/6h em crianças. CEFTRIAXONA (Rocefin): frasco-ampola, 500mg e 1g, EV, dose única diária 2 a 4g em crianças 100mg/kg/dia dose única diária. GRUPO 2 CEF. 3ªG – CEFIXIMA, CEFETAMET E CEFPODOXIMA ✔ Pequena acao anti-pseudomonas e via oral GRUPO 3 CEF. 3ª G – CEFTAZIDIMA ✔ Potente ação anti-pseudomonas, gram - e via parenteral ✔300% de cepas de pseudômonas sp de hospitais terciários mostram resistência ✔ Meia vida de 1,8h, eliminação renal e biliar ✔ Pouca penetração no LCR com meninges integras. INDICAÇÕES CLINICAS, POSOLOGIA E APRESENTAÇÃO ✔ Infecções hospitalares com evidencia de envolvimento por pseudômonas, como pielonefrites, BCP, sepse e meningoencefalite Fortaz, frasco-ampola com 1g. EV. Em adultos 1 a 2g de 8/8 a 12/12h. Crianças 60 a 100mg/kg/dia dividido de 8/8 a 12/12h. EFEITOS ADVERSOS: Idem as demais cefalosporinas CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO – CEFEPIME ✔ Tem ação contra germes GRAM -, ação antipseudomonas, potência contra GRAM +, menor potência contra anaeróbios ✔ Meia vida de 2h. Eliminação renal. ✔ Em relação ao seu espectro de ação, há a cobertura desde Streptococcus (sejam sensíveis ou resistentes), Staphylococcus aureus meticilino-sensíveis (MSSA) até Haemophilus, pseudomonas, neisserias e enterobactérias (incluindo o grupo PESC – Providencia, Proteus, Enterobacter, Serratia e Citrobacter). ✔ Baixa ação indutora de beta-lactamase (exceçao entre as cefalosporinas) ✔ Cefepime pode causar convulsões INDICAÇÕES: Infecções hospitalares como BCP, ITU, pele e sub-cutaneo, ginecologicas por pseudomonas sp e enterobacterias. INDICAÇÕES CLÍNICAS Infecções intra-hospitalares severas ou refratarias com a suspeita ou presença de enterobacterias do gênero Klebsiella Serratia, enterobacter, Proteus, Morganela e P.aeruginosas. Meningite, sepse, infecções rspiratorias, urinárias, de pele e tecido subcutâneo e intra-abdominais. Monoterapia inicial no neutropenico febril POSOLOGIA Nome comercial: Mxcef. Frasco-ampola com 500mg, 1 e 2g. Adulto de 1 a 2g de 12/12h. criança: 50mg/kg/dia 12/12h EFEITOS ADVERSOS: Idem demais cefalosporinas. CEFALOSPORINA 5ª GERAÇÃO – CEFTAROLINA ✔ Ação contra MRSA, VRSA, sem ação contra pseudômonas ✔ Atividade melhor contra GRAM +, apliação do espectro de ação das cefalosporinas, cobrindo Staphylococcus aureus meticilino resistente (MRSA) e enterococos. ✔ Ceftaroline: infecções partes moles e pneumonias ✔ Ceftopribole: VRSA CEFALOSPORINAS ETIOLOGIA 1ª GERAÇÃ O 2ª GERAÇÃ O 3ª GERAÇÃ O 4ª GERAÇÃ O 5ª GERAÇÃ O CEFIDEROCO L Streptococcus Staphylococcu s Anaeróbios Enterobactéria s Haemophilus Neisserias Pseudomonas Enterococos Bacterias GRAM - multiresistent es CARBAPENEMAS E MONOBACTÂMICOS ✔ Os carbapenêmicos e os monobactâmicos são antibióticos pertencentes ao grupo dos beta-lactâmicos. Esse grupo é constituído por antimicrobianos úteis e frequentemente prescritos, semelhantes em estrutura e no mecanismo de ação (inibição da síntese da parede celular bacteriana). Além dos carbapenêmicos e monobactâmicos, outros medicamentos dessa classe são as penicilinas e cefalosporinas. ✔ Vale ressaltar que os carbapenêmicos são os beta-lactâmicos que possuem a maior amplitude de espectro contra as bactérias. CARBAPENÊMICOS ✔ São fármacos que possuem o anel beta lactamico acoplado. Eles diferem das penicilinas por ser insaturado e conter um átomo de carbono em lugar do átomo de enxofre. ✔ Todos os carbapenêmicos devem ser usados com cautela em pacientes com disfunção renal, uma vez que estes antimicrobianos atingem altas concentrações no líquido intersticial de vários tecidos corporais e são metabolizados e excretados principalmente pelos rins. ✔ Originados da tienamicina, composto instável produzido pelo Streptomyces cattleya. ✔ São resistentes a hidrolise da maioria das betalactamases IMIPENEM MEROPENÉM ERTAPENÉM ESPECTRO DE AÇÃO GRAM NEGATIVOS Meningococo, Gonococ, Enterobactereacear (E.coli, K. pneumoniae, Salmonella, Shigella, Proteus). Algumas cepas de Pseudomonas aeruginosas e Acinetobacter. GRAM POSITIVOS Pneumococos, incluindo as cepas altamente resistentes a penicilina, estreptococos, estafilococos produtores de penicilinase, Listeria. ANAERÓBIOS Bacterioides fragilis OBS: Ertepenem não é ativo o suficiente contra P. aeruginosa e Acinetobacter. Não devem ser utilizados em monoterapia para as infecções por P. aeruginosa por conta do risco de indução de resistência durante o tratamento INDICAÇÕES CLINICAS: Infecções de pele, partes moles e osteoarticulares Infecções de vias respiratórias inferiores Infecções complicadas do trato urinário Infecções intra-abdominais Infecções ginecológicas e puerperais Sepse Infecções de corrente sanguinea CLASSIFICAÇÃO DOS CARBAPÊMICOS GRUPO 1 ✔ Amplo espectro com atividade limitada para BGN não ferme ✔ Ertapenem GRUPO 2 ✔ Amplo espectro com atividade para BGN não fermentados ✔ Imipenem, Meropenem, Doripenem, Tebipenem, Biapene IMIPENEM ✔ Por ser nefrotoxica e metabolizada pelo rim (deidropeptidase), associou-se aCilastatina. ✔ Induz o surgimento de cepas que produzem beta-lactamases de origem cromossomica contra outras cefalosporinas e penicilinas (Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Pseudomonas) ✔ Esse metabolito é nefrotóxico, ai eles associaram outra substancia sem efeito bactericida mas que tem uma afinidade pela enzima, então quando se usa o imipenen cilastina. A cilastina se liga a ezima e assim o antibiótico não é metabolizado, e não fica sendo nefrotóxico. ✔ O imipenem é muito bom, ele penetra bem rápido na bactéria pelas canais de porina. Ele mesmo depois de baixar sua concentração inibitória mínima ele continua fazendo efeito. Mas ele induz o surgimento de cepas que produzem beta-lactamases. ✔ A ação da cilastatina, associada ao imipinem, é bloquear a enzima DHI-1 que degrada a droga em sua passagem pelos rins, levando a um aumento do nível sérico deste antimicrobiano e diminuindo a sua toxicidade renal. MECANISMO DE AÇÃO ✔ Ligam-se as PBP na membrana celular eimpedem a sintese da parede celular. Penetram mais rapidamente que os demais beta lctamicos e tem maior efeito. Possuem efeito pos antibiotico. ASPECTOS GERAIS – IMIPENÉM / CILASTATINA ✔ É o ATM com maior espectro de ação com penetração na maioria doa sítios de infecção ✔ Ativo contra streptococos, estafilococos, gonococo, pneumococo, meningococo, e.coli, klebsiella, proteus, morganella, salmonela, shigela, pseudômonas e bacterioides fragilis. ✔ Não ativo contra Clamydia, Mycoplasma, Mycobacterium, Campylobacter, Yersinia, Brucella e Nocardia. CARACTERISTICAS FARMACOLOGICAS EV, meia vida de 1h Distribui-se em líquidos orgânicos e tecidos Atinge níveis LCR Atravessa barreira placentária atingindo níveis no feto Metabolização renal e excreção renal IR: Acumulo droga Penetração liquorica com barreira inflamada Alta afinidades pelas células do SNC, com boa penetração óssea Devido a alta afinidade ele pode ter crises convulsivas INDICAÇÕES CLINICAS ✔ Infecções pós-operatorias, infecções intra-abdominais, infecções de pele e anexos (incluindo pé diabetio); sepse; meningites; pneumonias; ITU; Monoterapia na neutropenia febril. EFEITOS COLATERAIS: Nauseas, vômitos, convulsões, reação de hipersensibilidade imediata, tonturas, aumento TGO e TGP. Pode ter reação cruzada com penicilina Não é um medicamento que se usa em uma meningite pelo risco da crise convulsiva POSOLOGIA E APRESENTAÇÃO Dose adulto: 2 a 4g 6/6h Dose criança: 50mg/kg/dia dividido 6/6h Apresentação: Tienam frasco-ampola 500mg METROPENEM ✔ Mais eficaz que imipeném contra GRAM -, inclusive pseudomonas sp. ✔ Atividade antimicrobiana: Sua atividade é semelhante à do imipenem, atuando contra algumas cepas de P.aeruginosa resistentes ao imipenem, mas com um espectro menor em relação aos cocos gram-positivos. Meia vida de1h, ampla distribuicao pelos liquidos etecidos organicos e LCR. Eliminação: renal ✔ INDICAÇÕES: Sepse, infecções respiratorias, urinarias, ginecologicas, intraabdominais. Podem ser usadas em meningites meningo, pneumo e hemofilo. Tem menor potencial epileptogênico Não é degradado pela dihidropeptidase renal Não necessita de associações Menos nefrotoxico ERTAPENEM ✔ Mesmo espectro que as anteriores, porem pouco ativa contra pseudomonas sp ✔ É inativada por carbapenemases ✔ Meia vida de 3 a 5 horas ✔ Eliminação renal e biliar ✔ Não sofre ação de deidropeptidase 1 INDICADO: Em infecções comunitárias ITU e BCP, apendicite, abcessos intra- abdominais, pé-diabetico Não estabelecida segurança em crianças, gestantes e nutrizes INVANS, frasco-ampola de 1g. Dose apenas em adultos: 1g dia EV. MONOBACTÂMICO ✔ É altamente especifica para GRAM – betalactamase +. ✔ O espectro de ação difere dos outros beta lactamicos e assemelha-se com a de um aminoglicosideo: só é ativo contra gram -, carece de atividade contra gram positivos e microorganismos anaerobios. ✔ Possui exelente atividade contra P. aeruginosa e enterobacterias INDICAÇÕES ✔ Infecções comunitárias (sepse, artrite, BCP, ITU, abcessos abdominais – associados com CLINDAMICINA) e meningites. POSOLOGIA E CARACTERISTICAS Amnistração IM ou EV Meia vida 1 a 2h Distribuição ampla, incluindo feto, SNC, e liquido amniótico Eliminação renal sem ser metabolizado – ajustar dose IR – meia vida 6h Autorizada em nutrizes. Não há estudo em gestantes AZACTAM EV frasco-ampola de 500mg e 1g POSOLOGIA: 2g a cada 6 a 8h Crianças: 90 a 150mg/kg/dia
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