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Dhara Martins / @acadmedi Estafilococícas e estreptococos DOENÇA INTRODUÇÃO QUADRO CLINICO TRATAMENTO IMPETIGO S.aureus Streptococcus pyogenes • Bolhosa e não bolhosa (crostosa). • Máculas eritematosas → vesicopápula → dessecam, formando crostas melicéricas (crostas em favos de mel). Na face (ao redor de nariz e boca) e extremidades. • Pode complicar para glomerulonefrite pós-estreptocócia • Benigno e autolimitado. Cura após 2s • Limpeza, remoção de crostas e aplicação de compressas molhadas. • Lesoes poucas e superficiais: mupirocina 2% e ácido fusídico • Cefalexina por 10d SSS • Toxina esfoliativa estafilo • Estafil infecta ou coloniza um sítio distante da pele, como a faringe ou a conjuntiva, e após alguns dias a toxina atinge a circulação sanguínea, causando lesão na pele à distância. • Pródomo: irritabilidade, febre e dor de garganta. • A característica clínica principal é a presença de febre e um rash eritematoso, inicialmente na cabeça, tornando-se difuso em 48h. • Posteriormente a pele adquire uma aparência enrugada → bolhas flácidas → se rompem, originando retalhos em fitas. • O líquido presente nas bolhas é claro e não apresenta colonização estafilocócica. • Sinal de Nikolsky. • Benigna e autolimitada 4-7d. • Curativos locais. • Clindamicina FOLICULITE • Stapylo aureus • Pústula ao redor do folículo • Pequena induração eritematosa adjacente ao folículo piloso (2 a 5 mm). Pode haver ainda prurido, ardência e desconforto. • Superficial (ostiofoliculite) e duas formas profundas (sicose e hordéolo). • A forma superficial: pústula folicular que rompe, formando crosta (apresentação mais comum). • A sicose é a formação de pústula maior, mais dura, centralizada por pelo na região da barba. • O hordéolo é a infecção profunda das glândulas de Meibomius, presentes na pálpebra. • Compressa morna e suspensão da depilação local. • Superficiais: sabonetes de triclosan ou clorexidina. • Formas resistentes: atb e antifúngicos tópicos. Dhara Martins / @acadmedi FURÚNCULO • Stapylo aureus • Complicação da foliculite • Acumulo de material purulento atinge a derme e o subcutâneo • Nódulos eritematosos, dolorosos e de limites bem definidos. • Febre, sintomas sistêmicos e leucocitose. • Complicações: Celulite e bacteremia, osteomielite e a endocardite. • Não complicada: compressas mornas e sintomático. • Grandes ou complicados (ex.: cercados com halo de celulite > 3 cm), e nas lesões em face: a drenagem + cefalexina ou clindamicina ou dicloxacilina; • Recorrente: tto convencional com antibióticos + higiene pessoal + a adm de mupirocina intranasal ou pomada de bacitracina durante os primeiros cinco dias de cada mês. ERISIPELA • Infecção superficial da derme + envol linfático. • Streptococcus pyogenes • Edema, eritema e calor • Margem bem definidas, aparência brilhosa, progressão rápida e dor intensa. • Geralmente MMI, idosos, debilitados, linfedema, ulcera crônica. • Casos graves/toxêmicos: penicilina G cristalina 1- 2m U 4/4h OU ceftriaxone 1g/24h • Casos leves/moderados: penicilina G procaína 600.000U 12/12h Ou amox 500mg 8/8h • Alergicos a penicilina: eritromicina 500mg VO 6/6h. • Na duvida: oxacilina ou cefalosp de 1ºgeração CELULITE • Streptococcus pyogenes ou S. aureus. • Infecção da derme profundo • Área eritematosa extensa, mais claro (rosa), margens não definidas. • Pródomo: febre, calafrio, mal-estar, dor local, edema e calor. • Casos graves: oxacilina 2g IV 4/4h OU cefazolina 1g 8/8h • Casos leves/moderados: cefalexina ou eritromicina ECTIMA • S.aureus e/ou estrepto A • Lesões crostosas de pele. • A diferença é que a lesão estende-se até a derme e deixa uma ulceração superficial, com posterior formação de crosta dura, seca e aderente. • A localização mais comum é nas pernas. • A cura pode ocorrer com ou sem cicatrizes • Tto mesmo do impetigo HIDRADENITE SUPURATIVA • S. aureus, estrepto. • Infecção crônica das glândulas apócrinas • Sua infecção normalmente promove a formação de um abscesso subcutâneo. • As áreas mais frequentemente acometidas são a axila, a genitália e a região perianal • Calor loca, drenagem dos maiores abscessos. • Uso de atb controverso. ABSCESSO • Sepuração da derme e subcutâneo • S. aureus • Lesões eritematosas, dolorosas, bem circunscritas, cercadas por um halo de tecido inflamatório e possuem uma flutuação central. • Pode estar associados a adenopatia local e drenar espontaneamente. • Drenagem. • Atb nos casos complicados (celulite) Dhara Martins / @acadmedi FASCITE NECROSANTE • Bacterias aeróbias e anaeróbias, como clostridium perfringens. • Infecção profunda do tecido subcutâneo • Em 24 horas aparecem edema, calor, eritema e dor que espalham-se rapidamente a partir do foco inicial, normalmente localizado em membro inferior. • 24-48h, ocorre escurecimento do eritema, passando do vermelho para o roxo e o azul, com bolhas hemorrágicas ou violáceas. • No 4º ou 5º dia as regiões arroxeadas tornam-se nitidamente gangrenosas, áreas que posteriormente ficarão anestésicas, já que os nervos cutâneos são destruídos. • Entre o 7º e o 10º dia acontece uma demarcação das áreas lesadas, o paciente apresenta toxemia, prostração e queda do nível de consciência • Debritamento cirúrgico extenso com fasciotomia • Piperacilina-Tazobactam. Pct septicos acrescentrar ciprofloxacicina. FARINGITE • Streptococcus A • Mais comum na infância • Os sinais e sintomas são muito variáveis, indo desde um leve desconforto da garganta, com achados físicos mínimos, até febre alta e faringite intensa associadas a eritema intenso e edema da mucosa faríngea, com a presença de exsudato purulento na parede faríngea posterior e nos pilares das amígdalas. • A faringite exsudativa é comumente acompanhada de linfonodos cervicais anteriores aumentados e hipersensíveis. • A cultura de amostras da orofaringe continua sendo o padrão-ouro do diagnóstico. • Uma cefalosporina de primeira geração, como a cefalexina ou a cefadroxila, pode substituir a penicilina nos casos de alergia • Fármacos alternativos incluem a eritromicina e a azitromicina. Complicações • As complicações supurativas: abscesso • As complicações não supurativas: Febre Reumática Aguda e GNPE • Foi constatado que o tratamento da faringite estreptocócica com penicilina reduz a probabilidade de FRA, mas não de GNPE. • GNDA, GNPE → assintomático ou sinto: hematúria macroscópica, oligúria, edema e HAS, acompanhada de mal-estar e sintomas gastrointestinais vagos (como dor abdominal e náuseas), e dor lombar bilateral por intumescimento da cápsula renal. • FRA: artrite, cardite, nódulos subcutâneos, eritema marginado. Profilaxia: tto das infecções penicilina G benzatina. ESCARLATINA • Estreptocócica. • Faringite dias antes • Exantema – face esbofeteada • Palidez perioral "língua em framboesa" (aumento das papilas em uma língua revestida, que mais tarde pode tornar-se desnuda) e acentuação do exantema nas pregas cutâneas (linhas de Pastia) • Antitérmico + penicilina benzatina IM dose única ou Amox VO 10d • Previnir: FR e GNPE SIND CHOQUE TÓXICO ESTAFILOCO • É decorrente da produção de uma enterotoxina ou da TSCT-1. • Febre • Hipotensão • Exantema macular difuso com descamação dentro de 1-2s • Acometimento multissintêmico • Sorologia negativo para sarampo, leptos, FM. SIND CHOQUE TÓXICO ESTREPTOCO • Isolamento de estrepto A + Sinais clínicos de gravidade • Hipotensão e >2 dos seguintes itens: • Comprometimento da função hepática; Coagulopatias; Comprometimento renal; SDRA • Exantema macular eritematoso generalizado; Necrose dos tecidos moles. • Clindamicina 600-900mg 8/8h