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Aula_02 remuneraçao e salario 2

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DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 1 
 
 
Direito Tutelar do Trabalho 
Aula 02: Remuneração e salário II 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 2 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
A presente aula terá como escopo as parcelas específicas que compõem a 
remuneração, bem como serão apresentados benefícios percebidos pelo empregado 
e a incidência do Imposto de Renda e INSS nessas parcelas. 
 
Nesta aula você verá, especificamente, os seguintes temas: do adicional noturno, 
do adicional de insalubridade, do adicional de periculosidade, vale- transporte, vale 
refeição, auxílio creche, FGTS, participação nos Lucros e Resultados, 13º salário, 
parcelas sujeitas ao IRRF e INSS. 
 
Objetivo: 
1. Estudar o adicional noturno, o de insalubridade e o de periculosidade que compõem 
o salário/remuneração do empregado; 
2. Analisar os benefícios do vale-transporte, vale-refeição e auxílio creche, bem como 
o FGTS, Participação nos Lucros e Resultados e 13º salário, e a incidência do 
Imposto de Renda e INSS, nas parcelas salariais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 3 
Conteúdo 
 
 
Do adicional noturno 
Para falar sobre direito do trabalho, uma dos principais pontos é o cálculo da hora 
de trabalho. Veja a diferença entre trabalhadores urbanos, rurais, advogados e 
médicos. 
 
Para os empregados urbanos, a duração da hora noturna é de 52 minutos e 30 
segundos (artigo 73, § 1o, CLT). 
 
Para os empregados rurais, por não haver previsão específica do tamanho da hora 
noturna, alguns como Valentin Carrion e Sérgio Pinto Martins entendem que o 
tamanho da hora noturna é o da hora normal, de sessenta minutos (embora o 
princípio isonômico sugira o oposto (artigo 5o, caput, CRFB/88)), afirmando o 
segundo autor que o adicional de 25% da hora noturna, maior que o dado aos 
empregados urbanos, compensaria a inexistência para os rurais de hora noturna 
menor que a hora solar. 
 
Esse argumento também é usado por este último autor para não aplicar a hora 
noturna reduzida para os advogados, que também têm adicional de 25% pelo artigo 
7o, parágrafo único da Lei no 8.906/94 (página acima citada). 
 
Para os empregados urbanos, a jornada de trabalho vai das vinte e duas horas de 
um dia às cinco horas do dia seguinte (artigo 73, § 2o, CLT). 
 
Para os rurais, a jornada noturna tem outra dimensão: se o empregado rural 
trabalhar em atividade agrícola, a jornada de trabalho vai das vinte e uma horas 
de um dia às cinco horas do dia seguinte, enquanto que, se trabalhar em atividade 
pecuária, a jornada de trabalho irá das vinte horas de um dia às quatro horas do 
dia seguinte (artigo 7o, Lei no 5.889/73). 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 4 
Quanto aos advogados, a jornada de trabalho possui tamanho ainda maior: das 
vinte horas de um dia até às cinco horas do dia seguinte (artigo 20, § 3o, Lei no 
8.906/94). 
 
Quanto ao adicional noturno, o mesmo tem tamanho de vinte por cento sobre a 
hora diurna para os empregados urbanos (artigos 73, caput, CLT), e de vinte e cinco 
por cento sobre a hora diurna, para os rurais e advogados (artigo 20, § 3o, Lei no 
8.906/94 e artigo 7o, parágrafo único, Lei no 5.889/73). 
 
Para os médicos, o adicional noturno será de vinte por cento sobre a hora diária nas 
horas referentes ao trabalho noturno (artigos 8º, § 4º, e 9º, Lei n.º 3.999/61). 
 
Vale ressaltar que, quanto ao turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a 
literalidade do artigo 73, caput da CLT, não é cabível o pagamento de adicional 
noturno para tal categoria, razão pela qual, em havendo interpretação que conceda 
tal direito nesta situação, não o será interpretando a letra da lei, mas sim por meio 
de interpretação teleológica e sistemática que, considerando as demais normas do 
ordenamento jurídico e os objetivos principais das mesmas, entenda pela invalidade 
de tal comando. 
 
Foi o que fez o STF por meio da Súmula no 213 e o TST, por meio da Súmula no 
130. A razão para isto é explicada por José Martins Catharino e por Délio Maranhão: 
a CLT não poderia ter ferido a garantia constitucional do adicional noturno, que é a 
de proteger a pessoa do trabalhador quando labore entre as vinte e duas horas de 
um dia e as cinco do dia seguinte, seja qual for o tipo de trabalho. 
 
E se houver mudança do turno noturno para o turno diurno, o adicional 
continuará a ser pago pelo empregador? 
A resposta é não, pois como todo adicional é pago a título precário, ou seja, ele 
integra o salário enquanto perdurar a situação excepcional, mas não se integra ao 
salário do empregado. Assim, conforme a Súmula no 265 do TST, o adicional 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 5 
noturno pode ser suprimido se o empregado passa a trabalhar de dia, não 
importando o tempo de serviço junto ao empregador. 
 
Além do adicional noturno, a lei também garante aos trabalhadores o direito ao 
adicional por insalubridade e periculosidade. Veja como esse direito se dá. 
 
Do adicional de insalubridade. Do adicional de periculosidade. 
De acordo com o artigo 192, CLT, o adicional de insalubridade é de 10%, 20% ou 
40% do salário-mínimo, considerando uma insalubridade em grau mínimo, médio e 
máximo, respectivamente. 
 
Porém, há dois argumentos levantados contra o artigo citado. 
 
 
1. Vedação da vinculação do salário-mínimo para qualquer fim (artigo 7o, IV, 
CRFB/88). 
 
Do adicional de insalubridade 
Sobre a vedação da vinculação do salário-mínimo para qualquer fim (artigo 7o, IV, 
CRFB/88), tanto Arnaldo Süssekind como Sérgio Pinto Martins estatuem que ele não 
tornaria inconstitucional o artigo 192 da CLT (o segundo autor sustenta que tal 
vedação de vinculação se dá apenas para evitar a indexação da economia e o uso 
de tal verba para fins estranhos ao seu objetivo), no que concorda com o STF: 
 
“CONSTITUCIONAL. TRABALHO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: SALÁRIO-
MÍNIMO. C.F., art. 7º, IV. I. - 
O que a Constituição veda, no art. 7º, IV, é a utilização do salário-mínimo para 
servir, por exemplo, como fator de indexação. O salário-mínimo pode ser utilizado 
como base de incidência da percentagem do adicional de insalubridade. Precedentes 
do STF: Ags. 169.269 (AgRg)- MG e 179.844 (AgRg)-MG, Galvão, 1ª Turma; Ags. 
177.959 (AgRg)-MG, Marco Aurélio, 2ª Turma e RE 230.528 (AgRg)- 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 6 
 
MG, Velloso, 2ª Turma. II. - Agravo não provido.” (STF, RE 230688AgR/SP, Segunda 
Turma, Relator Ministro Carlos Mário Velloso, Data da decisão 18/06/2002, DJU Data 
02/08/2002, página 1.109). 
 
 
2. Intenção do artigo 7o, XXIII, CRFB/88 de alterar a base de cálculo da verba para 
a remuneração. 
 
Do adicional de insalubridade 
O segundo argumento levantado sobre o adicional de insalubridade lida com o artigo 
7o, XXIII, da mesma Constituição, que fala em adicional de remuneração sobre as 
atividades insalubres, na forma da lei. Süssekind (Instituições..., v.2, 
p. 925) entende que tal artigo teria a intenção de alterar a base de cálculo da verba 
para a remuneração, mas que dependeria de legislação nova a respeito, ao passo 
que Sérgio Pinto Martins (Direito do Trabalho, p. 208) entende que a Constituição, 
em nenhum momento, foi técnica para falar que o adicional era sobre a 
remuneração. Ele usou a palavra remuneração em seu sentido comum, o de pagar 
o serviço realizado, e não de indexar a verba considerando base de cálculo mais 
larga. 
 
O argumento desse autor, contudo, prova exatamente o oposto daquilo que ele 
quer realizar. Justamente por ser a Constituição um documento escrito para o povo, 
é que ela não exprime tecnicamente aquilo que seus objetivos e direitos (artigos 1o 
a 11) desejam, razão pela qual o princípio da concordância prática ordena que o 
artigo 7o XXIII seja interpretado de forma a maximizar seus efeitos, elevando-se a 
base de cálculo de tal verba, tanto mais porque esta verba objetiva inibir o trabalho 
insalubre e garantir o direito à vida (art. 5o, caput, CRFB/88). 
 
O TST mantém-se em prol do salário-mínimo legal como base de cálculo do adicional 
de insalubridade (Enunciado228 do TST), sendo que, após o cancelamento do 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 7 
Enunciado no 17, o salário-mínimo seria sempre o legal, mesmo se a categoria 
o tivesse fixado maior. Contudo, tal posição foi alterada com a Resolução n.o 
121/2003, que restaurou o enunciado no 17. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 8 
 
O Adicional de Insalubridade, pago em caráter permanente, integra a remuneração 
para o cálculo de indenização? 
 
A resposta é sim, segundo a CLT (artigo 457, § 1º) e o TST (Enunciado n.º 139). 
 
Deve ficar claro que o adicional de insalubridade, como adicional pago em razão de 
situação excepcional, teoricamente não é incorporado ao salário, vez que isto lhe 
daria um caráter contraprestativo que admitiria o trabalho em condições que 
degradam o ser humano, o que o Direito do Trabalho sempre tentou evitar, pela 
malignidade deste tipo de trabalho ao corpo do empregado (vide, por todos, Arnaldo 
Süssekind, Instituições..., v.1, p. 450). 
 
Assim, suprimido o caráter insalubre do trabalho, entende o TST, com base na CLT 
(artigo 194) pela possibilidade de supressão da indenização (Enunciado nº 80). 
 
Ocorre, contudo, que se o empregador demanda este tipo de trabalho 
cotidianamente de seu empregado, não pode alegar este raciocínio para pagar as 
verbas trabalhistas apenas com base no salário-base do empregado, pois, em assim 
agindo, estaria invocando a sua própria torpeza na defesa de seu direito. 
 
Por esta razão, portanto, feliz a redação do artigo 457, § 1º, da CLT, ao inserir os 
adicionais (dentre eles o de insalubridade) no cálculo do salário (conceito mais 
restrito que o de remuneração) e, desta forma, permitindo a sua inserção em todas 
as verbas trabalhistas. 
 
 
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A quem incumbe caracterizar a existência das condições de riscos ambientais do 
contrato de trabalho na reclamação trabalhista que justifique o pedido de 
insalubridade? 
 
Diz o artigo 195 que a caracterização das atividades insalubres e perigosas se dará 
por perícia a cargo de médico do trabalho ou engenheiro do Trabalho. 
Considerando-se a natureza de ambas (condições de trabalho que lesam a 
integridade físico-psíquica do empregado, quanto à insalubridade, e risco de morte, 
quanto à periculosidade, e em atenção à ordem das palavras no artigo, entende 
Arnaldo Süssekind (Instituições..., v.2, p. 927) que caberia ao Médico do Trabalho 
tratar da comprovação do trabalho insalubre e ao Engenheiro do Trabalho, do 
trabalho perigoso. Entretanto, a razão assiste à Valentin Carrion (Comentários..., 
pp. 196-197): sem detalhar em que casos cada um dos dois executa a perícia, 
desejou o legislador que a mesma seja realizada, em cada caso, por aquele que 
tenha a gama de conhecimentos técnicos necessária ao seu êxito, cabendo, 
inclusive, a participação de ambos, se a complexidade e importância do caso o 
exigirem. Daí a elaboração da OJ n.o 165 da SD-1 do TST, afirmando que qualquer 
um dos dois profissionais pode fazê-lo, se qualificado para tal. 
 
Quanto ao adicional de periculosidade, vide o artigo 193, § 1o, CLT. Contudo, o 
Enunciado 191 do TST foi alterado pela Resolução nº 121/2003 do TST, de forma 
que, se em geral tal adicional ainda incide sobre o salário básico, para os 
eletricitários o adicional deverá incidir sobre todas as parcelas de natureza salarial. 
 
Do Vale-transporte 
Natureza Jurídica 
Art. 2°, alínea “a” – da lei 7418/85 – sem natureza salarial. 
 
 
Requisitos para concessão 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 10 
Regulamentado pelo Art. 7º do Decreto 95247/85. 
 
O endereço residencial e os meios de transporte mais adequados para os 
deslocamentos devem ser feitos por escrito. Porém, segundo Sussekind, Valentin 
Carrion e Vólia Bomfim, como a lei não exigiu tais informações por escrito, o decreto 
não poderia fazê-lo. Conclui-se, portanto, que o empregador não se exime de 
conceder o vale-transporte sob o argumento de que o empregado não informou o 
itinerário e endereço. 
 
Pagamento em dinheiro ou não 
Decreto 95247/87 – art. 5° - proíbe em dinheiro, salvo se houver “falta ou 
insuficiência de estoque de Vale-Transporte, necessário ao atendimento da 
demanda e ao funcionamento do sistema, o beneficiário será ressarcido pelo 
empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente, quando 
tiver efetuado, por conta própria, a despesa para seu deslocamento.” 
 
Leia mais algumas especificidades sobre o vale-transporte. 
 
 
Do adicional de insalubridade 
O Adicional de Insalubridade pago em caráter permanente integra a remuneração 
para o cálculo de indenização? 
 
A resposta é sim, segundo a CLT (artigo 457, § 1o) e o TST (Enunciado n.o 139). 
Deve ficar claro que o adicional de insalubridade, como adicional pago em razão de 
situação excepcional, teoricamente não é incorporado ao salário, uma vez que isso 
lhe daria um caráter contraprestativo que admitiria o trabalho em condições que 
degradam o ser humano, o que o Direito do Trabalho sempre tentou evitar, pela 
malignidade deste tipo de trabalho ao corpo do empregado (vide, por todos, Arnaldo 
Süssekind, Instituições..., v.1, p. 450). 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 11 
Assim, suprimido o caráter insalubre do trabalho, entende o TST, com base na CLT 
(artigo 194) pela possibilidade de supressão da indenização (Enunciado n.o 80). 
Ocorre, contudo, que se o empregador demanda esse tipo de trabalho 
cotidianamente de seu empregado, não pode alegar esse raciocínio para pagar as 
verbas trabalhistas apenas com base no salário-base do empregado, pois, em assim 
agindo, estaria invocando a sua própria torpeza na defesa de seu direito. 
 
Por esta razão, portanto, feliz a redação do artigo 457, § 1o, da CLT, ao inserir os 
adicionais (dentre eles o de insalubridade) no cálculo do salário (conceito mais 
restrito que o de remuneração) e, desta forma, permitindo a sua inserção em todas 
as verbas trabalhistas. 
 
Vale-Refeição 
Em regra, a alimentação não é salário utilidade. Os percentuais só podem ser 
descontados se a alimentação for oferecida tanto com base no salário-mínimo como 
no salário-base (Portaria 19/52 do MTPS). 
 
Se houver desconto, não é utilidade. Se não descontar e for inscrito no PAT 
(Programa de Alimentação do Trabalhador), também não será utilidade. Costuma 
vir escrito no tíquete refeição que a empresa é filiada ao PAT. 
 
Logo, só será utilidade se não descontar e se a empresa não for filiada ao PAT. Lei 
nº 3030/56 – tíquete ou alimentação fornecida pelo empregador. 
 
Art. 1º da Lei 3030/56 - Para efeitos do art. 82 do Decreto-lei nº. 5.452, de 1º 
de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho), os descontos por 
fornecimento de alimentação, quando preparada pelo próprio empregador, 
não poderão exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do salário- mínimo. Obs: 
onde está 25% leia-se 20% (art. 458 da CLT modificou). 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 12 
Alguns doutrinadores entendem que essa lei não foi recepcionada, pois fala em 25% 
e não em 20%, logo, poderia ser descontado com base no salário-base. Outros 
entendem que o artigo continua em vigor, devendo ser descontado 20% do salário-
mínimo. 
 
De acordo com essa lei, as empresas “poderão deduzir, do lucro tributável para fins 
do imposto sobre a renda, o dobro das despesas comprovadamente realizadas no 
período base, em programas de alimentação do trabalhador, previamente 
aprovados pelo Ministério do Trabalho”, limitando essa dedução a 5% ou 10% (vide 
art. 1º, §1º). 
 
As empresas podem estender o benefício aos empregados por elas dispensados, 
bem como estender aos empregados que estejam com seus contratos de trabalho 
suspensos em virtude de participação em cursos ou programas de qualificação 
profissional, limitada a extensão respectivamente ao período de 6 meses e 5 meses. 
 
• Dedução do imposto de renda - art. 6° do Decreto 5/91 - No PAT, as parcelas 
pagas in natura pela empresa não têm natureza salarial, logo não há rendimento 
tributável do trabalhador,mas para a empresa haverá. 
 
• Vigência da adesão - 1° de janeiro a 31 de março - prazo para a adesão 
(antigamente) e tinha que ser renovada todo ano no mesmo período. Agora, 
portaria interministerial nº 5/99 do MTE – art. 3° (vigência indeterminada, isto é, 
não há prazo para a adesão). 
 
FGTS 
O FGTS está previsto na CRFB/88, em seu art. 7º, inciso III, e também na Lei 
8.036/90 e no Decreto 99.684/90 (regulamento). 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 13 
A grosso modo, o FGTS funciona como uma poupança em favor do 
trabalhador e serve também para financiar a aquisição de moradia pelo 
Sistema Financeiro da Habitação. 
 
De acordo com o inciso XXXIV, art. 7º da CFRB/88, o FGTS também é devido aos 
avulsos. 
 
O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, 
composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades 
governamentais, cuja competência encontra-se no artigo 5º da Lei 8.036/90. A CEF 
é o órgão gestor (artigo 7º da Lei 8.036/90). 
 
Os depósitos referem-se a 8% da remuneração do trabalhador (não só do salário – 
vide Instrução Normativa 25/2001 do MTE, artigo 12, para as parcelas que servem 
de base de cálculo do FGTS, e para as parcelas que não servem de base de cálculo 
vide artigo 13, bem como artigo 28, §9º da Lei 8.212/91 e artigo 27, § único do 
Decreto 99.684/90) e devem ser feitos pelo empregador até o dia 7 de cada mês 
(artigo 15 da Lei 8.036/90). 
 
Caso o FGTS seja deferido judicialmente, receberá a correção normal dos débitos 
trabalhistas (vide OJ 302 da SDI1 do TST) e não os 3% ao ano previstos em lei 
(artigo 13 da Lei 8.036/90). 
 
O FGTS incide sobre a remuneração do: 
• Empregado e avulso - 8%; 
• Diretor não empregado - pode ser equiparado aos demais trabalhadores sujeitos 
ao regime do FGTS (art. 16 da Lei 8.036/90); 
• Aprendiz - 2% (artigo 15 § 7º da Lei 8.036/90); 
• Doméstico - facultativo - 8% (art. 3º-A Lei 5.859/72). 
 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 14 
Nos contratos de trabalho declarados nulos pelo judiciário em virtude de ausência 
de concurso público, o FGTS continua sendo devido, conforme art. 19- A da Lei 
8.036/90 e Súmula 363 do TST. 
 
Em caso de acidente do trabalho e prestação de serviço militar, os depósitos do 
FGTS continuam devidos (art. 4º, § único da CLT). 
 
Com relação à indenização de 40%, esta é devida em caso de dispensa sem justa 
causa ou rescisão indireta. Contudo, em caso de culpa recíproca ou força maior, o 
percentual cai pela metade, 20% (Art. 18, § 2º da Lei 8.036/90). Se for mandado 
embora por justa causa, terá direito ao FGTS, mas não terá direito ao saque. 
 
Do adicional de insalubridade 
A quem incumbe caracterizar a existência das condições de riscos ambientais do 
contrato de trabalho na reclamação trabalhista que justifique o pedido de 
insalubridade? 
 
Diz o artigo 195 que a caracterização das atividades insalubres e perigosas se dará 
por perícia a cargo de médico do trabalho ou engenheiro do Trabalho. 
Considerando-se a natureza de ambas (condições de trabalho que lesam a 
integridade físico-psíquica do empregado, quanto à insalubridade, e risco de morte, 
quanto à periculosidade, e em atenção à ordem das palavras no artigo, entende 
Arnaldo Süssekind (Instituições..., v.2, p. 927) que caberia ao Médico do Trabalho 
tratar da comprovação do trabalho insalubre e ao Engenheiro do Trabalho, do 
trabalho perigoso. Entretanto, a razão assiste à Valentin Carrion (Comentários..., 
pp. 196-197): sem detalhar em que casos cada um dos dois executa a perícia, 
desejou o legislador que a mesma seja realizada, em cada caso, por aquele que 
tenha a gama de conhecimentos técnicos necessária ao seu êxito, cabendo, 
inclusive, a participação de ambos, se a complexidade e importância do caso o 
exigirem. Daí a elaboração da OJ n.o 165 da SDI-1 do TST, afirmando que qualquer 
um dos dois profissionais pode fazê-lo, se qualificado para tal. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 15 
 
Participação nos lucros ou resultados 
O instituto da participação nos lucros da empresa é atualmente previsto no artigo 
7°, inciso XI, da Constituição de 1988. Está previsto no Título II, que versa acerca 
dos direitos e garantias fundamentais, na subdivisão que trata dos direitos sociais. 
 
No nível infraconstitucional, está prevista na Lei nº 10.101/2000 e seus principais 
pontos são os seguintes: 
 
A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa 
e seus empregados, mediante comissão paritária escolhida pelas partes ou através 
de convenção ou acordo coletivo. 
 
Este benefício não “substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer 
empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não 
se lhe aplicando o princípio da habitualidade” (vide Súmula cancelada 251 do TST). 
 
É vedado distribuir os lucros mais de 2 vezes por ano e em periodicidade inferior a 
1 trimestre. 
 
Os trabalhadores rurais empregados de empresas pessoas jurídicas também fazem 
jus à participação nos lucros ou resultados da empresa, conforme determina a Lei 
nº 10.101/2000. 
 
FGTS 
a) Prescrição do FGTS 
É trintenária (súmulas 206 e 362 do TST e súmula 210 do STJ). 
 
 
b) Parcelas que sofrem incidência do FGTS 
• Hora extra (súmula 63, 593 do STF); 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 16 
• aviso prévio (súmula 305 do TST); 
• multa de 40% (OJ 42 da SDI1 do TST); 
• transferência para o exterior (OJ 232 da SDI1 do TST); 
• aposentadoria espontânea (OJ 361 da SDI1 do TST). 
 
 
b) Parcelas que não sofrem incidência do FGTS 
• Férias indenizadas (não incide – OJ 195 da SDI1 do TST); 
 
• RSR (OJ 394 da SDI1 do TST). 
 
 
d) Hipóteses para movimentação do FGTS - art. 20 da Lei 8.036/90 
Obs.: De acordo com o art. 2º, § 2º da lei 8036/90, as contas vinculadas do FGTS 
são absolutamente impenhoráveis, não podendo ser movimentada nem mesmo em 
pedido cautelar ou de antecipação de tutela, conforme prevê o art. 29-B da referida 
lei. 
 
e) Indenização por tempo de serviço - art. 477 e 478 da CLT 
Após a CF/88, os contratos de trabalho não fazem jus ao pagamento da indenização 
prevista no art. 477, caput, da CLT. O artigo ainda está em vigor para os contratos 
de trabalho anteriores a CF/88, desde que o trabalhador não tenha optado pelo 
FGTS. 
 
De acordo com esse artigo, o empregado que trabalhou durante 6 (seis) meses não 
terá direito a esta indenização. 
 
Se o empregado trabalhou durante 6 (seis) anos e 10 (dez) dias e foi dispensado 
por justa causa, ele terá direito à indenização por tempo de serviço (art. 477, caput 
da CLT)? 
O empregado não terá direito a indenização do art. 477, caput da CLT. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 17 
 
 
E no pedido de demissão? Há divergência. 
Resilição = pedido de demissão = sem justa causa Resolução = contrato nulo 
Rescisão = justa causa 
 
 
Culpa recíproca? 
Por analogia meio a meio. 
 
Rescisão: se opera quando há lesão contratual, ou seja, quando há, por uma das 
partes, descumprimento das cláusulas contratuais. Exemplificando: justa causa por 
parte do empregado (artigo 482 da CLT) ou pelo empregador (artigo 483 da CLT). 
 
Resilição: quando há a declaração de uma ou ambas as partes de forma 
convencional. Tem-se como exemplo o fim do contrato por prazo determinado. 
 
Resolução: opera quando uma das partes se vale do Poder Judiciário para colocar 
fim à relação de emprego. Um exemplo clássico é a rescisão indireta (artigo 483). 
 
Cessação: concretiza-se pelo término da relação contratual em razão do óbito de 
uma das partes - empregado ou empregador. Há divergência. 
 
f) Estabilidade Decenal - art. 492 da CLT 
Se não for optante do FGTS e tiver + 10 (dez) anos poderemos falar em falta grave. 
Portanto, falta grave só é cabível para os não optantes. 
Antes da CF/88, o empregado trabalhou durante 2 meses (não optante) e veio a 
CF/88. Como fica a estabilidade? Ele terá direito adquirido à estabilidade – no caso 
de completar 10 anos no emprego mesmo após a CF/88. 
 
STFentende que o empregado teria direito adquirido se adquirir o prazo de 10 anos. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 18 
 
Para finalizar as principais características do FGTS, veja um exemplo: 
 
 
O empregado trabalhou durante 12 anos como não optante e se tornou optante 
com a CF/88. 
 
1) Como fica o seu FGTS? 
 
A empresa terá que depositar os 12 anos (retroativos) e a partir da opção pelo FGTS 
tem que depositar obrigatoriamente. 
 
2) Como fica a sua Estabilidade? 
Continua com a estabilidade, mesmo após a opção pelo FGTS, pois é direito 
adquirido. 
 
3) Como fica a sua indenização? 
Como ele foi optante do FGTS, não fará jus à indenização. 
O TST entende que se ele não optou durante um prazo razoável, o empregado abriu 
mão da opção e, sendo assim, continuou como não optante. 
 
13° Salário ou Gratificação Natalina 
A gratificação natalina surgiu da prática e do costume de presentear o empregado 
no final do ano. Com isso, a lei incorporou essa prática e instituiu o 13° salário, 
tornando-o compulsório. E por causa disso, surgiu na doutrina uma grande 
polêmica: será que tendo o 13° salário o caráter compulsório, ele não perdeu a 
natureza de gratificação? Pois como já vimos a gratificação é parcela espontânea. 
A cada mês ou fração superior a 14 dias (15 dias em diante), o empregado terá 
direito a 1/12 avos do benefício, salvo se for dispensado por justa causa. Para os 
que recebem remuneração variável, deve ser feita a média duodecimal. 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 19 
13º salário ou Gratificação Natalina 
• O 13º Salário é pago, convencionalmente, em duas parcelas, sendo a 1ª entre 
os meses de Fevereiro e Novembro de cada ano e a 2ª até o dia 20 de 
Dezembro. 
 
• Caso o empregado tenha recebido o adiantamento do 13° e seja dispensado 
por justa causa antes do término do exercício, de acordo com o arts. 1° e 3° 
da lei 4749/65, o empregador pode compensar, total ou parcialmente, o valor 
adiantado, entendendo a corrente majoritária que esta compensação não incide 
correção monetária. 
• 
• Em regra, o cálculo do trezeno se faz pela remuneração do mês anterior ao 
pagamento do décimo terceiro. Todavia, o TST vem entendendo, em algumas 
decisões, que o décimo terceiro deverá ser calculado com base na média da 
remuneração dos 6 meses anteriores. 
• 
• Algumas empresas têm agido da seguinte forma: no mês anterior ao 
adiantamento do 13° salário, retiram as horas extras, as comissões e as 
gratificações, o que acarreta em uma diminuição do valor a ser recebido pelo 
empregado. 
• 
• Quanto às comissões, as mesmas devem ser primeiramente corrigidas 
monetariamente para somente após obter-se a média para cálculo do 13º 
salário (OJ 181 da SDI1 do TST). 
• 
• O empregado, no mês de janeiro, deve comunicar ao seu empregador que quer 
adiantamento referente ao 13º salário quando for gozar suas férias. 
• 
• As faltas decorrentes de acidente de trabalho não são consideradas para efeito 
do pagamento do 13º salário (Súmula 46 do TST). 
• 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 20 
• A despedida com justa causa não acarreta perda de todos os trezenos 
proporcionais, mas apenas daquele correspondente ao ano em que ocorreu a 
resolução contratual. Ex.: o empregado trabalhou de fevereiro de 2005 a março 
de 2006, quando houve a dispensa por justa causa. Esse trabalhador terá direito 
ao 13° salário proporcional do exercício de 2005 (11/12 avos), mas não terá 
direito a essa parcela referente ao ano de 2006, porque aquele direito já tinha 
sido adquirido enquanto este (referente ao ano de 2006) ainda não. 
 
• Quanto ao pedido de demissão do empregado, o 13º salário continua devido 
(Súmula 157 do TST), o mesmo ocorrendo quando for reconhecida a culpa 
recíproca (Súmula 14 do TST). 
 
• Sobre a gratificação natalina incide apenas o FGTS e o INSS. Entretanto, como 
o 13° salário é calculado sobre toda a gama salarial, as demais parcelas, quando 
pagas habitualmente, integram a remuneração para pagamento do trezeno 
(Súmula 45, 60, 139 do TST). 
 
Exemplos: 
1. O empregado recebe, em maio, o adiantamento de seu 13° no valor de R$ 
500,00, correspondente à metade do salário desse mês. Entretanto, seu salário 
é reajustado em novembro para R$ 1.200,00 e, por isso, em dezembro recebe 
o valor de R$ 600,00, que corresponde à metade do valor do seu novo salário. 
O empregado tem direito a diferença de R$ 100,00 no valor pago em maio? 
 
Existem duas posições: 
Para a primeira vertente, o empregado não terá direito, pois na época do pagamento 
do adiantamento, este correspondeu exatamente ao salário devido na época. 
 
Para a segunda vertente, entende que deve prevalecer o valor do salário de 
dezembro, já que a lei nº 4090 menciona que o valor do trezeno é igual ao salário 
de dezembro de cada ano, tendo que ser paga a diferença. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 21 
OBS: ex.: empregado trabalhou de 03/02/2007 à 20/03/2011 2007 – 11/12 avos 
2008 – 12/12 avos 
2009 – 12/12 avos 
2010 – 12/12 avos 2011 – 3/12 avos 
Ex. admitido em 10 de dezembro – 1/12 avos Ex. admitido em 17 dezembro – não 
recebe 13° 
 
1. Janeiro a abril (auxílio doença até 14 de dezembro) quem paga o 13° Salário? 
Empregador 
 
2. Entra em licença em 04 de novembro – até 13 de abril do ano seguinte? INSS 
 
No caso de Auxílio Doença e 13° salário, existem duas correntes a serem estudadas: 
1ª. Deve ser pago proporcionalmente pelo empregador nos 15 primeiros dias da 
doença, sendo o restante do valor de encargo da previdência (arts. 40 c/c 60 da Lei 
8213/91). 
 
2ª. A responsabilidade será integral da empresa (quando o empregado voltar antes 
do pagamento do 13°). Ex.: o acidentado volta a trabalhar no dia 02 de novembro, 
sendo a responsabilidade pelo pagamento do empregador. Vale ressaltar que, caso 
o INSS tenha adiantado parte do 13°, o empregador se aproveitará disso, pagando 
apenas a segunda metade do 13° e não precisando restituir o INSS. Vale lembrar 
que, quando acaba o auxílio doença, extingui-se o vínculo, para este caso, entre o 
INSS e o “ex acidentado”. 
 
A responsabilidade será integral do INSS (quando o empregado entrar em auxílio 
doença e não tiver passado o prazo para o pagamento do 13°). Ex.: empregado 
entra em auxílio doença no dia 02 de novembro e assim fica por todo dezembro; o 
INSS terá a responsabilidade de pagar todo o 13° do acidentado. Neste caso, 
também, o INSS pode se aproveitar do pagamento já efetuado pelo empregador 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 22 
(pagamento da metade do 13°), restando ao INSS o pagamento apenas da segunda 
parte do 13°. 
 
Tabela de incidência de INSS, FGTS e Imposto de Renda e legislação correlata 
Tabela de incidência de INSS, FGTS e Imposto de Renda e legislação correlata 
 
 
RUBRICAS 
INCIDÊNCIAS 
INSS FGTS IR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abo
no 
 
 
 
de qualquer 
natureza, salvo o 
de férias 
 
Incide Art. 
28, I, 
Lei nº 
8.212/91 e 
§ 1º, art. 
457 da 
CLT 
 
 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
pecuniário de 
férias 
 
Não 
Incide. 
Arts. 28, 
§9º, e, 6 
da Lei nº 
8.212/91 
 
 
Não Incide. 
Art. 144 da 
CLT 
 
 
Não Incide. 
Art. 143 da CLT 
 
Adicionais 
(Insalubridade, 
periculosidade, 
noturno, de função e 
tempo de serviço, de 
f ê 
 
 
Incide. 
Art. 28, I, 
da Lei nº 
8.212/91, 
Súmula 
 d 
 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90, 
Súmulas 
 d 
 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 23 
Acidente do Trabalho 
(Quinze primeiros dias 
de afastamento pagos 
pela empresa) 
Incide. 
Art. 28, I, 
da Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
Acidente do Trabalho 
(Período do 
afastamento, 
decorrente ao 
afastamento 
previdenciário) 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, "a" 
da Lei nº 
Incide. 
Art. 28, III 
do Decreto 
nº 
99.684/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
Acidente do Trabalho 
(Complementação até o 
valordo salário, desde 
que este direito seja 
extensivo à totalidade 
dos empregados da 
 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, e, n 
da Lei nº 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Lei nº 7.713/88, arts. 
3º e 7º 
 
 
 
 
 
 
Ajud
a de 
Cust
o 
 
 
 
até 50% do 
salário 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, g, da 
Lei nº 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Decreto 3.000/99 – 
Art. 
39 
 
 
 
acima de 50% 
 
Incide. 
Art. 28, I, 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Não Incide. 
Decreto 3.000/99 – 
Art. 
39 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 24 
Auxílio-doença 
(Apenas incide sobre os 
15 primeiros dias pagos 
pela empresa) 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
Auxílio-doença 
(Complementação até o 
valor do salário, desde 
que esse direito seja 
extensivo à totalidade 
dos empregados da 
empresa) 
 
 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, e, n 
da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88, Lei n° 
8.541, 
de 23 de dezembro de 
1992, art. 48, com 
redação dada pela Lei 
n° 9.250, de 26 de 
dezembro de 1995, 
art. 
27; RIR/1999, art. 39, 
XLII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avis
o 
Prévi
o 
 
 
 
 
indenizado 
 
Incide. 
Art.1º do 
Decreto nº 
6.727/200
9 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90, 
Súmula nº 
305 do TST 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, V da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
trabalhado 
 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 25 
Creche 
(Reembolso pago em 
conformidade com a 
legislação trabalhista, 
observado o limite 
máximo de seis anos de 
idade, quando 
devidamente 
comprovadas as 
despesas realizadas) 
 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, e, s 
da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Ato Declaratório PGFN 
nº 002, de 27 de 
agosto de 2010 
 
 
 
Comissões 
 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
 
 
13º 
Salár
io 
 
 
 
1ª parcela 
 
Não 
Incide. 
Art. 214, 
§6º, do 
Decreto nº 
3.048/99 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Art. 16, I da Lei nº 
8.134/90 
2ª parcela Incide. Incide. 
 Incide. 
Art. 214, 
§6º, do 
Decreto nº 
3.048/99 
Art. 12, XIV 
IN nº 
25/2001 
Art. 16, II da Lei nº 
8.134/90 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 26 
 
 
13º Salário 
(Proporcional pago na 
rescisão contratual) 
 
Incide. 
Art. 214, 
§6º, do 
Decreto nº 
3.048/99 
 
Incide. 
Art. 12, XIV 
IN nº 
25/2001 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
 
13º Salário 
(1/12 - correspondente à 
projeção do aviso prévio 
indenizado) 
 
 
 
Incide. 
Art.1º do 
Decreto nº 
6.727/2009 
 
 
Incide. 
Art. 12, XIV 
IN nº 
25/2001 
 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da lei nº 
7.713/88 
 
 
13º Salário 
(parcela de ajuste paga 
em janeiro do ano 
seguinte) 
 
 
Incide. 
Art. 214, 
§6º, do 
Decreto nº 
3.048/99 
 
 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Art. 638 do 
Regulamento do 
Imposto de Renda/99 
(RIR/99) 
 
 
 
Demissão Voluntária 
Incentivada 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
e, 5, da Lei 
nº 8.212/91 
 
Não Incide. 
Art. 15, §6º 
da Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
Não Incide. 
Súmula nº 215 do STJ 
Descanso Semanal Incide. 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 27 
Remunerado 
(Domingos e feriados, 
inclusive reflexo de horas 
extras, reflexo de horas 
de adicional noturno, 
reflexo de comissões, 
reflexo de produtividade) 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15, §6º 
da Lei nº 
8.036/90 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diárias 
 
 
 
até 50% do 
salário 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
h da Lei nº 
8.212/91 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Não Incide. 
Art. 6º, II da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
acima de 50% 
Incide. 
Art. 28, 
§98, a da 
Lei nº 
8.212/91, 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Estagiários 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
i da Lei nº 
8.212/91 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 28 
 
 
 
 
 
 
Férias 
 
 
 
 
indenizadas + 1/3 
constitucional ou 
proporcional 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
d da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Não Incide. 
(Isento de IRRF 
conforme ATO 
DECLARATÓRIO 
INTERPRETATIVO SRF 
Nº 014 / 2005). 
- inclusive um terço 
constitucional, inclusive 
o valor correspondente 
à dobra da 
remuneração de férias 
 
 de que trata o art. 137 
da CLT. 
- inclusive um terço 
constitucional sobre a 
dobra da remuneração 
 
normais (inclusive 
férias coletivas + 
1/3 constitucional) 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15 da lei 
nº 8.036/90 
Incide. Arts. 3ºe 7º da 
Lei nº 7.713/88 
 
 
 
dobra 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
d da Lei nº 
8.212/91 
 
 
Não 
Incide. Art. 
15 da Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Gorjetas 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 29 
Gratificação Ajustadas 
(Expressas ou tácitas, 
inclusive de função 
- inclusive de cargo de 
confiança) 
 
Incide. 
Art. 28 da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Horas Extras 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
Indenizações por tempo 
de serviço (anterior a 5 
de outubro de 1988, do 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
e, 2 da Lei 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
Não Incide. 
Art. 6º, V da Lei nº 
 
empregado não optante 
pelo FGTS, art. 478 da 
CLT)) 
nº 
8.212/91 
8.036/90 7.713/88 
 
 
Indenização em geral 
(por tempo de 
serviço, art. 479 da 
) 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º da Lei 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Não Incide. 
Art. 6º, V da Lei nº 
7.713/88 
 
 
Indenização adicional 
(art. 9º da Lei 
nº 7.238/84) 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, e, 9 
da Lei nº 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, V da Lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 30 
 
 
 
Multa (art. 477, §8º da 
CLT) 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, X da 
Lei nº 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, inciso V da Lei 
7.713/88 
 
 
 
 
 
Participação nos lucros 
e resultados 
 
Não 
Incide. 
Art. 28, 
§9º, j da 
Lei nº 
8.212/91 e 
art. 20 da 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 3º da 
lei nº 
10.101/00 
 
 
 
 
Incide. 
Art. 3º da Lei nº 
10.101/00 
 
 
Percentagens 
 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 8.212/91 
 
 
 
Prêmios 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 31 
 
 
 
Produtividade 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Quebra de Caixa 
 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Retiradas de Diretores 
Empregados 
 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88Retiradas de Diretores 
Proprietários 
 
Incide. 
Art. 28, III 
da Lei nº 
8.212/91 
 
 
Facultativo. 
Art. 16 da lei 
nº 8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 32 
 
 
 
Retiradas de Titulares de 
Firma Individual 
 
Incide. Art. 
28, III da 
Lei nº 
8.212/91 
 
Facultativo 
.Art. 16 da 
lei nº 
8.036/90 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
Salário 
Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
Salário-Família 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
a da Lei nº 
8.036/90 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
Não Incide. 
Art. 25 da Lei nº 
8.218/91 
 
 
 
 
Salário-Maternidade 
 
 
 
Incide. 
Art. 28, §2º 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 28, IV 
do Decreto 
nº 
99.684/90 
 
 
 
Incide. 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
Salário utilidade (“in 
natura”) - Art. 458 da 
CLT 
(Parcela in natura 
recebida de acordo com 
os programas de 
alimentação aprovados 
pelo Ministério do 
Trabalho, nos termos da 
Lei nº 6.321/76) 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
c da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, inciso I da Lei 
nº 7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 33 
Salário utilidade (“in 
natura”) - Art. 458 da 
Não Incide. 
Art. 28, 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso I 
 
CLT 
(Plano educacional que 
vise à educação básica, 
nos termos do art. 21 da 
Lei n° 9.394/96, e a 
cursos de capacitação e 
qualificação profissionais 
vinculados às atividades 
desenvolvidas pela 
empresa, desde que este 
não seja utilizado em 
substituição de parcela 
salarial, e que todos os 
empregados e dirigentes 
tenham acesso ao 
mesmo) 
§9º, t da Lei 
nº 8.212/91 
Lei nº 
8.036/90 
 
Salário utilidade (“in 
natura”) - Art. 458 da 
CLT 
(Previdência 
complementar, aberta ou 
fechada – valor da 
contribuição 
efetivamente paga pela 
pessoa jurídica, desde 
que disponível à 
totalidade de seus 
empregados e dirigentes, 
observados, no que 
couber, os arts. 9º e 468 
da CLT) 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
p da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, inciso VIII da 
Lei nº 7.713/88 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 34 
Salário utilidade (in 
natura) - Art. 458 da CLT 
(Serviço médico ou 
odontológico, próprio da 
empresa ou por ela 
conveniado, inclusive o 
reembolso de despesas 
com medicamentos, 
óculos, aparelhos 
ortopédicos, despesas 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
p da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso I 
 
médico-hospitalares e 
outras similares, desde 
que a cobertura abranja 
a totalidade dos 
empregados e dirigentes 
da empresa) 
 
Salário utilidade (in 
natura) - Art. 458 da CLT 
(Valor das contribuições 
efetivamente pago pela 
pessoa jurídica relativo a 
prêmio de seguro de vida 
em grupo, desde que 
previsto em acordo ou 
convenção coletiva de 
trabalho e disponível à 
totalidade de seus 
empregados e dirigentes, 
observados, no que 
couber, os arts. 9° e 468 
da CLT) 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
p da Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Lei nº 7.713/88, art. 
6º, VIII 
Salário utilidade (in 
natura) - Art. 458 da CLT 
(Outras utilidades 
concedidas aos 
empregados) 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso 
I 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 35 
 
 
 
Saldo de Salário 
 
Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso I 
 
 
 
Serviço de Autônomo 
 
Incide. 
Art. 28, III 
da Lei nº 
8.212/91 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide 
Arts. 3º e 7º da Lei nº 
7.713/88 
 
 
 
 
 
 
Serviço Militar 
Obrigatório 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
Incide. 
Art. 28, I do 
Decreto nº 
99.684/90 
 
 
 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso I 
 
 
 
 
 
Transportador Autônomo 
(Fretes, carretos ou 
transporte de 
passageiros pagos a 
pessoa física autônoma) 
Incide. 
Art. 201 do 
Decreto nº 
3.048/99, 
Art. 55,§2º 
da IN/RFB 
nº 
971/2009 e 
Art. 111-H 
da IN/RFV 
nº 
971/2009 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
 
 
Incide. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 36 
Utilidades 
(Alimentação, habitação 
e transporte fornecidos 
pela empresa ao 
empregado contratado 
para trabalhar em 
localidade distante da de 
sua residência, em 
canteiro de obras ou 
local que, por força da 
atividade, exija 
deslocamento e estada, 
observadas as normas de 
proteção estabelecidas 
pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, I da Lei nº 
7.713/88 
Vale-Transporte Não Incide. 
 
 Não Incide. 
Art. 28, §9º, 
f da Lei nº 
8.212/91 
 
Não Incide. 
Art. 2º, b 
da Lei nº 
7.418/85 
Art. 6º, I da Lei nº 
7.713/88 
Veículo do Emprego 
(Ressarcimento de 
despesas pelo uso de 
veículo do empregado, 
quando devidamente 
comprovadas) 
 
Não Incide. 
Art. 28, I da 
Lei nº 
8.212/91 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
Incide. 
RIR/99, art. 43, inciso 
X. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 37 
Vestuários, 
equipamentos e outros 
acessórios 
(Fornecidos ao 
empregado e utilizados 
no local do trabalho para 
prestação dos 
respectivos serviços) 
 
Não Incide. 
Art. 28, I 
da Lei nº 
8.212/91 
 
 
Não Incide. 
Art. 15 da 
Lei nº 
8.036/90 
 
 
 
Não Incide. 
Art. 6º, I da Lei nº 
7.713/88 
 
 
Atividade proposta 
O empregado Carlos Augusto vinha percebendo da empresa de Construção Civil, A. Andrade, 
a quantia mensal de R$1.500,00, a título de gratificação de função, o que ocorria há mais de 
10 anos, ininterruptamente. Acontece, todavia, que a empresa em referência suprimiu o 
pagamento dessa gratificação, apesar da mantença do vínculo empregatício, da existência 
da função que continua sendo exercida pelo obreiro. O empregado não cometeu nenhum 
deslize funcional. Pergunta-se: Carlos Augusto pode reivindicar algum direito? Fundamente a 
resposta. 
 
Chave de resposta: Estando a gratificação da função adstrita ao exercício da mesma, 
suprimida a causa, suprimidos os efeitos, e indevida a continuação do 
pagamento de gratificação de função. Ocorre que não é justo que o empregado, após anos 
de exercício da função, seja sacado da mesma e privado da qualidade de vida que o plus da 
gratificação lhe concedeu. Assim, entendeu o TST que, após dez anos de percebimento de 
gratificação de função, caberá ao empregado manter a mesma (OJ nº 45). 
 
Entretanto, a solução mais acertada estaria em ver não apenas a perda da gratificação de 
função, como a perda dos adicionais, como uma rescisão de parte do contrato de trabalho, 
ensejadora do pagamento de indenização, no valor de uma parcela mensal deste adicional 
por ano ou fração de seis meses de trabalho. Neste sentido, o artigo 9o da Lei nº 5.811/72 
e o Enunciado nº 
291 do TST, que versa sobre horas-extras e que poderia ser estendido por analogia para 
todas estas situações. 
 
 
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 38 
 
 
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Participação nos lucros ou resultados para Empregados de Pessoas Físicas. 
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DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 39 
 
Referências 
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 
25. ed. atual. eampl. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
 
CATHARINO, José Martins. Tratado jurídico do salário. São Paulo: LTr Editora, 
1994. 
 
TEIXEIRA FILHO, João de Lima; SÜSSEKIND, Arnaldo; MARANHÃO, Délio et alli. 
Instituições de direito do trabalho. Vol. I. 19. ed. São Paulo: LTr Editora, 2000. 
 
 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 40 
Exercícios de fixação 
 
 
Questão 1 
(Magistratura TRT2 – 2010) Assinale a alternativa que não está correta. 
1. O adicional noturno corresponde ao acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre a hora trabalhada pelo advogado no período das 20h às 5h. 
2. A CLT exige que nas atividades insalubres, quaisquer prorrogações só poderão ser 
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de 
higiene do trabalho que deverão fazer os necessários exames locais e a verificação 
dos métodos e processo do trabalho. Entretanto, o TST afastou parcialmente a 
incidência da norma, atribuindo validade a acordo coletivo ou convenção coletiva 
de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre sem a inspeção 
prévia da autoridade acima citada. 
3. Conforme expressa previsão legal, qualquer compensação praticada no recibo de 
quitação final não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do 
empregado. 
4. Será permitido o desconto salarial relativo a dano, culposo ou doloso, ocasionado 
pelo empregado, desde que esta possibilidade tenha sido acordada, ainda que 
tacitamente. 
a) Todas as alternativas estão incorretas. 
b) Apenas as alternativas 1 e 2 estão incorretas. 
c) Apenas a alternativa 3 está incorreta. 
d) Apenas a alternativa 4 está incorreta. 
 
 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 41 
 
 
 
Questão 2 
Carlos e Roberto foram admitidos em 20.04.2008 para trabalhar, respectivamente, 
como advogado e engenheiro na Empresa das Águas S/A. Carlos cumpre jornada 
laboral das 17 às 21 horas, de segunda à sexta-feira. Roberto trabalha das 22 às 04 
horas, igualmente de segunda à sexta-feira. Entre outras garantias fixadas em lei, é 
correto afirmar que: 
a) Carlos faz jus ao adicional noturno no percentual mínimo de 25% e Roberto de 
20%. 
b) Carlos não faz jus ao adicional noturno, ao passo que Roberto faz jus ao adicional 
mínimo de 20%. 
c) Carlos não faz jus ao adicional noturno, contudo, Roberto faz jus ao adicional 
mínimo de 25%. 
d) Carlos e Roberto fazem jus ao adicional noturno no percentual mínimo de 25%. 
 
 
Questão 3 
(Magistratura TRT8 – 2007) A respeito das contribuições previdenciárias, é incorreto 
afirmar: 
 
 
 
 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 42 
 
1. Serão executadas ex officio as contribuições sociais, devidas em decorrência de 
decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação 
ou homologação e acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período 
contratual reconhecido. 
2. É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de 
condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o 
valor total da causa, referente às parcelas tributáveis, calculadas ao final. 
3. Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração determina que 
a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a 
mês, aplicando-se as alíquotas previstas na legislação pertinente, observado o 
limite máximo do salário de contribuição. 
4. Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo executório, 
ainda que a sentença exequenda tenha sido omissa sobre a questão, dado o 
caráter de ordem pública ostentado pela norma que os disciplina. 
a) Nenhuma das alternativas está incorreta. 
b) Apenas as alternativas 1 e 4 estão incorretas. 
c) Todas as alternativas estão incorretas. 
d) Apenas a alternativa 2 está incorreta. 
 
 
 
 
 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 43 
 
Questão 4 
(Magistratura TRT9 – 2009) Analise as proposições a seguir: 
I. É lícita a determinação do empregador para que o empregado deixe o exercício de 
função de confiança e retorne a ocupar o cargo efetivo. 
II. O empregado transferido do período noturno para o período diurno perde o direito 
ao adicional noturno, segundo súmula do TST. 
III. É vedado ao empregador transferir o empregado, sem a sua anuência, para 
localidade diversa da que resultar do contrato, mesmo que de uma filial para outra 
filial próxima, localizada na mesma cidade. 
IV. O exercício de cargo de confiança, ou a existência de previsão de transferência no 
contrato de trabalho, tornam lícita a transferência definitiva do empregado, sem 
prejuízo da exigência de adicional nunca inferior a 25% dos salários, conforme 
orientação do TST. 
V. Em que pese a descaracterização da insalubridade no local de trabalho por 
autoridade competente, a supressão do pagamento do adicional de insalubridade 
pelo empregador ofende o direito adquirido e o princípio constitucional da 
irredutibilidade salarial. 
44 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
a) Somente as proposições II e III são corretas. 
b) Somente as proposições II, IV e V são corretas. 
c) Somente as proposições I, II e IV são corretas. 
d) Somente as proposições I e II são corretas. 
 
 
Questão 5 
(Magistratura TRT23 – 2008) Marque a alternativa CORRETA: 
a) O pagamento de comissões, em transações realizadas por prestações sucessivas, 
é exigível proporcionalmente à respectiva liquidação. 
b) Mesmo com o afastamento do exercício de cargo de confiança, com ou sem justo 
motivo, o empregado tem direito à manutenção do pagamento da gratificação de 
função se percebida há mais de dez anos, em face do princípio da estabilidade 
financeira. 
c) O salário-família tem natureza previdenciária e é devido aos trabalhadores rurais 
desde que haja previsão contratual ou convencional a esse respeito. 
d) A irredutibilidade assegura a percepção pelo empregado do salário real ao longo 
do contrato, tratando-se, por isso, de garantia da sua substancial suficiência. 
45 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
Insalubre: Não saudável, não higiênico, doentio. 
 
 
Periculoso: Perigoso, inseguro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
 
 
Questão 1 - D 
Justificativa: Veja a resposta no Art. 462 e § 1º da CLT. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 
2014. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: Veja a resposta no Artigo 73 e § 2º da CLT. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 
2014. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
47 DIREITO TUTELAR DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Veja a resposta na Súmula 368, II, do C. TST. Disponível em: 
http://www.tst.jus.br/sumulas Acesso em: 05 abr. 2014. 
 
 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: I: correta – art. 468, § único, da CLT; II: correta – Súmula 265, do 
TST; 
III: incorreta – art. 469, caput, da CLT; IV: incorreta – OJ 113, da SDI-1 do TST; 
V: incorreta – art. 194, da CLT e Súmula 80 d0 TST. Disponível em: 
http://www.tst.jus.br/sumulas Acesso em 05-04-2014. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: Veja a resposta no Art. 466, §1º, da CLT. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 05 abr. 
2014. 
 
 
 
 
http://www.tst.jus.br/sumulas
http://www.tst.jus.br/sumulas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

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