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Patologia geral 3º Período Juliana Vieira Queiroz Almeida 2º Semestre 2018 Juliana Vieira Queiroz Almeida 1 Patologia geral 2º Semestre 2018 FAMINAS - Profª. Izabela Ferreira Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida Saúde e doença ao longo da história Patologia: Pathos (sofrimento), logos (estudo); estudo das lesões, dos mecanismos, das manifestações histopatológicas. Fisiopatologia: estudo das alterações funcionais dos órgãos afetados. Processo saúde-doença: os paradigmas sobre esse fenômeno se modificam com o passar dos anos e há elementos que influenciam esses paradigmas. - O padrão para uma época não é o mesmo para outra. Antigamente saúde era a falta de doença, atualmente é bem-estar físico, mental e social. Etiologia: autia (causa); estudo ou ciência das causas. - Acreditava-se em um agente exógeno. Homem tinha doença como resultado desses e, os mediadores, poderiam expulsar a causa da doença. Deve-se sempre respeitar esses. # Adventistas não trabalham no sábado. No artigo “O sistema médico Guarani” são relatadas doenças que podem ser tratadas pelo homem branco e aquelas que podem ser tratadas somente pelo pajé. Na cultura antiga haviam várias especialidades para cada função para cura, tratamento, etc. Conhecimento foi deixado em escrito principalmente na Mesopotâmia. Houve a medicina racional com uma concepção empírico-racional, na qual quebrava a doença como punição, na qual o agente passivo era acometido por um ser maior e passa a ser mais materialista, orgânico; Hipócrates. - Símbolo da medicina, cura e sabedoria. Há, inclusive, o juramento de Hipócratres. - Há a passagem para o aspecto natural das doenças causada por um desequilíbrio. E epilepsia era considerada possuída antigamente, mas a partir daí ela foi identificada como uma doença de natureza cerebral. A teoria humoral por Claudius Galenus fala que algo no interior do homem, como hábitos de vida e comportamento, leva ao desequilibro, separando o homem em bile negra (sombrio, terra, outono, baço), bile amarela (colérico, selvagem, fígado, verão), o sangue (primavera, sanguíneo, coração) e a fleuma (distração, inverno, diarreia). - Surge as terapêuticas mais apuradas, como as sangrias – uso se sanguessugas –, purgativos/laxantes, eméticos, enemas. - A palavra humor vem disso, mau humor é um desequilíbrio dos humores, o bom humor é o equilíbrio. - Giovanni Baptista Morgagni: “Saúde seria o silêncio dos órgãos”; é o pai da anatomia patológica, percebendo as alterações nos tecidos e que essas causavam a doença. Rudolf Virchow: pai da histopatologia, sendo a expressão da mortalidade encontrada na célula. - As alterações ocorrem na forma estrutural e funcional, atinge o conjunto e seu funcionamento, sendo importante saber o estímulo. Patogenia: mecanismo entre o estímulo inicial e a expressão final da lesão. (Qual o mecanismo para tal doença e por que aumenta a probabilidade de ter outra doença?) Grandes epidemias decorrentes das mudanças sociais e alterações do sistema de produção Determinantes sociais: saneamento, nutrição, equilíbrio, educação, paz, entre outras coisas. - Percepção que o meio influencia muito a população. Após a 2ª Guerra há a criação da OMS – Organização Mundial de Saúde – que considera saúde o bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença e incapacidade. - Não é considerado muito aplicável. - A de 1978 enfatiza a importância da Atenção Primária em Saúde. Começa a pensar em qualidade de moradia, alimentação, renda, meio ambiente, equidade, entre outros, associado a presença de alguma doença. Desigualdade sempre existirá, só não pode existir imoralidade. Juliana Vieira Queiroz Almeida 2 Modelos: - Modelo biomédico: Enfoque doença e cura; Conteúdo tratamento, atenção por episódios e problemas específicos. Organização especialistas, médicos e consultório individual. Responsabilidade domínio pelo profissional, recepção passiva, apenas setor da saúde. - Modelo psicossocial: Enfoque prevenção, atenção e cura e saúde; conteúdo promoção da saúde, cuidados contínuos e abrangentes; organização médico de família, outros profissionais, equipe; responsabilidade auto-responsabilidade, participação comunitária e colaboração intersetorial. Introdução à patologia Agentes extrínsecos: biológicos, químicos, físicos e nutricionais. Agentes intrínsecos: psíquicos, circulatórios, genéticos e imunológicos. Geralmente são causas multifatoriais, de modo que dificilmente será somente um agente, de forma que esses costumam estar associados. Patogenia ou patogênese: o estudo das alterações morfofuncionais de todos os líquidos e tecidos do organismo durante a doença, investigando as causas, as sedes e os mecanismos que determinaram aquela lesão. Ou seja, é o mecanismo entre o início do estímulo e o final da sua manifestação, sendo todos os passos para a expressão da doença. - Compreende eventos bioquímicos, imunológicos e morfológicos. - Tenta abordar as principais causas, descrever os mecanismos, quais as principais sedes ou locais de manifestação e as alterações morfofuncionais presentes naquela alteração. - Sedes = locais. Pode ser principal ou secundária. - Objeto de estudo (morfológico): # Exame citológico: raspados de pele e mucosa, secreção, líquidos, punção aspirada por agulha fina (PAAF). # Exame anatomopatológico: biópsias, peças cirúrgicas, espécimes obtidos de necropsias/autópsia. Técnicas histológicas ou histotecnologia: conjunto de procedimento que envolve a preparação de amostras – tecidos ou células – para a análise sob microscopia óptica. - Etapas: coleta do material (a partir de peças cirúrgicas, autópsias e necropsias, biópsia) coleta Biópsia: retirada de um fragmento de tecido in vivo para exame histopatológico ou outras técnicas de investigação para confirmação e exclusão do diagnóstico, prevenção da doença – caráter legal principalmente para resguardo do paciente e profissional –, análise do tecido e das mudanças ocorridas (evolução da condição para outra como uma ceratose seborreica – benigna – para um melanoma – maligno –), justificativa e modificação de tratamento, remoção de lesões cosmeticamente desagradáveis. Coleta: Deve-se levar em consideração a localização anatômica (se coleta, preferencialmente, nos superiores, pois há menos congestões – acúmulo de sangue dentro dos vasos – associadas), a morfologia, o tamanho, a profundidade, agente provavelmente causador, idade da lesão (coletar lesões mais novas – menos contaminadas e mais recente –) e quando coletar a amostra da lesão para se definir a técnica. Shave/shaving/tesoura: se faz raspagem superficial da epiderme ou derme papilar; não se faz em derme reticular, por exemplo. Não é ideal atingir camadas profundos, como a derme reticular ou fazer em derme inflamada, entre outros. X Pápulas de superfície lisa: Lesões em placa, difusas, com crostas, elevadas, sem borda definida; faz-se uma raspagem superficial da epiderme e se observa o espessamento da epiderme, acantose (espessamento da epiderme); e deslocamento do núcleo do queratinócito com granulócitos, que aumentou seu tamanho, e corpúsculos de inclusão, chamados (nome específico para o tipo de vírus) de corpúsculos de Henderson-Patterson – patognômico para essa lesão –, com uma Juliana Vieira Queiroz Almeida 3 substância eosinofílica (imagem mais a direita). Um molusco contagioso é uma lesão ocasionada por um vírus (Pox vírus) com tropismo por tecido epitelial, atingindo queratinócitos proliferação e alteração. X Ácaros: se alimenta de estrato córneo; presente na sarna crostosa ou sarna norueguesa (facilmente confundido por psoríase) sendo importante a localização destes. Ver ácaro na imagem a direita. Punch ou trépano em a borda constante onde a pressão no local ou a rotaçãodo cilindro atinja estratos mais profundos. Deve-ser feito para atingir a derme reticular ou panículo adiposo. X Na vasculite leucocitária é possível identificar necrose fibrinóide (oide é semelhante a; nesse caso é semelhante a fibrina) em processos inflamatórios vasculares onde há deposição de fibrina próxima a região perivascular. Visualizar na imagem à direita. OBS: A necrose por si só é irreversível, mas isso não quer dizer que o tecido não é capaz de se renovar; a lesão perivascular remete a um quadro de necrose. X Na lesão vesiculobolhosa: é de causa genética, podendo ser ou não inflamatória; é uma lesão superficial, com a presença de um material amarelo; onde há uma desconexão do estrato córneo com o granuloso. É necessário pegar a bolha, vesícula, completamente. Logo, o punch pode ser usado para coletar uma área mais extensa. Observar imagem à direita. Excisão elíptica – fuso com o bisturi –: pode ser incisional (quando se coleta uma quantidade quantitativa da região) ou excisional (completa remoção da área alterada); A biópsia incisional costuma ser assim quando não é possível a retirada da lesão inteira, quando essa é grande por exemplo, como em endoscopias (artrosa, broncos, anosa, colosnos, cistos, laparos, enteroscopia, entre outros). Lesões multifatorias: que podem ser causadas em diversas situações devido a diversos fatores. Lesões patognomônicas: lesões exclusivas da doença; rara. Lesões melânicas: o ideal é fazer uma coleta excisional fazendo um fuso. Melanoma: Definição: ocorre no melanócito (célula da crista neural que produz melanina – proteção da pele – e é localizado na região basal da epiderme), é cerca de 5% do total de câncer, é muito letal. Mnemônico: Para regulamentar a coleta A- assimetria, B- bordas irregulares (capacidade infiltrativa), C- cores diferentes (profundidade da melanina), D- diâmetro > 5 a 6mm, E- evolução. - Em relação a profundidade, de mais superficial para mais profundo: negra marrom escuro marrom claro cinza azulado; relacionado a refração da luz. Índice de Breslow: avalia a profundidade em mm; relacionado a taxa de sobrevivência. O último, na imagem ao lado, costuma ser V quando é maior que 4mm. Níveis de Clark: avalia aspectos histológicos; I- epiderme, II- Epiderme e derme papilar, III, Epiderme/derme papilar completa, IV- Epiderme e derme reticular, V- epiderme e hipoderme. Para o prognóstico também é importante descrever: o número de figuras de mitose, invasão linfática, invasão vascular, invasão neural, áreas de Juliana Vieira Queiroz Almeida 4 hemorragia, áreas de necrose. - O ideal é a retirada completa em fuso excisional com borda livre de até 2mm (para contraste é crucial, pode-se ampliar a margem depois, mas até 2mm é o ideal para a região). # Por que não pode pegar uma área maior? TN – T para tumor, N para nodos linfonodais e M para metástase a distância. Linfonodo sentinela Esvaziamento axilar no câncer de mama: para estudo caso não tenha, e caso já tenha, busca-se sítios a distância. Os carcinomas (neoplasia maligna que reproduz epitélio de revestimento basocelular e espinocelular são cerca de 95% dos cânceres, são diferenciados principalmente histologicamente. - Basocelular: pode ser superficial ou nodular, referente ao seu aspecto, semelhante a uma cicatriz e a um nódulo, respectivamente. - Espinocelular: Metastase: é um crescimento; uma migração por via sanguínea ou linfática de produtos patológicos (vírus, bactérias, parasitas e esp. células cancerosas) provenientes de uma lesão inicial. Fixação: Tem como objetivo preservar as biomacromoléculas do tecido, evitar heterólise – ação lítica de um agente exógeno ao tecido – e autólise, interromper/parar o metabolismo, manter as relações topológicas das moléculas, endurecer o material – favorecendo a secção –. HER-2: receptor epitelial associado a proliferação celular. Em alguns cânceres de mama a paciente possui maior número desses receptores, favorecendo a proliferação celular. Relacionado as relações topológicas molecular sendo uma característica da formalina a 10%. Pode ser por aditivo (formalina – não é o melhor fixador, mas para a histologia básica é usado pelo preço e facilidade de uso; é diluído para o uso de 47% para 4% ou para uma solução formalina tamponada a 10%; a própria substância faz ligações cruzadas entre as moléculas do tecido – ou carno-A) ou desnaturante (etanol, acetona), sendo a profundidade, a área do tecido importante para infiltração deste. Imunohistoquímica: Técnica que usa a identificação de determinado epítopo a partir de um anticorpo primário, eu preciso que esse epitopo esteja lá na hora que eu for pesquisar. Ex: Temos um receptor chamado de HER-2, que se manifesta em alguns cânceres de mama, e esse estimulo vai pro núcleo e estimula a proliferação celular. Se eu quero pesquisar imunologicamente esse epítopo eu preciso que ele continue na superfície para que eu use um anticorpo primário anti HER-2. OBS: Na crio preservação se coloca um OCT, e faz um congelamento rápido. É complexo para manipulação depois. Necrose: morte celular seguida de autólise em um indivíduo vivo. Putrefação: decomposição da matéria orgânica, em especial de proteínas, causada por microrganismos, com produção de substâncias de odor desagradável. Desidratando: conjunto das alterações decorrente da perda de água do organismo, que pode ocorrer por via cutânea, digestiva, renal e respiratória. Clivagem: Tipos de frasco (boca larga), temperatura (ideal é a geladeira), proporção do fixador para a quantidade de material fixado (1 – do tecido –:20 – fixador –). - O material muito próximo da superfície pode deixa-lo exposto ao ar. - Para tecidos de menor densidade: pulmão; envolver em papel filme, mantendo a umidade ideal e consequentemente evitando o ressecamento das camadas mais superficiais. Hematina: é a reação da hemoglobina do tecido com o ácido fólico em pH ácido., que gera a hematina, que é um pigmento de tom escuro. Juliana Vieira Queiroz Almeida 5 Para saber se na neoplasia a margem se encontra livre a margem do tecido é marcada. - Peças cirúrgicas, depois de fixadas e formol, têm as margens pintados com tinta nanquim antes de serem recortada para processamento histológico. margem cirúrgica livre ou comprometida (com infiltração). Descalcificação (tecido ósseo) e processamento Material cortado e colocado no cassete para o processamento material em cassetes mergulhados no frasco contendo formol a 10% bateria de álcool para desidratação bateria de frasco com xilol parafina no interior da estufa a 60ºC). O processamento tem 3 fases: desidratação, diafanização e infiltração. - Desidratação: Banhos em álcoois crescentes em graduação alcoólica, ou seja, primeiro se usa um álcool com maior quantidade de água, como um 60%, posteriormente, um 70%, um 80%, um 90% e um 98% - álcool absoluto –, deixando uma hora em cada um e 2 banhos em álcool absoluto houve a substituição de água por álcool no tecido. # Cada biópsia está dentro de um molde. - Diafanização ou clarificação: Coloca-se um xilol, solvente orgânico desalcolizante (miscível no álcool; banho de 1 hora) infiltrar em parafina (miscível em parafina – não ultrapassando 5ºC acima do ponto de fusão (58ºC) –). - Infiltração ou embeber o material em parafina. Inclusão: É a inclusão da parafina para o enrijecimento do material. Colocar o material no fundo do cassette, preencher com parafina liquida e esperar o material solidificar para seguir os cortes histológicos (com o uso do micrótomo). Micrótomo: material específico para os moldes – cassettes – Microtomia, ou seja, material cortado em conter finos ou semi-finos em diâmetros específicos (1 a 4 micrômetros – maior que isso não há um estrato único, a luz não atravessa e não cabe na lâmica) água fria banho maria histológico (lâmina limpa). Coloração de rotina Cromógeno: o que dá a cor. Dentro desses há os cromóforos que está ligado aos anéis aromáticos. Auxocromo: o que providencia a especificidade. Tem os de natureza básica – hematoxilina – e os de natureza ácida – eosina –. - O núcleo é basófilo. - Proteínas são acidófilas ou eosinofílicas. Método da estreptoavidina-biotina-peroxidase - HRP: HRP se une a um anticorpo secundário biotinilado – marcado como forma de aumentar a resposta, a visualização – que se liga a um anticorpo primário (da especificidade) que se somente aparece se ele estiver ligado a um antígeno. Se ele não estiver ligado ele é lavado. - O marcador pode ser específico ou citoplasmático. - O HER-2: se coloca o anti-HER2 + secundário biotinilado + complexo mudança de cor. Selagem/montagem Observação ao microscópio. OBS: O médico requisitante deve orientar quanto a coleta do material. Resuminho: T - Tipo de biópsia: 1- Raspagem superficial/shaving/shave/tesoura: em lesões de epiderme e derme papilar 2- Punch: consigo atingir tecidos mais profundos, panículo adiposo, tecido vascular. - Padrão de retirada: 1- Excisional: Retira-se tudo. Normalmente está relacionada com a retirada em fuso, no caso de lesões pigmentadas. 2- Incisional: Um segmento será retirado; pode ser retirado no aspecto em fuso. Juliana Vieira Queiroz Almeida 6 3- Necropsia: Qual tamanho para coletar os órgãos na necropsia? Têm relação com a superfície de contato, pois o formol vai ter um tempo de infiltração. - Tipos de fixação: 1- Física: criopreservação - secagem ao ar, temperatura normal, secagem geram muitas alterações. 2- Química: aditivos; adição de ligação cruzadas entre as moléculas do fixador e as moléculas do tecido. Resumo artigo “Determinação ou determinantes? Uma discussão com base na Teoria da Produção Social da Saúde” Introdução Com a implantação da Lei Orgânica da Saúde no Brasil, nº8.080/1990, a Epidemiologia, definida como ciência que estuda a distribuição de doenças e suas causas nas populações, passou a ser referencial para as ações de saúde no SUS e uma forma de buscar a legitimidade do discurso clínico. Essa faz uso de um raciocínio predominantemente indutivo, após análises de ocorrências em populações. - A epidemiologia tem raciocínio indutivo majoritariamente, mas na clínica, o processo saúde-doença é visto como algo privativo saúde é não ter doença (visão puramente biológica) prevenção e promoção. - Atualmente o conceito de risco está sendo usado para diminuir o agravo de doenças como modo de mudar o futuro de uma sociedade controle (paradoxo a imprevisibilidade das doenças). É importante perceber a importância do caráter histórico e social no processo de adoecimento. Determinação social da saúde Foucalt diz que o capitalismo colocou o corpo como força de produção e de trabalho, fazendo dele e da medicina algo coletivo, não privativo. - A sociedade influência no corpo, seja com o estresse, com a poluição, com a influência e disponibilidade de produtos que não cooperam para a homeostase ou fortalecimento do corpo potenciais de desgaste e de fortalecimento. - A saúde e a doença são dependentes do cenário socioeconômico. # Renda, emprego, organização da produção; ambientes de convivência e de trabalho; culturas, valores; gênero, etnia. Foi integrado o discurso sanitarista: a saúde das pessoas como interesse social (a sociedade deve proteger e assegurar a saúde de seus membros), as condições sociais e econômicas influenciam a saúde e doença (estudo dessas), medidas para proteção da saúde devem ser médicas e sociais. O “projeto preventivista” veio como forma de dar aos futuros médicos uma formação biopsicossocial por meio da epidemiologia, ciências de conduta, bioestatística, entre outros. Processo saúde-doença: “modo como o homem se apropria da natureza em um dado momento por meio de processo de trabalho baseado em determinado desenvolvimento das forças produtivas e relações sociais de produção”. - Caráter social e biológico. Deve-se levar em conta a história social do indivíduo para se saber a probabilidade deste de adoecer causalidade. Determinantes sociais da saúde Antigamente a doença tinha duas vertentes, a ontológica (devido a uma entidade que se agrega ao corpo - do indivíduo; sem controle do indivíduo) e a dinâmica (causalidade; fruto do desequilíbrio entre os princípios ou forças básicas da vida, buscando naturalização da doença). No pós-guerra a OMS refere-se a necessidade de se combater as causas das doenças desigualdade social interfere bastante nisso combate a desigualdade social como forma de melhorar a saúde. DSS foi definido pela Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) como fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influência a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. DSS tem 4 camadas/níveis, determinantes individuais – tenta alterar normas culturais, comportamentos sociais por meio da educação e conhecimento –, redes sociais e comunidades – laços de coesão social que levam a prevenção e promoção coletiva –, condições de vida e de trabalho – condições precárias, riscos e Juliana Vieira Queiroz Almeida 7 falta de serviços essenciais solucionadas com ações sanitárias, higiene, educação, entre outros – e, por último, as condições econômicas, culturais e ambientais – procura-se o desenvolvimento sustentável –. Aspectos comparativos entre DSS e determinação social da saúde Para a OMS os determinantes sociais são a causa das causas, ou seja, vê os determinantes estruturais e intermediários como causalismo, de modo que é difícil operar sobre eles. “(...) o caráter social do processo saúde-doença manifesta-se empiricamente mais claro em nível de coletividade que do indivíduo”. A teoria da Produção Social da Saúde abrange a coletividade e o caráter histórico-social no processo e não apenas os dados individuais, explicitando assim o envolvimento entre o biológico e o social, constituindo a determinação social da saúde. Considerações finais A partir da análise do DSS, mesmo sendo mais usada por países desenvolvidos, se vê que, de forma individualizada, nem sempre os fatores sociais estão envolvidos no processo da doença de um indivíduo ou de uma população. O contexto social de convivência do indivíduo faz muita diferença. Degenerações celulares Adaptação: é diferente de lesão; é uma célula que mantém a funcionalidade e a morfologia do tecido. Pode haver o aumento/diminuição do ganho tecidual. - Hipotrofia e hipertrofia; hipoplasia e hiperplasia; metaplasia – mudança da funcionalidade, não perda –. - É reversível. - Depende do estímulo, funcionalidade, não passa pela adaptação, mas vai direto para a lesão. Degeneração: é uma lesão/alteração sempre de natureza celular, não é de natureza intersticial. Morfologicamente e funcionalmente alterada. Usualmente é reversível (por meio da retirada do estímulo). - Há a perda de habilidade de manter o estado de homeostase normal ou adaptado, resultando em acúmulo de substâncias no interior das células. - Alteração bioquímica da célula que leva a um acúmulo de substâncias conhecidas dentro da célula. - Pode vir pela falta de adaptação, ou pode nem passar pelo processo. - Nem toda degeneração é reversível, como as hialinas, sendo que ao passar do ponto de irreversibilidade há a necrose. As lipidoses são reversíveis até um certo período. - Se classificam de acordo com a natureza da substância acumulada na célula: # Exemplo de glicogênio: mucopolissacaridoses ou glicogenoses. Degenerações hidrópicas Bombas eletrolíticas ou hidroeletrolíticas ATP Dependente. Independente Integridade das proteínas ou estrutura das membranas. - Equilíbrio pode ser alterado pelas substâncias inibidoras da respiração celular, hipertermia e febre (aumento do metabolismo desnatura a proteína), privação de oxigênio, estresse oxidativo (toxinas e radicais livres – fosfolipase – que compromete a funcionalidade da estrutura). - Há vários elementos que afetam a cadeia, como o cianeto. Quando de interrompe o complexo da cadeia, ela para de produzir ATP, sendo que há desacopladores. # 2-4dinitrophenol que foi usado como fator de emagrecimento por meio do desacoplamento da fosforilação oxidativa. - Isquemia: diminuição ou falta de suprimento sanguíneo para um órgão ou região orgânica. Juliana Vieira Queiroz Almeida 8 - Hipóxia: na anemia, em quadros de insuficiência respiratória, há a diminuição da oxigenação, mas não há isquemia. Há fármacos que levam a tal. - Aceptores de elétrons: NAD+, FAD+, tetracloreto de carbono. Inibidores Inibindo a chegada de oxigênio à cadeia transportadora Agentes que causam paralisia respiratória Depressores do SNC Agentes convulsivantes Agentes que causam isquemia Alcalóides do ergol Cocaína Agentes que inibem o transporte de oxigênio pela hemoglobina Monóxido de carbono Agentes meta- hemoglobinizantes Inibindo o transporte de elétrons Aceptores de elétrons Tetracloreto de carbono Doxorrubicina Compostos que inibam as proteínas da cadeia respiratória Rotenona Antimicina Cianeto e Monóxido de Carbono Inibindo a fosforilação do ADP Os inibidores da ATP-sintase Oligomicina DDT Clordecona Agentes desacopladores da fosforilação oxidativa Fungicida pentaclorofenol Vários herbicidas Dinitrofenol Amiodarona Além da tumefação celular (expansão iso-osmótica da célula), há a perda das microvilosidades e da borda em escova e há a figura de mielina – interpolação de água na bicamada lipídica –. - Como consequência há a diminuição do pH que tende a acidofilia citoplasmática (o citoesqueleto apresenta um aspecto rendilhado) e o desacoplamento dos ribossomos, diminuindo a síntese proteica e havendo o acúmulo de lipídeos. - Achados morfopatológicos: # Macroscópicos; perda de brilho, órgão aumentado de volume e peso, células salientes na superfície do corte (após corte o parênquima sobrepõe-se à cápsula – coloração é mais pálida –, pouco sangue ao corte. # Histopatológicos ou microscopicamente: cordões de hepatócitos, núcleo central (pode estar deslocado para a periferia, compressão dos capilares entre as células, aspecto tumefeito, rendilhado; citoplasma com aspecto difuso e acidófilo com formação de vácuolos – degeneração baloniforme –. Pode se ver acantose. - Edema citotóxico isquemia hipóxia menor produção de ATP CTE tem seu metabolismo diminuído aumento do Na+ Juliana Vieira Queiroz Almeida 9 intracelular aumento da concentração de H2O edema . - Há também o vasogênio e o intersticial. Degeneração hialina – proteína Hialina é um tempo para descrever uma substância de natureza eosinofílica, acidófila, proteica, vítra (parece um vidro), translúcida quando não corada, homogênea, acelular. Pode ser usada como substância albuminoide translúcida. Nas celulares, também há os corpúsculos e alterações do metabolismo celular. Usa o termo conjuntivo: - O termo certo é transformação do interstício ou amiloidose – acúmulo de uma proteína, geralmente derivado de monômeros insolúveis resistentes a proteólise, fora da célula –, não degeneração conjuntiva, pois, para ser uma degeneração, tem que ser dentro da célula. - Com origem em estruturas conjuntivas pode haver a hialinização da matriz extracelular, ou seja, uma quelóide – não é uma degeneração, não é dentro da célula –. - Corpúsculo de Mallory: # É o mais frequente em etilismo crõnico. # Fígado; material hialino, eosinofílico, flocular dentro dos hepatócitos. São agregados de citoqueratinas, pertencentres a um grupo de proteínas chamadas de filamentos intermediários resultante de lesão hepatocelular. # É uma precipitação do citoesqueleto principalmente da evolução da esteatose. # Pode reverter, dependendo do grau. - Corpúsculo de Russell: # Gotículas hialínicas constituídas por proteína secretada no caso, imunoglobulinas. Achando comum em infecções crônicas de longa duração. São homogêneos e eosionofílicos. # Imagem a direita. - Corpúsculos de inclusão viral ou de Negri: # Acúmulo de nucleoproteínas virais e/ou produtos da reação à infecção viral no citoplasma ou no núcleo; no interior de corpos neuronais (Negri – raiva – e Lentz – cinomose –). # Reação ao capsídeo viral. - Corpúsculo de Henderson-Petterson: # Há o molusco contagioso: invasividade local que infecta queratinócitos. POX vírus. # Imagem ao lado mais a esquerda. - Corpúsculo de Councilman-Rocha Lima: # Corpos apoptóticos hepatocelulares principalmente nas hepatites virais. # Não é reversível. # Há retração do volume da célula e parece que ela está “condensada”. # Imagem a direita. - Leva a hiperproteinúria: há o surgimento de várias gotículas hialinas dentro das células. # Ocorre principalmente em doenças renais onde o glomérulo permitirá a passagem de proteínas que serão pinocitadas. Juliana Vieira Queiroz Almeida 10 # É comum no intestino delgado de recém-nascidos por absorção proteica – colostro –. - Pode haver a degeneração hialino-goticular por uma grande absorção, de modo que a célula fica momentaneamente com sua função comprometida. É reversível. Alteração na conformação quartenária da proteína deficiência da alfa-1-antitripsina (glicoproteína). - O acúmulo desta proteína no hepatócito. - As mudanças conformacionais oriundas dessa mutação predispõem as moléculas a sofrerem um processo de polimerização, irreversível, com consequente acúmulos de polímeros nos hepatócitos. - Serino-protease inibe a ação da elastase, colagenase – produzidas em um processo inflamatório – e neutrofilia. - Indivíduos com a deficiência dessas tem maior possibilidade de ter enfisema pulmonar elastina em falta, leva a danos. - Enfisema é uma condição crônica causada pela deficiência da enzima alfa-1-antitripsina alvéolos perdem capacidade de se expandir e contrair respiração curta (ar não entra nos pulmões). Degeneração mucóide - Hiperprodução de muco células mucípara glicoproteína (mucina) trato digestório e respiratório pode levar a morte celular. - Adenoma e carcinomas. - Macroscópica: aspecto gelatinoso a superfície. - Microscópica: semelhante a glicogenose (acúmulo de glicogênio). - Diferenciação pela PAS amilase: amilase é adicionada pois digere carboidratos, se for adicionada e em seguida adicionar corante, se o teste histológico corar, quer dizer que é glicoproteína. Se não somente carboidrato. Esteatose e lipidoses Aumento do aporte de ácidos graxos para o fígado por ingestão aumentada, síntese no fígado ou lipólise excesso de acetil-CoA. - Pode ocorrer pela diminuição da B-oxidação, ingestão abusiva de etanol, carência de fatores nitrogenadas e ATP, deficiência na síntese de apoproteínas (Apo B100), alterações da função do citoesqueleto ou produção de substância hepatotóxicas. Lipoproteína: macromolécular especializadas em transporte de lipídeos. - HDL, LDL, IDL, VLDL, QM possuem diferentes quantidade de proteínas, lipídeos e apoproteínas, local de síntese e função. - VLDL: sua síntese ocorre por meio de QM remanescentes, pela lipólise aumentada, quando há intermediários como o acetato-acetil-CoA, todos pelo ciclo endógeno. Enterócito, ciclo endógeno: Juliana Vieira Queiroz Almeida 11 - Enterócito: absorve o ácido graxo e glicerol. - HDL: retira colesterol não esterificação, ouseja, o álcool, do tecido periférico, podendo doar estér – álcool + ácido – de colesterol para o quilomícron. - ApoA1: sintetizada ou no intestino ou no fígado. - Reesterificação: Triacilglicerois lipases pancreáticas; ácidos biliares. monoglicerídeos; ácido graxo; glicerol dentro do hepatócito proteína microssomal transferidora de TAG – triacilglicerol – (PMT) reesterificação ApoB48 saí do hepatócito quilomícron nascente (hormônios, síntese de hormônios) é eliminado pelos ductos quilíferos ducto torácico plasma Quilomícron é ativado pelo HDL (transfere a ApoE – receptor hepático – e a ApoCII – cofator importante para ativação da lipase – e recebe TAG do quilomícron) quilomícron maduro. - O HDL ativador recebe ApoCII do QM remanescente pela ação da LCAT – Licitina colesterol acil transferase – para reesterificar colesterol não esterificados. QM maduro “perde” ácido graxo + glicerol para o endotélio/tecido adiposo (maior km – acumulação)/tecido muscular (menor km) sendo que a lipase lipoproteica forma QM remanescente fígado fim do ciclo exógeno lipase hepática PMT ApoB100 do VLDL Ácido graxo + glicerol IDL. Na imagem se vê o que ocorre após a ingestão de um alimento rico em lipídeos produção de quilomícrons pela mucosa intestinal que recepcionam e englobam os TGL da dieta possibilita a absorção dos lipídios via linfática (os Quilomícrons não ingressam nos capilares sanguíneos por serem muito grande) não seguem a circulação porta-hepática, cujo primeiro destino é o fígado podem primeiro suprir as necessidades de armazenamento dos adipócito linfa Ducto Torácico (vaso linfático que, normalmente, desemboca na altura da anastomose entre as veias Julgular Interna Esquerda e Axilar Esquerda) átrio direto do coração, juntamente com o sangue Quilomícrons entram em contato com o HDL sanguíneo (transfere duas apoproteínas essenciais para a liberação de seus triglicerídeos nos adipócitos, as Apo-C2 e Apo-E) Apo-C2 aciona a enzima Lipoproteína Lípase (LPL) hidrolisa os TGL em glicerol e ácidos graxos livres, subjacentemente ao tecido adiposo os capturam e os restaura em triglicerídeos para armazenagem (o mesmo ocorre com o VLDL, também possuidor de Apo-C2). Juliana Vieira Queiroz Almeida 12 Quilomícrons com baixo conteúdo de triglicerídeos (Quilomícrons Remanescentes) absorção pelos hepatócitos metabolizam os conteúdos restantes de lipídios (identificação pelo fígado pelo reconhecimento da Apo-B48 pelas células hepáticas, que o capturam assim que a identificação se estabelece; Apo-E tem a mesma função). O principal lipídio metabolizado pelos hepatócitos nessa fase é o colesterol proveniente da dieta, que tem como principais destinos: a excreção como ácido biliar ou como colesterol livre na bile, ajudando na emulsificação de lipídios ingeridos, durante o processo de digestão o colesterol proveniente da dieta pouquíssimo altera os padrões de colesterolemia sangüínea, dado que praticamente todo aquele absorvido permanece na composição dos Quilomícrons Remanescentes, secretados na bile. Por isso, diz- se que os padrões de hipercolesterolemia não advêm do consumo direto de colesterol da dieta, mas sim do processamento endógeno de outros lipídios consumidos e, no fígado, transformados em colesterol e secretados para a corrente sangüínea. No fígado, ocorre a produção de colesterol e de triglicerídeos sempre que há um aumento considerável da concentração de Acetil-CoA (tanto o consumo exagerado de lipídios como o de açúcares é maléfico para quem tem grande tendência à hipercolesterolemia, já que ambos originam Acetil-CoA em transformações metabólicas). Os lipídios endógenos produzidos (colesterol e TGL) são lançados à corrente sanguínea pela lipoproteína VLDL, possuidora da Apo-B100, além de outras VLDL recebe do HDL as Apo-C2 e Apo-E há o mesmo reconhecimento com os adipócitos ativação da Lipoproteína Lípase novo armazenamento de TGL no adipócito, permanecendo o VLDL com o colesterol sem TGL na composição de VLDL diminuição de lipídios nessa estrutura, ela perde tamanho e fica mais densa IDL também chamados de VLDL Remanescentes devolvem ao HDL as Apo-C2 e Apo-E (não há mais TGL para entregar, dessa forma, o HDL poderá doar novamente para outro VLDL essas apoproteínas, reiniciando o ciclo) e o IDL recebe do HDL ésteres de colesterol aumenta seu conteúdo de lipídio LDL (derivado do IDL, logo possuidor de Apo-B100 e muito colesterol (hormônios sexuais e suprarrenais). são recolhidos pelo fígado por possuírem Apo-E (sinal de “alvo de captura”) A existência de um receptor para a Apo-B100 no glicocálix das células das gônadas e suprarrenal é fundamental para que no momento de encaixe Apo-B100/receptor, haja a internalização do complexo receptor/lipoproteína. Se essas células não estiverem precisando de suprimento de colesterol, ela retira o receptor da membrana, havendo acúmulo de LDL no plasma sanguíneo (embora o fígado também reconheça a Apo-B100) à aumenta-se a deposição de LDL na parede dos vasos, podendo gerar doenças cardiovasculares graves. Como se vê, o HDL é importantíssimo para a manutenção da homeostase dessa dinâmica de trânsito lipídico, além da captura do colesterol livre presente em sua composição, podendo esterificá-lo por meio de uma enzima denominada Lecitina Colesterol-Acil-Transferase (LCAT - lê-se licat) e incorporar esses ésteres. Depois, como mostrado acima, ele transfere estes ésteres para VLDL circulantes (não depositados em paredes vasculares), transformando-o em LDL, o que favorece o consumo desse excesso pelo Fígado e pelas células das Supra-Renais e das Gônadas, no momento em que houver necessidade. O HDL ainda pode ser captado pelo Fígado e ter seu colesterol excretado na forma de ácidos biliares e colesterol livre na bile, a exemplo do que ocorre com o colesterol presente em Quilomícrons. É por tudo isso que o HDL é vulgarmente e incorretamente chamado de “colesterol” bom. Mas, de fato, corresponde em um excelente agente do feedback lipídico sangüíneo. E, por último, como ainda não foi dito, o HDL é produzido unicamente pelo fígado e possui sua concentração consideravelmente elevada em indivíduos com hábitos saudáveis e que ingerem regularmente os chamados lipídios insaturados, presentes, por exemplo, no azeite extra virgem. Esteatose Acúmulo anormal e reversível de gorduras neutras – mono, di e triglicerídeos – no citoplasma de células que normalmente não as armazenam. - Somente o tecido adiposo não tem esteatose. - Ocorre quando há uma alteração de uma proteína microssomal, como a PMT – afeta o citoesqueleto corpúsculo de Mallory-denk, nos quadros mais avançados –. # Síndrome Metabólica (hiperinsulinemia que gera lipogênese, principalmente hepática), excesso de acetil-CoA e acetato, indivíduos etilistas crônicos (geração de acetato que forma acetil-CoA), desnutrição – Juliana Vieira Queiroz Almeida 13 afeta a apo proteína –, diabetes, hipertriacelglicerolemia ou hipercolesterolemia – ligado a ApoE1, E2 (maior dificuldade de tirar a molécula de circulação), 3, 4 (Alzheimer), deficiência de Apo CII, de Lipase lipoproteica (LPL) –, hepatite, aumento do aporte de ácidos graxos para o fígado. Hipertensão arterial como consequência e amplificadora. - Doença Hepática Gordurosa Alcóolica (DHGA): # Brasil acima da médica mundial de ingestão de álcool. # Para homens, o consumo de 140g/semana já é visto como etilismo crônico. Para mulheres, de 70 a 80g/semana. # Fígado normal esteatose cirrose (20 a 25 anos) carcinoma hepatocelular (25 a 35 anos). hepatite alcóolica. Fatores associados ao metabolismo do etanol: concentração de álcool, tipo de bebida, gênero, etnia, genética, comorbidades. - O etanol por si só muda a permeabilidade intestinal.# O estrógeno por si só já gera o aumento da permeabilidade intestinal maior quantidade de LPS ativando células de Kupffer (levam a produção de citocina inflamatórias). A mulher é mais susceptível aos danos pela menor eficiência da alfa-desidrogenase, maior quantidade de tecido adiposo # LPS (lipopolissacarídeos) bacteriano ativa as células de Kupffer IL-1 e IL-6 (inflamação) células de Ito ou célula estrelada mudança de fenótipo das células mioepiteliais se tornam sintetizadoras de colágeno/fibrose pode gerar cirrose. - O etanol no fígado tem 3 possibilidades de oxidação inicial, pelo álcool desidrogenase presente no citosol (80% da oxidação inicial da molécula), (5%) pela catalase e (15%) pelo MEOS – microssomal quer dizer retículo endoplasmático –. # Quando há formação de NADH há a geração de um estresse oxidativo. CATALASE Etanol ÁLCOOL DESIDROGENASE Acetaldeído ALDEÍDO DESIDROGENASE Acetato COENZIMA A Acetil Co-A NAD+ NADH NAD+ NADH Sistema microssomal de oxidação do etano (MEOS) Melonil-CoA A.G. - Acetaldeído: formação de adutos (ligações covalente) com as proteínas do citoesqueleto corpúsculos de Mallory. - Glutationa: espécies reativas do oxigênio – hidroxilas (OH-) ânion superóxido –. - Na catalase o H2O2 H2O. - NAD+/NADH = diminuição da relação diminuição da Beta-oxidação e da gliconeogênese. Gera um estresse oxidativo. - Etanol é parcialmente oxidado no estômago. No fígado há 3 vias importante, uma no citosol, outra no retículo e outra no peroxissomo. Independente do local, há a formação de cetaldeído, altamente danoso a célula por forma adutos, que pode potencializa neoplasias por sua ação. # No citosol sua ação é mais exagerada. Há o aumento da ração NADH/NAD+ diminui a beta oxidação e a gliconeogênese. # A formação do acetato atinge a circulação e forma corpos cetônicos, ou vira acetil-CoA. # Forma espécies reativas de oxigênio. - A capacidade de oxidação do etanol é relacionada as isoenzimas codificadas por alelos ADH2*2 (predominante entre japoneses e chineses e leva a perda da função da enzima) e ADH3*1 que apresentam uma maior atividade enzimática, oxidando o etanol de forma rápida, originando níveis elevados de acetaldeído. # O gene ADH2*1 é mais comum em caucasianos e afro-americanos. Juliana Vieira Queiroz Almeida 14 - Na imagem ao lado vemos a um vacúolo redondo em um caso de esteatose alcóolica onde pode se observar focos de congestão. Doença hepática gordurosa não alcoólica Síndrome metabólica - Deve ter pelo menos 3/5 síndrome. - Mostra predisposição para aterosclerose, esteatose e demais alterações gordurosas e trombose. - Obesidade central # Circunferência abdominal (gênero e etnia): já foi utilizado a ração entre cintura e quadril, atualmente se olha mais o índice antropométrico. Menor em homens e caucasianos. - Hipertensão arterial crônica # Valores pressóricos maiores que 130.85mmHg. # A gordura visceral produz muitas citosinas, produz angiotensinogênios, entre outros, que levam ao aumento da pressão arterial. - Glicemia em jejum alterada # Quando maior que 100mg/dl e menor que 126mg/dl. Não diabético. - Dislipidemia # Hipertrigliceridemia: maior que 150mg/dl. # Baixa de HDL-c (séric0): varia para o gênero. Tipos de gordura: - Amarelo # Tecido adiposo visceral: sobrecarrega os órgãos, pois o adipócito apresenta menor sensibilidade à insulina taxa de lipólise maior em comparação ao tecido subcutâneo maior liberação de ácidos graxos livres tecido produz TNF-alfa, IL-1, 1L-6, MCP-1 (que é atraente a macrófagos) criação de um ambiente de inflamação alteração do receptor de insulina no adipócito quadro de resistência a insulina no tecido adiposo maior liberação de A.G. livres sistema porta no fígado A.G. é esterificado para colesterol, fosfolipídios de membrana, beta oxidação entre outros, o que é normal. Mas se há hiperinsulinemia e grande porte de A.G. no fígado lipogênese hapática diminuição da síntese de APO B-100 e de PMT, diminuição da beta oxidação e maior transcrição de elementos que inibem a lipogênese; inicia-se a produção e estímulo a SREBP, PPARδ estimulasse a síntese de A.G. local. Quanto maior a quantidade de T.A. visceral, há maior quantidade de lipídeos presentes no fígado. É uma célula maior que o T.A. subcutâneo e produz mais citocinas. # Subcutânea # Inguinal (gordura bege, pois tem ação termogênica). - Marrom: região cervical, regiões de calor; mais em crianças. Achados - Macroscópicos: Friável – consistência diminuída – ao toque, com aumento de volume, peso, aspecto amarelo, bordas arredondadas, untuoso ao toque – igual uma manteiga; gordura emulsificado na faca do corte, quando é fígado –. # No coração: listas amarelas, com fibras musculares com a presença da gordura dentro dele. - Microscopia: em anel de cinete (núcleo ao lado; aspecto macro vesicular), vesícula de gordura no interior da célula (micro), células balonizadas, com calcificação do esqueleto. - Pode se ver vários quadros associadas: rendilhado, gordurosa, com região condensada; imagem ao lado. # Quadro de esteatose hepatite: tricômio de Masson para identificação de colágeno. Juliana Vieira Queiroz Almeida 15 Coloração especial: Sudam II (vermelho) ou IV (negro) ou óleo vermelho O marcam exatamente a gordura. Ácino de Rappaport: possui regiões. - O ácino é uma região triangular do hepatócito. - Região 3, 2, 1. # Região 3: menos oxigenada, havendo menor síntese proteica geralmente a esteatose ocorre nela; é a região mais central. Fígado em noz noscada: em quadro de insuficiência cardíaca associada, onde há maior sangue acumulado. Havendo um aspecto mais avermelhado, perante a v. centro lobular. Arteriosclerose Definição: Termo genérico para descrever situações de endurecimento de artérias. Aterosclerose: lesão intimal – túnica íntima de forma exclusiva – de artérias de grande e médio calibre, que apresenta o acúmulo de lipídeos (lipoproteínas da família Apo B – principalmente de LDL, sendo essa lesão chamada de lipidose, por se trata de colesterol e ésteres – e remanescentes Apo E – quilomícrons –), elementos dos sangue, matriz extracelular sendo sintetizados e células inflamatórias. - Há uma sequência para que as lesões ocorram. - Aterosclerose é uma resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão endotelial. - Pode ser reversível até a lesão do tipo II, pois não está estabilizada e não há acumulo de lipídio no meio extracelular. - Lesão tipo I # Não há uma visão macroscópica ainda. # Visão microscópica: presença de macrófagos xantomizados ou células espumosas na túnica íntima. # O receptor Scavenger não é regulado, de forma que ele tirar o LDL da superfície de forma exponencial. Quando o LDL se encontra oxidado, ele é considerado uma molécula imunogênica, sendo uma molécula inflamatória. # Ocorre nas principais sedes: coronárias, aorta infrarrenal, carótida, artéria cerebral média e anterior, ilíaca, femoral, poplítea e polígono de Wills. # A lesão tipo I e tipo II ocorrem em menos de 10 anos. - Lesão tipo II # Visão macroscópica – estriais lipídicas –: lesões amareladas, plana, não coalescente – não se uniu ainda, é focal –, dispostas ao longo do eixo do vaso e próximas à óstios vasculares – onde há turbilhamento maior do sangue –, excêntricas – de modo que ela não é ao redor de todos o vaso –. - Lesão tipo III # Mais de uma estria, porém não chega a ser do tipo IV. É mais extensa que a do tipo II. # Placa pré-ateromatosa. # Lesão em poucos milímetros. - Lesão tipo IV # Imagem ao lado: observar túnica íntima. Se sabe que é uma a. muscular pela túnica média.# Placa ateromatosa. # Macro: lesões amareladas, coalescentes – se une, formando uma única lesão disposta ao longo do eixo do vaso –, excêntricas – crescem em direção a luz do vaso, diminuindo essa –, irregulares. # Composta por matriz extracelular – tec. conjuntivo Juliana Vieira Queiroz Almeida 16 estimulado pela migração da túnica média para a íntima e fibras que são estimuladas e se tornam células produtoras de fibroblasto –, cristais de colesterol – colesterol extracelular, quando há deposição deste no interstício pois os macrófagos não dão conta –. # Precisa-se entender que o endotélio é pavimentoso, de modo que a célula é bastante coesa, pois não tem como função a entrada de material plasmático. A disfunção endotelial altera a morfologia da célula, de modo que ela se torna globosa e permite que elementos entrem nessa túnica íntima. Na área já há necrose. # Pode-se haver índice normal de colesterol e ter placas grandes de ateroma. Há outros fatores como diabetes, hipertensão, tabagismo – lesão endotelial direta (gera morte celular direta), menor produção de óxido nítrico sintase endotelial (o óxido nítrico é um potente anti-agregador plaquetário, vasodilatador) que possibilita maior estresse oxidativo e reação inflamatória –, agentes infecciosos, entre outros. Não é necessário ter hipercolesterolemia, de modo que é errado relacionar sempre com a alta de colesterol. - Lesão tipo V ou placa fibroateromatosa # Há mais tecido conjuntivo, havendo menos inflamação, sendo uma placa mais estável. - Lesão tipo IV ou placa complicada # Não é necessário passar pela de tipo V para chegar a ela. # Há um processo inflamatório mais intenso, sendo menos estável e mais sujeita a alterações. # Complicações: Se há estenose isquemia e infarto. Trombose (área de erosão confirmam trombose) embolia. Ateroembolo (embolo por rompimento da placa – principal área de rompimento do vaso, é a região do ombro, que é a área onde se encontra a parte menos elevada, excêntrica da placa) com certeza haveria trombose. Aneurisma. Hemorragia intraplaca. OBS: Ao se falar de trombose deve-se falar do fluxo sanguíneo, calculado por Q (fluxo) = (Δpπr4) / 8L (comprimento) n (viscosidade). Mediosclerose ou Esclerose de Monkeberg: calcificação da túnica médica; não gera grandes transtornos ao indivíduo. Principalmente de artérias uterinas em mulheres mais velhas. Arteriolosclerose: - Em arteríolas, podendo ser hialina ou hiperplásica. - Hialina: lipohialinose vista mais em casos de diabetes. # Há produção de proteínas e lipídeos. - Hiperplásica: visto principalmente em quadros HAS maligna, levando ao agravo do caso. # Produção em maior quantidade de tec. m. liso, com aspecto de cebola. Lesão miointimal ou proliferação miointimal - Não associada a presença de aterosclerose. - A proliferação é uma reação à presença de Stents, que estendem a luz do vaso, ou em artérias de médio calibre após transplantes de órgãos. Hiper-homocisteína: é a cisteína metilada que, além de poder ter uma alteração enzimática, pode estar relacionada a uma hipervitaminose B – sendo a B9 a mais importante para remetilar a molécula –. - Homociteíns auto-oxidade + espécie de oxogênio altamente reativas aterogênese e trombogênese. Sudam II (vermelho) ou IV (negro) ou óleo vermelho também podem ser usados nesse caso. Xantomas gigantes: em tendões extensores em articulações metacarpofalangianas e paletas. - Costuma ocorrer pela alta de LDL e baixa de HDL, em casos de dislipidemia. - Há a presença de macrófagos xantomizados (célula grande, nebulosa, com aspecto de espuma) que deixam o citoplasma com aspecto mais retilíneo. - Xantelasmas quando for na derme o acúmulo, principalmente na pálpebra. Juliana Vieira Queiroz Almeida 17 Doença de Tangier - Onde há o acúmulo de colesterol em tecidos periféricos e deficiência severa de HSL, onde o LDL não é retirado por essa baixa de HDL. Glicogenoses Glicogenoses: as afecções decorrentes de erro metabólico hereditário que resulta em: anormalidade na concentração e/ou da estrutura do glicogênio em qualquer tecido do organismo. - Uma alteração em uma das enzimas do tecido muscular pode levar a câimbra, mioglobinemia e mioglobinúria. Uma alteração lisossomal, pode levar a uma alteração lipossômica. Glicogenólise: fosforólise glicose 1P (é liberada quando há a quebra do glicogênio). Glicosidase α1 6. Ligações glicosídicas: alfa1-4 e alfa1-6. Dextrama necessita da “Oligo (α1 4) (α1 4) glicantransferase (4:4 transferase)” para ser translocada e liberar a alfa1-6. Na doença de McArdle há o desgaste, com perda de mioglobina na urina, havendo uma alteração muscular, não sistêmica (hipoglicemia, por exemplo). Doença de VonGierke - Afeta o fígado, rins e intestino. Leva a hipoglicemia sendo o glucagon um hormônio atuante no momento. Pode levar a doença renal progressiva, sendo uma lesão rica em acometimentos na via metabólica. - Gota, hepatomegalia (não só pelo glicogênio, mas pela esteatose). - Na disfunção da glicose 6Pase, há o aumento da glicose 6P na via. # Glicose 6P inibe a 6P desidrogenase aumento do piruvato aumento do ácido lático acidose metabólica. há hipoglicemia aumento do glucagon aumento da lipólise aumento dos ácidos graxos livres Krebs aumenta produção de corpos cetônicos. Além disso há o aumento do citrato ácido graxo + glicerol 3P esteatose. via das pentoses fosfato formação de ribose 5P aumento da síntese de purinas adenina e guanida aumenta a síntese de ácido úrico. Além disso há o uso da glicose para geração de ATP (metabolização) ADP AMP Adenosina Inosina Hipoxantina Ácido úrico quadro de gota. NADPH + H+ colesterol e ácidos graxos. Aumento do piruvato Acetil-CoA Krebs aumenta produção de corpos cetônicos. Além disso há o aumento do citrato ácido graxo + glicerol 3P esteatose. Glicose 1P Glicogênio. A glicogenose tem um núcleo mais corado que a degeneração hidrópica, sendo o ideal corar em PAS, vendo a natureza de carboidratos no interior na célula, pois ambas têm aspecto rendilhado, mas a glicogenose tem aspecto acidófila nas bordas (aspecto vegetal). 90% da glicose α1 4 Dextrama limite α1 6 glicose livre Maltase ácida ou doença de Rampe: é uma doença lisossomal de acúmulo, na qual uma enzima lisossomal tira pequenas quantidades de glicose da molécula cardiopatia. https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjWwu6r257dAhXFkZAKHWkGBhkQjRx6BAgBEAU&url=https://www.ufrgs.br/patologiageral/degeneracao-hidropica/&psig=AOvVaw1rudrzAC3JvAtMVcGftf8V&ust=1536059939095777 Juliana Vieira Queiroz Almeida 18 Doença lipossômica mucopolissacaridose (de glicosaminoglicanos) Exemplos: dermatan sulfato, queratan sulfato, sulfator condroitina, heparina, heparan-sulfato. Conceito: Doença metabólicas hereditária, resultante de erros inatos do metabolismo que levam ao mal funcionamento celular. - A deficiência de lisossomos resulta no acúmulo progressivo de macromoléculas na célula. - É uma alteração em enzimas presentes no lisossomo, como a doença de Pomp. A mucopolissacaridose leva a deficiência ou falta de enzima que digerem substâncias chamadas de glicosaminoglicanos (GAGs). Tem como consequência a excreção urinária aumentada destas substâncias parcialmente degradas.- Tende a gerar organomegalias, pois altera a capacidade de metabolismo em várias células em vários lugares diferentes. - A perda do material na urina pode ser usada para caracterizar os tipos de mucopolissacaridose. # Feito pela eletroforese em gel em que se separa moléculas que envolve a migração de partículas em um determinado gel durante a aplicação da diferença de potencial moléculas separadas de acordo com o tamanho (as de menor massa migram mais rapidamente que as de maior massa). - Alterações sistêmicas envolvem mão em garra, lábios grossos e língua com volume aumentado, altura abaixo do normal, hérnia umbilical, contratura das articulações, opacidade córnea. Morte celular Alterações post-mordem: alterações observadas e que não tenha ocorrida no indivíduo vivo. Classificação de Bori: são caracterizadas por fenômenos abióticos - Abióticos: podem ser imediatos ou consecutivo, sendo a morte tronco-encefálica um importante classificado como imediato. # Imediatos: Cessação circulatória, cessação respiratória, perda do tônus muscular, perda da sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa), imobilidade. Morte tronco-encefálica abertura de protocolo. Abertura do protocolo de Morte Tronco-encefálica Indivíduo, para ser doador, deve estar normotenso; normovolêmico e normotérmico. Exames clínicos (2 exames): indivíduos com 7 dias a 2 meses de idade – intervalo entre exames de 24h; 2 meses a 2 anos – 6h; a mais de 2 anos – 1h. Antigamente era de 7 dias a 2 meses 48h, 2 meses a 1 ano 24h, 1 ano a 2 anos de 12h e maior de dois anos de 6h. - Avaliação do coma irresponsivo # Deve-se observar a ausência da reação de retirada à dor teste feito com a compressão bilateral do nervo supraorbital, articulação timparo-mandibular e leito inguinal (espátula). - Teste da apneia # Retira-se a cânula do aparelho e observa-se incursão respiratória (deve ser negativo). - Avaliação dos reflexos dos pares cranianos. # Caso aja agenesia – ausência de um deles –, hoje não é empecilho para continuar o teste, antigamente era. # Reflexo pupilar (pares II e III): promover um estímulo luminoso sobre a pupila (30 segundos). Pupilas médio-fixas ou midriáticas significa reflexo negativo. # Reflexo córneo-palpebral (via aferente ramo oftálmico do IV par craniano e via eferente VII par craniano): promover um toque delicado sobre a córnea (auxílio de uma gaze ou instilando 1 gota de soro fisiológico). Ausência do reflexo de “piscar” significa reflexo negativo. # Reflexo óculo-cefálico (pares III, IV, VI, VIII): promover uma rotação da cabeça no sentido horizontal e vertical (mantendo o globo ocular aberto). Ausência, ao movimentar a cabeça do indivíduo, de movimento do globo significa reflexo negativo. http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiKlN6B057dAhXtt1kKHfMPAhcQjRx6BAgBEAU&url=http://tudoqueseprecisasabersobremps.blogspot.com/2014/04/&psig=AOvVaw0f0UM2KXxQlJHEHtHIxoOK&ust=1536057705538939 Juliana Vieira Queiroz Almeida 19 # Consecutivos: Rigor mortis, Livor mortis, Algor mortis TRÍADE DA MORTE, coagulação do sangue, evaporação tegumentar, embebição pela hemoglobina, embebição biliar. Rigor mortis ou rigidez cadavérica: há 3 fases, a de pré-rigor (momento ainda de flacidez muscular devido a quantidade de glicogênio presente no músculo), a de rigor (diminuição do nível de glicose da área e aumento da quantidade de cálcio que leva a contração) e a de pós-rigor (proteólise da fibra muscular e degradação do tecido, indivíduo entra novamente em flacidez). A rigidez tem sentido crânio-caudal e dos maiores músculos para os menores, sendo assim a cronatologia tem início na cabeça e pescoço, seguido por tórax e abdôme, MMSS e MMII. Pele anserina contração dos mm. piloeretores, de modo que falam que “o cabelo cresce”. x As alterações que determinam o Rigor mortis pode ser esquematizadas da seguinte forma: morte (1º fase, pré-rigor) ausência de circulação diminuição do oxigênio flacidez da musculatura aumento da glicólise anaeróbica/produção de ATP (aumento do ácido lático que leva a redução do pH) diminuição do glicogênio que leva a queda do ATP exaustão do ATP que deixam a actina e a miosina unidas (2º fase, rigor) destruição das miofibrilas (há enzimas que agem nessas) flacidez muscular pós-rigor (3ª fase). Livor mortis ou hipóstase cadavérica ou lividices: caracteriza-se pelo acúmulo de sangue nas partes mais declivosas do corpo pela ação da gravidade, que se encontra inerte por ausência de circulação de acordo com a posição do cadáver. Assim pode ser observar o posicionamento no momento de óbito, sendo geralmente vinhosa, rosa – se mudar a cor, pode-se suspeitar de morte por intoxicação por monóxido de carbono, em caso de aspecto mais cereja da pele, entre outros –. Após 8h há a fixação da lividiase; mas não há um tempo de fixação ou de surgimento exato dessa; sabe-se que se inicia em alguns minutos e se fixa com horas. Lividiase X equimose (padrão de sangramento, coleção de sangue, frente a um processo hemorrágico; padrões macroscópicos hemorrágicos; antes da morte ou ante-mortem; não pode ser caracterizado como hematoma): deve-se observar, para diferenciar, o local de formação, migração, compressão digital, intensidade da cor pela causa mortis, em casos de incisão e na infiltração. Algor mortis ou frialdade cadavérica: é igualar a temperatura do corpo com a do ambiente; sabe-se que nas primeiras 3 horas tende a cair meio grau por hora e, posteriormente, um grau por hora; não é tão simples assim. O panículo adiposo dificulta o decaimento da temperatura; quando se pensa na circulação do ar, quanto maior a circulação, mais rápido o decaimento; líquidos ajudam (sem levar em conta a temperatura deste); e a temperatura ambiente influencia diretamente. Além disso, pode-se pensar na massa corporal e superfície de contato (varia com a idade), a quantidade de roupa e tecido. - Indivíduos, para serem doadores, não podem ter neoplasia, HTLV I ou II, sepse não controlada. # Reflexo vestíbulo-calórico (VIII) – intervalo de 5 minutos e cabeça em 30º –: instilar 50ml de soro fisiológico gelado no conduto auditivo. Ausência de nistagmo significa reflexo negativo. As membranas timpânicas devem estar integras. # Reflexo de tosse (pares IX e X): promover um toque delicado com o auxílio de um tubo orotraqueal na carina traqueal. Ausência do reflexo de tosse significa reflexo negativo. Deve ser feito 2 vezes e o intervalo depende da idade (com intervalo que depende da idade). Exames complementares: - Teste clínico de apneia. - Sangue arterial: paCO2≥55mgHg e ausência de incursão respiratória. - Eletroencefalograma (mede atividade elétrica e negatividade isoelétrica). - Arteriografia; doppler (fluxo). https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj3iOPt4Z7dAhVJhJAKHemoA4UQjRx6BAgBEAU&url=https://slideplayer.com.br/slide/5634703/&psig=AOvVaw3BzrXAPccUzkabo4nlek3F&ust=1536061690189996 Juliana Vieira Queiroz Almeida 20 - Bióticos: pode ser destrutivo ou conservador. # Destrutivos: autólise (destruição de um tecido por enzimas proteolíticas advindas de lisossomos rompidos – do próprio tecido – havendo perda de limites celulares, diminuição da afinidade tintorial e ausência de reações inflamatória e a presença de hemólise), putrefação (ação de enzimas proteolíticas de MOs saprófitas), maceração (desprendimento das mucosas, principalmente as gástricas), coliquação (destruição do parênquima, visto, principalmente, em órgãos sólidos). # Conservações: muitas vezes frente a ações externas, como a mumificação, corificação, saponificação/adipocira (tecido adiposo em contato com agentes saponificantes) e petrificação. Necrose: morte celular (oncose), seguida de autólise, no indivíduo vivo (não ocorre no indivíduomorto – autólise sim). É um evento fisiológico de causa patológica (apoptose pode ser de causa fisiológica ou patológica). - Todo processo de necrose tem que gerar um processo inflamatório pois ativa receptores de resposta inata, como PAMPs e DAMPs (padrões de dano celular). - Há o aparecimento de características morfológicas como um núcleo mais acidófilo/eosinofílico, podendo ser classificado como picnose (condensação/retração da cromatina – diminuição do pH – aspecto mais denso e escuro), cariorexe (fragmentação da cromatina e do envoltório nuclear) e cariólise (digestão/lise da cromatina; se observa a ausência do núcleo) e o citoplasma mais eosinofílico (pela perda de ribossomos e ligantes). - O tempo para necrofamerose (variações citoplasmáticas e nucleares, como as citadas) varia com o tipo de tecido, temperatura, circunstâncias metabólicas e o método de observação empregado. # Primeiro se observa alterações subcelulares, em seguida alterações microscópicas, em cerca de 6 horas, e, por última, macroscópicas. - Nomenclatura das necroses: de acordo com causa e local (morfologia) # Necrose isquêmica ou de coagulação: causa como diminuição/falta de suprimento sanguíneo para um órgão ou região orgânica aumento do pH eosinofilia/acidofilia citoplasmática; e microscopicamente com aspecto gelificado ou coagulado das proteínas. É a mais frequente. Em processos de isquemia/obstrução de artérias em órgãos sólidos de circulação terminal – irrigados somente um vaso, há um quadro chamado de aspecto de cunha – macroscópico – uma área esbranquiçada, mais dura de forma piramidal; baço, rim, fígado e coração. Quando a obstrução for venosa, haverá um aspecto hemorrágico, independente do órgão. Caso a obstrução seja em órgãos com colaterais – ou órgãos frouxos – o aspecto será hemorrágico, independente se há coagulação pois há inundação do local; intestino. A parte branca é onde a artéria bloqueava, onde há desnaturação de enzimas, entre outros, nas imagens mais à direita. Já na imagem mais a esquerda se observa um aspecto hemorrágico. Em ambas se vê um halo hemorrágico, uma área reacional a isquemia, havendo a formação de uma “borda” em torno da área isquêmica ou hemorrágica. Achados morfopatológicos microscópicos: preservação da arquitetura/arcabouço celular, chamado de restos fantasmas (na imagem mais a esquerda é a região à direita), onde há a manutenção do tecido, com desnaturação de proteínas estruturais e enzimáticas, sendo que os leucócitos se http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjdqfq5857dAhWomOAKHWF6DhgQjRx6BAgBEAU&url=http://anatpat.unicamp.br/lamdegn22.html&psig=AOvVaw1jVQ35zf2vhFdz6ZgoK-8q&ust=1536066401442388 http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjdqfq5857dAhWomOAKHWF6DhgQjRx6BAgBEAU&url=http://anatpat.unicamp.br/lamdegn22.html&psig=AOvVaw1jVQ35zf2vhFdz6ZgoK-8q&ust=1536066401442388 Juliana Vieira Queiroz Almeida 21 direcionam para o fluxo de necrose a partir da periferia para a remoção das células mortas. Primeiro há a perda dos núcleos centrais células inflamatórias entre os miocardiócitos necróticos neutrófilos entre as células do tecido. Nas regiões próximas, caso seja um tecido cardíaco, visto na imagem ao lado, pode- se reparar células hipertrofiadas próximas a região de necrose – acidófila, mais corada –. Na imagem mais a esquerda ao lado se observa uma necrose hemorrágica do intestino. Na imagem mais à direita se vê no pulmão a área de necrose da parede alveolar, de modo que suas células se encontram mais acidófilas, pode ser observar células vermelhas no lúmen, por ter se tratar de uma necrose hemorrágica, macrófagos fagocitando a hemossiderina – por ser tratar de uma necrose hemorrágica – e partes necróticas. # Necrose liquefativa ou coliquativa: causa como perda do parênquima, aspecto liquefeito que ocorre em casos de isquemia (encéfalo, adrenais e tecido gástrico) ou em abcessos (padrão inflamatório com neutrófilos, proteases, elastases; membrana piogênica; ocorre em qualquer local, independente do órgão). Nessa não costuma haver perda completa e sim uma redução acentuada da circulação, suficiente para a “morte dos neurônios”, mas que não impede a chegada de células sanguíneas do local da lesão, havendo um rápido aparecimento de células fagocitárias removem em poucos dias o material necrótico. Se observa uma natureza lipídica do local. Há a presença de neurônios vermelhos, que é por uma acidofilia citoplasmática e picnose nuclear. Devido a natureza lipídica do local há uma área de edema, uma área de cavitação – mais clara –, uma inflamação perivascular e outras células, como macrófagos e microglia devido a rápida fagocitose da mielina ficam com um aspecto espumoso do citoplasma e passaram a ser chamadas de células grânulo-adiposas ou células de Gitter (24h). Por fim, astrócitos gemistocísticos (fibrose inicial, fibrilas gliais) e fibrosos (maior consistência das fibrilas) que geram substituição da área por proliferação citoplasmática – imagem ao lado –. Em ordem de maior para menor sensibilidade há hipóxia (o que engloba a isquemia) se encontram os: neurônios, os oligodendrócitos, astrócitos e a micróglia (mais resistente). No abscesso (inflamação purulenta circunscrita, com coleção de puz em uma cavidade neoformada e circundada por membrana piogênica; imagem ao lado) há um tecido de granulação (tecido conjuntivo, vv. sanguíneos, fibroblastos e colágeno), seguida por uma camada de piócitos (céls. PMN, como neutrófilos), e mais interiormente, o Debis celulares, ou pus, onde há muitos piócitos (neutrófilos necróticos) e fibrina. A liquefação, pus, é consequência dos Juliana Vieira Queiroz Almeida 22 neutrófilos e das hidrolases que eles liberaram. Pode haver calcificação distrófica (associada a área de morte celular) ou metastática (associada a hipercalcemia, não necessariamente a uma lesão anterior). # Necrose caseosa: caseum = aspecto de massa de queijo; ocorre em qualquer tecido; branco, friável, com aspecto nem sólido nem liquefeito, que se fragmenta facilmente; lembra uma ricota. O aspecto microscópico é de massa homogênea com perda dos detalhes estruturais, grânulos e acidófilo. A necrose pode ocorrer por um agente ou por um processo inflamatório, chamado de granuloma. A região caseosa, central, tem ácido micólico, e, por hipóxia sofreu apoptose. Há a ação de citocina, linfotoxinas como IFN-γ e TNF-α. O granuloma é um processo inflamatório organizado com presença de macrófagos e seus derivados (células epitelioides – macrófagos mais alongados em aspecto em paliçada –, células de Langhans – tem esse nome quando está localizada na periferia; gigantócitos; 30-40 núcleos – e Muller – células gigantes não organizadas –) e anéis de linfócitos. O padrão inflamatório é importante para ativação do macrófago para que ele possa produzir óxido nítrico e outros agentes e se tornar microbicida. A consequência desse processo é a caseificação da região central. Agentes infecciosos específicos: Mycobacterium tuberculosis (formação do granuloma – hipersensibilidade tardia ou do tipo IV – desencadeada por um processo inflamatório por linfócitos TCD4), Francisela tubarensis e Paracoccidioides braziliensis. Área de caseificação primária é chamada de nódulo de Ghon, e uma área linfonodal de necrose e caseificação, que junto a primeira, forma o complexo de Ghon (vistos na imagem à direita) complexo de Hank quando estiver calcificada. Uma das consequências é a produção de cápsulas de tecido conjuntivo, de forma que ele ganha uma cápsula fibrosa. Além disso, há a calcificação – processo mais comumente visto nesse tipo de mecrose. # Esteatonecrose: tecido adiposo; necrose gordurosa; tem a saponificação (reação do ácido graxo frente a ação da lipase, que junto ao cálcio forma umaconcreção cerácia – macroscopicamente chamado de pingo de vela); principal causa para o processo são pancreatites. Comum na pele, mama, retroperitônio e epiplon. Adipócitos com tamanho distinto, com aspecto de nuvem/“clouding”. Independente se foi por obstrução ductal, lesão direta ou ativação da própria célula, há a liberação de elastases, amilases, entre outros, dentro do ambiente pancreatite aguda. Etiopatogênese: lesões traumáticas, isquêmicas ou química podem levar à ruptura de células adiposas. Formas de evolução das necroses: pode ser por regeneração, cicatrização, encistamento, a calcificação, a eliminação, a necrose gangrenosa. Enquanto a regeneração depende do tipo de tecido: - Tecidos com células lábeis: epitélios. Possuem capacidade regenerativa dependendo do tamanho da área lesada. Céls basais e hematopoiéticas. Juliana Vieira Queiroz Almeida 23 - Tecidos com células estáveis ou quiescentes: glândulas – fígado, salivares, m. liso. Têm capacidade regenerativa dependendo do tamanho da área lesada. Cé.s mesenquimais (mm. lisas, fibroblastos). - Tecidos com céls. perenes: tecido nervoso, muscular estriado. Células não retornam ao ciclo celular. Quando há destruição da matriz reticular, no fígado, há cicatrização (substituição da área por tecido conjuntivo; não é regeneração – substitui a área por tecido idêntico ao original –). O encistamento é o envolvimento da região por uma cápsula, absorvendo a área de necrose lentamente. A eliminação é por eliminação do tecido necrótico para fora do organismo por meio de um canal; pode haver a formação de fístulas – comunicação artificial criada por enzima líticas, entre outros, gerando um novo meio de comunicação –. A necrose gangrenosa é resultante da ação de agentes externos sobre o tecido morte. A seca (imagem à direita) é por perda de água para o ambiente, ficando retraída e com aspecto mumificado; há aspecto negro por impregnação por hemoglobina. A úmida (imagem à esquerda) ou pútrida é quando o tecido se contamina . com bactérias saprófitas, geralmente anaeróbicas e produzem enzimas e fosfolipases . (digerem o tecido). Há também a gasosa (imagem à direita), quando há bactérias contaminantes do gênero Clostridium que levam a um aspecto sanguinolento da região devido a proteólise, sendo um aspecto mais enegrecido, com a presença de gases. Caspases - É uma protease com uma cisteina em seu sítio ativo (cisteíno-proteínas) que clivam seus substratos nos resíduos de ácido aspártico. - Podem ser iniciadoras (8, 9, 10) ou executoras (3, 6, 7). - Família BcL-2: anti-apoptóticos (Bcl-2 e Bcl-xl), pró-apoptóticos (Bax e Bak) e sensores (BID, BAD). Primeiro há a via extrínseca, onde há o estimulo por vírus ou neoplasia. Em seguida há a via mitocondrial onde há a ação de genotóxicos, ERRO’s, ésteres de etanol (estimula apoptose principalmente do hepatócito), aumento de íons cálcio, proteínas mal dobradas no retículo (importante em quadros de Alzheimer – proteína que forma o amiloide beta, que é resistente à proteólise que é depositada perifericamente no neurônio, induzindo a própria apoptose) e há hipóxia. Em terceiro há a ação de L.T. citotóxicos e em seguida a diminuição de estímulo em receptores de dependência. A via extrínseca ou de receptor de morte, que é percebida pelos LTCD8, que tem o Fas-L, da família TNF-R que tem ação apoptótica, sendo que ao se ter um linfócito T, por exemplo, e ocorre a ligação e o reconhecimento expressão no citoplasma de uma plataforma de morte (expressão de FADD e DED – domínio de morte expressor) estimula a 1ª caspase ativadora da via ativa as caspases efetores ativam proteases (fragmentação do citoesque- leto). Quando a caspase 8 se torna ativa, ela cliva no citoplasma em caspases executoras e em BID. O sensor BID se torna BIDT (truncado) que aumenta a expressão de p53 e inibe 2 recep- tores da mitocôndria, o BCL-2 e BCL-xl que controlam a saída de elementos da mitocôn- dria aumento da permeabilidade mito- condrial saída de elemento pro-apoptó- ticos da membrana para o citoplasma ativação da via mitocondrial ou intrínseca, onde há as ações citadas previamente. Os pró-apoptóticos ativam a Apaf-1 que junto com o citocromo C formam o apoptossomo, que necessita de ATP ativa a caspase 9 https://www.google.com/search?biw=1121&bih=1075&tbm=isch&sa=1&ei=JmyWW_7jMcP7wgT7qYVQ&q=necrose+gangrenosa+seca&oq=necrose+gangrenosa+seca&gs_l=img.3..0.27707.28426.0.28564.5.3.0.2.2.0.245.245.2-1.1.0....0...1c.1.64.img..2.3.252....0.ghKE4Po9HXo Juliana Vieira Queiroz Almeida 24 # Necrose fibrinóide: semelhante a fibrina, tendo processos de vasculite autoimune polimerização do fibrogênio em fibrina, ocorrendo a deposição deste em aspecto em chama de vila. # Necrose gomosa: padrão morfológico de apresentação, de bomba arábica; presente em quadros de sífilis – Treponema pallidum. Ponto de não retorno: Para se saber o ponto de não retorno deve-se levar em conta a calcificação do local. - Bioquimicamente: tem como ponto o aumento do Ca++ intracitoplasmático aumento do íon cálcio (50 a 100 vezes mais em comparação ao citoplasma) nas mitocôndrias; aumento 10.ooo vezes mais fora da célula do que dentro; ativa enzimas citoplasmáticas como fosfolipases (rompimento lisossomal, liberando hidrolases que levam a autólise), endonucleases, que promovem a própria degradação da célula. Alterações pós-mortem Coágulo cruórico e lardáceo. A tromboquinase que irá desencadear a formação de coágulos células endoteliais, leucócitos e plaquetas em hipóxia. - Átrio e ventrículo direito possuem menor massa que no VE e AE. No VD há maior chance de se encontrar coágulos, sendo comuns na morte agônica e insuficiência cardíaca. Coágulos: massa solta, não aderida a parede do vaso; indivíduo deve estar morto no sistema cardiovascular; não é observado em lâminas. Trombo: sempre estará fixo, aderido à parede do vaso; indivíduo deve estar vivo no sistema cardiovascular; é friável, formando tromboêmbolo; e, por formar linhas estruturadas, pode ser visto macro e microscopicamente (em lâminas). Embebição: por hemoglobina dando aspecto avermelhado ao órgão. Pela bile há aspecto amarelado. Conclusão Apoptose é um mecanismo de morte celular regulada (nem toda apoptose é programada). Pode ter estímulos fisiológicos (fim da menstruação) ou patológicos (células neoplásicas, infectadas por vírus, corticoides, ésteres de etanol – formado no etilismo –. - A perda das membranas interdigitais se dá pela apoptose (fisiológico). - Como estímulos temos as caspases, proteínas da família Bcl-2, como visto, mas há vários outros. - Há retração celular (célula em menor tamanho, citoplasma denso, ornagenlas compactas), condensação da cromatina, formação de “bolhas” citoplasmáticas e corpos apoptóticos. Diferenças entre Trombo x Coágulo Trombo Coágulo Seco/opaco Úmido/brilhante Sempre aderido à parede do vaso Sempre solto dentro do vaso Ineslástico Somente se forma após o óbito (sist. cardiovascular) Massa estruturada Massa desestruturada de sangue Linhas de Fahn – aspecto laminado Formato do vaso liberaproteases ativa as caspases 3, 6, 7. Além disso, junto a caspase 9, há o SMAC-diablo que inibe os IAPs presentes nas caspases, de modo que não há a inibição de apoptose. As proteases liberadas liberam a endonuclease G, responsável pela cariorrexe, e a AIF, que é responsável pela condensação da cromatina, picnose. O fosfatilserina presente na face intercitoplasmática da célula que é expresso na superfície externa na falta de ATP, de forma que o macrófado o identifica. Ele é um QRS. Há também a via pela ação das granzimas, que podem clivar BID em BIDT, ativam caspases 10, e também tem ação na caspase 3. Deve-se saber que o Bcl-2
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