Buscar

Patologia geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Patologia geral 
3º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2º Semestre 2018 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
1 
 
Patologia geral 
2º Semestre 2018 
FAMINAS - Profª. Izabela Ferreira 
Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
Saúde e doença ao longo da história 
Patologia: Pathos (sofrimento), logos (estudo); estudo das lesões, dos mecanismos, das manifestações 
histopatológicas. 
Fisiopatologia: estudo das alterações funcionais dos órgãos afetados. 
Processo saúde-doença: os paradigmas sobre esse fenômeno se modificam com o passar dos anos e há 
elementos que influenciam esses paradigmas. 
 - O padrão para uma época não é o mesmo para outra. Antigamente saúde era a falta de doença, 
atualmente é bem-estar físico, mental e social. 
Etiologia: autia (causa); estudo ou ciência das causas. 
 - Acreditava-se em um agente exógeno. Homem tinha doença como resultado desses e, os mediadores, 
poderiam expulsar a causa da doença. Deve-se sempre respeitar esses. 
 # Adventistas não trabalham no sábado. 
 
No artigo “O sistema médico Guarani” são relatadas doenças que podem ser tratadas pelo homem branco 
e aquelas que podem ser tratadas somente pelo pajé. 
Na cultura antiga haviam várias especialidades para cada função para cura, tratamento, etc. 
Conhecimento foi deixado em escrito principalmente na Mesopotâmia. Houve a medicina racional com 
uma concepção empírico-racional, na qual quebrava a doença como punição, na qual o agente passivo era 
acometido por um ser maior e passa a ser mais materialista, orgânico; Hipócrates. 
 - Símbolo da medicina, cura e sabedoria. Há, inclusive, o juramento de Hipócratres. 
 - Há a passagem para o aspecto natural das doenças causada por um desequilíbrio. E epilepsia era 
considerada possuída antigamente, mas a partir daí ela foi identificada como uma doença de natureza 
cerebral. 
A teoria humoral por Claudius Galenus fala que algo no interior do homem, como hábitos de vida e 
comportamento, leva ao desequilibro, separando o homem em bile negra (sombrio, terra, outono, baço), 
bile amarela (colérico, selvagem, fígado, verão), o sangue (primavera, sanguíneo, coração) e a fleuma 
(distração, inverno, diarreia). 
 - Surge as terapêuticas mais apuradas, como as sangrias – uso se sanguessugas –, purgativos/laxantes, 
eméticos, enemas. 
 - A palavra humor vem disso, mau humor é um desequilíbrio dos humores, o bom humor é o equilíbrio. 
 - Giovanni Baptista Morgagni: “Saúde seria o silêncio dos órgãos”; é o pai da anatomia patológica, 
percebendo as alterações nos tecidos e que essas causavam a doença. 
Rudolf Virchow: pai da histopatologia, sendo a expressão da mortalidade encontrada na célula. 
 - As alterações ocorrem na forma estrutural e funcional, atinge o conjunto e seu funcionamento, sendo 
importante saber o estímulo. 
 
Patogenia: mecanismo entre o estímulo inicial e a expressão final da lesão. (Qual o mecanismo para tal 
doença e por que aumenta a probabilidade de ter outra doença?) 
 
Grandes epidemias decorrentes das mudanças sociais e alterações do sistema de produção 
Determinantes sociais: saneamento, nutrição, equilíbrio, educação, paz, entre outras coisas. 
 - Percepção que o meio influencia muito a população. 
Após a 2ª Guerra há a criação da OMS – Organização Mundial de Saúde – que considera saúde o bem-estar 
físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença e incapacidade. 
 - Não é considerado muito aplicável. 
 - A de 1978 enfatiza a importância da Atenção Primária em Saúde. Começa a pensar em qualidade de 
moradia, alimentação, renda, meio ambiente, equidade, entre outros, associado a presença de alguma 
doença. 
Desigualdade sempre existirá, só não pode existir imoralidade. 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2 
 
Modelos: 
 - Modelo biomédico: Enfoque  doença e cura; Conteúdo  tratamento, atenção por episódios e 
problemas específicos. Organização  especialistas, médicos e consultório individual. Responsabilidade 
 domínio pelo profissional, recepção passiva, apenas setor da saúde. 
 - Modelo psicossocial: Enfoque  prevenção, atenção e cura e saúde; conteúdo  promoção da saúde, 
cuidados contínuos e abrangentes; organização  médico de família, outros profissionais, equipe; 
responsabilidade  auto-responsabilidade, participação comunitária e colaboração intersetorial. 
 
Introdução à patologia 
Agentes extrínsecos: biológicos, químicos, físicos e nutricionais. 
Agentes intrínsecos: psíquicos, circulatórios, genéticos e imunológicos. 
Geralmente são causas multifatoriais, de modo que dificilmente será somente um agente, de forma que 
esses costumam estar associados. 
 
Patogenia ou patogênese: o estudo das alterações morfofuncionais de todos os líquidos e tecidos do 
organismo durante a doença, investigando as causas, as sedes e os mecanismos que determinaram aquela 
lesão. Ou seja, é o mecanismo entre o início do estímulo e o final da sua manifestação, sendo todos os 
passos para a expressão da doença. 
 - Compreende eventos bioquímicos, imunológicos e morfológicos. 
 - Tenta abordar as principais causas, descrever os mecanismos, quais as principais sedes ou locais de 
manifestação e as alterações morfofuncionais presentes naquela alteração. 
 - Sedes = locais. Pode ser principal ou secundária. 
 - Objeto de estudo (morfológico): 
 # Exame citológico: raspados de pele e mucosa, secreção, líquidos, punção aspirada por agulha fina 
(PAAF). 
 # Exame anatomopatológico: biópsias, peças cirúrgicas, espécimes obtidos de necropsias/autópsia. 
 
Técnicas histológicas ou histotecnologia: conjunto de procedimento que envolve a preparação de 
amostras – tecidos ou células – para a análise sob microscopia óptica. 
 - Etapas: coleta do material (a partir de peças cirúrgicas, autópsias e necropsias, biópsia)  coleta 
 Biópsia: retirada de um fragmento de tecido in vivo para exame histopatológico ou outras técnicas de 
investigação para confirmação e exclusão do diagnóstico, prevenção da doença – caráter legal 
principalmente para resguardo do paciente e profissional –, análise do tecido e das mudanças ocorridas 
(evolução da condição para outra como uma ceratose seborreica – benigna – para um melanoma – 
maligno –), justificativa e modificação de tratamento, remoção de lesões cosmeticamente desagradáveis. 
 
 Coleta: Deve-se levar em consideração a localização anatômica (se coleta, preferencialmente, nos 
superiores, pois há menos congestões – acúmulo de sangue dentro dos vasos – associadas), a morfologia, 
o tamanho, a profundidade, agente provavelmente causador, idade da lesão (coletar lesões mais novas – 
menos contaminadas e mais recente –) e quando coletar a amostra da lesão para se definir a técnica. 
Shave/shaving/tesoura: se faz raspagem superficial da epiderme ou derme papilar; não se faz em 
derme reticular, por exemplo. Não é ideal atingir camadas profundos, como a derme reticular ou fazer em 
derme inflamada, entre outros. 
 X Pápulas de 
superfície lisa: Lesões em placa, 
difusas, com crostas, elevadas, sem 
borda definida; faz-se uma 
raspagem superficial da epiderme e 
se observa o espessamento da 
epiderme, acantose (espessamento 
da epiderme); e deslocamento do 
núcleo do queratinócito com granulócitos, que aumentou seu tamanho, e 
corpúsculos de inclusão, chamados (nome específico para o tipo de vírus) de 
corpúsculos de Henderson-Patterson – patognômico para essa lesão –, com uma 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
3 
 
substância eosinofílica (imagem mais a direita). Um molusco contagioso é uma lesão ocasionada por um 
vírus (Pox vírus) com tropismo por tecido epitelial, atingindo queratinócitos  proliferação e alteração. 
X Ácaros: se alimenta de estrato córneo; presente na sarna crostosa ou sarna norueguesa 
(facilmente confundido por psoríase) sendo importante a localização destes. Ver ácaro na imagem a 
direita. 
Punch ou trépano em a borda constante onde a pressão no local ou a rotaçãodo cilindro atinja 
estratos mais profundos. Deve-ser feito para atingir a derme reticular ou panículo adiposo. 
 X Na vasculite leucocitária é possível identificar necrose 
fibrinóide (oide é semelhante a; nesse caso é semelhante a fibrina) em 
processos inflamatórios vasculares onde há deposição de fibrina próxima a 
região perivascular. Visualizar na imagem à direita. 
OBS: A necrose por si só é irreversível, mas isso não quer dizer que o tecido não 
é capaz de se renovar; a lesão perivascular remete a um quadro de necrose. 
 X Na lesão vesiculobolhosa: é de causa 
genética, podendo ser ou não inflamatória; é uma lesão 
superficial, com a presença de um material amarelo; onde há 
uma desconexão do estrato córneo com o granuloso. É 
necessário pegar a bolha, vesícula, completamente. Logo, o 
punch pode ser usado para coletar uma área mais extensa. 
Observar imagem à direita. 
Excisão elíptica – fuso com o bisturi –: pode ser 
incisional (quando se coleta uma quantidade quantitativa da 
região) ou excisional (completa remoção da área alterada); A 
biópsia incisional costuma ser assim quando não é possível a retirada da lesão inteira, quando essa é 
grande por exemplo, como em endoscopias (artrosa, broncos, anosa, colosnos, cistos, laparos, 
enteroscopia, entre outros). 
 
Lesões multifatorias: que podem ser causadas em diversas situações devido a diversos fatores. 
Lesões patognomônicas: lesões exclusivas da doença; rara. 
Lesões melânicas: o ideal é fazer uma coleta excisional fazendo um fuso. 
 
Melanoma: Definição: ocorre no melanócito (célula da crista neural que 
produz melanina – proteção da pele – e é localizado na região basal da 
epiderme), é cerca de 5% do total de câncer, é muito letal. 
Mnemônico: Para regulamentar a coleta  A- assimetria, B- bordas 
irregulares (capacidade infiltrativa), C- cores diferentes (profundidade da 
melanina), D- diâmetro > 5 a 6mm, 
E- evolução. 
 - Em relação a profundidade, de 
mais superficial para mais profundo: 
negra  marrom escuro  marrom 
claro  cinza  azulado; 
relacionado a refração da luz. 
 
Índice de Breslow: avalia a 
profundidade em mm; relacionado a 
taxa de sobrevivência. O último, na imagem ao 
lado, costuma ser V quando é maior que 4mm. 
Níveis de Clark: avalia aspectos histológicos; I- 
epiderme, II- Epiderme e derme papilar, III, 
Epiderme/derme papilar completa, IV- Epiderme e 
derme reticular, V- epiderme e hipoderme. 
 
Para o prognóstico também é importante 
descrever: o número de figuras de mitose, invasão 
linfática, invasão vascular, invasão neural, áreas de 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
4 
 
hemorragia, áreas de necrose. 
 - O ideal é a retirada completa em fuso excisional com borda livre de até 2mm (para contraste é 
crucial, pode-se ampliar a margem depois, mas até 2mm é o ideal para a região). 
 # Por que não pode pegar uma área maior? TN – T para tumor, N para nodos linfonodais e M para 
metástase a distância. 
 Linfonodo sentinela  Esvaziamento axilar no câncer de mama: para estudo caso não tenha, e 
caso já tenha, busca-se sítios a distância. 
 
Os carcinomas (neoplasia maligna que reproduz epitélio de revestimento basocelular e espinocelular são 
cerca de 95% dos cânceres, são diferenciados principalmente histologicamente. 
 - Basocelular: pode ser superficial ou nodular, referente ao seu aspecto, semelhante a uma cicatriz e a um 
nódulo, respectivamente. 
 - Espinocelular: 
 
Metastase: é um crescimento; uma migração por via sanguínea ou linfática de produtos patológicos (vírus, 
bactérias, parasitas e esp. células cancerosas) provenientes de uma lesão inicial. 
 
 Fixação: Tem como objetivo preservar as biomacromoléculas do tecido, evitar heterólise – ação lítica de 
um agente exógeno ao tecido – e autólise, interromper/parar o metabolismo, manter as relações 
topológicas das moléculas, endurecer o material – favorecendo a secção –. 
 HER-2: receptor epitelial associado a proliferação celular. Em alguns cânceres de mama a paciente 
possui maior número desses receptores, favorecendo a proliferação celular. Relacionado as relações 
topológicas molecular sendo uma característica da formalina a 10%. 
Pode ser por aditivo (formalina – não é o melhor fixador, mas para a histologia básica é usado pelo 
preço e facilidade de uso; é diluído para o uso de 47% para 4% ou para uma solução formalina tamponada 
a 10%; a própria substância faz ligações cruzadas entre as moléculas do tecido – ou carno-A) ou 
desnaturante (etanol, acetona), sendo a profundidade, a área do tecido importante para infiltração deste. 
Imunohistoquímica: Técnica que usa a identificação de determinado epítopo a partir de um 
anticorpo primário, eu preciso que esse epitopo esteja lá na hora que eu for pesquisar. Ex: Temos um 
receptor chamado de HER-2, que se manifesta em alguns cânceres de mama, e esse estimulo vai pro 
núcleo e estimula a proliferação celular. Se eu quero pesquisar imunologicamente esse epítopo eu preciso 
que ele continue na superfície para que eu use um anticorpo primário anti HER-2. 
 
OBS: Na crio preservação se coloca um OCT, e faz um congelamento rápido. É complexo para 
manipulação depois. 
 
Necrose: morte celular seguida de autólise em um indivíduo vivo. 
Putrefação: decomposição da matéria orgânica, em especial de proteínas, causada por microrganismos, 
com produção de substâncias de odor desagradável. 
Desidratando: conjunto das alterações decorrente da perda de água do organismo, que pode ocorrer por 
via cutânea, digestiva, renal e respiratória. 
 
 Clivagem: 
Tipos de frasco (boca larga), temperatura (ideal é a geladeira), proporção do fixador para a quantidade de 
material fixado (1 – do tecido –:20 – fixador –). 
 - O material muito próximo da superfície pode deixa-lo exposto ao ar. 
 - Para tecidos de menor densidade: pulmão; envolver em papel filme, mantendo a umidade ideal e 
consequentemente evitando o ressecamento das camadas mais superficiais. 
 
Hematina: é a reação da hemoglobina do tecido com o ácido fólico em pH ácido., que gera a hematina, 
que é um pigmento de tom escuro. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
5 
 
 
Para saber se na neoplasia a margem se encontra livre  a 
margem do tecido é marcada. 
 - Peças cirúrgicas, depois de fixadas e formol, têm as margens 
pintados com tinta nanquim antes de serem recortada para 
processamento histológico.  margem cirúrgica livre ou 
comprometida (com infiltração). 
 
 Descalcificação (tecido ósseo) e processamento 
Material cortado e colocado no cassete para o processamento  material em cassetes mergulhados no 
frasco contendo formol a 10%  bateria de álcool para desidratação  bateria de frasco com xilol  
parafina no interior da estufa a 60ºC). 
O processamento tem 3 fases: desidratação, diafanização e infiltração. 
 - Desidratação: Banhos em álcoois crescentes em graduação alcoólica, ou seja, primeiro se usa um álcool 
com maior quantidade de água, como um 60%, posteriormente, um 70%, um 80%, um 90% e um 98% - 
álcool absoluto –, deixando uma hora em cada um e 2 banhos em álcool absoluto  houve a substituição 
de água por álcool no tecido. 
 # Cada biópsia está dentro de um molde. 
 - Diafanização ou clarificação: Coloca-se um xilol, solvente orgânico desalcolizante (miscível no álcool; 
banho de 1 hora)  infiltrar em parafina (miscível em parafina – não ultrapassando 5ºC acima do ponto de 
fusão (58ºC) –). 
 - Infiltração ou embeber o material em parafina. 
 
 Inclusão: 
É a inclusão da parafina para o enrijecimento do material. 
Colocar o material no fundo do cassette, preencher com parafina liquida e esperar o material solidificar 
para seguir os cortes histológicos (com o uso do micrótomo). 
Micrótomo: material específico para os moldes – cassettes –  Microtomia, ou seja, material cortado em 
conter finos ou semi-finos em diâmetros específicos (1 a 4 micrômetros – maior que isso não há um estrato 
único, a luz não atravessa e não cabe na lâmica)  água fria banho maria histológico (lâmina limpa). 
 
 Coloração de rotina 
Cromógeno: o que dá a cor. Dentro desses há os cromóforos que está ligado aos anéis aromáticos. 
Auxocromo: o que providencia a especificidade. Tem os de natureza básica – hematoxilina – e os de 
natureza ácida – eosina –. 
 - O núcleo é basófilo. 
 - Proteínas são acidófilas ou eosinofílicas. 
Método da estreptoavidina-biotina-peroxidase - HRP: HRP se une a um anticorpo secundário biotinilado – 
marcado como forma de aumentar a resposta, a visualização – que se liga a um anticorpo primário (da 
especificidade) que se somente aparece se ele estiver ligado a um antígeno. Se ele não estiver ligado ele é 
lavado. 
 - O marcador pode ser específico ou citoplasmático. 
 - O HER-2: se coloca o anti-HER2 + secundário biotinilado + complexo  mudança de cor. 
 
 Selagem/montagem  Observação ao microscópio. 
 
OBS: O médico requisitante deve orientar quanto a coleta do material. 
 
Resuminho: T 
 - Tipo de biópsia: 1- Raspagem superficial/shaving/shave/tesoura: em lesões de epiderme e derme papilar 
 2- Punch: consigo atingir tecidos mais profundos, panículo adiposo, tecido vascular. 
 - Padrão de retirada: 1- Excisional: Retira-se tudo. Normalmente está relacionada com a retirada em fuso, 
no caso de lesões pigmentadas. 
 2- Incisional: Um segmento será retirado; pode ser retirado no aspecto em fuso. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
6 
 
 3- Necropsia: Qual tamanho para coletar os órgãos na necropsia? Têm relação com 
a superfície de contato, pois o formol vai ter um tempo de infiltração. 
 - Tipos de fixação: 1- Física: criopreservação - secagem ao ar, temperatura normal, secagem geram 
muitas alterações. 
 2- Química: aditivos; adição de ligação cruzadas entre as moléculas do fixador e as 
moléculas do tecido. 
 
Resumo artigo “Determinação ou determinantes? Uma discussão com base na Teoria da Produção 
Social da Saúde” 
 Introdução 
Com a implantação da Lei Orgânica da Saúde no Brasil, nº8.080/1990, a Epidemiologia, definida como 
ciência que estuda a distribuição de doenças e suas causas nas populações, passou a ser referencial para as 
ações de saúde no SUS e uma forma de buscar a legitimidade do discurso clínico. Essa faz uso de um 
raciocínio predominantemente indutivo, após análises de ocorrências em populações. 
 - A epidemiologia tem raciocínio indutivo majoritariamente, mas na clínica, o processo saúde-doença é 
visto como algo privativo  saúde é não ter doença (visão puramente biológica)  prevenção e 
promoção. 
 - Atualmente o conceito de risco está sendo usado para diminuir o agravo de doenças como modo de 
mudar o futuro de uma sociedade  controle (paradoxo a imprevisibilidade das doenças). 
É importante perceber a importância do caráter histórico e social no processo de adoecimento. 
 
 Determinação social da saúde 
Foucalt diz que o capitalismo colocou o corpo como força de produção e de trabalho, fazendo dele e da 
medicina algo coletivo, não privativo. 
 - A sociedade influência no corpo, seja com o estresse, com a poluição, com a influência e disponibilidade 
de produtos que não cooperam para a homeostase ou fortalecimento do corpo  potenciais de desgaste e 
de fortalecimento. 
 - A saúde e a doença são dependentes do cenário socioeconômico. 
 # Renda, emprego, organização da produção; ambientes de convivência e de trabalho; culturas, valores; 
gênero, etnia. 
Foi integrado o discurso sanitarista: a saúde das pessoas como interesse social (a sociedade deve proteger 
e assegurar a saúde de seus membros), as condições sociais e econômicas influenciam a saúde e doença 
(estudo dessas), medidas para proteção da saúde devem ser médicas e sociais. 
O “projeto preventivista” veio como forma de dar aos futuros médicos uma formação biopsicossocial por 
meio da epidemiologia, ciências de conduta, bioestatística, entre outros. 
Processo saúde-doença: “modo como o homem se apropria da natureza em um dado momento por meio 
de processo de trabalho baseado em determinado desenvolvimento das forças produtivas e relações 
sociais de produção”. 
 - Caráter social e biológico. Deve-se levar em conta a história social do indivíduo para se saber a 
probabilidade deste de adoecer  causalidade. 
 
 Determinantes sociais da saúde 
Antigamente a doença tinha duas vertentes, a ontológica (devido a uma entidade que se agrega ao corpo -
do indivíduo; sem controle do indivíduo) e a dinâmica (causalidade; fruto do desequilíbrio entre os 
princípios ou forças básicas da vida, buscando naturalização da doença). 
No pós-guerra a OMS refere-se a necessidade de se combater as causas das doenças  desigualdade 
social interfere bastante nisso  combate a desigualdade social como forma de melhorar a saúde. 
DSS foi definido pela Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) como fatores 
sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influência a ocorrência 
de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. 
DSS tem 4 camadas/níveis, determinantes individuais – tenta alterar normas culturais, comportamentos 
sociais por meio da educação e conhecimento –, redes sociais e comunidades – laços de coesão social que 
levam a prevenção e promoção coletiva –, condições de vida e de trabalho – condições precárias, riscos e 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
7 
 
falta de serviços essenciais solucionadas com ações sanitárias, higiene, educação, entre outros – e, por 
último, as condições econômicas, culturais e ambientais – procura-se o desenvolvimento sustentável –. 
 
 Aspectos comparativos entre DSS e determinação social da saúde 
Para a OMS os determinantes sociais são a causa das causas, ou seja, vê os determinantes estruturais e 
intermediários como causalismo, de modo que é difícil operar sobre eles. 
“(...) o caráter social do processo saúde-doença manifesta-se empiricamente mais claro em nível de 
coletividade que do indivíduo”. 
A teoria da Produção Social da Saúde abrange a coletividade e o caráter histórico-social no processo e não 
apenas os dados individuais, explicitando assim o envolvimento entre o biológico e o social, constituindo a 
determinação social da saúde. 
 
 Considerações finais 
A partir da análise do DSS, mesmo sendo mais usada por países desenvolvidos, se vê que, de forma 
individualizada, nem sempre os fatores sociais estão envolvidos no processo da doença de um indivíduo ou 
de uma população. O contexto social de convivência do indivíduo faz muita diferença. 
 
Degenerações celulares 
Adaptação: é diferente de lesão; é uma célula que 
mantém a funcionalidade e a morfologia do tecido. Pode 
haver o aumento/diminuição do ganho tecidual. 
 - Hipotrofia e hipertrofia; hipoplasia e hiperplasia; 
metaplasia – mudança da funcionalidade, não perda –. 
 - É reversível. 
 - Depende do estímulo, funcionalidade, não passa pela 
adaptação, mas vai direto para a lesão. 
 
Degeneração: é uma lesão/alteração sempre de natureza 
celular, não é de natureza intersticial. Morfologicamente 
e funcionalmente alterada. Usualmente é reversível (por 
meio da retirada do estímulo). 
 - Há a perda de habilidade de manter o estado de 
homeostase normal ou adaptado, resultando em 
acúmulo de substâncias no interior das células. 
 - Alteração bioquímica da célula que leva a um acúmulo de substâncias conhecidas dentro da célula. 
 - Pode vir pela falta de adaptação, ou pode nem passar pelo processo. 
 - Nem toda degeneração é reversível, como as hialinas, sendo que ao passar do ponto de irreversibilidade 
há a necrose. As lipidoses são reversíveis até um certo período. 
 - Se classificam de acordo com a natureza da substância acumulada na célula: 
 # Exemplo de glicogênio: mucopolissacaridoses ou glicogenoses. 
 
Degenerações hidrópicas 
Bombas eletrolíticas ou hidroeletrolíticas  ATP  Dependente. Independente  Integridade 
das proteínas ou estrutura das membranas. 
 - Equilíbrio pode ser alterado pelas substâncias inibidoras da respiração celular, 
hipertermia e febre (aumento do metabolismo  desnatura a proteína), privação 
de oxigênio, estresse oxidativo (toxinas e radicais livres – fosfolipase – que 
compromete a funcionalidade da estrutura). 
 - Há vários elementos que afetam a cadeia, como o cianeto. Quando de 
interrompe o complexo da cadeia, ela para de produzir ATP, sendo que há 
desacopladores. 
 # 2-4dinitrophenol que foi usado como fator de emagrecimento por meio do 
desacoplamento da fosforilação oxidativa. 
 - Isquemia: diminuição ou falta de suprimento sanguíneo para um órgão ou 
região orgânica. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
8 
 
 - Hipóxia: na anemia, em quadros de insuficiência respiratória, há a diminuição da oxigenação, mas não 
há isquemia. Há fármacos que levam a tal. 
 - Aceptores de elétrons: NAD+, FAD+, tetracloreto de carbono. 
 
Inibidores 
Inibindo a chegada de oxigênio 
à cadeia transportadora 
Agentes que causam paralisia 
respiratória 
Depressores do SNC 
Agentes convulsivantes 
Agentes que causam isquemia 
Alcalóides do ergol 
Cocaína 
Agentes que inibem o transporte 
de oxigênio pela hemoglobina 
Monóxido de carbono 
Agentes meta-
hemoglobinizantes 
Inibindo o transporte de 
elétrons 
Aceptores de elétrons 
Tetracloreto de carbono 
Doxorrubicina 
Compostos que inibam as 
proteínas da cadeia respiratória 
Rotenona 
Antimicina 
Cianeto e Monóxido de Carbono 
Inibindo a fosforilação do ADP 
Os inibidores da ATP-sintase 
Oligomicina 
DDT 
Clordecona 
Agentes desacopladores da 
fosforilação oxidativa 
Fungicida pentaclorofenol 
Vários herbicidas 
Dinitrofenol 
Amiodarona 
 
Além da tumefação celular 
(expansão iso-osmótica da célula), 
há a perda das microvilosidades e 
da borda em escova e há a figura de 
mielina – interpolação de água na 
bicamada lipídica –. 
 - Como consequência há a 
diminuição do pH que tende a 
acidofilia citoplasmática (o 
citoesqueleto apresenta um aspecto 
rendilhado) e o desacoplamento 
dos ribossomos, diminuindo a síntese 
proteica e havendo o acúmulo de lipídeos. 
 - Achados morfopatológicos: 
 # Macroscópicos; perda de brilho, órgão 
aumentado de volume e peso, células 
salientes na superfície do corte (após corte 
o parênquima sobrepõe-se à cápsula – 
coloração é mais pálida –, pouco sangue ao corte. 
 # Histopatológicos ou microscopicamente: 
cordões de hepatócitos, núcleo central (pode estar 
deslocado para a periferia, compressão dos capilares 
entre as células, aspecto tumefeito, rendilhado; 
citoplasma com aspecto difuso e acidófilo com 
formação de vácuolos – degeneração baloniforme –. 
Pode se ver acantose. 
 - Edema citotóxico  isquemia  hipóxia  menor produção de 
ATP  CTE tem seu metabolismo diminuído  aumento do Na+ 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
9 
 
intracelular  aumento da concentração de H2O  edema . 
 - Há também o vasogênio e o intersticial. 
 
Degeneração hialina – proteína 
Hialina é um tempo para descrever uma 
substância de natureza eosinofílica, acidófila, 
proteica, vítra (parece um vidro), translúcida 
quando não corada, homogênea, acelular. 
Pode ser usada como substância albuminoide 
translúcida. 
Nas celulares, também há os corpúsculos e 
alterações do metabolismo celular. 
Usa o termo conjuntivo: 
 - O termo certo é transformação do 
interstício ou amiloidose – acúmulo de uma 
proteína, geralmente derivado de monômeros 
insolúveis resistentes a proteólise, fora da 
célula –, não degeneração conjuntiva, pois, 
para ser uma degeneração, tem que ser dentro da célula. 
 - Com origem em estruturas conjuntivas pode haver a hialinização da matriz extracelular, ou seja, uma 
quelóide – não é uma degeneração, não é dentro da célula –. 
 - Corpúsculo de Mallory: 
 # É o mais frequente em etilismo crõnico. 
 # Fígado; material hialino, eosinofílico, flocular dentro dos 
hepatócitos. São agregados de citoqueratinas, pertencentres a um 
grupo de proteínas chamadas de filamentos intermediários 
resultante de lesão hepatocelular. 
 # É uma precipitação do citoesqueleto principalmente da 
evolução da esteatose. 
 # Pode reverter, dependendo do grau. 
 - Corpúsculo de Russell: 
 # Gotículas hialínicas constituídas por proteína secretada no caso, 
imunoglobulinas. Achando comum em infecções crônicas de longa duração. São 
homogêneos e eosionofílicos. 
 # Imagem a direita. 
 - Corpúsculos de inclusão viral ou de Negri: 
 # Acúmulo de nucleoproteínas virais e/ou produtos da reação à 
infecção viral no citoplasma ou no núcleo; no interior de corpos 
neuronais (Negri – raiva – e Lentz – cinomose –). 
 # Reação ao capsídeo viral. 
 - Corpúsculo de Henderson-Petterson: 
 # Há o molusco contagioso: invasividade 
local que infecta queratinócitos. POX vírus. 
 # Imagem ao lado mais a esquerda. 
 - Corpúsculo de Councilman-Rocha Lima: 
 # Corpos apoptóticos hepatocelulares 
principalmente nas hepatites virais. 
 # Não é reversível. 
 # Há retração do volume da célula e parece que ela está “condensada”. 
 # Imagem a direita. 
 - Leva a hiperproteinúria: há o surgimento de várias gotículas hialinas 
dentro das células. 
 # Ocorre principalmente em doenças renais onde o glomérulo permitirá a passagem de proteínas que 
serão pinocitadas. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
10 
 
 # É comum no intestino delgado de recém-nascidos por absorção proteica – colostro –. 
 - Pode haver a degeneração 
hialino-goticular por uma grande 
absorção, de modo que a célula fica 
momentaneamente com sua 
função comprometida. É reversível. 
 
Alteração na conformação 
quartenária da proteína  
deficiência da alfa-1-antitripsina 
(glicoproteína). 
 - O acúmulo desta proteína no 
hepatócito. 
 - As mudanças conformacionais 
oriundas dessa mutação 
predispõem as moléculas a 
sofrerem um processo de 
polimerização, irreversível, com 
consequente acúmulos de 
polímeros nos hepatócitos. 
 - Serino-protease inibe a ação da 
elastase, colagenase – produzidas 
em um processo inflamatório – e 
neutrofilia. 
 - Indivíduos com a deficiência 
dessas tem maior possibilidade de 
ter enfisema pulmonar  elastina 
em falta, leva a danos. 
 - Enfisema é uma condição 
crônica causada pela deficiência 
da enzima alfa-1-antitripsina  
alvéolos perdem capacidade de se expandir e contrair  respiração curta (ar não entra nos pulmões). 
 
Degeneração mucóide 
 - Hiperprodução de muco  células mucípara glicoproteína (mucina)  trato digestório e respiratório  
pode levar a morte celular. 
 - Adenoma e carcinomas. 
 - Macroscópica: aspecto gelatinoso a superfície. 
 - Microscópica: semelhante a glicogenose (acúmulo de glicogênio). 
 - Diferenciação pela PAS amilase: amilase é adicionada pois digere carboidratos, se for adicionada e em 
seguida adicionar corante, se o teste histológico corar, quer dizer que é glicoproteína. Se não somente 
carboidrato. 
 
Esteatose e lipidoses 
Aumento do aporte de ácidos graxos para o fígado por ingestão aumentada, síntese no fígado ou lipólise 
 excesso de acetil-CoA. 
 - Pode ocorrer pela diminuição da B-oxidação, ingestão abusiva de etanol, carência de fatores 
nitrogenadas e ATP, deficiência na síntese de apoproteínas (Apo B100), alterações da função do 
citoesqueleto ou produção de substância hepatotóxicas. 
Lipoproteína: macromolécular especializadas em transporte de lipídeos. 
 - HDL, LDL, IDL, VLDL, QM possuem diferentes quantidade de proteínas, lipídeos e apoproteínas, local 
de síntese e função. 
 - VLDL: sua síntese ocorre por meio de QM remanescentes, pela lipólise aumentada, quando há 
intermediários como o acetato-acetil-CoA, todos pelo ciclo endógeno. 
Enterócito, ciclo endógeno: 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
11 
 
 - Enterócito: absorve o ácido graxo e glicerol. 
 - HDL: retira colesterol não esterificação, ouseja, o álcool, do tecido periférico, podendo doar estér – 
álcool + ácido – de colesterol para o quilomícron. 
 - ApoA1: sintetizada ou no intestino ou no fígado. 
 - Reesterificação: Triacilglicerois  lipases pancreáticas; ácidos biliares. 
  monoglicerídeos; ácido graxo; glicerol  dentro do hepatócito  
proteína microssomal transferidora de TAG – triacilglicerol – (PMT)  reesterificação  ApoB48  saí do 
hepatócito  quilomícron nascente (hormônios, síntese de hormônios) é eliminado pelos ductos quilíferos 
 ducto torácico  plasma  Quilomícron é ativado pelo HDL (transfere a ApoE – receptor hepático – e a 
ApoCII – cofator importante para ativação da lipase – e recebe TAG do quilomícron)  quilomícron 
maduro. 
 - O HDL ativador recebe ApoCII do QM remanescente pela ação da LCAT – Licitina colesterol acil 
transferase – para reesterificar colesterol não esterificados. 
 QM maduro  “perde” ácido graxo + glicerol para o endotélio/tecido adiposo (maior km – 
acumulação)/tecido muscular (menor km) sendo que a lipase lipoproteica  forma QM remanescente  
fígado  fim do ciclo exógeno  lipase hepática  PMT  ApoB100 do VLDL  Ácido graxo + glicerol  
IDL. 
Na imagem se vê o que ocorre após a ingestão de um alimento rico em lipídeos  produção de 
quilomícrons pela mucosa intestinal que recepcionam e englobam os TGL da dieta  possibilita a 
absorção dos lipídios via linfática (os Quilomícrons não ingressam nos capilares sanguíneos por serem 
muito grande)  não seguem a circulação porta-hepática, cujo primeiro destino é o fígado  podem 
primeiro suprir as necessidades de armazenamento dos adipócito  linfa  Ducto Torácico (vaso linfático 
que, normalmente, desemboca na altura da anastomose entre as veias Julgular Interna Esquerda e Axilar 
Esquerda)  átrio direto do coração, juntamente com o sangue  Quilomícrons entram em contato com 
o HDL sanguíneo (transfere duas apoproteínas essenciais para a liberação de seus triglicerídeos nos 
adipócitos, as Apo-C2 e Apo-E)  Apo-C2 aciona a enzima Lipoproteína Lípase (LPL)  hidrolisa os TGL 
em glicerol e ácidos graxos livres, subjacentemente ao tecido adiposo  os capturam e os restaura em 
triglicerídeos para armazenagem (o mesmo ocorre com o VLDL, também possuidor de Apo-C2). 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
12 
 
 Quilomícrons com baixo conteúdo de triglicerídeos 
(Quilomícrons Remanescentes)  absorção pelos hepatócitos  metabolizam os conteúdos restantes de 
lipídios (identificação pelo fígado pelo reconhecimento da Apo-B48 pelas células hepáticas, que o 
capturam assim que a identificação se estabelece; Apo-E tem a mesma função). 
 O principal lipídio metabolizado pelos hepatócitos nessa fase é o colesterol proveniente da dieta, 
que tem como principais destinos: a excreção como ácido biliar ou como colesterol livre na bile, ajudando 
na emulsificação de lipídios ingeridos, durante o processo de digestão  o colesterol proveniente da dieta 
pouquíssimo altera os padrões de colesterolemia sangüínea, dado que praticamente todo aquele 
absorvido permanece na composição dos Quilomícrons Remanescentes, secretados na bile. Por isso, diz-
se que os padrões de hipercolesterolemia não advêm do consumo direto de colesterol da dieta, mas sim do 
processamento endógeno de outros lipídios consumidos e, no fígado, transformados em colesterol e 
secretados para a corrente sangüínea. 
 
No fígado, ocorre a produção de colesterol e de triglicerídeos sempre que há um aumento 
considerável da concentração de Acetil-CoA (tanto o consumo exagerado de lipídios como o de açúcares é 
maléfico para quem tem grande tendência à hipercolesterolemia, já que ambos originam Acetil-CoA em 
transformações metabólicas). Os lipídios endógenos produzidos (colesterol e TGL) são lançados à corrente 
sanguínea pela lipoproteína VLDL, possuidora da Apo-B100, além de outras  VLDL recebe do HDL as 
Apo-C2 e Apo-E  há o mesmo reconhecimento com os adipócitos  ativação da Lipoproteína Lípase  
novo armazenamento de TGL no adipócito, permanecendo o VLDL com o colesterol  sem TGL na 
composição de VLDL  diminuição de lipídios nessa estrutura, ela perde tamanho e fica mais densa  IDL 
também chamados de VLDL Remanescentes  devolvem ao HDL as Apo-C2 e Apo-E (não há mais TGL 
para entregar, dessa forma, o HDL poderá doar novamente para outro VLDL essas apoproteínas, 
reiniciando o ciclo) e o IDL recebe do HDL ésteres de colesterol  aumenta seu conteúdo de lipídio  LDL 
(derivado do IDL, logo possuidor de Apo-B100 e muito colesterol (hormônios sexuais e suprarrenais). 
 são recolhidos pelo fígado por possuírem Apo-E (sinal de 
“alvo de captura”) 
 A existência de um receptor para a Apo-B100 no glicocálix das células das gônadas e suprarrenal é 
fundamental para que no momento de encaixe Apo-B100/receptor, haja a internalização do complexo 
receptor/lipoproteína. Se essas células não estiverem precisando de suprimento de colesterol, ela retira o 
receptor da membrana, havendo acúmulo de LDL no plasma sanguíneo (embora o fígado também 
reconheça a Apo-B100) à aumenta-se a deposição de LDL na parede dos vasos, podendo gerar doenças 
cardiovasculares graves. 
Como se vê, o HDL é importantíssimo para a manutenção da homeostase dessa dinâmica de 
trânsito lipídico, além da captura do colesterol livre presente em sua composição, podendo esterificá-lo 
por meio de uma enzima denominada Lecitina Colesterol-Acil-Transferase (LCAT - lê-se licat) e incorporar 
esses ésteres. Depois, como mostrado acima, ele transfere estes ésteres para VLDL circulantes (não 
depositados em paredes vasculares), transformando-o em LDL, o que favorece o consumo desse excesso 
pelo Fígado e pelas células das Supra-Renais e das Gônadas, no momento em que houver necessidade. O 
HDL ainda pode ser captado pelo Fígado e ter seu colesterol excretado na forma de ácidos biliares e 
colesterol livre na bile, a exemplo do que ocorre com o colesterol presente em Quilomícrons. É por tudo 
isso que o HDL é vulgarmente e incorretamente chamado de “colesterol” bom. Mas, de fato, corresponde 
em um excelente agente do feedback lipídico sangüíneo. E, por último, como ainda não foi dito, o HDL é 
produzido unicamente pelo fígado e possui sua concentração consideravelmente elevada em indivíduos 
com hábitos saudáveis e que ingerem regularmente os chamados lipídios insaturados, presentes, por 
exemplo, no azeite extra virgem. 
 
Esteatose 
Acúmulo anormal e reversível de gorduras neutras – mono, di e triglicerídeos – no citoplasma de células 
que normalmente não as armazenam. 
 - Somente o tecido adiposo não tem esteatose. 
 - Ocorre quando há uma alteração de uma proteína microssomal, como a PMT – afeta o citoesqueleto  
corpúsculo de Mallory-denk, nos quadros mais avançados –. 
 # Síndrome Metabólica (hiperinsulinemia que gera lipogênese, principalmente hepática), excesso de 
acetil-CoA e acetato, indivíduos etilistas crônicos (geração de acetato que forma acetil-CoA), desnutrição – 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
13 
 
afeta a apo proteína –, diabetes, hipertriacelglicerolemia ou hipercolesterolemia – ligado a ApoE1, E2 
(maior dificuldade de tirar a molécula de circulação), 3, 4 (Alzheimer), deficiência de Apo CII, de Lipase 
lipoproteica (LPL) –, hepatite, aumento do aporte de ácidos graxos para o fígado. 
 Hipertensão arterial como consequência e amplificadora. 
 - Doença Hepática Gordurosa Alcóolica (DHGA): 
 # Brasil acima da médica mundial de ingestão de álcool. 
 # Para homens, o consumo de 140g/semana já é visto como etilismo 
crônico. Para mulheres, de 70 a 80g/semana. 
 # Fígado normal  esteatose  cirrose (20 a 25 anos)  carcinoma 
hepatocelular (25 a 35 anos). 
  hepatite alcóolica. 
 
Fatores associados ao metabolismo do etanol: concentração de álcool, tipo 
de bebida, gênero, etnia, genética, comorbidades. 
 - O etanol por si só muda a permeabilidade intestinal.# O estrógeno por si só já gera o aumento da permeabilidade intestinal  maior quantidade de LPS 
ativando células de Kupffer (levam a produção de citocina inflamatórias). A mulher é mais susceptível aos 
danos pela menor eficiência da alfa-desidrogenase, maior quantidade de tecido adiposo 
 # LPS (lipopolissacarídeos) bacteriano  ativa as células de Kupffer  IL-1 e IL-6 (inflamação)  células 
de Ito ou célula estrelada  mudança de fenótipo das células mioepiteliais  se tornam sintetizadoras de 
colágeno/fibrose  pode gerar cirrose. 
 - O etanol no fígado tem 3 possibilidades de oxidação inicial, pelo álcool desidrogenase presente no 
citosol (80% da oxidação inicial da molécula), (5%) pela catalase e (15%) pelo MEOS – microssomal quer 
dizer retículo endoplasmático –. 
 # Quando há formação de NADH há a geração de um estresse oxidativo. 
 CATALASE 
 
Etanol ÁLCOOL DESIDROGENASE Acetaldeído ALDEÍDO DESIDROGENASE Acetato COENZIMA A Acetil Co-A 
 NAD+  NADH NAD+  NADH 
Sistema microssomal de oxidação do etano (MEOS) Melonil-CoA  A.G. 
 
 - Acetaldeído: formação de adutos (ligações covalente) com as proteínas do citoesqueleto  corpúsculos 
de Mallory. 
 - Glutationa: espécies reativas do oxigênio – hidroxilas (OH-) ânion superóxido –. 
 - Na catalase o H2O2  H2O. 
 - NAD+/NADH = diminuição da relação  diminuição da Beta-oxidação e da gliconeogênese. Gera um 
estresse oxidativo. 
 - Etanol é parcialmente oxidado no estômago. No fígado há 3 vias importante, uma no citosol, outra no 
retículo e outra no peroxissomo. Independente do local, há a formação de cetaldeído, altamente danoso a 
célula por forma adutos, que pode potencializa neoplasias por sua ação. 
 # No citosol sua ação é mais exagerada. Há o aumento da ração NADH/NAD+  diminui a beta oxidação 
e a gliconeogênese. 
 # A formação do acetato atinge a circulação e forma 
corpos cetônicos, ou vira acetil-CoA. 
 # Forma espécies reativas de oxigênio. 
 - A capacidade de oxidação do etanol é relacionada as 
isoenzimas codificadas por alelos ADH2*2 
(predominante entre japoneses e chineses e leva a perda 
da função da enzima) e ADH3*1 que apresentam uma 
maior atividade enzimática, oxidando o etanol de forma 
rápida, originando níveis elevados de acetaldeído. 
 # O gene ADH2*1 é mais comum em caucasianos e 
afro-americanos. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
14 
 
 - Na imagem ao lado vemos a um vacúolo redondo em um caso de 
esteatose alcóolica onde pode se observar focos de congestão. 
 
Doença hepática gordurosa não alcoólica 
Síndrome metabólica 
 - Deve ter pelo menos 3/5 síndrome. 
 - Mostra predisposição para aterosclerose, esteatose e demais alterações 
gordurosas e trombose. 
 - Obesidade central 
 # Circunferência abdominal (gênero e etnia): já foi 
utilizado a ração entre cintura e quadril, atualmente se 
olha mais o índice antropométrico. Menor em homens 
e caucasianos. 
 - Hipertensão arterial crônica 
 # Valores pressóricos maiores que 130.85mmHg. 
 # A gordura visceral produz muitas citosinas, produz 
angiotensinogênios, entre outros, que levam ao 
aumento da pressão arterial. 
 - Glicemia em jejum alterada 
 # Quando maior que 100mg/dl e menor que 
126mg/dl. Não diabético. 
 - Dislipidemia 
 # Hipertrigliceridemia: maior que 150mg/dl. 
 # Baixa de HDL-c (séric0): varia para o gênero. 
Tipos de gordura: 
 - Amarelo 
 # Tecido adiposo visceral: sobrecarrega os órgãos, pois o adipócito apresenta menor sensibilidade à 
insulina  taxa de lipólise maior em comparação ao tecido subcutâneo  maior liberação de ácidos 
graxos livres  tecido produz TNF-alfa, IL-1, 1L-6, MCP-1 (que é atraente a macrófagos)  criação de um 
ambiente de inflamação  alteração do receptor de insulina no adipócito  quadro de resistência a 
insulina no tecido adiposo  maior liberação de A.G. livres  sistema porta no fígado  A.G. é 
esterificado para colesterol, fosfolipídios de membrana, beta oxidação entre outros, o que é normal. Mas 
se há hiperinsulinemia e grande porte de A.G. no fígado  lipogênese hapática  diminuição da síntese 
de APO B-100 e de PMT, diminuição da beta oxidação e maior transcrição de elementos que inibem a 
lipogênese; inicia-se a produção e estímulo a SREBP, PPARδ  estimulasse a síntese de A.G. local. 
Quanto maior a quantidade de T.A. visceral, há maior quantidade de lipídeos presentes no fígado. 
 É uma célula maior que o T.A. subcutâneo e produz mais citocinas. 
 # Subcutânea 
 # Inguinal (gordura bege, pois tem ação termogênica). 
 - Marrom: região cervical, regiões de calor; mais em crianças. 
Achados 
 - Macroscópicos: Friável – consistência diminuída – ao toque, com aumento de volume, peso, aspecto 
amarelo, bordas arredondadas, untuoso ao toque – igual uma manteiga; gordura emulsificado na faca do 
corte, quando é fígado –. 
 # No coração: listas amarelas, com fibras 
musculares com a presença da gordura dentro dele. 
 - Microscopia: em anel de cinete (núcleo ao lado; 
aspecto macro vesicular), vesícula de gordura no 
interior da célula (micro), células balonizadas, com 
calcificação do esqueleto. 
 - Pode se ver vários quadros associadas: rendilhado, 
gordurosa, com região condensada; imagem ao lado. 
 # Quadro de esteatose hepatite: tricômio de 
Masson para identificação de colágeno. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
15 
 
Coloração especial: Sudam II (vermelho) ou IV (negro) ou óleo vermelho O marcam exatamente a gordura. 
 
Ácino de Rappaport: possui regiões. 
 - O ácino é uma região triangular do hepatócito. 
 - Região 3, 2, 1. 
 # Região 3: menos oxigenada, havendo menor síntese proteica  
geralmente a esteatose ocorre nela; é a região mais central. 
 
Fígado em noz noscada: em quadro de insuficiência cardíaca associada, 
onde há maior sangue acumulado. Havendo um aspecto mais avermelhado, perante a v. centro lobular. 
 
Arteriosclerose 
Definição: Termo genérico para descrever situações de endurecimento de artérias. 
Aterosclerose: lesão intimal – túnica íntima de forma exclusiva – de artérias de grande e médio calibre, que 
apresenta o acúmulo de lipídeos (lipoproteínas da família Apo B – principalmente de LDL, sendo essa lesão 
chamada de lipidose, por se trata de colesterol e ésteres – e remanescentes Apo E – quilomícrons –), 
elementos dos sangue, matriz extracelular sendo sintetizados e células inflamatórias. 
 - Há uma sequência para que as lesões ocorram. 
 - Aterosclerose é uma resposta inflamatória crônica da parede arterial à lesão endotelial. 
 - Pode ser reversível até a lesão do tipo II, pois não está estabilizada e não há acumulo de lipídio no meio 
extracelular. 
 - Lesão tipo I 
 # Não há uma visão macroscópica ainda. 
 # Visão microscópica: presença de macrófagos xantomizados ou células espumosas na túnica íntima. 
 # O receptor Scavenger não é regulado, de forma que ele tirar o LDL da superfície de forma exponencial. 
Quando o LDL se encontra oxidado, ele é considerado uma molécula imunogênica, sendo uma molécula 
inflamatória. 
 # Ocorre nas principais sedes: coronárias, aorta infrarrenal, carótida, artéria cerebral média e anterior, 
ilíaca, femoral, poplítea e polígono de Wills. 
 # A lesão tipo I e tipo II ocorrem em menos de 10 anos. 
 - Lesão tipo II 
 # Visão macroscópica – estriais lipídicas –: lesões amareladas, plana, não coalescente – não se uniu 
ainda, é focal –, dispostas ao longo do eixo do vaso e próximas à óstios vasculares – onde há turbilhamento 
maior do sangue –, excêntricas – de modo que ela não é ao redor de 
todos o vaso –. 
 - Lesão tipo III 
 # Mais de uma estria, porém não chega a ser do tipo IV. É mais extensa 
que a do tipo II. 
 # Placa pré-ateromatosa. 
 # Lesão em poucos milímetros. 
 - Lesão tipo IV 
 # Imagem ao lado: observar 
túnica íntima. Se sabe que é 
uma a. muscular pela túnica 
média.# Placa ateromatosa. 
 # Macro: lesões amareladas, 
coalescentes – se une, 
formando uma única lesão 
disposta ao longo do eixo do 
vaso –, excêntricas – crescem 
em direção a luz do vaso, 
diminuindo essa –, irregulares. 
 # Composta por matriz 
extracelular – tec. conjuntivo 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
16 
 
estimulado pela migração da túnica média para a íntima e fibras que são estimuladas e se tornam células 
produtoras de fibroblasto –, cristais de colesterol – colesterol extracelular, quando há deposição deste no 
interstício pois os macrófagos não dão conta –. 
 # Precisa-se entender que o endotélio é pavimentoso, de modo que a célula é bastante coesa, pois não 
tem como função a entrada de material plasmático. A disfunção endotelial altera a morfologia da célula, 
de modo que ela se torna globosa e permite que elementos entrem nessa túnica íntima. Na área já há 
necrose. 
 # Pode-se haver índice normal de colesterol e ter placas grandes de ateroma. Há outros fatores como 
diabetes, hipertensão, tabagismo – lesão endotelial direta (gera morte celular direta), menor produção de 
óxido nítrico sintase endotelial (o óxido nítrico é um potente anti-agregador plaquetário, vasodilatador) 
que possibilita maior estresse oxidativo e reação inflamatória –, agentes infecciosos, entre outros. Não é 
necessário ter hipercolesterolemia, de modo que é errado relacionar sempre com a alta de colesterol. 
 - Lesão tipo V ou placa fibroateromatosa 
 # Há mais tecido conjuntivo, havendo menos inflamação, sendo uma placa mais estável. 
 - Lesão tipo IV ou placa complicada 
 # Não é necessário passar pela de tipo V para chegar a ela. 
 # Há um processo inflamatório mais intenso, sendo menos estável e mais sujeita a alterações. 
 # Complicações: Se há estenose  isquemia e infarto. 
 Trombose (área de erosão 
confirmam trombose)  embolia. 
 Ateroembolo (embolo por 
rompimento da placa – principal área de 
rompimento do vaso, é a região do ombro, 
que é a área onde se encontra a parte menos 
elevada, excêntrica da placa)  com certeza 
haveria trombose. 
 Aneurisma. 
 Hemorragia intraplaca. 
OBS: Ao se falar de trombose deve-se falar 
do fluxo sanguíneo, calculado por Q (fluxo) = 
(Δpπr4) / 8L (comprimento) n (viscosidade). 
 
Mediosclerose ou Esclerose de Monkeberg: calcificação da túnica médica; não gera grandes transtornos ao 
indivíduo. Principalmente de artérias uterinas em mulheres mais velhas. 
Arteriolosclerose: 
 - Em arteríolas, podendo ser hialina ou hiperplásica. 
 - Hialina: lipohialinose  vista mais em casos de diabetes. 
 # Há produção de proteínas e lipídeos. 
 - Hiperplásica: visto principalmente em quadros HAS maligna, levando ao agravo do caso. 
 # Produção em maior quantidade de tec. m. liso, com aspecto de cebola. 
Lesão miointimal ou proliferação miointimal 
 - Não associada a presença de aterosclerose. 
 - A proliferação é uma reação à presença de Stents, que estendem a luz do vaso, ou em artérias de médio 
calibre após transplantes de órgãos. 
 
Hiper-homocisteína: é a cisteína metilada que, além de poder ter uma alteração enzimática, pode estar 
relacionada a uma hipervitaminose B – sendo a B9 a mais importante para remetilar a molécula –. 
 - Homociteíns auto-oxidade + espécie de oxogênio altamente reativas  aterogênese e trombogênese. 
 
Sudam II (vermelho) ou IV (negro) ou óleo vermelho também podem ser usados nesse caso. 
 
Xantomas gigantes: em tendões extensores em articulações metacarpofalangianas e paletas. 
 - Costuma ocorrer pela alta de LDL e baixa de HDL, em casos de dislipidemia. 
 - Há a presença de macrófagos xantomizados (célula grande, nebulosa, com aspecto de espuma) que 
deixam o citoplasma com aspecto mais retilíneo. 
 - Xantelasmas quando for na derme o acúmulo, principalmente na pálpebra. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
17 
 
Doença de Tangier 
 - Onde há o acúmulo de colesterol em tecidos periféricos e deficiência severa de HSL, onde o LDL não é 
retirado por essa baixa de HDL. 
 
 Glicogenoses 
Glicogenoses: as afecções decorrentes de erro metabólico hereditário que resulta em: anormalidade na 
concentração e/ou da estrutura do glicogênio em qualquer tecido do organismo. 
 - Uma alteração em uma das enzimas do tecido muscular pode levar a câimbra, mioglobinemia e 
mioglobinúria. Uma alteração lisossomal, pode levar a uma alteração lipossômica. 
Glicogenólise: fosforólise  glicose 1P (é liberada quando há a quebra do glicogênio). 
 Glicosidase α1  6. 
 Ligações glicosídicas: alfa1-4 e alfa1-6. 
 Dextrama necessita da “Oligo (α1  4) (α1  4) glicantransferase (4:4 transferase)” para ser 
translocada e liberar a alfa1-6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na doença de McArdle há o desgaste, com perda de 
mioglobina na urina, havendo uma alteração muscular, não sistêmica (hipoglicemia, por exemplo). 
Doença de VonGierke 
 - Afeta o fígado, rins e intestino. Leva a hipoglicemia sendo o glucagon um hormônio atuante no 
momento. Pode levar a doença renal progressiva, sendo uma lesão rica em acometimentos na via 
metabólica. 
 - Gota, hepatomegalia (não só pelo glicogênio, mas pela esteatose). 
 - Na disfunção da glicose 6Pase, há o aumento da glicose 6P na via. 
 # Glicose 6P  inibe a 6P desidrogenase  aumento do piruvato  aumento do ácido lático  acidose 
metabólica. 
  há hipoglicemia  aumento do glucagon  aumento da 
lipólise  aumento dos ácidos graxos livres  Krebs  aumenta produção de corpos cetônicos. Além 
disso há o aumento do citrato  ácido graxo + glicerol 3P  esteatose. 
  via das pentoses fosfato  formação de ribose 5P  
aumento da síntese de purinas  adenina e guanida  aumenta a síntese de ácido úrico. Além disso há o 
uso da glicose para geração de ATP (metabolização)  ADP  AMP  Adenosina  Inosina  
Hipoxantina  Ácido úrico  quadro de gota. 
  NADPH + H+  colesterol e ácidos graxos. 
  Aumento do piruvato  Acetil-CoA  Krebs  
aumenta produção de corpos cetônicos. Além disso há o aumento do citrato  ácido graxo + glicerol 3P  
esteatose. 
  Glicose 1P  Glicogênio. 
 
A glicogenose tem um núcleo mais corado que a 
degeneração hidrópica, sendo o ideal corar em PAS, vendo 
a natureza de carboidratos no interior na célula, pois 
ambas têm aspecto rendilhado, mas a glicogenose tem 
aspecto acidófila nas bordas (aspecto vegetal). 
 
90% da glicose 
α1  4 
Dextrama limite 
α1  6  glicose livre 
Maltase ácida ou doença de Rampe: 
é uma doença lisossomal de 
acúmulo, na qual uma enzima 
lisossomal tira pequenas 
quantidades de glicose da molécula 
 cardiopatia. 
 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjWwu6r257dAhXFkZAKHWkGBhkQjRx6BAgBEAU&url=https://www.ufrgs.br/patologiageral/degeneracao-hidropica/&psig=AOvVaw1rudrzAC3JvAtMVcGftf8V&ust=1536059939095777
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
18 
 
Doença lipossômica mucopolissacaridose (de glicosaminoglicanos) 
Exemplos: dermatan sulfato, queratan sulfato, sulfator condroitina, heparina, heparan-sulfato. 
Conceito: Doença metabólicas hereditária, resultante de erros inatos do metabolismo que levam ao mal 
funcionamento celular. 
 - A deficiência de lisossomos resulta no acúmulo progressivo de macromoléculas na célula. 
 - É uma alteração em enzimas presentes no lisossomo, como a doença de Pomp. 
 
A mucopolissacaridose leva a deficiência ou 
falta de enzima que digerem substâncias 
chamadas de glicosaminoglicanos (GAGs). 
Tem como consequência a excreção urinária 
aumentada destas substâncias parcialmente 
degradas.- Tende a gerar organomegalias, pois altera a 
capacidade de metabolismo em várias células 
em vários lugares diferentes. 
 - A perda do material na urina pode ser usada 
para caracterizar os tipos de 
mucopolissacaridose. 
 # Feito pela eletroforese em gel em que se separa moléculas que envolve a migração de partículas em 
um determinado gel durante a aplicação da diferença de potencial  moléculas separadas de acordo com 
o tamanho (as de menor massa migram mais rapidamente que as de maior massa). 
 - Alterações sistêmicas envolvem mão em garra, lábios grossos e língua com volume aumentado, altura 
abaixo do normal, hérnia umbilical, contratura das articulações, opacidade córnea. 
 
Morte celular 
Alterações post-mordem: alterações observadas e que não tenha ocorrida no indivíduo vivo. 
Classificação de Bori: são caracterizadas por fenômenos abióticos 
 - Abióticos: podem ser imediatos ou consecutivo, sendo a morte tronco-encefálica um importante 
classificado como imediato. 
 # Imediatos: Cessação circulatória, cessação respiratória, perda do tônus muscular, perda da 
sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa), imobilidade. 
 Morte tronco-encefálica  abertura de protocolo. 
Abertura do protocolo de Morte Tronco-encefálica 
Indivíduo, para ser doador, deve estar normotenso; normovolêmico e normotérmico. 
Exames clínicos (2 exames): indivíduos com 7 dias a 2 meses de idade – intervalo entre exames de 24h; 2 
meses a 2 anos – 6h; a mais de 2 anos – 1h. Antigamente era de 7 dias a 2 meses 48h, 2 meses a 1 ano 
24h, 1 ano a 2 anos de 12h e maior de dois anos de 6h. 
 - Avaliação do coma irresponsivo 
 # Deve-se observar a ausência da reação de retirada à dor  teste feito com a compressão bilateral do 
nervo supraorbital, articulação timparo-mandibular e leito inguinal (espátula). 
 - Teste da apneia 
 # Retira-se a cânula do aparelho e observa-se incursão respiratória (deve ser negativo). 
 - Avaliação dos reflexos dos pares cranianos. 
 # Caso aja agenesia – ausência de um deles –, hoje não é empecilho para continuar o teste, 
antigamente era. 
 # Reflexo pupilar (pares II e III): promover um estímulo luminoso sobre a pupila (30 segundos). Pupilas 
médio-fixas ou midriáticas significa reflexo negativo. 
 # Reflexo córneo-palpebral (via aferente ramo oftálmico do IV par craniano e via eferente VII par 
craniano): promover um toque delicado sobre a córnea (auxílio de uma gaze ou instilando 1 gota de soro 
fisiológico). Ausência do reflexo de “piscar” significa reflexo negativo. 
 # Reflexo óculo-cefálico (pares III, IV, VI, VIII): promover uma rotação da cabeça no sentido horizontal e 
vertical (mantendo o globo ocular aberto). Ausência, ao movimentar a cabeça do indivíduo, de 
movimento do globo significa reflexo negativo. 
 
 
 
http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiKlN6B057dAhXtt1kKHfMPAhcQjRx6BAgBEAU&url=http://tudoqueseprecisasabersobremps.blogspot.com/2014/04/&psig=AOvVaw0f0UM2KXxQlJHEHtHIxoOK&ust=1536057705538939
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
19 
 
 # Consecutivos: Rigor mortis, Livor mortis, Algor mortis TRÍADE DA MORTE, coagulação do sangue, evaporação 
tegumentar, embebição pela hemoglobina, embebição biliar. 
 Rigor mortis ou rigidez cadavérica: há 3 fases, a de pré-rigor (momento ainda de flacidez muscular 
devido a quantidade de glicogênio presente no músculo), a de rigor (diminuição do nível de glicose da área 
e aumento da quantidade de cálcio que leva a contração) e a de pós-rigor (proteólise da fibra muscular e 
degradação do tecido, indivíduo entra novamente em flacidez). A rigidez tem sentido crânio-caudal e dos 
maiores músculos para os menores, sendo assim a cronatologia tem início na cabeça e pescoço, seguido 
por tórax e abdôme, MMSS e MMII. Pele anserina  contração dos mm. piloeretores, de modo que falam 
que “o cabelo cresce”. 
 x As alterações que determinam o Rigor mortis pode ser esquematizadas da seguinte forma: 
morte (1º fase, pré-rigor)  ausência de circulação  diminuição do oxigênio  flacidez da musculatura 
 aumento da glicólise anaeróbica/produção de ATP (aumento do ácido lático que leva a redução do pH) 
 diminuição do glicogênio que leva a queda do ATP  exaustão do ATP que deixam a actina e a miosina 
unidas (2º fase, rigor)  destruição das miofibrilas (há enzimas que agem nessas)  flacidez muscular 
pós-rigor (3ª fase). 
 Livor mortis ou hipóstase cadavérica ou lividices: caracteriza-se pelo acúmulo de sangue nas partes 
mais declivosas do corpo pela ação da gravidade, que se encontra inerte por ausência de circulação de 
acordo com a posição do cadáver. Assim pode ser observar o posicionamento no momento de óbito, 
sendo geralmente vinhosa, rosa – se mudar a cor, pode-se suspeitar de morte por intoxicação por 
monóxido de carbono, em caso de aspecto mais cereja da pele, entre outros –. Após 8h há a fixação da 
lividiase; mas não há um tempo de fixação ou de surgimento exato dessa; sabe-se que se inicia em alguns 
minutos e se fixa com horas. 
 Lividiase X equimose (padrão de 
sangramento, coleção de sangue, frente a um 
processo hemorrágico; padrões macroscópicos 
hemorrágicos; antes da morte ou ante-mortem; 
não pode ser caracterizado como hematoma): 
deve-se observar, para diferenciar, o local de 
formação, migração, compressão digital, 
intensidade da cor pela causa mortis, em casos 
de incisão e na infiltração. 
 Algor mortis ou frialdade cadavérica: é 
igualar a temperatura do corpo com a do 
ambiente; sabe-se que nas primeiras 3 horas 
tende a cair meio grau por hora e, 
posteriormente, um grau por hora; não é tão 
simples assim. O panículo adiposo dificulta o decaimento da temperatura; quando se pensa na circulação 
do ar, quanto maior a circulação, mais rápido o decaimento; líquidos ajudam (sem levar em conta a 
temperatura deste); e a temperatura ambiente influencia diretamente. Além disso, pode-se pensar na 
massa corporal e superfície de contato (varia com a idade), a quantidade de roupa e tecido. 
 - Indivíduos, para serem doadores, não podem ter neoplasia, HTLV I ou II, sepse não controlada. 
 # Reflexo vestíbulo-calórico (VIII) – intervalo de 5 minutos e cabeça em 30º –: instilar 50ml de soro 
fisiológico gelado no conduto auditivo. Ausência de nistagmo significa reflexo negativo. 
 As membranas timpânicas devem estar integras. 
 # Reflexo de tosse (pares IX e X): promover um toque delicado com o auxílio de um tubo orotraqueal na 
carina traqueal. Ausência do reflexo de tosse significa reflexo negativo. 
 Deve ser feito 2 vezes e o intervalo depende da idade (com intervalo que depende da idade). 
Exames complementares: 
 - Teste clínico de apneia. 
 - Sangue arterial: paCO2≥55mgHg e ausência de incursão respiratória. 
 - Eletroencefalograma (mede atividade elétrica e negatividade isoelétrica). 
 - Arteriografia; doppler (fluxo). 
 
 
 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj3iOPt4Z7dAhVJhJAKHemoA4UQjRx6BAgBEAU&url=https://slideplayer.com.br/slide/5634703/&psig=AOvVaw3BzrXAPccUzkabo4nlek3F&ust=1536061690189996
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
20 
 
 - Bióticos: pode ser destrutivo ou conservador. 
 # Destrutivos: autólise (destruição de um tecido por enzimas proteolíticas advindas de lisossomos 
rompidos – do próprio tecido – havendo perda de limites celulares, diminuição da afinidade tintorial e 
ausência de reações inflamatória e a presença de hemólise), putrefação (ação de enzimas proteolíticas de 
MOs saprófitas), maceração (desprendimento das mucosas, principalmente as gástricas), coliquação 
(destruição do parênquima, visto, principalmente, em órgãos sólidos). 
 # Conservações: muitas vezes frente a ações externas, como a mumificação, corificação, 
saponificação/adipocira (tecido adiposo em contato com agentes saponificantes) e petrificação. 
 
Necrose: morte celular (oncose), seguida de autólise, no indivíduo vivo (não ocorre no indivíduomorto – 
autólise sim). É um evento fisiológico de causa patológica (apoptose pode ser de causa fisiológica ou 
patológica). 
 - Todo processo de necrose tem que gerar um processo inflamatório pois ativa receptores de resposta 
inata, como PAMPs e DAMPs (padrões de dano celular). 
 - Há o aparecimento de características 
morfológicas como um núcleo mais 
acidófilo/eosinofílico, podendo ser 
classificado como picnose 
(condensação/retração da cromatina – 
diminuição do pH – aspecto mais denso 
e escuro), cariorexe (fragmentação da 
cromatina e do envoltório nuclear) e 
cariólise (digestão/lise da cromatina; se 
observa a ausência do núcleo) e o citoplasma mais eosinofílico (pela perda de ribossomos e ligantes). 
 - O tempo para necrofamerose (variações citoplasmáticas e nucleares, como as citadas) varia com o tipo 
de tecido, temperatura, circunstâncias metabólicas e o método de observação empregado. 
 # Primeiro se observa alterações subcelulares, em seguida alterações microscópicas, em cerca de 6 
horas, e, por última, macroscópicas. 
 
 - Nomenclatura das necroses: de acordo com causa e local (morfologia) 
 # Necrose isquêmica ou de coagulação: causa como diminuição/falta de suprimento sanguíneo para um 
órgão ou região orgânica  aumento do pH  eosinofilia/acidofilia citoplasmática; e microscopicamente 
com aspecto gelificado ou coagulado das proteínas. 
 É a mais frequente. 
 Em processos de isquemia/obstrução de artérias em órgãos sólidos de circulação terminal – 
irrigados somente um vaso, há um quadro chamado de aspecto de cunha – macroscópico – uma área 
esbranquiçada, mais dura de forma piramidal; baço, rim, fígado e coração. Quando a obstrução for venosa, 
haverá um aspecto hemorrágico, independente do órgão. Caso a obstrução seja em 
órgãos com colaterais – ou órgãos frouxos – o aspecto será hemorrágico, 
independente se há coagulação pois há inundação do local; intestino. 
 A parte branca é onde a artéria bloqueava, onde há desnaturação de 
enzimas, entre outros, nas imagens mais à direita. Já na imagem 
mais a esquerda se observa um aspecto hemorrágico. Em ambas 
se vê um halo hemorrágico, uma área reacional a isquemia, 
havendo a formação de uma “borda” em torno da área isquêmica 
ou hemorrágica. 
 Achados morfopatológicos 
microscópicos: preservação da 
arquitetura/arcabouço celular, 
chamado de restos fantasmas (na 
imagem mais a esquerda é a região à 
direita), onde há a manutenção do 
tecido, com desnaturação de 
proteínas estruturais e enzimáticas, 
sendo que os leucócitos se 
http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjdqfq5857dAhWomOAKHWF6DhgQjRx6BAgBEAU&url=http://anatpat.unicamp.br/lamdegn22.html&psig=AOvVaw1jVQ35zf2vhFdz6ZgoK-8q&ust=1536066401442388
http://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjdqfq5857dAhWomOAKHWF6DhgQjRx6BAgBEAU&url=http://anatpat.unicamp.br/lamdegn22.html&psig=AOvVaw1jVQ35zf2vhFdz6ZgoK-8q&ust=1536066401442388
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
21 
 
direcionam para o fluxo de 
necrose a partir da periferia 
para a remoção das células 
mortas. Primeiro há a perda dos 
núcleos centrais  células 
inflamatórias entre os 
miocardiócitos necróticos  
neutrófilos entre as células do 
tecido. Nas regiões próximas, 
caso seja um tecido cardíaco, 
visto na imagem ao lado, pode-
se reparar células hipertrofiadas 
próximas a região de necrose – 
acidófila, mais corada –. 
 Na imagem mais a esquerda 
ao lado se observa uma necrose 
hemorrágica do intestino. Na 
imagem mais à direita se vê no 
pulmão a área de necrose da parede 
alveolar, de modo que suas células se encontram mais 
acidófilas, pode ser observar células vermelhas no 
lúmen, por ter se tratar de uma necrose hemorrágica, 
macrófagos fagocitando a hemossiderina – por ser 
tratar de uma necrose hemorrágica – e partes 
necróticas. 
 # Necrose liquefativa ou coliquativa: causa como 
perda do parênquima, aspecto liquefeito que ocorre em casos de isquemia 
(encéfalo, adrenais e tecido gástrico) ou em abcessos (padrão inflamatório 
com neutrófilos, proteases, elastases; membrana piogênica; ocorre em 
qualquer local, independente do órgão). Nessa não costuma haver perda 
completa e sim uma redução acentuada da circulação, suficiente para a 
“morte dos neurônios”, mas que não impede a chegada de células 
sanguíneas do local da lesão, havendo um rápido aparecimento de células 
fagocitárias  removem em poucos dias o material necrótico. 
 Se observa uma natureza lipídica do local. 
Há a presença de neurônios vermelhos, que é por uma acidofilia 
citoplasmática e picnose nuclear. Devido a natureza lipídica do local há uma 
área de edema, uma área de cavitação – mais clara –, uma inflamação 
perivascular e outras células, como macrófagos e microglia devido a rápida 
fagocitose da mielina ficam com um aspecto espumoso do citoplasma e 
passaram a ser chamadas de células grânulo-adiposas ou células de Gitter 
(24h). Por fim, astrócitos gemistocísticos (fibrose inicial, fibrilas gliais) e 
fibrosos (maior consistência das fibrilas) que geram substituição da área por 
proliferação citoplasmática – imagem ao lado –. 
Em ordem de maior para menor sensibilidade há hipóxia (o que 
engloba a isquemia) se encontram os: neurônios, os oligodendrócitos, 
astrócitos e a micróglia (mais resistente). 
No abscesso (inflamação purulenta circunscrita, com coleção de puz em 
uma cavidade neoformada e circundada por membrana piogênica; imagem ao 
lado) há um tecido de granulação (tecido conjuntivo, vv. sanguíneos, fibroblastos 
e colágeno), seguida por uma camada de piócitos (céls. PMN, como neutrófilos), 
e mais interiormente, o Debis celulares, ou pus, onde há muitos piócitos 
(neutrófilos necróticos) e fibrina. A liquefação, pus, é consequência dos 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
22 
 
neutrófilos e das hidrolases que eles liberaram. Pode haver calcificação distrófica (associada a área de 
morte celular) ou metastática (associada a hipercalcemia, não necessariamente a uma lesão anterior). 
 # Necrose caseosa: caseum = aspecto de massa de queijo; ocorre em qualquer tecido; branco, friável, 
com aspecto nem sólido nem liquefeito, que se fragmenta facilmente; lembra uma ricota. O aspecto 
microscópico é de massa homogênea com perda dos detalhes estruturais, grânulos e acidófilo. 
 A necrose pode ocorrer por um agente ou por um 
processo inflamatório, chamado de granuloma. A região 
caseosa, central, tem ácido micólico, e, por hipóxia sofreu 
apoptose. Há a ação de citocina, linfotoxinas como IFN-γ e 
TNF-α. 
 O granuloma é um processo inflamatório organizado 
com presença de macrófagos e seus derivados (células 
epitelioides – macrófagos mais alongados em aspecto em 
paliçada –, células de Langhans – tem esse nome quando está 
localizada na periferia; gigantócitos; 30-40 núcleos – e Muller 
– células gigantes não organizadas –) e anéis de linfócitos. O 
padrão inflamatório é importante para ativação do macrófago para que ele possa produzir óxido nítrico e 
outros agentes e se tornar microbicida. A consequência desse processo é a caseificação da região central. 
 Agentes infecciosos específicos: Mycobacterium 
tuberculosis (formação do granuloma – hipersensibilidade 
tardia ou do tipo IV – desencadeada por um processo 
inflamatório por linfócitos TCD4), Francisela tubarensis e 
Paracoccidioides braziliensis. 
 Área de caseificação primária é chamada de nódulo 
de Ghon, e uma área linfonodal de necrose e caseificação, 
que junto a primeira, forma o complexo de Ghon (vistos na 
imagem à direita)  complexo de Hank quando estiver 
calcificada. 
 Uma das consequências é a produção de cápsulas de tecido conjuntivo, de forma que ele ganha 
uma cápsula fibrosa. Além disso, há a calcificação – processo mais comumente visto nesse tipo de 
mecrose. 
 # Esteatonecrose: tecido adiposo; necrose 
gordurosa; tem a saponificação (reação do ácido 
graxo frente a ação da lipase, que junto ao cálcio 
forma umaconcreção cerácia – 
macroscopicamente chamado de pingo de vela); 
principal causa para o processo são pancreatites. 
Comum na pele, mama, retroperitônio e epiplon. 
 Adipócitos com tamanho distinto, com 
aspecto de nuvem/“clouding”. 
 Independente se foi por obstrução 
ductal, lesão direta ou ativação da própria célula, 
há a liberação de elastases, amilases, entre 
outros, dentro do ambiente  pancreatite 
aguda. 
Etiopatogênese: lesões traumáticas, 
isquêmicas ou química podem levar à ruptura de células adiposas. 
Formas de evolução das necroses: pode ser por regeneração, cicatrização, encistamento, a calcificação, 
a eliminação, a necrose gangrenosa. 
Enquanto a regeneração depende do tipo de tecido: 
 - Tecidos com células lábeis: epitélios. Possuem capacidade regenerativa dependendo do tamanho da 
área lesada. Céls basais e hematopoiéticas. 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
23 
 
 
 - Tecidos com células estáveis ou quiescentes: glândulas – fígado, salivares, m. liso. Têm capacidade 
regenerativa dependendo do tamanho da área lesada. Cé.s mesenquimais (mm. lisas, fibroblastos). 
 - Tecidos com céls. perenes: tecido nervoso, muscular estriado. Células não retornam ao ciclo celular. 
 
Quando há destruição da matriz reticular, no fígado, há cicatrização (substituição da área por tecido 
conjuntivo; não é regeneração – substitui a área por tecido idêntico ao original –). 
 
O encistamento é o envolvimento da região por uma cápsula, absorvendo a área de necrose 
lentamente. 
 
A eliminação é por eliminação do tecido necrótico para fora do organismo por meio de um canal; pode 
haver a formação de fístulas – comunicação artificial criada por enzima líticas, entre outros, gerando 
um novo meio de comunicação –. 
 
A necrose gangrenosa é resultante da ação de agentes externos sobre o tecido morte. 
A seca (imagem à direita) é por perda de água para o ambiente, ficando retraída e com 
 aspecto mumificado; há aspecto negro por impregnação por 
 hemoglobina. A úmida (imagem à esquerda) ou pútrida é quando o tecido se contamina 
. com bactérias saprófitas, geralmente anaeróbicas e produzem enzimas e fosfolipases 
. (digerem o tecido). Há também a gasosa (imagem à direita), quando há 
 bactérias contaminantes do gênero Clostridium que levam a um aspecto 
 sanguinolento da região devido a proteólise, sendo um aspecto mais 
 enegrecido, com a presença de gases. 
 
 Caspases 
 - É uma protease com uma cisteina em seu sítio ativo (cisteíno-proteínas) que clivam seus substratos 
nos resíduos de ácido aspártico. 
 - Podem ser iniciadoras (8, 9, 10) ou executoras (3, 6, 7). 
 - Família BcL-2: anti-apoptóticos (Bcl-2 e Bcl-xl), pró-apoptóticos (Bax e Bak) e sensores (BID, BAD). 
 
Primeiro há a via extrínseca, onde há o estimulo por vírus ou neoplasia. Em seguida há a via 
mitocondrial onde há a ação de genotóxicos, ERRO’s, ésteres de etanol (estimula apoptose 
principalmente do hepatócito), aumento de íons cálcio, proteínas mal dobradas no retículo (importante 
em quadros de Alzheimer – proteína que forma o amiloide beta, que é resistente à proteólise que é 
depositada perifericamente no neurônio, induzindo a própria apoptose) e há hipóxia. Em terceiro há a 
ação de L.T. citotóxicos e em seguida a diminuição de estímulo em receptores de dependência. 
 
A via extrínseca ou de receptor de morte, que é percebida pelos LTCD8, que tem o Fas-L, da família 
TNF-R que tem ação apoptótica, sendo que ao se ter um linfócito T, por exemplo, e ocorre a ligação e o 
reconhecimento  expressão no citoplasma de uma plataforma de morte (expressão de FADD e DED – 
domínio de morte expressor)  estimula a 1ª caspase ativadora da via  ativa as caspases efetores  
ativam proteases (fragmentação do citoesque- 
leto). Quando a caspase 8 se torna ativa, ela cliva 
no citoplasma em caspases executoras e em BID. O 
sensor BID se torna BIDT (truncado) que 
aumenta a expressão de p53 e inibe 2 recep- 
tores da mitocôndria, o BCL-2 e BCL-xl que 
controlam a saída de elementos da mitocôn- 
dria  aumento da permeabilidade mito- 
condrial  saída de elemento pro-apoptó- 
ticos da membrana para o citoplasma  
ativação da via mitocondrial ou intrínseca, 
onde há as ações citadas previamente. Os 
pró-apoptóticos ativam a Apaf-1 que junto 
com o citocromo C formam o apoptossomo, 
que necessita de ATP  ativa a caspase 9  
https://www.google.com/search?biw=1121&bih=1075&tbm=isch&sa=1&ei=JmyWW_7jMcP7wgT7qYVQ&q=necrose+gangrenosa+seca&oq=necrose+gangrenosa+seca&gs_l=img.3..0.27707.28426.0.28564.5.3.0.2.2.0.245.245.2-1.1.0....0...1c.1.64.img..2.3.252....0.ghKE4Po9HXo
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
24 
 
 # Necrose fibrinóide: semelhante a fibrina, tendo processos de vasculite autoimune  polimerização do 
fibrogênio em fibrina, ocorrendo a deposição deste em aspecto em chama de vila. 
 # Necrose gomosa: padrão morfológico de apresentação, de bomba arábica; presente em quadros de 
sífilis – Treponema pallidum. 
 
Ponto de não retorno: Para se saber o ponto de não retorno deve-se levar em conta a calcificação do local. 
 - Bioquimicamente: tem como ponto o aumento do Ca++ intracitoplasmático  aumento do íon cálcio (50 
a 100 vezes mais em comparação ao citoplasma) nas mitocôndrias;  aumento 10.ooo vezes mais fora da 
célula do que dentro;  ativa enzimas citoplasmáticas como fosfolipases (rompimento lisossomal, 
liberando hidrolases que levam a autólise), endonucleases, que promovem a própria degradação da célula. 
 
 Alterações pós-mortem 
Coágulo cruórico e lardáceo. 
A tromboquinase que irá desencadear a formação de coágulos  células endoteliais, leucócitos e 
plaquetas em hipóxia. 
 - Átrio e ventrículo direito possuem menor massa que no VE e AE. No VD há maior chance de se encontrar 
coágulos, sendo comuns na morte agônica e insuficiência cardíaca. 
 
Coágulos: massa solta, não 
aderida a parede do vaso; 
indivíduo deve estar morto no 
sistema cardiovascular; não é 
observado em lâminas. 
Trombo: sempre estará fixo, 
aderido à parede do vaso; 
indivíduo deve estar vivo no 
sistema cardiovascular; é friável, 
formando tromboêmbolo; e, por 
formar linhas estruturadas, pode ser visto macro e microscopicamente (em lâminas). 
 
Embebição: por hemoglobina dando aspecto avermelhado ao órgão. Pela bile há aspecto amarelado. 
 
Conclusão 
Apoptose é um mecanismo de morte celular regulada (nem toda apoptose é programada). Pode ter 
estímulos fisiológicos (fim da menstruação) ou patológicos (células neoplásicas, infectadas por vírus, 
corticoides, ésteres de etanol – formado no etilismo –. 
 - A perda das membranas interdigitais se dá pela apoptose (fisiológico). 
 - Como estímulos temos as caspases, proteínas da família Bcl-2, como visto, mas há vários outros. 
 - Há retração celular (célula em menor tamanho, citoplasma denso, ornagenlas compactas), condensação 
da cromatina, formação de “bolhas” citoplasmáticas e corpos apoptóticos. 
Diferenças entre Trombo x Coágulo 
Trombo Coágulo 
Seco/opaco Úmido/brilhante 
Sempre aderido à parede do vaso Sempre solto dentro do vaso 
Ineslástico 
Somente se forma após o 
óbito (sist. cardiovascular) 
Massa estruturada 
Massa desestruturada de 
sangue 
Linhas de Fahn – aspecto laminado Formato do vaso 
liberaproteases  ativa as caspases 3, 6, 7. Além disso, junto a caspase 9, há o SMAC-diablo que inibe 
os IAPs presentes nas caspases, de modo que não há a inibição de apoptose. As proteases liberadas 
liberam a endonuclease G, responsável pela cariorrexe, e a AIF, que é responsável pela condensação da 
cromatina, picnose. 
O fosfatilserina presente na face intercitoplasmática da célula que é expresso na superfície externa na 
falta de ATP, de forma que o macrófado o identifica. Ele é um QRS. 
Há também a via pela ação das granzimas, que podem clivar BID em BIDT, ativam caspases 10, e 
também tem ação na caspase 3. 
 
Deve-se saber que o Bcl-2

Outros materiais