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ANÁLISE SISTEMÁTICA DE MORFOLOGIA DE SOLO PARA VIABILIDADE DE CULTIVO DA SOJA

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Wencesleu Braz 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALÉX YAMASHIRO SILVA 
FERNANDO DOS SANTOS RODRIGUES 
GISELE APARECIDA MARIANO 
NATAN MIGUEL DA CRUZ CARVALHO 
RODRIGO PIRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
AGRONOMIA - BACHARELADO 
 
ANÁLISE SISTEMÁTICA DE MORFOLOGIA DE SOLO PARA 
VIABILIDADE DE CULTIVO DA SOJA 
 
Wenceslau Braz 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE SISTEMÁTICA DE MORFOLOGIA DE SOLO PARA 
VIABILIDADE DE CULTIVO DA SOJA 
 
Trabalho de Agronomia - Bacharelado apresentado à 
Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial 
para a obtenção de média bimestral na disciplina de 
Informática aplicada, Ciência do solo: Morfologia e 
Gênese, Ciência do solo: Fertilidade do solo e Nutrição 
Mineral das Plantas, Topografia e Georreferenciamento, 
Morfologia e Sistemática Vegetal e Seminário 
Interdisciplinar. 
 
Orientador: Prof. Flavia Luciane Biodoa Roim, Maurilio 
Cristiano Batista Bergano, Jamile Rithes Bernardes, 
Gabriel Trindade Caviglione e Ana Paula Scaramal 
Riotto. 
 
ALÉX YAMASHIRO SILVA 
FERNANDO DOS SANTOS RODRIGUES 
GISELE APARECIDA MARIANO 
NATAN MIGUEL DA CRUZ CARVALHO 
RODRIGO PIRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 
2 INFORMÁTICA APLICADA ................................................................................... 4 
3 CIÊNCIA DO SOLO: MORFOLOGIA E GÊNESE ................................................ 6 
4 FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO MINERAL DAS PLANTAS ............... 12 
5 TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO .................................................. 14 
6 MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL...................................................... 19 
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 24 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O estudo sobre a ‘ciência do solo’ envolve vários recurso natural da 
superfície terrestre, incluindo a formação do solo (pedogênese), sua classificação e 
cartografia e ainda as suas propriedades físicas, químicas, biológicas e fertilidade, 
bem como a relação destas propriedades com o uso e gestão dos solos. 
Por vezes, termos que se referem a ramos da ciência do solo, 
como pedologia (formação, química, morfologia e classificação de solos) 
e edafologia (influência do solo nos organismos, especialmente plantas), são 
utilizados como sinônimos de ciências do solo. A diversidade de nomes associados 
a esta disciplina está relacionada com as várias associações possíveis. 
Naverdade, geólogos, engenheiros, físicos, agrônomos, geógrafos, biólogos, microbi
ólogos, silvicultores, arqueólogos e especialistas em planeamento regional, 
contribuem todos para o conhecimento mais completo dos solos e para o avanço 
das ciências dos solos. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedog%C3%AAnese_(solo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edafologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ge%C3%B3logos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agronomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microbiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microbiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Silvicultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planeamento_regional
 4 
2 INFORMÁTICA APLICADA 
 
A viabilidade do cultivo de soja e milho na área de João Medeiros 
Neto é favorável, uma vez que as características do clima tropical favorecem o 
produtor. No entanto, o excesso de chuvas, com consequente redução na 
luminosidade podem afetar negativamente a cultura de milho. 
 
2.1 ANÁLISE DO SOLO 
 Primeiramente, precisa-se realizar a análise de solo com uma 
boa amostragem. As amostras devem ser representativas das áreas ou talhões que 
se pretende manejar. Antes de definir o esquema de amostragem, deve-se dividir a 
área em talhões homogêneos, onde se tem o mesmo tipo de solo e manejo. São 
utilizados como parâmetros para distinção dos talhões: a posição na paisagem 
(topografia), a cor do solo, profundidade efetiva do solo, a vegetação original, o uso 
atual e anterior (sequência de culturas, adubações, correções do solo etc.). 
 
Figura 1 - Representação esquemática de divisão de uma propriedade em 
glebas ou talhões a serem amostrados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Nunes (2010) 
 
 
 
2.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E SISTEMÁTICAS DO MILHO E DA 
SOJA 
A planta de soja é uma dicotiledônea cuja estrutura é formada pelo 
conjunto de raízes e da parte aérea. O desenvolvimento pode ser dividido em dois 
 5 
períodos, o vegetativo, desde a semeadura até o florescimento e o reprodutivo, do 
florescimento a colheita. A soja (Glycine max L.) é uma oleaginosa anual, da família 
Leguminosae, é classificada como espécie de ciclo C3. 
 
Quadro 1 - Média da composição dos grãos de soja 
PROTEÍNA ÓLEO CARBOIDRARTO CINZAS NA 
BASE SECA 
40% 21% 33% 4% 
Fonte: Nunes (2010) 
 
O milho pertence a família das Poáceas (antiga família das 
gramíneas). É uma espécie anual, estival, cespitosa, ereta, com baixo afilhamento, 
monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla adaptação a 
diferentes condições de ambiente. Para expressão de seu máximo potencial 
produtivo, a cultura requer temperatura alta, ao redor de 24 e 30°C, radiação solar 
elevada e adequada disponibilidade hídrica do solo. 
 
Figura 2 – Etapas plantio soja e milho 
 
Fonte: Nunes (2010) 
 
 
 6 
3 CIÊNCIA DO SOLO: MORFOLOGIA E GÊNESE 
O solo contém várias características presentes e observáveis nos 
solos que permitem distinguir um determinado tipo de solo dos demais. Algumas 
características rotineiramente observadas na descrição morfológica de solos são 
eles: 
• Cor: É de fácil identificação e possibilita fazer inferências a 
respeito do conteúdo de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de 
formação, dentre outros. Para que se tenha um padrão de identificação de cor do 
solo, utiliza-se a Carta de Cores de Munsell (Munsell Color Charts), que considera as 
variações da cor em escalas de três componentes: matiz, valor e croma. 
• Textura: a textura tem grande influência no comportamento 
físico-hídrico e químico do solo, e por isso, sua avaliação é de grande importância 
para o uso e manejo dos solos utilizados para a agricultura. É expressa pela 
proporção dos componentes granulométricos da fase mineral do solo, areia, silte e 
argila. Deve ser observada em campo, na descrição morfológica, mas seu valor 
definitivo é dado pela análise granulométrica, realizada em laboratório. 
No Brasil, a classificação de tamanho de partículas utilizada segue o 
padrão disposto a seguir (EMBRAPA, 1979): Argila (< 0,002 mm); Silte (0,002 - 0,05 
mm); Areia fina (0,05 - 0,2 mm); Areia grossa (0,2 - 2 mm). 
As frações mais grosseiras do que a fração areia são: Cascalho (2 - 
20 mm); Calhau (20 - 200 mm); Matacão (> 200 mm). 
• Estrutura - é o arranjo estabelecido pela ligação das partículas 
primárias do solo entre si por substâncias diversas encontradas no solo, como 
matéria orgânica, ósidos de ferro e alumínio, carbonatos, sílica, etc. 
Este arranjo dá origem aos agregados ou peds, que são unidades 
estruturais separadas entre si por superfícies de fraqueza. A estrutura tem grande 
influência no desenvolvimento de plantas no solo, como sistema radicular, 
armazenamento e disponibilidade de água e nutrientes e resistênciaà erosão. 
A estrutura é caracterizada conforme três aspectos: 
- Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos 
subangulares, granular 
 7 
- Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande muito grande 
- Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte 
• Consistência - a consistência diferencia a adesão e coesão de 
particulas do solo, que podem variar em função da textura, matéria orgânica e 
mineralogia e deve ser observada em campo em três condições de umidade: 
consistência seca, que avalia o grau de resistência à quebra ou esboroamento do 
torrão, se classifica em solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura, 
extremamente dura; consistência úmida, que é dada pela friabilidade do torrão 
ligeiramente úmido, se classifica em solta, muito friável, friável, firme, muito firme, 
extremamente firme; e a consistência molhada, que é observada em amostras 
molhadas, amassadas e homogeneizadas nas mãos. 
Ressalta-se ainda que se pode avaliar a plasticidade (capacidade do 
material em ser moldado), em três tipos: não plástica, ligeiramente plástica e muito 
plástica e; a pegajosidade (capacidade de aderência), em três tipos: não pegajosa, 
ligeiramente pegajosa e muito pegajosa. 
• Porosidade - A porosidade é visualizada no perfil de solo e deve 
ser descrita conforme a quantidade e o tamanho dos poros. Em relação a 
quantidade visualizar se são poucos, comuns ou muitos; quanto ao tamaho se 
pequenos, médios grandes ou muito grandes. 
• Cerosidade - a cerosidade pode ser visualizada em campo a 
olho nu ou com auxílio de lupa na superfície dos agregados ou em laboratório, por 
análise micromorfológica. Ocorre nas superfícies dos agregados ou nos poros. Tem 
aspecto de brilhante ou lustroso, resultante da deposição de material inorgânico ou 
argila. A classificação é feita conforme dois aspectos: grau de desenvolvimento: 
fraca, moderada ou forte; ou quantidade: pouco, comum ou abundante 
• Nódulos e concreções minerais - são corpos cimentados 
diferentes da matriz do solo e que podem ser destacados da mesma. Os nódulos 
não possuem organização interna. Já as concreções são desenvolvidas em torno de 
um ponto, de forma concêntrica. Na descrição de campo, devem-se considerar 
diversos aspectos dos nódulos ou concreções, tais como quantidade, tamanho, 
dureza, forma, cor e natureza. 
• Minerais magnéticos - avaliada no campo pelo grau de atração 
magnética à um imã de bolso. 
 8 
• Carbonatos - É detectado em campo pelo grau de efervescência 
da superfície do material quando em contato com um pequeno volume de ácido 
clorídrico a 10 %. 
• Manganês - É detectado em campo pelo grau de efervescência 
da superfície do material quando em contato com um pequeno volume de peróxido 
de hidrogênio de 20 volumes. 
• Sulfetos - É comum serem observados em áreas de mangue ou 
com restrição de drenagem. No campo, os compostos de sulfetos apresentam 
coloração amarelo-dourada e odor característicos. 
• Eflorescências - São observadas no campo como crostas de 
sais nas superficies das estruturas. São resultado do acúmulo de sais após 
evaporação, portanto são encontradas em condições de solo seco. 
• Coesão - É uma característica observada em campo pela 
dureza (duro, muito duro ou extremamente duro) de horizontes subsuperficiais 
quando secos e friabilidade (friável a firme) quando úmidos. A coesão é comumente 
presente em Latossolos e Argissolos Amarelos da Formação Barreiras, na parte 
superior dos horizontes B. Podem ser descritos dois graus de coesão em campo: 
moderadamente coeso, refere-se ao material resistente à penetração de faca, 
martelo pedológico e trado, apresenta consistência dura quando seco e friável a 
firme quando úmido.; ou fortemente coeso, que é o material resiste fortemente à 
penetração de faca, martelo pedológico e trado, apresenta consistência muito dura a 
extremamente dura quando seco e friável a firme quando úmido. 
A morfologia do solo estuda os fatores que causam a modificação do 
mesmo, ou seja, fatores físicos (força do vento), químicos (modificações químicas da 
rocha com a água por exemplo) e biológicos (minhocas por exemplo) que fazem com 
que o solo sofra mutações. Essas mutações e suas formas dão origem aos diversos 
tipos de solo existentes em nosso planeta. 
Quanto maior a atuação da pedogênese no solo, mais este se 
tornará um corpo individual, com características próprias. Para se determinar o tipo 
de solo, busca-se pesquisas teóricas e dois momentos empíricos: análise de camp e 
análise de laboratório. 
A análise de campo é, sem dúvidas, um dos momentos mais 
importantes do estudo da pedologia, sendo o único momento em que o pesquisador 
 9 
poderá ver o solo como um corpo tridimensional, atrelado a paisagem. Em 
laboratório, na maioria dos processos, o solo deverá ser destruído de sua estrutura 
original (salvo preparação para micromorfologia). Informações como cor, influência 
do relevo e biomassa e estrutura de agregados se perderão. 
O principal objetivo do estudo em campo é descrever de forma 
padronizada a morfologia, ou seja, a "anatomia" do solo, a qual será melhor 
analisada junto aos resultados laboratoriais para se determinar o tipo de solo, sua 
gênese, etc. 
Geralmente, os processos de descrição são bastante simples e não 
exigem equipamentos mais complexos do que pás, martelos de pedólogos, lupas, 
água para molhar a amostra e tabela de cor. Os sentidos usados pelo pedólogo 
geralmente são o tato (para se testar textura) e visão; há, contudo, alguns métodos 
descritivos, menos usuais e não aconselhados, que se utilizam do paladar (para 
determinar se a amostra é siltosa ou argilosa) e até olfato, para se determinar 
decomposição e presença de rochas argilosas. 
Nesta análise visual inicial, distinguem-se os horizontes do solo, 
detectando-se a translocação de argilas e matéria orgânica pela cor e consistência. 
Depois recolhem-se amostras que serão analisadas para determinar a composição 
em areia (grossa e fina), argila e silte. Essas partículas distinguem-se primeiramente 
pelo tamanho, mas suas propriedades são diferentes, por exemplo, as 
argilas adsorvem partículas. 
Um solo possui camadas horizontais de morfologia diferente entre si. 
Essas camadas são chamadas de horizontes. Essas camadas, apesar de todos as 
normas e técnicas, dependem para sua delimitação em campo estritamente dos 
sentidos do pedólogo. 
A soma destas camadas define o perfil do solo. Como a ação 
pedogenética, tal como perturbação de seres vivos, infiltração de água, entre outros, 
é variável ao perfil, é constante o desenvolvimento de alguns horizontes. Diz-se que 
quanto mais distante da rocha mãe, mais intensa e/ou antiga foi a ação 
pedogenética. 
Basicamente um perfil de solo apresenta os horizontes: 
• O - O horizonte orgânico do solo e bastante escuro 
 10 
• H - Horizonte de constituição orgânica, superficial ou não, 
composto de resíduos orgânicos acumulados ou em acumulação sob condições de 
prolongada estagnação de água, salvo se artificialmente drenado. 
• A - Horizonte superficial, com bastante interferência do clima e 
da biomassa. É o horizonte de maior mistura mineral com húmus. 
• E - Horizonte eluvial, ou seja, de exportação de material, 
geralmente argilas e pequenos minerais. Por isso são geralmente mais claros que 
demais horizontes. 
• B - Horizonte de maior concentração de argilas, minerais 
oriundos de horizontes superiores (e, às vezes, de solos adjacentes). É o solo com 
coloração mais forte, agregação e desenvolvimento. 
• C - Porção de mistura de solo pouco denso com rochas pouco 
alteradas da rocha mãe. Equivale aproximadamente ao conceito de saprólito. 
• R ou D - Rocha matriz não alterada. De difícil acesso em campo. 
A textura do solo depende da proporção de areia, do silte (ou limo), 
ou argila na sua composição. Isso influencia na taxa de infiltração da água; 
armazenamento da água; aeração;facilidade de mecanização; distribuição de 
determinados nutrientes (fertilidade do solo). 
As percentagens de argila, silte e areia mudam bastante ao longo da 
extensão de um terreno. A maneira em que esses diferentes tipos de grãos se 
distribuem é de extrema importância na disseminação da água no solo. A textura 
modifica o movimento da água. 
No Brasil existe uma camada superficial que é arenosa e uma 
subsuperficial argilosa o que resulta em uma diferença quanto à porosidade. A água 
acaba penetrando mais facilmente na parte de cima e lentamente na camada 
inferior. Isso facilita a erosão em função do relevo e cobertura vegetal ou prejudica o 
desenvolvimento das raízes das plantas. 
Como a cor é algo bastante subjetivo, geralmente em todo o mundo 
se utiliza uma tabela de cor padrão, chamada de Münsell. Esta tabela consiste em 
aproximadamente 170 cores arranjadas de formas diversas. 
Achando a cor do solo nesta tabela, anota-se os três elementos 
básicos que regem o sistema de cores Münsell 
 11 
• Matriz (Hue) - A cor pura, descrita entre vermelho (R), amarelo 
(Y), etc... 
• Valor (Value) - É o tom de cinza presente na cor ("claridade" da 
cor), variando entre branco ( valor 10) ou preto (valor 0) 
• Croma (Chroma) - proporção da mistura da cor fundamental 
com a tonalidade de cinza. Variando também de 0 a 10. 
A cor implica diversas considerações imediatas sobre o solo. 
Geralmente, quanto mais escura, maior será o conteúdo de matéria orgânica. Já a 
presença de óxidos de ferro dá tons avermelhados para os solos. Cromas menos 
que 2 ou 3 podem indicar processo de gleização no solo. A cor Preto-azulado pode 
determinar magnésios. 
As partículas da textura podem se encontrar agregadas (porém não 
como rochas). A estrutura é então referente ao tamanho, forma e aspecto destes 
agregados. 
Os agregados, por sua vez, têm diversos graus de adesão, podendo 
ser mais friáveis (macios) ou mais brandos (duros). A resistência desses agregados 
é conhecida como consistência, e, como depende da textura, porosidade e outros 
fatores, que é também testada em amostras. 
• secas - para se determinar a dureza ou tenacidade 
• úmidas - para se determinar a friabilidade 
• molhadas - plasticidade e pegajosidade. 
 
Poros são os "vãos" dentro do solo. O maior fator de criação de tais 
poros é o bioma compostos de insetos, minhocas, etc... Os poros ajudam a 
penetração de água e sua permeabilidade, que, por sua vez, transporta material 
para dentro do solo, dos horizontes mais superficiais para os mais profundos. 
São dois grupos de poros, com um intermediário:de acordo com o 
diâmetro dos poros: macroporos - geralmente maiores de 0,075mm. Esses poros 
perdem sua água após 48h de secagem natural e são os que mais determinam a 
permeabilidade e aeração do solo; mesoporos - intermediário entre macroporos e 
microporos (entre 0,030mm e 0,075mm). 
 
 
 12 
4 FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO MINERAL DAS PLANTAS 
A amostragem é considerada a fase mais crítica de um programa de 
recomendação de correção e adubação baseado em análise química de terra. O 
objetivo da amostragem é caracterizar a fertilidade de uma área ou gleba de grande 
dimensão, por meio da determinação das quantidades de nutrientes e outros 
elementos presentes, através de uma pequena fração de terra. A pesquisa tenta 
sistematizar certos procedimentos a fim de minimizar os erros de amostragem, 
devido a heterogeneidade que os solos apresentam. 
Para realizar a amostragem, deve-se caminhar em ziguezague 
dentro da gleba, fazendo paradas aleatórias e em cada parada coletar uma amostra. 
Para essa coleta deve-se limpar bem o local retirando restos vegetais e outras 
sujidades que possam comprometer a qualidade da amostra. Após ajuntar as 
amostras simples nesse recipiente, misturar bem e retirar uma porção de 500 
gramas colocando em um saco plástico limpo e novo (se a amostra estiver úmida ela 
deve ser secada à sombra sobre um papel limpo e depois transferida para o saco 
plástico) 
 A amostra composta formada deve ser enviada ao laboratório em 
um saco plástico limpo e bem identificado. Informações do produtor, da propriedade 
e da gleba que a amostra representa são muito importantes para o laboratório. 
Quando o produtor receber os resultados das análises, essas informações irão 
auxiliar na interpretação e recomendações de correção e adubação do solo, 
recomendações estas que devem ser feitas por um profissional habilitado. 
Em geral, a calagem deve ser realizada 3 meses antes do plantio da 
cultura. O calcário deve ser distribuído a lanço e incorporado uniformemente ao solo, 
até a profundidade de 17 cm a 20 cm. No cultivo convencional a aplicação é 
incorporada: aplicação do calcário seguida de operações de aração e gradagem. No 
sistema plantio direto, a correção da acidez do solo é feita por meio da aplicação de 
calcário na superfície sem incorporação. Para isso, recomendo a utilização de um 
calcário mais finamente moído, facilitando a reação do calcário com o solo e, 
consequentemente, maior efeito da calagem. A calagem superficial normalmente 
não tem efeito rápido na redução da acidez do subsolo, por isso o calcário deve ser 
aplicado o mais cedo possível, antes mesmo dos 3 meses anteriormente citado. 
 13 
A calagem também atua ao longo dos anos no plantio direto, 
amenizando os efeitos nocivos da acidez em camadas mais profundas do solo. Isso 
é importante porque a acidez nas camadas subsuperficiais, em caso de níveis 
tóxicos de Al e/ou deficiência de Ca, pode impedir o desenvolvimento das raízes. No 
entanto, se sua região tiver um período de muita chuva e outro de seca, faça a 
calagem antes de acabar o período chuvoso, mesmo que seja 4 ou 5 meses antes 
da safra começar. Desse modo, haverá tempo do corretivo reagir para promover as 
mudanças benéficas ao solo que será cultivado no próximo período de chuvas. 
 
 14 
5 TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO 
Topografia (do grego topos = lugar, local e grafo = descrição), 
significa a descrição minuciosa de uma localidade (área específica). Tem relação 
com o homem desde o início da humanidade, visto a necessidade de descrever o 
meio em que vive. Historicamente, não seria possível determinar o início da 
topografia, mas quando o homem deixou de ser nômade e passou a fixar moradia, a 
topografia já estava presente nas atividades e na determinação do espaço físico 
utilizado. 
O Velho Testamento contém frequentes referências ao direito de 
propriedade e mesmo os babilônios certamente praticavam alguma técnica de 
topografia. A prova para tal afirmação são mapas da Babilônia inscritos em tábuas 
encontrados por arqueólogos com idade estimada de 2500 a. C.Tem-se notícias de 
que a topografia nasceu no Egito antigo ao longo das vargens do Rio Nilo por seu 
alto potencial agrícola para a cultura de arroz e dai para frente crescente sua 
utilização. 
Com o tempo e a necessidade de medições outras inclusive de 
exageradas dimensões passou-se a utilização arcaica de geodésia servindo-se de 
observações astronômicas para a determinação de coordenadas geográficas. 
Concomitante ao desenvolvimento de métodos topográficos a 
aparelhagem também foi sendo aprimorada até culminarmos na atualidade com os 
atraentes GPSs e demais aparelhagem que trazem conforto nunca dantes pensado 
na histórica jornada topográfica com o uso de cadeias (correntes) trenas e outros 
instrumentos utilizados na topografia clássica. 
Dentro do PTG para a realização do presente trabalho, temos que, o 
profissional contratado, in casu o agrônomo, também foi requisitado para a avaliação 
topográfica da propriedade do Sr. João, local onde se desenvolve o presente 
trabalho, sendo que para tal o profissional dispõe de um teodolito e uma mira 
estadimétrica, e, com este equipamento efetuar o levantamento perimétrico da 
referida propriedade. 
 
 
 
 
 
 15 
Figura 3 – Teodolito 
 
Fonte: Beck(2017) 
 
 
Figura 4 - Mira estadimétrica 
 
 Fonte: Beck (2017) 
 
 
Figura 5 - Levantamento perimétrico 
 
Fonte: Beck (2017) 
 
 
 16 
Necessita o Sr. João efetuar o recadastramento das coordenadas 
dos vértices da gleba adquirida de maneira a verificar os limites da propriedade, 
sendo que a área registrada na matrícula do imóvel apresenta a superfície de 4,05 
hectares = 40.500,00 m². 
Para este mister o agrônomo contratado, dispondo dos materiais 
supra referidos elaborou trabalhos em campo, resultando das seguintes anotações: 
Tabela 1 – Planilha de Levantamento 
PLANILHA DE LEVANTAMENTO
E PV < HOR AZIMUTE < VERT FS FM FI DIST
A B 22°41'35" 87°51'28" 2,358 1,732 1,106 125,025
B C 285°04'11" 127°45'46" 99°45'14" 3,287 2,111 0,936 228,352
C D 237°01'11" 184°46'57" 89°01'33" 2,848 2,149 1,45 139,76
D E 277°05'24" 281°52'21" 89°21'50" 3,08 2,087 1,094 198,576
E A 247°38'23" 349°30'44" 86°56'27" 1,893 1,266 0,639 125,043
OBS.:
ANOTAÇÕES EM PRETO = DADOS COLETADOS EM CAMPO
ANOTAÇÕES EM VERMELHO = DADOS OBTIDOS EM GABINETE 
 
Dando sequência aos trabalhos, conforme os cálculos já iniciados na 
planilha acima, apresentamos os cálculos das coordenadas atualizadas, conforme 
segue: 
Tabela 2- Cálculo 
CÁLCULO DAS COORDENADAS
E PV AZIMUTE DIST NORTE ESTE
A B 22°41'35" 125,025 30345,740 29393,431
B C 127°45'46" 228,352 30205,888 29573,951
C D 184°46'57" 139,760 30066,608 29562,296
D E 281°52'21" 198,576 30107,452 29367,964
E A 349°30'44" 125,043 30230,400 29345,200
PRECISÃO = 1 / 19000
PERÍMETRO = 816,756
ERRO=LATITUDE = -0,039
LONGITUDE = -0,017 
 
 17 
E assim sendo, tendo os trabalhos de campos alcançado resultados 
satisfatórios, passamos ao cálculo da superfície da propriedade do Sr. João, através 
da fórmula de Gauus, comparando com os dados advindos da matricula do imóvel, 
conforme segue a fórmula: 
 
n n 
A = ½ [(∑xiyi+1+xny1) – (∑yixi+1+ynx1)] 
i=0 i=0 
 
 
Desmembrando teremos: 
A = ½ [ ( 29345,200 x 30345,740 + 29393,431 x 30205,888 + 
29573,951 x 30066,608 + 29562,296 x 30107,452 + 29367,964 x 30230,400) – ( 
30230,400 x 29393,431 + 30345,740 x 29573,951 + 30205,888 x 29562,296 + 
30066,608 x 29367,964 + 30107,452 x 29345,200 ) ] = 41.337,73 m² 
Gráfico 1 – Resultado 
 
Fonte: Autores (2019) 
 
Gráfico 2 - Resultado 
 18 
 
Fonte: Autores (2019) 
 
De maneira que, com os dados levantados em campo pelo 
Agrônomo contratado, elaborou-se os seguintes cálculos: 
a) distancias pelo método taqueométrico, através da mira estadimétrica; 
b) cálculo dos azimutes dos lados da poligonal que encerra o imóvel em questão; 
c) cálculo das coordenadas dos vértices deste perímetro; 
d) e consequente cálculo da superfície do imóvel (área) através da fórmula de 
Gauus. 
Conclui-se que pelo levantamento topográfico levado a termo pelo 
profissional responsável pelo levantamento topográfico haverá retificação da 
matrícula no Serviço Registral, haja vista a superfície lá anotada é 4,05 hectares, e 
no presente trabalho avaliou-se 4,13,37,73 hectares, ou seja, uma diferença de 
837,73 m². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
6 MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL 
Fonte: Borges et al (2015) 
 
Características morfológicas da soja: a soja é originária de glycine 
ussuriensis, forma silvestre da planta, encontrada na Ásia. Esta leguminosa 
granífera, apresenta plantas herbáceas, anuais (90 a 160 dias), eretas e bem 
ramificadas, mas existem formas prostradas ou trepadoras, podem atingir uma altura 
que varia de 45cm a mais de 120cm, dependendo do cultivar e da época de 
semeadura. A planta é toda coberta por pelos curtos e finos de cor cinza ou marrom-
clara. Sistema radical bem desenvolvido e nodulado. Folhas trifoliadas, com folíolos 
oval-lanceolados com pecíolos longos e cilíndricos, com pequenas estípulas na 
base, na maturação tornam-se amarelas e caem, deixando apenas ramos e vagens. 
Flores pequenas, retas ou um pouco curvadas. A cor varia entre amarelo-palha, 
passando por tons de cinza e marrom, até quase preta. Podem conter até cinco 
sementes e são tardamente deiscentes. A planta é de autofecundação, porém uma 
pequena taxa de polinização cruzada pode ocorrer. 
Quanto as características de sua raiz, a soja contém em seu sistema 
radicular a raiz axial principal e as raízes secundárias. Seu desenvolvimento é 
iniciado na germinação, desenvolvendo até a maturação fisiológica da planta. O 
crescimento radicular é dividido em três fases: 
• Fase 1: A radícula do embrião cresce verticalmente para baixo, 
dela cresce a raiz principal e dependendo da temperatura do solo, (22° a 27°) a raiz 
pode desenvolver-se de 2,5cm a 5cm diários. Após o crescimento atingir 45cm a 
60cm de profundidade inicia o desenvolvimento das primeiras ramificações. 
• Fase 2: Surgimento da parte aérea com início do florescimento e 
formação das vagens. A raiz principal continua seu crescimento, podendo alcançar 
Características sistemáticas da soja 
Reino Plantae 
Filo Anthophyta 
Classe Magnoliopsida (Dicotiledônea) 
Ordem Fabales 
Família Fabaceae 
Gênero Glycine 
Nome Cientifico Glycine max 
 20 
até 75cm de profundidade e as raízes laterais continuam se ramificando até os 15cm 
da raiz axial. 
• Fase 3: Esta ocorre no período entre a formação das vagens, 
enchimento dos grãos e a maturação fisiológica. Há diminuição no crescimento da 
raiz principal, por outro lado, há aumento no desenvolvimento e penetração das 
raízes secundárias principais. Na raiz da soja são encontrados nódulos resultantes 
de bactérias que são essenciais para seu crescimento e desenvolvendo, pois são 
elas que fornecem nitrogênio fixados no ar atmosférico e em troca recebem hidratos 
de carbono (BORGES et al, 2015). 
 As características do caule da soja são do tipo Herbáceo ereto, 
pubescente e ramificado, desenvolve-se a partir do eixo embrionário, logo depois do 
início da germinação. No completo desenvolvimento do embrião, tem-se o eixo raiz 
hipocótilo, que possui no extremo superior os dois cotilédones e, no eixo inferior, o 
primórdio da radícula. O hipocótilo é a primeira porção desenvolvida do caule, 
seguindo do epicótilo, e por seu alongamento separam-se do nó cotiledonar as 
plúmalas com os primeiro primórdio folares gemas axilares. Após o epicótilo, são 
formados os internódios e, em cada nó, há uma folha e nas axilas destas uma gema 
lateral, que pode se transformar em ramificações dependendo das particularidades 
da constituição genética de cada cultivar, bem como do espaço disponível para o 
desenvolvimento. Se durante o crescimento não ocorrer influências de condições 
externas, o crescimento do caule na maioria das vezes é ortótropo. Quando a planta 
é exposta a condições de baixa luminosidade, especialmente em fotoperíodos 
longos, as cultivares torna-se volúveis, com caule delgado, podendo atingir mais de 
três metros de comprimento. Logo, necessitam de apoio. 
 As características da folha é que ao longo de seu desenvolvimento, a 
planta da soja possui três tipos de folhas: as cotiledonares ou embrionárias, as 
simples ou unifoliadas e as trifoliadas ou compostas, cujo tamanho, formato e 
posicionamento são diferentes. Na germinação surgem duas folhas cotiledonares 
que se diferem pela forma oval elíptica. Os cotilédones são essenciais para o 
desenvolvimento inicial da plântula, pois fornecem reservas de nutrientes e, quando 
esgotados amarelam, murcham e caem. 
 A folhas simples ou unifoliadas, possuem único folíolo: são inseridas 
opostamente no primeiro nó, acima do nó cotiledonar. São folhas de base larga ou 
estreita de forma lanceolada, truncada ou auriculada, sendo o ápice obtuso a 
 21 
acuminado. Normalmente, possuem comprimento entre 6cm a 7cm e largura de 3cm 
a 4cm. O pecíolo é curto variando entre 1cm a 3cm de comprimento, na base de 
cada folha um par de estípulas. O caule principal ou asramificações produzem três 
folíolos (trifoliadas), sendo um terminal e dois laterais, dispostos alternadamente, de 
forma dística. Os folíolos são margens inteiras e de forma oval, lanceolado ou 
oblongo, tem de 4cm a 20cm de comprimento e 3cm a 10cm em largura. Porém 
existem cultivares com folhas maiores e ocasionalmente, maior número de folíolos, 
chegando em média de 4 a 7 folíolos por folha. O pecíolo varia de 5cm a 20cm de 
comprimento e é influenciado por alguns fatores, um deles é a posição e os tipos de 
crescimentos na planta. Nos pecíolos das folhas unifoliadas e trifoliadas, existem um 
pulvínulo que é responsável pelos seus movimentos. A coloração das folhas varia 
entre verde-pálida e verde escura. 
 As flores da soja são formadas pelo cálice, corola, androceu e 
gineceu, ou seja, são flores completas. Ocorrem em racemos terminais ou axilares. 
O número de flores varia de 2 a 35 por racemos e quando abertas medem de 3cm a 
8cm. A abertura floral pela manhã é influenciada pelas condições de temperatura e 
umidade. O cálice é tubular, formado por cinco sépalas e lóbulos de tamanhos 
diferentes, pubescentes, parcialmente unidos e persistentes. A corola é constituída 
em posição posterior e possui forma subordicularobovada. As pétalas laterais são 
chamadas de asas e as duas inferiores unidas formam a quilha ou carena. 
 A coloração das pétalas varia de branco a roxo de diferentes 
tonalidades. Inicialmente separados, o androceu possui 10 estames diadelfos, sendo 
que posteriormente os filamentos de 9 são unidos numa única estrutura, ligados por 
um tecido meristemático desde a região basal e outro estame permanece separado 
na parte posterior. As anteras são livres arredondadas, dorsifixas e envolvem 
completamente o estigma na antese. O gineceu possui estigma e estilete com 
poucos glabros. O estilete mede metade do ovário e é curvado para trás, próximo ao 
estamos posteriores. O estigma é bífido e plumoso, antes da abertura floral, tornam-
se receptível um a dois dias antes da abertura floral. O ovário é séssil oval e 
pubescente contendo de um a quatro óvulos. A cor da flor está relacionada com seu 
hipocótilo, bainhas e caules. 
 Quanto ao fruto da soja, este é oriundo de duas valvas de um carpelo 
simples. É do tipo de vagem, achatado, reto e pouco curvado, pubescente e 
deiscente, geralmente possui 2cm a 7cm de comprimento, dependendo do cultivar e 
 22 
das condições adofoclimáticas, enquanto a largura varia entre 1cm 2cm. O número 
de vagens por inflorescência é de 2 a mais de 20 e, acima de 400 por planta. A 
vagem tem de 1 a 5 sementes, contudo, a maioria das cultivares apresenta as 
vagens com 2 ou 3 sementes. A cor da vagem madura pode inflorescência é de 2 a 
mais de 20 e, acima de 400 por planta. A vagem tem de 1 a 5 sementes, contudo, a 
maioria das cultivares apresenta as vagens com 2 ou 3 sementes. A cor da vagem 
madura pode ser amarelo-palha muito claro, cinza-claro a quase preto, sendo estas 
características resultante da presença de caroteno ou xantofila e de presença ou 
ausência de pigmentos antocianos e, ainda, pelas condições de temperatura e 
umidade na maturação. 
 A semente da soja é composta por um envoltório chamado 
tegumento. Há variações quanto à forma, tamanho, cor do tegumento, cor do hilo e 
cor dos cotilédones. A forma é variável, podendo ser globosa, elipsoidal e oval. A 
coloração do tegumento pode ser amarelo-palha, amarelo-oliváceo, verde-oliva, 
marrom, preta ou bicolor. No tegumento encontra-se o hilo e em sua extremidade a 
micrópila e abaixo dela, o hipocótilo. A cor dos cotilédones na semente madura é 
amarela ou verde, ocorrendo coloração amarela para a maioria dos cultivares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
7 CONCLUSÃO 
Solucionar os problemas da agricultura não é uma tarefa fácil, visto 
que estamos lidando com um potencial econômico importante para o país, 
principalmente para a população rural que tira grande parte de seu sustento da 
produção agrícola. Contudo, o aumento da população pode agravar a necessidade 
de inovações no método convencional de produção, além dos problemas ambientais 
que envolvem a agricultura convencional. 
Uma produção rende lucros, mas preciso faz-se necessário uma 
análise adequada do solo para verificar quais as condições se apresentam par ao 
plantio, e assim, reduzir possíveis prejuízos por perda de produtos. O uso e espaço 
(tamanho) da terra, a partir do gerenciamento precisa ser estipulado de acordo com 
o tipo e com a escala de produção. 
 
 24 
REFERÊNCIAS 
BECK, M. Uso do Teodolito caseiro para o ensino de razões trigonométricas na 
Rede Municipal de Porto Alegre. Rev.Agri, v. 7, n.1, 2017. 
BORGES, W. Produção de soja e milho cultivados sobre diferentes coberturas 
Rev. Ciênc. Agron.,vol.46, no.1, 2015. 
 
 
NUNES, A. S. et al. Formação de cobertura vegetal e manejo de plantas daninhas 
na cultura da soja em sistema plantio direto. Planta Daninha, v. 28, n. 4, p. 727-733, 
2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 INFORMÁTICA APLICADA
	3 CIÊNCIA DO SOLO: MORFOLOGIA E GÊNESE
	4 FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO MINERAL DAS PLANTAS
	5 topografia e georreferenciamento
	6 MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA VEGETAL
	7 CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

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