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Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico

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Radiologia II - UFPE (2020.2)
Tom����fia C�m���ad����ad� �� Fe��� �ôni��
A Tomografia Computadorizada é um método de
diagnóstico que permite a visualização das estruturas
corporais em várias fatias ou secções e da reconstrução
nos diversos planos de orientação. Ou seja, é o registro
das secções das fatias de um corpo. Ela permite a
reconstrução nos diversos planos de orientação (axial,
coronal e parassagital). A partir desses cortes é possível
realizar uma avaliação tridimensional das estruturas e
isso nos garante uma maior segurança no tratamento do
paciente.
Na radiografia convencional não é possível
identificar a tridimensionalidade das estruturas, desse
modo, é necessário expor o paciente mais de uma vez
aos raios X, com incidências diferentes (perpendiculares
entre si) para a mesma região. Então, na tomografia as
imagens geradas fornecem cortes consecutivos das
estruturas de maneira volumétrica. Assim, em uma
mesma exposição é possível obter vários cortes.
Os feixes de raios X, quando atravessam qualquer
tecido do corpo, são atenuados de diferentes maneiras,
cada tecido absorve a radiação de maneira própria. Então
o tomógrafo capta a atenuação e constrói a imagem.
TOMOGRAFIA X RADIOGRAFIA
Tomografia: imagens geradas fornecem cortes
consecutivos, sendo possível observar todas as
dimensões do indivíduo
Radiografia: para obter a imagem em 3D é
necessária a realização de uma técnica radiográfica para
fazer uma associação.
PLANOS DE ORIENTAÇÃO
Corte axial: perpendicular ao longo-eixo do paciente;
Corte coronal: paralelo a sutura coronal;
Corte sagital: paralelo ao plano sagital mediano.
TIPOS DE SISTEMAS TOMOGRÁFICOS
● Tomografia Computadorizada de Feixe em Leque
(Fan Bean):
Também chamadas de TC médica, TC
convencional, TC espiral/helicoidal e Multislice (TCMS).
● Tomografia Computadorizada de Feixes Cônicos
(Cone Bean):
Também podem ser chamadas de TC odontológica,
TC cone beam e TC volumétrica.
Elas são indicadas para o diagnóstico de doenças,
avaliação dos seios paranasais, fraturas ósseas, estudo
dos componentes ósseos da ATM e planejamento para
colocação de implantes. No entanto, elas devem ser
ponderadas devido às altas doses de radiação as quais o
paciente fica exposto.
Esse dispositivo necessita de uma sala maior para
acomodar o tomógrafo, e a parte de proteção radiológica
deve ser feita de acordo com a MiliAmperagem (200mA)
e QuiloVoltagem máximas do tomógrafo.Devido a esses
fatores tão altos, essa técnica permite uma boa
visualização dos tecidos moles.
COMPOSIÇÃO DA SALA DE EXAMES
Dividia em:
- Sala de Exames: onde estará o tomógrafo/gantry e a
mesa eletrônica.
Estão presentes no gantry:
● Tubo de raios X, possui um tubo de raio-x em
sentido oposto aos detectores de cristais
luminescentes cerâmicos, esse portal pode ser
inclinado em até 45°, para frente ou para trás,
podendo fazer movimentos para cima e para baixo
de modo que se adeque ao paciente e ao objetivo do
exame precisa ter um sistema de refrigeração
eficiente;
● Colimadores, que servem para barrar a radiação
secundária e janelas;
● Detectores, que são feitos de cristais luminescentes
de tungstato de cádmio e gadolínio e metais de
terras raras.
Já a mesa Eletrônica é o local onde se posiciona o
paciente de acordo com a região de interesse a ser
registrada. Ela deve possuir um tampo deslizante, um
suporte para a cabeça e um sistema de elevação para
posicionar o paciente.
● Sala de Comando: possibilita a visualização das
imagens, e a definição das especificações
necessárias para a realização do exame. É uma sala
que separa por parede que deve possuir uma janela
com vidro plumbífero que permite a visualização do
paciente durante todo o exame. Ela deve possuir um
console de comandos, onde se controla os
procedimentos e realiza o registro do paciente.
O exame ocorre de maneira muito rápida e a sua
aquisição demora menos de 60 segundos, com os cortes
aparecendo quase que instantaneamente na tela do
computador.
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista (2021)
Radiologia II - UFPE (2020.2)
AQUISIÇÃO DA IMAGEM
A fonte de raio-x emite um feixe em forma de leque,
direcionando-o para um anel com diversos detectores.
Durante o exame, no interior do Gantry, o tubo de raios-x
gira dentro do anel estacionário de receptores. Então os
sinais recebidos por esses detectores dependem da
absorção dos tecidos atravessados pelos feixes
radiográficos e são registrados e processados
matematicamente no computador. Por meio de múltiplas
projeções no curso de 360° ao redor do paciente, os
receptores registram uma série de valores de atenuação
dos raios-x, a mesa também se movimenta de maneira
contínua. Desse modo, estes múltiplos complexos de
atenuação são submetidos a complexos cálculos
matemáticos pelo princípio da matriz, o que permite ao
computador reconstruir a imagem de uma secção do
corpo humano. Cada giro de 360° acontece em menos de
1 segundo.
CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM
As imagens que são vistas na tela são compostas
por pixels, que formam a matriz, esses pixels expressam
apenas uma parte do volume da imagem, que é
denominada de FOV.
OBS.: Quanto maior a quantidade de pixels, maior é a
matriz, sendo diretamente proporcional a qualidade da
imagem.
A imagem é exibida como sendo a soma de diversas
pequenas unidades bidimensionais (pixel) que possuem
espessura relativa do corte realizado (voxel). Ou seja, o
voxel é a menor unidade volume da TC. Idealmente, o
voxel deve ser um cubo, perfeito e isométrico, tendo
todos os lados iguais.
OBS.: Quanto menor o voxel, maior a resolução.
As estruturas são observadas de acordo com as
suas densidades, podendo ser hipodensa (baixa
densidade), hiperdensa (alta densidade) ou isodensas
(densidades semelhantes). Essa densidade é definida
pela estrutura Hounsfield, que se baseia na densidade da
água, sendo 0, as imagens isodensas, >0 imagens
hiperdensas, <0 imagens hipodensas, estando em uma
faixa de +3000 a -3000.
Tecido hipodenso: estruturas escuras (“radiolúcidas”)
Tecido hiperdenso: estruturas claras (“radiopacas”)
Tecido isodenso: densidade intermediária, não utilizada.
PARÂMETROS PARA INTERPRETAÇÃO DA IMAGEM
● Largura da janela (W): a extensão da escala de
cinza.
● Centro da imagem(C): refere-se a densidade da
imagem e o número HU que será o cinza médio
O aparelho da TCFC é muito compacto e se
assemelha com o aparelho da radiografia panorâmica, na
maioria dos tipos, acomoda o paciente sentado. Ele
apresenta dois componentes principais: a fonte ou tubo
de raios-x que emite um feixe em forma de cone e um
detector de raio-x. Esse sistema tubo-detector gira em
torno da cabeça do paciente 360°. A cada grau de giro, é
feita uma ou mais imagens, a depender do tomógrafo. Ou
seja, na TCFC, o feixe em forma de cone captura o
volume da estrutura e depois reconstrói os cortes e nela,
só se vê os tecidos duros visto que ela não tem resolução
para tecidos moles.
O sistema de detecção/sensores é composto por
CCD + intensificador de imagem; CMOS +iodeto de césio
ou gadolínio; FPD (Flat Panel Detector) silício amorfo +
camadas de cristais cintiladores, variando de acordo com
o tomógrafo.
As imagems são formadas em cortes axiais, para
que depois seja reconstruída de maneira coronal, sagital
e/ou tridimensional etc.
VANTAGENS DE TC
- Imagens mais detalhadas;
- Reconstrução multiplanar;
- Excelente diferenciação entre os tecidos;
- Manipulação da imagem;
- Intensificação das imagens por contraste.
DESVANTAGENS
- Riscos associados ao meio de contraste (alergia
ao iodo);
- Alto custo;.
- Alta dose;
- Artefatos.
INDICAÇÕES
- Implantodontia;
- Avaliação de lesões;
- Fraturas e avaliação para ATM;
- Avaliação de dentes e sua relação com os dentes
adjacentes, quando a radiografia panorÂmica
não for suficiente;
- Avaliação de dentes supranumerários;
- Avaliação de dentes decíduos
- Cirurgia Ortognática;
- Confecção de próteses;
- Avaliação de fraturas radiculares;
- Alterações ósseas;
- Presença de sangue nas estruturas.
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista (2021)
Radiologia II - UFPE(2020.2)
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista (2021)

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