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Sistema Complemento

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Sistema 
Complemento
É um conjunto de proteínas circulantes e
de membrana celular que desempenham
papéis importantes na defesa do
hospedeiro contra microrganismos e na
lesão tecidual mediada por anticorpos.
Essas proteínas do complemento, auxiliam
e complementam a atividade
antimicrobiana dos anticorpos.
O sistema complemento pode ser ativado
pelos próprios microrganismos atuando na
imunidade inata ou pode ser ativado
também pelo anticorpos ligados aos
microrganismos atuando na imunidade
adquirida.
A ativação das proteínas do complemento
é através de clivagem proteolítica de
maneira sequencial dessas proteínas. A
clivagem ou ativação dessas proteínas
geram e amplificam moléculas efetoras
que vão participar no processo de
eliminação dos microrganismos. Esse
processo é muito bem regulado por
moléculas presentes nas células normais
do hospedeiro, impedindo que essa
ativação seja descontrolada.
Vias de Ativação do S. Complemento
Se inicia com a hidrolise de C3 em C3b
que vai se ligar ao microrganismo; 
C3b forma ligações covalentes com
proteínas e polissacarídeos do
microrganismo;
C3b liga-se ao fator B, formando o
complexo C3bBb;
Mais C3 é quebrada formando a C5
convertase.
Via Alternativa:
Alessandra Julião
É iniciada quando a IgM ou a IgG se ligam
aos antígenos;
A porção Fc do anticorpo se liga a
proteína C1, e a proteína C1 ativa, faz a
clivagem de C2 e C4;
C4 permanece ligada a porção Fc do
anticorpo e cliva C2 para formação do
complexo C4b2a;
Este complexo quebra C3 em C3b que
liga ao microrganismo e se liga também
ao complexo C4b2a formando a C5
convertase.
Via Clássica:
Se inicia com a ligação da lectina ligante
da manose plasmática (MBL, do inglês,
mannosebinding lectin) aos
microrganismos;
A MBL se liga a proteína C4;
C4 cliva C2 para formação do complexo
C4b2a;
Este complexo quebra C3 em C3b que
liga ao microrganismo e se liga também
ao complexo C4b2a formando a C5
convertase.
Via das Lectinas:
Alessandra Julião
Etapa final e formação do MAC
A etapa final se inicia com a ligação da C5
a C5 convertase;
A C5 é lisada, dando origem a C5b;
C6, C7, C8 e C9 ligam-se em sequencia ao
complexo C5b;
A última proteína, a C9 se polimeriza e
forma um poro na membrana do
microrganismo;
O poro permite passagem de água e íons
que vai causar a morte do microrganismo.
Complexo de ataque a membrana (MAC)
 Este poli-C9 é o componente-chave do
complexo de ataque de membrana (MAC, do
inglês, membrane attack complex), e sua
formação é o resultado final da ativação do
complemento.
Funções do Sistema Complemento
 O sistema complemento desempenha um
papel importante na eliminação de
microrganismos durante as respostas
imunes inatas e adaptativas.
Além da formação do MAC para morte
do microrganismo, outras funções são
associadas ao sistema complemento
como:
Opsonização e Fagocitose;
Citólise osmótica mediada por
complemento;
Estimulação de reações de
inflamação;
Estimulação da resposta humoral.
Deficiências Associadas ao 
S. Complemento
As deficiências hereditárias das proteínas
do complemento são causas de doenças
em seres humanos;
A deficiência de C3 resulta em uma
profunda suscetibilidade a infecções e,
geralmente, é fatal no início da vida;
As deficiências das proteínas iniciais da via
clássica, C2 e C4 podem resultar na
suscetibilidade a infecções, ou são
associadas a uma incidência elevada de
lúpus eritematoso sistêmico;
As deficiências de C9 e a formação do
MAC resultam no aumento da
suscetibilidade a infecções por Neisseria;
A deficiência hereditária da properdina
proteica de via alternativa também
provoca suscetibilidade elevada à infecção
bacteriana.
Alessandra Julião
Regulação do Sistema Complemento
Proteínas envolvidas na regulação do
complemento:
O fator de aceleração do decaimento
(DAF, do inglês, decay-accelerating
factor), inibe ao final das vias a
formação da proteína C3;
O cofator proteico de membrana
(MCP, do inglês, membrane cofator
protein) serve como cofator para
proteólise de C3b em fragmentos
inativos;
Inibidor C1 (C1 INH) suspende
precocemente a ativação do
complemento, no estágio da ativação
de C1.
 As células dos mamíferos expressam
proteínas regulatórias que inibem a ativação
do complemento, impedindo, assim, uma
lesão das células do hospedeiro mediada pelo
complemento.
Referências Bibliográficas:
ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN,
Andrew H.. Imunologia:Celular e
Molecular. 9 ed. Rio De Janeiro: Editora
Elsevier Ltda, 2019.
ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN,
Andrew H.. Imunologia básica: Funções e
distúrbios do sistema imunológico. 4 ed. Rio
De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2013.
Alessandra Julião

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