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Histologia Oral - ESMALTE

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Esmalte
O esmalte é a estrutura que recobre a coroa dos dentes e o tecido mais mineralizado do organismo. Também chamado tecido adamantino, que cobre a dentina em sua porção coronária como um casquete oferecendo proteção ao tecido conjuntivo subjacente integrado no isossistema DENTINO-PULPAR. É formado por células epiteliais originadas do ectoderma. Além disso, quando totalmente formado e após a erupção do dente, é o único completamente acelular, sendo o tecido mais duro do organismo constituído por milhões de prismas altamente mineralizados que o percorrem em toda a sua espessura, desde a junção amelodentinária (JAD) até a superfície externa no contato com o meio bucal.
· Estrutura 
O esmalte maduro é constituído principalmente por unidades estruturais básicas em forma de barra, os prismas do esmalte. Estes são formados por cristais de hidroxiapatita (se dispõe seguindo mais ou menos o longo do eixo do prisma, com exata orientação longitudinal na região central do longo eixo, a direção muda quando eles seguem para a periferia do limite do prisma e formam a bainha ao se encontrarem com cristais de outros prismas adjacentes ou da região interprismática), caracterizando o esmalte prismático. Na junção amelodentinária (JAD) e na periferia (regiões interprismáticas) da coroa existe o esmalte aprismático.
OBS.: Esmalte aprismático: regiões em que os cristais de hidroxiapatita estão paralelos entre si.
· MORFOLOGIA DOS PRIMAS -> São estruturas longitudinais; Em média possuem 4 micrometros; Estendem-se da junção amelodentinária até a superfície do esmalte; Diâmetro varia entre 4 e 10μ; Menor em seu ponto de origem e aumenta gradualmente à medida que se aproxima da superfície livre; O número de prismas varia em relação ao tamanho da coroa sendo estimado entre 5 a 12 milhões. 
· COMPOSIÇÃO DOS PRISMAS -> Correspondem a unidades estruturais constituídas pelos cristais de hidroxiapatita; Apresentam orientação definida em seu interior; Em corte longitudinal, os eixos maiores dos cristais se dispõem paralelamente ao eixo longitudinal do prisma na região da cabeça, até que os cristais adquiram uma posição perpendicular; Na união cabeça/cauda inclinam-se em relação ao eixo longitudinal do prisma; Essa disposição deve-se a síntese e formação do esmalte pelos ameloblastos.
· ORIENTAÇÃO ODS PRISMAS -> A orientação do prisma no interior do esmalte é bastante complexa, os mesmos não seguem uma trajetória retilínea através do esmalte, mas em algumas regiões por seu trajeto sinuoso são entrecruzadas ou entremeadas. Os prismas que se dirigem da superfície da dentina até a superfície externa do dente se organizam e dispõe em fileiras ou planos circunferentes em torno do eixo do dente.
· UNIDADES ESTRUTURAIS SECUNDÁRIAS DO ESMALTE -> Correspondem a estruturas ou variações anatômicas que se originam a partir de unidades estruturais primárias. O diferente grau de mineralização, mudança no percurso dos prismas e inter-relação esmalte e dentina subjacente ou na periferia com o meio externo.
· DIFERENTE GRAU DE MINERALIZAÇÃO -> Estrias de Retzius; Tufos de Linderer.
· MUDANÇA NO PERCURSO DAS PRISMAS -> Bandas de Hunter-Schreger; Esmalte Nodoso.
· INTER-RELAÇÃO ESMALTE E A DENTINA -> Junção amelodentinária; Periquimácias; Linhas de imbricação de Pickerill; Fissuras e sulcos do esmalte.
· Estrias ou Linhas de Retzius = A formação do esmalte segue um padrão incremental. Durante a formação do esmalte, ocorrem períodos de repouso, que se refletem na formação de linhas incrementais de crescimento, denominadas estrias ou linhas de Retzius. Embora costumem ser consideradas zonas hipomineralizadas em relação ao restante do esmalte, as linhas refletem a mudança de direção dos ameloblastos durante a formação dos prismas. Após os períodos de repouso, os ameloblastos recomeçam a deposição de matriz, mudando levemente de direção. Dessa maneira, aparecem linhas que nas preparações longitudinais de dentes desgastados são escuras. Elas vão desde a junção amelodentinária até a superfície externa, com exceção dos vértices das cúspides e das bordas incisais, nas quais não alcançam a superfície.
· Tufos do Esmalte ou Linderer = São áreas levemente hipomineralizadas que contêm a proteína tufelina. Se originam na junção amelodentinária, alcançando no máximo um terço da espessura do esmalte. Acredita-se que os tufos de Linderer se formem durante o desenvolvimento devido a mudança bruscas na direção de grupos de prismas pela orientação de alguns ameloblastos na amelogênese.
· Bandas de Hunter-Schreger = Representam apenas um fenômeno óptico, pois os prismas não seguem um trajeto retilíneo da junção amelodentinária até a superfície. Em preparações por desgaste em sentido longitudinal, os prismas aparecem cortados em planos diferentes nas regiões em que ocorrem as leves curvaturas. Desse modo, origina bandas claras e escuras (parazonais e diazonais), presentes em todos os dentes permanentes e ainda nos que ainda não completaram a formação.
· Junção Amelodentinária = Esmalte e dentina relacionam-se por uma superfície muito ondulada. A superfície de contato entre o esmalte e a dentina, denominada junção amelodentinária, é bastante ondulada, característica que garante a imbricação íntima entre os dois tecidos dentários. Nesta região, originam-se os tufos, lamelas e fusos adamantinos. A origem do JAD se estabelece nos primeiros estágios da morfogênese dentária, ocorrendo no local onde existe a lâmina dentária entre os odontoblastos e ameloblastos, antes de executarem os mecanismos de mineralização.
· Fusos do Esmalte = São continuações dos túbulos dentinários, possuem aspecto de clavas irregulares que se encontram ao nível da JAD. Originam-se nos primeiros momentos da amelogênese, na fase de diferenciação. Os fusos são mais frequentes nas regiões dos vértices das cúspides e seguem uma orientação perpendicular à JAD e oblíquos em relação aos prismas. Correspondem a formações tubulares com fundo cego que aloja os prolongamentos dos odontoblastos, a penetração dos prolongamentos ocorre antes de mineralizar.
· Periquimácias e Linhas de Imbricações de Pickerill = Microscopicamente, a superfície do esmalte é irregular. As periquimácias representam a parte superficial das linhas de Retzius. Ao serem observadas externamente, correspondem a leves depressões lineares no sentido horizontal, que causam leves ondulações na superfície externa do esmalte, na região cervical e média. São sulcos profundos na superfície do esmalte na porção cervical da coroa. As periquimácias são mais acentuadas nos dentes permanentes recém-erupcionados e tendem a desparecer com a idade pelo desgaste fisiológico.
· Fissuras ou Sulcos do Esmalte = Invaginações de morfologia e profundidade variáveis presentes na superfície do esmalte de pré-molares e molares. Se originam a uma coalescência incompleta dos lóbulos cuspídeos onde a atividade ameloblástica se desenvolve de forma independente e logo se soldam.
· Lamelas ou Microfissuras do Esmalte = Forma retilínea da superfície do esmalte até a dentina, podem ser observadas em cortes longitudinais e transversais, corresponde a regiões hipomineralizadas que chegam à superfície externa. Divididos em microfissuras primárias (produzidas antes da erupção, por matriz do esmalte não mineralizadas ou por células originadas do órgão do esmalte) e microfissuras secundárias (produzidas após a erupção, causadas por traumas e mudanças bruscas de temperatura no local correspondente e esta é ocupada por matéria orgânica). 
· Superfície do Esmalte = Cutícula do esmalte – delicada membrana que cobre a coroa do dente recém-erupcionado e que corresponde a última secreção dos AMELOBLASTOS, se apresentam fortemente aderida à superfície do esmalte com a função de protegê-lo durante a erupção. Desaparece com oclusão durante a mastigação/escovação. Contudo, nas regiões protegidas (superfícies proximais/ou gengivais) pode persistir durante toda a vida do dente.
· Estrias Transversais = Os prismas apresentam leves constrições transversais. Embora os períodos derepouso na secreção do esmalte gerem as linhas de Retzius, em algumas regiões de esmalte desgastado são observadas também leves estriações que aparecem transversais em relação ao longo eixo dos prismas. Essas estriações transversais poderiam representar o ritmo circadiano na produção do esmalte pelos ameloblastos. 
· Esmalte Nodoso = Os prismas entrecruzam-se nos vértices das cúspides. As leves curvaturas dos prismas não interferem no arranjo nas superfícies laterais da coroa do dente nem nas vertentes das cúspides. Entretanto, nas regiões dos vértices das cúspides, alguns prismas entrecruzam-se irregularmente constituindo a região denominada esmalte nodoso.
· Esmalte Aprismático = É encontrado tanto em dentes decíduos (em todos – zona superficial de cada coroa) quanto em permanentes (70% - regiões cervicais, fissuras e microfissuras em menor quantidades (superfícies das cúspides)) . Em muitas regiões do esmalte superficial, os cristais não se dispõem constituindo prismas ou regiões interprismáticas, mas formando uma camada de estrutura mais ou menos homogênea denominado esmalte aprismático. Os cristais estão alinhados paralelamente entre si e perpendicularmente à superfície externa. Como já foi mencionado, o esmalte aprismático é formado por ameloblastos que não mais apresentam processo de Tomes.

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