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Lesões Eritematoescamosas Dermatite seborreica e Psoríase o Dermatite crônica; o Ocorre em regiões cutâneas ricas em glândulas sebáceas; o Eventual participação do fungo Malassezia spp; o Ocorre em, pelo menos, 5% da população geral; o Alta incidência nos portadores de infecções pelo HIV. o Causa ainda desconhecida; o Alterações na dinâmica epidérmica: ↑ de mitoses e do trânsito transepidérmico (presença de células nucleadas na camada córnea); o Há relação com as glândulas sebáceas, devido à topografia das lesões e suas relações com as variações funcionais das glândulas sebáceas ao longo da vida. # As glândulas sebáceas são estimuladas por hormônios androgênicos: nascimento (androgênios maternos DS no lactente estimulo androgênico cessa após alguns meses DS desaparece) e pós-puberdade (18 aos 40 anos, melhorando gradualmente). o Papel do fungo Malassezia spp. ainda não é bem definido: o Alguns autores argumentam que o aumento do número de Malassezia spp. nas lesões seja secundário ao aumento dos nutrientes lipídicos nas escamas; o A maioria acredita em um papel etiológico preponderante. # Evidências: antifúngicos sistêmicos melhoram a DS, reduz fungo melhora DS, colonização abundante da pele por Malassezia lesões semelhantes à DS, suscetibilidade maior a DS nos portadores de HIV (suscetíveis a infecções fúngicas). o Lesões eritematodescamativas, recobertas por escamas de aspecto gorduroso, que se distribuem pelas áreas seborreicas. Couro cabeludo o Pitiríase capitis (caspa) e prurido. Região retroauricular e ouvido externo o Eritema, descamação e fissuras. Face o Parte interna dos supercílios, glabela, sulco nasolabial, asas do nariz e região paranasal. Tronco (regiões interescapular e pré- estermal) o Lesões petaloides. Regiões flexurais (axilares, anogenitais e inframamárias) e região umbilical o Infecção secundária por cândida e bactérias é frequente. Agravadas por: infecções por HIV, tensão emocional, quadros neurológicos (poliomielite, lesões do trigêmeo, epilepsia, paralisia facial), doença de Parkinson, Síndrome de Down, alcoolismo, alimentos condimentados, diabetes, obesidade. o Inicia-se entre a 1 ª e a 2ª semana de vida, desaparecendo em semanas ou meses; o Compromete a área das fraldas, face e couro cabeludo (crosta láctea), com lesões eritematodescamativas não pruriginosas, sem comprometimento do estado geral, podendo haver disseminação para outras áreas seborreicas. o Clínico; o Descartar diagnósticos diferenciais: psoríase, pitiríase rósea, dermatite atópica, candidose e dermatofitose, dermatite infectada, entre outros. o Considerar a possibilidade de infecção pelo HIV nos casos mais intensos e abruptos ou não responsivos ao tratamento. o É importante o esclarecimento quanto à natureza crônica e recorrente da doença não deve-se falar em cura, e sim em controle do processo; o Orientação básica: no início, usar diariamente o tratamento proposto e, depois, espaçar à medida que o paciente apresentar melhora. Couro Cabeludo o Xampus à base de LCD (liquor carbonis detergens) de 5 a 8% associado ou não a: piritionato de zinco (1 a 2,5%), sulfeto de selênio (1 a 2,5%), coaltar (2 a 3%), cetoconazol (1 a 2%), octopiroxolamina (1 %), enxofre e ácido salicílico; o Casos mais resistentes: creme ou pomada de corticoide; o Se houver infecção secundária, antibióticos sistêmicos ou tópicos. Face o Creme de corticoide não fluorada (hidrocortisona 1%), alternado com creme de cetoconazol 2%. o Sabonetes com enxofre e ácido salicílico. o Aplicação de ultravioleta B (casos resistentes). o Imunomoduladores: tacrolimo pomada a 0,1 % e pimecrolimo creme, por sua ação anti- inflamatória. Tronco o Pomadas de corticoide; o Sabonete de enxofre e ácido salicílico (controle recidiva). Áreas intertriginosas o Cremes ou pomadas de corticoide com antibacteriano e antifúngico; o Limpeza com água boricada. o Doença imunoinflamatória, cutâneo articular, crônica e recorrente que se caracteriza por hiperplasia epidérmica, ciclo evolutivo acelerado dos queratinócitos e ativação imune inapropriada; o Pode ocorrer em qualquer faixa etária, 2 picos de incidência: entre 20 e 30 anos de idade e após os 50 anos; o Ambos os sexos são acometidos igualmente. o Causa desconhecida, o Base hereditária, provavelmente multifatorial, o que significa dizer que é de herança poligênica; o Requer fatores ambientais para sua expressão: não ocorrência de 100% entre os monozigóticos indica que fatores ambientais contribuem na etiologia. Fatores ambientais o Trauma cutâneo de diversas naturezas: físico, químico, elétrico, cirúrgico, inflamatório; o Infecções: estreptococo β-hemolítico (psoríase aguda e em gotas), indivíduos com HIV (exacerbação da psoríase); o Medicamentos (lítio, β-bloqueadores, antimaláricos, AINEs): agravam a psoríase; o Estresse emocional; o Clima frio: devido menor radiação solar; o Outros fatores: distúrbios endócrinos e metabólicos, ingestão aumentada de álcool. Psoríase em placas (Psoríase Vulgar) o Forma mais comum; o Placas eritemaescamosas, com escamas secas, branco-prateadas, aderentes e estratificadas; o Lesões bem delimitadas, de tamanhos variados; o Halo ou anel de Woronoff: bastante característico, porém raramente observado; o Afeta de forma simétrica a face de extensão dos membros, particularmente joelhos e cotovelos, couro cabeludo e região dorsal, podendo acometer qualquer outra área da pele; o Pode acometer dobras flexurais (psoríase invertida): descamação menos evidente pela sudorese e maceração locais; o Pode acometer áreas seborreicas (seboríase); o Pode acometer semimucosas (queilite, glossite, língua fissurada e língua geográfica, blefarite, conjuntivite e ceratite); o Unhas: depressões puntiformes da lâmina ungueal ou unha em dedal psoríase ungueal (excluir onicomicose pelo micológico direto); o Prurido, queimação e ardência: varia intensidade de acordo com o estado emocional do paciente; o Curetagem metódica de Brocq: raspagem da lesão o Sinal da vela: destacam-se escamas esbranquiçadas (parafina da vela); o Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz: após retirada das escamas, surge uma superfície vermelho brilhante com pontos hemorrágicos. o Fenômeno de Koebner: surgimento de psoríase em áreas de pele sã após trauma local em pacientes geneticamente predispostos; o Fenômeno de Renbok (Koebner reverso): traumatismo em uma placa de psoríase resulta no desaparecimento da lesão e o surgimento de pele sã no local. Psoríase em gotas (Psoríase Gutata ou Eruptiva) o Mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens; o Aparecimento súbito de pequenas pápulas eritematodescamativas de até 1 cm de diâmetro; o Geralmente localizadas no tronco e nos membros proximais; o Precedida por infecção estreptocócica, comumente de vias aéreas superiores; o O uso de atb não parece mudar a evolução do quadro; o Em alguns casos a infecção pode resolver espontaneamente após meses de evolução; o Lesões podem persistir, aumentar de tamanho psoríase em placas; o Podem ocorrer surtos de psoríase em gotas. Psoríase Pustulosa o Placas eritematoedematosas e pústulas; o Apresentação generalizada: início súbito, febre, comprometimento do estado geral e leucocitose; o Apresentação localizada: palmoplantar; o Pode ser desencadeada, em um paciente com psoríase em placas, por interrupção de corticoide sistêmico, por infecções, cirurgias, queimaduras, irritantes locais ou pode ocorrer de forma idiopática (sendo a primeira manifestação da psoríase). Psoríase Eritrodérmicao Eritema intenso e generalizado; o Desencadeada por terapias intempestivas: administração e posterior interrupção de corticoide sistêmico (rebote); o Alguns casos podem ser primários; o Vasodilatação generalizada perda excessiva de calor hipotermia; o Pode ocorrer bacteremia e septicemia. o Clínico tipo e distribuição das lesões; o Dados semiológicos: curetagem metódica de Brocq; o Laboratório inespecífico. o Objetivo: controle clínico, com remissão prolongada e reflexos positivos na qualidade de vida; o Medidas gerais: uso de óleos ou outros emolientes para ajudar na remoção das escamas e exposição ao sol sempre que possível (benefícios da radiação UV); o O tratamento dependerá do tipo de psoríase, da extensão do quadro e de fatores como idade, ocupação, condições gerais de saúde, nível intelectual e socioeconômico. Medicações tópicas o Corticoides tópicos; o Análogos da vitamina D; o Coaltar; o Antralina; o Fototerapia: o Método de Goeckerman: coaltar pomada + radiação UVB; o Psoraleno ultravioleta A (PUVA): administração oral de substância fotoativa + radiação UVA. Tratamento sistêmico o Metotrexato; o Acitretina; o Ciclosporina; o Imunobiológicos. o CORTICOIDES SISTÊMICOS NÃO REBOTE.
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