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ANTI-DEPRESSIVOS Terapia farmacológica utilizada no tratamento do transtorno depressivo maior (TDM) TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR (TDM) • Etiopatogenia Multifatorial: Não existe causa única, a depressão pode reunir fatores genéticos, exposição química, causas externas. • Tristeza x Luto normal: É importante saber distinguir os dois, haja vista que na nossa sociedade de hoje, tudo é depressão. • Quadro clínico: Tristeza, vazio ou irritabilidade associado a mudanças somáticas e cognitivas que afetam a funcionalidade matrimonial, laboral e social do indivíduo. REVISÃO DOS NEUROTRANSMISSORES NORADRENALINA: Produzido através do aminoácido tirosina, que primeiro é convertido em dopamina e depois em noraepinefrina, sendo liberado na fenda e recaptado através de uma proteína de recaptação e desativado pela monoamina-oxidase (MAO). SEROTONINA: Deriva do aminoácido triptofano, que é convertido em 5 HT e depois em serotonina, sendo também liberada e recaptada por uma proteína específica no corpo. DOPAMINA: Mecanismo semelhante ao da noradrenalina, só não há a conversão de dopamina no início da cascata, ambos tem mesma origem. *Todos esses neurotransmissores derivam de aminas biogênicas, mas a serotonina apresenta origem distinta. *Sabe-se que a depleção dos neurotransmissores é fator de risco para o desenvolvimento de um quadro depressivo, foi assim que pensaram para criar os fármacos, em aumentar o nível dos neurotransmissores no corpo. CICLO DE AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES: • NORAEPINEFRINA: (No neurônio): Tirosina é convertida a L-DOPA → L-DOPA é convertida à Dopamina → Dopamina é convertida à Noraepinefrina → NE entra nas vesículas e é liberado na fenda sináptica → O excesso é recaptado por uma proteína de recaptação → a NE é inativada pela enzima MAO (Monoamina-oxidase). • SEROTONINA: (No neurônio) Triptofano é convertido a 5-hidroxitriptofano → 5- hidroxitriptofano é convertido em Serotonina (5-HT) → Liberação das partículas na fenda sináptica → Recaptação do excesso por uma proteína de recaptação → Inativação pela MAO. • DOPAMINA: Tirosina é convertida a L-DOPA → L-DOPA é convertida a Dopamina → Dopamina é liberada na fenda sináptica → Recaptação por proteína recaptadora → Inativação pela MAO. *Receptores alfa2-adrenérgicos: São autoreceptores, quando os neurotransmissores se ligam a ele em excesso, ele envia uma sinalização que freia a liberação na fenda sináptica. VINICIUS DA SILVA SANTOS, ACADÊMICO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CLASSES DE ANTIDEPRESSIVOS: • Inibidores da recaptação: Inibidores da recaptação de Serotonina, inibidor da recaptação de norepinefrina e inibidor da recaptação de nora e dopamina. • Fármacos tricíclicos: Inibem a recaptação de todos os 3 neurotransmissores. • Inibidores da MAO: Inibem a enzima Monoamina-oxidase. • Bloqueadores do receptor alfa2-adrenérgico: Bloqueiam os auto-receptores e sua ação. *Reserpina: Anti-hipertensivo utilizado antigamente que inibia a liberação de NE e Serotonina, diminuia a pressão mas causava depressão como colateral. TRATAMENTO: O tratamento com antidepressivos deve ser feito A LONGO PRAZO, isso porque com o tempo há uma dessensibilização dos auto-receptores e um aumento da concentração sináptica dos neurotransmissores. PRINCIPAIS FÁRMACOS (POR CLASSE): • ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ATC): Amitriptilina, nortriptilina e imipramina. • INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE NORAEPINEFRINA: Desipramina e maprotilina. • INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA: Fluoxetina, citalopram e paroxetina. • INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NORAEPINEFRINA: Venlafaxina e Duloxetina. RELAÇÃO ANTIDEPRESSIVOS-ANALGESIA: A serotonina é um importante modulador da dor, com o aumento da oferta de serotonina nas fendas sinápticas, o efeito analgésico/modulador é potencializado.
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