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Patologia – Morte celular: Necrose e Apoptose 31/03/2021 Nome: Jemerson Santos do Monte Curso: Odontologia Matrícula: 20.1.001008 Semestre: 3º semestre Turno: Noturno Sede: Parque Ecológico Fatores que influenciam no processo de morte celular: • Natureza do agente agressor • Duração intensidade do estímulo • Capacidade do organismo de reagir APOPTOSE • Morte celular programada • Morte limpa (corpos apoptóticos) • Célula aciona mecanismos que culminam em sua morte • Não sofre autólise • Não induzem inflamação • Dependente de ATP • Cariorréxis – Fragmentação do núcleo - Fisiológica: remodelação de órgãos, proliferação e diferenciação celular - Patológica: vírus, radicais livres, substâncias químicas, agressão imunitária, agentes ionizantes. Mecanismos de apoptose • Caspases conjunto de enzimas responsáveis por ativar a apoptose normalmente existem na forma inativa (pró-caspases), que se ativam por estímulos celulares internos ou externos Tipos de Caspases - Inflamatórias: 1, 4, 5, 11, 12, 13 e 14 - Ativadoras: 2, 8, 9, 10 - Efetoras: 3, 6 e 7 • DNAses Enzimas que quebram o DNA Fragmentos (Nucleossomos) -> formam os cariorréxis Endonucleases dependentes de Na e Mg Ao entrar no processo de apoptose a célula expressa sinalizações em sua membrana plasmática. Ex: expressão da enzima Fosfatilserina Mecanismos pró-apoptóticos Mecanismos anti-apoptóticos Mitocôndrias (Via Intrínseca) IAPS Receptor de morte (Via Extrínseca) Via mitocondrial/Intrínseca (intracelular) • Ativação - Acúmulo de proteínas mal dobradas - Privação de fatores de crescimento (o que são? TGF? sim) - Agentes que danificam o DNA/Mutações - Agentes que lesam diretamente a célula ou a membrana plasmática ou organelas essenciais de forma irreversível A célula recebe estímulos de fatores de crescimento, que vão sinalizar para a produção de proteínas anti apoptóticas (ex: Bcl-2), fazendo com que o citocromo C permaneça dentro das mitocôndrias. Já quando não ocorre o recebimento de estímulos de sobrevivência ou lesão na membrana, ocorre a produção de antagonistas da Bcl-2, culminando na liberação de citocromo C da mitocôndria por via dos canais Bax/bak, que por sua vez ativa as caspases e gera a apoptose. Para ativar as caspases o Citocromo C se junta a outra proteína chamada ApAF-1 e forma o Apoptossoma. Pode acontecer também uma via de inibição das IAPS (proteínas inibidoras da apoptose) por uma proteína chamada Smac/DIABLO, ou seja, inibindo as proteínas anti-apoptóticas, aumenta-se a chance de apoptose. IAPS (Proteínas Inibidoras de Apoptose) • Proteínas anti-apoptóticas • Inibe as caspases: 3, 7 e 9 • Comum em células malignas Família BCL-2 • BCL-2 e BCL-X -> Anti-Apoptóticas • BAX, BAK, BAD -> Pró-Apoptóticas A imagem acima ilustra um estímulo apoptóticos que vai induzir a ativação das proteínas Bax/Bak na membrana da mitocôndria, que formarão o Complexo de Ativação de Permeabilidade Membranar, por onde será extravasado o Citocromo C, associado a SMAC, AIF e OMI. Com o extravasamento do Citocromo C, ele se junta a ApAF-1 (proteína adaptadora), que se juntarão as pró-caspases (principalmente a 9), ativando-a, e por fim ativando a cascata de Caspases (3, 6, 7). SMAC (Second Mitochondrial Activator of Caspases)/DIABLO Segundo ativador mitocondrial da via das capazes AIF (Apoptosis Inducing Factor) - Fator Indutor de Apoptose Estimula Caspase 9 e endonucleases OMI (Serina Protease) OMI ativa Endonucleases, que é uma via independente das Caspases, mas que não é muito utilizada, que também gera apoptose. Via de receptores de morte/Extrínseca (extracelular) Causada por ausência de estímulos tróficos (fatores de crescimento) O FAS-Ligante interage com o receptor FAS da célula que libera o Domínio Intracelular de Morte, que ativará as pró-Caspases 8 e 10, iniciando a cascata de ativação das Caspases, findando na apoptose. Resumo Na via intrínseca temos Bax/Bak, associado ao extravasamento de Citocromo C, que ao se juntar com a ApAF-1, ativará a pró-caspase 9 e em seguida a cascata de Caspases, findando na apoptose. Em paralelo a esse processo temos as proteínas OMI, SMAC, AIF que ativarão endonucleases e caspases Na via extrínseca, ocorrerá um estímulo membranar (ex: FAS-L) que ativará a Caspase 8, que por sua vez ativa a Caspase 3, tem a sucessão da cascata de Caspases e apoptose. NECROSE Morte celular que ocorrem em organismos vivos, seguida da autólise - Compromete: - Passo-a-passo: Causas: • agentes físicos ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos. • agentes químicos substâncias tóxicas e não tóxicas. Ex: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc. • agentes biológicos infecções virais, bacterianas ou micóticas, parasitas etc. Achados microscópicos • Alterações nucleares picnose: contração e condensação da cromatina cariorrexe: núcleo fragmentado e disperso no citoplasma cariólise: ausência de núcleo celular • Alterações citoplasmáticas - Menos típicas - Acidofilia (eosinofílicos) - Grânulos - Massa amorfa Microscopia eletrônica • Tumefação: - Retículo endoplasmático - Complexo de golgi - Mitocôndrias • Depósitos de cristais de cálcio Necrose causa rompimento da carioteca e da membrana plasmática, além do comprometimento de organelas, e inflamação decorrente do extravasamento. Tipos de necrose • Necrose de coagulação (isquemia)* • Necrose de liquefação (infecção bacteriana)* • Necrose lítica • Necrose caseosa (sistema imunológico, tuberculose)* • Necrose gangrenosa • Esteatonecrose *principais NECROSE DE COAGULAÇÃO • Causa: isquemia • Exemplo na boca: Sialometaplasia necrotizante Aspecto macroscópico: • Cor esbranquiçada • Saliência na superfície do órgão • Área eritematosa circundando a área da necrose • Arquitetura é preservada Aspecto microscópico: • Cariólise (degradação da cromatina) • Citoplasma acidófilo e granuloso • Arquitetura celular preservada lise celular acontece em momentos posteriores, pela são de enzimas leucocitárias -> heterólise Necrose isquêmica por osteorradionecrose • necrose isquêmica • tecido ósseo • induzida por radiação NECROSE POR LIQUEFAÇÃO • Sintomas: necrose por Coliquação/Necrose coliquativa • Causa: infecções bacterianas agudas, isquemia do tecido nervoso • patogênese: liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas • pus (resposta inflamatória intensa) • Mistura de tecidos bem acentuada Característica macroscópica • consistência mole, semifluida ou líquida Característica microscópica • Presença de células inflamatórias (neutrófilos) • massa eosinofílica amorfa NECROSE PULPAR Pode ocorrer por • Necrose Liquefativa: mais comum • Necrose Isquêmica: após trauma NECROSE GANGRENOSA • Termo clínico (tipo de necrose isquêmica) • Necrose de todo um membro • Após perda de suprimento sanguíneo • Diabéticos/trombose NECROSE LÍTICA • Causa: hepatites virais • local: hepatócitos • lise celular NECROSE CASEOSA • local: Pulmão, coração • Causa: Tuberculose, infarto, neoplasias • Características macroscópicas: - cor esbranquiçada - amolecida - friável • Associações - linfócitos T -> linfotoxinas - macrófagos -> produtos citotóxicos - hipóxia Aspecto microscópico • Massa homogênea (células perdem o contorno) • Acidofílico • Núcleos picnóticosna periferia • Cariorrexe Tuberculose – Necrose Caseosa mecanismo de morte celular: • apoptose • Necrose caseosa NECROSE GOMOSA • Local: • Causa: Sífilis • aspectos macroscópicos - compacto e elástico (como goma) - fluido e viscoso ESTEATONECROSE • Sinônimo: necrose enzimática • Onde: pâncreas • Causas: pancreatite aguda • Patogênese: há extravasamento das enzimas dos ácidos para adipócitos Evolução da necrosa o tecido necrótico pode evoluir para: • calcificação distrófica • cicatrização • regeneração Necrose X Apoptose • muitas agressões podem induzir morte pelos 2 mecanismos • em um mesmo tecido, pode se encontrar necrose e apoptose concomitantemente. • Apoptose: produção de mediadores lipídicos -> CERAMIDAS • ATP -> necessário para Apoptose
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