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resenha pnsa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS
ORNITOPATOLOGIA - 2020.1
EQUIPE: Adriana Sodré, Ana Vitória Rios, Hugo Lima, Izaura Carvalho, Lisandra
Catarina Carneiro
RESENHA: PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA (PNSA)
Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o número um em exportação de carne de frango no mundo. Em 2020 as vendas alcançaram 4,230 milhões de toneladas, superando em 0,4% o total embarcado em 2019, em consequência a essa grande importância nacional e internacional o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) que tem a finalidade de regulamentar a produção avícola para manter os planteis seguros.
Os objetivos centrais do PNSA é prevenir e controlar as enfermidades de importância avícola e para saúde pública, definir ações que possibilitem a certificação sanitária no plantel avícola nacional e aperfeiçoar a elaboração de produtos avícolas mais saudáveis para o mercado interno e externo. 
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) com o PNSA estabelece medidas de prevenção, controle e vigilância, principalmente, doenças de notificação da OIE que pode causar impactos na saúde animal e pública, como Influenza Aviária (exótica no Brasil), Doença de Newcastle, salmonelose e micoplasmose.
Para fazer a prevenção, controle e erradicação dessas doenças o PNSA aplica medidas de controle sanitário, como: atenção às notificações de suspeitas de doenças, padronização e fiscalização de medidas de segurança, assistência aos focos de doenças, fiscalização e registro de estabelecimentos avícolas, controle e fiscalização do trânsito de animais, suspender importações de aves, ovos, produtos e subprodutos avícolas vindo de países onde foram notificadas influenza aviaria, capacitar médicos veterinários, entre outras medidas sanitárias.
Quando os produtores de carne de frango implementam e mantêm boas práticas baseadas na biosseguridade, os riscos de introdução e de disseminação de doenças em suas granjas são menores.
O controle pode ser feito por vigilância de ativa, quando o serviço social aparece sem ser chamado para verificar se existe a presença de algum patógeno na granja, com o foco nas doenças já citadas.  Ou ainda vigilância passiva através do produtor, onde o serviço social entra para verificar se há doença que foi notificada ou não.
Na presença de Inflenza Aviaria (nunca identificada e exótica no país) e Newcastle todas as aves são sacrificadas, após a desinfecção e passado às 72 horas, é feito a introdução das aves sentinelas, e, depois feito a verificação sorológica, até completar 21 dias, após esse tempo mínimo e com a permissão do Serviço Oficial pode ser introduzido novas aves.
Animais positivos para micoplasmose também são sacrificados, exceto matrizes positivas para M. synoviae que podem ser tratos com antibiótico e retestados após o período de eliminação de resíduos do medicamento. Se tiver a presença da micoplasma no plantel o comércio internacional de seus produtos (ovos férteis e pintos) é proibido.
Quando identificados animais com salmoneloses todas as aves positivas são abatidas e os ovos são eliminados, apenas positivas para S.Enteritidis (SE) e S.Typhimurium (ST) podem ser realizados o tratamento com antibiótico espécifico. Deve suspender a incubação de ovos até obter resultados negativos, novas provas são realizadas 5 dias após o fim do tratamento, depois de dois testes positivos recebe certificado como controlado para SE e ST.
Qualquer suspeita deve ser enviada amostra do material de lesão sugestiva da doença para laboratórios oficiais, se for constatado doença o abate é suspendido e todo o local passa por um processo de desinfecção, além de ser comunicado imediatamente ao serviço social. A propriedade com suspeitas é interditada, feito o registro de todas as categorias de aves, indicando o número de aves mortas com ou sem sinal clinico, e, reforçar as etapas de biossegurança. É feito o isolamento e identificação do germe a partir de amostras de aves vivas ou após necropsia das sacrificadas, ou as que morrem com sintomatologia das doenças. É feito investigação epidemiológica e averiguado os outros planteis até 7 km próximos ao plantel com suspeita.

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