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Medicamentos Anti-inflamatórios na Enfermagem

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Medicamentos Anti-inflamatórios
na Enfermagem
Classificação:
AINES: Grupo heterogênico de medicamentos que apresentam
atividade anti-inflamatória (controle da inflamação), analgésica
(controle e prevenção da dor) e antitérmica (controle da febre);
AIES (corticoides): São hormônios esteroides produzidos no córtex
adrenal que apresentam atividade anti-inflamatória.
Inflamação: É um processo de defesa do organismo, pode acontecer
de forma difusa ou crônica.
Funções da inflamação:
Eliminar a causa da lesão;
 Coordenar as reações do sistema imune;
Eliminar células lesadas e tecidos danificados;
Iniciar reparação dos tecidos;
Restaurar função;
AINES: anti-inflamatórios não esteroides, não hormonais;
AIES: anti-inflamatórios não esteroides, hormonais;
 Ocorre de maneira padronizada independente do estímulo e faz parte da
resposta imune inata.
Alimentos conhecidamente inflamatórios: gorduras trans, açúcares brancos,
arroz branco, derivados de farinha branca, entre outros.
Alimentos conhecidos como anti-inflamatórios: peixes, frutas cítricas, frutas
vermelhas, óleo de coco, azeite, frutas oleoginosas.
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Mecanismo de ação dos Aines
 Fosfolipídios de membrana são inicialmente convertidos em ácido
araquidônico pela fosfolipase A2 , como resultado de inflamação e
dano tecidual. 
O ácido araquidônico é então convertido em prostaglandinas através
da via da COX ou alternativamente convertido em leucotrienos pela
enzima lipoxigenase. 
Os AINES funcionam por meio da inibição da função da enzima ciclo-
oxigenase (COX) e, assim, reduzem a produção de prostaglandinas.
A maioria dos AINES são administrados oralmente, com as exceções
do cetorolaco e do parecoxibe (administração intravenosa), e do
diclofenaco (administração oral, intravenosa e retal).
 São ácidos orgânicos fracos e por isso são absorvidos rapidamente no
estômago e intestino delgado. 
Princípios de uso de medicamentos
anti-inflamatórios
Quais as indicações para o uso de anti-inflamatórios?
Estão indicados em processos inflamatórios clinicamente relevantes,
em que dor, edema e disfunção trazem desconforto ao paciente.
Não devem ser escolhidos quando o processo acarreta apenas dor.
Nesse caso, deve-se usar preferencialmente analgesia de intensidade
adequada.
Mesmo anti-inflamatórios potentes não inibem o crescimento
bacteriano que determina a manutenção da irritação local. Assim,
infecções devem ser primárias e especificamente tratadas com
antimicrobianos.
Que agentes anti-inflamatórios devem ser selecionados?
AINES: 1º escolha em eventos adversos.
AIES: Maior eficácia em uso seguro por 48-72h.
Intervalo entre as dosagens;
Meia-vida plasmática do fármaco (o tempo gasto para que a
concentração plasmática ou a quantidade original de um fármaco no
organismo se reduza pela metade.)
Houve redução de dor, rubor, edema, calor e incapacidade funcional?
1.
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2º escolha em não responsividade aos AINES;
1º escolha em necessidade de ação decisiva;
 3. Em que esquemas posológicos os anti-inflamatórios devem ser
administrados?
 4. Como avaliar os riscos e benefícios?
Classificação dos Aines
Ácido indolacético: Indometacina, Sulindaco.
Ácido Heteroarilacético: Tolmetin, Diclofenaco, Cetorolaco;
Ácido Arilpropiônico: buprofeno, Naproxeno, Fenoprofeno, Cetoprofeno;
Ácido enólico: Piroxican, Meloxican, Tenoxican;
Outros (inibidores semi-seletivos da COX-2): Nimesulida, Celecoxibe,
Rofecoxibe;
Os mais utilizados na prática
Cetoprofeno:
Mecanismo de ação:
Propriedades farmacológicas: Anti-inflamatório, analgésico e
antipirético;
Indicações: Artrite reumatoide, lupus, bursite, tendinite, contusões,
fraturas, lombalgia, dor ciática;
Interações medicamentosas:
Apresentação: comprimidos, gel tópico, injetável, gotas.
Substâncias: Profenid.
Mecanismo de ação: Inibição competitiva reversível da COX, reduz
concentração intracelular de ácido araquidônico.
Propriedades farmacológicas: ▪ O uso concomitante de diclofenaco
com diuréticos ou antihipertensivos (ex.: betabloqueadores, inibidores
da ECA), pode diminuir o efeito antihipertensivo. ▪ a administração
concomitante de diclofenaco com outros AINEs sistêmicos ou
corticoides, pode aumentar a frequência de efeitos gastrintestinais
indesejados
Indicações: Artrite reumatoide, inflamações pós-traumáticas e pós-
operatórias dolorosas, síndromes dolorosas da coluna vertebral, após
cirurgia dentária ou ortopédica, dismenorreia primária;
Efeitos adversos: Distúrbios gastrointestinais, nervosismo, ansiedade,
insônia, reações cutâneas e alérgicas, redução da função renal;
Apresentação: comprimidos, gel tópico, solução oftálmica, supositório e
intramuscular.
Substâncias: Arten, Cataflan, Voltaren, Tandrilax.
Interações medicamentosas: O uso concomitante de diclofenaco com
diuréticos ou anti-hipertensivos (ex.: betabloqueadores, inibidores da
1.
Inibição competitiva reversível da COX e efeitos inibitórios em leucócitos.
Administração com outros AINES aumenta o risco de úlcera e
sangramento;
Álcool – toxicidade hepática;
Anticoagulantes – sangramento;
 2.Diclofenaco:
Mecanismo de ação: Inibe a ação da enzima COX-2
Propriedades farmacológicas: Anti-inflamatório, analgésico e
antipirético;
Indicações: Variedade de condições que requeiram atividade anti-
inflamatória, analgésica e antipirética.
Efeitos adversos: prurido, sudorese, diarreia, náusea, vômitos,
alterações hepáticas, tontura e hipertensão.
Apresentação: comprimidos, supositório, suspensão, gotas, gel.
Substâncias: Nisulid, Cimelide, Scaflam, Scalid.
Interações medicamentosas: A administração concomitante de
nimesulida com anticoagulantes (varfarina) ou ácido acetilsalicílico
pode causar efeitos aditivos (aumento do risco de complicações de
sangramento).
 3. Nimesulida: 
 A administração com outros AINES pode levar a um aumento dos efeitos
adversos gastrintestinais.

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