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Centro de Ciências Universidade Federal do Ceará – UFC Departamento de Física Laboratório de Física Experimental para Engenharia Semestre 2021.1 PRÁTICA 03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO Aluno (A): Isa Karen Farias Fernandes Matricula: 470671 Curso: Engenharia Metalúrgica e de Materiais Turma: 13 Professor(a): Nildo Loiola Dias 09 de Julho de 2021 Objetivos - Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com movimento retilíneo uniformemente variado. - Representar graficamente a posição, a velocidade e a aceleração em função do tempo de um movimento retilíneo uniformemente variado. - Representar graficamente a posição em função do tempo ao quadrado de um movimento retilíneo uniformemente variado. - Verificar a influência da massa na aceleração do movimento de queda livre. Material Link para a simulação Queda Livre: https://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/queda-livre Introdução A queda livre dentro da física é o resultado da aceleração que a gravidade exerce sobre um corpo. A força principal que age sobre um corpo em queda livre é a força peso, originada justamente pela ação da gravidade em conjunto com sua massa. Newton descreve a gravidade através da sua lei da gravitação universal, onde deu início aos seus estudos ao observar o porquê de uma maçã cair no chão ao invés de flutuar. Supôs então que havia uma força que a puxava para baixo. A Terra confere aos objetos em que por vez são atraídos pelo chão, e reciprocamente, a Terra também é atraída pelos objetos, porém em proporções totalmente adversas. Qualquer corpo que possua massa no universo é afetado pela força gravitacional. Entre elas a própria órbita dos planetas, as marés, e tantas outras estão diretamente relacionadas a esta força. Então, como sabemos , a gravidade puxa os objetos para baixo, portanto a gravidade não tem coordenada no eixo x, e que por sua vez, se considerarmos a gravidade negativa, esse movimento será sempre para baixo em sentido do eixo y. O valor da gravidade varia ligeiramente com a altitude e com a latitude na superfície da terra. Em latitudes médias e ao nível do mar seu valor é de 9,8m/s². A aceleração (g) é constante para movimentos próximos a superfície da terra. Logo, as equações do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) são válidas. O movimento se dá em uma dimensão vertical, com isso, podemos definir: - Posição, Y: Localizar um corpo em relação um ponto de referência (origem). - Deslocamento: Variação na posição de um corpo ∆Y = Yf – Yi. - Velocidade: Relação entre deslocamento e intervalo de tempo: Vmed = ∆Y/ ∆t, V= dY/dt. - Aceleração: Relação entre velocidade de tempo: a med = ∆V/∆t, a = dV/ dt. A posição de um corpo em função do tempo, para o movimento de queda livre dá-se pela expressão: Y= y0+v 0t-gt²/2 Onde, y0 – altitude inicial; v0 – velocidade inicial; t – tempo; g – aceleração causada pela gravidade. Procedimento Vemos na Figura 1 a tela inicial da simulação de Queda Livre que nos foi fornecido no roteiro da prática. Através deste simulador alcançamos movimentos de queda livre para alturas de até 100 cm, que é compatível com equipamentos usados comumente dentro dos laboratórios experimentais de física. O simulador nos dá 3 opções de aceleração da gravidade (Terra, Lua e Marte). Regulamos a altura de queda por meio da movimentação de um cursor e pode ser medida com uma régua. É ativado um cronômetro automático assim que o corpo é liberado que pausa quando o corpo toca sua superfície. Então temos o tempo registrado em segundos com três casas decimais. Existem 3 opções de massas para verificação da influência da massa no tempo de queda. Figura 1 – início da prática Procedimento 1: Estudo do movimento de queda livre na Terra. Para a primeira parte desse procedimento ajustei a altura conforme indicado na tabela. Escolhi a massa da corpo e ajustei ao seu centro. Ao pressionar “liberar” no simulador, anotei cada tempo de queda na tabela, calculei o tempo médio e o seu quadrado. Por fim, calculei a velocidade em m/s e obtive os seguintes resultados: Tabela 1 - Resultados experimentais. Nº y (cm) Medidas de t (s) Média de t (s) Quadrado de t (s²) Velocidade (m/s) 1 10 0,141 0,141666667 0,020069444 1,418 0,141 0,143 2 20 0,203 0,201333333 0,040535111 1,990 0,201 0,200 3 30 0,245 0,247 0,061009 2,429 0,246 0,250 4 50 0,322 0,319666667 0,102186778 3,134 0,317 0,320 5 70 0,382 0,380 0,1444 3,684 0,379 0,379 6 100 0,456 0,453666667 0,205813444 4,405 0,449 0,456 Para a segunda tabela, anotei o intervalo de tempo no deslocamento de y = 0 a y = cm. Anotei também a variação da velocidade no intervalo e por fim calculei a aceleração média no intervalo a = vt, conforme os resultados da tabela 1: Tabela 2 - Análise dos resultados da Tabela 1 para o cálculo da aceleração. Deslocamento t (s) v (m/s) a = v/t (m/s²) y = 0 a y = 10 cm 0,141667 1,418 10,00941176 y = 10 a y = 20 cm 0,059667 0,572 9,586592179 y = 20 a y = 30 cm 0,045667 0,439 9,613138686 y = 30 a y = 50 cm 0,072667 0,705 9,701834862 y = 50 a y = 70 cm 0,060333 0,55 9,116022099 y = 70 a y = 100 cm 0,073667 0,721 9,787330317 Procedimento 2: Verificação da influência da massa na aceleração do movimento de queda livre. Nesta etapa do procedimento, fixei o corpo em uma altura de 100cm, medi o tempo de queda entre as diferentes massas e anotei na Tabela 3. Logo depois, repeti o processo em uma altura de 50cm: Tabela 3 - Influência da massa no tempo de queda. Massa 15g Massa 30g Massa 45g Tempo de queda em segundos para y = 100 cm 0,456 0,452 0,459 Tempo de queda em segundos para y = 50 cm 0,320 0,317 0,319 Questionário 1- Trace o gráfico “y contra t” para os dados obtidos da Tabela 1. 2- Trace o gráfico “y contra t2” para os dados obtidos da Tabela 1. 0 20 40 60 80 100 120 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 P O SI Ç Ã O TEMPO2 POSIÇÃO X TEMPO² 0 20 40 60 80 100 120 140 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 P O SI Ç Ã O TEMPO POSIÇAO X TEMPO posiçao em função do tempo Exponencial (posiçao em função do tempo) 3- O que representa o coeficiente angular do gráfico “y contra t”? Justifique. O coeficiente angular do gráfico “y contra t” é representado pela velocidade do objeto, pois esta grandeza está relacionada com a divisão da diferença do espaço entre dois pontos e a diferença do tempo entre dois pontos, sendo representada por v = (S/T), seguindo as regras padrões de coeficiente angular. 4- O que representa o coeficiente angular do gráfico “y contra t²”? Justifique. O coeficiente angular do gráfico “y contra t²” é representado pela metade da intensidade da grandeza aceleração, sendo possível observar através da demonstração da expressão: Coef = (y/T²) => Coef = ((y-yinicial)/(T² -Tinicial²)) => Coef = (y/T²). Após ter obtido o coeficiente angular do gráfico que é representado por Coef = (y/T²), compara-se com a equação da função do espaço, supondo que o objeto parta do repouso e de uma posição=0: y= (1/2) * aT² => a = (2y/T²). Após ter identificado as duas expressões Coef = (y/T²) e a = (2y/T²), é possível observar que o coeficiente angular do gráfico “y contra t²” é representado pela metade da aceleração, pois se a = (2y/T²), então Coef = (a/2), pois (a/2) = (y/T²). 5- Trace o gráfico da velocidade em função do tempo com os dados da Tabela 1. 6- Trace o gráfico da aceleração em função do tempo, para os dados obtidos da Tabela 2. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 V EL O C ID A D SE TEMPO VELOCIDADE X TEMPO7- Determine a aceleração: (a) pelo gráfico y contra t²; Para se determinar a aceleração a partir do gráfico “y contra t²”, basta que calcule o coeficiente angular entre os pontos especificados e multiplique-o por 2, já que, se o coeficiente angular do gráfico é representado por (y/t²), então ao multiplicar por 2, resultará na grandeza aceleração, pois a = 2*(y/t²). Portanto, para que esta teoria seja validada, serão aplicadas algumas medidas obtidas no procedimento 1, em que y = 10cm e t² = 2,006s², pode-se aplicar na expressão: Coef = (y/t²) => Coef = (10/2,006) => Coef = 4,985un => Se 2Coef = a, então 2*4,985 = a, logo a = 9,970cm/s². (b) pelo gráfico v contra t. m = (yb – ya)/(xb – xa) yb = 44,05 cm/s ya = 14,18 cm/s xb = 4,536 s xa = 1,416 s m = (44,05 – 14,18) / (4,536 – 1,416) → m = 9,574 a = 9,787 cm/s² A diferença entre os resultados obtidos pode ser compreendida com base em resultados adversos no simulador. 9- O tempo de queda depende da massa? Justifique. Em queda livre, desconsidera-se o efeito da resistência do ar, e por conta disso, em um movimento deste tipo, o tempo de queda dos objetos não dependerá da sua massa ou do seu tamanho, apenas da altura em que foram soltos ou jogados e do módulo da aceleração da gravidade no local. 0 2 4 6 8 10 12 1 2 3 4 5 6 ACELERAÇÃO X TEMPO TEMPO ACELERAÇÃO Conclusão Após os dados experimentos, pude concluir que o MRUV é um movimento em linha reta e que possui uma aceleração constante, em que ele pode ser um movimento acelerado ou retardado. Desse modo, realizando observações experimentais, pude observar que a aceleração, a velocidade e o deslocamento estão relacionados de diversas maneiras a fim de descrever um MRU em um determinado intervalo de tempo. Dessa forma, obtêm -se a conclusão de que a partir da velocidade média e do tempo percorrido em um determinado espaço retilíneo, é possível calcular através da fórmula de MRU o instante e a posição. Referências PELANDI, J.; FIGUEIREDO, D. B.; DENARDIN, J. C.; MAGNAGO, P. R. Cinemática e Dinâmica. Santa Maria – RS. 2010. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/gef/arquivos/cinedin.pdf > DIAS, F. Cinemática: A parte da mecânica que descreve o movimento. Guia Estudo. 2018. Disponível em: <https://www.guiaestudo.com.br /cinematica> M.R.U.V.. Slideshare. Disponível em: <http://www.slideshare.net/Pibid/mruv>
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