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TETANO INTRODUÇÃO Doença infecciosa aguda, não contagiosa e grave. Causada pela ação de toxinas no sistema nervoso produzidas pelo bacilo Clostridium tetani. O Clostridium produz exotoxinas como a tetanolisina e tetanospasmina. Inoculada através de ferimentos contaminados. Doença de notificação compulsória imediata. Predomina no sexo masculino. PORTAS DE ENTRADA · Coto umbilical · Politrauma · Queimaduras · PAF · Tecidos necróticos · Mordeduras · Fratura exposta CLASSIFICAÇÃO Tétano acidental (localizado ou generalizado) Tétano neonatal até o 28º dia de vida. AGENTE ETIOLÓGICO Clostridium tetani bacilo gram positivo, anaeróbio. Apresenta-se em duas formas: esporo (forma mais resistente, a qual é encontrada na natureza) e vegetativa (responsável pela produção de neurotoxinas). FISIOPATOLOGIA Inoculação acidental do esporo na lesão formação da forma vegetativa na lesão. Liberação de neurotoxinas, como: tetanopasmina. TETANOPASMINA (toxina tetânica) transportada pelo SNP (neurônios motores) até SNC (transporte intraneural retrógado). Toxina liga-se na fenda pré-sináptica de neuronios inibitórios (inibe liberação de neurotransmissores inibitórios, como: GABA e GLICINA), inibindo a ação inibitória da placa motora. HIPEREXCITAÇÃO HIPERTONIA MUSCULAR. QUADRO CLÍNICO – TÉTANO LOCALIZADO OU GENERALIZADO Período de incubação: em média de 3 a 21 dias. Quanto menor o período de incubação, maior será a gravidade. Presença de contraturas musculares generalizadas ou localizadas, dolorosas e repetitivas. Desencadeadas e intensificadas por estímulos táteis, sonoros, luminosos, alta temperatura. O quadro clínico envolve tudo que envolva uso de musculatura: · Disfagia, rigidez cervical: hipertonia cervical. · Riso sardônico e trismo: hipertronia de masseteres · Face tetânica · Hipertonia de músculos reto-abdominais abdome em tabua. · Hipertonia de diafragma insuficiência respiratória · Contratura da musculatura dorsal opistótono · Febre baixa ou ausente · Nível de consciência preservado Sinais de disautonomia: · Hiperestimulação do SNA (aumento de catecolaminas) hiperatividade simpática. · Hipertensão, taquicardia, sudorese profusa, hipertermia, vasoconstrição periférica. · Bexiga neurogênica. Complicações: · Disautonomia · Insuficiência respiratória: espasmo laríngeo, restrição de expansibilidade. · Infecções secundárias. DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO Paciente com + 28 dias que apresente um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: · Trismo · Disfagia · Riso sardônico · Rigidez abdominal · Epistótono TÉTANO NEONATAL Contaminação do cordão umbilical por esporos do bacilo. Período de incubação: 2 a 28 dias. Geralmente surge após uma semana de nascimento ‘’Mal de 7 dias’’. Quadro clínico: · Dificuldade de sucção · Irritabilidade · Convulsões · Choro constante · Pseudo sorriso · Contratura muscular generalizada Mal prognostico. Está muito associada a baixa cobertura vacinal na gestação e precárias condições de higiene com o coto umbilical. A imunidade do RN é conferida pela vacinação adequada da mãe. Imunidade passiva e transitória nos primeiros 2 meses após nascimento. SÓ APARECE TÉTANO NEONATAL EM MÃES QUE NÃO REALIZARAM VACINAÇÃO CONTRA O TÉTANO. CASO SUSPEITO DE TÉTANO NEONATAL Todo recém-nascido que nasceu bem, sugou normalmente nas primeiras horas e, entre o 2º e o 28º dias de vida, apresentou dificuldade em mamar, choro constante, independentemente do estado vacinal da mãe, do local e das condições do parto. São também considerados suspeitos todos os óbitos, nessa mesma faixa etária, de crianças que apresentem essas mesmas características, com diagnóstico indefinido ou ignorado. DIAGNÓSTICO Clínico-epidemiológico Exames laboratoriais para possíveis complicações Letalidade: alta (40 a 50%) Faixa etária de maior risco: recém-nascidos e idosos. TRATAMENTO Cuidado na mobilização do paciente e controle do ambiente isolamento em quarto silencioso e escuro. Realizar debridamento do ferimento suspeito limpeza local. Manter a ferida aberta. Neutralização da toxina (imunização passiva): Soro antitetânico mais utilizado e mais encontrado. Antibioticoterapia: Penicilina G cristalina ou Metronizadol (mais utilizado na prática). Sedativos e miorrelaxantes: controle das contraturas: Analgesia opioides. Midazolam é o mais utilizado (EV). PROFILAXIA E IMUNIZAÇÃO ATIVA Vacina antitetânica presença da toxina tetânica inativada (IM). < 12 MESES: pentavalente (3 doses: 2,4 e 6 meses). Reforço aos 15 meses e 4 anos. CRIANÇAS 1 A 7 ANOS: DTP (3 doses, intervalo de 2 meses entre elas). CRIANÇAS >7 ANOS E ADULTOS: dT adulto: 3 doses (intervalos de 2 meses). Reforço a cada 10 anos. PROFILAXIA DO TÉTANO NEONATAL Imunização ativa das gestantes – vacina DTPa adulto: principal medida preventiva. 1ª dose a partir da 20ª semana de gestação ou no puerpério até 45 dias pós parto. 1 dose a cada gestação. PROFILAXIA DO TÉTANO ACIDENTAL
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