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EXAME CLÍNICO DA CAVIDADE ORAL EXAME DOS LÁBIOS Os lábios devem ser inspecionados e palpados para averiguar a coloração, forma, textura, flexibilidade, assim como presença de lesões. • Quanto a cor, investigar se há palidez ou cianose, ambas facilmente perceptíveis; A anomalia congênita mais frequente é a fenda labial com aspecto e localização variados. DEVE-SE OBSERVAR A PRESENÇA DE EDEMA, SENDO COMUNS: • Edema alérgico; • Herpes labial; • Lesões ulceradas o Blastomicose; o Leishmaniose; o Lesão luética primaria; • Leucoplasias (manchas brancas ou cinzas); • Neoplasias. Múltiplas lesões melânicas/telangiectásicas nos lábios ocorrem na síndrome de Osler-Weber-Rendu e de Peutz- Jeghers. QUEILITE ANGULAR (“BOQUEIRA”) Lesão inflamatória das comissuras labiais. • Pode aparecer devida a várias causas, entre elas: o Perda da dimensão vertical pela perda dentária; o Deficiência nutricional; o Candidíase. QUEILITE ACTÍNICA • Presença de linha esbranquiçada, com perda de flexibilidade; • Geralmente se manifesta no lábio inferior com áreas ulceradas – sendo considerada uma lesão potencialmente maligna. HERPES SIMPLES LABIAL A infecção mais comum dos lábios; • Costuma apresentar-se como uma vesícula ou um grupo de vesículas. • Pode ocorrer em pessoas hígidas; o contudo, é mais frequente em associação com estados febris, condições acompanhadas de baixa de imunidade, como na gripe, exposição excessiva ao sol, pneumonia. >> As rachaduras labiais são comuns nas pessoas que respiram pela boca e nos pacientes idosos. >>> É sempre importante estar atento à eventual presença de movimentos involuntários, especialmente tremor, ao qual nos referimos anteriormente. lábio – aspecto normal fissura ou fenda labial – lábio leporino queilite actínica carcinoma espinocelular em lábio inferior malformação vascular EXAME DA CAVIDADE ORAL A cavidade oral apresenta um conjunto de estruturas banhadas pela saliva, tem flora microbiana própria de grande potencial defensivo e desempenha importantes funções referentes a mastigação dos alimentos e a fonação. >> condição essencial para o exame da boca é uma boa iluminação!!! • Como meio auxiliar, emprega-se o abaixador de língua. • Se o paciente tiver usando prótese dentária removível, ela deve ser retirada antes do exame. O exame de boca baseia-se na inspeção e na palpação, sendo recomendado o uso de luvas. • Em circunstâncias especiais (crianças que não colaboram, pessoas inconscientes ou com algum distúrbio mental) pode-se usar um aparelho “abridor de boca”. A cavidade oral é limitada anteriormente pelos lábios e inferiormente pelo assoalho da boca, no qual repousa a língua, enquanto as regiões jugais representam os limites laterais. O teto da cavidade oral é constituído pelos palatos duro e mole. Os pilares anteriores e a úvula formam o limite posterior. MUCOSA ORAL | MUCOSA JUGAL Em condições normais, a mucosa da cavidade oral tem uma coloração róseo-avermelhada mais homogênea que a da língua. • Reconhecem-se com facilidade os orifícios dos canais de Stenon (ductos que trazem saliva produzida pela parótida até a boca). PRINCIPAIS ESTRUTURAS: • Carúncula onde desemboca o ducto da glândula parótida: localizada na altura do segundo molar superior • Linha alba: associada ao nível de oclusão dos dentes, representando área de atrição • Grânulos de Fordyce: glândulas sebáceas, ectópicas que se apresentam como múltiplas pápulas amareladas ou esbranquiçadas, as quais, quando em grande número, podem ser confundidas com placas leucoplásicas • Pigmentações melânicas. Assim como na mucosa labial a afecção mais encontrada nesta região é a estomatite aftosa ou afta. ESTOMATITE É a afecção mais encontrada no exame da cavidade oral. • Essa designação abrange todos os processos inflamatórios da mucosa oral. • O mais comum é a estomatite aftosa ou afta. Em crianças constitui achado frequente a estomatite por monilíase/candidíase, vulgarmente chamada de “sapinho”. • Caracteriza-se pela presença de placas brancas, múltiplas e ligeiramente elevadas, semelhantes a leite coalhado, que aparecem repentinamente em toda a cavidade oral. • Um dado importante para o diagnóstico é o fato de essas placas, pseudomembranas necróticas, poderem ser desprendidas facilmente da superfície dos tecidos, deixando uma superfície vermelha, hemorrágica e dolorida. Existem outros tipos de estomatite, tais como a tuberculosa, sifilítica e herpética. >> as leucoses, particularmente as formas agudas, acompanham-se das mais variadas lesões na mucosa oral. • Deve-se estar preparado para encontrar pigmentação na mucosa oral, pois são comuns em pessoas sem patologias, especialmente em afrodescendentes. o Contudo, pode aparecer também em algumas condições patológicas (ex.: doença de Addison). mucosa labial – aspecto normal estomatite aftosa estomatite herpética MANCHAS DE KOPLIK Minúsculas manchas esbranquiçadas circundadas por uma aréola vermelha e situadas quase sempre na bochecha em frente aos molares. • Aparecem após o sarampo e eclodem antes das lesões cutâneas. Em outras doenças exantemáticas, como rubéola, escarlatina e varicela, também se encontram lesões na mucosa oral. >> Lesões brancas indolores aparecem no líquen plano. >> As leucoplasias também são placas brancas indolores e são pré-cancerosas. • Segura diferenciação pode necessitar de histopatológico. Podem ser observadas ainda lesões tumorais, perfuração do palato e malformações congênitas, tais como dentes supranumerários e fenda labial. • Quando essa deformidade atinge a arcada dentária superior e o palato, é vulgarmente designada “goela de lobo”. Na síndrome de Peutz-Jeghers ocorrem manchas preto- acastanhadas ao redor da boca. >> Fissuras nos ângulos da boca (queilose e queilite) são observadas em pacientes com dentaduras inadequadas, causando gotejamento de saliva, que torna esses tecidos macerados. • Deficiência do complexo B (principalmente riboflavina) é outra causa importante de queilite. • Em pacientes imunodeprimidos, a queilose angular pode ser complicada por candidíase. A queilose e a queilite podem ser identificadas no exame da semimucosa oral (vermelhão dos lábios). Úlceras da mucosa bucal associadas a eritema grave e sufusão hemorrágica (acumulo de sangue) constituem a síndrome de Stevens-Johnson, em geral de causa medicamentosa, principalmente sulfas e antibióticos. C. mancha melânica; D. líquen plano. mucosa jugal – aspecto normal grânulos de Fordyce PALATO DURO Para a inspeção do palato duro (céu da boca), o paciente deve inclinar sua cabeça para trás e abrir a boca. • Em condições normais, se apresenta com coloração rosa-pálido, esbranquiçada, com uma textura firme. PRINCIPAIS ESTRUTURAS: • Pregas palatinas transversais – região anterior • Papila incisiva – região anterior • Rafe do palato – linha mediana • Fossetas palatinas – no limite com palato mole • Toro palatino – exostose (crescimento ósseo benigno) na região central do palato, recoberto por mucosa normal, assintomático AS LESÕES MAIS FREQUENTES INCLUEM: • Ulcerações traumáticas o Trauma químico; o Mecânico; o Térmico; • Candidíase; • Estomatite nicotínica; • Neoplasias de glândulas salivares menores o Aumento de volume com ou sem ulceração; • Fendas palatinas; • Sarcoma de Kaposi. Manchas escuras podem ser causadas pelo mercúrio presente em fragmentos de restaurações dentárias de amálgama presentes na mucosa, mas o diagnóstico diferencial deve ser feito com um dos tumores mais agressivos da cavidade bucal – o melanoma. PALATO MOLE O palato mole, véu palatino ou palato muscular, parte móvel e posterior do palato, apresenta coloração rósea mais intensa que o palatoduro. Os músculos do palato mole desempenham papel importante: • Na deglutição o Tensor do véu palatino; o Palatoglosso; o Elevador do véu palatino; • Na respiração o Palatofaríngeo; • E na fonação o M. da úvula, ▪ Que move a úvula para obstruir a entrada de alimentos na cavidade nasal, auxiliando na fonação. Mudanças na coloração frequentemente refletem hábitos do indivíduo. • Ex.: cor amarelada pela alta ingestão de alimentos com caroteno; vermelho-escura, associada ao tabagismo. As lesões aftosas, especialmente as aftas maiores, são extremamente dolorosas, podendo levar à desidratação (especialmente em crianças), pela dificuldade de deglutir até água. >>>>> O palato deve ser inspecionado em busca de ulcerações, massas e outras lesões. Petéquias são fenômenos embólicos comumente observadas nas leucoses e na endocardite infecciosa. palatos duro e mole – aspecto normal toro palatino candidíase LÍNGUA Examina-se a língua observando-a em três posições, sempre com o paciente abrindo a boca ao máximo: • Na primeira, ela fica mantida em repouso; • Na segunda, é colocada para fora da boca; • Na terceira, o paciente procura tocar o céu da boca com a ponta da língua. ANALISAM-SE OS SEGUINTES PARÂMETROS: • Posição • Tamanho • Cor • Umidade • Superfície • Textura • Movimentos • Presença de lesões A língua normal situa-se medianamente, estando quase sempre animada de pequena e inconstante movimentação, que pode ser suprimida pelo paciente. • Sua coloração é róseo-avermelhada, levemente úmida, a superfície é discretamente rugosa, sendo possível reconhecer em sua parte posterior as proeminências papilares. • Sulcos ou depressões costumam ser observados mesmo em pessoas saudáveis. AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS INCLUEM: • Dorso o Papilas filiformes (terço anterior – ápice da língua); o Papilas fungiformes (terço médio e posterior); o Papilas circunvaladas formando o “V” lingual (terço posterior); o Tonsila lingual (base da língua); • Borda lateral o Papilas folhadas; • Face inferior (ventre) o Veias; o Frênulo da língua. Em indivíduos mais idosos, as veias da face ventral da língua tornam-se mais grossas e tortuosas. • Essas varicosidades nunca sangram. aspecto normal do dorso e das bordas laterais da língua ALTERAÇÕES MAIS FREQUENTEMENTE ENCONTRADAS NA LÍNGUA: LÍNGUA SABURROSA Caracteriza-se pelo acúmulo de uma substância branco- acinzentada ou amarelada na sua superfície. ** os pacientes descrevem-na como língua suja; *** na concepção popular a saburra traduz doença de estômago ou fígado, mas isso não é correto. • A língua saburrosa é verificada em pacientes com: o higiene bucal precária, o em estados febris, o nos tabagistas, o em indivíduos desidratados e o em pessoas saudáveis, especialmente ao despertar. língua saburrosa língua saburrosa de tabagista LÍNGUA SECA A ausência de umidade constitui o elemento principal dessa alteração. • A coexistência da saburra é comum. Língua seca indica desidratação, aparecendo em todas as condições em que há perda de água, seja por vômitos, diarreia ou por qualquer outro mecanismo. • Outras causas de secura da língua incluem respiração pela boca e ingestão de medicamentos (ex.: atropina, antidepressivos). • Quando há língua torna-se mais acentuada. • A ansiedade acompanha-se de boca seca. LÍNGUA LISA Esta condição deve-se à atrofia das papilas. • À inspeção nota-se uma superfície lisa em vez da rugosidade própria da língua normal. • A principal causa é a anemia, podendo ser observada também na desnutrição proteica. • Quando é muito acentuada a atrofia, costuma-se usar a designação “língua careca”. • A associação de língua lisa com queilite é indicativa de estado carencial. língua lisa LÍNGUA PILOSA Os “pelos” consistem em papilas filiformes alongadas. • A cor varia de amarela a preta. • A causa é frequentemente desconhecida, mas pode ocorrer durante antibioticoterapia, infecções e tabagismo. LÍNGUA FRAMBOESA Neste tipo, a superfície da língua torna-se vermelho- brilhante e algo granular. • Aparece na escarlatina. LÍNGUA GEOGRÁFICA Esta designação justifica-se quando se percebem áreas irregulares, nitidamente delimitadas por bordas esbranquiçadas e circinadas, lembrando um mapa geográfico no qual se encontram delineadas cadeias de montanhas. • Esta alteração costuma preocupar os pacientes, mas é desprovida de significado clínico. Estresse emocional pode ser fator desencadeante ou de exacerbação. língua geográfica LÍNGUA FISSURADA | LÍNGUA ESCROTAL Caracteriza-se pela presença de sulcos irregulares, podendo estar associada à deficiência de vitaminas do complexo B. Também chamada de língua escrotal por ter características visuais semelhantes a aparência da pele que reveste o escroto. • Essa condição favorece o acúmulo de saburra, ardência e queimação, principalmente relacionada a ingestão de alimentos ácidos ou condimentados. LÍNGUA CRENADA Apresenta suas margens marcadas pelo contorno dos dentes, caracterizando pressão exercida pelos limites dentários. • Pode estar associada a língua de grandes dimensões em cavidade oral pequena ou ao hábito de sucção da língua. MACROGLOSSIA Significa aumento global da língua. • O hipotireoidismo, a acromegalia e a amiloidose são as causas mais frequentes. LÍNGUA TRÊMULA É comum a observação de tremor lingual. • Pode aparecer em indivíduos sem patologias, porem esse achado pode nos remeter a: o Hipertireoidismo; o Alcoolismo; o Parkinsonismo. DESVIO DA LÍNGUA DA LINHA MEDIANA Para tornar bem evidente o desvio da língua, solicita-se ao paciente que coloque a língua para fora da boca o máximo possível. • Observa-se desvio da língua na hemiplegia e nas lesões do nervo hipoglosso. GLOSSITE Inflamação generalizada da língua. • Caracteriza-se basicamente pela vermelhidão da língua; • Quase sempre o paciente reclama de dor espontânea ou desencadeada por alimentos quentes. LESÕES DA LÍNGUA >> A candidíase atrófica é uma das lesões mais frequentes. o A presença de áreas avermelhadas no dorso requer diagnóstico diferencial com a língua geográfica. >> A candidíase é a infecção oral mais comum em pessoas com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). o Úlceras aftosas dolorosas recorrentes na língua e mucosa oral podem estar associadas à síndrome de Behçet. >> Leucoplasias, ou seja, placas esbranquiçadas, lisas, duras e localizadas em geral no dorso da língua são consideradas lesões potencialmente malignas, capazes de se transformarem em carcinoma espinocelular. • Aftas são lesões ulceradas com 0,2 a 1 cm de diâmetro cobertas por exsudato esbranquiçado e circunscritas por aréola vermelha. • Cicatrizes, frequentemente, estão associadas às mordeduras; placas mucosas de cor cinzento- pérola podem surgir na superfície da língua nos casos de sífilis secundária. Dentre as lesões vasculares as malformações vasculares, o linfangioma e o hemangioma são as mais frequentes. leucoplasia malformação vascular hemangioma de língua candidíase aguda em língua; candidíase crônica da língua em paciente com AIDS GENGIVAS Para o exame das gengivas, usam-se também a inspeção e a palpação. Deve-se contar com boa iluminação e também se recomenda o uso de abaixador das línguas para melhor visualização das gengivas. CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS As gengivas compõem-se de tecido fibroso denso, recoberto por mucosa, intimamente aderente ao periósteo dos processos alveolares, circundando o colo dos dentes, onde dobram-se para dentro dos alvéolos e se continuam com o periósteo. DEVEM SER ANALISADOS • Cor • Consistência • Forma • Desenvolvimento • Presença de lesões >> As gengivas normais tem coloração róseo-avermelhada,são firmes e não apresentam lesões de qualquer natureza; • Palidez pode ser de diferentes graus; o A cor esbranquiçada acentuada pode ser sinal de anemia. • Cianose traduz aumento de hemoglobina reduzida no sangue; • Na icterícia, as gengivas tornam-se amareladas o O local mais adequado para se evidenciar a coloração ictérica é nas proximidades do freio lingual, bem visível quando se solicita ao paciente para tocar o céu da boca com a ponta da língua. Hipertrofia das gengivas significa crescimento exagerado destes tecidos. • Quando hipertróficas adquirem aspecto rugoso e passam a cobrir parte dos dentes, podendo sangrar com facilidade. As hipertrofias gengivais, especialmente aquelas que se estendem sobre vários dentes, podem ser observadas nas leucemias e após uso prolongado de alguns medicamentos como a hidantoína. rebordo alveolar (dentes e gengiva) – aspecto normal doença periodontal; toro mandibular melanose racial; cárie dentária GENGIVITE As gengivas tornam-se avermelhadas, esponjosas e facilmente sangráveis. • Podem ter causas locais – gengivite simples, por placa bacteriana – ou estarem associadas a doenças sistêmicas, como pelagra, escorbuto, leucoses e linfomas. placa bacteriana dando início a gengivite gengivite em fase inicial >> Nas gengivas podem ser encontradas as seguintes lesões: • manchas hemorrágicas, • ulcerações, • aftas, • atrofias que fazem as gengivas se retraírem, deixando exposta parte das raízes dentárias, • pigmentação (orla saturnina ou linha plúmbea, pigmentação em forma de pontos escuros que acompanha a linha da gengiva e indica intoxicação pelo chumbo), • abscessos alveolares indicativos de infecção da polpa dentária, • tumores formados dos diferentes tecidos periodontais, tais como o epúlides, o tumor de células gigantes, o fibromas, o carcinoma espinocelular, o linfomas e o sarcomas. >> A doença periodontal (periodontite) deve ser considerada à parte. • Nesta afecção, há comprometimento inflamatório extenso não apenas das gengivas que circundam os dentes, como também do osso de suporte que sofre reabsorções de diferentes graus, formando as chamadas bolsas periodontais. • As gengivas ficam vermelhas, intumescidas, perdem a forma e tendem a sangrar com facilidade. • Pode haver supuração em torno dos dentes, evidenciada pela saída de uma substância purulenta entre a borda gengival e o dente, ao se exercer uma pressão junto à sua base, caracterizando a destruição do tecido ósseo alveolar da sustentação do dente. doença periodontal ou periodontite GLÂNDULAS SALIVARES Dividem-se em maiores e menores; o As menores estão espalhadas em toda a mucosa oral – em número, são aprox. 450- 750. o As maiores compreendem as parótidas, submandibulares e sublinguais. Em condições normais não são visíveis. • Nos processos inflamatórios e na obstrução dos ductos salivares estas apresentam-se intumescidas e doloridas, especialmente durante estimulo mastigatório ou visual. >> A estimulação manual dessas glândulas, conhecida como “ordenha”, permite uma avaliação qualitativa e quantitativa da saliva, observando os seus pontos de drenagem (carúnculas lingual e parotídeas). • A drenagem de saliva com presença de grumos mucoides ou a redução ou a ausência de gota translúcida de saliva pode revelar doenças obstrutivas (sialólitos) e/ou infecciosas (sialodenites). Neoplasias benignas e malignas das glândulas salivares têm comportamento biológico semelhante – crescimento lento e insidioso, razão pela qual a suspeita deve ser avaliada com critério. • Dos tumores benignos de glândulas salivares, o adenoma pleomórfico é o mais comum, sendo a glândula parótida a de maior prevalência. • Dos malignos, o carcinoma mucoepidermoide está entre os mais prevalentes, especialmente nas glândulas menores.
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