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Genética e Diagnóstico Molecular

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Genética 
3º Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Vieira Queiroz Almeida 
2º Semestre 2018 
1 
 
Genética 
2º Semestre 2018 
FAMINAS - Profª. Fernanda Freire 
Estudante: Juliana Vieira Queiroz Almeida 
 
Para a aula 
Trabalho de técnicas de diagnóstico molecular (15pts): Diagnóstico molecular aplicado à medicina 
humana. 
 - Doenças genéticas em geral → Hermes Pardini. 
 - Lugares: Hermes Pardini, origem, gene, procriar, fundação hemominas. 
Caso clínico: sempre referente a aula anterior. 
Livros para estudo: Genética Humana – Borges-Osório. 
 
Introdução genética aplicada à medicina nos dias atuais 
Acidente genético: não é hereditário, não pode ser previsto nas cromossomopatias. 
 - Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21 (é a mais comum e há um cromossomo a mais em 
todo cromossomo 21), pode ter maior risco em casos de translocação, mas não é sempre que há essa que 
há a síndrome. 
 # Mosaico: ocorre durante a formação do embrião, não na gametogênese; não há uma célula a mais em 
todos os cromossomos 21. Exemplo: 46XX/47+21 
 # Foi conseguido inativar por meio da condensação do gene, inibindo sua expressão. Para isso deve-se 
saber o gene específico – não se sabe para todas as doenças. 
 - Síndrome de Turner: sempre mulher, costuma ser baixa, ter infantilismo sexual, tórax em escudo – mais 
aberto –, são estéreis – não menstruam. 
 - Triplo X: sempre mulher. 
Mutação nova: quando não provém do pai ou da mãe (nenhum dos dois possui a mutação), de forma que o 
indivíduo muta e desenvolve a doença. 
 # O erro, a mutação, costuma ocorrer na gametogênese. 
 A mulher possui cerca de 400mil ovogônias, nasce com um número de ovócitos primários e na 
puberdade essas viram ovócitos secundários. 
 O homem nasce com espermatogônias constantemente, de modo que sempre há replicação 
desses. Quanto mais duplicações de DNA, maior a chance de haver mutações, logo, um homem mais 
velho possui mais chance de ter mutações acumuladas. Além disso, o processo de reparo é falho, pois a 
produção de espermatozoides é muito rápida. 
 # Nanismo – mutação de um nucleotídeo – e síndrome de Crouzon. 
Doença genética: doença com origem, estimulado, predisposta por um gene. Toda doença hereditária é 
genética, nem toda doença genética é hereditária. 
 - Pessoas consanguíneas possuem maior chance de portarem o mesmo gene de modo que é maior a 
chance de haver o desenvolvimento da doença. 
Doença multifatorial: pode ser monogênica, mas necessita dos fatores externos. Diabetes, fenilcetonúria. 
Monogênica: albinismo, daltonismo, hemofilia – fator IX –, anemia falciforme, fibrose cística – mutação 
em proteína de membrana que faz transporte de sódio e cloro nos alvéolos pulmonares e sistema 
digestório–. Toda doença monogênica é hereditária. Se você nasceu com a mutação você manifesta a 
doença; fatores externos não interferem. 
 
HLA é o gene mais polimórfico que existe, de modo que é difícil achar um compatível, difícil ser 100% 
compatível. É importante na leucemia. Ele produz o MHC, que tem função de reconhecimento de 
antígeno, ativando o sistema imunológico, por isso ele é muito polimórfico, pela variedade de antígenos; 
por isso transplante de órgãos é difícil. 
 
Epigenética: “Você é o que você faz”, ou seja, o meio atua permitindo ou inibindo a expressão de um gene. 
 - Alguns alimentos são cancerígenos por “estimularem”/”abrirem” genes que cooperam para o 
desenvolvimento de câncer; não comer gordura, não sofrer estresse, entre outros ajudam a não abrir o 
gene; outros alimentos ajudam a fechá-lo, dificultando sua expressão. 
 - A alimentação, o hormônio, a mente, entre outros são alguns meios. 
2 
 
Citogenética clínica: Por meio da organização genética se observa possíveis mutações, entre outros. A 
organização do cromossomo se dá, de uma extremidade para outra, braço cromossômico, centrômero – 
constrição primária – e pode haver uma constrição secundária. Há o braço de cima, P (petit), e o de baixo, 
Q, sendo necessária uma coloração quando ele é metacêntrico (braços do mesmo tamanho). 
 
Variação genotípica: SNPs – Polimorfismos de base única –. É alteração de uma única base que leva ao, por 
exemplo, aumento da pré-disposição ao coagulamento do sangue – costuma ser feito antes de cirurgias –. 
Variação fenotípica: Alterações na cor da pele, dos olhos, dos cabelos, maior ou menor risco para 
desenvolver doenças crônicas, entre outros. 
Sequenciamento de exons/exomas: são as sequências codificantes do DNA. 
 
PCR: Reação em cadeia da polimerase. 
 - Para se saber o sexo do feto se faz a coleta do sangue materno, faz PCR e se tem a eletroforese. O 
homem, XY, possui o gene SRy, que é específico – assim não há falsos positivos – e o visto na eletroforese. 
 - Huntington: doença genética monogênica autossômica dominante. É de manifestação tardia, 
geralmente após os 30 anos. É um distúrbio neurológico que compromete os movimentos do corpo até a 
paralisia. 
 
Tipos de DNA 
DNA nuclear: DNA contido no núcleo celular. 
Gene: porção do DNA que codifica a proteína. 
Proteínas histonas: proteínas globulares, são 8 no total, catiônicas – de 
carga positiva – que facilitam a formação do nucleossomo – 8 histonas 
com 2 voltas de DNA – até que o DNA ganha forme de cromatina – DNA 
enovelado –. 
Projeto DNA: mostra que o genoma (3000 Megabases) é majotariamente 
formado por DNA extragênico (2000Mb) e sua minoria (1000Mb) é 
formado por genes e sequências relacionadas. Dos extragênicos há os 
telômeros, localizados na ponta do cromossomo, que são 
DNAs/sequências repetitivas; há os transposons (90Mb) – elementos 
geneticamente móveis, saltam rapidamente e não costumam interferir –, LINE, SINE, LTR (os três 
totalizam 1390Mb). Além desses há os RNARIBOSSÔMICO, TRANSPORTADOR, entre outros que são cerca de 600Mb, 
os microssatélites (90Mb) que são o que diferem os homens – teste de paternidade, medicina forense –, 
entre outros. E dos genes e das sequências relacionadas (55Mb) são genes – regiões codificantes ou éxons 
– e a maioria (945Mb) são íntrons e UTRs – que saem, porção antes da metionina e porção final após o 
códon de parada – ou pseudogenes – sequência muita parecida, mas que não é traduzida. 
 - Telômero: TRF-1 – regula o tamanho do telômero – e TRF-2 – que protege o telômero da fusão e de 
enzimas responsáveis por mecanismos de correção de danos de DNA –. Essa correção não pode ocorrer 
pois o corte do telômero faz a célula morrer antes da hora. 
 # Síndrome de Werner: associada a perda de telômeros ou com 
telômeros menores, de forma que a pessoa envelheça mais rápida. Ela 
também pode ser adquirida quando há deficiência no reparo, de modo 
que a TRF-2 não funcionou devidamente e a pessoa envelheceu mais 
rápido. Pode ser hereditária – autossômica recessiva –. 
 # Enzima telomerase: uma transcriptase reversa de RNA com uma sequência AAUCC complementar a 
sequência do telômero – TTAGG – que tem como função de reconstituir o telômero. Ela percebe que o 
telômero perdeu algumas bases e as substitui. 
 Na imagem a direita se vê o sentido da 
transcrição, como a RNAPOLIMERASE age (sentido 
3’-5’), a região promotora que antecede o 
códon iniciador, assim como o códon stop. 
 A região promotora da telomerase 
deve ficar tampada e, atualmente, há muitas 
3 
 
coisas que fazem com que esse gene seja expresso – radiação, alimentos, o que geralmente se houve dizer 
que contribui para o câncer –. 
Prova: Lembrar que na transcrição a fita molde é sempre no sentido 3’-5’ e lembrar que RNA tem uracila e 
não timina. Prestar atenção na fita! Transcrição começa após a região promotora – não tem íntron ou 
éxons – onde há o “TATAbox”, que é onde a RNAPOLIMERASE vai se ligar (sem começar a transcrição) para 
começar a transcrição – na região codificador do RNA; a tradução que começa a partir do códon iniciador 
(ATG). RNA mensageiro; se tem íntron é o RNA imaturo. 
 - Há necessidade da sinalização do TATAbox e de outros fatoresde transcrição aderidos ao RNAPOLIMERASE 
para que o processo de transcrição comece a ocorrer. 
 Sem a telomerase o feto morreria antes de nascer, de modo que ela é muito importante no 
crescimento fetal. Após o nascimento ainda há, mas com o tempo a enzima deve ficar enovelada. 
 - Transposons causam hipercolesterolemia, hipertrofia muscular, entre outros. 
 - Os íntrons são partes da região promotora, ou seja, que inicia a tradução. Sem a região promotora não 
tem como ser produzido, pois é nela que a RNAPOIMERASE age – ela age no gene necessário pro local, por 
exemplo, da insulina, da queratina, entre outros – mostrando a célula qual o gene que deve ser localizado e 
traduzido. 
 # O tumor desregula a expressão gênica → várias células diferentes. 
 - UTR: A UAG – metionina – é o start códon e as proteínas anteriores a ela ou posteriores ao stop códon – 
UAG, UAA, UGA – não são traduzidas e são chamadas de UTR. 
 - Há doenças que são originadas em íntrons e em UTRs. 
 
Morte celular programas: o telômeros tem o mecanismo de “relógio despertador”. 
 - Encurtamento dos telômeros → tamanho crítico → alarme (sinalização pela P53) → senescência e 
apoptose. 
 - Células somáticas não possuem telomerase → encurtamento do tamanho dos telômeros → ativação 
dos sistemas de senescência e apoptose não são ativados → morte. 
 - Células cancerígenas possuem telomerase → manutenção dos telômeros → sistemas de senescência e 
apoptose são ativados → células imortais. 
 
DNA mitocondrial: contido na mitocôndria possibilitando sua replicação; de herança materna, pois as 
mitocôndrias no espermatozoide se concentram no flagelo e no corpo são de baixa quantidade. 
 - É circular; possui 37 genes e 16 Kb. 
 - Não sofre reparo (se acontecer mutação, não tem jeito). 
 - Possui alta atividade metabólica, sofrendo muitas mutações → alterações nele podem ser hereditárias 
ou adquiridas. 
 - P53 não atua no DNA mitocondrial. 
 - Neuropatia óptica hereditária de Leber → causa cegueira. 
 - Doenças musculares e neuropatias. 
 
Bases moleculares da hereditariedade 
Nucleotídeo: base nitrogenada (adenina, citosina, guanina, timina) + pentose (açúcar de 5C) + fosfato. 
 - A base se liga ao carbono 1’ e o fosfato ao 5’, sendo a ligação fosfodiéster a que ocorrer em uma mesma 
fita. 
 - Síntese de novas cadeias: sentido 5’ para o 3’ → de maior agilidade. 
Bases púricas ou purinas: adenina e guanina. 
Bases pirimídicas ou pirimidinas: citosina, timina e uracila. 
Estrutura do DNA: fita paralela dupla fita ligada por pontes de hidrogênio. 
 
4 
 
Replicação do DNA: pode ser unidirecional – há uma forquilha de 
replicação na qual há a geração de duas fitas, cada uma com uma 
parte do DNA parietal – ou bidirecional – há duas forquilhas de 
replicação na qual há a replicação em vários pontos da fita, sendo 
de maior eficiência –. 
 - Serve para replicação celular. 
 - Em toda fase S, há a interfase, ou seja, há o aumento do 
material genético para duplicação celular. 
 - A fase G zero, na qual não há replicação, pode ser pois 
ocorreu uma mutação e essa necessita ser corrigida. No 
câncer a célula acumula mutações e não há correções 
suficientes. 
 - A mutação também pode ser tridimensional, ocorrendo 
em vários sentidos, havendo grande risco de 
mutação havendo necessidade de muitas proteínas 
corretoras. 
 - DNAPOLIMERASE do tipo 3: faz a adição de nucleotídeos 
somente na fita nova ser formada e só consegue agir do 
sentido 5’-3’. Ela age então na fita parietal reconhecendo 
a extremidade 3’-5’. 
 - Replicação semi-conservativa: a contínua é chamada 
assim exatamente por isso. Na descontínua ela só age 
quando há um 3’ → fragmentos de Okasaki – demora 
mais, pois deve esperar a extremidade 3’ ser 
-- exposta –. 
 - Enzimas: topoisomerase/girase – distorce a fita para 
que ela fique na conformação vertical. 
 Helicase – quebra as ligações de hidrogênio, separando as fitas. Ela traz a primase com ela. 
 Primase – sinaliza o início do segmento de Okasaki para DNAPOLIMERASE saber onde ela deve 
atuar. Atua somente na fita descontínua. Ela leva o primer. 
 SSP: Cada bolinha branca da imagem na página seguinte, é uma proteína de ligação de fita 
simples (SSP) que não permite que fita de DNA se enovele novamente antes de ser duplicado. Estabilizam 
o DNA. 
 DNAPOLIMERASE 1: sintetiza os nucleotídeos entre os segmentos de Okasaki e outros. Atua 
somente na fita descontínua. 
 DNAPOLIMERASE 3: tem uma enzima para cada fita e replica a fita formando uma fita nova. Atua 
em ambas as fitas. 
 Ligase: ela passa unindo a fita descontínua evitando que haja mutações ou nenhum problema. 
Atua somente na fita descontínua. 
 
OBS: As outras DNAPOLIMERASE atuam no reparo. 
 
É importante lembrar que a metionina só é encontrada na tradução; região promotora não é transcrita, 
mas é traduzida; A transcrição começa a partir do primeiro nucleotídeo do éxon 1, a tradução onde se 
encontra a metionina. 
5 
 
Por que o DNA não sai da célula para a 
proteína ser feita? Se não, todas as 
células produziriam todas as proteínas. 
A função da transcrição é para que haja 
uma sinalização para abrir a região 
promotora, pois há o gene, mas não há 
a abertura desta. 
 - Transcrição – processo de síntese de 
RNA, a partir de um molde de DNA – e 
tradução ocorrem para que haja síntese 
proteica. 
 - Tipos de RNA: 
 # RNA mensageiro (mRNA). 
 # RNA transportador (tRNA): 
transporta os aminoácidos. 
 # RNA ribossômico (rRNA): forma a 
estrutura do ribossomo. 
 # RNA nuclear pequeno (snRNA): 
reconhecem um ponto de encontro 
entre um éxon e um íntron, retirando o 
íntron e unindo os éxons. 
 # RNA de interferência pequeno 
(iRNA): interfere na expressão gênica; 
pode tampar a região promotora, por 
exemplo, impedindo a transcrição gênica; é 
usado como alternativa terapêutica em 
doenças, no câncer age nos oncogens, inibindo 
a telomerase, de modo que o câncer ou não 
ocorre ou não progride. 
OBS: A RNAPOLIMERASE gruda na região 
promotora para começar a transcrição. Só há 
um código para a metionina (AUG) → por isso 
ela é o primeiro, dá sentido, ordem, a tradução. 
 Estrutura do gene eucarioto: região 
codificadora, região promotora, RNA 
polimerase (transforma o DNA em RNA). A DNA 
polimerase faz molde de DNA a partir de outro 
DNA. 
 
Síntese e processamento do RNA 
Do DNA até o RNA maduro. 
Etapas de processamento do RNA: tudo ocorre 
ao mesmo tempo → íntrons saem no processo 
de Splicing feitos pelo RNANUCLEAR PEQUENO → 
capeamento (adição do CAP – cauda poli-A à 
porção 5’) do DNA → retirada dos íntrons. 
 - Splicing: realizado pelo RNAm; há 
nucleotídeos definidos – emenda – entre os íons 
e os éxons independente dos genes, facilitando 
que os RNAs cortem o íntrons com maior 
facilidade. 
 # Se há uma mutação estiver no sítio de 
reconhecimento, na emenda definida, do íntron, 
6 
 
haverá problema. Se for em um sítio mais central, não haverá problema. 
 - O poro nuclear é cheio de uracilas para atrair a cauda poli-A – acentua a tradução (é como se fosse 1 
proteína produzida para cada 1 adenina), fazendo com que mais proteínas sejam produzidas, garante que 
o RNA saia do núcleo e encontre o ribossomo –. 
 # O RNA não precisa passar várias vezes → agiliza a transcrição. 
 - A metionina sai da sequência após passar pelo Golgi. 
 - Íntrons são transcritos mas não são traduzidos (RNA maduro). 
 
Splicing alternativo 
A economia do genoma: os genes 
misturam e combinam para especificar 
um número maior de proteínas. Há a 
economia de tempo, genoma, entre 
outros. 
Ocorre quando há proteínas de 
fenômenos associados, como a cascata 
de coagulação. 
Ativados de plasminogênio tissular (t-
PA) 
Poderia ocorrer entre: fator de crescimento epidérmico, fibronectina 
 
Tradução: Processo pelo qual a sequência de bases de um 
mRNA é usada para unir aminoácidos para a formação de uma 
proteína.Código genético 
Códon: codifica para um aminoácido específico. 
Pb: pares de base. Em GTG há 3 pares de bases. 
O “-“ indica a região promotora, e o “+” a região decodificante. 
20 diferentes aminoácidos. 
3 bases por códon. 
Universal. 
Degenerado ou reduntante: vários códons diferentes formando 
um aminoácido. 
 - Bom pois, caso ocorra mutação ela será silenciosa ou 
sinônima, pois não haver alteração de qual aa foi gerado. 
Anticódon: bases contrárias ao códon. AGU como códon = UCA como anticódon. 
Uma vez que o aminoácido correto está ligado, o tRNA reconhece o códon no mRNA e adiciona seu 
aminoácido ao polipeptídeo nascente. 
RNA transportador é a chave para o código: os aminoácidos especificados pela seqüência de bases do 
mRNA são carregados e depositados na extremidade em crescimento da cadeia polipeptídica por 
moléculas específicas de tRNA 
Metionina é adicionada para iniciar a síntese, mas sai depois a síntese começa. 
Amoxilina bloqueia um sítio da tradução da bactéria, de modo que não haverá reprodução/síntese de DNA 
bacteriano. 
OBS para a atividade abaixo: Se mostrar a fita 5’, troca T por U. Se estiver mostrando a 3’, tem que 
transcrever: No primário há o íntron, no maduro, não há e há cauda poli-A. 
 
Atividade avaliativa 
Considere a sequência 5’-3’ de uma parte do gene eucariótico do fator de crescimento endotelial, 
relacionado com alguns cânceres de ovário. Abaixo você encontra a sequência do gene, cuja região 
promotora está em letras negritas e a sequência intrônica está representada em letras minúsculas. 
 OBS: A numeração mostra a quantidade de pares de base. 
 
-50 5’ GTC TAG CTA AAG TAT CGC CTG TCC TTG ATA GAA GCT TCG ATA TAT TTA GT 
+1 AGA CTA CCG TCA CCT TGA AGA ATG TGC TGT CTT ACT CTG TAC GAA CGG AA 
7 
 
+51 A CGA gtc tag taa age etg tee tgg ata gaa gct tcg act gac tag tac t 
+101 gg act tag CAC TTG AAG GAC CTG TGG ACC TAG TCT AAT CGT GAA CGT AAG 
+151 AAT AA GCT ATC CCG CCT GTA 3’ 
 
a) Quantos sp apresenta o gene (região promotora, éxon e íntron)? 171 (151 + 50 da região 
promotora) = 221 pares de base. 
b) Quantos sp apresenta o promotor? 50 pares de base. 
c) Qual é o primeiro códon a ser transcrito? GTG. 
d) Indique a sequência TATA-box. 
e) Em qual nucleotídeo se inicia o íntron? G; +55. 
f) Em qual nucleotídeo se inicia o éxon 2? C; +109. 
g) Marque as regiões UTRs. Start códon está em negrito. 
h) Escreva abaixo a sequência 5’-3’ do hnRNA (transcrito primário) resultante da transcrição deste 
gene. 
AGA CUA CCG UCA CCU UGA AGA AUG UGC UGU CUU ACU CUG UAC GAA CGG AA 
A CGA guc uag uaa age eug uee ugg aua gaa gcu ucg acu gac uag uac u 
gg acu uag CAC UUG AAG GAC CUG UGG ACC UAG UCU AAU CGU GAA CGU AAG 
AAU AA GCU AUC CCG CCU GUA 3’ 
i) Escreva abaixo a sequência 5’-3’ do mRNA (transcrito maduro) resultante da transcrição deste 
gene. 
AGA CUA CCG UCA CCU UGA AGA AUG UGC UGU CUU ACU CUG UAC GAA CGG AA 
A CGA CAC UUG AAG GAC CUG UGG ACC UAG UCU AAU CGU GAA CGU AAG 
AAU AA GCU AUC CCG CCU GUA 3’ 
j) Faça a tradução. 
MET – CIS – SER – LEU – TER – LEU – TIR – GLU – ARG – LIS – ARG – HIS – LEU – LIS – ASP – LEU 
– CIS – TER. 
k) A mutação responsável por uma maior progressividade dos cânceres de ovário está localizada na 
posição +118T>G. Pacientes que carregam essa mutação tem maiores chances de metástase óssea 
e possuem uma pior resposta ao tratamento. Identifique essa mutação na sequência indicando 
qual aminoácido foi trocado. 
+101 gg acu uag CAC UUG AAG GAC CUG. 
O aminoácido que deveria ser encontrado é o Tir, e ele foi trocado para Asp. 
 
OBS: RNA polimerase identificada a sequência do “tata-Box”. 
 AGA é o primeiro códon a ser transcrito. 
 UTR faz parte do RNA maduro, por isso não tem íntrons. 
 
Caso clínico 1 
E. S., uma mulher, 45 anos, apresentou-se a seu médico de família para seu exame anual. Ela estava em 
boa saúde e não tinha queixas específicas. Ao exame, ela apresentava a ponta do baço palpável, mas 
nenhum outro achado anormal. Os resultados de seu hemograma completo inesperadamente 
apresentaram uma contagem de hemácias de 3 x 106/mm³ e uma contagem de plaquetas de 50 x 103/mm³. 
O esfregaço de sangue periférico revelou basofilia e granulócitos imaturos. Sua medula óssea estava 
hipercelular, com um aumento do número de células mielóides e megacariocíticas – com núcleo 
aumentado – e uma proporção aumentada de células mielóides em relação às eritroides. Exames 
complementares mostraram níveis elevados da enzima telomerase no sangue da paciente e mutações nas 
histonas. 
OBS: O câncer reativa o gene da telomerase de modo que ele é imortal. Se não fosse isso haveria morte 
celular deste e ninguém haveria câncer. 
1) Qual o provável diagnóstico? Por que? Justifique com base nos achados clínicos. 
Leucemia mieloide crônica que ainda está na fase aguda. Crônica por haver células imaturas no 
sangue e na medula, porém na fase aguda pois o índice de plaquetas e hemácias está baixo. 
2) Os exames realizados são suficientes para fechar esse diagnóstico? Existe algum exame 
complementar que pode ser feito? Qual? Explique. 
8 
 
Hemograma completo e sangue periférico; exames genéticos como citogenética, hibridização 
fluorescente in situ (FISH); reação em cadeia da polimerase (PCR); tomografia computadorizada, 
ressonância magnética, ultrassom e radiografia de tórax. 
3) Explique os achados dos exames moleculares. Qual a associação das mutações nos genes das 
histonas e do aumento da telomerase com a doença em questão? 
 
Leucemia mieloide crônica na fase aguda 
A célula-mãe linfoide da origem ao linfócito T e ao linfócito B. A célula mãe mieloide da origem a 
plaquetas, eosinófilos, basófilos, neutrófilos, monócitos e plaquetas. 
 A doença estudada se encontra na fase aguda, pois as plaquetas estão muito baixas, o que ocorre 
por uma disfunção medular, de modo que há maior produção de células basofílicas, logo há uma baixa 
produção de hemácias e plaquetas. Sendo que há a hemocaterese contribuindo para a baixa de hemácias. 
É importante diferenciar a mielóide crônica e a aguda. A crônica começa na fase crônica e evolui 
para a aguda; não há baixa de hemácias e plaquetas, de modo que fica tudo alto, o paciente fica cansado, 
com problemas respiratórios, mas nada fora do comum que indique leucemia. E a fase aguda, é a fase em 
que há a baixa de hemácias e plaquetas. A linfocítica é mais complicada. 
 
Punção medular ou mielograma 
Indica se as células leucêmicas foram irradicada ou não. 
Em um indivíduo normal costuma haver 3 precursores granulócito para 1 eritrócito, e para alguém com 
leucemia a proporção costuma ser 20:1. 
Com a punção se tem uma noção de qual célula foi mais afetada. 
 
 Exames complementares 
Cromossomo filadelphia é resultado de uma translocação entre o cromossomo 9 (gene ABL) e 22 
(gene BCR) e transcreve uma proteína, tirosina quinase, que reduz a apoptose, aumenta a proliferação 
celular e redução da matriz do estroma. A mutação pode acontecer em qualquer linhagem. No caso da 
mieloide costuma ser na mieloide da linhagem granulocítica. 
Há exames que identificam ou o cromossomo ou gene; o exame para identificar um dos dois deve 
ser feito em todas as fases da doença. O exame FISH é padrão ouro e pode ser feito com sangue periférico 
ou da punção medular. 
 
Diagnóstico diferencial 
Comum entre as leucemias: perda de peso, fadiga, cansaço, perda do apetite, entre outros. 
As fases agudas de ambas são piores, havendo maior deterioração da medula. 
Mielóide crônica: Esplenomegalia como diferencial. 
Mielóide blástica ou aguda: blastos acima de 80, 90%. 
Linfóide crônica: aumento de linfonodos. 
Linfóide aguda: aumento do timo. 
 
Tratamento – Imatinib 
Foi especificamente a primeira droga alvo contra tirosina quinase BCR-ABL, e rapidamente se 
tornou o tratamento padrão para pacientes com leucemia mieloide crônica. Por ser a primeira, o imatinibe 
é conhecido como o inibidor de tirosina quinase de primeira geração. A utilização deImatinibe para 
tratamento de primeira linha da LMC em fase crônica continua experimental. 
A LMC é uma neoplasia da medula óssea que transforma a célula progenitora hematopoética 
normal em maligna ocasionada por uma translocação entre cromossomos → presença do cromossomo 
Philadelfia (Ph+), resultante da junção da região do gene BCR do cromossomo 22 com o gene ABL do 
cromossomo 9 → gene híbrido BCR-ABL neste cromossomo → produz uma proteína quimérica com 
atividade tirosino quinase elevada → induz a medula óssea a proliferar um clone de células mieloides 
malignas constantemente, resultando um número excessivo destas células. 
Este medicamento apresenta alto potencial inibitório do gene BCR-ABL atuando especificamente 
no bloqueio da energia para o domínio tirosino quinase de Abl. O imatinibe inibe também outras proteínas 
de sinalização, incluindo o receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR). A competição 
com o receptor celular de ATP do domínio tirosino quinase de Abl impede a habilidade deste cromossomo 
transferir grupos fosfato de ATP e resíduos de tirosina fosforilada, o que previne a transdução de sinais de 
9 
 
energia necessários para a proliferação celular e apoptose → inibe a transdução do sinal celular que inibe 
de forma potente a TK BCR-ABL. 
O composto inibi seletivamente a proliferação e induz a apoptose nas linhagens celulares BCR-ABL 
positivas, bem como em células leucêmicas frescas de pacientes com LMC e LLA positivo para o 
cromossomo Philadelfia (Ph+). Também inibe a TK para o fator de crescimento derivado de plaquetas 
(PDGF), fator da célula tronco (SCF), c-KIT e eventos mediados pelo PDGF e pelo SCF. 
A maioria dos pacientes com LMC respondem muito bem ao tratamento com imatinibe, sendo que 
esse não cura a leucemia mieloide crônica, de modo que os pacientes devem tomá-la indefinidamente. O 
imatinibe é administrado por via oral, como comprimido, geralmente uma vez por dia. 
Os efeitos colaterais comuns podem incluir náuseas, diarreia, dor muscular, febre e fadiga. Estes 
são geralmente leves. Erupções na pele podem ocorrer em 8,9 a 49,8% dos pacientes. A maioria destes 
sintomas pode ser tratada de forma eficaz. Trombocitopenia até 35%, anemia até 42%, neutropenia de 
grau 3 pode ocorrer até 100%. 
Muitos medicamentos podem interagir com o imatinib, por isso o médico deve estar atualizado 
sobre todos os medicamentos, incluindo medicamentos sem receita, vitaminas e suplementos. 
Outro efeito colateral comum é o acúmulo de líquido (edema) ao redor dos olhos, pés ou no 
abdome. Em casos raros o líquido pode se acumular nos pulmões ou em torno do coração, podendo causar 
problemas respiratórios. Se estiver tomando este medicamento, informe seu médico imediatamente, caso 
note ganho de peso súbito, acúmulo de líquido em qualquer parte do corpo ou tiver problemas 
respiratórios. 
Alguns pacientes podem, eventualmente, apresentar resistência ao imatinibe, que pode ser 
provocada por alterações nos genes das células com leucemia mieloide crônica. Às vezes essa resistência 
pode ser superada pelo aumento da dose de imatinibe, mas alguns pacientes podem necessitar trocar o 
medicamento. A resistência também pode ser desenvolvida pela superexpressão de BCR-ABL, mutações 
no sítio de ligação BCR-ABL, entre outras. 
 
Caso clínico 2 – 
Mulher, 64 anos, não fumante, relatou estar sofrendo de fortes dores nas articulações (mãos e pés) e 
rigidez matinal que perdurava por até duas horas. As articulações afetadas estavam edemaciadas, 
brilhantes e quentes. Relatou ainda extrema dificuldade na execução dos cuidados pessoais (pentear-se, 
escovar os dentes, etc) e das tarefas cotidianas do lar sobretudo no período da manhã e mesmo após o 
desaparecimento da rigidez. O edema das articulações e a duração da rigidez eram mais pronunciados no 
lado esquerdo do corpo. A dor nas articulações se irradiava para os membros, joelhos e região cervical. 
Episódios de cefaléia eram freqüentes e perduravam por horas. Episódios de cãibras na região da coxa 
ocorriam com alguma freqüência. Fezes e evacuações estavam normais. 
Duas semanas após o aparecimento dos sintomas a paciente consultou-se com um reumatologista que 
solicitou exames laboratoriais que revelaram o seguinte: 
Fator reumatoide 128ul/ml sendo referência <8ul/ml e proteína reativa 10,6mg/d, sendo a referência 
<6mg/dl. 
A paciente foi tratada com corticóide e apresentou uma melhora significativa dos sintomas. 
1- Qual o possível problema da paciente em questão? Artrite reumatoide, uma doença autoimune. 
2- Sabendo-se que essa doença está diretamente associada a uma alta expressão de genes que 
decodificam agentes inflamatórios e que a ação desses medicamentos está relacionada a uma 
mudança na expressividade gênica, explique o mecanismo de ação dos corticoides associando-os: 
a) Com as histonas: Os glicocorticoides fazem uma ligação com as regiões negativas, positivas ou 
aleatórias das histonas, de forma que há repressão do gene que impede a produção de citocina, 
interleucinas e quimiocinas, levando a uma ação anti-inflamatória quando ligado à parte negativa. Se 
for a positiva pode ocorrer transcrição, tradução, formação de uma proteína e levando a uma doença 
anti-inflamatória. 
OBS: Como o corticoide atua a nível gênico, ele não pode ser usado constantemente. O uso 
frequente leva a baixa da resposta inflamatória de modo que ela não consegue combater nem um MO 
considerado “fraco”. 
10 
 
b) Região promotora: O glicocorticoide é lipofílica e por isso ele atravessa a membrana por difusão 
indo para o citoplasma e forma um complexo (glicocorticoide proteico receptor) com um receptor da 
região promotora, modificando a membrana, induzindo a síntese de proteínas anti-inflamatória. O 
medicamento inibi fatores de transcrição e o RNA polimerase relacionado com a produção de 
proteínas anti-inflamatórias. 
c) Cauda poli-A: é uma sequência de nucleotídeos de adenina que quando sai do núcleo e vai para o 
citoplasma protege o gene. Quando o corticoide tenta inibir a resposta, ele a encurta a cauda poli-A 
de modo que ela não consegue ser afetada. 
 
Mutação gênica e reparo de DNA 
Mutação: mantenedoras da vida → variação genética → evolução. 
 efeitos deletérios → doenças e distúrbios. 
 - Anemia falciforme: hemoglobina na qual o Plasmidium não consegue viver. Mas se afetar um gene de 
uma proteína importante, há um distúrbio. 
DNA pode sofrer alterações: pode afetar células de linhagem somática – não há herança – ou células da 
linhagem germinativa – gonodas, afetar todas as partes do corpo –. 
Tipos de mutação: 
 - Mudanças no número cromossômico. 
 - Mudanças na estrutura dos cromossomos. 
 - Mudanças dos genes individuais: gênica, teste mais minucioso. 
Uma mutação em uma região promotora ou domínios reguladores → proteína com estrutura normal → 
quantidade reduzida → perda de função (maioria das vezes). Quando a quantidade é aumentada → ganho 
da função (não é muito frequente). Entretanto uma mutação na região codificadora → proteína anormal 
→ se instável, quantidade é reduzida → perda da função ou ganho da função ou nova propriedade (nem 
sempre frequente). 
HIV deve encostar a proteína GP-41 nos receptores dos nossos linfócitos que o HIV consegue entrar. Há 
pessoas que apresentam um gene mutante de forma que o receptor fica dentro da membrana → não 
conseguem ser infectadas. 
 
 O que causa uma mutação 
Mutação espontânea 
 - Erros na replicação: Ocorre muito por tautâmeros – 
compostos que não possuem a hidroxila pois o hidrogênio 
muda de lugar – que levam a erros na replicação → dificulta a 
formação de pontes de hidrogênio, de forma que, por 
exemplo, a adenina, se afetada, pode fazer ponte com a 
citosina. 
 # O problema é que ao replicar novamente não há a 
estabilização da mutação, sendo que o problema é a 
replicação. 
 # Imagem à direita. 
 - Erros de oscilação: pode ser visto na 
imagem ao lado; ocorre pois, a fita deve estar 
bem esticadapara ser replicada de maneira 
adequada. Quando há uma oscilação, isso não 
ocorre. 
 # Raro. 
 - Crossing over desigual: para ele ser correto as cromátides 
devem estar alinhadas. Caso elas não estejam, ou seja, estejam 
desalinhados, um produto do crossing over tem uma inserção e 
outra tem deleção. 
 # Imagem ao lado. 
11 
 
 # Um exemplo é o hermafroditismo: o X e o Y 
não são homólogos (tem pequenas regiões que 
podem sofrer troca, mas são descartáveis nesse 
tipo de mutação). Caso o SRY do Y passe para o 
X, há a menina hermafrodita. 
 # Imagem à direita. 
Consequências das mutações de ponto nos genes 
 - Tipo selvagem: não houve mutação; 
 - Mutação sinônima ou silenciosa: mudou a letra, 
mas não o a.a. 
 - Mutação de sentido trocado: mudou a letra e o 
aminoácido. 
 # Conservativa: a.a. se aparece fisicamente 
com o que tava lá; hidrofóbico e hidrofílico 
continua sendo o que era antes. 
 # Não conservativa: a.a. muda de hidrofóbico 
para hidrofílico; não parece com o original. 
 - Mutação sem sentida: o códon alterado sinaliza 
o término da cadeia. Muda para um stop códon. 
 - Mutações do tipo indel (inserção + deleção): 
 # Muito prejudiciais para a célula pois mudam todas as bases. 
 # Inserção de base: houve a adesão/inserção de um G, mudando a matriz de leitura do gene. 
 # Deleção de base: houve a retirada de um A, mudando a matriz de leitura do gene. 
 
Mutações no Processamento do RNAm: as mutações de ponto podem alterar a recombinação do mRNA. 
Se ela ocorrer no íntron, não faz diferença, pois ele sai. Entretanto, se essa afetar a emenda, poderá haver 
a formação de novas bases. 
 
Gene da Hexosaminidase A → doença de Tay-Sachs 
 - É uma mutação de emenda do RNAm, de forma que o íntron permanece na sequência. 
 - Resulta de um defeito na hexosaminidase A, enzima que catalisa uma das etapas da digestão 
intracelular de um lipídio abundante nas membranas das células nervosas, o gangliosídio. 
 - Aparecimento de uma mancha vermelha no olho, seguida de cegueira, surdez, incapacidade de engolir, 
atrofia dos músculos e paralisia; costuma levar a morte. 
 
 As mutações podem alterar as proteínas 
O gene da hemoglobina 
Hemoglobina 
 - Na fase fetal produzimos 2 alfas e 2 
gamas, na fase adulta 2 alfa e 2 beta ou 2 
alfa e 2 delta. 
 # O adulto possui menos de 1% de 
hemoglobina fetal. 
 # Quando a preponderância da 
hemoglobina fetal continua, o indivíduo tem 
problemas de saúde. 
 
Talassemia 
 - Levam a hipocromia das hemácias, sendo que o que da cor a hemácia, é a 
hemoglobina. Sempre que a síntese é diminuída, há a hipocromia. A anemia pode ser 
microcítica, na qual há a diminuição do tamanho da hemácia. 
 - Existem 4 talassemias diferentes e distintas: αααα (normal), α-/αα, α-/α-, --/αα 
(talassemias alfa mínimas ou menor), α-/-- (doença de HbH), --/-- (hidropisia fetal ou 
aborto). No caso da β, somente se troca o alfa pelo beta. 
 - Sempre que há a perda de cadeias alfa, pode gerar a talassemia. 
12 
 
 - O problema dela são as cadeias livres, sendo que Beta se liga em beta, alfa se liga em alfa, de forma que 
há a formação de corpos de Heinz. 
 - T. alfa: pessoa produz menos cadeias alfa. Pode ser menor, com uma pequena redução de cadeias alfas. 
 - T. beta: pessoa produz menos cadeias beta. Pode ser menor ou maior, sendo que, na maior, há deleção 
total da cadeia beta (principalmente homozigotas). 
 # Na maior, pode-se fazer a estimulação da transcrição da cadeia gama, aumentando a hemoglobina 
fetal, pois essa tem uma ótima afinidade com o oxigênio. 
 - Dar ferro não adianta, pode sim piorar o problema, pois as hemácias já possuem ferro acumulado. 
 - Quando não há produção de alfas ou betas geral, costuma haver equilíbrio osmótico e acúmulo de 
líquidos, havendo um edema generalizado no feto → hidropisia fetal. 
 
Hemoglobina falciforme 
 - O gene da globina beta (4 cadeias – beta 1, 2, alfa 1, 2) forma/é chamado de hemoglobina A. 
 - A mutação costuma mudar um CTT por um CAT do DNA, de forma que no RNAm, há a formação de 
GUA e não GAA, formando uma valina – hidrofóbica – e não uma glutamina – hidrofílica –. 
 - É uma doença autossômica recessiva herdando a hemoglobina S de ambos os pais (indivíduo valina-
valina), de forma que ambos os pais são portadores. Há algumas hemácias em indivíduo AS (considerados 
saudáveis) que são falciformes (podem manifestar sintomas da doença; codominância), e em indivíduos 
SS que não são falciformes. 
 - Patogenia da doença: Quando a hemoglobina começa a ficar desoxigenada – em altas atitudes ou 
atividade físicas extremas – as valinas começam a retrair para esconder da água presente no vaso, de 
forma que ela cristaliza, fazendo com que a hemácias retraía → forma de foice → não atravessa o capilar 
→ trombos, AVE, entre outros. 
OBS para a prova – base genética da doença: É uma mutação autossômica recessiva de sentido trocado 
onde ocorre a mutação de glutamina para valina, sendo uma hidrofílica e a outra hidrofóbica, 
respectivamente. 
 
Distúrbios da ordem do colágeno 
Epidermólise bolhosa 
 - A pele da pessoa, ao menor toque, forma 
bolhas, formando feridas absurdas. 
 - Fibrilas de colágeno se desfazem → a pessoa 
possui apenas pré-colágeno, não possui 
colágeno maduro. 
Síndrome de Ehler-Danlos 
 - A pessoa tem as articulações frouxas, 
hipermóveis, nos casos mais leves, e há pessoas 
com casos mais graves, em que a pele é frágil e 
elástica. 
 - Também relacionado a colágeno imaduro. 
Osteoartrite 
 - Doença dos ossos de vidro. 
Osteogênese imperfeita 
 - Olho de vidro; 
 - Ossos mal formados. 
 
Alzheimer hereditário 
Alteração na presenilina 1 que tem função de degradas peptídeos amiloides, degradando toda vez que 
esse começa a se acumular. Quando esse é não funcional, há acumulação dos peptídeos mais cedo, se 
apresentando mais cedo → forma a placa amiloide → neurotóxica que mata os neurônios. 
 - É importante lembrar que outras conexões neuronais retardam o aparecimento da doença, seja 
aprender uma língua, música, ouvir música, pegar caminhos diferentes pra casa, escovar o dente com a 
mão não dominante, entre outros, coopera para a não ocorrência da doença. 
Pode ocorrer vários tipos de mutação. 
OBS: O não hereditário é alteração na Apolipoproteína E. 
13 
 
No quadro acima se verifica várias doenças. 
Hipercolesterolemia familiar: há uma modificação ou deficiência no receptor de LDL. 
 - Mutação de sentido trocado: muda 1 aminoácido. Colesterol alto, mas nem tanto. 
 - Mutação sem sentido: no stop códon, de forma que o colesterol do indivíduo será alta desde cedo. 
 - Mutação de inserção de 4 nucleotídeos no gene → muda matriz de leitura → colesterol mais alto ainda. 
Síndrome de Marfan: o acúmulo de fibrilina faz com que os dedos sejam mais longos, entre outros. 
 
 Mutações gênicas 
Microsatélite: expansão de repetição de trinucleotídeos. 
 
Síndrome do X frágil 
 - É ligado ao X recessivo, sendo mais comum em 
homens. 
 - Responsável pela codificação de uma proteína FMRI 
essencial para o funcionamento normal do cérebro. 
 # Condição associada a problemas de conduta e de 
aprendizagem, bem como a diversos graus de 
deficiência mental. 
 - Há o alongamento do crânio, orelhas displásicas, 
lábio superior fino, palato arqueado, mandíbula 
proeminente, macrocefalia. 
 - Até 50 repetições CGG não manifestam a síndrome do X frágil. De 50 a 200, pode ter filhos com a 
doença. Acima de 230, tem a síndrome, na qual o gene começa a ser metilado e assim, perdido. 
 # É como se houvesse uma constrição no braço q. 
 # O X continua crescendo, de forma que o X fica maior devido ao número de repetição, sendo que esse 
pode quebrar, e a pessoa perde. 
 
Enzimas de restrições: tem sítios específicos de corte no DNA. Quando há uma alteração em uma base, 
pode-se ter mais um ou menos um local de corte para a enzima, havendo 3 ou 2 estrias. 
 - O PCR RFLP (Restriction Fragmentlengh Polymorphism ou Polimorfismo de Fragmento por Enzima de 
Restrição) faz uma reprodução do seu alvo, de modo que é possível pegar o sítio escolhido e avaliá-lo → 
enzima que corta entre G e T (indivíduo afetado), de forma que o normal não terá 2 fitas, somente uma, 
por exemplo (vistas no gel de Agarose). 
 
Mecanismos de reparação do DNA 
1. Reparação de bases alteradas 
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2. Reparação por excisão de base: Glicosilases (remoção da base alterada) → Endonucleases (clivam a 
ligação fosfodiester e removem o açúcar e fosfato) → Polimerase (inserem o nucleotídeo correto) → 
Ligase (ligação fosfodiester). 
 - Não é o reparo mais eficiente. 
3. Reparação por excisão de nucleotídeos: Reconhecimento da lesão → Incisão da fita lesada em ambos os 
lados da lesão e a alguma distância desta → Excisão do segmento (oligonucleotídeo) contendo a lesão → 
Síntese de um novo segmento de DNA utilizando a fita não-danificada como molde → Ligação. 
 - Reparo mais eficiente. 
4. Reparação de bases malpareadas 
5. Sistema de reparação por resgate 
 
Mecanismos epigenéticos e suas implicações na saúde e na doença 
Ramo da ciência que estuda que as alterações que se referem aos fenótipos e 
processos que são transmitidos para outras células e, às vezes, para futuras 
gerações, mas não são o resultado das diferenças na sequência de bases de 
DNA. 
 - Estuda como compostos de alimentos podem acetilar a cromatina, desacetilar, entre outros. 
 # A leucemia promielocítica ocorreu por fechar um gene bom. 
 - Há estudos que mostram que mudanças podem ser transmitidas de geração em geração, mesmo se for 
reversível, pois a reversão não é fácil. 
 - Foi descoberto que indivíduos cujos pais e avós haviam sido expostos a períodos de falta de alimento 
quando crianças viveram mais do que os indivíduos cujos ancestrais haviam sido expostos a excesso de 
alimentos → a falta de alimento abriu a cromatina de genes para poupar o uso de energia → passou para 
os filhos para quando esses fossem expostos a falta de alimentos sobreviverem bem. 
 # Quando o genitor passa por períodos difíceis → seleção natural → genitores que produzem 
descendentes metabolicamente poupadores quando o ambiente dos genitores prevê que os descendentes 
terão pouco alimento disponível. 
 # Nesse caso foi bom para a baixa disponibilidade de alimentos, entretanto, caso o descendente não 
tenha bons hábito alimentares → obesidade. 
 
 Mecanismos epigenéticos 
Metilação de DNA: quando ele é metilado; pode ocorrer na região promotora ou nas histonas; ele é 
silenciado. 
 - Contexto ou ilha CpG: há regiões com muitas repetições de citosina e guanina e é exatamente nela onde 
ocorre a Metilação da citosina. O grupo metil “tampa” a região promotora inibindo que ocorra a 
transcrição (são necessárias várias metilações). 
 # Geralmente essa região é desmetilada (células normais) e localizadas em promotores e/ou primeiros 
éxons de genes ativamente transcritos. 
 - Manutenção da Metilação: imagem a direita. 
Antes da replicação todos nucleotídeos CpG estão 
metilados → replicação → novas fitas sem grupos 
metila → cada molécular nova terá Metilação em 
uma fita, mas não na outra (DNA hemimetilado) → 
grupos metila atraem as enzimas metiltransferases 
que adicionam o grupo a fita não metilada → DNA 
totalmente metilado. 
 - O exemplo das abelhas: Silenciamento da expressão do gene Dnmt3, cujo produto adiciona grupos 
metila ao DNA. Com o Dnmt3 desligado, o DNA da abelha é menos metilado e muitos genes que 
normalmente estão silenciados nas operárias são expressos, levando ao desenvolvimento das 
características da rainha. 
 - Quando ocorre a Metilação nas histonas, pode haver o silenciamento ou ativação. 
 
 
 
15 
 
-Acetilação de DNA: sempre faz a ativação. 
 - Imagem à direita. 
 - A cromatina compactada dificulta o acesso dos 
fatores de transcrição e da RNA polimerase ao DNA → 
silenciamento genético. Quando há ação da HAT’s – 
faz a acetilação – a cromatina fica frouxa e facilita o 
acesso dos fatores de transcrição e da RNA polimerase 
ao DNA. Quando há ação de HDAC’s – faz a 
desatilação – na cromatina frouxa, esse se condensa. 
 
Modificações pós-traucionais nas histonas: proteína alterada após a tradução. 
 - As histonas podem ser acetiladas e metiladas; essas ou compactuam ou expandem as histonas – 
depende de onde ocorre esse processo –. A mais importante é a acetilação, no qual há a adição de um 
grupo acetil a essa. 
 
Posicionamente de nuclessomos. 
 
MicroRNAs: sempre silencia; pode degradar o RNA mensageiro, pode tampar a região promotora, pode 
tirar a cauda poli-A do RNA mensageiro, impedindo que essa saia do núcleo e aja a replicação. 
 - MicroRNAs: Pequenos RNAs não codificantes que regulam a expressão gênica através do silenciamento 
dos genes alvo. 
 - São expressos de maneira tecido específica e controlam importantes processos biológicos incluindo; 
proliferação, apoptose e diferenciação. 
 - Um microRNA que inibe oncogenes seria muito bom (inibição de gene de controle do câncer). 
 
Resumo: Metilação → promotora (CpG) → silenciamento. 
 → Histonas → silenciamento 
 → ativação. 
 Acetilação das histonas → ativação. 
 Micro RNAs → silenciamento. 
 
 Importância fisiológica 
Regulação gênica. 
Expressão tecido-específica. 
Inativação do cromossomo X: uma em cada célula da mulher é condensado (compensação de dose ou 
hipótese de Lyon), chamado de corpúsculo de Bahr, se não a mulher teria o dobro de proteínas do que o 
homem e seríamos de espécies incompatíveis → descoberto por todo gato tricolor ser fêmea. 
Imprinting genômico: silenciamento genômico. 
Manutenção da integridade da cromatina: quando fechada ela está integra, protegida (as bases não ficam 
expostas aos agentes mutagênicos). 
 
 Epigenética na saúde e na doença 
Câncer: hipometilação global. 
 - Ocorre em regiões de oncogenes e 
de instabilidade cromossômica, de 
modo que eles estão ativos → 
descondensados. Além disso, há 
uma hipermetilação de ilhas de CpG, 
havendo inativação de genes 
supressores tumorais e inativação de 
genes de reparo. Se quer o contrário! 
Geralmente a quimioterapia tenta 
fazer isso, reverter esse fenótipo. 
 # Hipótese de dois eventos 
mutacionais: mutação herdada ou 
somática e deleção ou perda de 
heterozigosidade ou inativação epigenética do gene (hipermetilação) no primeiro ou segundo evento. 
16 
 
 - Quando mais condensado, menor a ação do gene. 
 - Inativação gênica epigenética de supressores tumorais: tão comum quanto a mutação no 
desenvolvimento do câncer. 
 - Alterações epigenéticas: envolvidas na iniciação e progressão do câncer que podem participar nas 
etapas precoces da iniciação do câncer. 
 - Silenciamento anormal de genes podem levar a uma 
expansão clonal de células aberrantes → fornecendo 
substrato para outras alterações genéticas ou 
epigenéticas subsequentes → Progressão tumoral. 
 - Principais cânceres associados com hipermetilação 
DNA: pulmão, gástrico, colorretal, leucemia, cérebro, 
fígado, mama e próstata. 
 - Na imagem ao lado se vê estratégias para detecção 
de biomarcadores. 
 
Padrões aberrantes de metilação e câncer: 
 - São específicos ao tecido e tumor → biomarcador do câncer. 
 - Tumores derivados de diferentes tecidos mostram padrão único de alterações de metilação do DNA. 
 - Amostras de DNA derivadas do tumor → obtidas de biópsias, plasma, saliva, semen, fluídos 
gastrintestinal e broncoalveolar, urina e fezes → faz o epigenoma → visualiza padrões de Metilação, 
acetilação, entre outros. 
 
 Epigenética comportamental 
Mudanças epigenéticas induzidas pelo comportamento materno. 
 - Foi observado em ratos que o comportamento solícito da mãe leva a retirada de grupos metil do gene → 
síntese de glicocorticoides → feedback negativo na hipófise impedindo a produção de CRH → baixa de 
CRH → baixa síntese de ACTH → filhotes menos estressados. Quando havia a ausência de afetoda mãe → 
DNA metilado → pouca síntese de glicocorticoides → alta produção de CRH pela hipófise → alta de CRH 
→ alta síntese de ACTH → filhotes estressados. 
 
Efeitos epigenéticos na cognição: treinar o camundongo a evitar o estímulo adverso em uma localização 
específica → camundongo ficava mais inteligente. 
 
Epigenético e obesidade: Há estudos que mostram que 
quanto mais fome, mais fome você terá. Quando há 
Metilação do gene da leptina (da fome) é silenciado. 
Quando é normal, há a desmetilação que leva a saciação. 
Quando há muita gordura, o tecido adiposo metila 
constantemente a leptina. 
 - Imagem ao lado. 
 
Epigenética e doenças cardiovasculares: a diminuição do 
consumo de folato faz com que haja aumento da 
homocisteína, de forma que as células do músculo liso 
entram em proliferação, entre outros, que levam a lesões 
ateroscleróticas. 
 - Imagem inferior ao lado. 
 
Epigenética e programação fetal 
 - Crianças que foram programadas possuem 
maior risco de alterações pré e perinatais em 
crianças concebidas por técnicas de reprodução 
assistida (TRA), além do maior risco de 
desenvolver doenças na vida adulta: diabetes, 
obesidade, câncer, doenças coronarianas. 
17 
 
 - Causas possíveis para distúrbios 
epigenéticos: uso de drogas para 
estimulação ovariana, características dos 
meios de cultivo e manipulação dos gametas 
e embriões. 
 - Modificações epigenéticas têm sido 
observadas em crianças por TRA. 
 - Ex: Síndrome de Beckwith Wiedemann e 
S. Algelman: hipometilação dos genes 
HCNQ1OT1, SNRPN, PEG1, PLAGL1 e 
IGF2R. 
 
 
Resumo do artigo “O Papel das Histonas nas Neoplasias Hematológicas” 
OBS: o câncer mostra alteração no balanço entre HAD e HDAC. 
Inibidores de HDAC (desacetilação de histonas): HDACI: promove acetilação das histonas → ativação 
gênica. 
HDAC: exercem efeito pró-oncogênico (silenciamento de genes de apoptose e parada do ciclo celular). 
inibidores de HDAC (HDACI): terapia anti-câncer. 
Acetilação: ativação da transcrição. 
Metilação: ativação e repressão da transcrição. 
 
 Resumo 
A unidade básica da cromatina é o nucleossomo que consiste em, aproximadamente, 146 pares de bases 
do DNA enroladas ao redor de um octâmero central de proteínas conhecidas como histonas. Essas 
proteínas básicas, inicialmente, foram consideradas como componentes meramente estruturais, mas 
agora são reconhecidas pelo importante papel que desempenham na manutenção do equilíbrio dinâmico 
da cromatina. As caudas aminoterminais das histonas estão sujeitas a uma variedade de modificações pós-
traducionais, como metilação, acetilação, fosforilação, entre outras, que regulam suas funções. Algumas 
modificações estão associadas a genes ativos, enquanto outras a genes silenciosos. Uma das modificações 
mais estudadas atualmente é a acetilação, que depende da atividade de duas famílias de enzimas, histonas 
acetiltransferases (HAT) e histonas desacetilases (HDAC). As mutações ou translocações cromossomais, 
envolvendo genes HAT e HDAC, resultam no desenvolvimento de malignidades hematológicas, como 
leucemia promielocítica aguda, linfoma e outras. Inibidores das histonas desacetilases (iHDAC) têm 
emergido como uma nova classe de agentes anticâncer. Estes iHDAC têm demonstrado atividades contra 
diversos tipos de câncer e notáveis efeitos na proliferação da célula tumoral, na morte celular programada, 
na diferenciação e angiogênese in vitro e in vivo. 
 
Conclusão 
Muitas vezes, uma alteração na expressão de enzimas capazes de acetilar e desacetilar e transferir grupos 
metil pode levar à carcinogênese. Entretanto, por se tratar de alterações epigenéticas podem ser 
revertidas, sendo que essas têm se apresentado como um campo promissor na busca de agentes 
terapêuticos (alguns já utilizados na terapêutica, como o ácido valpróico); deve-se usar complexos que 
atuam sobre o complexo enzimático que está envolvido nas modificações das histonas, revertendo a 
alteração epigenética, permitindo assim a reativação de genes supressores do tumor e/ou outros genes 
que são cruciais para o funcionamento normal das células. O uso dos iHDAC tem produzido resultados 
preliminares bastante animadores; porém, há necessidade de maiores estudos quanto aos seus 
mecanismos e efeitos em longo prazo para possibilitar o desenvolvimento de terapias mais efetivas. 
 
Atividade avaliativa 
1 – Por que as histonas atuam como principal categoria de controle transcricional epigenético? 
As caudas aminoterminais das histonas estão sujeitas a uma variedade de modificações pós-
traducionais, como metilação, acetilação, entre outras, que regulam suas funções. Algumas modificações 
estão associadas a genes ativos, enquanto outras a genes silenciosos, de forma que há a alteração da 
função dos cromossomos. Primeiro, as modificações alteram a carga eletrostática das histonas, o que a 
18 
 
princípio pode mudar as propriedades estruturais das histonas e ligantes do DNA. Em segundo, pois as 
modificações podem criar, estabilizar, romper ou ocluir domínios de interação na cromatina para proteínas 
regulatórias, como fatores de transcrição, proteínas envolvidas na condensação da cromatina e reparo do 
DNA. 
 
2 – Explique o papel das histonas acetiltransferase (HAT) e as histonas desacetilases (HDAC) no câncer. 
A acetilação é controlada por duas famílias de enzimas: as histonas acetiltransferases (HAT) e as 
histonas desacetilases (HDAC). O desequilíbrio da acetilação e desacetilação das histonas em regiões 
promotoras contribui para a desregulação da expressão gênica e tem sido associado à carcinogênese e à 
progressão do câncer. Tanto HAT quanto HDAC possuem importante papel na regulação da expressão 
gênica através da modificação da cromatina. HAT transferem grupos acetil para resíduos de lisina 
aminoterminal nas histonas, que resulta na expansão local da cromatina e no aumento da acessibilidade 
de proteínas regulatórias do DNA; entretanto, HDAC catalisam a remoção de grupos acetil, levando à 
condensação da cromatina e repressão transcricional. Assim há acetilação de oncogenes e desacetilação 
de supressores tumorais. 
 
3 – Exemplo a associação das modificações nas histonas com a leucemia promeilocítica aguda e explique o 
papel do ácido retinóico na LPA. 
Este tipo de leucemia é causado pela fusão do gene do receptor do ácido retinóico-α (RAR) com 
um dos seguintes genes: PML- promyelocytic leukaemia (em mais de 95% dos casos), PLZFpromyelocytic 
leukaemia zinc finger (em quase 5% dos casos) ou, esporadicamente, em outros genes. O receptor do 
ácido retinóico-α (RAR) funciona como um fator de transcrição. Na falta do seu ligante, o ácido retinóico 
(AR) está associado a complexos contendo HDAC, e isso contribui para um estado silencioso. Em 
concentrações fisiológicas de ácido retinóico, uma troca conformacional permite a liberação do complexo 
contendo HDAC e a associação do RAR com co-ativadores transcricionais (incluindo HAT) e subsequente 
ativação da transcrição48. Na leucemia promielocítica aguda, concentrações fisiológicas de ácido retinóico 
são incapazes de desencadear a troca, e HDAC permanecem associadas ao alvo do AR. Além disso, há um 
aumento estequiométrico da associação dos complexos contendo HDAC com genes-alvo do ácido 
retinóico, e isso aumenta o silenciamento da transcrição. 
 
4 – Explique como poderia ser feia uma droga anticâncer baseada nas modificações das histonas. 
Uma droga anticâncer poderia se basear em inibidores farmacológicos da Metilação do DNA e da 
desacetilação das histonas. Um exemplo disso seria uma droga com inibidores das histonas desacetiladas 
(IHDAC). 
 
Neoplasia 
Definição: Neo (novo) + plasia (formação). É sinônimo de tumor, cancro, neoplasma, câncer. 
 - Conceito: proliferação celular localizada, autônoma e progressiva (fogem das leis que regem o 
crescimento celular – Start e Stop não funcionam, não tem telomerase) com tendência a perda de 
diferenciação (expressa proteínas de outros tecidos). 
 - Os gastrointestinaissão os mais agressivos. 
 
Tipos de câncer: 
 - Carcinoma: tem início em tecido epitelial, como o revestimento do intestino, brônquios e dutos 
mamários. 
 - Sarcoma: de tecido conjuntivo, como osso e músculo. 
 - Linfoma: atinge o tecido linfático podendo haver formação de nódulos. 
 - Leucemias: órgãos hematopoiéticos. 
 - Gliomas: células gliais do sistema nervoso central. 
OBS: tumor pode ser benigno ou maligno, câncer é maligno, cisto é benigno. 
 
Causadores de câncer: em primeiro lugar se encontra o cigarro (35%), em segundo a alimentação (30%), 
em terceiro a conduta sexual (15%) – induzidos por vírus, como o HPV –, e por último, ambiente – radiação 
de poluição – e herança genética (ambos com 10%). 
 - Além desses há sobrepeso, obesidade, estresse, entre outros. 
 
 
19 
 
Propriedades biológicas dos tumores benignos e malignos: 
 - Benigno: baixa velocidade de crescimento e índice 
mitótico, ele não perde diferenciação, tem poucas 
figuras de mitose (em um mesmo campo se vê poucas 
células se dividindo ou em várias fases de proliferação), 
não tem degeneração-necrose ou hemorragias, tem forma 
de crescimento nodular (exemplo: pansiva) e não faz 
metástases (ocorre quando o tumor já fez muita mutação; 
é quando a célula desloca e consegue atingir ou a corrente 
sanguínea ou linfática se instalando em outro lugar e 
desenvolvendo um tumor na região, sendo que esse tumor 
secundário costuma ser pior – possui mais mutações –). 
 - Maligno: tem alta velocidade e índice mitótico, há perda de diferenciação classificada em +/+++, possui 
muitas figuras de mitoses, há presença de degenerações-necroses (faz angiogênese de forma que todos os 
vasos voltam-se para nutri o tumor, para que ele se desenvolva mais, logo na região costuma haver área 
necrosadas), há regiões com hemorragias, a forma de crescimento deste é infiltrado (não há começo e fim, 
cresce para vários lados) e faz metástase. 
 
 Tumor maligno 
Alterações microscópicas de tumor maligno 
 - Aumento da relação 
núcleo/citoplasma. 
 - Pleomorfismo celular. 
 - Atipias nucleares, como 
cariomegalia, alongamento 
nuclear, nucléolo dentro do núcleo, 
mitose atípica, entre outros. 
 
Alterações macroscópicos de tumor 
 - Benignos: nodular (expansivo) e 
com limites precisos. 
 - Malignos: infiltrado, com 
nercrose, hemorragias, 
angiogênese, limites imprecisos, 
ulceração e crescimento vegetante. 
 - Pode ser visto nas imagens ao lado uma peça natural 
(macro) e comparar com o micro. 
 
 
Papanicolau 
Se diferencia em tecido normal, lesão pré-maligna (não 
invasivo, sem capacidade de metástase) e carcinoma invasivo. 
 
Genética 
Quando se faz um cariótipo genético costuma haver a falta de 
cromossomos, eles encurtados, ou seja, com alterações 
numéricas e estruturais. 
 - Pode-se fazer a hibridização fluorescente. 
 
Características das células cancerosas: 
 - Bioquímica: Maior captação de aa e glicólise mais eficiente e alta atividade glicolítica (mais ATP). 
 - Adesividade: menor adesão entre si por meio de modificações na membrana, diminuição de estrutura 
juncionais, redução das moléculas de adesão (caderinas), menos fibronectina, face externa eletronegativa, 
menos cálcio. 
 - Crescimento autônomo. 
 - Motilidade. 
 
20 
 
Metástase 
 - Mudança de lugar, formação de uma nova lesão tumoral a partir 
da primeira, mas sem continuidade entre as duas. 
 - Mama → linfonodo; Próstata → ossos e pulmão; Ossos → fígado; 
útero → cérebro. 
 # Isso ocorre pela questão ligante-receptor. 
 - É a característica mais importante das células malignas → define a 
gravidade da neoplasia (é um sinal de mau prognóstico). 
 - Só há metástase se houver invasão; 
 - Colônia secundária mais desdiferenciada (atípicas) que a primária. 
 - É um processo complexo que envolve várias etapas sequencias. 
Essa sequência pode ser interrompida a qualquer momento por 
fatores do hospedeiro e do tumor. 
 # 1ª fase: Invasão da MEC e disseminação. 
 # 2º fase: implantação de células tumorais. 
 # Quando a célula tumoral cai no vaso sanguíneo, ele costuma se camuflar com plaquetas para não ser 
atacado pelo sistema imunológico. Em seguida ele vai para o novo local e começa a se multiplicar. 
 # Fases da metástase: destacamento (perda do contato célula-célula; inativa a E-caderina) → destruição 
da membrana basal e da MEC e deslocamento (emissão de pseudópodes, orientação por fatores 
quimiotáticos, enzimas) → diferenciação (vv. Linfáticos e sanguíneos, evasão dos mecanismos de defesa, 
expressão de laminina em toda a superfície para adesão) → enxerto (depende de fatores de crescimento 
do tecido, angiogênese, se há quimiocinas expressas em órgãos-alvo; tendem a maior desdiferenciação). 
 
 Genética 
O câncer é uma doença genética (mutação) e epigenética (mutações a nível de cromatina), nem sempre 
hereditário. 
Vários genes com função relacionada ao crescimento celular e a apoptose estão envolvidos no processo de 
formação do câncer. 
 - São genes que atuam na interfase. 
 
A imagem “A” é o que ocorre normalmente, a imagem “B” é o que não deve ocorrer. 
 
 
21 
 
 
Classe de genes reguladores normais 
 - Proto-oncogenes: promotores do crescimento e diferenciação celular. 
 # Coordenam o crescimento/divisão celular. 
 # Quando ele é ativado ele se transforma em oncogene → proliferação exacerbada. 
 O que o ativa é uma mutação codificante (não é o que ocorre em um fatore de crescimento, pois 
esse aumenta em número/quantidade, o que ocorre nos outros casos), uma mutação reguladora, uma 
translocação (produz uma proteína nova que tende a ficar autônoma, independente) ou uma amplificação 
gênica (na qual se aumenta o número de cópias e, consequentemente da quantidade de proteína 
produzidas; vírus da HPV tem essa amplificação em seu gene). 
 # Tem como produtos: fator de crescimento (mutação tende a aumentar o número de fatores), receptor 
de fatores (aumentar o número ou a superfície de contato desses), de proteínas citoplasmáticas ou de 
transmissão de sinal (elas ficam autônomas, mandando mensagem para a célula se dividir sem 
necessidade de fator de crescimento a induzindo; cromossomo Filadélfia) e proteínas nucleares ou fator de 
transcrição (começa a ter autonomia). 
 Para uma célula (normal e cancerígena) entrar em 
mitose: fatores de crescimento + receptores de fatores → 
disparo de uma mecanismo de transdução de sinal no qual 
várias proteínas citoplasmáticas estão envolvidas, como a ras, 
abl – produz a tirosina quinase –, src) → núcleo → proteínas 
nucleares (fatores de transcrição específicos que grudam na 
região promotora junto a RNA polimerase que começa a 
transcrever junto com o RNA mensageiro proteínas do fuso 
mitótico) → ativação dos genes no núcleo. 
 Como um tumor se inicia? Pode haver falha no ponto 
de verificação G1/S, G2/M ou/e no da montagem do fuso. Deve 
haver gene expresso pro centríolo alinhar, para o fuso se 
formar, etc, e no câncer pode ocorrer falhas nesse processo. 
Uma célula que se dividia a cada 24h começa a se dividir a cada 5h → Não dá tempo do reparo 
acontecer → maior acumulo de mutações. 
 # Oncogenes: são proto-oncogenes que sofreram mutação, sendo que a maioria deles atua como 
mutação dominantes de ganho de função; causam alteração do ciclo celular e não ocorrem em linhagem 
germinativa. 
22 
 
 Apenas uma cópia do oncogene mutado é necessária para contribuir no sistema de progressão 
tumoral 
 - Anti-oncogenes: são inibidores do crescimento, funcionando como reguladores de apoptose e do reparo 
do DNA. 
 - Caso haja falha em ambos → mecanismos geradores de câncer → descontrole da proliferação, 
interrupção de maturação celular (leucemia promielocítica) e inibição da apoptose. 
 # Para que haja o maligno o proto tem que se transformar em onco e o anti-oncogene deve ter parado 
de funcionar por meio da inibição (p53 é um antioncogene – envolvida no reparto e apoptose – de forma 
que se ela for enovelada/inibidaela perde o controle –). 
 
Mecanismo de ativação de proto-oncogenes 
 - A mutação reguladora tem o gene ativando fatores 
de crescimento de modo que há o aumento da 
expressão ou secreção da proteína. 
 - A mutação estrutural tem o gene ativando 
receptores de fator de crescimento, proteínas de 
transdução de sinal, de forma que a proteína tem 
autonomia de expressão. 
 - A translocação, inserção retroviral e amplificação 
do gene tem o gene ativando oncogenes nucleares, 
de modo que há expressão excessiva. 
 
É importante saber alguns 
oncogenes e a função de seus 
proto-oncogenes 
correspondentes, vistos no 
quadro ao lado. 
 
Proto-oncogenes: Alteração 
estrutural deste (mutação, 
rearranjo, translocação ou 
inserção viral) → formação de 
uma proteína anormal ou sofre 
alteração na regulação da sua 
expressão (produção aumentada ou diminuída de uma proteína normal). 
 - Mecanismos de ativação: 
 # Aumento de expressão em um novo local 
Infecção por vírus: próximo a um proto-oncogene → sarcoma de Kaposi e leucemia aguda de 
células T. 
Inversão ou translocação cromossômica: câncer de paratireoide no qual há a inversão somente do 
cromossomo 11 para perto do gene que controla a transcrição do gene do hormônio da paratireóide. 
Quando é translocação envolve mais de um gene. 
Translocação entre cromossomo 8 e 14: proto-oncogene perto de gene de anticorpo → câncer de 
fígado pós hepatite (pega ajuda/carona aproveitando o meio, de forma que ele também é estimulado, 
linfoma de Burkitt (tumor de linfonodos). 
 # Recepção de um sinal forte 
Gene Her-2/neu: codificam proteínas receptoras de fatores de crescimento epidérmico: câncer de 
mama, ovário e glândulas salivares 
 
Oncogenes: Seus produtos não possuem elementos regulatórios e sua produção não é dependente de 
fatores de crescimento ou outros sinais externos. 
 
Genes de supressão tumoral ou anti-oncogene: Restringem o crescimento celular → Perda de função 
desses genes também causa crescimento celular descontrolado. 
 - Função: codificar proteínas que inibem a proliferação celular, proteínas envolvidas no reparo do DNA 
danificado e proteínas que matam a célula mutada. 
23 
 
 - Para que ocorra um câncer deste é necessário mutação de dois alelos recessivos para que perca a função 
e inicie o processo neoplásico. 
 
Mutações genéticas que afetam a regulação do ciclo celular nas células cancerosas 
Perda do controle do ciclo celular: p53 – gene se supressão 
tumoral. 
 - Envolvida em praticamente todos os cânceres. 
 - Ela repara, induz a apoptose. 
 - Quando não há dano no DNA a p53 sofre uma 
fosforilação, de modo que ela se une a proteína amarela, 
MDM2, que é envolvida pelo proteossomo e é degrada por 
esse (é quebrada em aminoácidos e MDM2). Quando as p53 
estão ativadas, o MDM2 não consegue se ligar a p53. 
 # Se dose, se ela está alta, quer dizer que há necessidade 
dela pois há alteração no DNA. Sendo que ela é destruída quando não há dano no DNA. 
 
Função do anti-oncogene 
 - Dano no DNA → P53 – 
proteína de vida média curta 
que regula a replicação do 
DNA, proliferação celular e 
morte celular – se encontra 
ativa → aumenta transcrição 
para as proteínas P21, a 
GADD45 e 14-3-3. A P21 inibe 
a ciclina CDK que atua 
ativando os complexos de 
replicação – todas enzimas 
envolvidas na replicação – na 
fase G1 para que ela avance 
para a fase S. Na fase S é 
necessário o aparato de replicação, a qual a ciclina é responsável → Para inibir a divisão celular há a 
inibição desta. A GADD45 diminui a processividade da DNApolimerase, deixando-a mais lenta dando 
tempo para a correção das replicações na fase S. A 14-3-3 não permite a ativação do complexo ciclina, de 
forma que não a há a formação de fuso mitótico, a migração, entre outros aparatos de divisão → não há 
progressão do câncer. 
 # Ou seja, em casos de erros genéticos, a proteína p53 é estabilizada e se acumula no núcleo, se ligando 
ao DNA e impedindo que este se replique. 
 - A perca da p53 desregula todo o processo. É o que acontece 
no câncer de cólon, de forma que não há inibição ou 
refreamento para o desenvolvimento do carcinoma. 
 # Mutações neste gene estão presentes na maioria dos 
tumores sólidos e em quase metade de todos os tumores 
humanos. 
 # A p53 está envolvida com o carcinoma de bexiga, mama, 
cólon e reto, esôfago, fígado, pulmão, ovário, cérebro, lifomas 
e leucemias, osteossarcoma. 
 - O microRNA34 também inibe as ciclina e processo da G1 
para a S e da S para a G2. 
 - O funcionamento de todos esses diminuem o nível de 
replicação celular → “controlar o tumor”. 
 
Ao se interver em qualquer um dos passos ao lado, se evita 
uma neoplasia maligna. 
 
24 
 
A proteína do gene Rb – gene de supressão tumoral: 
se liga a fatores de transcrição nuclear, impedindo a 
entrada no ciclo celular. Em caso de mutações, perde 
esta função e a célula entra em sucessivas mitoses 
porque os fatores de transcrição não são mais 
regulados. 
 
Há várias fases do câncer – mostradas ao lado –, mas 
nem sempre as respeita, mas é o comum. 
 
Os Genes BRCA1 e BRCA2: são fatores de transcrição 
e reparadores de DNA e genes supressores de tumor, 
presentes no cromossomo 17. 
 - Mutações no BRCA-1: relacionado ao câncer de mama 
hereditário atinge cerca de 50% das mulheres com 50 anos e 
85% das mulheres com 70 anos. 
 # O risco de câncer no ovário atinge 60-70% das mulheres 
com mutações do BRCA-1. 
 - O risco do câncer de mama aumenta até 3 vezes se um 
parente em primeiro grau for afetado e em até 10 vezes se mais de um parente em primeiro grau for 
afetado. Este risco aumenta ainda mais se o parente em primeiro grau tiver tido a doença antes dos 40 
anos. 
 - Os genes são BRCA1 (breast cancer 1) em 17q21 e BRCA2 em 13q12.3. 
 
Genes de reparo do DNA: atuam na divisão celular, uma vez que sempre ocorrem erros nesse processo. 
 - Instabilidade genômica; mutações podem afetar as vias de regulação do crescimento e diferenciação 
celular; susceptibilidade a quebras cromossômicas induzidas por raios X, luz ultravioleta e certos agentes 
químicos. 
 - Defeitos nesses genes favorecem o acúmulo de mutações na célula. 
 - Melanoma familiar: ocorre por mutações de perda de função no gene supressor de tumor p16; proto-
oncogene cdk4; perda do controle do ciclo celular (via Rb). 
 - Retinoblastoma: ocorre em 1 a cada 20 mil nascimentos no locus RB1 está em 
13q14. 
 # Quando esporádico: 60%, início tardio, unilateral, únicos. 
 # Quando hereditário: 40%, início precoce, múltiplo, 
bilateral, 15% unilateral, risco secundário de tumor (400 
vezes maior de desenvolver tumores mesenquimais – 
sarcomas osteogênicos, fibrossarcomas e melanomas). 
 
Triagem de pessoas com predisposição genética para o 
câncer: 
 - Importante para a prevenção da doença. 
 - Devem ser realizados por laboratório especializado. 
 - O médico que solicita o exame deve saber interpretá-lo. 
 - Deve ser realizado após informação e conhecimento 
prévio do paciente. 
 - O teste deve ser seguido de aconselhamento. 
 - O paciente não deve tirar suas próprias conclusões sobre o exame. 
 - O resultado do exame deve ser sigiloso. 
 
Fatores epigenéticos que contribuem para o desenvolvimento do câncer: 
 - Metilação. 
 - Modificação de histonas. 
 - RNAs de interferência. 
 
 
25 
 
Casos clínicos 
Câncer de mama e ovário 
Paciente com 27 anos diagnosticada com CA de mama; possui história familiar. 
O gene afetado foi o BCRA2 – supressor tumoral – que induz a apoptose e faz reparo; o câncer é 
autossômico dominante (um BRCA2 é normal e outro que é “estragado”). Muitas vezes há a inibição do 
gene normal, havendo alteração epigenética, e logo, expressão do gene alterado. É importante saber que 
todo câncer é influenciado pelo ambiente, pois o gene pode se encontrar enovelado e ser desnovelado de 
acordo com os hábitos e ambiente do indivíduo. 
BRCA1 e BRCA2 – presente no colon, pâncreas, entre outros – atuamno mesmo tecido. Pode se 
haver alterações no tecido como, retração de pele, nódulos, secreção de líquidos pelo mamilo, alteração 
na cor da mama, entre outros, não estando todos presentes. 
É mais em comum em mulheres pela questão hormonal, principalmente pelo estrógeno, sendo 
que também pode ocorrer em homens, já que depende do gene. 
O teste molecular adequado seria o sequenciamento. Deve-se fazer exames preventivos, análise 
molecular, mastectomia bilateral e salpingo-ooforectomia bilateral (reduz risco de câncer no ovário). 
 
Câncer hereditário não-polipose de cólon – mutações no gene de reparo de DNA mal pareado – autossômico 
dominante 
P.P., 38 anos, foi encaminhada para uma clínica de genética para descobrir se apresentava 
predisposição a desenvolver HNPCC, uma vez que parentes de 1º, 2º e 3º grau apresentavam câncer 
colorretal. Porém, após exame da amostra do tumor de sua sobrinha, que identificou uma instabilidade 
microssatélite – atrapalhar a função do gene, pois ele faz/pode fazer com que o gene seja enovelado – e 
uma mutação MLH1 (supressor tumoral). Descobriu-se que P.P. não era portadora da mutação. Portanto, 
seu risco de desenvolver o câncer é semelhante ao da população em geral. 
Tipo de herança: Autossômica dominante com 80% de dominância com perda de função somática 
no 2º alelo. 
Patogenia: Instabilidade microssatélite – 85% a 90% dos tumores de HNPCC; 70% desses possuem 
mutações na linhagem germinativa por mal pareamento de DNA. Mau pareamento → deformação da 
dupla hélice de DNA → excisão do nucleotídeo → nova síntese – reparo. No indivíduo heterozigoto → 
perda da função somático do 2º alelo → perda da função da enzima de reparo → instabilidade 
microssatélite 
Características 
clínicas e fenótipos: 
Idade de acometimento 
– antes dos 50 anos de 
idade. Paciente com um 
parente de 1º grau: risco 
relativo de 1,7%; Dois ou 
mais parentes de 1 grau: 
risco relativo de 2,75%; 
Parente de 1º grau que 
desenvolveu antes dos 44 anos: risco relativo de 5%. 
TGFBeta regula o crescimento das células do cólon. Sendo que ele faz o reparo no receptor do 
TFGBeta. 
Prevenção e remoção cirúrgica: Colonoscopia vigilante: início aos 25 anos de idade (> expectativa 
de vida 13,5 anos); Remoção cirúrgica profilática do cólon aos 25 anos (> expectativa de vida 15,6 anos); 
Biópsias endometriais e exames de ultrassom de vigilância não se mostram efetivos; Identificação da 
mutação no gene de reparo de DNA para aqueles que apresentam a mutação (há famílias sem mutação 
identificada na linhagem germinativa). 
 
Xeroderma pigmentoso 
 Doença autossômica dominante, mas pode haver mutação nova, na qual os pais são “aa” e o filho é 
Aa (quando o pai da criança é velho, é comum). É uma falha na principal enzima de reparo. 
 Na fita dupla de DNA há uma sequência mutada, geralmente devido aos raios UV, de forma que a 
26 
 
DNA polimerase III começa a replicação → encontra sequencia defeituosa → RNA polimerase II chega e 
faz excisão do nucleotídeo → nem sempre ela consegue reparar. Quando a RNA polimerase II tem defeito, 
não há a correção, de forma que há o atraso da replicação do DNA, a polimerase III pula a sequência e 
continua e replicação. 
 Há 3 mecanismos de reparo do DNA: fotorreativação – pelo próprio UV –, excisão de bases e pós 
replicação – enzima de restrição, glicosidase, corta pedaço defeituoso, sintetiza uma nova fita –. 
 No paciente há o defeito na RNA polimerase II, classe supressora tumoral, de forma que não há o 
conserto → várias replicações → acúmulo de oncogenes (DNA não reparado). Indivíduos assim costumam 
não poder ter nenhuma exposição à luz. Com o tempo começa a ter câncer em todos lugares, 
principalmente na pele, pois é o lugar mais exposto. 
 Costuma haver sardas, fotofobias, degenerações neuronais – ataxia, cegueira, entre outros –, 
queimaduras na pele. 
 
Retinoblastoma 
 Paciente sem dor ou vermelhidão no olho direito, não há história familiar e se achou mutação no 
gene do Rb ou do retinoblastoma, com alteração na linhagem germinativa, supressor tumoral – estão mais 
ligados a doenças hereditárias –. A doença é autossômica dominante. 
 O Rb, fator de transcrição, barra a progressão de células proliferativas no ciclo celular, fazendo o 
silenciamento do gene, e faz a célula diferenciada sair do ciclo. Além disso faz o sequestramento de outros 
fatores de transcrição e desacetilação – condensação – da cromatina de fatores que ele recruta para a tirar 
as células diferencias do ciclo. 
 Os sintomas apresentados são oculares, pode levar a cegueira, mas é agressivo por sua capacidade 
de metástase, de forma que pode levar a câncer secundário. A detecção precoce é importante e o 
tratamento pode ser retirada, quimioterapia, radiação, crioterapia, entre outros. 
 
Neurofibromatose 
 Paciente era uma criança de dois anos com 5 manchas café com leite → voltou após 3 anos → 12 
manchas. Caso autossômico dominante de mutação nova; gene NF1 vai decodificar a neurofibromina, 
expressa principalmente no SN, que atua como supressora, pois regular a proliferação celular. 
 A NF1 inibe a RAS, pró-oncogene, que faz a célula dividir. A mancha dá em nervos periféricos, 
sendo que não se indica a remoção pois pode afetar os nervos e há a volta deste. É de penetrância 
completa, de forma que, se o gene está na pessoa, ele vai manifestar. 
 No heredograma, em mutação nova, não se vê casos antes do indivíduo, e após dele começam a 
aparecer vários casos. 
 
Citogenética clínica e cromossomopatias 
Citogenética: matéria em que se estuda a morfologia dos cromossomos, como essas alterações 
acontecem e as síndromes causadas. 
 
Cromossomos 
São visualizados ordenados de acordo com o tamanho dos braços e posição relativa do centrômero. 
Análise requer células em divisão (sangue periférico, medula óssea, tumor sólido, fluido amniótico). 
Constituição cromossômica humana normal; 22 pares de autossomos e 1 par de cromossomos sexuais = 46 
cromossomos no total. 
 
Tamanho dos cromossomos, posição do centrômero e padrão de bandeamento são o que diferencia os 
cromossomos. 
Todo cromossomo é dividido em braço “p” (acima do centrômero; curto) e “q” 
(abaixo do centrômero; longo). O tamanho vale para subcêntricos, não para 
metacêntricos em que os braços são de tamanhos iguais. O acrocêntrico ou 
acêntrico é quando o cromossomo quase não tem braço “p”. 
 - Os cromossomos só são iguais quando homólogos. 
 
A fase da metáfase é a que eles estão mais condensados e mais possíveis de serem observados. 
 
Exame da Translucência nucal 
É um edema formada em decorrência do fechamento do tubo neural. 
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Se essa transluscência é maior que 2,5mm, é possível que o neném tenha alguma alteração cromossômica. 
Há outras medidas alteradas, como os ossos da face, entre outros. 
 - O ultrassom é um indício, deve-se pensar na idade da mãe, entre outros. 
 
Coloração cromossômica 
Faz uma cultura celular e induz os essas a proliferar → centrifugação → cromossomos metafásicos estarão 
sedimentados. Se adiciona uma solução hiposmótica para estourar as células e liberar os cromossomos → 
centrifugação → sedimentação dessas. 
 
Bandeamento G: técnica mais usada no Brasil. 
 - Tripsina e Giemsa. 
 - É uma técnica boa para quando há uma alteração numérica. 
 - Não é uma técnica muito sensível para alterações estruturais. 
 - As bandas que tem muito G e C vão ficar mais claras, as bandas mais escuras são as de A e T. 
 
Técnica de Fish: hibridização in situ por fluorescência (citogenética molecular) para avaliar a presença ou 
ausência de uma sequência particular de DNA ou o número e organização cromossômica. Permite a 
localização de sequência de DNA nos cromossomos humanos. 
 - Há vários tipos de sondas (centroméricas, telomérica, gene-específicas, etc) específicas de DNA para 
regiões cromossômicas ou genes que podem ser usadas para identificar até mesmo pequenas alterações. 
 - Necessita-se de um microscópico de fluorescência. 
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