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A GLOBALIZAÇÃO COMO DESAFIO PARA AS PEQUENAS EMPRESAS Cristiano Dick Smiderle, Eng. Universidade Federal de Santa Catarina / Pós-Graduação em Engenharia de Produção Rua 9 de Julho, 826, Barreirios, São José, CEP 88111-380, SC Fernanda Debiasi, Eng. Universidade Federal de Santa Catarina / Pós-Graduação em Engenharia de Produção Vito, Eng. Universidade Federal de Santa Catarina / Pós-Graduação em Engenharia de Produção Carlos Ernani Fries, Msc. Depto de Engenharia de Produção - Universidade Federal de Santa Catarina Caixa Postal 476 - Florianópolis SC 88040-900 Abstract: This article shows an overview about The Globalization Phenomenous and It tries giving a good place for small companies. In the first part, general concepts are discussed, considering the tecnological inovation in the telecommunication systems and its consequences in the human life. In the second part, it is showed some advantages and disadvantages for small companies and some strategical alternatives for a better orientation in a global market. KeyWords: Small Companies, Globalization, Business Partners. 1. Introdução Quais as conseqüências que a abertura da economia trouxe e vem trazendo para as micro e pequenas empresas brasileiras e através de quais meios estas estão tentando sobreviver ou progredindo neste novo ambiente? As respostas a estas perguntas poderiam solucionar muitas dúvidas dos pequenos empresários (e também dos grandes) a respeito de que estratégias adotar diante de um mercado global. De maneira a entender as possíveis ameaças e/ou oportunidades que a globalização dos mercados pode trazer para as micro e pequenas empresas (daqui para diante denominadas somente por pequenas empresas), faz-se necessário um entendimento mais geral e imparcial acerca deste fenômeno, observando-se as vantagens e desvantagens para as economias locais 2. O Fenômeno da Globalização A revolução industrial, ocorrida no século XIX, provocou profundas modificações na vida das pessoas no mundo todo, além de alterações constantes no meio em que vivemos. Certamente, as alterações, advindas da transformação de uma economia agrícola em uma economia industrial, foram impulsionadas basicamente por avanços tecnológicos. Invenções como a máquina a vapor e a eletricidade, tornaram possíveis inúmeras aplicações, as quais aceleraram em muito a evolução dos meios de fabricação. Neste século o impulso tecnológico deve-se quase que exclusivamente aos avanços na área de telecomunicações, aliado à redução dos custos de transporte. Hoje é possível a comunicação entre pontos quaisquer do planeta com rapidez e baixo custo, se comparado com os preços praticados no século passado. Já é possível a realização de “reuniões virtuais” entre executivos de diversas filiais em diferentes países, utilizando-se os modernos recursos da vídeo-conferência. Da mesma forma, com a modernização dos meios de transporte as viagens tornaram-se mais rápidas e baratas, o que acarretou um crescimento tremendo no número de viagens realizadas, prova disto é a quantidade de vôos que ocorrem em qualquer aeroporto, Conseqüentemente, os meios de comunicações e de transporte permitem cada vez mais o crescimento dos negócios entre as nações, pois existe uma maior proximidade entre os mercados mundiais. Estes fatores, assim como a constante necessidade de expansão das diversas economias (condição para o capitalismo), contribuem fundamentalmente para um fenômeno que vem Verifica-se, portanto, que a globalização é um fenômeno estrutural, cuja tendência é a unificação dos mercados internacionais. Naturalmente, as barreiras alfandegárias comportam-se como ponderadoras do livre comércio, o qual ocorreria caso estas transações estivessem desvinculadas de qualquer Pode-se notar, então, a atuação de duas forças contrárias. De um lado, o desenvolvimento tecnológico e o capital procurando cada vez mais aumentar o volume de negócios extra nacionais, independente das conseqüências locais. De outro, o estado procurando impor limites, com o objetivo de proteger a produção e a qualidade de vida local. 3. Efeitos e Contradições Há o discurso de que a Globalização trará somente benefícios para o mundo, pois tornará o mercado mais competitivo, eliminará desperdícios e existirão produtos com melhor qualidade e quantidade. O mercado global é imenso, trazendo muitas oportunidades de negócios para os eficientes e os bem informados. Existem diversos nichos mercadológicos inexplorados e desconhecidos que passam a ser atrativos do ponto de vista mundial. Sem dúvida nenhuma, estas afirmações são verdadeiras. Porém considerar apenas estes benefícios, como forma de avaliar os efeitos da globalização, resultará em um parecer um tanto quanto limitado e parcial. Ocorre que existe uma disparidade muito grande entre os países ricos, detentores da maior parte da tecnologia, mercado e com maiores benefícios trabalhistas, e os países em desenvolvimento, os quais possuem produção própria mas dependem dos ricos em componentes essenciais dos seus produtos, ou então estão baseados na extração de recursos naturais. Por outro lado, os níveis atuais de globalização já alcançados, apesar das inúmeras restrições de comércio, evidenciam uma perigosa tendência ao desemprego, sobretudo em países ricos, pois suas empresas migram a produção para regiões onde o custo da mão de obra é menor, ou para lugares menos sujeitos às leis trabalhistas. As grandes corporações, sempre procurando reduzir custos e vendo-se diante de mercados sem barreiras tarifárias, buscam economias de escala, através do fechamento de fábricas e concentrando a produção Independente destes problemas, organizações como a OIC (Organização Internacional de Comércio - substituta do GATT) permanecem vivas e poucos são os países que não desejam participar de tal acordo, dado o mercado ao qual estariam inseridos. O fato de tal organização em especial ser importante reside no fato de que, em um mercado global completamente livre, os Estados estariam enfraquecidos, pois não teriam controles tarifários sobre os fluxos de capitais. Vê-se, portanto, a necessidade de um organismo de controle ou consenso como a OIC, regulamentando os princípios básicos do Por outro lado, a formação de mercados regionais ou blocos econômicos não deve ser confundida com globalização. Com certeza os blocos como o Mercosul, NAFTA e Comunidade Européia se formaram com o intuito de buscar uma vantagem competitiva perante a economia global. Entre os blocos comerciais tende a ocorrer uma disputa bem mais acirrada, utilizando- se requisitos técnicos e ecológicos como barreiras à entrada de produtos estrangeiros. Obviamente estas restrições caracterizam um protecionismo, totalmente contrário à idéia de As leis de propriedade intelectual também são fontes de disputas entre os blocos, pois este protecionismo certamente atingirá algum interesse específico de algum país. Observa-se, por conseguinte, uma pré disposição geral para a onda da globalização, porém cada país tentando se defender dos efeitos prejudiciais que uma abertura completa Esta autodefesa se traduz basicamente pela formação de blocos econômicos e por medidas protecionistas, que visam limitar os efeitos das práticas desleais de comércio. Além disso, busca-se um equilíbrio entre a taxação das importações e a eficiência das indústrias e serviços internos, o que contribui positivamente para o aumento das relações globais (um Globalização Ameaças Oportunidades Desemprego Evasão de Divisas Estado Fraco Qualidade Competitividade Oferta alta Novos nichos Figura A: Os Prós e os Contras 4. Efeitos na Pequena Empresa Um mercado externo receptivo sem dúvida estimula o espírito empreendedor, tornando possível a criação de inúmeras novas pequenas empresas. No entanto, o mercado global é extremamente competitivo e aceita somente produtos que cumpram requisitos de qualidade , prazo de entrega e especificações técnicas. Frente à globalização, as empresas nacionais vêem-se obrigadas a produzir de acordo com as exigênciaseuropéias (ISO 9000) e mundiais. A pequena empresa tem que se adaptar a este novo quadro, sob pena de não conseguir sobreviver no mercado. Esta situação indica a necessidade de uma transformação conceitual no comportamento das pequenas empresas, no âmbito de como fazer negócios. Um maior profissionalismo é requerido, assim como uma postura séria em relação aos compromissos assumidos. Por outro lado a procura por economias de escala por parte das grandes empresas, traz investimentos nos países em desenvolvimento, uma vez que estes têm menores salários e leis trabalhistas menos custosas. Esta característica abre inúmeras oportunidades para pequenas empresas que desejam tornar-se fornecedoras/parceiras dessas grandes empresas. 5. Alternativas Estratégicas Do ponto de vista das estratégias a serem seguidas pela pequena empresa, o comportamento deve ser o mesmo, esteja ela inserida em um ambiente global, ou em algum bloco econômico de menor porte. A diferença básica é que um mercado global é muito mais exigente quanto a requisitos técnicos, qualidade dos serviços, variável ambiental e outros parâmetros que costumam ser determinantes na conquista ou não de novos mercados. A pequena empresa deve se situar, identificando de forma clara o seu mercado de atuação. O produto ou serviço deve ser da mais alta qualidade, deve estar em constante evolução, sempre buscando os padrões de excelência do setor. O trato com clientes e fornecedores deve ser formal o suficiente para garantir o profissionalismo e a seriedade de ambas as partes. Deve-se lembrar que o cliente sempre possui alternativas e certamente negociará com quem lhe oferecer maiores benefícios. Para a empresa se manter e se expandir em um mercado altamente competitivo , é necessário utilizar alta tecnologia e constante melhoria no produto/serviço e no processo. À medida que novos produtos e melhores serviços chegam ao mercado, os clientes tornam-se mais exigentes e as pequenas empresas devem elevar o padrão de qualidade, para isso precisam de pessoas mais capacitadas, pois passam a utilizar equipamentos mais sofisticados. É importante que a pequena empresa invista mais em treinamento de seus funcionários. De acordo com dados do SEBRAE, enquanto as pequenas empresas gastam em por ano por empregado, as médias utilizam 20 horas e as grandes 30 horas anuais. A educação é o desafio! O fator humano também é bastante considerado dentro do contexto da globalização. Para se produzir produtos/serviços com padrões de qualidade globais, é necessário tomar-se decisões estratégicas globais. Para isso, mesmo as pequenas empresas que estejam trabalhando em mercados locais, necessitam de executivos com capacidade de planejamento a longo prazo bem mais abrangente, executivos com capacidade de responder às rápidas mudanças do mercado que , com a globalização surgem com maior freqüência e velocidade. É importante saber prever o cenário que esta pequena empresa estará inserida no decorrer de um ano, por exemplo, quais produtos/serviços poderão estar concorrendo no mercado, quais produtos/serviços estarão procurando substituir o produto desta empresa. Assim, é preciso profissionais muito mais dinâmicos que há alguns anos atrás, profissionais extremamente bem informados e com sólida formação. Assim como os produtos e serviços globais trazem ao mercado local novos padrões de qualidade, trazem também uma maior concorrência, forçando as empresas locais a se remodelarem para obter um maior índice de competitividade, maior flexibilidade, maior compromisso na melhoria de produtos/serviços e menores custos. Independente da sua postura diante do mercado, as pequenas empresas possuem vantagens e desvantagens competitivas devido ao seu pequeno porte. No entanto pode-se adotar uma série de estratégias de forma a minimizar os efeitos ruins dessas desvantagens. Os impactos da globalização possuem um certo limite. Existem mercados locais e regionais onde a lógica global não se aplica. “Nesses espaços, os padrões e exigências de consumo e qualidade são outros, as economias de escala não se verificam e os processos de produção não precisam necessariamente se revestir de características globais. A identificação de vocações e espaços regionais, acoplado ao desenvolvimento desses mercados e o uso de tecnologias apropriadas de produção pode levar à criação de empregos e à formas alternativas . No entanto, esses mercados não globalizáveis, pelo fato de tratar-se de especificidades locais, possuem um limite de expansão e tendem à saturação, além de contribuírem muito pouco para a captação de capital externo. Encontrar formas de “globalizar” estes mercados pode gerar nichos globais muito atrativos. Por outro lado, as pequenas empresas têm condições e devem conhecer os mercados globais em que atuam, determinando minuciosamente as suas características locais. Devem aproveitar a sua agilidade em responder às mudanças de mercado para adaptar seus produtos A impossibilidade da pequena empresa trabalhar com grandes economias de escala deve ser compensada, portanto, com a articulação de produtos que se adaptem perfeitamente por isso caracterizem um diferencial competitivo. As grandes corporações, possuindo uma maior dificuldade em variações locais, têm como alternativa associar-se às pequenas (leia-se menores) para formar famílias de produtos locais adaptados às diversas regiões. Contudo, há de se considerar as pequenas empresas de base tecnológica, sejam elas com maior ou menor grau de tecnologia agregada, as quais podem estar iniciando no ramo ou então tentando se expandir, inclusive para o exterior. Estas, embora tenham produtos e serviços de alto valor agregado, não estão amparadas senão por incentivos governamentais, que contribuem mas não suprem eficazmente as necessidades de uma participação global mais ativa. Soluções para estas “pequenas solitárias” podem ser encontradas, utilizando-se forças conjuntas de diversas empresas com produtos parecidos , ou com dificuldades comuns. O Japão tem exemplos concretos de empresas trabalhando juntas para alavancarem algumas vantagens ou potencializar o desempenho em algumas regiões. “Os Distritos produtores são constituídos de um grupo de empresas que apresentam certa semelhança entre si e se juntaram em um determinado local devido a certas condições favoráveis como acesso marketing, transportes e outros, além dos benefícios da 2. Vale lembrar que a proteção às pequenas empresas no Japão é bastante acentuada. Isso pelo fato das associações intervirem junto ao governo, buscando mecanismos “Em reuniões organizadas em São Paulo, a Câmara Júnior de Comércio do Japão expôs como 60 mil pequenas empresas japonesas, conectadas por telefone e modem, cruzam diariamente as suas propostas ou dificuldades tecnológicas. Assim por exemplo, um trabalhador que enfrenta uma dificuldade técnica determinada, descreve-a no computador, e recebe no dia seguinte na sua tela comunicações sobre que empresa resolveu de que maneira esta dificuldade. Em outros termos, em vez de multiplicar cursinhos de qualidade freqüentemente duvidosa, o Japão trabalha nesta área com a criação de um ambiente tecnológico integrado, que envolve tanto cursos como comunicações informais, e sobretudo a formação de uma cultura associativa e 3. A tecnologia da informação deve ser amplamente utilizada para se descobrir novos nichos de mercados e o fechamento de novos negócios. 5.1 Subcontratação e Parcerias: A subcontratação ocupa hoje um lugar importante no relacionamento entre as empresas de grande porte e as pequenas e médias empresas. Tornou-se muito mais interessante para as grandes empresas realizarem apenas a montagem final e a comercialização dos produtos acabados, deixando às pequenas e médias empresas o fornecimento de materiais, componentes e peças ou a realização de parte dos processamentos industriais. Nestes casos, normalmente a empresa contratante fornece todas as especificações - desenhos, dimensões, padrões, qualidade, quantidade, prazo e outras - no momentoem que realiza uma encomenda a uma empresa subcontratada. A vantagem para a micro e pequena empresa é que ela irá produzir mediante um contrato seguro e além de aprender o know how ela passa a atingir (indiretamente, através da grande empresa) um mercado muito mais amplo. Este tipo de relacionamento industrial - subcontratação - tende a acentuar-se com a atual procura de flexibilidade pelas grandes empresas, pois como este relacionamento é amplamente susceptível à regulação da iniciativa privada, a grande empresa poderá se ajustar com facilidade à flutuação do negócio, bastando para isto, comprar de um número maior de fornecedores em épocas de expansão e dispensar alguns fornecedores em períodos recessivos. Além disso, alterações no produto, utilizando diferentes tipos de componentes, tornam-se facilitadas para a grande empresa. Estas circunstâncias podem levar a alterações estruturais na organização da empresa subcontratada (pequena empresa), surgindo muitas vezes situações em que a desigualdades de forças se conjuga com uma lógica de cooperação e de solidariedade orgânica. A subcontratação pode ser tomada como relação de dependência ou como relação de cooperação, sendo este aspecto fundamental para a aferição do modo como a subcontratação afeta a autonomia empresarial da pequena empresa. Para que a relação entre as empresas tenha sucesso e credibilidade a longo prazo, deve apresentar vantagens a ambas as partes, ou seja, deve haver uma relação de parceria. Em particular, a parceria entre pequenas empresas é uma das melhores maneiras de minimizar os custos do comércio exterior, permitindo inovações tecnológicas no processo e produto aliado a um elevado grau de flexibilidade. Abaixo encontram-se algumas das principais vantagens e dificuldades destes relacionamentos industriais para as pequenas e médias empresas: (i) Economia de capital: Não será necessário um grande volume de investimento em uma única empresa, uma vez que cada empresa produzirá apenas alguns tipos de peças, além disso, a empresa contratante poderá alterar o seu nível de produção sem realizar investimentos adicionais; (ii) Custos: As empresas contratantes vêem nas empresas subcontratadas uma oportunidade de redução de seus custos, pois estas empresas geralmente possuem uma estrutura de custos mais enxuta e os funcionários recebem salários e benefícios sociais menores, reduzindo custos para a empresa contratante; (iii) Flexibilidade: As empresas subcontratadas absorvem as flutuações do mercado, sem criar capacidade ociosa dentro da empresa contratante; (iv) Simplicidade tecnológica: A produção de poucos itens pelas empresas contratadas possibilita a especialização, portanto será mais simples ter o domínio da tecnologia e melhorar a qualidade; (v) Troca de informações entre os parceiros. 5.2 Trade points Os trade points - ou pontos de comércio - constitui-se em fontes de informações de baixo custo e retorno rápido relacionadas ao comércio exterior, podendo fornecer dados sobre oportunidades de negócios e mercados, clientes e fornecedores em potencial, regulamentações tarifárias, exigências alfandegárias, estatísticas, procedimentos de exportação e importação, tabelas de custos etc. Nestes centros todos os participantes em comércio exterior, câmaras de comércio, transportadoras, bancos, seguradoras etc, são agrupados fisicamente ou por meio virtual. Os principais objetivos dos Trade Points são: (i) Possibilitar transações comerciais globais com baixos custos de comunicação; (ii) Promover práticas comerciais adequadas à um mercado globalizado; (iii) Aumentar o desenvolvimento comercial das pequenas e médias empresas, proporcionando uma maior participação destas empresas na realização de (iv) Aumentar a velocidade de propagação da informação global; (v) Estimular a participação de pequenas e médias empresas no comércio internacional; (vi) Redução de barreiras operacionais e até psicológicas ao comércio internacional; (vii) Tornar-se uma porta de acesso a redes globais; (viii) Possibilitar transferência de know-how e novas tecnologias. Trade Points Endereço Comercial Endereço www Endereço eletrônico Porto Alegre Rua Uruguai, 167, 90010- 140 - Porto Alegre, RS http://www.prefpoa.com.br/TP_Port oalegre/ tradepoa@procempa.com.br Florianópolis DTCEX/FIESC, Av Admar Gonzaga, 2675 - Itacorubi, 88034-001 http://www.ctai.rct-sc.br/fiesc/ trade@antares.ctai.rct-sc.br Curitiba CIC - Casa das Americas, R Eduardo Sprada, 5900, 81270-010 - Curitiba, PR tpcuritiba@lserver.cits.softex.br Campinas Aeroporto Internacional de Viracopos, Rodovia SP 66/75 km 2,8, 13051-970 Campinas tpcampinas@mailhost.hq.rnp.br Rio de Janeiro Rua da Candelaria, 9, 12. Andar 26157-220 Rio de Janeiro, RJ Belo Horizonte Centro de Comercio Exterior de BHZ, Rua Rio de Janeiro, 750 31160-041 tradebhz@fumsoft.softex.br Brasília UnB - Campus Universitario, Asa Norte, 70910-900 http://www.unb.br/mrt/tpbsb tpdcsame@guarany.cpd.unb.br Fortaleza Av Barao de Studart, 1980, Edificio Casa da Industria, 60120-001 http://tpfort.sfiec.org.br tpfort@sfiec.org.br Vitória Av. Jerônimo Monteiro 935, Ed. SEBRAE, Centro, 29010-003 tpvix@tpvix.com.br Tabela 1: Localzação de trade points no Brasil (Dezembro de 1996). 5.3 Franquias O Franchising é uma estratégia para a distribuição e comercialização de produtos e serviços que apresenta-se como método seguro e eficaz para empresas que desejam ampliar suas operações com baixo investimento. O Franchising possibilita a um terceiro - o franqueado - montar seu próprio negócio utilizando uma marca já conhecida e os conceitos operacionais já experimentados, onde os problemas já foram identificados e eliminados, fazendo com que os riscos de operação do negócio sejam sensivelmente reduzidos. As vantagens do franchising tem encantado os pequenos investidores, uma vez que este tipo de negócio oferece menor risco quanto à aceitação do produto / serviço no mercado, pois se trabalha com uma marca já consagrada. Além disso, o franchising esta baseado na parceria, o treinamento oferecido pelo franqueador, transferindo sua experiência, prestando assessoria e orientação permanente elimina uma grande parte dos problemas operacionais encontrados na criação de um novo estabelecimento. 6. Considerações Finais Ao empreendedor e dono da pequena empresa cabe buscar alternativas estratégicas e identificar oportunidades para consolidar a empresa no mercado global. Ele deve ser uma pessoa muito bem informada acerca das forças competitivas que podem ameaçar ou beneficiar o andamento do seu negócio. Com o mercado globalizado as mudanças ocorrem mais rapidamente, sendo então necessário uma empresa mais dinâmica, com ações rápidas, adaptações e inovações. A informação e a velocidade com que esta chega até o empreendedor é fundamental para que a empresa participe efetivamente do comércio internacional. Além disso, é extremamente importante para a pequena empresa identificar o seu mercado de atuação. No caso da América Latina, os produtos muitas vezes se assemelham em especificações de qualidade e necessitam de poucas alterações ou adaptações, porém poucas pequenas empresas estão aptas a atingir as exigências dos mercados americanos ou europeus. Uma alternativa para a empresa entrar nestes mercados, ainda que de maneira indireta, é a subcontratação. A produção tem colocação garantida no mercado, que pode até se resumir a uma única contratante, o que de um lado facilita as negociações e tende à parceria, e do outro traz alguns riscos da dependência de apenas uma empresa. O fundamental neste contexto da globalização é o conhecimento profundo das características da empresa e de seu mercado atual e/ou mercado alvo, para que se possa de forma clara, identificar os pontos fortes e fracos que a empresa apresenta e traçar uma estratégia que traga vantagens competitivas para a empresa; e como conseqüência, não só sua sobrevivência, mas também seu crescimento. 7. Bibliografia 1 BRAHMBHAAT, Milan, et all. Globalização,Tecnologia e Emprego. Brasília: Instituto Brasil Século XXI, 1996. 2 IIDA, Itiro. Pequena e Média Empresa no Japão. Brasiliense, 1984. 3 DOWBOR, Ladislau. Os Novos Espaços do Conhecimento. PUC - SP, 1995, 13p. http://www.ppbr.com/ld/conhec.html 4 MÔNACO, Roberto. Globalização Econômica e as Pequenas e Médias Empresas. 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