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Resumo dos procedimentos de sistemas construtivos em concreto armado e 
protendido 
 
1. Concreto armado 
Surgindo da necessidade de um material que possuísse alta resistência à 
compressão e durabilidade (concreto) e de um material com boa resistência à 
tração (aço), foi criado por volta de 1850 o concreto armado. A colaboração entre 
os dois ocorre através do posicionamento de barras de aço (armadura) dentro 
da forma antes da colocação do concreto, criando assim uma peça que tolera 
esforços de tração e compressão. A trabalho conjunto entre os materiais pode 
ser observada na figura abaixo que compara duas vigas uma em concreto 
simples e outra em concreto armado respectivamente. 
 
Fonte: Pfeil (2009) 
 Vale ressaltar que a eficiência da colaboração entre os materiais não é 
decorrente apenas do fato de resistirem a diferentes tipos de esforços, mas ainda 
a boa aderência presente entre eles e o semelhante coeficiente de dilatação 
térmica. 
Referente aos componentes do concreto estão presentes: 
 Cimento: Aglomerante ativo e hidráulico que endurece sob a ação 
da água, composto de silicatos e aluminicatos complexos; 
 Água: A sua proporção tem papel fundamental na maleabilidade do 
concreto, resistência e durabilidade da peça, o suficiente apenas 
para garantir a hidratação e posterior cristalização do cimento. 
 Agregados: Definidos como materiais minerais sólidos e inertes 
que compõe cerca de 70% do volume total do concreto e interfere 
de forma positiva na retração e resistência que o concreto irá 
apresentar. São divididos em graúdos (brita) e miúdos (areia), 
ambos constituem o concreto, sendo os miúdos aqueles que ficam 
retidos na peneira ABNT de 0,075 mm e passam na 4,8 mm, 
enquanto os graúdos são os que consegue passar na peneira de 
4,8 mm. 
Quanto à armadura, não precisa ser necessariamente de aço, o material 
precisa apenas conter alta resistência a tração, logo, podendo ser também 
utilizado fibra de carbono, bambu, etc. Esta é chamada de “armadura passiva” 
as tensões a quais está submetida é apenas decorrente da peça onde está 
inserida. Contudo, precisam estar devidamente limpas de forma a evitar qualquer 
prejuízo a aderência entre a armadura e o concreto, algo essencial, uma vez que 
evita um possível escorregamento entre os dois elementos. 
A qualidade e o posicionamento da armadura deverão ser especificados 
pelo projetista e respeitadas na execução da obra. As distancias das barras entre 
si e das faces internas das formas devem ser mantidas durante o lançamento do 
concreto. O projetista tem de ser um engenheiro especializado em cálculo 
estrutural que irá determinar: o dimensionamento da bitola de aço a ser utilizada, 
a resistência do concreto, o espaço entre as barras de aço e ainda os elementos 
estruturais que irão compor a edificação. 
Dentre as principais vantagens para a utilização do concreto armado, 
podemos destacar: 
 Elevada resistência a esforços de tração e compressão; 
 Proporciona maior liberdade aos formatos das estruturas, devido à 
fácil moldagem; 
 Fácil execução, portanto, não exige grande qualificação da mão d 
obra; 
 Boa resistência ao fogo e ao tempo; 
 Alta resistência ao desgaste mecânico; 
Entretanto, a adoção desse sistema construtivo também pode implicar em 
algumas desvantagens, como por exemplo: 
 Encarecimento do projeto, devido a utilização de formas; 
 Alta produção de resíduos na construção; 
 Alto peso próprio, limitando assim execuções de obras com 
grandes vãos; 
 Maior prazo de execução da obra, em razão do tempo de cura; 
 Dificuldade em demolição; 
Por possuir alta versatilidade, pode ser empregado em várias obras como: 
edificações, barragens, pontes, viadutos, etc. Sua regulamentação é tratada em 
algumas normas da ABNT, sendo as principais a NBR 6118 – Projeto de 
estruturas de concreto e a NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto. 
Entretanto, no planejamento e execução do projeto várias outras também são 
utilizadas, de forma a atender as particularidades de cada projeto. 
 
2. Concreto protendido 
É um aperfeiçoamento do concreto armado, onde tensões de compressão 
são previamente aplicadas nas regiões do elemento que serão tracionadas pela 
força aplicada. Dessa forma, protege as estruturas das tensões de trações e das 
fissuras geradas por elas. A diminuição dessas fissuras confere ainda maior vida 
útil às peças, visto que protege a armadura contra a ação da água e da umidade, 
impedindo assim sua corrosão. Esse comportamento proporciona maiores 
alternativas técnicas como a possibilidade vencer grandes vãos. 
O concreto protendido funciona através do tracionamento prévio da 
armadura ativa, entretanto, o valor de tensão de tração não pode ultrapassar seu 
regime elástico. Logo, quando o aço tender a voltar a seu estado original, irá 
aplicar uma força de compressão na peça. Para a obtenção de uma grande força 
de protensão e compensar as perdas que ocorrerão com o tempo, é necessária 
a utilização de peças com alta capacidade de deformação dentro do regime 
elástico. Tal sistema construtivo exige a adoção de concretos e aços de 
resistência mais elevadas do que as utilizadas no concreto armado. A figura a 
seguir demonstra uma viga de concreto seguindo três possibilidades: uma viga 
de concreto simples, armado e protendido. 
 
Fonte: Bastos (2019) 
Há diversos sistemas de protensão utilizados, dentre eles os sistemas de 
pré e pós-tensão. No sistema de pré-tensão o alongamento da armadura ativa é 
feito antes da concretagem da peça, e é normalmente empregado para a 
produção de intensiva de grande quantidade de peças em fábricas. Já no 
sistema de pós-tensão onde a força de protensão é aplicada apenas após a 
concretagem. Para esse formato o concreto deve ser resistente o suficiente para 
suportar receber a protensão aplicada. A pós-tensão é normalmente aproveitada 
na produção limitada de peças em fábricas, em vigas de ponte, etc. 
A pós tensão ainda pode ser dividia em duas categorias: 
 Pós-tracionado aderente – A aderência com o concreto é criada 
através da injeção das bainhas; 
 Pós-tracionado não aderente – Não é criada aderência com o 
concreto, a armadura fica ligada ao concreto em apenas alguns 
pontos; 
A intensidade da força de protensão a ser adotada será avaliada de 
acordo com o vão, carregamento, agressividade do ambiente e das condições 
em serviço. Dentro do nível de protensão é possível optar pela protensão 
completa, que indica uma peça livre de fissuras de flexão, mais adequada a 
ambientes agressivos. Para ambientes não tão agressivos é sugerido a adoção 
as protensão parcial que possui a abertura de fissura controlada a um valor 
máximo de 0,2 mm, não prejudicando assim nem a estética nem a durabilidade. 
Dentre as principais qualidades do concreto protendido, é possível 
ressaltar: 
 Possibilidade de grandes vãos; 
 Menor peso estrutural; 
 Redução do tempo de construção; 
 Redução dos esforços de tração por flexões e por esforços 
cortantes aplicados nas lajes; 
 Menos deformações e fissuras nas peças utilizadas; 
Entretanto, o concreto protendido também apresenta desvantagens 
quanto a sua utilização, sendo algumas delas: 
 Escassez de mão de obra especializada; 
 Limitação quanto ao tipo de geometria de estrutura que pode ser 
empregado; 
 Exigência de uso de aço e concreto de alta resistência; 
 Maior nível de atenção durante todas as etapas da construção; 
Devido ao maior controle tecnológico durante sua execução tal 
método torna a construção mais eficiente. Utilizada pela primeira vez 
no Brasil desde 1949, o sistema vem sendo cada vez mais requisitado, 
principalmente em lajes.