Buscar

Generalidades do sistema nervoso + Neurônios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Nervoso
Referências bibliográficas:
· Generalidades do Sistema nervoso e embriologia 
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3aed., 2013, cap.1
· VANDERAH, Todd. Nolte Fundamentos de neuroanatomia. 2 Ed, Elsevier, 2019. Cap. 1
· KANDEL, Eric. Princípios de Neurociências, 5 Ed. Mc Graw Hill, cap. 1.
· Potencial de ação
· HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535285543
· Neurônio: estrutura e tipos
· JUNQUEIRA E CARNEIRO, Histologia Básica. Cap.9 Ed Guanabara Koogan, 2017.
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. 3.
· Sinapse
· Princípios de Neurociências. 5a ed., McGraw-Hill & Artmed, 2014.
· HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535285543
· Anatomia da medula espinal e nervos
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. 4.
· NETTER, FH, atlas de anatomia humana, cap7 ed,2018
· Anatomia do tronco encefálico
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. 4
· NETTER, FH, atlas de anatomia humana, cap7 ed,2018
· VANDERAH, Todd. Nolte Fundamentos de neuroanatomia. 2 Ed, Elsevier, 2019. Cap. 11
· Anatomia do diencéfalo
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. ?
· NETTER, FH, atlas de anatomia humana, cap7 ed,2018
· VANDERAH, Todd. Nolte Fundamentos de neuroanatomia. 2 Ed, Elsevier, 2019. Cap. 3
· Anatomia do cerebelo
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. ?
· NETTER, FH, atlas de anatomia humana, cap7 ed,2018
· VANDERAH, Todd. Nolte Fundamentos de neuroanatomia. 2 Ed, Elsevier, 2019. Cap. 20
· Vias ascendentes
· MACHADO, Angelo Neuroanatomia Funcional.3a ed., Cap. ?
· VANDERAH, Todd. Nolte Fundamentos de neuroanatomia. 2 Ed, Elsevier, 2019. Cap.10
· HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica cap 13. Ed. Rio de Janiero: Elsevier
O sistema nervoso é dividido em SNC e SNP. O SNC está alojado no crânio e na coluna vertebral que lhe oferecem proteção adequada. Seus órgãos constituem-se em encéfalo e a medula espinal que formam o neuro-eixo. O encéfalo se constitui em três partes, sendo elas o cérebro, cerebelo e o tronco encefálico e o cérebro em Telencéfalo e diencéfalo. O tronco encefálico apresenta o mesencéfalo a ponte e o bulbo.
O SNP é a parte que trafega pelo corpo, ligando o SN a diversos órgãos. Suas estruturas constituem-se em nervos ou espinhais, gânglios (motores-autônomos ou sensitivos-nervo espinal), terminações nervosas (motoras-placa motora ou sensitiva – exteroceptivas, visceroceptores e proprioceptivas).
A divisão funcional pode ser feita em somática e visceral:
· Somática: é a parte do sistema nervoso que relaciona o ser com o meio externo (ambiente). A partir desse estímulo externo, a informação será levada até centros superiores (vias aferentes) e após o processamento da informação, a via aferente influencia os órgãos alvos (ex. músculos estriado esqueléticos – via eferente).
· Visceral: Controla a homeostase do organismo integrando as funções viscerais do corpo. Informações das vísceras corporais são enviadas a vias aferentes, e após o processamento da informação, estímulos (inibitórios ou excitatórios) eferentes são levados aos músculos. A inibição ou excitação dependerá da interação entre o neurotransmissor (liberado pelas partes simpáticas e parassimpáticas) com o receptor de membrana (na víscera alvo).
A divisão embrionária: 
Na quarta semana o SN começa a ser formado por um processo chamado neurulação, iniciando pelo tubo neural através de células do neuroectoderma (ectoderma + notocorda). Esse espessamento da ectoderma no notocorda dará origem a placa neural que formará o tubo neural e as cristas neurais. O tubo neural possui um canal neural e suas extremidades são abertas, chamadas de neuroporo rostral e neuroporo caudal (fecha após alguns dias). As paredes do tubo neural se espessam formando duas lâminas alares e duas basais separadas pelo sulco limitante.
obs.: O tubo neural que dará origem a toda parte central do sistema nervoso
As cristas neurais são contínuas no sentido crânio-caudal do embrião, e dividem-se rapidamente formando a parte periférica do sistema nervoso.
O tubo neural produz três vesículas primordiais:
· Prosencéfalo: Se dividirá em Telencéfalo e diencéfalo- forma os ventrículos laterais 
· Mesencéfalo: Constitui o próprio mesencéfalo do tronco encefálico- comunicação entre o 3° e o 4° ventrículo 
· Rombencéfalo: Se diferencia posteriormente em metencéfalo e mielencéfalo. O metencéfalo originará a ponte e o cerebelo e o mielencéfalo o bulbo- 4° ventrículo
Os neurônios são responsáveis por transmitir toda a comunicação através de impulsos nervosos, sendo que em sua estrutura, esses estímulos chegam para os dendritos e passam a diante pelo terminal do axônio.
Nossos neurônios não se multiplicam em nenhum momento da nossa vida e sim a glia, motivo pelo qual o cérebro adulto é maior do que um recém-nascido
Obs.: Sempre que tiver neurônio presente, também terá glia, seja no SNC ou SNP, seja na substância branca ou cinzenta. 
Entre os hemisférios do encéfalo chamamos de corpo caloso, presente na substância branca. Podemos identificá-los pela área que faz uma ponte/comunicação entre os dois hemisférios
Uma fibra nervosa pode ser mielínica ou então amielinica e a diferença entre os dois é que com a presença da bainha de mielina - células fosfolipídicas envoltas no axônio- a informação chega mais rapidamente.
A substância branca é formada pelos axônios mielínicos (neurônios) e glia, entretanto, seu nome muda conforme a sua localização no sistema nervoso
A substância cinzenta é composta por axônios amielínicos e corpos de neurônios mielínicos
Em um exame de imagem normal iremos observar uma diferença de cores (cinzas) mostrando assim essas duas substâncias. Sendo assim, a substância branca, onde será presente os axônios mielínicos sua cor será mais escura, decorrente da presença da bainha de mielina que é mais gordurosa e possui uma baixa densidade, sendo assim, concluímos que as partes de menor densidade encontram se mais escuras.
Em casos como na isquemia cerebral podemos observar uma vasta área escurecida, e isso se dá por conta da infiltração de água naquele local, já que a água tem sua densidade baixa. 
Explicação: uma isquemia se dá pela ausência de oxigênio em um tecido/órgão, quando o local fica sem oxigênio e para de produzir ATP, as bombas de sódio e potássio perdem sua ação, fazendo assim com que entre água naquele local provocando uma degeneração hidrópica liquefativa.
SNC x SNP
Tanto o SNC quanto o SNP possuem substância branca e cinzenta, entretanto, dependendo de sua localização seus nomes mudam.
Quando a substância branca estiver no SNP é chamado de nervos. Sendo assim, podemos dizer que nervos são conjuntos de axônios mielínicos presentes na substância branca do SNP.
Obs.: os corpos desses axônios estarão na substância cinzenta.
Quando a substância cinza estiver no SNP é chamado de gânglio. Sendo assim, podemos dizer que gânglios são conjuntos de corpos de neurônios presentes na substância cinza do SNP. Esses corpos se encontraram em dilatações pelo SNP.
A substância cinza no SNC é chamada de córtex, e estará presente no encéfalo e cerebelo e se estiver localizada na parte mais interna do SNC terá o nome de núcleo.
A substância branca no SNC pode ter diversos nomes:
· Trato (tratografia)
Conjunto de fibras nervosas mielínicas que possuem um início e apenas UM destino
Exemplos: trato córtico-pontino; trato retino-hipotalâmico; trato córtico-espinhal; trato espinotalâmico
· Funículo 
É um cordão esbranquiçado e se divide em fascículos. 
Obs.: como diversas estruturas passam pela região, uma lesão é de muito risco.
· Fascículo 
Pode reunir diversas estruturas/fibras como por exemplo um trato. 
· Lemnisco 
Conhecido também como fita de Reil, é um feixe largo de axônios altamente mielinizados que decussam (interseçãoem forma de X) o tronco encefálico (bulbo raquidiano).
Neurônios
Neurônios são fibras neurais que conduzem um estímulo/impulso nervoso. 
Um neurônio possui um grande núcleo, o que mostra que dentro dele ocorre uma transição e criação de proteínas. 
Obs.: Um neurópilo são vários filamentos/passagens de neurônios.
Em todo local que há neurônio, terá também glia. A glia é um conjunto de células que nutrem e fazem a manutenção da vida do neurônio. Suas células são:
· Oligodendrócitos são células da neuroglia responsáveis pela formação e manutenção da bainha de mielina;
· Micróglia são células responsáveis pela limpeza e fagocitose no sistema nervoso;
· Astrócitos são células abundantes no SNC que tem a função de nutrir os neurônios, sendo elas divididas em protoplasmáticos e fibrosos.
· Ependimárias são células que preenchem o ventrículo e também são os responsáveis por produzirem o LCR;
No corpo dos neurônios podemos observar pequenas estruturas/manchas escuras, essas são chamadas de corpúsculo de nissel e são compostos por ribossomos livres e retículo endoplasmático granular. Sendo assim, o corpúsculo de nissel tem a função de produzir/sintetizar neurotransmissores. 
Podemos observar também no corpo a presença de RER, ribossomo, complexo de golgi, neurofilamentos e inclusões (grânulos de melanina, ferro, gotículas de lipídios e grânulos de secreção).
O cone de implantação é uma estrutura vista na passagem do corpo para o axônio e ele é pobre de organelas, diferente do corpo.
O neurônio possui uma plasticidade sináptica que o ajuda a se comunicar com outros neurônios. Quanto mais o indivíduo desenvolve o seu cérebro, mais ele desenvolve plasticidade aos seus neurônios, criando assim mais conexões.
Ou seja, teremos sempre o mesmo número de neurônios, entretanto, podemos aumentar o número das nossas conexões de neurônios.
Citoesqueleto
Os citoesqueletos são formados por microtúbulos, filamento intermediários e microfilamentos.
Os microtúbulos são responsáveis pela formação estrutural e reguladora dos neurônios. Essas estruturas são formadas por tubulina e proteínas, sendo elas MAP1, MAP2 e TAU.
A TAU é responsável pela estabilização dos microtúbulos. Essa proteína que estrutura a bainha de mielina no axônio. 
Em doenças desmielinizantes, ocorre uma ausência/insuficiência da TAU que faz a bainha se soltar do axônio e se degradar, ex. na doença do Alzheimer.
Na doença do Alzheimer ocorre uma desmielinização por conta da hiperfosforilação da TAU, o que impossibilita o impulso a passar
Filamento de intermediários dá a estabilidade mecânica do neurônio e são polipeptídeos que se diferem pelo peso molecular.
Os microfilamentos proporcionam a flexibilidade e participam da mobilidade da morfogênese.
Dineína e quinésia auxiliam no transporte anterógrado das vesículas e mitocôndrias ao longo dos microtúbulos.
Classificação dos neurônios:
· Multipolar: quando há mais de 1 dendrito partindo
· Bipolar: apenas 1 dendrito partindo
· Pseudounipolar: há 1 dendrito que parte em duas direções diferentes.
Classificação do corpo:
· Sensitivo (Aferente): informação do corpo (ex. dor); corpo celular no gânglio 
· Motor (eferente): corpo celular no SNC
· Autônomo (pré e pós-ganglionar): corpo no SNA e gânglio, respectivamente
· Entérico: corpo celular na parede do tubo digestório
· Interneurônio: corpo no SNC- faz as ligações 
Questões do forms
01. São componentes cerebrais:
Telencéfalo e diencéfalo.
02. Corpos de neurônios bem delimitados, localizado no meio da massa branca cerebral formam:
Núcleos.
03. Qual estrutura anatômica abaixo não deriva do tubo neural? E quais derivam?
Gânglios. Núcleos, funículos e tratos. 
04. Quais são os órgãos derivados da crista neural? E quais não são?
Terminações nervosas, gânglios e nervos. Medula espinal.
05. Quais são as partes do diencéfalo? E qual não é?
Hipotálamo, epitálamo e metatálamo. Mesencéfalo.
06. Uma informação com origem no córtex cerebral e término no músculo estriado esquelético é classificada como:
Referência somatica.
07. São órgãos supra segmentares:
Cerebelo e cérebro
08. Fibras nervosas do sistema nervoso central apresentam sua bainha de mielina formada pelo:
Oligodendrocitos.
09. Podemos afirmar que o trato corticospinal é:
Conjunto de axônios mielínicos que se estendem do córtex até a medula.
Hemibalismo: distúrbio neuromotor raro
Hemibalismo é um distúrbio do movimento, hipercinético, raro, caracterizado por um movimento involuntário anormal, do tipo coréico, de grande amplitude, violento, em arremesso, envolvendo a musculatura apendicular proximal e axial. O movimento pode ser confinado a um membro (monobalismo), a um lado do corpo (hemibalismo), a ambas as pernas (parabalismo) ou pode ser generalizado.
A coréia pode ser definida como movimentos involuntários abruptos, breves, irregulares, não rítmicos, sem propósito, não constante, de baixa amplitude e com predomínio em musculatura distal, que é caracterizado por um fluxo de movimentos de uma parte do corpo para outra, de forma randômica.
1- Podemos afirmar que o hemibalismo ocorre devido a uma lesão cerebral? Justifique.
O hemibalismo ocorre por lesão do núcleo subtalâmico.
O núcleo subtalâmico é uma estrutura anatômica pertencente ao subtálamo, que por sua vez é um componente do diencéfalo. O diencéfalo forma parte do cérebro (a outra parte é denominada telencéfalo), assim podemos afirmar que trata-se de uma lesão cerebral.
2- A disfunção da paciente é de caráter: motor, sensitivo ou cognitivo?
Disfunção motora em hemicorpo esquerdo.
Caso clínico completo
M.T, sexo masculino, 70 anos, apresenta tremor em membro superior direito e fala embolada há oito dias. Paciente refere que vinha bem, quando há oito dias cursou com episódio súbito de movimentos involuntários em membro superior direito, associado a sialorreia* e disartria*. Evoluiu com perda da “sustentabilidade” da mão direita associado a parestesia* caracterizada por formigamento em membro superior direito e disfagia. O movimento involuntário era constante no membro superior direito. Em tempo, apresentava tremor no hemilábio direito de forma intermitente (várias vezes ao dia, 1-2min cada). Relata piora do quadro durante a noite, prejudicando o sono.
Nega cefaléia, perda ponderal, febre, astenia e dispneia e outros sinais e sintomas questionados.
Antecedentes médicos: 
Cirurgia abdominal pós trauma (queda de muro) há mais de 20 anos. Portador de DM tipo II, em uso irregular de Metformina. Nega HAS, CA, AVC. 
Antecedentes familiares
Pai falecido após AVC aos 50 anos. Mãe e 2 irmãos com DM.
Hábitos de vida:
Estilista crônico há 50 anos, cerca de 10-20 garrafas de cerveja por semana. Nega tabagismo e uso de drogas ilícitas. Sedentário.
Exame físico:
Geral: BEG, LOTE, afebril, eupneico, acianótico, fácies atípicas, sialorreico.
Dados Vitais:
FC: 92bpm; FR: 16ipm; PA: 150X90 mmHg.
Cervical:
Linfonodos cervicais não palpáveis. Mobilidade cervical preservada.
Neurológico:
Vigil, lúcido e orientado no tempo e no espaço. Cognição aparentemente preservada. Disártrico. Pupilas isocóricas, fotorreagentes, movimentação ocular extrínseca preservada. Sem comprometimento de demais pares cranianos. Sensibilidade superficial e profunda preservada. Tônus muscular com discreta hipotonia em MSD. ROT grau 2 simetricamente, FM V/V em todos os grupos musculares. Presença de movimentos involuntários em hemicorpo direito, mais intenso em MSD. Discreta disdiadococinesia no teste de alternância dos dedos em MSD. Equilíbrio e Marcha: Tendência a queda sem lado preferencial, com base alargada, passos curtos e arrastados.
Extremidades: Bem perfundidas, edemas de MMII +/IV, simétrico, compressível.
Demais sistemas sem alterações.
Exames laboratoriais:
(06/09/2016): Hb: 12,6; Ht: 36,2%; Leuco: 9700; Pl: 320.000; Glicemia Jejum: 430; HbA1c: 14,6%; Ac. úrico: 5,3; Ur:37; Cr: 1,3; CPK: 199; BT: 0,94; BD: 0,55; BI:0,39; TGO: 28; TGP: 17; FA:144; GGT: 74; Mg: 2,4; K: 4,4; Ca: 9,2; PT: 7,9; ALB:3,9; Glob: 4; Na: 137; PCR:5,9; Lactato: 1,3.
TC de crânio:
Área hiperdensa em topografia de núcleolentiforme a direita, sem efeito de massa.
Diagnóstico: Hemibalismo-hemicoreia em estado hiperglicêmico não cetótico.
O diabetes melito, especialmente quando descompensado, pode culminar em várias complicações neurológicas, sendo o desenvolvimento de movimentos involuntários uma das formas mais raras. A gênese dos movimentos balísticos pode estar relacionada a uma redução na atividade palídal pela lesão nos núcleos subtalâmico, caudado e putâmen, com consequente perda na inibição talâmica e uma super ativação da via direta. Exames de imagem descrevem mais frequentemente hiperdensidade (TC) ou hiperintensidade (ressonância magnética em T1) no território do ramo lateral estriatal da artéria cerebral média. O prognóstico desta síndrome é bom, com o controle dos níveis glicêmicos sendo muitas vezes suficiente para a melhora do quadro.
A conduta deste caso deve ser o controle glicêmico rigoroso.
Sinapse 
Junção especializadas entre neurônios ou outro tipo celular, como por ex. muscular e glandular.
Características:
· Rapidez e fluidez a informação
· Possibilidade da informação percorrer longas distâncias 
· Traz precisão a mensagem 
Temos dois tipos de sinapse, sendo elas elétrica e química
Sinapse elétrica
Informação é conduzida por íons criando um potencial de ação
Ocorre através das junções GAP, é muito utilizada no cérebro.
É mais rápida e permite livre fluxo de íons dos dois lados da membrana e é unidirecional.
Temos três tipos de sinapse elétrica
- Axodendríticas
- Axossomáticas
- Axoaxônicas*
A axoaxônica modela e sincroniza a informação antes dela atingir a outra célula.
Junções comunicantes faz a comunicação e tem diversos tipos, entretanto para este caso devemos lembrar da GAP.
A GAP é uma junção comunicante que deixa passar íons para outras células
As sinapses elétricas estão presentes entre neurônios imaturos e células da glia no início do desenvolvimento
A sinapse elétrica ocorre através de junções comunicantes- gap junctions
Possui canais iônicos que fazem as conexões com 6 unidades proteicas e 1 poro
Para que a sinapse seja elétrica as membranas tem um pequeno espaço onde encontramos as junções (canais) -GAP. Os canais são chamados de conexões e suas proteínas (6) são chamadas de conexinas. Essas conexinas vão permitir a abertura e o fechamento dos conexons e também vão modular e sincronizar a informação;
Obs.: se alguma dessas conexinas tiverem problemas, a sinapse também terá
A informação está no neurônio pré-sináptico, essa chegada faz com que o canal de cálcio seja aberto fazendo com que a informação vá para o neurônio pós-sináptico.
Propriedades da sinapse elétrica
1- O fluxo é bidirecional e a informação passa de forma ultrarrápida
2- Não processa informação, apenas transmite e é importante no desenvolvimento neuronal
3- No desenvolvimento embrionário, como as células estão muito próximas, caso em alguma célula haja uma alteração (diminuição de PH ou aumento de cálcio) o processo é interrompido e essa célula é substituída (apoptose), para que não haja nenhuma célula problemática.
A conexina 32, que não forma o GAP, vai aderir a bainha de mielina, fazendo com que ela fique com sua estrutura certinha no axônio
Charcot-marie: doença desmielinizante que o paciente desenvolve fraqueza muscular, problemas de movimento e problemas cognitivos. Nessa doença, esses pacientes têm uma doença genética e tem uma dificuldade de produzir o gene que produz a conexina 32, fazendo com que em algumas regiões tenha um retardo desse potencial de ser transmitido.
Sinapse química
Canais de cálcio dependentes de voltagem que se abrem, o cálcio entra, no terminal pré-sináptico existem vesículas com NEUROTRANSMISSORES é necessário um neurônio pré-sináptico e um pós-sináptico
· Unidirecional e mais lento
· Permite maior complexidade de circuitos funcionais no sistema nervoso- modulação da sinapse e até impedir que um potencial de ação seja transmitido
· Possui estruturas que permitem a contiguidade, mas sem continuidade
· Estimulam o neurônio pós-sináptico, mas não transmitem corrente elétrica de maneira direta
· As vesículas pré-sinápticas armazenam neurotransmissores utilizados na comunicação com neurônios pós-sinápticos, que por sua vez possuem receptores pós-sinápticos
· É seletiva na estimulação de células vizinhas, além de ser moduladora (inibitória ou excitatória)
Componentes principais:
1- Fenda sináptica
A fenda sináptica possui matriz extracelular do tipo adesiva formada por fibronectina e laminina. Elas mantêm a adesão entre elementos pré e pós-sinápticos
2- Transmissão unidirecional (elemento pré e pós-sináptico)
Temos sempre um neurônio pré-sináptico que é aquele que vai liberar o neurotransmissor que vai se ligar ao neurotransmissor pré-sináptico.
Na membrana pré temos proteínas ancoradas na MP e também as temos na membrana pós-sináptica
Na pré, essas proteínas formam pirâmides que estão na zona ativa- é um local onde o neurotransmissor será liberado- ficam bem onde o neurotransmissor será liberado e as vesículas fundiram na membrana liberando o neurotransmissor 
3- Vesículas sinápticas/neurotransmisores
4- Receptores pós-sinápticos
5- Recaptação do neurotransmissor
Os neurônios podem ser classificados morfologicamente em assimétrico do tipo I de gray – vesículas redondas; e simétrico tipo II de gray- vesículas achatadas.
E funcionalmente podem ser classificadas em excitatórias e inibitórias:
a. Excitatórias (PEPS)
 No excitatório quando o neurônio fizer a sinapse vai ocorrer a entrada de sódio e vai despolarizar
b. Inibitórias (PIPS)
Quando o neurônio fizer a sinapse vai ocorrer a saída de potássio e vai hiperpolarizar
Potencial de ação
O potencial de membrana é determinado pelo gradiente de concentração de íons entre LEC e LIC. O LEC contém Na+ e CL- tendo carga positiva. Já o LIC, possui K+, íons fosfato, proteínas negativamente carregadas tendo carga negativa. 
Obs.: a carga de um neurônio em repouso é de -70mV
 Os íons passam de um lado para o outro de acordo com a abertura e fechamento de canais iônicos (Na+, K+, Ca2+, Cl-)
Tipos de canais:
Canais iônicos com abertura e fechamento:
São controlados mecanicamente e são dependentes de ligante e de voltagem
Canais dependente de voltagem:
A ativação pode ser distinta entre íons diferentes, como por ex.: na despolarização os canais de sódio se abrem mais rapidamente que os de potássio
A direção do movimento iônico é dependente do gradiente eletroquímico do íon.
O K+ move-se para fora da célula e o Na+ ou Cl- move-se para dentro da célula
O fluxo de corrente é o fluxo de cargas elétricas carregadas por um íon e quanto menor a resistência e maior a diferença do potencial elétrico entre dois pontos, maior será o fluxo de corrente.
O potencial corresponde a despolarização ou hiperpolarização que ocorre nos dendritos e no corpo celular (percorrem distâncias curtas).
OBS.: potenciais graduados despolarizantes são excitatórios e hiperpolarizantes são inibitórios!!
Os sinais de força são variáveis, isso porque eles perdem força na medida em que percorrem a célula:
1. Potencial graduado sublimiar é abaixo do limiar, sendo assim, quando ele chega na zona de gatilho não terá potencial de ação
2. Potencial graduado supralimiar tem força acima do limiar, quando ele chegar a zona de gatilho haverá potencial de ação 
O potencial de ação corresponde a despolarização breves que percorrem longas distâncias por um neurônio sem perder a força e sim permanecendo com a mesma força do início ao fim do neurônio.
“Tudo ou nada”
1. Potencial de repouso da célula- há entrada passiva de íons de sódio (-75mV)
2. Estímulo despolarizante 
3. Abertura dos canais de Na+
4. Entrada de sódio na célula
5. Fechamento de canais de sódio e abertura dos canais de potássio dependentes de voltagem mais lentos
6. Saída de potássio da célula
7. Canais de potássio dependente de voltagem ainda abertos hiperpolarizante a célula
8. Fechamento de canais de potássio dependente de voltagem
9. Retorno da permeabilidade iônica e do potencial de repouso da célula
O período refratárioabsoluto refere-se ao intervalo após o disparo de um potencial de ação quando a membrana celular foi alterada para um estado não excitável e está gradativamente voltando ao estado de repouso (excitável)- “descanso da célula”.
Concentração de potássio no sangue
1. Na hipercalemia a membrana despolariza e a célula fica mais excitável, então um estimulo que seria subliminar pode disparar um potencial de ação
2. Na hipocalemia a membrana hiperpolarizar e a célula fica menos excitável, tornando menos provável que o neurônio dispare estímulos supralimiar
 Caso clínico 
A professor O., 48 anos, sem doenças de base associadas, foi encaminhado para tratamento dermatológico em Maio de 2019, para remoção cirúrgica de verrugas no nariz. Utilizou-se lidocaína tópica para o procedimento. Não houve reincidência durante o período de acompanhamento (2 meses).
1. O que é lidocaína?
A lidocaína é um anestésico local. 
2. Qual sua ação? Facilita ou dificulta o surgimento de potenciais de ação?
O seu mecanismo de ação consiste na redução da geração e condução dos impulsos periféricos da dor através do bloqueio de canais de Na+, sendo assim, a membrana fica estabilizada inibindo a propagação do impulso nervoso.
3. A mesma consequência é desencadeada na hiponatremia ou hipernatremia? Explique?
Não, pois no caso da ação da lidocaína a membrana fica estabilizada inibindo a propagação de qualquer potencial.Caso clínico
Mary fazia medicina na Universidade Nove de Julho. Na véspera da prova de BCM, ela apresentou intensa taquicardia e nervosismo, e buscou uma unidade médica próxima do campus SBC. O médico receitou um ansiolítico diazepam, e recomendou descanso. Hoje Mary é uma médica de sucesso, que dá risada quando lembra dos nervosismos pelos quais passou durante seu curso de medicina!
1. Explique qual a ação molecular do diazepam?
O diazepam possui propriedades ansiolíticas, miorrelaxantes*, anticonvulsivantes e sedativas, e isso se dá devido à ação do GABA que é um inibidor de neurotransmissores. O GABA abre o canal de cloreto causando hiperpolarização e diminuindo a condução neural provocando assim a inibição do sistema nervoso central.
*miorrelaxantes: tem como função diminuir a frequência e intensidade da atividade muscular
Junção neuromuscular
A junção neuromuscular se dá por uma sinapse entre um neurônio motor somático e uma fibra muscular. Já uma placa motora é a região da superfície da fibra muscular onde um axônio forma uma sinapse com a fibra.
OBS.: Na placa motora contém alta concentração de receptores para acetilcolina 
A junção neuromuscular possui terminal do axônio pré-sináptico com vesículas sinápticas e mitocôndrias, fenda sináptica e membrana pós-sináptica. 
A secreção da acetilcolina ocorre quando cerca de 125 vesículas contendo acetilcolina são liberadas, passam pela fenda sináptica, vão para a membrana pós-sináptica onde vão encontrar os receptores de acetilcolina.
· O Potencial Excitatório Pós-sináptico é gerado quando há despolarização ou excitação da célula pós-sináptica.
Neurônio pré-sináptico libera acetilcolina e abre os canais Na+/K+ acetilcolina-dependentes no músculo esquelético.
· O Potencial Inibitório Pós-sináptico é gerado quando há hiperpolarização da célula pós-sináptica.
Pode acontecer tanto pela saída de K+ da célula.
Ocorre nos canais muscarínicos das células do coração na presença de acetilcolina.
Como pode acontecer pela entrada de Cl- , ou ainda pelo fechamento dos canais de Na+/Ca+.
1. Porque os íons sódio entram ao invés de outros íons positivos saírem?
Primeira, existem apenas dois íons positivos em alta concentração: os íons sódio, no líquido extracelular e os íons potássio, no líquido intracelular.
Segunda, o potencial mais negativo do lado de dentro da membrana muscular, −80 a −90 milivolts, puxa os íons sódio com carga positiva para o interior da fibra e, simultaneamente, se opõe ao efluxo dos íons potássio com carga positiva.
A acetilcolina liberada na fenda sináptica será destruída pela enzima acetilcolinesterase e uma pequena quantidade será difundida para fora do espaço sináptico.
Situações clinicas
1. O envenenamento de CURARE irá bloquear o efeito da ACTH, competindo com seus receptores.
2. A toxina botulínica irá diminuir a quantidade de ACTH liberada pelos terminais nervosos
3. A nicotina imita a atividade do neurotransmissor da ACTH pela ligação ao mesmo receptor. Seus receptores deixam atravessar sódio e potássio, a entrada de sódio na célula excede a saída de K+, uma vez que o gradiente eletroquímico para o Na2+ é mais forte. E como resultado, a quantidade de Na2+ que entra despolarizada na célula pós-sináptica e a probabilidade de ocorrer um potencial de ação é maior
4. 1. Fármacos que estimulam a fibra muscular por ação semelhante à da acetilcolina: metacolina, carbacol e nicotina.
5. Fármacos que estimulam a junção, inativando a acetilcolinesterase: neostigmina, fisostigmina e fluorofosfato de di-isopropil.
6. Fármacos que bloqueiam a transmissão na junção neuromuscular: fármacos curariformes (D-tubocurarina).
Desmielinização
A desmielinização é o dano ou degradação da mielina sem grandes danos ao axônio
As células responsáveis pela produção da mielina são Oligodendrócitos (SNC) e células de schwann (SNP)
Medula em corte sagital
As raízes posteriores são sensitivas e anterior são motoras e a junção de duas se chama feixe
Exemplos de doenças desmielinizantes são síndrome de Guillain-Barré, polineuropatia crônica inflamatória desmielinizante e outras polineuropatias
Oligodendrócitos SNC
Prolongamento do Oligodendrócitos indo para o axônio, e esse prolongamento vai se envolver em um trecho do axônio. 1 Oligodendrocitos pode pegar diversos neurônios
Corno anterior (cinzenta) na esq. e substancia branca na direita
· Proteína neuregulina (Nrg) 1 e 2 ela vai sinalizar o Oligodendrócitos a formar a bainha de mielina. E ela que vai participar da escolha da espessura da bainha de mielina de acordo com o tamanho do neurônio
Célula de schwann SNP
As células de schwann só conseguem preencher um neurônio por vez
Terá os nódulos de ranvier que irão aumentar a possibilidade de despolarização.
Exemplo de fibra que tem um diâmetro maior é na propagação do estímulo tátil. 
 Nervo
Gânglio
4
 
1-núcleo alongado e achatado da células de schwan
2- fibras nervosas
3-axônio
4-Endoneuro
Gânglio sensitivo e as células são neurônios com c. satélites em volta. Encontramos as células de schwan nessa imagem vendo as “linhas” achatadas e os núcleos achatados, eles são as células que vão formar a bainha de mielina.
· Proteína neuregulina vai ajudar a definir a espessura da bainha de mielina dependendo do tamanho do neurônio, promover proliferação, diferenciação, sobrevivência, maturação e mielinização no axônio estará no SNC e SNP)
· Proteína básica de mielina (BPM) está presente no SNC e SNP, é uma proteína transmembrana que estará presente na membrana (se ela estiver mal formada suas funções estarão comprometidas)
Essas moléculas serão as responsáveis para decidir se o neurônio será mielínico ou amielínicos
Causas de desmielinização
· Inflamatórias
· Virais
· Autoimunes
· Doenças genéticas
1. Lesão na integridade
2. Degeneração
3. Multiplicação/reorganização celular e se reconectar (sendo coordenadas pelas células de schwann SNP)
As células tronco por latência (indiferenciadas) elas vão ser estimuladas para ocorrer a multiplicação celular
4. Regeneração 
Se não tiver a reconexão entre o axônio e o músculo, terá atrofia, perda da força, perda do movimento... ficando com as ações comprometidas e formará um neuroma
As células tronco por latência (indiferenciadas) elas vão ser estimuladas para ocorrer a multiplicação celular
Esses pontos são chamados de gliose- sinal que mostra desmielinização no SNC
Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla é uma doença neurológica desmielinizante, crônica, progressiva e autoimune,sendo assim, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso causando lesões ao cérebro e medula. Acomete indivíduos de 15 a 60 anos e tem maior incidência em homens
Etiologia
Acredita-se que a etiologia da EM é a infecção por um vírus latente, como o Epstein-Barr (herpes) que quando ativado, desencadeia a resposta auto imune secundária.
Fisiopatologia
Ocorrem áreas localizadas de desmielinização (placas), com destruição da oligodendroglia, inflamação perivascular e alterações químicas nos constituintes lipídicos e protéicos da mielina, dentro e ao redor das placas. O dano axonal é comum, e corpos celulares neuronais também podem ser danificados.
Há desenvolvimento de gliose fibrosa nas placas que são disseminadas pelo SNC, principalmente na substância branca, em particular nas colunas laterais e posteriores (especialmente nas regiões cervicais), nervos ópticos e áreas periventriculares. Os tratos no mesencéfalo, ponte e cerebelo também são afetados. A substância cinzenta no cérebro e na medula espinhal pode ser afetada, mas em extensão muito menor.
Sinais e sintomas
A esclerose múltipla tem padrões típicos de progressão, sendo eles:
· Padrão de recidiva-remissão
· Padrão progressivo primário
· Padrão progressivo secundários
· Padrão recidivante progressivo
Os sintomas mais comuns são a parestesia de uma ou mais extremidades, fraqueza e distúrbios visuais. Outros sintomas que podem ser encontrados são rigidez, cansaço, vertigem, transtornos afetivos leves, disfunção urinária e sintomas cognitivos leves.
A EM afeta nervos cranianos, motores, cerebelares, sensório e a medula espinal.
O diagnóstico é feito através de critérios clínicos, ressonância magnética do encéfalo e medula espinal e algumas vezes, pela concentração de IgG no LCR
O tratamento é feito com: 
· Corticoides
· Imunomoduladores para prevenir as exacerbações e postergar a deficiência
· Baclofeno ou tizanidina para espasticidade
· Gabapentina ou antidepressivos tricíclicos para dor
· Cuidados de suporte
Fototransdução 
Transformar um sinal de luz em uma resposta elétrica, pois é o que o SNC compreende
Obs.: se tivessem fotorreceptores na língua, poderíamos enxergar com ela.
Se o objeto estiver mais no campo nasal, ela caminhará para a retina temporal, e se estiver mais em temporal caminhará para a nasal.
A informação poderá cruzar ou não dependendo de qual retina ela virá. Na nasal ela vai cruzar formando o trato do outro lado, enquanto a temporal continuará do mesmo lado. 
O comprimento da onda varia de acordo com o estímulo
A mulher tem uma percepção diferente para enxergar cor, sendo ela sabendo classificar as cores e os homens não.
A luz que passar pelo fotorreceptor ela será absorvida no epitélio pigmentar que absorve pigmentos escuros/melanina para que ele não reflita no globo ocular (amarelo) – células bipolares.
“Primeiro neurônios é o fotorreceptor o segundo é a bipolar e o terceiro é a célula ganglionar da via óptica.......o quarto está no corpo geniculado lateral” - Leandro
As células azuis são os fotorreceptores, havendo dois tipos, um com uma extremidade mais comprida e o outro que possui uma terminação única. Essas que farão Fototransdução.
Camada plexiforme externa -> teremos comunicação entre duas células sendo o fotorreceptor (azul) e a célula bipolar (amarelo)
Quando se tem enxaqueca a dor passa pela via trigeminal, chegando no tálamo que tem comunicação com a área primária visual, podendo ser uma enxaqueca com áurea ou então o inverso, uma informação visual que passa pelo tálamo e causa uma hipersensibilidade.
A retina possui várias camadas, e a luz precisa passar por todas as camadas, sendo absorvida pelo ep. Pigmentar. Ela será um estímulo para os receptores que irão fazer sinapse com as células bipolares, elas farão sinapse com as células ganglionares e as ganglionares formarão potencial de ação que percorrerá pelos axônios dessa célula formando o nervo óptico.
*Essas sinapses serão moduladas na camada plexiforme pelas células amácrinas e horizontais.
Obs.: Depois do quiasma as vias cruzam e vão seguir o trato, entretanto ele se chama trato, mesmo sendo periférico, pois ele tem origem central.
Os cones (catepsina) detectam cores e são importantes para a acuidade visual e os bastonetes (RODS- rodopsina) irão identificar o nível de luminosidade, sendo eles responsáveis pela visão noturna.
 
 Os bastonetes não conseguem classificar cor, apenas os cones os quais identificam as cores primárias da visão sendo elas azul verde e vermelho
Na retina temos mais bastonetes, e os cones se concentram mais na fóvea, onde não tem muito bastonetes. Essa região é a de maior acuidade visual.
 
Na retina periférica temos vários fotorreceptores, porém eles mandam o sinal apenas para um gânglio, sendo assim, ocorre uma convergência de sinal, diminuindo a acuidade.
O fotorreceptor terá a capacidade de transformar o sinal luminoso em elétrico. 
Iniciará nos bastonetes que possuem rodopsina formada por opsina + retinal (produto da quebra da vitamina A). 
Na ausência de luz a rodopsina ficará inativa e terá muito GMP cíclico que faz com que o canal de sódio fique sempre aberto e o sódio fica entrando na célula fazendo com que o potencial dessa célula esteja despolarizada. 
A presença da luz irá ativar uma via de sinalização diminuindo GMP cíclico fazendo com que o canal de sódio feche e a via hiperpolariza. E quanto mais luz, mais inibida estará a exocitose de glutamato
 No escuro os canais estão abertos, entra sódio e cálcio e a via despolariza o fotorreceptor fazendo com que ocorra exocitose do neurotransmissor (glutamato) que será recebido pelo neurônio bipolar. O glutamato irá estar mais excitado.
Quando há luz ela irá hiperpolarizar e o glutamato estará mais inibido.
1. A vitamina A formará retina. A remoção dela que irá ocorrer quando a luz residir
2. Pois os bastonetes são os fotorreceptores que estão envolvidos com a visão noturna e o movimento
 
A célula bipolar ON é ativada quando há sinal de luz e no escuro estaremos com a OFF ativada.
· As células bipolares podem ser ON e OFF, a célula OFF fica ativa no escuro e inibida no claro, o glutamato estimula essa célula no escuro. Já a ON quando está claro ela fica ativa e o glutamato quando está escuro inibe ela e quando está claro excita
Escuro -> GMPc aumenta -> despolariza o fotorreceptor -> libera glutamato -> excita a bipolar
 
Quando a célula é ON e incide bem no centro do campo receptivo ela fica mais ativada. Se ela é OFF o escuro no centro do campo receptivo deixa ela mais ativada.
Ou seja...
Uma célula bipolar ON é ativada pela luz, quando essa luz incide no centro do campo receptivo ela fica mais ativada, porem quando há sombra na periferia (garantido pelas células horizontais que irá modula-las) dando contraste, essa célula ficará mais ativada ainda.
 
Quando a luz incide na periferia, há um menor potencial de ação. 
Quando a luz é central tem maior potencial de ação. 
· Caminho na via óptica:
 A visão é dividida em campo visual binocular onde os dois hemicampos visuais enxergam e o hemicampo visual direito e esquerdo
A porção mais externa do campo visual do olho esquerdo bate na retina nasal esquerda que irá cruzar para o trato óptico direito. E a porção mais externa do campo visual direito baterá no campo nasal esquerdo que irá cruzar indo para o trato óptico esquerdo.
A retina temporal receberá a informação do campo visual mais central e ela não irá cruzar.
· Lesão:
1. Caso haja uma lesão no nervo óptico esquerdo você perderá a visão do olho esquerdo (extremidade esquerda. Porém não perderá o campo visual central pois o outro campo (direito) também enxergará essa porção. 
2. Se a lesão for no quiasma óptico haverá perda das visões periféricas que cruzam, sendo assim, só conseguirá ver a parte central 
3. Quando há uma lesão no trato esquerdo, o paciente irá perder toda a visão periférica do olho direito e a central do esquerdo
4. Uma lesão no trato óptico direito ocasionará na perda da visãoperiférica do olho direito e central do esquerdo
 Forms
 Diencéfalo
Observações
Via óptica:
1° neurônio: corresponde aos neurônios fotorreceptores da retina. Elas se conectam aos cones e bastonetes.
2° neurônio: localizados na retina, representados pelos neurônios bipolares que conectam os fotorreceptores diretamente com as células ganglionares
3° neurônio: representados pelas células ganglionares que com suas prolongações axônios formam o nervo óptico
4° neurônio: encontra-se alojado no corpo geniculado lateral. O conjunto axônio dos neurônios do corpo geniculado lateral constitui as radiações ópticas de gratiolet que tem sua origem localizada no segmento retrolenticular da cápsula interna.
Humor aquoso:
Líquido que preenche o espaço entre a córnea e o cristalino dos olhos. Proporciona também nutrientes para a córnea e ao cristalino ajudando a manter a forma esférica do olho e é produzido e renovado a cada quatro horas pelo corpo ciliar.
Forms 2
 
A lesão está no trato óptico direito.
O trato óptico direito contém fibras das retinas:
- temporal do olho homolateral
- nasal do olho contralateral
Desta forma, teremos alterações nos campos visuais:
- nasal do olho homolateral
- temporal do olho contralateral
Essa alteração é denominada hemianopsia homônima esquerda.
 
Um aneurisma da artéria oftálmica na região indicada pela seta provocará compressão da parte lateral do nervo óptico, que transporta fibras provenientes da retina temporal, desta forma, teremos alteração do campo visual nasal do mesmo lado da compressão..
 
Interrupção total das fibras do nervo óptico esquerdo provocará cegueira do olho esquerdo.
 
Lesão do quiasma óptico provoca interrupção das informações provenientes das retinas nasais de ambos os olhos.
As retinas nasais captam informações visuais dos campos visuais temporais.
Essa alteração é denominada de hemianopsia heterônima bitemporal
 
Via auditiva
· Anatomia da orelha
Temos três orelhas de cada lado que são divididas em orelha externa (pavilhão auditivo- no osso temporal), orelha média e uma orelha interna (conjunto de estruturas relacionadas com a captação de estímulos sonoros (sons) e o sentido vestibular associado a propriocepção –equilíbrio, postura, contração muscular e observação de objetos de interesse).
Há dois sentidos especiais sendo eles a audição (Estrutura: cóclea) e sentido vestibular (Sistema vestibular + componentes)Poro acústico externo
O azul é o território petroso sendo nele localizado a orelha interna e média 
· Externa -> face lateral da cabeça e avançando para o interior do crânio por um poro acústico externo meato/canal acústico
· Média -> cavidade timpânica composta por ossículos da audição, nervoso e dois músculos
· Interna -> protegida pela cápsula ótica (labirinto ósseo) 
01. Externa-> constituída por cartilagem elástica
 
· Faz a captação do som e o transmite por um canal até a orelha média, sendo ela composta por duas partes: pavilhão auditivo/orelha e o meato acústico externo
· As glândulas que produzem o serumem são chamadas de sebáceas e ceruminosas
02. Orelha média
Temos os três ossículos da audição: martelo (maior-ligado a membrana timpânica), bigorna e estribo. Esses ossículos irão converter mecanicamente as vibrações do tímpano em ondas de pressão que são amplificadas no fluido da cóclea/ouvido interno.
A Membrana timpânica separa o canal auditivo externo da cavidade da orelha média, e ela recebe as ondas sonoras e as converte em energia mecânica e amplifica essa energia transmitida a cadeia de ossículos da orelha.
O músculo estapédio se contraiu quando um som de forte intensidade for detectado, este reflexo aumenta a rigidez dos ossículos do ouvido, diminuindo a transmissão e amplificação de frequência baixas e médias. Sendo assim, seu reflexo protege o ouvido interno porém não é eficiente em frequências muito altas.
Podemos encontrar também a estrutura chamada de tuba auditiva, que é um canal que vai conectar a cavidade do ouvido médio ao interior do nariz, possibilitando desta forma a ventilação e o equilíbrio da pressão do ouvido com o ambiente externo.
03. Orelha interna
Formada por escavações no osso temporal, cobertas por membranas e preenchidas por líquido dividido em labirinto anterior e posterior.
Anterior: formado pela cóclea responsável pela audição formado por tubos espiralados
Posterior: formado pelos vestíbulos e canais semicirculares, ligados ao equilíbrio
	Cóclea-> anterior
Composta por três tubos individuais, sendo as escalas/rampas timpânicas, média/coclear e vestibular e todos esses tubos são separados por membranas. A membrana que separa a escala vestibular e a média é tão fina que não oferece obstáculos para a passagem das ondas sonoras e sua função é separar os líquidos das escalas médias e vestibular, pois eles possuem composição química e são importantes para que haja um funcionamento adequado das células receptoras de som. A membrana que separará a escala média da timpânica é chamada de membrana basilar e é uma estrutura resistente que irá bloquear as ondas sonoras. Essa membrana basilar é formada por fibras basilares. Na superfície da membrana basilar localiza-se o órgão de Corti, onde há células nervosas ciliares (C. sensoriais) que são chamadas de membrana tectónica que se apoiam sobre os cílios das C. sensoriais.
Canais semicirculares + vestíbulo -> posterior	
Canais semicirculares são três tubos ósseos ocos dispostos perpendiculares entre si, interconectados e cheios de líquido, endolinfa, que fazem parte do aparelho vestibular da orelha. 
O vestíbulo pode ser conhecido também como labirinto e é responsável pelo equilíbrio
Há nesta parte cinco aberturas dos canais semicirculares que não possuem função auditiva, mas que são importantes para a manutenção do equilíbrio. São 3 canais auditivos em forma de semicírculos que contém líquidos e estão localizados em três planos espaciais, sendo um horizontal e dois verticais. No final de cada canal semicircular existe uma válvula com a forma de uma folha chamada de crista ampular que contém cílios que se projetam de células ciliares semelhantes às maculares.
Entre esses canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade –vestíbulo- cheia de perilinfa (líquido) e no interior dessa cavidade existem duas bolsas membranosas contendo endolinfa (líquido) uma chamada utrículo e outra sáculo que contêm células sensoriais agrupadas em estruturas denominadas máculas. As células nervosas dessas estruturas (máculas) projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na qual estão localizados minúsculos grânulos calcificados – otólitos/otocênios.
O utrículo e o sáculo comunicam-se através dos ductos utricular e sacular
Fisiologia da dor
De acordo com a IASP a dor é “uma experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só um componente sensorial, mas também um componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidual concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão”.
O mecanismo da dor
Vai ocorrer o estímulo que será enviado para os receptores sensoriais que mandará a informação para o encéfalo ou medula espinal.
Sensação é a informação sensorial que atinge a consciência, sentindo o estímulo e percepção e a consciência da dor.
Fatores que podem afetar a percepção:
· Adaptações
· Processamento da informação
· Emoções/experiências 
· Personalidade
· Antecedentes sociais 
Irá ocorrer através de 4 fases:
1° Tradução da energia em potencial de ação
O impulso doloroso será recebido pelos nociceptores e transformados em potencial de ação.
2° Transmissão dos dados
O impulso será conduzido até a coluna posterior da medula espinal
3° Modulação
Na medula espinal, o impulso é modulado antes de chegar a níveis superiores do SNC
4° Percepção do impulso
O impulso é integrado e percebido como dor
Mediadores periféricos da dor
A lesão será responsável pela liberação ou formação de diferentes substâncias que vão sensibilizar ou ativar osnociceptores. 
A lesão irá liberar prótons (ác. Lático), ativando nociceptores e aumentando a permeabilidade de íons, ativando nervos e aumentando a sensibilidade. 
A lesão e a ativação do neurônio sensitivo vão gerar óxido nítrico causando a ativação da fibra sensitiva. A percepção da dor vai refletir na ativação de nociceptores e na transmissão do estímulo para a ME e para os centros supra-espinhais.
Dor visceral*
A dor visceral é transmitida por fibras sensoriais e sua sensação é referida.
A sensação referida é quando a dor é sentida longe da sua origem real. Isso ocorre, pois, as fibras para a dor nas vísceras e a dor na pele fazem sinapse no mesmo local (neurônio de segunda ordem*) fazendo assim com que no momento em que esses neurônios recebem os sinais dolorosos, alguns dos sinais cruzam para a via de dor visceral, porém algumas continuam pegando a via de dor na pele. 
A sensação parietal é a dor visceral porém mais localizada pois ela será a irritação do peritônio no local da víscera com estímulo de dor. Essa sensação é enviada diretamente para os nervos espinais.
Localização da dor transmitida por vias viscerais*
A dor visceral será localizada conforme a sua dor de origem e nervos afetados.
Ex. Quando a origem da dor foi no coração, o indivíduo sentirá a dor na área ao lado do pescoço, sobre o ombro e m. peitorais, ao longo do braço e na área subesternal superior do tórax. Isso porque as informações enviadas aos nervos simpáticos sensoriais entram em C-3 e T5.
Vias ascendentes
· Neoespinotalâmica
São responsáveis por enviar informações de dor aguda bem localizadas e de temperatura, transmitindo transmissão da primeira dor principalmente por meio de fibras do tipo A-delta. 
Eles levarão as projeções ao córtex somatossensorial.
A informação será captada pelo prolongamento periférico do primeiro neurônio (gânglio espinal da raiz dorsal) que irá emitir um prolongamento central e encontrará o segundo neurônio no corno da medula onde irá ocorrer a sinapse e o cruzamento. A informação subirá em direção a ponte onde as fibras se uniram formando o lemnisco espinhal. Encontrará o terceiro neurônio no tálamo, levando a informação para o giro pós-central na área 3,1,2 de brodmann.
· Paleoespinotalâmica
Transmite dor crônica, pouco localizada do tipo crônica principalmente através de fibras do tipo C e faz sinapse no sistema límbico na região medial do tálamo, com projeção cortical difusa.
A informação captada pelo primeiro neurônio (pseudounipolar), que está no gânglio espinhal, é emitida através de projeções axonais para fazer sinapse no corno posterior da medula, com o segundo neurônio (na lâmina 5 de Rexed). O segundo neurônio emite prolongamentos axonais que alguns irão se dirigir ao funículo lateral do outro lado da medula e outros irão permanecer no funículo lateral do mesmo lado da medula. Esses prolongamentos axonais irão infletir-se cranialmente, formando o trato espinoreticular que irá subir junto com o trato espino-talamico lateral e irá fazer sinapse na formação reticular, com o terceiro neurônio. O qual emite prolongamentos axonais que chegarão ao tálamo, fazendo outra sinapse com o quarto neurônio.
Modulação da dor
· Teoria de controle da comporta*
Na ausência da fibra C (nociceptiva) os interneurônios inibidores ativos inibem a via de dor. Quando há estímulo de dor, a fibra C (não nociceptiva) interrompe esses inibidores permitindo que um sinal forte vá até o encéfalo.
· Teoria do portão*
Para que haja projeção da dor é preciso que os neurônios de projeção sejam estimulados e levem a informação. Esses neurônios de projeção serão estimulados por neurônios sensoriais, porém podem ser inibidos por interneurônios que inibem as fibras C (nociceptivas)
Obs.: As fibras não nociceptivas excitam os interneurônios inibindo os neurônios de projeção.
Obs.: Nociceptores são terminações nervosas responsáveis pela nocicepção.
Existem dois tipos de dor persistente, sendo eles a dor pela nocicepção e a dor neuropática. A dor por nocicepção é a dor causada por uma excessiva estimulação dos nociceptores ou SNC e a neuropática é resultante de disfunção ou lesão no SNC ou SNP.
Tipos de dores
· Nociceptiva 
Surge a partir de estímulos específicos nos receptores de dor, e podem ser classificados em visceral ou somática. 
· A dor visceral vai ter origem nos órgãos internos, vai ser uma dor menos localizada, profunda e se apresenta na forma de espasmos ou cãibras. A dor visceral pode ser irradiada e é uma dor referida.
· A dor somática é proveniente da pele, músculos, articulações, ossos e ligamentos podendo ser superficial ou profunda. A dor inicial apresenta características aguda e imediata e a profunda normalmente é uma dor que se inicia de forma silenciosa.
Ex. A dor superficial pode ser representada em queimaduras de primeiro grau onde é acometido a lesão no nível da pele ou membrana mucosa.
A dor profunda é representada por rupturas, fraturas ósseas e ocorre ao nível dos músculos, ossos, articulações, ligamentos, tendões ou vasos sanguíneos.
A dor não nociceptiva é a dor que não estimula os receptores nociceptivos, sendo então produzida por disfunções de células nervosas, podendo ser classificada como neuropática.
Vias aferentes gerais*
· Generalidades
A via da dor/temperatura de forma geral passará por três neurônios até o córtex. 
Via da dor e temperatura
1° ordem está localizado no gânglio espinal e suas fibras são classificadas de acordo com o tipo da dor. Na fibra de dor aguda elas serão do tipo A-delta, finas com envoltório delgado de bainha de mielina. Já na dor crônica serão do tipo C sendo amielínicas.
2° ordem está localizado no corno posterior da medula e será nesse local que os neurônios irão cruzar, sendo a informação captada de um lado do corpo sendo transmitida para o lado oposto do córtex cerebral. 
3° ordem se localiza no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo
Obs.: as dores agudas são sensíveis aos estímulos térmicos e mecânicos e de dor crônica são sensíveis a estímulos térmicos, mecânicos e químicos. 
As informações de dor podem se projetar para diferentes locais, sendo mesencéfalo, hipotálamo, formação reticular e lobo insular.
Trajeto da via de dor aguda
Via Neoespinotalâmica 
1. O neurônio de primeira ordem (neurônio Pseudounipolar) se prolongará perifericamente junto ao nervo espinhal até a terminação nervosa livre. O prolongamento central do neurônio segue pela raiz posterior do nervo espinal em direção a medula.
2. Central-> podem subir ou descer alguns segmentos pelo trato de Lissauer e depois realiza a sinapse com o neurônio de segunda ordem. Ou então o prolongamento central do neurônio de primeira ordem vai alcançar o corno posterior da medula realizando sinapse com o neurônio de segunda ordem.
3. No neurônio de segunda ordem irá ocorrer o cruzamento das vias na medula espinal, e irá alcançar o funículo lateral, formando o trato espino-talâmico lateral
4. O trato espino-talâmico lateral irá atravessar a região póstero-lateral do bulbo e da ponte. Na altura da ponte o trato espino-talâmico lateral irá se unir ao trato espino-talâmico anterior (informação do tato protopático e pressão) formando o lemnisco espinhal que vai atravessar o mesencéfalo e chegará ao tálamo.
5. As fibras irão chegar ao núcleo póstero lateral do tálamo realizando sinapse com o neurônio de terceira ordem. As fibras irão se projetar em direção ao córtex alcançando o giro pós-central (área somestésica primária do córtex cerebral 3,2,1 de brodmann).
Na dor crônica
Terá algumas diferenças
1. Há fibras cruzadas e fibras não cruzadas. Os axônios de segunda ordem do corno posterior podem ascender pelo mesmo lado (no fascículo lateral homolateral) ou no lado oposto
2. As fibras dos neurônios de segunda ordem realizam sinapses com neurônios da formação reticular bulbar, pontinha e mesencefálico, antes de alcançar o tálamo
3. No tálamo a informação alcança os núcleos intralaminares antes de se projetar de forma difusa para o giro pós central.
Via da pressão e tato protopático
Na via de pressão e tato protopáticoa via apresentará novamente os 3 neurônios.
1° neurônio será localizado no gânglio espinal
2° neurônio estará localizado no posterior da medula (onde cruzam)
3° neurônio estará no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo
Trajeto
1. Neurônio de primeira passagem caminhará por seu prolongamento periférico junto ao nervo espinal até o receptor. O prolongamento central segue pela raiz posterior do nervo espinal em direção a medula espinal. O primeiro neurônio alcançará o corno posterior da ME e realizará sinapse com o neurônio de segunda ordem.
2. O axônio do neurônio de segunda ordem cruza a medula espinal, no mesmo segmento medular, para o lado oposto até alcançar o funículo anterior, onde forma o trato espino-talâmico anterior.
3. O trato espino-talâmico anterior atravessa a região póstero-lateral do bulbo e da ponte. Na altura da ponte haverá a união dos tratos formando o lemnisco espinhal, e esse lemnisco atravessa o mesencéfalo e chega ao tálamo.
4. As fibras chegaram ao núcleo ventral póstero-lateral do tálamo, realizando sinapse com os neurônios de terceira origem que vão se projetar para o córtex cerebral alcançando o giro pós-central (área somestésica primária do córtex- 3,2,1 de brodmann)
Via de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória
1° neurônio localizado no gânglio espinhal e classificado em A-alfa e A-beta. As fibras de primeira ordem entram na medula, porém não vão realizar sinapse, ascendente pelo mesmo lado da medula até alcançar o bulbo.
2° neurônio localizado nos tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme. E essas fibras cruzam no bulbo, ascendente para o tálamo
3° neurônio localizado no núcleo ventral póstero lateral do tálamo
O trajeto seguirá o mesmo caminho, porém elas têm estruturas características.
Via de controle descendentes e Interneurônio medular encefalinérgico
Um meio efetivo de suprimir a nocicepção envolve a estimulação da região cinzenta periaquedutal (região cinzenta periaquedutal) que vai provocar analgesia profunda seletiva. Com esse estímulo, as sensações de toque, pressão e temperatura serão diminuídas, aliviando a dor. 
Poucos neurônios dessa substância se projetam diretamente para o corno dorsal da medula espinal, mas muitos fazem conexões excitatórias com neurônios do bulbo rostroventral, incluindo neurônios serotonérgicos. Os axônios desses neurônios irão se projetar para a medula espinal onde formaram conexões inibitórias com os neurônios das lâminas I, II e V do corno dorsal.
A estimulação do bulbo rostroventral inibe o disparo de muitas classes de neurônios do corno dorsal, incluindo os neurônios de projeção do trato espino-talâmico que transmitem sinais nociceptivos aferentes (órgão -> SNC).
Sendo assim, essa via irá impedir o disparo nociceptivo do corno dorsal, impedindo-o de fazer sinapse e de projetar o estímulo de dor.
Via monoaminérgicas descendentes
Irá suprimir a atividade dos neurônios nociceptivos no corno dorsal.
Esse sistema noradrenérgico irá se originar no locus ceruleus e em outros núcleos do bulbo e da ponte.
Na medula espinal, essas vias vão inibir os neurônios de projeção nociceptivos por meio de conexões diretas assim como no meio de interneurônios nas lâminas do corpo dorsal por meio de ações sinápticas diretas e indiretas impedindo a sinapse e a propagação do estímulo.
Obs.: O núcleo magno da rafe (onde a via monoaminérgicas se origina) e os núcleos noradrenérgico recebem informações dos neurônios da sub cinzenta periaquedutal
Interneurônios vão ser ativados por neurônios serotonérgicos e noradrenérgicos.
Lembrando que interneurônios inibem o neurônio de projeção impedindo a sensação de dor.
Julia Ataulo Borba - TIV

Continue navegando