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1 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Vias de sinalização da insulina O receptor da insulina é um receptor enzimático. Num processo de sinalização celular, têm algumas moléculas sinalizadoras que conseguem entrar na célula e se ligar a receptores intracelulares. A maioria das moléculas sinalizadoras se ligam a receptores de membrana, elas não entram diretamente nas células. Três grandes famílias de receptores de superfície celular (receptores de membrana): Essas famílias diferem na natureza do sinal intracelular que geram após a ligação da molécula sinalizadora extracelular ✓ Receptores associados a canais iônicos ou receptores ionotrópicos; ✓ Receptores associados a proteína G; ✓ Receptores associados a enzimas. Receptores associados a enzimas Quando se fala em receptores associados a enzimas, existem alguns tipos: • Receptor com atividade tirosina quinase: os principais receptores enzimáticos, pois, eles mesmos atuam como enzima. • Receptor associado à quinase, não agem como enzimas, mas se associam a enzimas. • Receptor com atividade serina/treonina quinase. • Receptor com atividade guanilato ciclase, que se ligam ao NO. Receptores tirosina quinase Na figura tem a membrana plasmática e o receptor é uma proteína transmembrana, com uma porção voltada para o meio extracelular (subunidade alfa) e outra para o intracelular (subunidade beta). As proteínas chamadas tirosina quinase têm resíduos do AA tirosina no meio intracelular e são esses resíduos de tirosina que são fosforilados quando a proteína se ativa. Então, quando a molécula sinalizadora se liga a proteína receptora esses resíduos de tirosina são fosforilados e ao serem fosforilados ele se ativa e o receptor adquire essa função enzimática, se torna uma quinase. Porque agora esses resíduos de tirosina cheios de fosfato podem fosforilar uma molécula alvo. OBS.: As quinases fosforilam e as fosfatases desfosforilam. Ativação de um receptor tirosina quinase A ativação de um receptor tirosinoquinase estimula a montagem de um complexo de sinalização intracelular • Desencadeiam respostas complexas como proliferação celular. • A célula possui tirosinofosfatases que removem os fosfatos o que extingue a ativação do receptor. Em 1 o receptor está inativo. Em 2 o receptor está se ligando a molécula sinalizadora. Depois, esse receptor ao se ligar a molécula sinalizadora, os resíduos de tirosina são fosforilados, 3. E no final ela se torna uma enzima, 4, um quinase. Enzimas ativam substratos, que ativam outras proteínas, que ativam outras e outras até chegar no sinal final. Normalmente o que acontece é uma cascata de sinalização intracelular. VIA DA RAS Uma das rotas de sinalização induzidas pelas tirosinas quinases é a ativação de RAS, a proteína ligadora de GTP Sinalização celular – Receptores enzimáticos 1 2 3 4 2 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Os receptores tirosina quinase podem ativar algumas vias de sinalização intracelular. As vias RAS e IP3 são ativadas pela tirosina quinase. A vias da Ras é a que está associada a proliferação celular. Num câncer, essa via de proliferação celular está descontrolada e os vários quimioterápicos agem nessa via. Na imagem, o receptor de tirosina quinase está ativando seu substrato que aí está sendo chamado de proteína adaptadora, esse substrato é uma proteína chamada SHC. Essa SHC vai ativar um complexo proteico chamado de GRB- SOS. Essa proteína SOS vai ativar a RAS (proto oncogenese). A RAS é uma proteína que está localizada na MP das células. Em seu estado inativo, assim como na proteína G, a Ras tem na sua constituição molecular uma molécula GDP (guanosina difosfato). A SOS que foi ativada através da cascata de sinalização vai fosforilar a Ras que uma vez fosforilada vai transformar a GDP em GTP, dessa forma a Ras agora está ativa. Tanto a Ras quando a tirosina quinase são codificadas por protooncogênes. Protooncogenes quando muta se torna um oncogene. Uma mutação em um oncogene é do tipo ganho de função. A Ras uma vez alterada ela manda sinal mesmo sem ter um GTP, sinal para proliferação celular. Ras uma vez ativa vai ativar uma cascata chamada cascata de MAP quinase (proteína ativada por mitógenos). Mitógeno é uma molécula sinalizadora, porque a molécula sinalizadora ao se ligar a receptor tirosina quinase vai induzir essa via de proliferação celular. Ativa SOS → SOS troca GDP por ATP → Ativa a RAS → a RAS ativa a cascata de MAP quinase (proteína ativada por mitose- cascata que faz com que ocorra a proliferação). Ras ativa uma cascata de fosforilação da MAP-quinase MAP – quinase = mitogen-activated protein quinase ou seja proteínoquinase ativada por mitógenos. No final a MAP- quinase fosforila serinas e treoninas (mudando o padrão de expressão pode estimular proliferação, promover a sobrevivência ou induzir a diferenciação). Proteínas da cascata de MAP quinase: 3 proteínas dessa cascata. Cascata de MAP quinase: • Raf • MEK • ERK: última da cascata, quando ativada entra no núcleo celular e ao entrar no núcleo induz a transcrição e tradução do Myc. As células precisam de sinais extracelulares para se dividirem, crescerem e sobreviverem Mitógenos: estimulam as atividades de Cdks 3 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova • Myc: ativada a partir da sinalização direta. Ativa a transcrição da ciclina D. • Ciclina D: É uma proteína que induz a proliferação celular. Porque ativa uma proteína quinase chamada CDK. • CDK: vai fosforilar a PRb, que em seu estado normal fica impedindo a atuação de um fator, o E2F. Mas quando a CDK fosforila a PRb ela muda a conformação liberando o E2F. • E2F: uma vez liberado, induz transcrição e tradução de outras ciclinas (E e A) que vão movimentar o ciclo celular, ou seja, tirar a célula de G1, a célula vai se proliferar. Essa tabela tem algumas moléculas sinalizadoras que ativam receptores tirosina quinase, como a insulina. VIA DA PI3 A via de sinalização PI 3-cinase-Akt estimula a sobrevivência e o crescimento celular OBS.: Um receptor tirosina quinase ativa Ras e PI3 quinase ao mesmo tempo. PI3 é responsável pela sobrevivência e crescimento celular. Enzima ativa substrato, que vai ativar a PI3 quinase/fosfato. PI3 (enzima), uma vez ativada, vai pegar um fosfolipídio de membrana. O fosfolipídio de inositol, também chamado de PIP2 (dois fosfatos ligados a ele), vai ser fosforilado pela PI3, se tornando PIP3 que vai ativar proteínas citosólicas, como por exemplo a PDK1 e principalmente a Akt, a Akt é a proteína quinase, a Pkb. Akt, ela é a proteína quinase, ela que vai fazer com que algo aconteça na célula. Ela vai promover a sobrevivência celular inativando proteínas pró apoptóticas e induzir crescimento celular. A Akt sempre vai ativar uma proteína m-TOR que vai induzir síntese proteica e assim promove crescimento celular. Tirosina quinase vai ativar tanto a Ras quando a IP3. As duas vias induzem ambos os sinais (proliferação, sobrevivência...), mas majoritariamente Ras proliferação e PI3 sobrevivência e crescimento. RAS: receptor tirosina quinase → ativa substratos → ativa a Ras (trocando GDP por GTP) → ativa cascata de MAP-quinases (Raf, MERK e ERK) → ERK induz proliferação celular. PI3: receptor tirosina quinase → substratos → PI3 quinase → PIP 2 → PIP 3 → Akt → inibição de proteínas pró apoptóticas (sobrevivência) e m-TOR (síntese proteica). Receptores associados a quinase Alguns receptores associados a enzimas ativam um caminho mais rápido para o núcleo (receptores de citocinas) Os receptores associados a enzimasse ativam a partir da ativação de enzimas citoplasmáticas que se associam a esses receptores e juntos têm uma atividade quinase. Essa classe de receptores é chamada de receptores de citocinas. Apesar fato de eles não atuarem exclusivamente a partir da ativação por citocinas. Alguns hormônios e muitos mediadores locais chamados citocinas. Esta rota de sinalização direta é utilizada pelos interferons, os quais são citocinas com a função de instruir as células na produção de proteínas que irão torna-las mais resistentes a infeção viral. Os receptores de citocinas quando ativados, ativam duas proteínas. Essas duas proteínas se reúnem e formam um complexo proteico chamado JACK STAT. O JACK STAT, uma vez ativado, esse complexo entra no núcleo e faz com que ele transcreva proteínas como interferon - que torna a pessoa mais resistente a infecções virais. 4 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova STATS – transdutores de sinais e ativadores da transcrição Hormônio prolactina: quando a mulher está amamentando, essa prolactina vai se ligar a proteínas receptoras nas glândulas mamárias, um receptor de citocina e por isso vai ativar o JACK STAT que vai estimular a produção de proteínas que formam o leite materno. Mecanismo de Ação do GH Hormônio do crescimento (GH): na célula alvo se liga ao receptor de citocina e ativa o JACK que vai estimular a produção de proteínas, fatores de crescimento que vão induzir o crescimento celular, através da ação em células alvo se ligando a receptores tirosina quinase. Receptor com atividade serina/treonina quinase Rotas de sinalização ainda mais diretas Ao invés de ativar uma tirosina, ativa uma serina ou treonina. Mas ele vai atuar como enzima também. Os resíduos de serina e treonina que vão atuar como quinase. Apesar de sua ativação ser parecida com a tirosina, a atuação é extremamente semelhante a receptores de citocinas. Aqui a receptores de serina/treonina ativam SMAD que fazem síntese proteica. • Fosforilam e ativam diretamente proteínas reguladores gênicas. • Os hormônios e os mediadores locais que ativam estes receptores pertencem a subfamília TGF-B (transforming growth factor B) de proteínas extracelulares (função importante no desenvolvimento animal). Receptor da insulina Vias de sinalização da Insulina Insulina é o hormônio secretado pelas células beta pancreáticas. Essa insulina, uma vez liberada no sangue, vai sinalizar para as células pegarem a glicose que está no sangue e jogarem para dentro delas. A glicose é a fonte de energia para produção de ATP, para isso ela precisa entrar na célula. Isso só vai acontecer se a insulina avisar para a célula que ela precisa captar glicose. A glicose não passa livremente pela membrana plasmática da célula, por isso ela precisa passar por proteínas transportadoras. Existe uma infinidade de transportadores de glicose. Tem aqueles que fazem o transporte ativo indireto, mas na maioria dos tecidos existem os Gluts de vários tipos. As Gluts, na grande maioria, atuam independentemente da insulina, mas a Glut 4 é muitas vezes dependente de insulina. Essa Glut 4 participa de um processo chamado exocitose regulada. Existem 2 vias de exocitose: 1) constitutiva, onde as coisas saem da célula o tempo todo, 2) regulada, existe uma proteína que é produzida no RER que por transporte vesicular vai para golgi... mas as vesículas dessa via ficam estocadas na célula e só irão se fusionar a membrana se houver um sinal para que isso aconteça. É isso que acontece com a Glut 4, ela fica estocada em vesículas esperando o sinal para se fusionar, esse sinal é a insulina. Quando a insulina se liga a proteína receptora ela vai ativar uma cascata de sinalização intracelular que vai culminar na fusão das vesículas contendo Glut 4 a membrana. Aí sim, a membrana agora vai permitir a passagem da glicose do sangue para a célula. A glicose que entra vai sofrer glicólise para produção de energia e o excedente vai sofrer glicogênese. • É um receptor de atividade tirosina quinase. • Receptor + insulina = mudança conformacional permitindo que o sítio ativo se liga ao substrato. 5 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Tem duas subunidades alfa que estão voltadas para o meio extracelular e 2 subunidades beta que estão voltadas para o meio intracelular. Os receptores da insulina também atuam como dímeros. Existem 3 vias de substrato para insulina. Via SHC, CAP, PI3 quinase. Os substratos da via IP3 quinase é o substrato do receptor de insulina, que ativa PI3 quinase. O substrato CBL vai ativar CAP, que também está ligado ao processo de fusionamento da glut 4 na membrana. Vias de sinalização e substratos Como já dito, quando se ativa o receptor tirosina quinase, ativa as duas vias, Ras e IP3 quinase. E não é diferente com a sinalização da insulina, porque o receptor da insulina é uma tirosina quinase. Então a via da Ras vai ser ativada e vai estimular proliferação celular, das células beta pancreáticas. Crescimento das células pancreáticas é via PI3 quinase. VIA DO PI3 QUINASE Essa via que vai induzir o fusionamento de Glut 4 na membrana. Quando a insulina se liga ao receptor tirosina quinase ativa substratos dos receptores de insulina, por exemplo IRS1, que ativa PI3 quinase. A PI3 quinase ativada vai ativar Akt. Nessa vai a Akt ativa TDC1D1, esse ativado é quem vai fazer com que haja o fusionamento da Glut 4 na membrana. Fusão dependente de insulina. Os alvos desses substratos dos receptores de insulina: PI3 quinase. Induz: • SÍNTESE PROTÉICA: pois ativa m-TOR que é responsável pela síntese. • SÍNTESE GLICOGÊNIO: por estar cheia de insulina, saturada de fonte de energia, o que sobra é armazenado. • INIBIÇÃO LIPÓLISE • INIBIÇÃO GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA • CRESCIMENTO CÉLULA BETA Músculo: A atividade de PI3K está prejudicada em 40-50% no músculo de diabéticos em comparação aos magros ou obesos A perda de peso aumenta a atividade PI3K e aumenta a captação de glicose. VIA MAPK 6 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Vias de estimulação da insulina Imagem → Ras e IP3 quinase. IMPORTANTE: AMPK - enzima chave na captação de glicose induzida pela contração muscular. Adenosina monofosfato que tem ação de quinase. Essa enzima surge no processo de contração muscular ou por medicamentos. Ela age como Akt. Exercício Físico e Insulina Estimulando a absorção de glicose pelas células da musculatura esquelética Os níveis de glicose no sangue sobem depois da ingestão de carboidratos. A insulina, hormônio secretado pelas células B pancreáticas, baixa os níveis de glicose no sangue permitindo que a glicose entre nas células. Quando a insulina se conecta a seu receptor a fosforilação em cascata se inicia que move vesículas que armazenam proteínas de transporte de glicose especificamente proteínas Glut4 do compartimento de armazenamento para a superfície da célula. A glicose pode então entrar na célula e iniciar a glicólise ou síntese de glicogênio. Os mecanismos por trás da resistência a insulina não são bem entendidos. Receptores de insulina com defeito, sinalização de insulina ou transportadores de glicose podem ser a causa. Como resultado, pouca glicose pode entrar na célula e a hiperglicemia se inicia, isso é conhecido como DM2. Exercícios podem baixar os níveis de glicose no sangue através de dois mecanismos distintos: • Via de contração mediada • Via de insulina estimulada Exercícios de grande intensidade proporcionam maior proporção de captação de glicose pelas células musculoesqueléticas e treinos de exercícios de longo prazo aumentam a sensibilidade da insulina. Via de sinalizaçãode insulina: A insulina se junta a receptores de tirosinoquinase fazendo com que eles se auto fosforilem. A forforilização é a reação catalisada pela quinase que ativa proteínas através da doação de um grupo de Pi fosfato. O receptor de insulina ativado recruta um substrato receptor de insulina uma proteína chamada IRS-1. O IRS-1 ativa a proteína PI3 fosfato que catalisa a fosforilização em um tipo especifico de fosfolipídio chamado PIP2, assim convertendo-o em PIP3. O PIP3 ativa e recruta proteínas quinase B/Akt. A Akt fosforiliza a proteína TBC1D1 que viaja mais profundamente rumo ao compartimento de armazenagem celular. O TBC1 ativa a RabGDP convertendo-a em RabGTP ativo, isso libera vesículas de glut4 para a superfície celular. A fusão da camada de fosfato das vesículas na célula adiciona proteínas transportadoras de glicose na membrana plasmática. A glicose pode entrar na célula e submeter-se a glicólise ou síntese de glicogênio. Via de contração mediada: O exercício aumenta a tomada de glicose independentemente da insulina através da via de contração mediada. Durante exercícios intensos uma enzima chamada ADK converte duas moléculas de ADP em uma molécula de ATP e uma de AMP. A ATP é hidrolisada imediatamente para energia e a AMP atrai uma proteína ativada para a AMP quinase. A AMP fosfoto/quinase tem um papel simular a proteína quinase b/Akt em recrutar TBC1D1, a proteína que libera vesículas Glut 4 para a superfície celular. O Ca++ liberado para o reticula sarcoplasmático durante a contração pode promover também a translocação de vesículas Glut 4 através desta via. O exercício promove a tomada de glicose agudamente e ao longo do tempo para as vias de contração mediada e insulina estimulada. Por consequência exercícios diários de moderados a vigorosos podem melhorar o gerenciamento de glicose me pacientes com DM2. AMPK: enzima chave na captação de glicose induzida pela contração muscular O exercício físico aumenta captação de glicose independentemente da insulina. Quando você emagrece aumenta a atividade de ip3 quinase e com isso aumenta a captação dependentemente de glicose dependente de insulina. E com o exercício físico aumenta a captação de glicose independentemente de insulina. Alguns fármacos também são capazes de ativar a enzima AMP quinase, a metformina. Por isso que tem gente que toma a metformina para emagrecer porque acaba captando mais glicose. 7 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova • 25% dos pacientes com IMC > 40 são sensíveis à insulina. • Os obesos com RI têm atividade AMPK diminuída em 30 - 50% no tecido adiposo. • Em ratos o exercício aumenta atividade da AMPK no tecido adiposo, endotélio, fígado e músculo. Glucagon Ele é o oposto da insulina. A insulina foi secretada pelas células B do pâncreas para que se capte a glicose do sangue e jogue para dentro da célula induzindo inibição de lipólise, inibição de gliconeogênese. Isso porque tem muita glicose a disposição que ao invés de gerar o organismo vai guardar essa glicose, síntese de glicogênio. O glucagon vai ser secretado quando tiver uma baixa de glicose no sangue. As células alfa pancreáticas vão secretar esse hormônio que vão se ligar a receptores associados a Gs na célula alvo. A via de sinalização dele está relacionado a um receptor metabotrópico. No fígado, o glucagon vai se ligar a um receptor metabotrópico, e vai ativar uma GS → ativa a adenil ciclase → aumento de AMP cíclico → ativação de PKA. Essa PKA vai ativar enzimas que vai promover a quebra do glicogênio, vai induzir síntese proteica de proteínas que vão promovendo a gliconeogênese. Dessa forma que o glicogênio é quebrado nas células hepáticas por ação do glucagon. RI – Excesso de AGL Como foi visto, o exercício físico aumenta a sensibilidade dos receptores de insulina, por isso ele é importante tanto para captação de glicose independentemente de insulina, através da ativação da AMP quinase, mas também dependentemente, já que ele aumenta a sensibilidade do receptor. Através da contração muscular tem muita liberação de Ca++ no citosol e o Ca também participa do processo de fusionamento da vesícula contendo glut4 na membrana. É importante saber que esses mecanismos não estão muito bem esclarecidos, então não se sabe exatamente o que pode causa a RI. Mas se sabe de algumas situações que promovem a resistência à insulina. Uma dessas situações é excesso de ácidos graxos livres que vão entrar nas células e sofrerem beta oxidação. Alguns produtos da beta oxidação vão proporcionar uma fosforilação atípica/aberrante na subunidade beta dos receptores de insulina, fazendo com que os mesmos não reconheçam mais a insulina. Essa fosforilação atípica vai fazer o receptor, mesmo na presença de insulina, não responder a ela, tornando-se RI. É como se mudasse a conformação desses receptores e eles não reconhecem a insulina. Pessoas obesas geralmente tem excesso de ác. graxo intracelular. RI – INFLAMAÇÃO Os excessos de ácidos graxos vão culminar no processo de ativação de moléculas pró- inflamatórias - moléculas que vão culminar na fosforilação errada/aberrante dos receptores de insulina, fazendo com que a pessoa não responda a insulina. A inflamação gera uma insensibilidade dos receptores de insulina. 8 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Sinalização intracelular do eixo H-H-A Comunicação entre as células A comunicação entre as células ocorre da seguinte forma: Vai ter uma célula sinalizadora que vai produzir uma molécula sinal e essa será reconhecida pela célula-alvo. Então a resposta da célula-alvo depende da molécula sinal. Princípios da sinalização Transdução de sinal: Maneira pela qual a célula recebe um determinado tipo de sinalização e o transmite para diversas vias, que poderão ser novamente transformadas, até chegar à função efetora – Dividir, proliferar, morrer. 1º mensageiro: Proteínas, peptídeos, aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos, esteroides, gases. Essa molécula sinal pode ser uma porção de moléculas: proteínas, lipídios, aminoácidos, hormônios, neurotransmissores, etc. A molécula sinalizadora vai se ligar a uma proteína receptora na membrana da célula ou dentro da célula, caso a molécula seja lipofílica. E aí, essa ligação da molécula sinalizadora com a proteína receptora vai gerar uma informação para a célula, esse processo vai se chamar de transdução de sinal. Nesse processo, algumas células serão ativadas, onde vai haver uma cascata de sinalização. Como pode-se ver na figura acima, uma proteína vai ativando a outra. No final dessa cascata de sinalização, uma proteína Quinase será ativada, ela irá fosforilar a proteína alvo final que vai executar o sinal. Lembrando que essa cascata de sinalização tem várias importâncias, uma delas é amplificação desse sinal. Os sinais extracelulares podem agir de modo lento ou rápido na mudança de comportamento da célula-alvo A sinalização (Proteína Quinase) pode atuar somente em nível citosólico, ou seja, ativar alguma enzima citosólica para que aconteça algum metabolismo celular. Ou pode ser no núcleo, onde vai haver transcrição e tradução do gene, ocorrendo assim, a síntese proteica. No entanto, a sinalização que induz síntese proteica será mais lenta, pois precisará que espere ocorrer a transcrição e tradução do DNA. Moléculas sinalizadoras extracelulares pertencem, em geral, a duas classes Hidrofílica ou Lipofílica. Vai ter proteína receptora citolítica. Dois exemplos de hormônios que se ligam ao receptor no citosol é a aldosterona e o cortisol. Vai ter também a proteína receptora nuclear. Tendo como exemplo o T3. E a T4? A T4 antes deentrar na célula se transforma em T3, que é a forma ativa do hormônio, entram no núcleo, se ligam a receptores intraceululares que induzem a síntese protéica. Três grandes famílias de receptores de superfície celular Receptores associados a canais iônicos. Receptores associados a proteína G. Receptores associados a enzimas. Bases celulares da Síndrome de Cushing 9 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Receptores associados a proteína G Proteína G, uma vez ativa, pode ativar canal iônico e enzimas de membrana. Se ela ativar enzimas de membrana, pode ativar especificamente duas enzimas: a Fosfolipase C e a Adenilato ciclase. Tipos de proteína G Gs → Ativa a adenilato ciclase – estimulatória de AMPc. Gi → Inibitória de AMPc. Gq → Ativa a Fosfolipase C PROTEÍNA G S As Proteínas G, em geral, vão ter o complexo alfa-beta-gama quando está inativada. Quando elas se ativam, a subunidade alfa troca GTP por GDP. Quando isso acontece, elas se dissociam. Nesse caso, ativa Gs, que ativa Adenilato Ciclase, que pega a molécula de ATP e converte em AMPc. Esse AMPc, por sua vez, ativa PKA que vai fosforilar a proteína alvo final. Essa proteína alvo final pode ser citosólica ou nuclear. Sendo no núcleo, pode ser uma sinalização para síntese proteica. Se assim for, essa PKA vai precisar entrar no núcleo e ativar uma proteína chamada Creb, que é uma proteína regulatória gênica, induzindo síntese proteica. Na imagem abaixo está mostrando uma molécula de ATP, que é um nucleotídeo, eles têm uma base nitrogenada, uma pentose e um grupo fosfato (com três fosfatos). A enzima AdenillCiclase tira dois fosfatos da molécula de ATP, e o fosfato que sobra faz ligação cíclica com a pentose formando o AMPc. Entretanto, quando há o encerramento do sinal, mesmo que não tem mais molécula sinalizadora se ligando à molécula receptora, o AMPc vai ficar lá se ninguém tirar. Enquanto o AMPc ficar lá, vai continuar ativando PKA e mantendo o sinal. Por isso, é necessário que o AMPc seja degradado. A enzima que degrada ele é a Fosfodiesterase, fazendo com que esse se transforma em AMP e o sinal seja desligado. PROTEÍNA GQ A via da proteína GQ é a que ativa a Fosfolipase C. Ela é uma enzima que vai pegar um fosfolipídio de membrana chamado Fosfolipídio Inositol ou PIPI2. A fosfolipase C faz duas coisas: Uma das coisas é Fosforilar PIPI2 em PIPI3, semelhante ao que o receptor tirosina quinase faz na via da insulina. A diferença é que, uma vez ativada, ela vai ser degradada pela Fosfolipase C, quebrando a molécula em duas: DAG e IP3. Essas moléculas são segundos mensageiros, o primeiro mensageiro é a molécula sinalizadora. Depois da transmissão do sinal, os segundos mensageiros serão ativados. Nessa via é o DAG e o IP3, na via anterior era o AMPc. O que eles fazem? O IP3 vai no retículo endoplasmático liso, abrem os canais de Ca2+ que saem para o citosol. Por que tem Ca2+ no reticulo endoplasmático? Contração; estimula fusionamento de vesículas de secreção; pode ativar PKC quando se junta com o DAG. 10 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova As proteína-cinases dependentes de Ca2+/calmodulina (CAM-cinases) fazem a mediação de muitas das respostas aos sinais de Ca2+. No endotélio, essa CaM-Cinases ativam sintase de óxido nítrico. Portanto, o Ca2+ sinaliza para várias coisas, e enquanto eles estiverem no citosol, eles vão ficar mandando sinal. Por isso, mesmo que ele encerre o sinal, alguém tem que tirar ele de lá. Portanto, quem desliga o sinal é a bomba de Ca2+ que bombeia o Ca2+ para fora do citosol. Existe bomba de Ca2+ tanto na membrana plasmática como na membrana do retículo endoplasmático liso. Eixo hipotálamo hipófise - suprarrenal Achados laboratoriais dos Tumores corticais adrenais Por exemplo, vocês estão com uma paciente que tem HAS, e vocês diagnosticaram que ela tem Tumor Adrenal Cortical. Esse tumor pode causar algumas coisas no indivíduo, pois, a suprarrenal é uma glândula que produz alguns hormônios. No córtex, são produzidos cortisol, aldosterona, enfim, os hormônios esteroides. Na medula produz as catecolaminas. Falando especificamente do córtex: Um tumor nessa região, vai estimular a secreção exagerada desses hormônios. Pensando em duas possibilidades: na adrenal estar super estimulando a adrenal a produzir aldosterona ou super estimulando a produzir cortisol. Falando no Hiperaldosteronismo, vamos entender um pouco do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona, e como funciona a Aldosterona no aumento da PA: Sistema renina-angiotensina- aldosterona Quando temos uma baixa na PA nosso organismo percebe isso através de receptores específicos. Isso vai induzir o rim a produzir e secretar a Renina, ela vai no fígado, onde vai agir sobre o angiotensinogênio (AGT), e a partir dele, terá a formação da Angiotensina 1(AT1). A AT1 é convertida em AT2 lá nos pulmões, através a Enzima Conversora de Angiotensina (ECA). Essa AT2 vai fazer de tudo para sua PA aumentar, agindo sobre a adrenal para que secrete aldosterona. Vai agir sobre a hipófise, para que secrete ADH ou vasopressina. Tudo isso acontece simutaneamente. Quando a AT2 age na suprarrenal, há a secreção da aldosterona (hormônio lipofílico). 11 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Receptor intracelular Onde e como a Aldosterona vai atuar? Por ser um hormônio lipofílico, ela entra na célula e se liga a um receptor intracelular citosólico. Uma vez ligada ao receptor, a aldosterona entra no núcleo ligado a ele. Eles induzem síntese proteica. Síntese de que proteína? Em que célula ela está atuando para fazer síntese proteica? Nas células tubulares renais. Lá a aldosterona entra, se liga ao receptor intracelular e induz síntese proteica. Fisiologicamente falando, o que a aldosterona manda acontecer no seu organismo? A aldosterona age lá no néfron rim para haja reabsorção de Na+. É quando é retirado o Na+ do túbulo pra o vaso sanguíneo. Para que isso acontece? Porque, nesse caso, está querendo aumentar a pressão sanguínea. Através do processo de osmose, quando se aumenta a quantidade de soluto, a água vai também, aumentando a volemia. E, como o volume é proporcional a pressão, quanto maior o volume, maior será pressão. Em termos celulares, como isso acontece? De quais proteínas a aldosterona induz síntese proteica? Proteínas que irão fazer o transporte do Na+. A aldosterona vai sinalizar para síntese do canal de Na+ epitelial e da bomba de Na+ e K+. Na porção basolateral, será bomba de Na+ e K+ que vai bombear Na+ da célula para o sangue. E o Na+ vai sair do túbulo para célula por transporte passivo, pelo canal da Na+ endotelial. Portanto, a aldosterona aumenta a síntese dessas proteínas de transporte de sódio. E agora, como a água vai também? Como a membrana plasmática é quase que impermeável a água, por meio das aquoporinas a água passará rapidamente pela membrana. Quando ocorre a sinalização da AT2, ela também avisa a neurohipófise para secretar a vasopressina (ADH). Pois a produção é feita no hipotálamo. Então, a neurohipófise é avisada pela AT2 que tem de secretar o ADH ou vasopressina. A AT2 vai na neuro hipófise e avisa que ela tem que secretar ADH (vasopressina). A vasopressina é hidrofílica (diferentemente da aldosterona – lipofílica) e não entra dentro da célula, tendo que se ligar a um receptor de membrana. A ADH que vai avisar para as aquaporinas irem par as membranas. Mas, normalmente, quando não há essa sinalização, a membrana é praticamente impermeável. Lembrem que, proteínas de membranas são produzidas pelo RE, depois vai pro golgi. E esse processo da aquoporina é um processo de exocitoseque se chama de Exocitose regulada. Essas vesículas ficam armazenadas dentro da célula e só são ativadas quando tem um sinal para que isso aconteça. Ou seja, as células tubulares sempre terão armazenadas dentro delas vesículas contendo aquoporina. Se tiver uma sinalização para essas vesículas fusionarem na membrana, isso vai acontecer e, a membrana ficará permeável. E esse sinal é o da Vasopressina. E esse sinal, quando é liberado pela neuro hipófise, vai lá nas células do túbulo renal e liga num receptor de membrana. O receptor da vasopressina ativa Proteína Gs, ou seja, que ativa AdenilCiclase, AMPc e PKA. O que a PKA vai fazer? Estimular o fusionamento das vesículas contendo aquoporina na membrana. Depois disso, o que acontece? Vai para o sangue, pois a aldosterona já jogou um monte Na+ pra lá. Por isso, o hormônio é chamado de antidiurético, pois está tirando água do túbulo renal e levando para o sangue. Nesse processo está precisando de água, pois, se coloca Na+ para poder colocar água também no sangue. E aí, a mesma AT2 vai no córtex cerebral e manda sentir sede. 12 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova A AT2 também tem um sinal de vasoconstrição para que aconteça a filtração renal. Como é que ela sinaliza para que a célula contraia? É porque o receptor que se liga a AT2 é uma proteína Gq, que produz IP3 e produz canais de Ca+, promovendo assim, a vasoconstrição. Agora, será falado sobre as vias do cortisol, numa situação em que um tumor no córtex aumente a secreção de cortisol: Eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal O CRH é secretado pelo hipotálamo que age na adenohipófise, fazendo com que produza e secrete ACTH e, partir daí, as suprarrenais produzam e secretem cortisol. O CRH quando se liga a proteína receptora na adenohipófise, a proteína receptora ativa Gs, onde há ativação da PKA. A PKA vai no núcleo e induz a transcrição de um gene chamado POMC, que vai ser traduzido no retículo endoplasmático rugoso. Tudo que é secretado pra fora da célula é produzido do RER. Tudo que sai do RER passa pelo complexo de Golgi, onde vai ser clivada e transformada num pré- pró-hormônio, sendo secretada do Golgi para as vesículas de secreção. As vesículas acabam sendo fusionadas na membrana pela via de Exocitose constitutiva, liberando a POMC (não funcionante). Algumas vesículas sofrem ação da PKA, que sinaliza pra POMC ser clivada, tornando ACTH. Ou seja, o CRH sinaliza para produção e secreção do ACTH. O ACTH, uma vez secretado, ele pode ser exocitado pela via constitutiva, e aí não dá tempo ser clivado, e ele não funciona. Ou, a PKA pode induzir a clivagem, se transformar em ACTH e ser secretado. 13 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova O ACTH vai agir sobre as células do córtex adrenal. A ACTH vai sinalizar para as células do córtex adrenal produzirem cortisol, e para isso, é preciso produzir colesterol. Então, a PKA vai induzir a endocitose do LDL para que ela entre, seja degradada pelos lisossomos e libere o colesterol. Para esteroidogênese, precisa-se de mais coisas lá na mitocôndria. Além do colesterol tem mais duas proteínas: a STAR e a CYP11A1. A PKA entra no núcleo e estimula CREB a síntese proteica, com produção de STAR e CYp11A1. E agora, na mitocôndria, os três (colesterol, STAR e CYP11A1) vão fazer a esteroidogênese, e daí se tem o cortisol. Molécula sinalizada (cortisol) O cortisol é um hormônio lipofílico. Ele entra na célula e se liga a receptores intracelulares. Esses receptores estão inativados lá no citosol. OBS: Os receptores do cortisol são idênticos aos receptores da aldosterona. Quem é que inativa esses receptores? Uma proteína chamada Chaperona. Essas chaperonas que estão no citosol estão ali inativando esses receptores. Só que quando a molécula sinalizadora chega ao citosol e se liga ao receptor, as Chaperonas se soltam. E agora o receptor está liberado. Após ser liberado ele se junta com a molécula, entra no núcleo e induz a síntese proteica. 1 – O complexo receptor-chaperona não pode entrar no núcleo. 2 – O cortisol entra no citoplasma e se liga ao receptor. 3 – Causando uma mudança na forma do receptor e a liberação da chaperona. 4 – Que permite a entrada do receptor e do cortisol no núcleo. Abaixo é o exemplo de algumas proteínas. Colagenase, interleucina, caseína. Enfim... 14 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Efeitos dos glicocorticoides Efeitos fisiológicos Aumento da glicose sérica e do glicogênio hepático. Resistência à insulina. Redução da síntese proteica e aumento do catabolismo muscular. Depressão da função tireoidiana. Depressão da função reprodutiva e da síntese de hormônios sexuais. Interfere na absorção intestinal de cálcio antagonizando a ação intestinal da vitamina D. Supressão da inflamação aguda. Supressão relativa da resposta imune humoral. Acentuação de comportamento de euforia. Aumento da reabsorção de sódio e água, com a retenção hídrica. Aumento da excreção de potássio e íon hidrogênio. Potencializa a ação das catecolaminas que contribui para o efeito pressórico, vasoconstrição e cardioestimulante da angiotensina II. Modula a permeabilidade da barreira hematoencefálica a diversas substâncias. O cortisol é um hormônio que está muito ligado ao estresse. Feedback negativo O cortisol também funciona fazendo o feedback negativo. Quando ele está circulante, o hipotálamo e a hipófise são avisados que não precisam secretar CRH e ACTH. Aspectos celulares da síndrome de cushing hereditária Toda vez que vocês forem atender algum paciente que tenham alguma patologia, sempre devem perguntar se tem caso na família. Qualquer doença pode ter uma origem hereditária, e muitas vezes, não sabemos. Quando se fala em Cushing causado por um tumor na adrenal, fazendo com que haja superprodução de cortisol, isso é genético. Porém, nem tudo que é genético é hereditário, mas tudo que é hereditário é genético, pois se herda o gene. Apesar que, tem doenças hereditárias primárias, que não se herdou nem do pai nem da mãe, a mutação aconteceu naquela pessoa. Porém, essa pessoa passa adiante. SD. DE CU SHING Exposição crônica a níveis circulantes aumentadas de glicocorticoides por: Administração terapêutica prolongada (causa + comum) Produção endógena aumentada de cortisol. Adenoma hipersecretor de ACTH – Doença de Cushing. Etiologia 1 – ATCH dependente: 80%: Hipercortisolismo por hiperprodução de ACTH. 2 – ACTH independente: 20%: Hipercortisolismo por produção autônoma devido a uma patologia da suprarrenal. Etiologia da SD. Endógena ACTH – dependente Doença de Cushing (DC): Hipersecreção de ACTH pela hipófise decorrente da presença de um adenoma, em geral microadenoma (<1cm). Essa doença é a causa mais frequente de SC não iatrogênica, correspondendo a 60 a 80% dos casos. A incidência da DC é de 5 a 25/1.000.000 por ano. As mulheres apresentam uma tendência 3 a 8X maior de desenvolver DC em comparação aos homens. A DC afeta indivíduos geralmente entre 25 e 45 anos. Secreção ectópica de ACTH por tumores não pituitários: corresponde a 10 a 15% dos casos. Aproximadamente 1% dos pacientes com câncer de pequenas células do pulmão apresentam síndrome de secreção ectópica de ACTH, sendo esta neoplasia a causa de metade de todos os casos da síndrome ectópica. Outras causas são tumores carcinoides de pulmão, timo e pâncreas. 15 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Hiperplasia suprarrenal micronodular bilateral: corresponde a menos de 1% dos casos.Hiperplasia suprarrenal macronodular bilateral: corresponde a menos de 1% dos casos. Site OMIM: Doenças hereditárias (Mendelianas – causadas por um gene) online. Mostra ordem cronológica das publicações, gene causador da doença... Fica na mesma forma plataforma que o PUBMED. PPNAD1 Essa forma é causada pela mutação do gene que codifica a subunidade regulatória da PKA. Reparem que a PKA tem duas subunidades regulatórias e duas subunidades catalíticas. São essas subunidades catalíticas que vão fosforilar o alvo final. Enquanto ela estiver ligada à uma subunidade regulatória, a PKA está inativa. Se a pessoa tem a mutação na subunidade regulatória, se ela não produz essa subunidade, a PKA fica o tempo todo na adrenal mandando produzir e secretar cortisol. PPNAD2 Tem outra forma hereditária que é relacionado ao gene da fosfodiesterase. Se não tem fosfodiesterase, o AMPc não vai ser degradado nunca, fica lá o tempo todo ativando PKA e mandando pra célula o tempo todo produzir cortisol. 16 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Introdução • O processo de crescimento ocorre através do aumento no número de células e não no seu tamanho. • Divisão celular ocorre por duplicação de células preexistentes. • Reposição de células mortas. • Regeneração de tecidos ou órgãos. • Balanço entre proliferação e morte celular. Crescimento celular: aumento do tamanho da célula. Proliferação celular: aumento do número de células. Ciclo celular – 4 fases INTÉRFASE Composta pelas fases G1, S e G2: G1: Crescimento celular, metabolismo normal, duplicação das organelas. É a fase que a gente diz que a célula está mais geneticamente ativa, sendo o período onde ela mais transcreve e produz proteína. S: Replicação do DNA e duplicação cromossômica. Fase de síntese. G2: Crescimento celular, preparação para mitose. Há síntese proteica (transcrição e tradução de proteínas que vão ser utilizadas na próxima fase, que é a mitose). G vem da palavra GAP em inglês que significa espaço, são os espaços de tempo em que a célula se prepara para uma nova fase. Ou não, repara que no caso de G1, a fase maior de todas, dizemos que é a fase em que a célula está mais geneticamente ativa, pois a maior parte da síntese proteica da célula ocorre quando ela está em G1. Quando ela está em síntese, não ocorre nenhuma produção de proteína, até porque a fase de síntese é a fase de replicação do DNA. Em G2 há síntese proteica. É uma transcrição e tradução de proteínas que vão ser utilizadas na próxima fase que é a mitose! Depois da intérfase temos a divisão propriamente dita, que é denominada mitose. A mitose é subdividida em 4 etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Na mitose não há síntese proteica! A maior parte da síntese proteica que acontece na célula é em G1. Controle do ciclo celular Existem células que param em G1 para sempre, existem as que param temporariamente (por um bom tempo) e existe as que param em G1 rapidamente! Existe um ponto denominado de ponto de restrição, onde a célula vai se decidir se vai adiante no ciclo celular ou se vai parar em G1! Se ela passar do ponto R, é um ponto sem retorno, vai seguir adiante no ciclo, se ela não passar, entra em G0. G0 é um estágio dentro de G1, onde a célula para o ciclo! Caso a célula não receba os estímulos necessários para romper o ponto de restrição, ela entra em G0 (estágio dentro de G1 onde a célula para). Duração do ciclo celular Existem células que passam por um G0 bem curto: células que se dividem/proliferam o tempo todo - então tem que ter divisão rápida, a exemplo das células do tecido epitelial. Agora, existem células que tem um G0 mais longo: se dividem pouco, divisão lenta, ou que não se dividem mesmo. Como por exemplo um hepatócito (normalmente demora um ano para se dividir, a não ser que aconteça algo e aí ela precise se dividir); Um neurônio (nem sai de G0, obviamente, no período embrionário ele se divide, mas depois para de se dividir, aí para em G0 e não sai nunca mais!) Ciclo Celular 17 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Células do pâncreas, por exemplo, param um bom tempo em G0, para depois se dividir! Todas as células passam por G0, nem que seja um pouquinho, pois todas tem que transcrever e traduzir proteínas! E fazem isso em G1, então ficam um pouco paradas lá em G1. Quando para, fica em G0. Mas ela recebe um estímulo para sair de G0. O ponto de restrição é depois de G0, é nesse ponto que ela decide se vai ficar em G0, ou se dividir! Tipos de células somáticas com base no ciclo celular Temos 3 tipos de células com base na duração do ciclo celular CÉLULAS LÁBEIS Período de vida curto – ciclo celular contínuo = nº total de células constantes. Superfícies epiteliais (pele e mucosas oral, vaginal, cérvice uterino, trato gastrointestinal, trato respiratório, trato biliar, trato urinário baixo, útero, glândulas exócrinas) e medula óssea vermelha CÉLULAS ESTÁVEIS OU EM REPOUSO - Entram numa fase de repouso (a fase G0), após a mitose. – Parênquima hepático, rins e pâncreas, células dos tecidos conjuntivo (fibroblastos, condrócitos e osteócitos) fibras musculares lisas e células endoteliais. CÉLULAS PERMANENTES Multiplicam-se na fase embrionária e estão programadas para não serem substituída por toda a vida. - Neurônios, fibras musculares cardíacas e esqueléticas (em adultos) São as células que entram em G0 e não saem mais. Chamamos elas também de permanentemente diferenciadas! Por que um neurônio não se divide? Por que são células altamente especializadas! Por que células altamente especializadas não se dividem? Justamente porque são altamente especializadas! O neurônio produz tanta proteína e neurotransmissor importante para secretar. Imagine se o neurônio avisa para as células que ele controla para pararem sua atividade enquanto ele faz a divisão? Não dá! O neurônio não pode parar! Então, para em G0 e não sai mais! Os neurônios no período embrionário, ainda são indiferenciados, mas aí com o passar do tempo, vão se diferenciando, até tornarem-se terminantemente diferenciadas! Assim como as células musculares esqueléticas de um adulto, enquanto crianças, nossas células musculares ainda não são totalmente diferenciadas e aos poucos vão se diferenciando e ficam terminantemente diferenciadas! Os podócitos também são assim. COMO OCORRE ESSE CONTROLE? O sistema de controle do ciclo celular depende de Proteina quinases ativadas ciclicamente • Quem controla tudo isso são as ciclinas! • Quem descobriu o controle do ciclo celular ganhou o nobel de medicina! TEMPOS Uma célula neoplásica não se divide mais rápido que uma célula normal! Nossas células normais demoram o mesmo tempo para se dividir! Esse tempo aqui, 9 horas em G1, 6 horas em síntese, 4 horas em G2, 1 hora em Mitose! O tempo de duração do ciclo é sempre o mesmo, mas a quantidade de vezes que a célula prolifera é diferente. Se for célula neoplásica, ela prolifera muito mais vezes do que uma célula normal. 18 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova PRINCIPAIS CICLINAS E CDKS DE VERTEBRADOS As proteínas que movem o ciclo celular são denominadas de ciclinas. São ciclinas porque são produzidas ciclicamente. Algumas células as produzem e vão fazer a célula sair de G0 e ir para a síntese! Aí depois elas são destruídas, aí outra ciclinas são produzidas e vão fazer a célula ir para a próxima fase. E assim vai. Mas elas não atuamsozinhas, ao contrário, quem movimenta mesmo o ciclo são as proteinoquinases (enzimas)- CDKs, só que a gente tem essas enzimas em número constante no nosso citosol, que só vão ficar ativas fazendo a célula mudar de estágio se elas forem ativadas pelas ciclinas, então dependem das ciclinas. CDKs= ProteínoKinases dependentes de ciclinas! (Os artigos botam o que está no parêntese, o fora é o que o livro traz! Tem que saber a nomenclatura que está no parêntese! A do livro está aí, só para quando formos ler, mas a do parêntese é a que ela vai colocar na prova! Então não é G1-CDK, é CDK4 e CDK6!) Esse assunto é extremamente importante porque envolve CA (câncer), hoje em dia, é impossível um oncologista não saber isso! Até porque, existem muitos quimioterápicos hoje em dia que são inibidores de CDK! Quando você inibe CDK, você para o ciclo celular, então não há divisão celular! G1-Cdk (Cdk4, Cdk6) – ciclina D. A primeira ciclina a ser produzida é a ciclina D! Ela ativa a Cdk4 e Cdk6. É o sinal de que a célula começa a proliferar. A primeira coisa que vai acontecer a partir disso é a indução da produção de ciclina E. G1/S – Cdk (cdk2) – ciclina E. A ciclina E vai ativar a Cdk2. Nesse momento, a célula sai do ponto de restrição e segue adiante, nisso a célula começa a produzir a ciclina A. S- Cdk (Cdk2, Cdk1) – ciclina A. A ciclina A pode ativar tanto CdK1 quanto Cdk2. Quando o Cdk2 passa a ser ativada por ciclina A, a célula sai de G1 e entra em síntese. Durante toda a fase de síntese a CDK2 vai ser ativada por ciclina A, só que em determinado momento a ciclina A começa a ativar a CDK1. Quando a ciclina A começa ativar cdk1, a célula sai de síntese e entra em G2. Durante todo o G2, a ciclina A fica ativando CDK1. M – Cdk (Cdk1) – Ciclina B. Em G2, a CDK1 deixa de ser ativada por ciclina A e passa a ser ativada por ciclina B, porque a célula começa a produzir a ciclina B. Então, lá no final de G2. a Cdk1 fica ativada exclusivamente por ciclina B, e quando isso acontece, a célula sai de G2 e entra em mitose. Por isso que a CDK1 ativada por ciclina B é a M, porque vai entrar em Mitose! Cada complexo fosforila um grupo diferente de substratos. Mitose → Profáse, metáfase, anáfase, telófase. Tudo que acontece nas duas primeiras fases da mitose, é a CDK1 ativada por ciclina B, a responsável! CDKS DISTINTAS SE ASSOCIAM COM DIFERENTES CICLINAS PARA ACIONAR OS DIFERENTES EVENTOS Aqui não mostra, mas tudo começa com a ciclina D, que ativa a CDK4 e a CDK6 e induz a célula a produzir ciclina E. A ciclina E ativa a CDK2 e induz a célula a sair de G1. Só que a célula só vai sair de fato de G1, quando ela começar a produzir a ciclina A. É na hora que a ciclina A é produzida que ela sai de G1 e entra em síntese, isso através da ativação de CDK 2. Enquanto a CDK 2 estava sendo ativada só por ciclina E, a célula estava em G1. Quando passa a ser ativada por ciclina A, saiu de G1 e foi para a síntese. Durante toda a fase de síntese, essa ciclina A ficou ativando a CDK2. Quando ela começa a ativar CDK1, ela sai de síntese e entra em G2, esse é o sinal para G2. Durante todo o G2 a ciclina A fica ativando a CDK1. No final de G2 a célula começa a produzir ciclina B, que também ativa a CDK1, e quando isso acontece, a célula sai de G2 e entra em mitose, esse é o sinal! Esse complexo CDK1-ciclina B é responsável pela primeira metade da mitose (prófase e metáfase)! O ciclo celular pode ser interrompido em Pontos de checagem específicos 19 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Existem diversos pontos de checagem na célula, e são pontos de interrupção. Provavelmente devem ter mais do que a gente conhece, nem todos foram descritos! Vou falar de 3 pontos de checagem para vocês! Um do final de G1, um em G2 e um que acontece ao final da mitose. Por que é importante o ponto de checagem em G1 e em G2? • Em G1, é importante porque depois tem a etapa de síntese e não queremos que haja erro, pois caso aconteça uma mutação, você não pode replicar esse DNA, senão você vai perpetuar essa mutação. Reconhece então erros no DNA para que você não replique esse erro! • As proteínas que fazem a replicação do DNA inserem MUITOS erros, a maioria desses erros é até corrigido depois, e por isso temos um ponto de checagem em G2, para corrigir esses erros originários lá da replicação. O dano do DNA interrompe o ciclo celular em G1 Quando você tem um dano do DNA, tem uma proteína que é codificada por um gene supressor tumoral que se chama a p53, ela é chamada de guardiã do nosso genoma, ela reconhece o dano ao DNA e faz 3 coisas: 1- Induz a célula a produzir uma proteína que é inibidora de CDK (chamada de P21, que não é a única inibidora de CDK que existe, ela é a que é produzida pela P53). Se inibe CDK, para o ciclo celular. 2- Induz as células a produzirem proteínas de reparo do DNA: proteínas que vão tentar consertar o erro. 3- Se for os mecanismos anteriores forem insuficientes, ela atua na produção de proteínas pró-apoptóticas, que induzem a apoptose. A grosso modo, a P53 induz a célula a parar, a tentar corrigir o erro, e se não der certo, a se matar! Para que o erro não vá adiante G1: verifica se o DNA tem erro. Eu não quero replicar um DNA mutável. Se estiver íntegro, vai adiante! G2: verifica se houveram erros na replicação. Inibidores de CDKs Existem vários inibidores de CDKs que hoje em dia estão sendo utilizados no tratamento ao câncer! CICLO CELULAR: CÉLULAS SOMÁTICAS 20 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova Estágios: Prófase, metáfase, anáfase, telófase. Existem autores que botam mais um estágio entre a prófase e a metáfase, colocam um estágio chamado de pró-metáfase, que seria uma fase de transição entre as duas fases! INTERFASE Antes de duplicar o DNA, há apenas uma cromátide. Quando se duplica na fase S, ele fica com duas cromátides irmãs geneticamente idênticas! Enquanto elas estiverem unidas por um mesmo centrômero, é um cromossomo só. Depois essas cromátides se separam, lá na frente, e viram cromossomos separados. Além de duplicar o DNA, a célula duplica as suas organelas também! Aumenta seu volume citoplasmático, porque a célula precisa se dividir em duas de mesmo tamanho, além de o material genético ser idêntico. As primeiras divisões, lá no período embrionário, curiosamente, as células diminuem de tamanho mesmo! O estágio que chamamos de mórula, porque parece uma amora, uma célula grande como o zigoto que a formou, com várias células pequenininhas. Isso acontece porque a célula não passa nem por G1 nem por G2, ela vai direto de síntese para a mitose constantemente! Mas a maioria das células, como eu falei com vocês, passa por G1 e G2, tanto é que você não vê redução das células ao se dividir! Isso só acontece no período embrionário. A nossa célula está no ciclo, ou ela está em interfase ou está em mitose. O nosso DNA está organizado em forma de fragmentos, nós temos por exemplo 46 pedaços. Esses pedaços estão associados a proteínas histonas que condensam o DNA, e por isso que o DNA cabe no núcleo, mas existem diferentes níveis de condensação. Na intérfase, ele está menos condensado, na mitose, está mais. Isso é meio óbvio, o que está acontecendo na intérfase é que o DNA está sendo transcrito e replicado. Na hora do DNA ser transcrito em RNA, as enzimas RNA polimerase tem que ter acesso a esse DNA, se ele estiver compacto, não haverá acesso a ele. Do mesmo modo, as enzimas que vão fazer a replicação do DNA, também tem que ter acesso a ele! Em contrapartida, na mitose, o DNA tem que estar condensado ao máximo, porque as cromátides terão que ser separadas, então quanto mais compacto, melhor para separar! Esses níveisde condensação fazem que a gente tenha 2 nomes para o DNA: (1) Na intérfase, menos condensado, tem o DNA sobre a forma de CROMATINA. (2) Na mitose, mais condensado, é chamado de CROMOSSOMO. Didaticamente e na prática, tudo é cromossomo! PRÓFASE Os cromossomos parecem condensados e o envelope nuclear não é aparente. • 1ª coisa que acontece na intérfase: Condensação gradual dos cromossomos. • Os centrossomos gradualmente movimentam-se para os pólos das células e deles vão partir as fibras do fuso. (Centrossomo é uma organela bem próximo ao núcleo, é nessa organela que fica o centríolo. Os microtúbulos partem dos centríolos e são componentes do citoesqueleto. Aqui na divisão, os microtúbulos serão as fibras do fuso, que vão partir dos centrossomos. Normalmente na célula, só temos um centrossomo, mas quando a célula entra em mitose as organelas estão duplicadas!) • Rompimento da membrana nuclear: A carioteca (membrana nuclear) se rompe e o nucléolo, que é responsável pela síntese de RNA ribossômico, também desaparece, e isso acontece até mesmo antes da carioteca se romper! • Início da formação do fuso mitótico • Os cromossomos se fixam (se ligam) nas fibras do fuso. METÁFASE • Condensação cromossômica máxima: de fato, agora eu tenho cromossomo. • Cromossomos localizados na região equatorial da célula. Até aqui, tenho Ciclina B ativando CDK1, e isso é responsável por tudo o que vimos de mitose até agora. Quando chega na transição de metáfase e anáfase, surge uma outra molécula que se chama APC (complexo promotor de anáfase), ele vai promover a anáfase (sério?) e quando esse complexo surge, vai destruir as ciclinas, então não deixa de ser um inibidor de ciclinas. O restante da mitose, é devido ao APC. 21 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova ANÁFASE • Cromátides irmãs se separam no centrômero e movem-se para pólos opostos. As cromátides de cada cromossomo se separam e uma torre em movimento os polos. Por isso que ao final, você tem duas células como o mesmo número de cromossomos, e com cromossomos idênticos, por isso na mitose, são geradas células filhas idênticas a célula mãe. TELÓFASE • Início da descondensação cromossômica. • Reconstrução da membrana nuclear, reaparece carioteca e nucléolo! • Citocinese (clivagem citoplasmática): Divisão da célula. Quando a célula termina a telófase, volta a G1, então ela tem que voltar tudo, o núcleo, o nucléolo, o DNA que volta a ser cromatina, tudo tem que voltar a ser o que era antes. Os cromossomos estão nos polos e estão se tornando mais difusos. O envelope nuclear está reformando. O citoplasma pode estar se dividindo. RESUMO CITOCINESE O anel contrátil é de actina e miosina! As mesmas proteínas lá do músculo, a gente vai ver isso em citoesqueleto! APC (COMPLEXO PROMOTOR DA ANÁFASE) A partir dele você não tem nenhuma CDK ativa. • Atua na transição metáfase/anáfase • APC/C (Anaphase-promoting complex) inicia a separação das cromátides irmãs através da destruição de proteínas regulatórias (proteólisemediada por ubiquitina). • A anáfase inicia com quebra das coesinas que seguram as cromátides irmãs. As cromátides-irmãs são unidas por proteínas chamadas de coesinas, com a quebra delas, as cromátides se separam! 22 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova • Promove a destruição das ciclinas S e M, inativando o complexo ciclina-Cdk. • Fosfatases desfosforilam os substratos promovendo desmontagem do fuso, reorganização do envoltório nuclear P53 atua em G1 e em G2! • Permanece ativo em G1, propiciando um período estável de inatividade; • Quando G1/S-Cdks são ativadas, APC é APC- METÁFASE/ANÁFASE A APC vê se os cromossomos estão corretamente alinhados a fibras do fuso. Se não estiver, você pode ter uma não- disjunção, porque uma célula pode ter dois cromossomos e a outra nenhum cromossomo caso isso aconteça, então ela vai tentar evitar isso! CONTROLE EXTRACELULAR DO NÚMERO E TAMANHO DE CÉLULAS AS CÉLULAS PRECISAM DE SINAIS EXTRACELULARES PARA SE DIVIDIREM, CRESCEREM E SOBREVIVEREM • Mitógenos: Estimulam a divisão celular. Aqui é quantidade de vezes que a célula plorifera. • Fatores de crescimento: Estimulam o crescimento celular. Crescer aqui, é em termo de tamanho, cuidado! • Fatores de sobrevivência: Supressão da apoptose, a célula faz isso para se manter viva, ou seja, sem mortes! • Mitógenos: Estimulam as atividades das ciclinas E e A. MITÓGENOS Entender a via que vem na imagem de baixo, é fundamental, você tem noção de todo esse controle! 1- Mitógeno se liga a proteína receptora e aí promove uma cascata de sinalização celular para ela se dividir. 2- Essa sinalização entra no núcleo e vai induzir a célula a produzir uma proteína chamada MYC 3- Essa proteína MYC é quem vai fazer com que a célula produza a primeira ciclina de todas, que é ciclina D. 4- Ai a ciclina D ativa a CDK 4 e a CDK 6! Uma vez ativadas, elas ativam (fosforilam) a PRB. Quando a PRB não recebe nenhuma sinalização, ela inibe a proliferação celular, por isso é chamada de supressora tumoral, por que inibe? Porque ela está inibindo essa proteína verdinha aqui ó, que se chama E2F. 5- A PRB fosforilada, libera a E2F 6- Essa E2F, quando está ativa, induz a célula a transcrever e traduzir a ciclina E e a ciclina A, tirando a célula de G1 e levando-a para a síntese! A E2F só vai aparecer quando temos essa via de sinalização. 23 Beatriz Machado de Almeida Biologia Molecular e Celular – Resumo da prova FATORES DE CRESCIMENTO: ESTIMULAM O CRESCIMENTO CELULAR Isso aqui, eu só vou citar para vocês. Aqueles receptores que mostrei para vocês lá no início, chamam-se receptores de tirosina quinase. Uma vez ativados, eles podem estimular várias vias! Uma das vias é a da proliferação celular, outra via, é a via do crescimento celular. Mas ela só faz isso quando se liga a fatores de crescimento. Depois vocês vão estudar essa via tá? Ela induz por exemplo a ativação da M-TOR, que promova a síntese proteica, principalmente a crescimento muscular! FATORES DE SOBREVIVÊNCIA: SUPRESSÃO DA APOPTOSE ??? Normalmente a célula tem ligado a ela, fatores de sobrevivência. Uma célula que está proliferando, também tem que ter esses fatores ligados a ela! Mantendo ela viva através da supressão da apoptose. Vamos estudar os mecanismos de apoptose. Vias de sobrevivência: (1) indução de proteínas anti-apoptóticas (2) inibe proteínas pró apoptóticas (3) Induz produção de inibidores da apoptose. E QUAL SERIA O LIMITE DE DIVISÃO? • Telômeros: Toda vez que nossas células somáticas se dividem, nossos cromossomos encurtam de tamanho! Se divide, encurta! Por que não há perda de material genético? Porque na ponta de nossas células nós temos os telômeros, então eles são uma capinha extra de DNA que nós temos para nos proteger, e quando tivermos essa perda de material genético, elas vão se perdendo. Então o telômero serve para encurtar mesmo! Diminuímos o telômero para que não aja perda de genes, porque nem tudo no nosso DNA é gene, só 2%! São denominados então, relógios biológicos da célula! Ele tem um limite, vai ter uma hora em que ele vai diminuir até acabar o telômero, e aí acontece ela entra em apoptose, justamente para te proteger Células tronco embrionárias totipotentes não diminuem o tamanho de seus telômeros. Temos células tronco adultas em nossa medula óssea que se perderem os telômeros, acaba sangue! Então as células tronco, não tem limite de replicação, porque tem uma enzima chamada de telomerase, que faz uma polimerização nos telômeros, inibindo a sua redução! As células tronco expressam a telomerase, e as células somáticas não expressam,as células são geneticamente idênticas! Elas são epigeneticamente diferentes, cada uma expressa genes de forma diferente! A célula neoplásica consegue ativar o gene da telomerase e não pode parar de se dividir!
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