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Bloqueadores dos receptores da angiotensina Mecanismo de Ação Em vez de inibir a produção de angiotensina II através da ECA, os BRAs bloqueiam a ligação da angiotensina II ao AT1R. Esse mecanismo de ação farmacologicamente distinto pode ser importante porque se acredita que a angiotensina II também é produzida por outras enzimas, como as quimases. Os BRAs não inibem a cininase II ou a degradação de bradicinina, assim eles não causam tosse e provocam menos angioedema que os inibidores da ECA. Benefícios Clínicos Quando usados como o único agente na insuficiência cardíaca, os BRAs produzem benefícios semelhantes aos dos inibidores da ECA e podem ser substituídos por eles em pacientes que têm tosse ou angioedema com inibidores da ECA. Quando eles são usados nas doses clinicamente eficazes, outros efeitos adversos, como hipotensão, disfunção renal e hipercalemia, são encontrados tão frequentemente quanto com um inibidor da ECA. Como descrito em relação a um inibidor da ECA, os agentes específicos, regimes de dosagem e as doses-alvo que foram benéficos e comprovados em ensaios clínicos são recomendados. Na maioria dos pacientes com insuficiência cardíaca sintomática (estágio C ou estágio D, classe II a classe IV) que podem ser tratados com um inibidor da ECA, um BRA em combinação com um inibidor da ECA (e β-bloqueador), além da melhora de FEVE, pode, também, apresentar redução do risco de morte cardiovascular. Consequentemente, a adição de um BRA tanto a um inibidor da ECA como a um β-bloqueador deve ser considerada em qualquer paciente com sintomas persistentes (estágios C e D). Há também forte evidência de que a adição de um antagonista da aldosterona a um inibidor da ECA é vantajosa em pacientes com insuficiência cardíaca avançada (classe III-IV) (ver adiante), mas a eficácia e a segurança da combinação de um inibidor da ECA, β-bloqueador, BRA e antagonista da aldosterona são duvidosas. Consequentemente, um BRA ou um antagonista da aldosterona, mas não ambos, deve ser adicionado a um inibidor da ECA e a um β-bloqueador em tais pacientes. O início, ajuste da dose e monitoração de um BRA é semelhante à de um inibidor da ECA. Os efeitos adversos, com a exceção de tosse e angioedema, são similares. O uso de múltiplos inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona requer até mais cuidados no monitoramento, especialmente em pacientes com alto risco de uremia, hipotensão ou hipercalemia (i. e., pacientes de 75 anos de idade e mais velhos ou com uma pressão arterial sistólica abaixo de 100 mm Hg, diabetes ou alteração renal), pois o tratamento combinado do inibidor da ECA e um BRA aumenta significativamente os riscos de agravamento da função renal, hipercalemia e hipotensão sintomática. Da mesma forma que com os inibidores da ECA, os β-bloqueadores e os antagonistas da aldosterona, o tratamento com os BRAs deve ser por tempo indeterminado, a menos que haja intolerância.
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