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LegislaçãoLegislação Projeto de Lei 3491/2012 Remoção de animais em acidentes O Projeto de Lei do Deputado Ricardo Izar dá nova redação ao caput do Artigo 1º da Lei nº 5.970, de 11 de julho de 1973, para dispor sobre a remoção de animais que tenham sofrido lesão em caso de acidente de trânsito. Art.2º O Caput do Art. 1º da lei passa a vigorar com a seguinte redação: “ Art.1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a imediata remoção das pessoas ou animais que tenham sofrido lesão ou ferimentos, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública ou prejudicarem o tráfego.” Art.3º Esta lei entra em vigor da data de sua publicação. Justificativa: A importância da Lei nº 5.970, de 1973, foi facilitar a remoção de vítimas e veículos do local do acidente por parte da autoridade policial.Mas o legislador da época não englobou os animais como passíveis desse mesmo direito: de serem retirados do lugar onde ocorreu o sinistro. De acordo com o Artigo 225 da CF de 1988, cabe ao Estado zelar pela fauna e protegê- la; O Projeto de Lei busca cumprir as determinações da CF/1988 e da Declaração Universal dos Direitos dos Animais. D A T A 2 3 - 0 7 - 2 0 2 1 A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Projeto de Lei 4.542/2016 - Disque Denúncia Maus Tratos e Abandono Animais Art. 1º Fica instituído o serviço de Disque Denúncia de Maus Tratos e abandono de Animais, para receber denúncias referentes à violência ou crueldade praticada contra animais. Parágrafo único. O serviço a ser criado visa à proteção de nossa fauna, por meio de ações fiscalizadoras promovidas pelas instituições estaduais a partir de denúncias feitas por qualquer cidadão, por meio dos órgãos de comunicação, telefone, e-mail, carta ou qualquer outra forma de comunicação, levadas ao poder público. Art. 2º. Consideram-se maus tratos:I a XX – Incisos, retirados do Decreto-Lei 24.645, de 10 de julho de 1934. Art. 3º. O Governo Federal poderá celebrar convênios com os Estados, visando à instituição de uma política conjunta de apuração das denúncias formuladas e ao encaminhamento destas aos órgãos fiscalizadores competentes. Art. 4º. O custeio do serviço previsto nesta lei será feito por meio de dotações orçamentárias próprias, consignadas no orçamento do Governo, e de recursos oriundos de convênios e acordos celebrados com entidades públicas e particulares. LegislaçãoLegislação Art. 5º. O Poder Executivo promoverá ampla divulgação dessas medidas e divulgará um número de telefone para contato direto da população com o Ministério do Meio Ambiente. Projeto de Lei 4.564/2016 – Condutas de Maus Tratos Animais Autoria: Sr. Francisco Floriano Art. 1º. Esta Lei define a conduta de maus tratos praticada contra os animais e estabelece punição. Art. 2º. Entende-se por maus tratos: I – o abandono; II - o espancamento;III – o uso indevido ou excessivo de força; IV– mutilar órgãos ou membros; V – machucar ou causar lesões; VI – golpear involuntariamente; XIII – sujeitar o animal a confinamento e isolamento contínuos; XIV - deixar o animal preso, sem condições de se proteger do sol e da chuva; XV – obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças e a todo ato que resulte em sofrimento para deles obter esforços; XVI – expor, nos locais de venda, por mais de 12 horas, animais, sem a devida limpeza, privando os de alimento e água. VI – golpear involuntariamente; VII - açoitar ou castigar; VIII – envenenar; IX - deixar o animal sem água e/ou comida por mais de dia; X – deixar o animal preso em espaço que lhes obstem a respiração, o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou luz; XI–deixar o animal em local insalubre ou perigoso; D A T A 2 3 - 0 7 - 2 0 2 1 XII – privar de assistência veterinária o cão doente, ferido, atropelado, impossibilitado de andar e/ou comer; Parágrafo único. As condutas expressas que caracterizam os maus-tratos, não excluem outras decorrentes da ação ou omissão, dolosa ou culposa, despiedosa, nociva, prejudicial, que exponha a perigo ou cause dano à saúde ou ao bemestar físico e psíquico do animal, ou que implique, de qualquer modo, no seu molestamento. Projeto de Lei 7.199/2010 – Nova Redação ao Art. 32 da Lei 9. 605/1998 Art. 32. Praticar ato de abuso, maus- tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de dois anos e um mês a quatro anos, e multa. (NR) § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. De acordo com o Art. 32 da Lei 9.605/1998, Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. LegislaçãoLegislação Legislação Aplicada à Experimentação Animal: A utilização de animais em pesquisa é alvo de debates entre cientistas que conduzem experimentos com animais e grupos de ativistas de proteção aos direitos dos animais. Principais questões: Como proteger os animais e evitar sua utilização em experimentos desnecessários? Como aliviar os sofrimentos sem comprometer as respostas obtidas nos ensaios? Este problema permanece válido e controverso para a ciência, a sociedade e a política. A abordagem da utilização de animais em pesquisa experimental tem sido relacionada aos seus aspectos: Técnicos, Éticos, Jurídicos (ou políticos). D A T A 3 0 - 0 7 - 2 0 2 1 Os delineamentos experimentais devem reduzir o número de animais e o grau de sensibilidade neurofisiológica, ou seja, evitar dor, sofrimento, estresse e prejuízos duradouros. Existem vários métodos para avaliar a importância da pesquisa com animais. A adequação dos modelos animais trouxeram benefícios em relação ao estudo de determinadas doenças humanas e dos animais. A necessidade de se desenvolver técnicas substitutivas ao uso de animais na experimentação. 2 Aspectos Éticos: Cientistas que estudam as reações dos animais reconhecem que eles possuem consciência e memória e são capazes de sofrer, sentir dor, ter medo e lutar tenazmente pela vida. Os debates públicos e políticos sobre a experimentação animal existem oficialmente desde 1876, quando a primeira sociedade anti-vivissecção foi formada em Londres. A principal motivação para a condução de pesquisas é encontrar soluções para o tratamento efetivo ou para a prevenção das doenças que continuam a flagelar os seres humanos e os animais. A ética na experimentação animal assume dois aspectos: Positivo: derivado do empenho em prevenir ou aliviar o sofrimento dos seres humanos e dos animais. Negativo: os animais foram expostos ao sofrimento, como já demonstrou em várias pesquisas. 1- Aspecto técnico: A utilização de animais para a pesquisa de doenças humanas sempre despertou reflexões e opiniões favoráveis e contrárias. O avanço da fisiologia e da fisiopatologia foi permitido pela experimentação animal, e muitas inovações incorporadas aos cuidados em saúde humana poderiam não ter sido possíveis sem ela. Os resultados da experimentação animal justificam a sua utilização em pesquisa. Resultados válidos e precisos fornecem informações úteis para a decisão sobre os tratamentos que devem ser levados adiante em ensaios clínicos. LegislaçãoLegislação As pessoas aceitam a necessidade de utilização de animais em pesquisas, e não acreditam ou sabem que sua condução é feita dentro de padrões éticos e de bem- estar animal. Torna-se necessário levar ao conhecimento público os códigoséticos estabelecidos para a escolha do método a ser, ou já empregado, bem como a evolução dos resultados obtidos e que propiciaram avanços importantes para o conhecimento e tratamento de doenças. A partir de 1990, muitas sociedades científicas e de profissionais da área biomédica estabeleceram Comitês de Ética, cujos objetivos incluem a padronização de inspeções da experimentação animal. Periódicos de todo o mundo rejeitam artigos que omitem a informação sobre a aprovação ou não da pesquisa por comitês de ética locais. Desde a década de 1970, muita atenção foi dispensada para o estabelecimento de padrões bioéticos internacionais comuns. A primeira contribuição teórica significativa para minimizar os aspectos éticos negativos da experimentação animal foi feita por Russel & Burch, em 1959. Na obra The Principles of Humane Experimental Technique (1958), Russel e Burch propuseram o conceito dos três "Rs" (Reduction, Replacement e Refinement) para a experimentação animal: 1 Reduzir o número de animais usados em experimentos até um número D A T A 3 0 - 0 7 - 2 0 2 1 consistente com a obtenção dos objetivos do estudo; 2 Substituir os experimentos com animais por outros tipos de estudos, quando os objetivos científicos puderem ser alcançados sem a sua utilização; 3 Refinar o modo de condução dos experimentos científicos para assegurar o mínimo possível de sofrimento ou estresse para os animais envolvidos na pesquisa. Devido ao seu embasamento em fundamentos científicos aceitáveis, a implementação dos princípios dos 3Rs é o objetivo da legislação referente à experimentação animal em vários locais do mundo, como os Estados Unidos, a União Europeia e, parcialmente, no Brasil. Aspectos Legais A primeira tentativa de normatizar a pesquisa animal, foi proposta pela Cruelty to Animals Act, em Londres, numa época que coincidiu com a descoberta e a prática da anestesia cirúrgica por William T. G. Morton, utilizando éter, em 1846. A partir desta data, os animais passaram a merecer todos os benefícios conquistados e aplicados ao ser humano, principalmente quando da realização de um ato operatório indolor. Alguns tópicos normativos gozam do direito de imutáveis até a presente data: Drogas anestésicas de primeira linha são administradas para aliviar a dor; Experimentos animais devem ser realizados por pesquisador credenciado; LegislaçãoLegislação Os experimentos, motivados pela evolução da ciência, visam o bem dos seres vivos. Somente em 1876, na Inglaterra, foram elaborados os princípios de ética aplicados em benefício da experimentação animal, que vigoram até os dias atuais. Após a II Guerra Mundial, a conscientização sobre questões éticas relacionadas à pesquisa tornou-se evidente. O Código de Nuremberg e na Declaração de Helsinque tornaram-se dois grandes marcos para a orientação da pesquisa com animais. Código de Nuremberg Após a 2 Guerra Mundial, o Tribunal Militar de Nuremberg apresentou um tipo singular de crime: a de experiências de pesquisa, frequentemente fatais, realizadas em prisioneiros de guerra por parte de médicos nazistas. Elaborou um conjunto de 10 princípios centrados não no pesquisador mas no sujeito participante da pesquisa. O Código de Nuremberg estabelece que o paciente tem autonomia para decidir o que é melhor para ele e agir em consequência. O pesquisador deve proteger os interesses do seu paciente. Os voluntários podem, ativamente, proteger a si mesmos. Os voluntários têm tanta autoridade para terminar sua participação no estudo. Ele estabelece um paciente falante e que tem autonomia para decidir o que é melhor para ele e agir em consequência. D A T A 3 0 - 0 7 - 2 0 2 1 Ele requer que o pesquisador proteja os melhores interesses do seu paciente, mas também proclama que os sujeitos podem ativamente protegerem-se. Os voluntários têm tanta autoridade para terminar sua participação no estudo quanto os próprios pesquisadores. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação em animais e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo; dessa maneira, os resultados já conhecidos justificam a realização do experimento. Declaração de Helsinki II Foi elaborada pela Associação Médica Mundial, adotada na 18a. Assembleia Médica Mundial, Helsinki, Finlândia (1964) e Revista na 29ª Assembleia Mundial de Médicos, Tóquio, Japão (1975). A finalidade da pesquisa médica envolvendo seres humanos deve ser o aperfeiçoamento do diagnóstico, procedimentos terapêuticos e profiláticos e a compreensão da etiologia e da patologia da doença. O processo médico baseia-se na pesquisa que, em última análise, deve alicerçar-se em parte em experiência envolvendo seres humanos. Chama atenção ao cuidado especial na condução de pesquisa que possa afetar o meio ambiente e ainda o bem estar dos animais utilizados para a pesquisa deve ser respeito.
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