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TCC - INCLUSÃO DIGITAL NO AMBIENTE EDUCACIONAL

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Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
VANUZA CARDOSO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL NO AMBIENTE EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
ITATIM-BA 
2021 
 
 
 
VANUZA CARDOSO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
INCLUSÃO DIGITAL NO AMBIENTE EDUCACIONAL 
 
 
Relatório apresentado ao Curso de 
Pedagógica da Faculdade Sucesso, como 
parte dos requisitos obrigatórios de 
avaliação das disciplinas e conclusão do 
curso. 
 
Orientador: Evanilson dos Reis Santana 
 
 
 
 
 
 
ITATIM-BA 
2021 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus e a 
família pela paciência e fortaleza a mim destinada e 
a todos que me ajudaram indiretamente na 
construção do meu conhecimento. 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Como evoluir ainda mais a tecnologia?! 
Investindo em tecnologia. 
Como evoluir ainda mais o ser humano?! 
Investindo na educação do mesmo.” 
 
 (Marcello Carvalho) 
 
 
RESUMO 
O estudo denominado “INCLUSÃO DIGITAL NO AMBIENTE 
EDUCACIONAL” resulta de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e de 
abordagem qualitativa quanto à discussão do tema, tendo em vista subsidiar a 
prática pedagógica, posto ser notório o real emprego da inclusão digital no ambiente 
estudantil, analisando a forma com que o mesmo vem sendo empregado e os 
resultados provenientes dessa prática O estudo destaca a importância do emprego 
da tecnologia como ferramenta estratégica de ensino no qual cria contraste à 
realidade do país em relação a investimento destinado em educação tecnológica. O 
estudo é relevante na medida em que suscita a importância da inclusão digital em 
sala, pois a mesma contribui positivamente de diversas formas para o alcance de 
novos horizontes a partir de que possamos acolher os denominados “excluídos 
digitais” para a era digital em que vivemos. O estudo conclui que a inclusão digital, 
quando bem empregada, contribui para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem. Por meio das ferramentas tecnológicas, as crianças potencializam 
seu espaço de aprendizagem individual e coletivo, construindo sua marca pessoal 
e sua personalidade. A inclusão digital contribui para o desenvolvimento social, 
profissional e educativo da criança. 
 
Palavras Chaves: inclusão, digital, educação, ferramenta, processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The study called “DIGITAL INCLUSION IN THE EDUCATIONAL ENVIRONMENT” 
results from a bibliographic research of a descriptive character and with a qualitative 
approach to the discussion of the theme, in order to subsidize the pedagogical 
practice, since the real use of digital inclusion in the student environment is 
notorious, analyzing the how it has been denouncing the results of this practice The 
study highlights the importance of using technology as a strategic teaching tool in 
which the creator contrasts with the reality of the country in relation to an investment 
in technological education. The study is relevant insofar as it raises the importance of 
digital inclusion in the classroom, as it contributes positively in several ways to reach 
new horizons from which we can see the so-called “digitally excluded” for the digital 
age in which we live. The study concludes that digital inclusion, when well used, 
contributes to an improvement in the teaching-learning process. Through 
technological tools, children enhance their individual and collective learning space, 
building their personal brand and personality. Digital Inclusion contributes to the 
child's social, professional and educational development. 
 
 
Keywords: inclusion, digital, education, tool, process. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 08 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 09 
2.1. INCLUSÃO DIGITAL ..................................................................................... 09 
2.2. INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL ................................................................ 11 
2.3. VANTAGENS DA INCLUSÃO DIGITAL EM SALA DE AULA ......................... 13 
3. CONCLUSÃO ................................................................................................ 16 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Nos últimos anos, tem havido um crescente aumento na expectativa de 
utilização de novas tecnologias nas escolas. Entretanto, ainda existem diversas 
dúvidas desse tema tão importante para a sociedade atual, por isso este artigo tem 
como objetivo fazer uma pequena análise sobre a inclusão digital nas escolas, 
preconizadas por teóricos e governantes, e o que as escolas realmente podem 
oferecer para por em prática o que, em teoria, contribuiria diretamente no ciclo de 
formação do indivíduo em sociedade. 
 O processo de evolução tecnológica faz parte de todo ambiente em que o ser 
humano está inserido, sendo uma fonte de desenvolvimento de potencialidades. O 
dia a dia do homem em sociedade é cercado de tecnologias, não seria diferente no 
ambiente educacional, vivemos em uma era de digital e deve-se pensar em extrair o 
melhor da nora vera. 
 Este presente relatório irá abordar as vantagens do processo de inclusão 
digital no ciclo de ensino e aprendizagem do estudante, analisando os possíveis 
obstáculos e levantando soluções, a fim de demonstrar a importância do uso de 
ferramentas e estratégias adequadas no cotidiano estudantil como maneira segura e 
eficaz para o alcance de um alto desempenho na educação infantil. 
 Será discutida de maneira breve o conceito de inclusão digital, sua definição e 
forma de atuação; entender como funciona o processo de inclusão digital no Brasil, a 
forma com que o mesmo caminha e as vantagens do uso de ferramentas 
tecnológicas na sala de aula com atuação conjunta ao método tradicional de ensino. 
 A questão-problema apresenta-se ao levantarmos a questão de: Há 
possibilidade de trabalhar com ferramentas tecnológicas no ambiente educacional 
mesmo tantas limitações postas na educação brasileira? Quais ferramentas 
devemos utilizar diante a essa situação durante o clico de aprendizagem e de que 
forma? 
 Quanto à metodologia, trata-se de uma revisão exploratória de caráter 
qualitativo com embasamento prático-teórico, desenvolvimento em etapas 
crescentes e divisões simples e construtivas. Como resultado, certifica-se a 
afirmação da real importância do emprego dessas estratégias de ensino com ações 
previamente planejadas na educação de maneira unânime, demonstrando grande 
potencial como estratégia educacional. 
 
9 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
Imaginar o mundo sem tecnologia pode ser um desafio. Nas últimas décadas, 
os avanços tecnológicos, aliados aos processos científicos, contribuíram diretamente 
para modificar o comportamento do homem em sociedade. A tecnologia rege 
comportamentos e práticas postas como naturais sob regras de convívio 
severamente pré-estabelecidas e alteradas de acordo à medida que a mesma passa 
por atualizações frequentes. Seja ela momentânea ou não, é quase inevitável ir 
contra o ritmo da inovação tecnológica. Não demorou muito para que a tecnologia 
ganhasse o espaço das salas de aula. 
Santos (apud LOYOLA, 2009, p 08.) exemplifica que: 
A partir da década de 1990, com a disseminação dos computadores e da 
internet, as inovações tecnológicas passaram a fazer parte do cotidiano de 
um número maior de pessoas no Brasil, cujas percepções e práticas 
passaram a ser constantemente modificadas, reordenadas ou, para usar 
uma expressão emprestada da informática, reconfiguradas a tecnologia 
também sempre se constituiu num meio para criações e apresentações 
artísticas, mesmoque acompanhada de polêmicas e oposições nos 
discursos estéticos. 
O nosso cotidiano é marcado pelo uso de recursos tecnológicos que 
potencializam a nossa produtividade, organização e comunicação. A transformação 
digital é um fator de grande importância para diversas áreas, como a profissional, 
pessoal e de educação. Dessa forma, a inclusão digital nas escolas é um assunto 
que precisa ser debatido e que possui inúmeros benefícios. Incorporada às 
metodologias ativas e práticas pedagógicas inovadoras, os recursos tecnológicos 
permitem ampliar o compartilhamento de conhecimentos, proporcionando novas 
formas de ensino-aprendizagem. 
Inovar os meios praticados na rede de ensino é necessário para conquistar 
ainda mais resultados. Novos obstáculos se tornam presente no cotidiano 
educacional e, para suprir tais necessidades, a inovação se torna indispensável. 
Independente do setor em que esse conceito seja empregado, o desenvolvimento é 
essencial para impulsionar o progresso. 
 
2.1. INCLUSÃO DIGITAL 
Chamamos de inclusão digital a tentativa de garantir a todos o acesso às 
tecnologias de informação e comunicação (TICs). A teoria engloba a ideia de que 
 
10 
 
todas as pessoas, inclusive as de baixa renda, possam ter acesso a informações e 
construa uma intimidade com o mundo digital, seja ao realizar pesquisas, enviar e-
mail, compartilhamento de conteúdo variado e mais: adequar a sua vida fazendo uso 
de métodos tecnológicos. 
Apesar do termo “inclusão” ser uma positivação de uma problemática social, a 
da exclusão, implicar o “entendimento do social a partir de uma concepção dual do 
dentro e do fora” (BONETI, 2005, p. 3), limitar a análise e bloquear a percepção da 
complexidade dos processos, carrega como potencialidade o fato de ser facilmente 
compreensível pela maioria da população, ter apelo midiático e ter provocado um 
movimento na sociedade brasileira em prol da universalização do acesso às TIC. 
A inclusão digital pressupõe a possibilidade de produção e difusão do 
conhecimento e o acesso às ferramentas digitais para todos os cidadãos. Dessa 
forma, seu grande objetivo é a democratização da tecnologia e deixá-la acessível ao 
maior número de pessoas, assim a qualidade de vida das minorias melhora e elas 
podem pensar além, sob outras perspectivas. 
Com o avanço da tecnologia nos tempos atuais, o mundo digital foi tomando 
conta do cenário mundial. Com isso, houve uma evolução do homem bem como de 
sua qualidade da vida, seja na vida pessoal ou profissional. 
Em todo o mundo o uso da internet tornou-se inevitável passando de ser uma 
simples tendência momentânea, cada vez mais diversos serviços são 
disponibilizados no campo digital, temos inúmeras facilidades que exemplificam esse 
conceito: operações bancárias via internet, compras em lojas virtuais, compra e 
entrega de refeições em domicílio, educação à distâncias (EAD) e serviços públicos 
variados. É válido notar também que o vocabulário do mundo dos computadores, da 
internet e de vídeos, foi se expandindo. Hoje ouvimos com maior naturalidade 
palavras como: “logar”, “chat”, “navegar na internet”, “website”, dentre tantas outras 
que fomos incorporando ao vocabulário. 
O termo “inclusão digital” está relacionado também à acessibilidade. 
Acessibilidade é buscar melhoras na qualidade de vida de pessoas com deficiência, 
possibilitando as condições de acesso a todos os lugares, seja físico ou virtual. 
Nesse sentido vemos a importância de programas de inclusão que buscam 
aprimorar e ampliar o acesso às tecnologias aos deficientes. Cada vez mais são 
desenvolvidos meios que facilitem a acessibilidade dos deficientes em contato com o 
 
11 
 
computador e desenvolvidos softwares para o funcionamento desses acessórios. 
Em alguns lugares como em Universidades, existem salas que possibilitam o acesso 
a deficientes, por exemplo: um deficiente visual pode ouvir e/ou imprimir textos em 
Braille através de software específico. 
Um grande desafio para o meio social e escolar, é exatamente conseguir dar 
o devido suporte a essas mudanças, tão significativas nas suas estruturas de 
comunicação e, consequentemente, de aprendizagem, pois essas transformações 
afetam desde os princípios morais e éticos até a forma como os indivíduos, 
informatizados ou não, passam a interagir com o mundo na era da globalização. 
Desse modo, adquire-se, um novo olhar para as transformações que as atuais 
tecnologias podem acarretar na vida de cada um. 
 
2.2. INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL 
 Segundo dados do IBGE, o Brasil tem hoje 11 milhões de pessoas incapazes 
e de ler e escrever. Entretanto, ainda não se sabe quantos são os analfabetos 
digitais, aquela categoria de pessoas despreparadas para viver a interação com as 
máquinas. A precariedade de condições a que essas pessoas estão submetidas, 
colocam-nas integrando os índices do desemprego e do trabalho informal, 
crescentes em nossa realidade, esses são denominados “excluídos digitais” 
(BAGGIO,2000). 
 Com o intuito de disseminar a inclusão digital estão surgindo centros de 
acesso público à Internet, cursos de “alfabetização tecnológica” e outras iniciativas 
destinadas a minimizar a exclusão digital entre as comunidades de baixa renda. 
Várias organizações sociais vêm trabalhando para ampliar, junto às camadas 
populares da sociedade, a educação digital do contingente brasileiro. Iniciativas 
sociais e políticas visam disponibilizar acesso a terminais de computadores e correio 
eletrônico a toda a população, oferecer tarifas reduzidas para uso dos sistemas de 
telecomunicações e criar mecanismos de isenção fiscal, sem muita burocracia, para 
o recebimento de doações de computadores e equipamentos de infraestrutura. 
Estão surgindo os telecentros, infocentros ou centro de inclusão digital, equipados 
com mais ou menos dez computadores e um servidor, conectados à internet. Alguns 
ainda contam em seu aparato com impressora, webcam, acesso individual a 
multimídia etc. 
 
12 
 
 Um exemplo de dessa iniciativa é o Comitê para a democratização da 
informática – CDI, organização não governamental, sem fins lucrativos, que desde 
1995 tem por objetivo levar a informática às populações menos favorecidos. Já 
capacitaram mais de 69.000 crianças e jovens e implementaram programas 
socioeducacionais com 188 escolas de informática de cidadania em 17 estados do 
Brasil. O objetivo do CDI é dar acesso às tecnologias de informação aos membros 
de comunidades pobres, principalmente crianças e jovens, além de cegos, doentes 
mentais, deficientes físicos, presos e minorias étnicas, promovendo também a 
cidadania, alfabetização, ecologia, saúde, direitos humanos e não-violência 
(BAGGIO, 2000). 
 Entretanto, um grande número de indivíduos está de fora deste complexo 
universo de consumo e produção de dados. Estes são os denominados “excluídos 
digitais”. Do mesmo modo que se convencionou tratar os desprovidos dos bens 
sociais básicos como marginais à sociedade, os excluídos digitais apresentam-se 
como os marginais aos meios de acesso à informação e geração de conhecimento. 
Com efeito, estes excluídos, estão alheios ou dificilmente se revelam aos processos 
de alcance das necessidades subsistenciais, de cidadania, de interação social e de 
consciência do mundo em volta. 
A inclusão digital possui o papel de resgatar os excluídos digitais ao contexto 
da sociedade movida pelos processos de criação e produção da informação. 
Significa efetivar os excluídos digitais na sociedade da informação, remete à busca 
da reflexão do mundo, das condições de sobrevivência, do estímulo ao 
conhecimento renovado e à crítica do já existente e da diminuição das 
desigualdades sociais. Segundo Tedesco (2004), o grande desafio é evitar que a 
introdução das novas tecnologias gere mais diferenças entre aqueles que têm e 
aqueles que não têm acesso á elas, tanto na comunidade como na escola. 
No Brasil, aindaconsideramos que a inclusão digital está caminhando a 
passos lentos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa 
“Computador para Todos”, que existe desde 2005 e subsidiava computadores e 
notebooks com acesso à Internet para as classes mais baixas da população. 
Existem também iniciativas dos governos estaduais, como o do Ceará, 
que premia os melhores alunos da rede pública de ensino com notebooks, incluindo 
as escolas indígenas, estimulando o ingresso desses alunos no ensino superior. 
https://www.ceara.gov.br/2019/10/10/12-mil-estudantes-da-rede-estadual-recebem-notebook-como-premio-por-bom-desempenho-academico/
 
13 
 
2.3. VANTAGENS DA INCLUSÃO DIGITAL EM SALA DE AULA 
A inclusão digital deve estar presente também na escola, que no desempenho 
de seu papel não pode ficar alheia a esta evolução. Faz-se necessário a inserção de 
políticas e ações que promovam uma educação digital, inserindo o uso do 
computador no cotidiano pedagógico da escola. A educação é um processo e a 
inclusão digital é elemento essencial deste processo. 
Conforme Araújo, e em concordância com essas reflexões: 
Diferentemente do antes, o que se começa a assistir hoje é o momento do 
computador como ferramenta. Uma ferramenta para escrever, para fazer 
cálculos, para desenhar, para comunicar remotamente, para criar, acessar e 
distribuir informação. Saber usar computadores torna-se imprescindível. É 
como uma segunda alfabetização. Como saber usar o lápis, ou livros. É 
mais do que conhecer alguma linguagem de programação, é estar 
familiarizado com os possíveis usos das tecnologias na Sociedade de 
Informação. (ARAÚJO, 2002, p. 26) 
 É válido notar que inclusão digital não se remete apenas a ensinar informática 
nas escolas e sim, do ensino pela informática, em usá-la como ferramenta de ensino 
colocando como ação conjunta à metodologia aplicada em determinada aula, 
independente do método escolhido. O intuito no uso da tecnologia em sala de aula é 
de buscar construir a cidadania e a participação social na perspectiva de uma 
sociedade mais justa e democrática. Assim, sem exclusões, o conhecimento 
tecnológico disseminado para a maior parcela da população, poderá proporcionar 
vida mais digna com mais oportunidades. 
 A inclusão digital através da escola possui o papel de resgatar os excluídos 
digitais ao contexto da sociedade movida pelos processos de criação, produção e 
sublimação da informação em conhecimento. Significa efetivar os excluídos digitais 
na sociedade da informação, por meio de políticas que visem ao crescimento 
autossustentável de forma colaborativa e gradual, não com medidas emergenciais e 
paliativas. 
 Para Tedesco (2002), a educação tem como desafio futuro, modificar seu 
papel diante da mobilidade social. Por um lado, será a variável mais importante que 
permitirá entrar ou ficar fora do círculo no qual se definem e realizam as atividades 
socialmente mais significativas e, por outro, será necessário educar-se ao longo de 
toda a vida para poder adaptar-se aos requerimentos do desempenho social e 
produtivo. 
 
14 
 
Em um mundo no qual a informação e os conhecimentos se acumulam e 
circulam através de meios tecnológicos cada vez mais sofisticados e 
poderosos, o papel da escola deve ser definido pela sua capacidade de 
preparar para o uso consciente, crítico, ativo dos aparatos que acumulam a 
informação e o conhecimento. (TEDESCO, 2002, p27). 
 Usar a tecnologia na sala de aula, a favor da aprendizagem aguça a 
percepção das crianças. Com um equipamento de realidade virtual, por exemplo, o 
encanto por determinada matéria pode ser amplificado e o aprendizado mais 
facilmente consolidado. Por muitas vezes estarem acostumadas à utilização de 
aparatos tecnológicos desde a mais tenra idade, as crianças não se sentem tão 
estimuladas com aulas exclusivamente expositivas. Quando estão diante a 
dispositivos tecnológicos, é como se uma mágica acontecesse e a atenção de todos 
eles costuma se voltar para o aprendizado. Quando o aluno interage com o 
computador, é possível adequar as matérias de acordo com as necessidades 
pessoais de cada estudante. Desta forma, os alunos com deficiência cognitiva 
podem fazer exercícios diferenciados usando o mesmo tópico, os demais alunos 
podem avançar nas atividades segundo seu conhecimento, e os superdotados 
podem seguir adiante, em busca de novos desafios. 
 Segundo os autores Moura, Azevedo e Mehlecke (p. 01, 2011), os mesmos 
descrevem que: 
Promover a aprendizagem no aluno é o objetivo principal do professor. Para 
atingir esse objetivo não basta ao professor dar uma boa aula, trabalhar 
bem os conteúdos, ele deve ser bem claro às concepções teóricas que 
fundamental a sua prática. Paralelamente ao avanço tecnológico o 
crescimento humano vem crescendo exponencialmente. Exige-se do 
professor uma postura diferente da tradicional visando possibilitar que o 
aluno “aprenda a aprender” e consiga ter acesso à toda informação 
disponível em fontes de pesquisas as mais variadas, inclusive pela internet. 
Torna-se necessário que o aluno e professor conheçam os recursos 
existentes e saibam lidar com eles, de maneira que possa agir, interagir, e 
como consequência construir o conhecimento. 
 As escolas podem utilizar a internet como uma fonte rica de informação 
constante na potencialização do ensino. Um exemplo disso é a apresentação de 
canais de vídeo ou perfis de personalidades do ensino, além de estimular a busca 
constante por informações. 
 A internet é uma fonte inesgotável de exemplos da vida real. Por meio da 
web, torna-se mais fácil a interação entre conteúdo didático e a realidade, tornando 
a aprendizagem útil para a vida cotidiana, estabelecendo-se então um vínculo entre 
a vida real e o conceito apreendido. Deste modo, o aluno compreenderá a razão de 
 
15 
 
aprender determinados conceitos que, de outra forma, poderiam parecer sem 
utilidade. É importante, todavia, ressaltar o papel do professor que tem fundamental 
importância de ajudar a avaliar as fontes de informações e mesmo todo o conteúdo 
disponível ao aluno. Nesse caso, o professor atua como um guia do conteúdo 
disponível. Ao utilizar o computador, o aluno passa a ser o ator de sua própria 
aprendizagem, sendo o papel do professor o de mediador no processo ensino-
aprendizagem. Assim, o aluno pode explorar novas possibilidades de aprendizagem 
tendo o professor como guia em seu percurso de conhecimento. 
 Outro ponto importante é o material visual disponíveis na web, fazem com que 
a absorção do conteúdo por parte doas alunos se dê de forma mais precisa. A 
grande maioria das pessoas são visuais, portanto, o uso de figuras possibilitará aos 
alunos uma melhor memorização e assimilação do conteúdo. 
 O uso da tecnologia favorece também a interação entre alunos. Mesmo 
alunos considerados tímidos conseguem interagir por meio de ferramentas 
tecnológicas. Ao fazerem atividades em pares ou grupos, a internet permite que 
todos expressem seus conhecimentos e dêem opiniões, o que traz à tona a 
experiência prévia dos alunos, o que os motiva ainda mais, pois sentem-se parte 
ativa e importante do processo de aprendizagem. 
 A tecnologia é um fator com enorme capacidade de abrangência. É possível 
utilizá-la, por exemplo, na inclusão de alunos com necessidades especiais. As telas 
de computadores ou tablet são facilmente adaptadas para as crianças com alguma 
acuidade visual e os equipamentos chamados de periféricos, como o mouse, podem 
ter design especial para facilitar a educação de crianças com limitações motoras. 
 Quando a instituição de ensino oferece salas de aulas atrativas e conteúdos 
envolventes, respaldada em professores com qualidade, fica fácil de imaginar 
porque a evasão escolar é reduzida. Desenvolvendo o gosto pelo aprendizado nos 
alunos, certamente eles não terão preguiça para ir à escola ou se preparar para os 
trabalhos e provas. 
 
 
 
 
 
 
163. CONCLUSÃO 
 A educação e a sociedade encontram-se em constante processo evolutivo de 
adaptação com os avanços tecnológicos. Felizmente as ações para a inclusão digital 
têm crescido de forma avançada e conquistando vitórias. Os meios de comunicação 
passaram a utilizar a informação de maneira virtual e, a partir disso, impuseram, de 
certa maneira, que os indivíduos também se adequassem para utilizar as novas 
ferramentas e recursos disponíveis. 
 O acesso às novas mídias digitais passou a integrar o cotidiano de muitas 
pessoas, auxiliando as tarefas, modificando as formas de comunicação. A sociedade 
e, principalmente, seus indivíduos tiveram que se adaptar a esse novo modelo, 
buscando conhecimento para não serem excluídos desses novos conceitos 
tecnológicos. Todas essas modificações trouxeram para a sociedade a busca da 
inclusão digital na educação. 
 A escola deve transformar-se num espaço de inclusão, ajustando-se ao seu 
contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam. Não há nada mais 
real que a diversidade no mundo atual. Tal diversidade verifica-se especialmente em 
contexto com o da educação. Espaços que estão presentes negros, portadores de 
necessidades especiais, crianças, jovens e adultos. Deve ser um espaço de todos e 
para todos, deve priorizar alternativas de acesso e permanência, proporcionando às 
crianças possibilidades de aprendizagem. Essas possibilidades advêm da superação 
de barreiras no cotidiano escolar para transformar o olhar sobre a diversidade e 
deixar de vê-la como um problema para considerá-la como um recurso em potencial. 
 Espera-se que o professor tenha acesso a essas tecnologias e faça uso delas 
para montar seus planos de aula. Partindo dessa ideia tão divulgada em meios 
acadêmicos, o presente trabalho primeiramente realizou uma síntese de alguns 
tópicos pertinentes a esse tema, mostrando, através do levantamento bibliográfico, 
as muitas vantagens que a inclusão digital pode trazer a educação. 
 Em termos do que aqui foi discutido, significa que é necessário comprometer-
se com a investigação a fim de identificar quais grupos estão sendo excluídos do 
cotidiano educacional e, o que está agindo como fator de exclusão. E ainda, analisar 
o que pode ser feito para minimizar e, se possível, eliminar os aspectos identificados 
como excludentes dentro da escola. 
 
17 
 
 Através dessas observações, percebeu-se que ainda não se conseguiu 
superar a barreira da era virtual na escola. A falta de estrutura e de suporte técnico 
deixa muito a desejar. Em uma escola sem essa estrutura fica difícil construir planos 
de aulas que possam levar as novas tecnologias e as novas formas de educação até 
os alunos. Ainda falta investir muito na educação e qualificar não só o espaço físico, 
mas também, principalmente, qualificar o professor. É importante que se pense sem 
tecnologia educacional como algo não tão simples quanto parece. Não basta apenas 
equipar uma escola com computadores. Um professor qualificado consegue 
incorporar em suas aulas novos conceitos e novas técnicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LOYOLA, Geraldo Freire. Me adiciona.com Ensino da Arte + Tecnologias 
Contemporâneas + Escola Pública. 2009. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/Files/conteudo/artigo
s_teses/2010/Arte/dissertacao/meadiciona.pdf>. Acesso em 07 de maio de 2021. 
MOURA, Ana Maria Mielniczuk de. AZEVEDO, Ana Maria Ponzio de. MEHLECKE, 
Querte. As Teorias de Aprendizagem e os Recursos da Internet Auxiliando o 
Professor na Construção do Conhecimento. 2011. Disponível em: 
<http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=17>. Acesso em 
15 de maio de 2021. 
ARAÚJO, Liliane. Educação e Informática: Os Desafios da Inclusão digital. 
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação na 
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina: UFSC, 2002.

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