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1 Patologia Tumores malignos sólidos da infância Tumores Neuroblasticos Inclui os tumores de gânglio simpático e da medula adrenal que são derivados das células da crista neural primordial que ocupam estes locais O neuroblastoma é o membro mais importante dessa família As mutações germinais no gene cinase do linfoma anaplásico (ALK) foram identificadas recentemente como a principal causa da predisposição familiar para o neuroblastoma Morfologia → Tumores de células pequenas, azuis e redondas 40% dos neuroblastomas surgem na medula adrenal, 25% na região paravertebral do abdome e 15% no mediastino posterior Variam em tamanho, de pequenos nódulos (lesões in situ) até grandes massas maiores de 1 kg Algumas lesões podem regredir espontaneamente, deixando apenas um foco de fibrose ou calcificação no adulto Podem ser demarcados por uma pseudo- capsula fibrosa, porem alguns tumores podem invadir estruturas circundantes Os tumores maiores apresentam áreas de necrose, amolecimento cístico e hemorragia Histologicamente, são compostos por células pequenas de aparência primitiva com núcleos escuros, citoplasma escasso e bordas celulares mal definidas que crescem em massas solidas Atividade mitótica, destruição nuclear e o pleomorfismo podem ser proeminentes Podem ser vistas as pseudorosetas de Homer-Wright, que são células tumorais em arranjo concêntrico ao redor do neuropilo (processos neutiticos dos neuroblastos primitivos) Evolução clínica e Achados prognósticos Em crianças menores que 2 nos de idade, os neuroblastomas geralmente se apresentam com massas abdominais volumosas, febre e perda ponderal Em crianças mais velhas, eles podem não chamar atenção até que as metástases produzam manifestações como dor óssea, sintomas respiratórios ou queixas gastrointestinais Podem apresentar metástase via hematogenica ou linfática para o fígado, pulmões, ossos, medula óssea, região periorbitária (Causando proptose ou equimose), áreas cutâneas (blueberry muffin baby) A catecolamina e seus metabolitos é um importante achado clinico, pois é produzida pelo tumor Crianças menores de 18 meses possuem um prognóstico mais favorável, assim como estroma schwanniano, células ganglionares e amplificação do oncogene n-MYC Tumor de Wilms Tumor renal primário mais comum na infância Patogenia e Genética 90% dos casos são esporádicos 10% dos casos são sindrômicos, com mutações de WT1 (gene crítico para o 2 desenvolvimento normal de rins e gônadas) e WT2 Morfologia Macroscopicamente, apresenta-se como massa grande, solitária e bem circunscrita Ao corte, o tumor é mole, homogêneo, pardo a cinza, com focos ocasionais de hemorragia, formações císticas e necrose Microscopicamente, recapitula diferentes estágios da nefrogênese e possui uma combinação trifásica: • Blastema – Agregados sólidos de células azuis e pequenas • Estroma – Mixoide ou fibroso • Epitélio – Túbulos ou glomérulos “abortivos” 5% dos tumores apresentam anaplasias (presença de células grandes, hipercromaticas, com núcleo pleomorficco e mitoses anormais) Presença de anaplasias está correlacionada com a presença de mutações no p53 e a resistência a quimioterapias Aspectos clínicos Massas abdominais grande que pode ser unilateral ou, quando muito grande, ultrapassar a linha media e seguir abaixo da pelve Hematúria, dor abdominal, obstrução intestinal e o aparecimento de hipertensão Metastase pulmonar Restos Nefrogênicos São lesões precursoras dos tumores de Wilms e são encontradas no parênquima renal adjacente O aspecto dos restos nefrogenicos varia de massas expansivas que lembram o tumor de Wilms a restos escleróticos que consistem predominantemente em tecidos fibrosos e ocasionalmente túbulos ou glomérulos imaturos entremeados Retinoblastoma Malignidade intraocular mais comum em crianças Originada a partir de uma célula primitiva da retina que é capaz de se diferenciar tanto em células glias quanto em células neuronais 40% dos casos, ocorrem em indivíduos que herdam uma mutação da linha germinal de um alelo RB 60% dos casos são esporádicos Morfologia Em tumores indiferenciados aparece como coleções de pequenas células arredondadas com núcleos hipercromaticos Em tumores bem diferenciados, há rosetas e “fleurettes” de Flexner-Wintersteiner refletindo diferenciação de fotorreceptores Podem sofrer metástase para o SNC, crânio, ossos distantes e linfonodos Aspectos clínicos Leucocoria, estrabismo, fotofobia, dificuldade visual e proptose
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