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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Fernanda Daumas ANATOMIA DO BLOCO DE SISTEMA NERVOSO VISÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO • Sua função é captar o que esta acontecendo no meio ambiente através dos receptores sensoriais, processa a informação de forma que respondemos essa informação de alguma forma, como um pen- samento, fala ou ação. • Considerado um dos sistemas mais complexos por ainda não entende-se de forma coesa como sua estrutura funciona. • Compoe cerca 3 porcento do peso corporal. • Composto por cerca de 80 bilhoes de neurônios. O que diferencia o ser humano de outro animal é a maior presença de neurônios no córtex cerebral que por sua vez permite maior capacidade cognitiva. Essas habilidades foram desenvolvidas devido ao descobri- mento do fogo que possibilitou cozinhar os alimentos fazendo com que seus nutrientes fossem melhor absor- vidos permitindo um aporte energético maior, já que o cérebro consegue cerca de 1\4 da quantidade de calo- rias diárias de um individuo. • O sistema nervoso é dividido em duas partes 1. Sistema nervoso central: composto por encé- falo(protegido pelo crânio) e medula espinal( pro- tegido pelas vertebras). 2. Sistema nervoso periférico: composto por nervos cranianos, espinais, glanglios, plexos entéricos e receptores sensoriais. SISTEMA NERVOSO CENTRAL • O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre tomada de decisões e o envio de ordens. • O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cere- brais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situ- ado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranial- mente; e PONTE, situada entre ambos. No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos cor- pos dos neurônios e a branca, por seus prolonga- mentos( a cor deve-se a bainha de mielina). Com exceção do bulbo e da medula, a substância cin- zenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente. • Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encé- falo; e coluna vertebral, protegendo a medula – também denominada raque) e por membranas de- nominadas meninges, situadas sob a proteção es- quelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e piamáter (a interna). Entre as meninges SISTEMA NERVOSO Universidade Federal do Rio de Janeiro| Fernanda Daumas ANATOMIA DO BLOCO DE SISTEMA NERVOSO aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidi- ano ou líquor. ENCÉFALO • O Encéfalo é composto por todas as estruturas dentro da caixa craniana ou seja, telencéfalo, dien- céfalo, tronco encefálico e cerebelo. • O cérebro não são todas as estruturas dentro da caixa craniana, ele engloba apenas por telencéfalo e diencéfalo. • O tronco encefálico controla funções vitais( centro cardiorrespiratório); • O cerebelo é responsável principalmente pela fun- ção motora. • Essas estruturas também possuem uma parte cin- zenta e uma parte branca. • No sistema nervoso central um conjunto de neurô- nios unidos com mesma função se organizam em núcleos, isso ocorre e abundancia no tronco ence- fálico MEDULA ESPINAL • Na medula a susbtancia cinzenta esta contida na parte interna, ao contrario do encéfalo. Sua subs- tancia branca é chamada de H medular. O QUE É UM GÂNGLIO • São aglomerados de corpos celulares de neurônios e desses gânglios partem os nervos. Os nervos são recobertos de tecido conjuntivo por onde passa vasos que iram nutrir essas estruturas. • Nas paredes do trato gastrointestinal existem re- des exetensas de neurônios que ajudam a regular o sistema digestório denominados plexos entéri- cos. RECEPTORES SENSORIAIS • A pele possui diversos receptores que são dendri- tos dos neurônios sensitivos com estrutura modifi- cada para captar melhor aquela sensação seja de calor ou dor e etc. • A informação recebida será processada, estimu- lando músculos, glândulas, órgãos e efetuando a resposta. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO • Ele é dividido em parte somática do sistema ner- voso, parte autonômica do sistema nervoso e parte entérica do sistema nervoso. • O sistema nervoso periférico é formado por um conjunto de nervos encarregados de fazer a liga- ção do SNC com o corpo. Por sua vez, o nervo é um conjunto de varias fibras nervosas que podem ser formadas de axônios ou dendritos. • Os nervos que levam informação da periferia pra o SNC são chamados de sensórias(aferentes) e são formados por prolongamentos dos neurônios sen- soriais. Aqueles que levam do SNC para os múscu- los e glândulas são nervos motores(eferentes) for- mados por feixes de axônio de neurônios motores. Os nervos mistos podem conter axônios de neurô- nios motores e sensoriais. Universidade Federal do Rio de Janeiro| Fernanda Daumas ANATOMIA DO BLOCO DE SISTEMA NERVOSO PARTE SOMÁTICA • Capta informação do meio ambiente e responde forma voluntária. A informação é captada pelos neurônios sensoriais que estimulam os neurônios sensitivos(aferentes que levam a informação para o sistema nervoso central) o SNC processa essa in- formação e através de neurônios eferentes (leva do SNC para o órgão efetor) que são neurônios motores que vão controlar a ação, como mexer o braço e mão. • O SNS é composto por (1) neurônios sensitivos que transmitem informações para o SNC a partir de re- ceptores somáticos na cabeça, no tronco e nos membros e de receptores para os sentidos especi- ais da visão, da audição, da gustação e do olfato, e por (2) neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do SNC exclusivamente para os músculos esqueléticos. Como estas respostas motoras po- dem ser controladas conscientemente, a ação desta parte do SNP é voluntária. • Tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras mo- toras que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos esqueléticos. O corpo celular de uma fibra motora do SNP voluntário fica locali- zado dentro do SNC e o axônio vai diretamente do encéfalo ou da medula até o órgão que inerva. PARTE AUTÔNOMA • É involuntária como batimento cardíaco e respira- ção. A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formado por (1) neurônios sensitivos que le- vam informações de receptores sensitivos autôno- mos – localizados especialmente em órgãos visce- rais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por (2) neurônios motores que conduzem os im- pulsos nervosos do SNC para o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas. Como suas res- postas motoras não estão, de modo geral, sob con- trole consciente, a atuação do SNA é involuntária. A parte motora do SNA é composta por dois ra- mos, a divisão simpática e a divisão parassimpá- tica. Com poucas exceções, os efetores recebem nervos de ambas as divisões, e geralmente têm ações opostas. Por exemplo, os neurônios simpáti- cos aumentam a frequência cardíaca, enquanto os parassimpáticos a diminuem. De modo geral, a di- visão simpática está relacionada com o exercício ou ações de emergência – as respostas de “luta ou fuga” – e a divisão parassimpática se concentra nas ações de “repouso e digestão”. • O SNP Autônomo ou Visceral, como o próprio nome diz, funciona independentemente de nossa vontade e tem por função regular o ambiente in- terno do corpo, controlando a atividade dos siste- mas digestório, cardiovascular, excretor e endó- crino. Ele contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração. • Um nervo motor do SNP autônomo defere de um nervo motor do SNP voluntário pelo fato de conter dois tipos de neurônios, um neurônio pré-ganglio- nar eoutro pós-ganglionar. O corpo celular do neurônio pré-ganglionar fica localizado dentro do SNC e seu axônio vai até um gânglio, onde o im- pulso nervoso é transmitido sinapticamente ao neurônio pós-ganglionar. O corpo celular do neu- rônio pós-ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e seu axônio conduz o estímulo nervoso até o órgão efetuador, que pode ser um músculo liso ou cardíaco. • O sistema nervoso autônomo compõe-se de três partes: - Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos são formados por pequenas dilatações denominadas gânglios, num total de 23 pares. - Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos órgãos de nutri- ção, como o estômago, o coração e os pulmões. - Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos raquidianos, fazendo com que os sistema autônomo não seja totalmente inde- pendente do sistema nervoso cefalorraquidiano. PARTE SIMPÁTICA Universidade Federal do Rio de Janeiro| Fernanda Daumas ANATOMIA DO BLOCO DE SISTEMA NERVOSO • Suas fibras saem dos nervos torácicos(toracolom- bar) • Todas os neurônios ou fibras pos ganglionares que partem dessa região produzem Noradrenalina. • Ver tamanho das fibras • O corpo celular dos neurônios pre ganglionares da parte simpática partem de uma estrutura da me- dula chamada de corno lateral que vai de t1 ate l2 ou l3 • Contração PARTE PARASSIMPÁTICA • Suas fibras saem dos nervos craniosacrais. • Produzem acetilcolina • De modo geral essas duas regiões possuem fun- ções antagônicas • Relaxamento PARTE ENTÉRICA • Também é involuntária. O neurônio sensorial re- cebe a informação e pode leva-la direto aos neurô- nios motores entéricos ou primeiro levar ao sis- tema nervoso central para depois passar a infor- mação para os neurônios motores. • A atuação do SNE, o “cérebro do intestino”, é invo- luntária. Considerado antigamente como parte do SNA, o SNE é composto por mais de 100 milhões de neurônios que estão dentro dos plexos entéri- cos, e se estendem pela maior parte do sistema di- gestório. A maioria destes neurônios funciona in- dependentemente do SNA e em parte do SNC, em- bora eles se comuniquem com o SNC através de neurônios simpáticos e parassimpáticos. Os neurô- nios sensitivos do SNE monitoram mudanças quí- micas no sistema digestório, bem como o estira- mento de suas paredes. Os neurônios motores en- téricos controlam, no sistema digestório, as con- trações do músculo liso para impulsionar o ali- mento, as secreções dos órgãos (como o suco gás- trico) e a atividade das células endócrinas, secreto- ras de hormônios. COMPONENTES DO SNP NERVOS CRANIANOS • Saem da cavidade craniana através de forames do crânio. Apenas 11 dos 12 pares iriginam-se no en- céfalo; • O nervo XI origina-se na parte superior da medula espinal • Alguns nervos cranianos possuem apenas fibras motoras(5), outros fibras sensoriais(3) e ainda ou- tros uma mistura de ambos(4). NERVOS ESPINAIS • Os nervos espinais estão associados à medula espi- nal e, como todos os nervos do sistema nervoso periférico (SNP, ou parte periférica do sistema ner- voso segundo a Terminologia Anatômica), são fei- xes paralelos de axônios – e sua neuroglia associ- ada – envolvidos por várias camadas de tecido conjuntivo. Os nervos espinais conectam o SNC a receptores sensitivos, músculos e glândulas em to- das as partes do corpo. Os 31 pares de nervos espi- nais são nomeados e numerados de acordo com a região e o nível da coluna vertebral de onde sur- gem. • Um nervo espinal típico tem duas conexões com a medula: uma raiz posterior e uma raiz anterior. Es- tas raízes se unem para formar um nervo espinal no forame intervertebral. Como a raiz posterior contêm axônios sensitivos e a raiz anterior apre- senta axônios motores, o nervo espinal é classifi- cado como um nervo misto. A raiz posterior con- tém um gânglio, no qual estão localizados os cor- pos celulares dos neurônios sensitivos. • Os nervos que saem da parte posterior da medula são constituídos por corpos celulares de neurônios sensoriais(para receber o estimulo e levar a me- dula), no entanto esses corpos celulares ficam fora da medula nos ganglios espinais. Dessa forma esse nervo se une ao nervo motor que sai da parte an- terior da medula. E os corpos celulares dos Universidade Federal do Rio de Janeiro| Fernanda Daumas ANATOMIA DO BLOCO DE SISTEMA NERVOSO neurônios que formam as fibras motoras locali- zam-se na medula. • O SNP esta relacionado a musculatura de forma que as ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos, que estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já as ações involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, contro- ladas pelo sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral.
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