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contestação npj 1


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
DA COMARCA DE SÃO JOSÉ–SANTA CATARINA, 
 
 
Processo n° 000004-40.2014.8.24.0064 
 
 
Lojas Renner S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 
92.754.738/0014-87, situada na Rua Geroncio Thives, nº 1079, Barreiros–São José/SC-CEP: 
88117-900, que recebe intimações pelo e-mail (e-mail do advogado) e telefone (telefone do 
advogado), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar 
 
CONTESTAÇÃO a AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, 
 
nos termos do artigo 335 e seguintes do Código de Processo Civil, que lhe move EDUARDO 
BRUNO GODOY, brasileiro, casado, inspetor de alunos, inscrito no CPF sob n° 385.447.099-15, 
RG. 859383, residente e domiciliado na Rua Celso Bayma, n. 418, Barreiros, São José/SC, CEP: 
88117-037,por meio do advogado que esta subscreve, com endereço profissional constante 
do instrumento procuratório em anexo, promove defesa com fulcro nos fatos e fundamentos de 
direito que passa a dispor: 
 
 
 
 
 
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SINOPSE DAS ALEGAÇÕES DA PARTE AUTORA 
 
Pretende a parte Autora a declaração de inexistência do débito referente à uma dívida no 
valor de R$ 100,00 (cem reais), que refere-se a valores em aberto. Acontece que os comprovantes 
de pagamento em anexo, não são reconhecidos pelas lojas renner, não tendo logomarca e nem 
timbre da empresa, por isso a dívida segue em aberto. 
Dessa forma, a empresa retirou dos órgãos de proteção ao crédito, acreditando na boa fé 
objetiva do autor, acreditando que seria enviado o comprovante de pagamento, quando do 
recebimento verificou-se que não se tratava de um comprovante válido, portanto, reinseriu a 
negativação até que recebesse pelos valores em aberto. 
Ainda assim, pretende o Autor o recebimento de indenização pelos supostos danos morais 
sofridos, por alegar a cobrança indevida pela Empresa Ré. 
É a breve síntese da demanda. 
 
DOS VERDADEIROS FATOS 
 Conforme passaremos demonstrar, trata-se de demanda manifestamente improcedente, 
tendo em vista que os fatos trazidos pelo Autor na exordial estão em total descompasso com a 
realidade. 
 O valor era originário de uma compra de itens, ficou em aberto e nunca teve o seu 
pagamento efetuado, como os dados de cadastro do autor, nunca foram atualizados, restou apenas 
a negativação como última forma de receber pelo produto vendido, com isso a existência do débito, 
com o valor corrigido, bem como a inadimplência do Autor. 
Ao contrário do que foi noticiado pelo Autor, a Ré buscou por diversas vezes receber o seu 
crédito, entretanto, não obteve êxito em nenhuma delas. 
 
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Aliás, causa espanto que o Autor, ora comprovadamente inadimplente e já informado que 
os comprovantes não são das lojas renner, venha em juízo, em manifesta má-fé, requer a 
inexistência do débito e ainda, a culminação de verba indenizatória. 
 
DO NÃO CABIMENTO DA VERBA INDENIZATÓRIA 
 Consoante já demonstrando, não ocorreram os fatos da forma sugerida pelo Autor, o que, 
aliás, encontra-se inadimplente do débito que diz supostamente desconhecer. 
Portanto, totalmente incabível o pleito indenizatório, já que a narrativa trata-se de mera 
falácia do Autor. 
É cediço que o Autor tenta ludibriar este Juízo, em completo ato ilegal e imoral, o que não 
se pode admitir. 
O artigo 77 do Código de Processo Civil destaca que são deveres das partes, de seus 
procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo, expor 
os fatos em juízo conforme a verdade, não formular pretensão ou de apresentar defesa 
quando cientes de que são destituídas de fundamento. 
Não restam dúvidas que o Autor não atendeu a referida norma, agindo, assim, em litigância 
de má-fé, já que de forma intencional alterou a verdade dos fatos para conseguir objetivo ilegal. 
Vejamos o que dizem os artigos 79, 80 e 81 do CPC: 
 
Artigo 79 do CPC. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. – 
Grifo nosso 
Artigo 80 do CPC. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
 I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II – alterar a verdade dos fatos; 
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
 
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V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI – provocar incidente manifestamente infundado; 
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. – Grifo nosso 
Artigo 81 do CPC. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser 
superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos 
prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 
2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-
mínimo. 
 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Diante do exposto, requer que Vossa Excelência que se digne em desacolher as preliminares 
arguidas pela parte Autora, bem como, a dar procedência as preliminares suscitadas pela parte 
Ré. 
Caso não seja esse o vosso entendimento, o que não se acredita, quanto ao mérito, requer 
sejam julgado totalmente improcedentes os pedidos da parte Autora, com resolução do mérito, 
nos termos do artigo 487, inciso I do CPC, tendo em vista a existência de negócio jurídico perfeito 
entre as partes, gerador do débito que deve ser quitado pelo Autor. 
Ainda assim, subsidiariamente, na hipótese de acolhimento da pretensão do Autor, requer 
pela improcedência do pedido de indenização por danos morais. 
Requer a condenação do Autor como litigante de má-fé, para que arque com as perdas e 
danos, os termos do artigo 79 e seguintes do Código de Processo Civil. 
Pleiteia-se, também, pela condenação do Autor no pagamento das verbas sucumbenciais, 
além de honorários advocatícios arbitrados por este Juízo. 
Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente o depoimento pessoal da parte Autora, prova testemunhal e documental. 
 
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Não existindo interesse na auto composição, uma vez que foram dadas oportunidades de 
negociação e apresentação dos referidos documentos originais e assim, sendo, informados que os 
documentos em discussão nunca foram autorizados e nem emitidos pelas lojas renner. 
 
Termos em que, pede e espera deferimento. 
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São José, SC, 28/02/2021. 
___________________________________ 
Nome do advogado 
(a) por extenso 
Nº da OAB/(UF da OAB)