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HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA - Prof. Ewerton - P1 - Resumo - Leonardo Muzzy

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RESUMO HAS – P1 
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Hipertensão Primária 
Diagnóstico 
 
 
1ª Forma: Dentro do consultório, quando a pressão for maior ou igual a 140x90 em pelo 
menos duas aferições em dias diferentes. Obs.: Exceto quando a primeira aferição esteja 
acima de 180x110, pois esse com esse valor eu não preciso da segunda medida, 
obtendo o diagnóstico de HAS na primeira aferição. 
2ª Forma: MRPA 
3ª Forma: Sendo que para fazer a confirmação do diagnóstico de HAS o MAPA é o padrão 
ouro, pois ele vai dar todas as aferições da PA dentro das 24h. O que vai englobara vigília 
(dia do paciente) e à noite, me fornecendo três médias: 
1. Média de toda as aferições realizadas durante as 24h. 
2. A média durante a vigília, ou seja, a média da PA durante o dia do meu paciente. 
3. A médio durante a noite, ou seja, a média da PA durante a noite do meu paciente. 
 
Caso Clínico 1: 
Paciente do sexo masculino, 42 anos, peso 76 kg, altura 167 cm (IMC 27,3 kg/m2), procura 
serviço médico para realização de ckeck-up. Assintomático e sem comorbidades. • Exames 
laboratoriais normais. 
• Exame físico: PA 154 x 96 mmHg e FC 80 bpm. Restante do exame físico normal. 
• Repetida PA na consulta de retorno, mantendo-se elevada. 
• Calculado ERG: inferior a 5% (baixo risco cardiovascular) 
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• Paciente retorna após 1 semana: PA: 152 x 91 mmHg (aferida de forma tecnicamente 
perfeita). 
Então agora, uma semana depois eu posso afirmar que estamos diante de um paciente 
hipertenso (Diagnóstico realizado). Obs.: Na primeira consulta, caso a PA do meu paciente 
esteja alta, mas menor do que 180x110, eu não vou administrar um anti-hipertensivo 
Classificação 
 
Obs: Se houver uma divergência de classificação entre a pressão sistólica (PS) e a pressão 
diastólica (PD), a gente classifica de acordo com o maior valor. 
Exemplo: Paciente tem 155x105, ou seja, a PS está no estágio 1 e a PD está no estágio 2. 
Logo a gente classifica o paciente no maior dos estágios, então o paciente será um 
Hipertenso de estágio 2. 
 
 
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Exames complementares 
 
Exames iniciais de rotina para todos os hipertensos (7): Creatinina e estimativa de TFG; 
Urina tipo 1 (EAS); Potássio plasmático; Glicemia de Jejum; Colesterol total e frações; Ácido 
úrico e Eletrocardiograma 
 
Fatores de Risco Adicionais a Hipertensão 
Atentem a diferença, esses não são os fatores de risco para o paciente se tornar hipertenso. 
Nesse quadro o paciente já é hipertenso e além da HAS ele tem outros fatores de risco 
que aumentam o risco cardiovascular do paciente, aumentam as chances dele ter infarto, 
AVC, uma cardiopatia dilatada e uma doença renal crônica. 
 
 
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Estratificação de Risco 
 
 
 
Metas 
 
 
 
Abordagens 
A gente tem três formas de controlar a hipertensão: 
1. Tratamento não-medicamentoso → com mudança no estilo de vida (MEV). 
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2. Utilização de terapia farmacológica (Fármacos anti-hipertensivos) 
Classes de primeira linha: Diuréticos, Bloqueadores dos canais de cálcio, IECA, BRAs. 
Normalmente vão ser a primeira escolha de tratamento. *β-Bloqueadores: não são 
fármacos de primeira linha, mas são extremamente úteis em situações especiais (pacientes 
pós-infarto, hipertensão + ICC). Atualmente, quase sempre a gente começa com a 
combinação de medicamentos. 
 
Hipertenso estágio 1: Normalmente a gente começa com um diurético Tiazídico 
(Clortalidona). E esse paciente vai ser reavaliado depois de três meses: Se depois de três 
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meses eu medi de novo a PA e ele está dentro da meta (meta para ele é 140x90), eu 
continuo com a monoterapia, mas se depois de três meses ele voltou e a PA dele está 
acima da meta (140x90), então eu vou combinar dois fármacos de primeira linha, exceto 
um IECA com um BRA. 
Exemplos possíveis: IECA + diurético, IECA + Bloqueador dos canais de cálcio. 
E se depois de mais três meses o paciente retorna e está fora da meta (140x90) → Eu 
administro um terceiro fármaco de primeira linha. Exemplo: IECA ou BRA + Bloqueadores 
dos canais de cálcio + Diurético. 
3. Invenções cardiovasculares -> são mais avançados, por isso não serão vistos aqui em 
aula. 
 
Obs.: Um detalhe que não foi chamado a atenção, mas é importante, esse paciente em 
estágio com risco baixo, eu tenho a opção de monoterapia de cara ou eu tenho a opção 
também de mandar esse paciente para casa, com mudança no estilo de vida por três meses 
e depois eu o reavalio, sem terapia farmacológica (SOMENTE NO ESTÁGIO 1 DE RISCO 
BAIXO). 
 
 
 
 
 
 
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ECG de paciente hipertenso 
 
1° ECG está identificado 
2° ECG está padronizado (10 mV e 25 mm/s) 
3° Identificar se o ritmo é sinusal ou não 
. Onda P positiva em D1, positiva em D2 e onda P tem que ser negativa em aVR. 
. As ondas P tem que ser idênticas dentro da mesma derivação. 
. Toda onda P tem que gerar um QRS. 
4° Cálculo da frequência cardíaca 
. FC = 1500/ Nº de quadradinhos entre duas ondas R 
R: FC = 1500/26 = 57 
5° Olhar a morfologia da onda P 
. Não pode ter mais que 3 quadradinhos de duração e 2,5mm de amplitude 
6° Intervalo PR 
. O meu intervalo PR tem entre 120 ms e 200 ms. 
 7° Segmento PR 
. Tem que ser retificado/horizontalizado. 
8° Complexo QRS 
. Identificar o eixo -> se está entre -30° e + 120°? 
R: D1 positivo, aVF é negativo → eixo está no QSE. D2 é basicamente isoelétrico 
(isodifásico) → eixo está perpendicular a derivação, ou seja, -30°. 
 
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. Tem alguma onda Q patológica (+ 1mm²)? 
R: Não é patológica 
. Duração -> o QRS tem menos de 2,5 quadradinhos (aproximadamente 100ms)? 
. De V1 a V5 a onda R aumenta de amplitude? Onda R V5 > Onda R V6 
9° Ponto J 
. Saber se ele está na mesma linha de base do eletrocardiograma, pois ele pode estar 
desnivelado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10° A onda T e o intervalo QT 
. Se a onda T é positiva o QRS tem que ser positivo. E vice e versa. 
. Calcular o intervalo QT → QTc ter menos que 440 ms em homens e menos que 460 ms 
em mulheres. 
Índice de Sokolow 
Índice de Sokolow: quando eu somo o nº de quadradinhos (mm) da onda S em V1, mais 
a onda R em V5 ou V6 (dependendo de onde for a maior onda R) → quando essa soma 
for maior que 35 mm, esse é um sinal de hipertrofia ventricular no eletrocardiograma. 
No eletro do caso 
clínico a onda S 
possui 27 mm e a 
onda R possui 45. Ou 
seja, a soma das 
duas me dá 72 mm, 
então o critério de 
Sokolow é positivo 
para hipertrofia 
ventricular. 
 
 
 
 
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Por que isso acontece? Pois quando eu tenho hipertrofia ventricular isso significa que o 
meu ventrículo esquerdo está hipertrofiado, logo o vetor da parede livre do ventrículo 
esquerdo (terceiro vetor) também estará aumentado. 
Farmacologia 
Fármacos de 1ª linha são aqueles que reduzem risco de eventos cardiovasculares: (1) 
BCC; (2) bloqueadores do sistema renina-angiotensina (IECA ou BRA); e (3) diuréticos 
tiazídicos.

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