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Esquizofrenia - Classificação DSM-5

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Moarah Brito | FASAI | 5º período
Esquizofrenia .
Transtornos psicóticos
Conceitos básicos da psicose
➔ Psicose: síndrome clínica que inclui, como característica principal, vivências patológicas de
alheamento e distorção da realidade, principalmente na forma de alterações, das crenças e
julgamentos (delírios) e da sensopercepção (alucinações)
➔ Quadros que mais se aproximam do conceito coloquial de “loucura”
➔ Definem os transtornos psicóticos: delírios, alucinações, desorganização do pensamento
(discurso), comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo
catatonia) e sintomas negativos
Delírios
➔ São crenças fixas, não passíveis de mudança diante de evidências conflitantes
➔ Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas:
◆ Delírios persecutórios: crença de que o indivíduo irá ser prejudicado, assediado,..
◆ Delírios de referência: crença de que alguns gestos, comentários, estímulos
ambientais,.. são direcionados à própria pessoa
◆ Delírios de grandeza: quando uma pessoa crê que tem habilidades emocionais,
riqueza ou fama
◆ Delírios erotomaníacos: quando o indivíduo crê falsamente que outra pessoa está
apaixonada por ele
◆ Delírios niilistas: convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe
◆ Delírios somáticos: preocupações referentes à saúde
➔ Delírios são considerados bizarros se claramente implausíveis e incompreensíveis por outros
indivíduos da mesma cultura Incluem a crença de que os pensamentos da pessoa foram
“removidos” por alguma força externa (retirada de pensamento) ou de que o corpo ou as
ações do indivíduo estão sendo manipulados por uma força externa (delírios de controle)
Alucinações
➔ São experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um estímulo externo
➔ Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial
➔ Alucinações auditivas são as mais comuns na esquizofrenia e em transtornos relacionados
➔ As alucinações devem ocorrer no contexto de um sensório sem alterações
➔ As que ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são
consideradas como pertencentes ao âmbito das experiências normais
➔ Em alguns contextos culturais, podem ser elemento normal de experiências religiosas
Desorganização do pensamento (Discurso)
➔ Transtorno do pensamento formal
➔ Costuma ser inferida a partir do discurso do indivíduo
➔ Podendo haver mudança de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das
associações)
➔ As respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma
(tangencialidade)
Moarah Brito | FASAI | 5º período
➔ Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é quase
incompreensível, lembrando a afasia receptiva em sua desorganização linguística
(incoerência ou “salada de palavras”)
Comportamento Motor Grosseiramente Desorganizado ou Anormal (Incluindo Catatonia)
Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal
➔ Pode se manifestar desde o comportamento “tolo e pueril” até a agitação imprevisível
➔ Os problemas podem ser observados em qualquer forma de comportamento dirigido a um
objetivo → dificuldades na realização das atividades cotidianas
Comportamento catatônico
➔ Redução acentuada na reatividade ao ambiente
➔ Varia de resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de postura rígida,
inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras (mutismo e estupor)
➔ Pode incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação
catatônica)
➔ Outras características incluem movimentos estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas,
mutismo e eco da fala
➔ Os sintomas catatônicos são inespecíficos, podendo ocorrer em outros transtornos
Sintomas negativos
➔ Respondem a uma porção substancial da morbidade associada à esquizofrenia, embora
sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos
Expressão emocional diminuída
➔ Inclui reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala
(prosódia) e nos movimentos das mãos, cabeça e da face, os quais normalmente conferem
ênfase emocional ao discurso
Avolia
➔ É uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade
➔ A pessoa pode ficar sentada por longos períodos e mostrar pouco interesse em participar de
atividades sociais ou profissionais
Alogia
➔ Produção diminuída de discurso
Anedonia
➔ Capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na
lembrança do prazer anteriormente vivido
Falta de sociabilidade
➔ Aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à avolia,
embora possa ser uma manifestação de oportunidades limitadas de interações sociais
Moarah Brito | FASAI | 5º período
Esquizofrenia
➔ Um dos mais graves e debilitantes transtornos mentais
➔ Início na fase de adolescência/adulto jovem
➔ Evolui de modo crônico
➔ Modifica o funcionamento psicossocial do indivíduo
➔ 1% para prevalência ao longo da vida
➔ Taxa de mortalidade 2x superior ao restante da população (suicídio e complicações
cardiometabólicas)
➔ Pacientes com diversas apresentações sintomatológicas, diferentes respostas terapêuticas e
desfecho clínico variável
➔ Mescla de sintomas que envolvem alteração de
◆ Sensopercepção
◆ Pensamento (sobretudo em seu
conteúdo → delírios)
◆ Cognição como um todo,
◆ Emoções
◆ Comportamento global
◆ Funcionalidade psicossocial
Etiopatogenia e mecanismos fisiopatológicos
Fatores genéticos
➔ Risco relativo para familiar de 1º grau: 10%
➔ Chance de filho com pais esquizofrênicos: 50%
➔ Fortemente marcado por características poligênicas e por pleiotropia (um mesmo gene ou
conjunto de genes sendo responsável por mais de um desfecho fenotípico)
➔ A maior parte dos genes identificados codifica proteínas componentes de receptores
pós-sinápticos, como o
◆ Receptor dopaminérgico 2 (gene DRD2)
◆ Receptores glutamatérgicos (genes GRM3, GRIN2A, GRIA1)
Fatores ambientais
➔ Impactos negativos no neurodesenvolvimento
◆ Estresse e infecções materna | Deficiências nutricionais | Restrição do crescimento
intrauterino | Complicações na gestação e no parto | Nascidos no fim do inverno ou
começo da primavera | Criados em ambientes com alta urbanicidade | Baixa coesão
social | Expostos a adversidades na infância | Idade paterna avançada
➔ Transtornos por uso de substâncias
Função sináptica e neurotransmissão
Teoria dopaminérgica → sintomas psicóticos
➔ Previu-se que os sintomas psicóticos seriam provocados pelo excesso da atividade
dopaminérgica em regiões subcorticais vinculadas ao sistema límbico
➔ Posteriormente, passou-se a abordar os sintomas negativos, associando o quadro à
diminuição de atividade dos receptores D1 no CPF
➔ Mais recentemente, os receptores D3 passaram a ser apontados na saliência berrante →
vivências psicóticas, como delírio
Moarah Brito | FASAI | 5º período
➔ Alterações da regulação dopaminérgica são provenientes de uma sequência de etapas
anormais, envolvendo a interação de genes e ambiente → disfunções do sistema de
neurotransmissão, especialmente dos receptores pré-sinápticos D2
Neurônios GABAérgicos de oscilação rápida
➔ Menor produção de GABA e hipofunção de receptores excitatórios glutamatérgicos do tipo
NMDA→ redução da capacidade inibitória dos neurônios
Características clínicas
➔ Diagnóstico é clínico
➔ Não há elementos laboratoriais ou de imagem que funcionem como marcadores biológicos
específicos
➔ Descrição rica, envolvendo percepção, emoção, movimento e comportamento → perda do
contato com a realidade
➔ O efeito acumulativo da doença é grave e de longa duração
➔ Sintomas são divididos em 5 grupos
◆ Sintomas positivos: perdas das esferas de percepção (alucinação), no pensamento
indiferencial (delírios), no pensamento e na linguagem (discurso desorganizado) e no
comportamento bizarro. Geralmente, relacionado com antecedente pré-mórbido bom,
início agudo, sintomas psicóticos produtivos, cognição intacta, boa resposta ao
tratamento com neuroléptico e mecanismo neuroquímico reversível
◆ Sintomas negativos: diminuiçãode fluência do discurso e do pensamento (alogia), na
expressão emocional (embotamento afetivo), na volição e no impulso (abulia) e na
capacidade hedônica (anedonia). Quando o antecedente pré-mórbido é ruim e
pobre, tem início insidioso, com sintomas negativos que prejudicam o desempenho da
vida cotidiana, cognição diminuída e má resposta ao tratamento além de alterações
estruturais irreversíveis
◆ Humor disfórico
◆ Ativação/Hostilidade
◆ Preocupação autista
Moarah Brito | FASAI | 5º período
Fontes:
➔ Psicopatologia - Estudos Fundamentais
➔ DSM-5
➔ UpToDate: Psychosis in adults: Initial management
➔ Farmacologia Ilustrada

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