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Julia Barcelos Braglia Medicina – FURG – ATM 2024 Câncer de pele não melanoma Neoplasias cutâneas malignas Epiteliais: · Carcinoma basocelular: 65 a 75% dos cânceres de pele · Carcinoma espinocelular: 15 a 20% dos casos Melanoma: 2 a 8% dos casos Exposição solar · Horários de maior risco: entre 10h e 15h (capacidade maior de radiação ultravioleta UVA e UVB) Carcinoma Basocelular · 65 a 75% dos cânceres de pele · Mais benigno dos tumores malignos · Constituído por células que se assemelham às células basais epidérmicas (cuboide ou colunar, núcleo basófilo, densa...) · Malignidade local · Apesar da origem dele ser mais profunda · Fatores de risco: exposição solar, pele clara, radioterapia, absorção de compostos arsênicos · Manifestações clínicas: · Localização predominante nos 2/3 superiores da face · Pápula rósea, perolada, evolui a nódulo com ulceração central, recoberta de crosta que sangra com facilidade · Finas telangectasias presentes · Tipos clínicos: · Superficial: mais descamativo · Nodular: aspecto perolado, brilho na superfície, telangectasias, crosta hemática · Vegetante · Terebrante · Esclerodermiforme · Pigmentado: diagnóstico diferencial com melanoma · Mais comum: nódulo-ulcerativo · Diagnóstico · Clínico · Histopatológico: presença de massa basaloide que se dispõe perifericamente, em paliçada · Tratamento · Depende da localização, tamanho e profundidade · Face e tronco até 1,5 cm: curetagem e eletrocoagulação com 98% de cura · Lesões em membros e maiores de 1,5cm: exérese e sutura com margem de 0,5cm · Crioterapia: em carcinoma basocelular superficial ou localizado em cartilagem · Formas recidivantes ou esclerodermiforme: cirurgia micrografia de Mohs. Áreas de fendas naturais, pré-auriculares, região ocular e região nasogeniano Carcinoma espinocelular · Mais frequente das neoplasias não melanociticas · Constituído por proliferação atípica de células espinhosas · Caráter invasor, pode produzir metástase · Cerca de 15% de neoplasias malignas da pele · Tem origem em sua maioria de queratose actínica, leucoplasia, radiodermite crônica, Queratose arsenical, xeroderma pigmentoso, úlceras crônicas e cicatrizes de queimaduras · Geralmente em homens após os 50 anos · Fatores de risco: · Fumo · Exposição ao sol · Pele clara · Exposição ao arsênico · Derivados do alcatrão e hidrocarbonetos · Imunossupressão (IRC, HIV, transplantados) · Fatores virais (HPV) · Manifestações clínicas: · Localizações mais comuns: lábio inferior, orelhas, face, dorso das mãos, mucosa bucal e genitália externa · As queratoses actínicas migram para CEC numa frequência de 0,5% a 2% ao ano · Inicia-se por uma área queratósica infiltrada e dura ou nódulo, que aumenta gradualmente e ulcera, podendo também tornar-se vegetante ou córnea · Metástases podem ocorrer de meses a anos · Histopatológico · Desorganização e formação de estrutura densa rica em queratina · Formação de pérolas córneas · Tratamento · Lesões menores que 1cm e recentes: eletrocoagulação e curetagem · Lesões maiores que 1cm: excisão e sutura com margem de segurança de 0,5cm · Crioterapia em lesões superficiais · Tumores recidivantes ou com margens exiguias: fazer Mohs · Radioterapia em casos de metástase linfonodal Queratose actínica · Lesão vermelha e escamosa · Aparece em áreas do corpo expostas ao sol · Inicialmente, as lesões são pequenas, e normalmente é mais fácil reconhece-las pelo tato, onde conseguimos sentir a lesão escamativa · A presença de queratoses indica dano solar, e a lesão pode evoluir para câncer de pele · Entre 40 a 60% dos carcinomas começam por causa de queratoses mal tratadas
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