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anatomia humana 2

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Unidade 2
Livro Didático 
Digital 
Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha
Anatomia Humana
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
MARIANA GISELY AMARANTE TEIXEIRA 
DA CUNHA 
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha
Olá. Meu nome é Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha. Sou 
formada em Fisioterapia, mestre e doutora em Ciências no programa 
de pós graduação em Biologia Celular e Molecular da Fiocruz, fiz pós 
doutorado no Instituto D’or de Pesquisa e Ensino. Possuo experiência 
técnico-profissional na área de Fisioterapia e Biologia Celular e Molecular 
de mais de 10 anos. Passei por empresas com a Universidade Estácio 
de Sá e trabalhei por mais de 10 anos com pesquisa básica e clínica em 
Sepse na Fiocruz. 
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Articulações do esqueleto axial........................................................11
Articulação temporomandibular ........................................................................................11
Articulações da coluna vertebral....................................................................................13
Articulações da parede torácica.......................................................................................19
Articulações do esqueleto apendicular.........................................21
Membro superior...........................................................................................................................21
Ombro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
Cotovelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Antebraço.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
Punho e Mão .................................................................................................................28
Principais articulações dos membros inferiores......................................................31
Quadril .................................................................................................................................31
Joelho .................................................................................................................................33
Perna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
Tornozelo e Pé .............................................................................................................35
Sistema muscular.......................................................................................41
Conceito e funções do sistema muscular..........................................................41
Classificação dos músculos.................................................................................41
Músculo esquelético................................................................................................42
Músculo estriado.........................................................................................................44
Músculo liso....................................................................................................................44
Tipos de contração muscular dos músculos esqueléticos..........45
Principais músculos da cabeça ...............................................................................46
Principais músculos da cabeça ............................................................47
Músculos da face......................................................................................................47
Músculos da cavidade oral...............................................................................51
Músculos do assoalho da boca...................................................................51
Músculos intrínsecos da língua.....................................................................51
Músculos extrínsecos da língua.................................................................52
Músculos do palato mole.....................................................................................53
Músculos do pescoço, tórax e do dorso...............................................................54
Músculos do abdome...............................................................................................................65
Músculos dos membros superior e inferior..............................68
Principais músculos dos membros superiores..................................................68
Ombro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68
Braço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
Antebraço e Mão ..........................................................................................................73
Assoalho pélvico.............................................................................................................................80
Principais Músculos dos membros inferiores,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,81
Quadri l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81
Coxa.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Perna e pé.......................................................................................................................88
Anatomia Humana8
02
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
Anatomia Humana 9
INTRODUÇÃOVocê sabia que a área Fisioterapia é uma das maiores demandas 
do mercado de trabalho, e será responsável pela geração de muitos 
empregos nos próximos anos? Isso mesmo. O conhecimento da Anatomia 
Humana é fundamental para que o fisioterapeuta consiga atuar de forma 
eficaz. A anatomia é a base da formação do Fisioterapeuta. O profissional 
de excelência precisa conhecer muito bem a anatomia. Neste módulo 
estudaremos a morfofisiologia dos sistemas articular e muscular. Sua 
principal responsabilidade é aprender as principais articulações do 
corpo humano bem como seus ligamentos. Além disso você deverá 
compreender os principais músculos do corpo humano, sendo capaz de 
correlacionar as principais estruturas anatômicas dos sistemas articular e 
muscular com a prática clínica. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva 
você vai mergulhar neste universo!
Anatomia Humana10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
 • Aprender introdução ao sistema articular e muscular.
 • Adquirir competências sobre as principais articulações e os 
principais ligamento do esqueleto axial.
 • Compreender as principais articulações e os principais 
ligamentos dos membros superiores e inferiores.
 • Compreender a origem, a inserção e a função dos músculos 
do corpo humano. 
E então? Está animado para saber mais sobre saúde ocupacional e 
a segurança ocupacional? Vamos juntos nesta última unidade!
OBJETIVOS
Anatomia Humana 11
Articulações do esqueleto axial
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender os li-
gamentos presentes nas articulações do esqueleto axial. Isto 
será fundamental para o exercício de sua profissão. As pes-
soas que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida 
instrução tiveram problemas na atuação como Fisioterapeu-
ta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anatomia no 
seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para desen-
volver esta competência? Então vamos lá. Avante!
No esqueleto axial ocorre entre a mandíbula e o crânio, a articulação 
entre as vértebras, entre o atlas e o crânio, entre os ossos do crânio, das 
costelas entre si, das costelas com o esterno, entre as costelas e as 
vértebras torácicas. 
Articulação temporomandibular 
A articulação temporomandibular, como o próprio nome diz, ocorre 
entre o osso temporal (tubérculo articular do temporal, a fossa da mandíbula) 
e a mandíbula (Côndilo da mandíbula). A articulação temporomandibular 
(é do tipo gínglimo modificada) permite os movimentos de abertura 
e fechamento da boca, da mastigação e movimentos de lateralidade 
da mandíbula. Os movimentos da articulação temporomandibular são: 
Depressão, elevação, protrusão e retração (DANGELO; FATINNI, 2007; 
MOORE; DALLEY, 2001).
Os ossos da articulação temporomandibular são revestidos por 
cartilagem hialina. A articulação contém um disco articular, que a divide 
em duas partes: a parte superior (que permite o movimento de protrusão 
e retração) e uma parte inferior (que permite os movimentos de depressão 
em dobradiça e a elevação da mandíbula). Como podemos observar na 
figura 1, a articulação temporomandibular contém uma capsula articular 
(contem a membrana sinovial e a membrana fibrosa) que se fixa, ao longo 
da margem anterior do tubérbulo articular (superiormente), na sutura 
timpanoescamosa (posteriormente) e em torno da parte superior do colo 
da mandíbula (inferiormente). O disco articular se fixa na superfície interna 
da membrana fibrosa (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
Anatomia Humana12
Na articulação temporomandibular temos três ligamentos, 
localizados fora da capsula articular (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; 
DALLEY, 2001):
 • O ligamento temporomandibular, conhecido também 
como ligamento lateral
 • O ligamento esfenomandibular
 • O ligamento estilomandibular
Figura 1: Imagem da articulação temporomandibular. 
Fonte: @Commons
Nessa imagem podemos visualizar os ligamentos estilomandibular, 
a cápsula articular e o ligamento esfenomandibular (da esquerda para a 
direita). 
Anatomia Humana 13
Articulações da coluna vertebral
As articulações da coluna vertebrais são muito importantes. Elas 
permitem a mobilidade, a estabilidade e proteção da coluna vertebral. 
As principais articulações da coluna são: as articulações entre os corpos 
vertebrais, articulações dos arcos vertebrais, articulações atlantoaxiais, 
articulações atlantoccipitais, articulações costovertebrais e articulações 
sacroilíacas (DANGELO.; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
Figura 2: Imagem da articulação intervertebral. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos ver os ligamentos da articulação 
intervertebral e a cápsula articular, localizada entre os corpos vertebrais.
a. Articulação entre os corpos vertebrais 
 • Tipo de articulação: Articulações cartilagíneas secundárias.
 • Componentes: As faces articulares das vértebras 
Anatomia Humana14
adjacentes que são conectadas pelos discos intervertebrais 
e por ligamentos. As articulações uncovertebrais ocorrem 
entre os uncos dos corpos vertebrais de C3 a C6.
 • Disco intervertebral: Cada disco intervertebral é composto 
por um anel fibroso (composto por lamelas concêntricas 
de fibrocartilagem) e pelo núcleo pulposo (que possui mais 
cartilagem em sua estrutura e está localizado na região 
central do disco intervertebral). O anel fibroso permite 
a ligação forte entre as vértebras e o núcleo pulposo é 
responsável pela absorção do impacto e suporte de peso 
durante a movimentação da coluna vertebral. Entre as 
vértebras atlas e axis não existe disco intervertebral. 
 • Principais ligamentos: ligamento longitudinal anterior 
(que cobre e conecta as faces ântero-laterais dos 
corpos vertebrais e os discos intervertebrais), ligamento 
longitudinal posterior (que corre dentro do canal vertebral 
ao longo da face posterior dos corpos vertebrais)
b. Articulação dos arcos vertebrais 
 • Tipo de articulação: Sinovial plana
 • Componentes: Articulações entre os processos articulares, 
também conhecidas como zigapofizárias. Cada articulação 
é envolvida por uma capsula articular. 
 • Principais ligamentos: Ligamentos acessórios, que unem 
as lâminas, os processos transversos e espinhosos e 
promovem a estabilização das articulações. Os ligamentos 
acessórios são: os ligamentos amarelos (que estendem-
se verticalmente a partir da lâmina de cima até a lâmina 
abaixo, mantendo a lâmina das vértebras adjacentes juntas 
e formam parte da parede posterior do canal vertebral), 
ligamentos interespinhais (que conectam os processos 
espinhosos adjacentes), o ligamento supra-espinhal (que 
conectam os ápices dos processos espinhosos de C7 até 
o sacro), o ligamento nucal (se estende da protuberância 
Anatomia Humana 15
occipital externa e margem do forame magno até 
os processos espinhosos das vértebras cervicais) e 
os ligamentos intertransversários (que conectam os 
processos transversos adjacentes. Eles estão presentes 
nas colunas cervical, torácica e lombar). 
 • Movimentos: Deslizamento entre as vértebras. 
c. Articulação atlantoaxial 
 • Existem 3 articulações atlantoaxiais: duas articulações 
atlantoaxiais laterais e uma articulação atlanoaxial 
mediana. 
 • Tipo de articulação: Articulação trocóide (entre o dente do 
áxis e atlas) e articulação do tipo deslizante (articulação 
atlantoaxial lateral).
 • Componentes: Ocorrem entre as faces articulares 
inferiores das massas laterais de atlas e dos processos 
articulares superiores do áxis e entre o dente do áxis e o 
arco anterior do atlas. 
 • Movimentos: Permite a inclinação lateral da cabeça e 
a rotação da cabeça. A rotação excessiva da cabeça é 
impedida pelo ligamento alar.
d. Articulação atlantoccipital 
 • Tipo de articulação: sinovial do tipo condilóide
 • Componentes: ocorre entre as massas lateraisdo atlas 
e os côndilos occipitais. O osso do crânio e a vértebra 
atlas estão conectados pelas membranas atlantoocipitais 
anteriores (Que vai da margem anterior do forame magno 
e do arco anterior de C1) e posteriores (Que vai da margem 
posterior do forame magno e do arco posterior de C1). 
 • Principais ligamentos: Ligamento transverso do atlas (se 
estende entre os tubérculos das faces mediais das massas 
laterais das vértebras de C1 e mantém o dente da áxis, 
Anatomia Humana16
contra o arco anterior de C1), ligamento cruciforme do atlas 
(formado pelo ligamento transverso do atlas e pelas faixas 
longitudinais), ligamentos alares (que se estendem a partir 
dos lados do dente até as margens laterais do forame 
magno) e a membrana tectória (que é a continuação do 
ligamento longitudinal posterior e vai do corpo de C1 até a 
face interna do osso occipital).
 • Movimentos: flexão, com pequena inclinação e rotação 
laterais. 
Figura 3: Articulação cervical
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos ver a articulação entre o atlas e o crânio, entre 
atlas e áxis, e entre o áxis e a terceira vertebra cervical.
Anatomia Humana 17
e. Articulação costovertebral 
 • Tipo de articulação: Sinovial plana
 • Componentes: A articulação costovertebral da cabeça 
ocorre entre a cabeça da costela com a fóvea costal da 
vértebra correspondente ou entre a cabeça da costela 
e a fóvea costal superior. A articulação costovertebral 
costotransversária ocorre entre o tubérculo da costela e o 
processo transverso da vértebra correspondente. 
 • Principais ligamentos: Na articulação costovertebral da 
cabeça da costela os principais ligamentos são o radiado 
da cabeça da costela e os infra-articulares. Na articulação 
costovertebral costotransversárias temos os ligamentos 
costotransversários lateral e superior. 
Figura 4: Articulação entre a vértebra torácica e a costela. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos 
presentes da articulação costovertebral.
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=85402
Anatomia Humana18
f. Articulações sacroilíacas 
 • Tipo de articulação: Articulação sinovial
 • Componentes: a articulação ocorre entre as faces 
auriculares do osso sacro e do osso ílio. 
 • Principais ligamentos: Ligamentos interósseos, ligamentos 
sacroilíacos, ligamentos sacrotubeal e sacroespinhal. 
 • Movimentos: Possui movimentação limitada. 
g. Articulação sacrococcígea 
 • Tipo de articulação: Articulação cartilagínea secundária. 
Essa articulação possui disco intervertebral. 
 • Componentes: a articulação ocorre entre o osso sacro e 
o cóccix. 
 • Principais ligamentos: ligamento sacrococcígeo anterior e 
ligamento sacrococcígeo posterior. 
Figura 5: Imagem dos ossos sacro e cóccix
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os ossos sacro e cóccix se 
articulando.
Anatomia Humana 19
Articulações da parede torácica
a. Articulações costocondrais: que é do tipo articulação 
cartilagínea secundária e ocorre entre a extremidade 
lateral da cartilagem costal e a extremidade esternal da 
costela. São unidas por periósteo. 
b. Articulações intercondrais: é uma articulação sinovial 
plana, que ocorre entre as cartilagens costais das 6º e 7º 
costelas, das 7º e 8º costelas e da 8º e 9º costelas. São 
unidas pelos ligamentos intercondrais.
c. Articulação costoesternal: Na primeira costela é a 
articulação cartilagínea primária e da segunda a sétima 
costela são sinoviais planas. Articulação das primeiras 
cartilagens costais com o manúbrio do esterno e 
articulação dos 2º ao 7º pares de cartilagens costais com o 
esterno. Os ligamentos que estabilizam essas articulações 
são os esternocostais radiados anterior e posterior.
d. Articulação esternoclavicular: é uma articulação sinovial 
selar, que ocorre entre a extremidade esternal da clavícula 
com a primeira cartilagem costal. Os ligamentos que fixam 
essa articulação são os ligamentos esternoclaviculares 
anterior e posterior, e o ligamento costoclavicular. 
e. Articulação manubrioesternal: é uma articulação do tipo 
cartilagínea secundária, que ocorre entre o manúbrio e o 
corpo do esterno. 
f. Articulação xifoesternal: é uma articulação cartilagínea 
primária, que ocorre entre o processo xifoide e o corpo 
do esterno. 
Anatomia Humana20
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a 
articulação temporomandibular, como o próprio nome diz, 
ocorre entre o osso temporal (tubérculo articular do tempo-
ral, a fossa da mandíbula) e a mandíbula (Côndilo da man-
díbula). Na coluna vertebral ocorre a articulação entre o 
atlas e o côndilo occiptal, entre o dente do áxis e a vértebra 
atlas, entre os corpos vertebrais, entre os arcos vertebrais. 
Aprendeu que existem diversas articulações na caixa torá-
cica, entre as costelas e o esterno, entre as costelas e as 
vértebras torácicas e entre a clavícula e o esterno. 
Anatomia Humana 21
Articulações do esqueleto apendicular
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender os 
principais ligamentos dos membros superiores e inferiores. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As 
pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem a 
devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisio-
terapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de ana-
tomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Membro superior
Ombro
a. Articulação esterno-clavicular: 
 • Tipo: Sinovial do tipo selar
 • Componentes: a articulação ocorre entre a extremidade 
esternal da clavícula, o manúbrio do esterno e a 1º 
cartilagem costal. Essa articulação possui cápsula articular.
 • Ligamentos: Ligamentos esternoclaviculares anterior 
e posterior, ligamento interclavicular e ligamento 
costoclavicular. 
 • Movimentos: A articulação esternoclavicular permite a 
movimentação do cíngulo do membro superior e do 
membro superior; ela se move em várias direções (anterior, 
posterior e inferiormente).
Anatomia Humana22
Figura 6: Articulações entre as costelas e o esterno. 
Fonte: @Commons
b. Articulação acrômio-clavicular:
 • Tipo: é uma articulação sinovial plana. 
 • Movimentos: O acrômio giro sobre a extremidade acromial 
da clavícula. Esses movimentos ocorrem quando os 
músculos toracoapendiculares fixam e movem a escápula. 
 • Componentes: a articulação ocorre entre a extremidade 
acromial da clavícula e o acrômio (escápula). As faces 
Anatomia Humana 23
articulares são cobertas por fibrocartilagem e separadas 
por um disco articular. Possui cápsula articular. A cápsula 
é frouxa, é fibrosa e a membrana fibrosa recobre a cápsula 
fibrosa. 
 • Ligamentos: Ligamento acromioclavicular, ligamento 
coracoclavicular, ligamento conóide, ligamento trapezoide. 
c. Articulação escápulo-torácica: é uma articulação 
funcional, que permite os movimentos da escápula 
sobre as costelas, além de permitir elevação, 
depressão, adução, abdução e rotação da escápula 
durante os movimentos do ombro.
d. Articulação gleno-umeral 
 • Tipo: é uma articulação sinovial do tipo esferóide.
 • Movimentos: permite os movimentos de flexão, extensão, 
abdução, adução, rotação interna, rotação externa e 
circundução do ombro. 
 • Componentes: Ocorre entre a cabeça do úmero e a 
cavidade glenóide (Figura 7). A cavidade glenóide é rasa. 
Ela é aprofundada pelo lábio glenoidal. O tônus dos 
músculos do manguito rotador, mantém a estabilidade 
da articulação do ombro. Essa articulação é envolta pala 
cápsula articular. 
 • Ligamentos: Ligamentos glenoumerais, ligamento 
coracoumeral, ligamento coracoacromial e o ligamento 
transverso do úmero (Figura 8). 
Anatomia Humana24
Figura 7: Articulação do ombro. 
Fonte:@Commons
Nesta imagem podemos visualizar a articulação entre a fossa 
glenóide e a cabeça do úmero, a cápsula articular, a cartilagem articular 
e a membrana sinovial. 
Anatomia Humana 25
Figura 8: Articulação glenoumeral e articulação entre a costela e o esterno. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da 
articulação do ombro.
IMPORTANTE
Para manter a articulação do ombro estável o fisioterapeu-
ta deve se preocupar com o fortalecimento dos músculos 
do manguito rotador. Em pacientes com lesão do plexo 
(comprometimento dos nervos que inervam os músculos 
do manguito rotador), que afete a força dos músculos do 
manguito rotador, pode haver a subluxação da articulação 
do ombro. 
Anatomia Humana26
e. Bursas da articulação do ombro: As bursas são pequenas 
bolsas contendo líquido sinovial, que previnem o artito 
entre estruturas articulares. Por exemplo, bursas entre 
os tendões e os ossos, que evitam o desgaste do tendão 
(DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
 • Bursas: Bursa subacromial-subdeltóida (localizada entre a 
cápsula articular e o músculo deltoide); Bursa subacromial 
(entre a cápsula e o acrômio); Bursa subcoracóide (entre 
a cápsula e o processo coracóide); Bursa coracobraquial 
(entre os músculos subscapular e coracobraquial); Bursa 
subscapular (entre o tendão do músculo subscapular 
e a capsula articular); bursa supra-acromial (DANGELO; 
FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
Cotovelo
a. Tipo: Sinovial do tipo gínglimo (DANGELO; FATINNI, 
2007; MOORE; DALLEY, 2001).
b. Componentes: A articulação ocorre entre a tróclea e 
o capítulo do úmero com a incisura troclear da ulna 
e com a face superior da cabeça do rádio (Figura 9). 
Possui cápsula articular (DANGELO; FATINNI, 2007; 
MOORE; DALLEY, 2001). 
c. Ligamentos: Ligamento colateral radial e ligamento 
colateral ulnar (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; 
DALLEY, 2001). 
d. Movimentos: Flexão e extensão (DANGELO; FATINNI, 
2007; MOORE;DALLEY, 2001).
Anatomia Humana 27
Figura 9: Articulação do cotovelo. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da 
articulação do cotovelo.
Anatomia Humana28
Antebraço
a. Articulação radioulnar proximal 
 • Tipo: Sinovial do tipo trocoide.
 • Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça do 
rádio e a incisura radial da ulna. É envolta pela cápsula 
articular. 
 • Ligamentos: Ligamento anular (que mantém a cabeça do 
rádio na incisura radial da ulna). 
 • Movimentos: Pronação (onde a palma da mão é girada 
posteriormente) e supinação (onde a palma da mão é 
girada anteriormente).
b. Articulação radioulnar distal 
 • Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça da ulna 
e a incisura ulnar do rádio. As extremidades da ulna e do 
rádio são unidas por um disco articular, conhecido como 
ligamento triangular. Essa articulação é envolta por uma 
cápsula articular. 
 • Ligamentos: Ligamentos anterior e posterior. 
 • Movimentos: A extremidade distal do rádio move-se ante-
riormente e medialmente, durante a pronação e a supinação.
Punho e Mão 
a. Articulação radiocarpal 
 • Tipo: Sinovial condilóide.
 • Componentes: A articulação ocorre entre a extremidade 
distal do rádio e o disco articular da articulação radioulnar 
distal com a fileira proximal dos ossos do carpo (com 
excessão do osso pisiforme). A cápsula articular envolve a 
articulação (Figura 10). 
 • Ligamentos: Ligamentos radiocarpais palmares, ligamen-
tos radiocarpais dorsais, ligamento colateral radial e liga-
mento colateral radial.
Anatomia Humana 29
 • Movimentos: Flexão, extensão, desvio ulnar e desvio radial 
e circundução.
b. Articulações intercarpais 
 • Tipo: Articulações sinoviais planas
 • Componentes: As articulações intercarpais (Figura 10) 
ocorrem entre os ossos do carpo da fileira proximal, entre 
os ossos do carpo da fileira distal, a articulação mediocarpal 
(que ocorre entre as fileiras proximal e distal dos ossos do 
carpo), a articulação pisopiramidal (que ocorre entre o 
osso pisiforme e a face palmar do osso piramidal). Essas 
articulações são envoltas por cápsula articular. 
 • Ligamentos: Ligamentos intercapais palmares, ligamentos 
dorsais e ligamentos interósseos. 
 • Movimento: Deslizamento.
Figura 10: Articulação do punho e mão. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana30
Nessa imagem podemos ver os principais ligamentos da articulação 
do punho e da mão.
c. Articulações carpometacarpais e intermetacarpais 
 • Tipo: Sinovial do tipo plana. Apenas a articulação 
carpometacarpal do polegar é do tipo sinovial selar 
 • Componentes: as bases dos metacarpos se articulam 
com os carpos. A base do primeiro metacarpo (polegar) 
articula-se com o osso trapézio. As articulações são 
envoltas por cápsula articular. 
 • Ligamentos: Ligamentos carpometacarpais ventrais e 
metacarpais, e ligamentos posterior e interósseo 
 • Movimentos: A articulação do primeiro dedo (polegar) 
permite os movimentos de flexão, extensão, abdução, 
adução e circundução. As articulações carpometacarpais 
do 2º, 3º e 4º dedos são pouco móveis. A articulação 
carpometacarpal do 5º dedo possui o movimento de 
flexão e gira lateralmente 
d. Articulações metacarpofalangianas e interfalângicas:
 • Tipo: sinoviais do tipo elipsoide 
 • Componentes: As cabeças dos metacarpos articulam-
se com as bases das falanges nas articulações 
metacarpofalangianas e nas articulação interfalângicas 
ocorrem entre as cabeças das falanges e as bases das 
falanges. Essas articulações são envolvidas por cápsula 
articular 
 • Ligamentos: Ligamentos colaterais, que podem ser 
visualizados na Figura 11. 
 • Movimentos: As articulações metacarpofalângicas do 2º 
ao 5º dedo realizam a flexão, extensão, abdução, adução e 
circundução. O 1º dedo (polegar) realiza flexão e extensão. 
As articulações interfalângicas realizam flexão e extensão. 
Anatomia Humana 31
Figura 11: Articulações interfalangianas. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os ligamentos colaterais.
Principais articulações dos membros 
inferiores
Quadril 
a. Tipo: Articulação sinovial esferoide. 
b. Componentes: Ocorre entre a cabeça do fêmur e o 
acetábulo do osso do quadril. Possui cápsula articular 
como podemos observar na figura 12.
c. Ligamentos: Ligamento iliofemoral (como podemos 
visualizar na figura 13. Esse ligamento possui forma de Y, 
Anatomia Humana32
que está fixado na espinha ilíaca ântero-inferior, na margem 
do acetábulo e na linha intertrocantérica do fêmur. Esse 
ligamento impede a hiperextensão do quadril), ligamento 
pubofemoral (que se fixa na crista obturatória do púbis 
e se funde a cápsula articular do quadril e com a parte 
medial do ligamento iliofemoral), ligamento isquiofemoral 
(está fixado na parte isquiática da margem do acetábulo. 
Ele se espirala supero-lateramente até o colo do fêmur. 
Este ligamento mantem a cabeça do fêmur fixa dentro do 
acetábulo). 
d. Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução, rotação 
externa e interna.
Figura 12: Articulação do quadril.
 
Fonte: @Commons
Nessa imagem podemos visualizar o ligamento íliofemoral e o 
ligamento pubocapsular.
Anatomia Humana 33
Figura 13: Articulação do quadril.
 Fonte: @Commons
Nessa imagem podemos visualizar o ligamento capsular e o 
ligamento da cabeça do fêmur.
Joelho
a. Tipo: sinovial do tipo gínglimo.
b. Componentes: Articulação medial e lateral entre os 
côndilos do fêmur e os platôs medial e lateral da tíbia 
(Figura 14). Articulação intermediária, que ocorre entre a 
patela e o fêmur (Figura 14). É envolta por uma cápsula 
fibrosa 
c. Ligamentos: No joelho podemos observar a presença 
dos ligamentos extracapsulares (o ligamento da patela, 
ligamento colateral fibular, ligamento colateral tibial, 
ligamento poplíteo oblíquo e o ligamento poplíteo 
arqueado). Existem também os ligamentos intra-articulares, 
tais como os ligamentos cruzados anteriores (que se 
AnatomiaHumana34
origina na área intercondilar anterior da tíbia e insere-se na 
parte posterior do lado medial do côndilo lateral do fêmur) 
e posteriores (origina-se da área intercondilar posterior da 
tíbia e se fixa na parte anterior da face lateral do côndilo 
medial do fêmur) 
d. Meniscos: Possuem a função de absorção de impacto. 
Estão situados na face articular da tíbia. Os ligamentos 
coronários são fixados nas margens dos meniscos até 
os côndilos da tíbia. O ligamento transverso do joelho 
fixa-se nas margens anteriores dos meniscos. No joelho 
existem o menisco medial e o menisco lateral (ele é unido 
ao ligamento cruzado posterior através do ligamento 
meniscofemoral posterior) 
e. Movimentos: Flexão e extensão. 
Figura 14: Articulação do joelho. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar o ligamento patelar, o ligamento 
da cápsula articular, o ligamento colateral tibial.
Anatomia Humana 35
Perna
a. Articulação tibiofibular 
 • Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.
 • Componentes: A articulação ocorre entre a faceta articular 
da cabeça da fíbula e a faceta articular do côndilo lateral 
da tíbia. Possui cápsula articular.
 • Ligamentos: ligamento anterior da cabeça da fíbular e o 
ligamento posterior da cabeça da fíbula. 
 • Movimentos: Pequena movimentação durante a 
dorsiflexão e a plantiflexão do pé. 
b. Sindesmose tibiofibular 
 • Tipo: Articulação fibrosa.
 • Componentes: A articulação ocorre entre a área articular 
da extremidade inferior da fíbula e a faceta localizada na 
extremidade inferior da tíbia. 
 • Ligamento: Ligamento interósseo, ligamentos tibiofibulares 
inferiores anterior e posterior, ligamento tibiofibular 
transverso inferior. 
 • Movimentos: Possui pequena movimentação durante a 
dorsiflexão do pé. 
Tornozelo e Pé 
a. Articulação talocrural 
 • Tipo: 
 • Componentes: A articulação ocorre entre a face medial 
do maléolo lateral da fíbula e a face inferior e o maléolo 
medial da tíbia com a tróclea do tálus. A articulação é 
revestida por uma cápsula articular. 
Anatomia Humana36
 • Ligamentos: Ligamento talofibular anterior(Figura 15), 
ligamento talofibular posterior(Figura 15), ligamento 
calcaneofibular (Figura 15), ligamento colateral medial que 
está fixado na região proximal do maléolo medial e fixa 
distalmente nos ossos tálus, calcâneo e navicular (Figura 
15). 
 • Movimentos: Dorsiflexão e flexão plantar.
IMPORTANTE
O ligamento colateral medial estabiliza a articulação talo-
crural durante o movimento de everção do pé e impede a 
subluxação (deslocamento partical) da articulação. 
Figura 15: Articulação talocalcrural. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os ligamentos tibial inferior 
posterior, o ligamento talofibular posterior, o ligamento tibiofibular 
anteriore inferior, o ligamento calcaneofibular e o ligamento talofibular 
anterior.
Anatomia Humana 37
a. Articulação transversa do tarso
 • É formada pelas articulações calcâneocubóidea e 
talocalcaneonavicular, e está descrita abaixo, nos tópicos 
“e” e “f”.
b. Articulação talocalcânea 
 • Tipo: Sinovial plana.
 • Componentes: Articulação entre a face inferior do tálus e a 
face superior do calcâneo. Possui cápsula articular. 
 • Ligamentos: ligamentos talocalcâneos medial, lateral e 
posterior, ligamento talocalcâneo interósseo (Figura 15). 
 • Movimentos: Inversão e eversão do pé. 
c. Articulação talocalcaneo-navicular 
 • Tipo: Sinovial do tipo esfera e soquete
 • Componentes: a articulação ocorre entre a cabeça do 
tálus e o calcâneo e o cubóide. Possui cápsula articular.
 • Ligamentos: ligamento calcaneonavicular plantar (Figura 15).
 • Movimentos: Deslizamento e rotação. 
d. Articulação calcâneo-cubóidea 
 • Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.
 • Componentes: A articulação ocorre entre a extremidade 
anterior do calcâneo e a face posterior do osso cubóide. É 
envolta por cápsula.
 • Ligamentos: Ligamento calcâneo-cubóideo dorsal, 
ligamento calcâneo-cubóideo plantar e o ligamento 
plantar longo (Figura 15).
 • Movimentos: Inversão e eversão do pé.
Anatomia Humana38
Figura 16: Articulação do tornozelo e do pé. 
Fonte: @Commons
Nessa imagem podemos visualizar a cápsula articular, o ligamento 
cuneonavicular dorsal e medial, o ligamento calcaneocubóide, o ligamento 
plantar calcaneonavicular, o ligamento talonavicular, o ligamento deltóide, 
o ligamento plantar longo, o ligamento talotibial posterior, os ligamentos 
talocalcâneo medial e posterior.
a. Articulação tarsometatarsal 
 • Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.
 • Componentes: A articulação ocorre entre os ossos do 
anteriores do tarso e as bases dos metatarsos. É envolta 
por cápsula.
 • Ligamentos: Ligamentos dorsais, plantares e interósseos 
(Figura 17).
 • Movimentos: deslizamento.
b. Articulação intermetatarsal 
 • Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.
Anatomia Humana 39
 • Componentes: Ocorre a articulação entre as bases dos 
metatarsos. Possuem cápsula articular.
 • Ligamentos: Ligamentos dorsais, plantares e interósseos, 
que mantém os ossos unidos (Figura 17). 
 • Movimentos: possuem pouca mobilidade.
c. Articulação metatarsofalângica
 • Tipo: Articulação sinovial bicondilar.
 • Componentes: Ocorre a articulação entre as cabeças dos 
metatarsos e as bases das falanges proximais.
 • Ligamentos: Ligamentos colaterais, ligamentos plantares.
 • Movimentos: Flexão, extensão, pequeno grau de abdução, 
madução e circundução. 
Figura 17: Articulações do tornozelo e do pé. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da articu-
lação do tornozelo, da articulação tarsometatarsal e metatarsofalangiana.
Anatomia Humana40
a. Articulação interfalângica 
 • Tipo: Articulação sinovial do tipo gínglimo (dobradiça).
 • Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça de 
uma falange e a base de outra falange distal adjacente. 
Possui cápsula articular.
 • Ligamentos: Ligamentos colaterais e plantares.
 • Movimentos: Flexão e extensão. 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que 
as articulações do membro superior são a do ombro (que 
ocorre entre o úmero, a clavícula e a escápula), a do coto-
velo (que ocorre entre o úmero, a ulna e o rádio), a articu-
lação que ocorre entre a ulna e o rádio, a articulação entre 
a ulna, o rádio e a fileira proximal dos ossos do carpo, entre 
os ossos do carpo e os metacarpos, entre os metacarpos e 
as falanges e as articulações entre as falanges dos dedos. 
Nos membros inferiores temos as articulações do quadril 
(que ocorre entre o osso do quadril e o fêmur), a articulação 
do joelho (que ocorre entre o fêmur, a tíbia e a fíbula), a 
articulação do tornozelo (que ocorre entre a tíbia, a fíbula 
e os ossos do carpo), as articulações que ocorrem entre os 
ossos do carpo, bem como entre os ossos do carpo e os 
metacarpos e as articulações entre as falanges dos dedos. 
Anatomia Humana 41
Sistema muscular
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
conceito e as funções do sistema muscular, a classificação 
dos músculos, os principais músculos do corpo huma-
nos. Você irá aprender a origem, a inserção e a ação dos 
músculos do corpo humano. Isto será fundamental para 
o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram es-
tudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram 
problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeu-
ta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia 
de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Conceito e funções do sistema muscular
O sistema muscular é o conjunto de músculos, que ao se contraírem, 
podem movimentar determinada articulação (músculo esquelético), pode 
bombear sangue para o corpo (músculo cardíaco), pode participarda 
circulação de sangue pelos vasos e controlar o movimento de substâncias 
dentro das vísceras (músculo liso), promove a sustentação e mantém a 
postura do corpo, além de produzir calor. No músculo esquelético nós 
temos a presença da origem (que é a extremidade proximal do músculo 
que permanece fixa durante a contração muscular) e a inserção (que é o 
local de fixação da extremidade distal do músculo). 
Classificação dos músculos
Os músculos são classificados em músculo esquelético, músculo 
cardíaco e músculo liso (Figura 18), que serão descritos detalhadamente 
abaixo. 
Anatomia Humana42
Figura 18: No corpo humano temos o músculo esquelético, a musculatura lisa 
e o músculo cardíaco. 
Fonte: Public Domain
Músculo esquelético
a. Localização: Estão fixados ao esqueleto, às fáscias 
dos membros, à parede corporal e à cabeça e pescoço 
(MOORE; DALLEY, 2001). 
b. Características: Possui ventre muscular (que é a região 
mais carnuda), tendões (que estão geralmente localizados 
nas extremidades musculares e fixam o músculo ao osso 
direta ou indiretamente), aponeurose (que são tendões 
que fixam um músculo ao outro). Nós temos 5 tipos de 
músculos – os músculos planos (que possuem suas fibras 
paralelas entre si e são fixados por uma aponeurose), 
músculos peniformes (os seus fascículos estão arranjados 
em forma de pena e podem ser unipeniforme, bipeniforme 
e multipeniforme), músculo fusiforme (em forma de fuso, 
com o ventre grosso e com as extremidades afiladas), 
músculo quadrado (com 4 lados), músculo circular (envolve 
uma abertura ou orifício do corpo, e a comprime quando 
está contraído. Um exemplo é o músculo esfincteriano). 
c. Estrutura: A unidade motora é composta por uma fibra 
muscular e um neurônio motor. A fibra muscular é a 
unidade estrutural dos músculos. Quando um estímulo 
nervoso proveniente do sistema nervoso central chega 
no neurônio motor da placa motora, ela induz a liberação 
de mediadores (como a acetilcolina), que se ligam a 
Anatomia Humana 43
receptores localizados na superfície da célula muscular 
(membrana) e induzem uma série de reações dentro da 
célula muscular, promovendo a contração muscular pela 
ativação das fibras de miosina e actina (Figura 19). 
Figura 19: Imagem dos filamentos de miosina e actina, em um músculo relaxado e em um 
músculo contraído. 
Fonte: @Commons
d. Classificação dos músculos de acordo com a ação: 
Agonistas (que são os músculos que ao se contraírem 
promovem determinado movimento), antagonistas (que 
são os músculos que se opõem à ação dos agonistas), 
sinergista (complementam a ação do agonista), fixadores 
(fixam a parte proximal de um membro, para que os 
músculos distais realizem um movimento na extremidade 
distal). 
e. Tipo de contração: A contração é fásica, forte, rápida e 
intermitente. O músculo possui um tônus de repouso 
Anatomia Humana44
(um grau de contração leve). A contração é voluntária ou 
reflexa (pelo reflexo medular). 
Músculo estriado
a. Localização: Músculo do coração (miocárdio), porções 
adjacentes da artéria aorta e da veia cava 
b. Características: Possuem fibras curtas, ramificadas, que 
se comunicam entre si, com a presença de estriações 
transversais, correndo paralelamente e unidas por 
junções, conhecidas como discos intercalados. Possuem 
núcleo único e central (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
c. Tipo de contração: Involuntária, rítmica, forte, rápida, 
contínua, que permite o bombeamento de sangue para 
o corpo humano. A parte autonômica do sistema nervoso 
central controla o ritmo e a força da contração do coração 
(DANGELO; FATINNI, 2007). 
Músculo liso
a. Localização: Está presente nas vísceras ocas (como o 
intestino, estômago) e nas paredes dos vasos sanguíneos; 
na íris e no corpo ciliar do bulbo do olho; e fixados nos 
folículos pilosos da pele (MOORE; DALLEY, 2001).
b. Características: Fibras fusiformes, pequenas, sem 
estriações, com núcleo único e central (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015). 
c. Tipo de contração: A contração da musculatura lisa é 
involuntária, sendo desencadeada pela ação do sistema 
nervoso autonômico. A contração é fraca, lenta, rítmica ou 
tônica sustentada (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
Exemplo: A contração peristáltica, que é uma contração realizada 
pelo intestino com a finalidade de expelir as fezes. Outro exemplo é a 
contração dos vasos sanguíneos, conhecida como vasoconstricção, que 
tem como função restringir o fluxo sanguíneo. 
Anatomia Humana 45
Tipos de contração muscular dos músculos 
esqueléticos
a. Contração reflexa: desencadeada por um reflexo 
proveniente da medula. Ela ocorre em músculos somáticos 
voluntários. 
Exemplo: a contração muscular combinada que promove a retirada 
da mão de uma água fervendo, na tentativa de prevenir uma queimadura. 
b. Contração tônica: contração muscular mantida mesmo 
com o músculo relaxado. 
Exemplo: a contração dos músculos posturais, para a manutenção 
da postura corporal. 
c. Contração isotônica:
 • Contração concêntrica: Onde há o encurtamento do 
músculo durante a contração muscular. 
 • Contração excêntrica: Ocorre quando uma força externa é 
maior que a força de contração muscular. Há o aumento 
do tônus muscular. Esse tipo de contração recruta mais 
fibras musculares.
IMPORTANTE
Durante a sessão de fisioterapia, a utilização detécnicas 
fisioterapêuticas que visam a contração concêntrica e ex-
cêntrica do músculo, promovem um maior recrutamento 
de unidades motoras, e com isso promove fortalecimento 
muscular. 
 • Contração isométrica: Ocorre a contração muscular, sem 
que haja alteração do tamanho do músculo. A tensão 
muscular é maior que o tônus muscular. 
Anatomia Humana46
Principais músculos da cabeça 
Os músculos da face são classificados em músculos da fronte 
(músculo occiptofrontal), músculos da boca, lábios e bochechas, e da 
órbita (Figura 20).
Figura 20: Músculos da face. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos ver os principais músculos da face.
Anatomia Humana 47
Principais músculos da cabeça 
Músculos da face
a. Músculo occipito frontal 
 • Origem: aponeurose epicrânica
 • Inserção: pele das pálpebras
 • Ação: Eleva as pálpebras e franzem as sobrancelhas. 
b. Músculo orbicular da boca (enfíncter da boca) 
 • Características: Suas fibras envolvem a boca e estão 
dentro dos lábios. 
 • Ação: fechamento da boca. Participa também da fala e 
promove a compressão dos lábios contra os dentres, 
trabalhando com a língua para manter os alimentos entre 
os dentes durante a mastigação. 
c. Músculos dilatadores (dos lábios) : irradiam a partir dos 
lábios.
d. Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz -
 • Origem: Maxila.
 • Inserção: Dividem-se em dois fascículos que se inserem 
na cartilagem alar maior do nariz e no lábio superior.
 • Ação: Eleva a asa do nariz e o lábio superior.
e. Músculo mentual -
 • Origem: Ramo da mandíbula.
 • Inserção: Pele do mento.
 • Ação: Eleva a pele do mento.
f. Músculo bucinador -
 • Origem: Rafe pterigomandibular.
Anatomia Humana48
 • Inserç8e assobiar e sugar. Auxilia na mastigação 
pressionando as bochechas contra os dentes molares. 
g. Músculo abai9xador do ângulo da boca 
 • Ação: Abaixa o ângulo da boca.
h. Músculo levantador do ângulo da boca 
 • Origem: margem infra-orbital.
 • Inserção: ângulo da boca.
 • Ação: Eleva o canto da boca.
i. Músculo zigomático maior 
 • Origem: zigomático.
 • Inserção: ângulo da boca.
 • Ação: puxa o ângulo da boca supero-lateralmente. 
j. Músculo zigomático menor 
 • Origem: zigomático.
 • Inserção: músculo orbicular da boca.
 • Ação: ajuda a elevar o lábio superior e a aprofundar o 
sulco nasolabial.
k. Músculo levantador do lábio superior 
 • Origem: Margem infra-orbital.
 • Inserção: lábio superior.
 • Ação: eleva e everte o lábio superior.
l. Músculo abaixador do lábio interior 
 • Inserção: Fixa inferiormente à mandíbulae superiormente 
com o seu músculo contralateral e com o músculo 
orbicular da boca.
 • Ação: Puxa o lábio para baixo e ligeiramente para o lado.
Anatomia Humana 49
m. Músculo risório 
 • Origem: Músculo platisma e na fáscia do músculo 
masseter.
 • Inserção: Fáscia que recobre a glândula parótida ínfero-
anterior à orelha e ao ângulo da boca.
 • Ação: Puxa o canto da boca lateralmente no ato de sorrir.
n. Músculo masseter 
 • Origem: Arco zigomático.
 • Inserção: Superfície lateral da mandíbula.
 • Ação: Promove o fechamento da boca, a oclusão dos dentes 
e auxilia no movimento de lateralidade da mandíbula. 
o. Músculo temporal 
 • Origem: Fossa temporal (ossos frontal, parietal e temporal).
 • Inserção: Processo coronóide e ramo da mandíbula.
 • Ação: Promove o fechamento da boca, a oclusão dos dentes 
e auxilia no movimento de lateralidade da mandíbula.
p. Músculo platisma 
 • Origem: Fáscia que recobre as partes superiores dos 
músculos deltoide e peitoral maior.
 • Inserção: se estende súpero-medialmente sobre a 
clavícula até a margem inferior da mandíbula. 
 • Ação: Ajuda a abaixar a mandíbula. 
q. Músculo orbicular do olho - Figura 20 (DRAKE, VOGL e 
MITCHEL, 2015; MOORE e DALLEY, 2001):
 • Suas fibras formam círculos concêntricos. O músculo 
orbicular do olho se fixa na margem medial da órbita e no 
ligamento palpebral medial. 
Anatomia Humana50
 • Ação: Possui três partes- A parte lacrimal que puxa as 
pálpebras e os pontos lacrimais medialmente; a parte 
palpebral que fecha suavemente as pálpebras; a parte 
orbital que fecha firmemente as pálpebras.
r. Músculo corrugador do supercílio -Figura 20 (DRAKE, 
VOGL e MITCHEL, 2015; MOORE e DALLEY, 2001):
 • Origem: Parte orbital do músculo orbicular do olho e na 
proeminência nasal.
 • Inserção: pele da sobrancelha.
 • Ação: Puxa a sobrancelha para baixo. 
s. Músculo nasal - Figura 20 (DRAKE, VOGL e MITCHEL, 
2015; MOORE e DALLEY, 2001):
 • Origem: A parte transversa (compressor da narina) se 
orgina da parte superior da crista canina na face anterior 
da maxila e a parte alar (dilatador da narina) se origina da 
maxila (acima da parte transversa).
 • Inserção: A parte transversa se insere no dorso do nariz e a 
parte alar se insere nas cartilagens alares do nariz.
 • Ação: A parte transversa comprime a abertura piriforme do 
nariz e a parte alar alarga a abertura piriforme do nariz.
 • Músculo prócero 
 • Origem: É contínuo com o músculo frontal.
 • Inserção: Final do dorso do nariz. 
 • Ação: Puxa a parte medial da sobrancelha para baixo.
t. Músculo abaixador do septo 
 • Origem: Maxila acima do dente incisivo central.
 • Inserção: Parte móvel do septo nasal.
 • Ação: Alarga a base do nariz junto com a parte alar do 
músculo nasal.
Anatomia Humana 51
Músculos da cavidade oral
Na cavidade oral temos os músculos que compõem o assoalho 
da boca: o milo-hióideo e o gênio-hióideo. A língua possui músculos 
intrínsecos e extrínsecos. 
Músculos do assoalho da boca
a. Milo-hióideo 
 • Origem: Linha milo-hiódea da mandíbula.
 • Inserção: Osso hióide.
 • Ação: sustenta e eleva o assoalho da cavidade da boca
b. Gênio-hióideo 
 • Origem: Espinha geniana inferior da mandíbula.
 • Inserção: Osso hioide.
 • Ação: Quando o osso hióide está fixado ele deprime a 
mandíbula. Traciona o osso hioide para frente quando a 
mandíbula está fixa.
Músculos intrínsecos da língua
a. Músculo longitudinal superior 
 • Origem: Dorso da língua e septo da língua.
 • Inserção: Margens da língua.
 • Ação: Encurta a língua, enrola o ápice e as margens da 
língua.
b. Músculo longitudinal inferior 
 • Origem: Raiz da língua.
 • Inserção: Ápice da língua. 
 • Ação: Encurta a língua, desenrola o ápice e vira-o para 
baixo. 
Anatomia Humana52
c. Músculo vertical 
 • Origem: Dorso da língua.
 • Inserção: Regiões mais ventrais da língua.
 • Ação: Achata e alarga a língua.
Músculos extrínsecos da língua
a. Genioglosso 
 • Origem: Espinhas genianas superiores.
 • Inserção: Osso hióide, toda a extensão da língua.
 • Ação: Promove a protrusão e a depressão do centro da 
língua.
b. Hioglosso - 
 • Origem: Corno maio e parte adjacente do corpo do osso 
hióide.
 • Inserção: Face lateral da língua.
 • Ação: Deprime a língua. 
c. Estiologlosso - 
 • Origem: Processo estiloide.
 • Inserção: Face lateral da língua.
 • Ação: Eleva e retrai a língua.
d. Palatoglosso - 
 • Origem: Aponeurose palatina. 
 • Inserção: Margem da língua. 
 • Ação: deprime o palato, eleva o dorso da língua.
Anatomia Humana 53
Figura 21: Músculos da língua 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos ver os músculos genioglosso, Estiloglosso, 
hioglosso e gênio-hióideo.
Músculos do palato mole
a. Tensor do véu palatino: Tensiona o palato mole e abre a 
tuba auditiva. Origina-se na fossa escafóidea e na espinha 
do esfenoide e na parte fibrosa da tuba auditiva. Sua 
inserção é na aponeurose palatina. 
Anatomia Humana54
b. Levantador do véu palatino: Eleva o palato mole. Origina-
se na parte petrosa do osso temporal. E se insere na face 
superior da aponeurose palatina.
c. Palatofaríngeo: Deprime o palato mole e eleva a faringe. 
Origina-se na face superior da aponeurose palatina. 
Insere-se na parede da faringe.
d. Palatoglosso: Deprime o palato e eleva o dorso da língua. 
Origina-se na face inferior da aponeurose palatina. Insere-
se na margem da língua. 
e. Músculo da úvula: Eleva e retrai a úvula. Origina-se na 
espinha nasal posterior do palato duro. Insere-se na úvula.
Músculos do pescoço, tórax e do dorso
Na região lateral do pescoço encontramos os músculos 
esternocleidomastóideo, os escalenos e o trapézio (fibras superiores. A 
origem, inserção e ação do trapézio está descrita anteriormente). 
a. Esternocleidomastóideo –
 • Origem: O esternocleidomastóideo possui duas cabeças. 
A cabeça esternal se fixa no manúbrio do esterno e a 
cabeça clavicular se localiza na face superior do terço 
medial da clavícula. 
 • Inserção: Processo mastoide do temporal e linha nucal 
superior do occipital.
 • Ação: Quando atua unilateralmente o músculo 
esternocleidomastóideo flete e gira lateralmente a cabeça 
e o pescoço. Quando atuam bilateralmente os músculos 
esternocleidomastóideo fletem o pescoço. 
Anatomia Humana 55
Figura 22: Músculo esternocleidomastóideo. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar a origem esternal e clavicular do 
músculo, bem como a sua inserção no processo mastoideo.
b. Músculos escalenos anterior, médio e posterior 
 • Origem: Eles se originam no processo transverso das 
vértebras cervicais. 
 • Inserção: Os músculos escalenos anterior e médio tem 
como origem a primeira costela; O músculo escaleno 
posterior tem como origem a segunda costela.
 • Ação: Quanto ocorre a contração dos três escalenos dos 
lados direito e esquerdo ocorre a flexão do pescoço. 
Eles atuando bilateralmente também elevam a primeira 
costela durante a inspiração forçada. Quando atuam 
individualmente (escalenos do lado direito ou só os 
escalenos do lado esquerdo) realizam a flexão lateral e a 
rotação do pescoço. 
Anatomia Humana56
Na parede do tórax temos diversos músculos, importantes para a 
movimentação das costelas. Ao visualizarmos o tórax podemos observar 
os seguintes músculos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 
2001; JARMEY, 2008):
a. Músculo levantador das costelas:
 • Origem: Processos transversos de T7 a T11.
 • Inserção: Costelas subjacentre entre o tubérculo e o 
ângulo.
 • Ação: Abaixa as costelas.
b. Músculo intercostal externo:
 • Origem: Margem inferior das costelas.
 • Inserção: Margens superiores das costelas abaixo.
 • Ação: Eleva as costelas.
c. Músculo intercostal interno – 
 • Origem: Margem inferior das costelas.
 • Inserção: Margens superiores das costelas abaixo.
 • Ação: Abaixa as costelas.
d. Músculo intercostal íntimo:
 • Origem: Margem inferior das costelas.
 • Inserção: Margens superioresdas costelas abaixo.
 • Ação: Eleva as costelas.
Anatomia Humana 57
Figura 23: Músculos da cavidade torácica 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar os músculos intercostais internos 
e o transverso do tórax.
e. Músculo subcostal:
 • Origem: Face interna das costelas inferiores.
 • Inserção: Margens superiores da 2º e 3º costelas abaixo.
 • Ação: Eleva as costelas.
f. Músculo transverso do tórax 
 • Origem: Superfície posterior da extremidade inferior do 
esterno.
 • Inserção: Cartilagens costais de 2 a 6.
 • Ação: Abaixa as costelas. 
Anatomia Humana58
g. Diafragma:
 • Origem: Parte superior do processo xifoide, da 6º a 12º 
cartilagens costais e suas respectivas costelas. 
 • Inserção: Suas fibras se fixam no centro tendíneo, dentro 
do próprio diafragma. 
 • Ação: O diafragma é um músculo importante para a 
respiração. O diafragma traciona seu centro tendíneo 
inferiormente durante a inspiração, aumentando o volume 
da cavidade torácica. 
No dorso nós podemos observar a presença de músculos 
superficiais e músculos profundos (figura 24). Os músculos superficiais do 
dorso são (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001):
a. Trapézio (o trapézio foi citado anteriormente como 
integrante dos músculos do pescoço pois ele também 
possui fibras musculares que se originam na região da 
cabeça e do pescoço): 
 • Origem: Terço medial da linha nucal superior, protuberância 
occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos 
das vértebras C7-T12 e processos espinhosos lombares e 
sacrais.
 • Inserção: Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da 
escápula.
 • Ação: Eleva (fibras superiores do trapézio), retrai (fibras 
médias do trapézio) e gira a escápula (fibras inferiores do 
trapézio). 
b. Latíssimo do dorso:
 • Origem: Processos espinhosos de T6 a L5, crista ilíaca, 
costelas 10 e 11. 
Anatomia Humana 59
 • Inserção: Sulco intertubercular do úmero.
 • Ação: Extensão, adução e rotação medial do úmero. 
c. Levantador da escápula:
 • Origem: Processos transversos de C1 a C4.
 • Inserção: Margem medial da escápula.
 • Ação: Extensão, abdução e rotação medial do úmero.
d. Rombóide maior:
 • Origem: Processos espinhosos de T2 a T5. 
 • Inserção: Margem medial da escápula.
 • Ação: Retração, e elevação da escápula.
e. Rombóide menor: 
 • Origem: Parte inferior do ligamento nucal, processos 
espinhosos de C7 a T1.
 • Inserção: Margem medial da escápula.
 • Ação: Retração e elevação da escápula.
Anatomia Humana60
Figura 24: Músculos do dorso. 
Fonte: @Commons
No dorso nós temos também o grupo médio de músculos, 
localizados logo abaixo do grupo superficial. Esses músculos estão 
Anatomia Humana 61
envolvidos com a respiração (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 
2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015): 
a. Músculo serrátil posterior superior:
 • Origem: Ligamento da nuca, processos espinhosos das 
vértebras de C7 a T3.
 • Inserção: Margens superiores da 2º a 4º costelas.
 • Ação: Eleva as costelas.
b. Músculo serrátil posterior inferior 
 • Origem: Processos espinhosos de T11 a L2.
 • Inserção: Margens inferiores da 8º a 12º costelas.
 • Ação: Abaixa as costelas.
No grupo de músculos profundos do dorso nós temos 
espinotransversais (são extensores e rotadores da cabeça e do pescoço), 
os músculos eretores da espinha e espinotransversais (músculos 
extensores e rotadores da coluna vertebral) e os músculos interespinais 
e intertransversários (segmentares curtos) (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; 
MOORE; DALLEY, 2001). 
No grupo dos músculos espinotransversais (Figura 25) nós temos 
o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço. O esplênio da cabeça 
origina-se no ligamento nucal e nos processos espinhosos de C7 a T4 e 
insere-se no processo mastoide e abaixo do terço lateral da linha nucal do 
crânio. O esplênio do pescoço origina-se nos processos espinhosos de 
T3 a T6 e insere-se nos processos transversos de C1 a C3 (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015; GUYTON; HALL, 2017).
Os músculos eretores da espinha são 
a. Músculo iliocostal lombar: 
 • Origem: Sacro, processos espinhosos das vértebras L1-L5 
e de T11 e de T12, crista ilíaca.
 • Inserção: ângulos das 7 costelas inferiores. 
Anatomia Humana62
b. Íliocostal torácico:
 • Origem: ângulos das 6º a 12º costelas.
 • Inserção: ângulos das costelas 1 a 6 e processo transverso 
de C7. 
c. Íliocostal do pescoço:
 • Origem: ângulos das 3º a 6º costelas.
 • Inserção: processos transversos de C4 a C6.
d. Longuíssimo do pescoço:
 • Origem: Iliocostal na região lombar e nos processos 
transversos de L1 a L5.
 • Inserção: Processos transversos de C2 a C6.
e. Longuíssimo da cabeça:
 • Origem: Processos transversos de T1 a T5, e processos 
articulares de C1 a C4.
 • Inserção: Processo mastoide.
f. Espinal do tórax:
 • Origem: Processos espinhosos de T10 ou de T11 a L2.
 • Inserção: Processos espinhosos de T1 a T8.
g. Espinal do pescoço:
 • Origem: Ligamento nucal e processo espinhosos de C7.
 • Inserção: Processo espinhosos da áxis.
h. Espinal da cabeça:
 • Origem: No músculo semi-espinal da cabeça.
 • Inserção: Com o músculo semi-espinal da cabeça.
Anatomia Humana 63
Figura 25: Músculos da camada profunda do dorso. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana64
Nesta imagem podemos visualizar os músculos multífido, quadrado 
lombar, Espinhal dorsal, longuíssimo do dorso, levantador costal, iliocostal 
lombar/dorsal/cervical, longuíssimo cervical, longuíssimo da cabeça, 
semiespinhal da cabeça, oblíquo superior, oblíquo inferior, Reto posterior 
maior e reto posterior menor.
O grupo de músculos transverso-espinais (Figura 25) é composto 
pelos músculos (GUYTON; HALL, 2017; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
a. Semi-espinal do tórax: A origem desse músculo é nos 
processos transversos de T6 a T10. Ele se insere nos 
processos espinhosos de T1 a T4, e de C6 a C7.
b. Semi-espinal do pescoço: Origina-se dos processos 
transversos de T1 a T6. Insere-se nos processos espinhosos 
de C2 a C5.
c. Semi-espinal da cabeça: Origina-se dos processos 
transversos de T1 a T4 e C7, além dos processos articulares 
de C4 a C6. Insere-se na área medial da linha nucal.
d. Multífido: Ele se origina no sacro, na espinha ilíaca 
póstero-superior, nos processos mamilares das vértebras 
lombares, nos processos transversos de T1 a T12 e nos 
processos transversos de C4 a C7. Insere-se na base dos 
processos espinhosos de C2 a L5. 
e. Rotadores do lombo: Tem como origem os processos 
mamilares das vértebras lombares e insere-se nos 
processos espinhosos das vértebras lombares. 
f. Rotadores do tórax: Tem como origem os processos 
transversos das vértebras torácicas e inserem-se nos 
processos espinhosos de T1 a T12.
g. Rotadores do pescoço: Origina-se nos processos 
articulares de C1 a C7 e insere-se nos processos 
espinhosos de C1 a C7. 
Na coluna torácica (T12) e na coluna lombar se inserem também 
dois músculos importantes: O músculo quadrado lombar e o músculo 
iliopsoas, que estão descritos abaixo (JARMEY, 2008):
Anatomia Humana 65
h. Quadrado lombar (Figura 25):
 • Origem: Crista ilíaca, e ligamento iliolombar.
 • Inserção: 12º Costela e processos transversos de L1 a L4. 
 • Ação: Flexão lateral da coluna. 
i. Iliopsoas (composto pelos músculos psoas maior e 
ilíaco):
 • Origem: O músculo psoas maior tem como origem os 
processos transversos de L1 a L5, o corpo de T12 e de L1 a 
L5, bem como os discos intervertebrais localizados acima 
de cada vértebra lombar; o músculo ilíaco tem como 
origem os dois terços superiores da fossa ilíaca, bem como 
os ligamentos anteriores das articulações lombossacral e 
sacroilíaca. 
 • Inserção: O iliopsoas se insere no trocanter menor do 
fêmur.
 • Ação: Promove a rotação lateral e a flexão da coxa. 
Músculos do abdome
Nós temos 4 músculos no abdome: O oblíquo externo, o oblíquo 
interno, o transverso do abdome e o reto do abdome (DRAKE; VOGL ; 
MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001; DANGELO;FATINNI, 2007). 
a. Oblíquo externo:
 • Origem: Faces externas da 5º a 12º costelas.
 • Inserção: Linha alba, tubérculo púbico e metade anterior 
da crista ilíaca.
 • Ação: Esse músculo suporta as vísceras abdominais. Ele 
flete e gira o tronco.
b. Oblíquo interno:
 • Origem: Fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento 
inguinal.
Anatomia Humana66
 • Inserção: margens inferiores da 10º a 12º costelas, linha 
alba, linha pectínea do púbis.
 • Ação: Esse músculo suporta as vísceras abdominais. Ele 
flete e gira o tronco.
c. Transverso do abdome: 
 • Origem: Faces internas da 7º a 12º cartilagens costais, 
fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal.
 • Inserção: Linha alba, crista púbica e linha pectínea do 
púbis.
 • Ação: Comprime e suporta as vísceras abdominais.
d. Reto do abdome: 
 • Origem: Sínfise púbica e crista púbica.
 • Inserção: Processo xifoide e cartilagens costais da 5º a 7º 
costelas. 
 • Ação: Flexão de tronco. Ele comprime as vísceras 
abdominais. 
Os músculos segmentares do dorso são: os levantadores das 
costelas, os interespinais e os intertransversários. Já o grupo suboccipital 
(Figura 25) é composto pelos músculos (MOORE; DALLEY, 2001):
a. Reto porterior maior da cabeça: que se origina no processo 
espinhoso do áxis, insere-se abaixo da linha nucal e 
promove a extensão e rotação da cabeça;
b. Reto posterior menor da cabeça: que se origina no 
processo espinhoso do atlas e insere-se abaixo da linha 
nucal inferior. Sua ação é promover a extensão da cabeça;
c. Oblíquo superior da cabeça: Origina-se no processo 
transverso do atlas e insere-se no osso occipital entre as 
linhas nucais superior e inferior. Sua ação é a extensão da 
cabeça e flexão lateral para o mesmo lado.
Anatomia Humana 67
d. Oblíquo inferior da cabeça: Se origina no processo 
espinhoso do áxis e se insere no processo transverso do 
atlas. Sua ação é a rotação da face para o mesmo lado.
RESUMINDO
 E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mes-
mo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, va-
mos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o 
corpo humano possui três tipos de músculos: o esqueléti-
co, o cardíaco e o liso. O músculo cardíaco bombeia o san-
gue para o corpo e o músculo liso, recobre vasos e vísceras. 
Uma das ações do músculo liso é controlar o calibre das 
artérias. Os músculos esqueléticos são responsáveis pelos 
movimentos articulares. A localização desses músculos irá 
determinar a ação dele. Os músculos do crânio realizam os 
movimentos da mímica facial, a mastigação, o movimen-
to dos olhos, o movimento das pálpebras. Os músculos do 
abdome realizam a flexão da coluna vertebral e são im-
portantes para o controle postural. Os músculos da coluna 
realizam a flexão, a extensão, os movimentos de inclinação 
lateral e a rotação da coluna. Os músculos do pescoço rea-
lizam a flexão, a extensão, a rotação e a inclinação lateral 
do pescoço. 
Anatomia Humana68
Músculos dos membros superior e inferior
Principais músculos dos membros 
superiores
Ombro
No ombro existem músculos toracoapendiculares que são o 
latíssimo do dorso (foi citado no tópico músculos do dorso), o trapézio (foi 
citado no tópico músculos do dorso), o músculo levantador da escápula 
(foi citado no tópico músculos do dorso), o peitoral maior, os romboides 
maior e menor (foi citado no tópico músculos do dorso), o serrátil 
anterior. No ombro existem seis músculos escapuloumerais: o deltoide, 
o redondo maior, o redondo menor, o supra-espinhal, o infra-espinhal e 
o subescapular. Os músculos do manguito rotador são o subescapular, 
o infra-espinhal, o supra espinhal e o redondo menor (Figura 26). Abaixo 
está descrita a origem, a inserção e a ação dos músculos (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001): 
a. Músculo peitoral maior: Possui duas partes: a parte 
clavicular tem como origem os dois terços da região 
anterior da clavícula e a parte esternocostal tem como 
origem o esterno e as seis cartilagens costais superiores 
adjacentes. As duas partes se convergem e tem como 
inserção o tubérculo maior do úmero na epífise proximal. A 
sua ação principal é a adução e a rotação medial do úmero 
(DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; JARMEY, 2008). 
b. Músculo peitoral menor: Tem como origem as margens 
superiores e as superfícies anteriores das 3º a 5º costelas. 
Tem como inserção o processo coracóide da escápula. 
Sua ação é promover a depressão do ombro e protração 
da escápula. 
c. Músculo serrátil anterior: Tem como origem as superfícies 
externas e a margem superior das 1º a 9º costelas e a fáscia 
que reveste os espaços intercostais. Tem como inserção 
Anatomia Humana 69
a superfície anterior da margem medial da escápula e o 
ângulo inferior da escápula. A sua ação é a protração da 
escápula, além de realizar a rotação da escápula para o 
movimento de flexão e abdução do braço (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015; JARMEY, 2008). 
d. Músculo deltoide: Possui três partes. A parte anterior tem 
como origem o terço lateral da clavícula, a parte média 
tem como origem a margem lateral do acrômio (escápula) 
e a parte posterior tem como origem a parte inferior da 
margem posterior da espinha da escápula. Todas as três 
partes convergem e se inserem na tuberosidade deltoide 
do úmero. A parte anterior do deltoide realiza da flexão e a 
rotação medial do úmero, a parte média realiza a abdução 
do úmero após ela ter sido iniciada pelo músculo supra-
espinhal. A parte posterior realiza a extensão e a rotação 
lateral do úmero (JARMEY, 2008). 
e. O redondo maior: Tem como origem o terço inferior 
da face posterior da margem lateral da escápula. A sua 
inserção é no lábio medial do sulco intertubercular do 
úmero. A ação do músculo redondo maior é a adução e a 
rotação medial do úmero (JARMEY, 2008). 
f. Redondo menor: Têm como origem os dois terços 
superiores da margem lateral da superfície da escápula. 
A sua inserção é na parte posterior do tubérculo maior 
do úmero. O redondo menor faz parte dos músculos do 
manguito rotador (previne a subluxação da articulação do 
ombro). A sua ação é a rotação lateral e leve abdução do 
úmero (JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL ; MITCHEL, 2015). 
g. Supra-espinhal: Tem como origem a fossa supra-espinhal 
da escápula (localizado acima da espinha da escápula) 
e tem como inserção o tubérculo maior do úmero e na 
cápsula da articulação do ombro. O supra-espinhal inicia o 
processo de abdução da articulação do ombro (JARMEY, 
2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
Anatomia Humana70
h. Infra-espinhal: Tem como origem os dois terços da 
face dorsal da escápula, localizado abaixo da espinha a 
escápula. Tem como inserção o tubérculo maior do úmero 
na sua extremidade proximal e na cápsula da articulação 
do ombro. Faz parte do manguito rotador. A sua ação é 
a rotação lateral do úmero. Ele previne a subluxação do 
ombro (JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
i. Subescapular: Ele tem como origem a fossa subescapular. 
A inserção é no tubérculo menor do úmero e na cápsula 
articular do ombro. O subescapular faz parte do manguito 
rotador. Ele promove a rotação medial do úmero (JARMEY, 
2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
Figura 26: Músculos do manguito rotador. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 71
Braço
Para facilitar o aprendizado, dividirei os músculos do braço em 
músculos do compartimento anterior e músculos do compartimento 
posterior. No compartimento anterior do braço temos os músculos flexores: 
o coracobraquial, o bíceps braquial e o braquial. No compartimento 
posterior temos o tríceps e o ancôneo, que promovem a extensão 
(JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001). 
a. Coracobraquial: Tem como origem no processo coracóide 
da escápula. Insere-se no terço médio da face medial do 
úmero. Ele auxilia na flexão e na adução do braço.
b. Bíceps braquial: Possuiduas cabeças, a cabeça longa 
e a cabeça curta; origem: a cabeça curta se origina no 
processo coracóide da escápula e a cabeça longa no 
tubérculo supraglenoidal; inserção: Tuberosidade do rádio 
e fáscia profunda na face medial do antebraço; Ação: 
Flexão de cotovelo e supinação do antebraço. Promove 
um pequeno grau de flexão do ombro. 
c. Braquial: Tem como origem a região anterior da metade 
distal do úmero. Se insere no processo coronóide e 
na tuberosidade da ulna. Ele flete o braço em todas as 
posições. 
d. Tríceps: O “tri-“ do tríceps é porque esse músculos possui 
três cabeças, uma cabeça longa, uma cabeça medial e 
uma cabeça lateral. A cabeça longa tem como origem o 
tubérculo infraglenoidal da escápula, a cabeça lateral tem 
como origem a face posterior do úmero (acima do sulco do 
nervo radial) e a cabeça medial tem como origem a face 
posterior (abaixo do sulco do nervo radial). As fibras das três 
cabeças se convergem e tem como inserção a extremidade 
proximal do olecrano da ulna e a fáscia do antebraço.
e. Ancôneo: Tem como origem o epicôndilo lateral do úmero 
e tem como inserção a face lateral do olecrano e a parte 
Anatomia Humana72
superior da face posterior da ulna. Ele auxilia o músculo 
tríceps no movimento de extensão do antebraço. O 
músculo ancôneo estabiliza a articulação do cotovelo. 
Figura 27: Músculos do braço. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 73
Antebraço e Mão 
No antebraço nós temos o grupo de músculos do compartimento 
anterior (superficial e profundo) e do compartimento posterior. Ao 
visualizamos o compartimento anterior do antebraço (Figura 28), 
observamos a presença de músculos superficiais: 
a. Flexor ulnar do carpo: Possui duas cabeças, a cabeça 
do úmero que tem como origem o epicôndilo medial do 
úmero e a cabeça da ulna tem como origem o olecrano 
e a borda posterior da ulna. O flexos ulnar do carpo tem 
como inserção o osso pisiforme, o hamato (através do 
ligamento piso-hamato e pisometacarpais) e a base do 
5º metacarpo. Ele promove a flexão e adução do punho 
(desvio ulnar). 
b. Palmar longo: Tem como origem o epicôndilo medial do 
úmero. Tem como inserção a aponeurose palmar da mão. 
Sua ação é promover a flexão de punho.
c. Flexor radial do carpo: Tem como origem o epicôndilo 
medial e como inserção a base do 2ºmetacarpo. Sua ação 
é a flexão e abdução da mão (desvio radial).
d. Pronador redondo: Tem como origem o epicôndilo 
medial do úmero e processo coronóide da ulna. Tem 
como inserção o meio da face lateral do rádio. Sua ação é 
pronar e fletir o antebraço. 
e. Flexor superficial dos dedos: Possui a cabeça úmero-
ulnar, que tem como origem o epicôndilo medial do 
úmero, o ligamento colateral ulnar e o processo coronóide 
da ulna. A cabeça radial tem como origem a metade 
superior da margem anterior do rádio. Tem como inserção: 
os corpos das falanges médias do 2º ao 5º dedos. Ele 
realiza a flexão das falanges médias dos dedos. Auxilia na 
flexão de punho.
Anatomia Humana74
Figura 28: Músculos superficiais do compartimento anterior do antebraço.
Fonte: @Commons
No antebraço também podemos visualizar os músculos profundos 
do compartimento anterior (Figura 29) são:
a. Flexor profundo dos dedos: Tem como origem as faces 
anterior e medial da ulna. Tem como inserção a base das 
falanges distais do 2º ao 5º dedos. Ele flexiona as falanges 
distais do 2º ao 5º dedos. 
b. Flexor longo do polegar: Tem como origem a região 
anterior do rádio e a porção radial da membrana interóssea. 
Tem como inserção a base da falange distal do polegar (1º 
dedo). Ele promove a flexão do polegar. 
c. Pronador quadrado: Tem como origem a porção distal da 
face anterior da ulna e tem como inserção a porção distal 
do rádio. Ele prona o antebraço. 
Anatomia Humana 75
Figura 29: Músculos profundos do compartimento anterior do antebraço 
Fonte: @Commons
No antebraço também temos os músculos do compartimento 
posterior (Figura 30), que tem como ação a extensão e a supinação: 
 • Camada superficial:
a. Braquiorradial: tem como origem a crista supra-
epicondilar lateral do úmero. Se insere na face lateral 
da extremidade distal do rádio. Ele realiza a flexão do 
antebraço. 
b. Extensor radial longo do carpo: Tem como origem a 
crista supra-epicondilar lateral do úmero. Tem como 
inserção a base do 2º metacarpo. Ele estende e abduz o 
punho (desvio radia).
c. Extensor radial curto do carpo: Tem como origem o 
epicôndilo lateral do úmero. Tem como inserção a base do 
3º metacarpo e realiza a extensão e abdução do punho.
Anatomia Humana76
d. Extensor dos dedos: Tem como origem o epicôndilo 
lateral. Tem como inserção as expansões extensoras do 1º 
ao 4º dedo. Tem como ação a extensão dos 1º ao 4º dedos 
e a extensão da mão.
e. Extensor do dedo mínimo: Tem como origem o epicôndilo 
lateral. Tem como inserção a expansão extensora do 5º 
dedo. Tem como ação a extensão do 5º dedo. 
f. Extensor ulnar do carpo: Tem como origem o epicôndilo 
lateral do úmero e a margem posterior da ulna. Tem como 
inserção a base do 5º metacarpo. Tem como ação a 
extensão e adução da mão. 
Figura 30: Músculos superficiais do compartimento posterior do antebraço. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 77
 • Camada profunda:
a. Supinador: A parte superficial tem como origem o 
epicôndilo lateral do úmero, os ligamentos radiais colateral 
e anular. A parte profunda tem como origem a crista do 
músculo supinador. A inserção é na superfície lateral do 
rádio. Tem como ação a supinação. 
b. Abdutor longo do polegar: origem – Região posterior da 
ulna e do rádio e membrana interóssea; Inserção – base 
do metacarpo do dedo polegar (Região lateral). Tem como 
ação a abdução do polegar. 
c. Extensor curto do polegar: origem – região posterior do 
rádio e membrana interóssea; Inserção – base da falange 
proximal do polegar (região dorsal); Ação – extensão da 
falange proximal do polegar. 
d. Extensor longo do polegar: origem – região posterior da 
ulna e membrana interóssea; Inserção – base da falange 
proximal do polegar (região dorsal). Tem como ação a 
extensão da falange distal do polegar. 
e. Extensor do dedo indicador: origem – região posterior 
da ulna e membrana interóssea; Inserção – Expansão 
extensora do dedo indicador; Ação – extensão do dedo 
indicador.
Anatomia Humana78
Figura 31: Músculos profundos do compartimento posterior do antebraço. 
Fonte: @Commons
Na região póstero-lateral do punho e no 5º metacarpo existe 
uma depressão triangular conhecida como tabaqueira anatômica. Ela é 
formada pelos tendões dos músculos extensores. 
Anatomia Humana 79
Na mão observamos a presença de músculos tênares, hipotênares 
e curtos (Figura 32):
 • Músculos tênares:
a. Abdutor curto do polegar: Abduz o polegar.
b. Flexor curto do polegar: Flete o polegar.
c. Oponente do polegar: Realiza o movimento de oposição 
do polegar.
d. Adutor do polegar: Aduz o polegar.
 • Músculos hipotênares:
a. Abdutor do dedo mínimo: Abduz o dedo mínimo.
b. Flexor curto do dedo mínimo: Flete a falange proximal do 
dedo mínimo.
c. Oponente do dedo mínimo: Realiza a oposição do dedo 
mínimo.
 • Músculos curtos:
a. Lumbricais 1 a 4: Fletem os dedos nas articulações 
metacarpofalangianas e estende as articulações inteações 
intefalângicas. 
b. Interósseos dorsais de 1 a 4: Abduzem os dedos 
(afastando-os da linha média).
c. Interósseos palmares de 1 a 3: Aduzem os dedos, 
aproximando-os da linha média. 
Anatomia Humana80
Figura 32: Músculos tênares, hipotênares e curtos da mão
Fonte: @Commons
Assoalho pélvico
No assoalho pélvico temos o diafragma pélvico, que é composto 
pelos músculos levantador do ânus e o coccígeo. Esses músculos 
formam o assoalho pélvico e sustentam as vísceras pélvicas. O músculo 
levantador do ânus reforça o esfíncter interno do ânus e funciona como 
esfíncter vaginal. Na região profunda do períneo nós temos os

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