Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
[ Grupos Anti-protozoários Anti-helmínticos Amebicidas Antinematodos Antimalárico Antitrematodos Antitripanossoma Anticestodos Antileishania Mais de um bilhão de pessoas no mundo são infectados por parasitas. Os parasitas de importância médica incluem: Protozoários Helmintos “vermes” Malária Cestódeos (“vermes chatos” ou “tênias- teníase”) Toxoplasmose Nematódeos “vermes cilíndricos”- filiaríase, estrongiloadíase e ascaridíase” Giardíase Trematódeos “fascíolas- esquistossomose” Amebíase Leishmaniose Tripanossomíase - Unicelulares: formado somente por uma célula (Ex: protozoários e as bactérias). - Eucariontes: presença de núcleo definido, com material genético envolvido por envelope nuclear. - Heterotróficos: organismo que não são capazes de produzir seu próprio alimento, e necessitam de matéria orgânica já previamente produzida. - Causada pela protozoário: Entamoeba histolytica. - Causa uma infecção assintomática intestinal. - Portador é a fonte de infecção. - Transmitida por alimentos ou água contaminada com cistos, contido em alimentos e água contaminados com fezes do portador. Ciclo de vida Ingestão de cistos por água ou alimento contaminado. Enquanto o cisto percorre pelo tudo digestório (intestino delgado) se inicia o processo de desencistamento no estômago. 4 núcleos do cisto se dividem em 8 se transformando em (trofozoítas). Trofozoítas migram para o intestino grosso no qual colonizam a região e multiplica-se por divisão binária. Dependendo da cepa e da alimentação, os trofozoítos podem sair da luz intestinal e afetar outros tecidos, provocando lise e destruição do tecido do hospedeiro. (Ex: fígado, cérebro, epiderme-causando erupções cutâneas). Trofozoítas diminuem a sua atividade, eles se encistam (pré-cisto- colón) que será eliminado através das fezes. ⚠ Obs: Trofozoíto⇾ colonização assintomática; amebíase intestina; causa perfuração intestinal e/ou abscesso hepático. Sintomas - A ingestão de cistos resultar em vários desfechos clínicos: • Excreção assintomática dos cistos até o desenvolvimento de doença invasiva. • Assintomático: maioria dos casos é assintomático. (amebíase infecção). Os cistos sofrem desencistamento (amadurecimento) no intestino delgado, porém não invadem a mucosa intestinal. A seguir, esses trofozoítas sofrem encistamentos no cólon e são eliminados nas fezes. • Sintomático: invasiva (amebíase doença). Trofozoítas ativos invadem o epitélio intestinal, resulta em amebíase intestinal (desinteria amebiana) que se caracteriza por diarreias e cólicas abdominais ou perfuração intestinais. A disseminação da infecção pela veia porta pode causar abcessos hepáticos. • Diarreia • Febre • Cólica até abscesso hepático. Representa a doença parasitária mais importante dos seres humanos. - 4 espécies do gênero plasmodium que causa malária: • Falciparum (95% dos casos) - Causa a forma mais grave, e fatal dessa doença. • Vivax (95% dos casos) • Ovale • Malarie Classificação Os fármacos antimaláricos podem se utilizados de acordo com a utilidade: - Profiláticas: indivíduos que residem em uma região ou que estão viajando por essa área. - Tratamento: indivíduos com malária aguda na fase eritrocitária. (esquizonticidas sanguíneos) - Utilizados para eliminar a infecção no estágio hepático de hipnozoíto. (esquizonticidas teciduais). - Gametocidas: matam os estágios sexuais e impedem a transmissão para os mosquitos. Ciclo de vida Mosquito Anopheles: vetor da doença. - Ingere as formas sexuadas (gametócitos) ao se alimentar do sangue de um ser humano infectado. - Ocorre fusão dos gametócitos masculino e feminino e maturação (esporozoítos) são liberados dos oocistos. - Os esporozoítos que migram para as glândulas salivares do mosquito, infecta outro hospedeiro humano durante o repasto sanguíneo. Humano: parasita da doença. - Esporozoítos migram e multiplicam-se no fígado, formando esquizontes teciduais (merozoítos) (assintomático). P.vivax e P. Ovale- formas hepáticas latentes (hipnozoítos (recidiva). - Rompimentos de hepatócitos liberam merozoítos na corrente sanguínea. - Merozoítos invadem os eritrócitos, multiplicam-se de modo assexuado e formam esquizontes sanguíneos. - Merozoítos sofrem mutação, diferenciando-se em gametócitos que infectam um mosquito completando o ciclo de vida. Metabolismo do heme - Dependem dos aminoácidos liberados das moléculas de hemoglobina. - Plasmódio degrada a hemoglobina dos eritrócitos, libernado aminoácidos e metabólicos HEME (ferriprotoorfirina IX) é tóxico, e polimeriniza o metabólico para deixar de ser tóxico. - Fármaco anti-malárico: inibe a polimerização do HEME, resultando em ambiente tóxico para plasmódio intra eritrocitário. (Ex: Quinolina, Cloroquina). Transporte de elétrons - O plasmódio possui mitocôndria com pequeno genoma que junto com proteínas do genoma nuclear formam a cadeia transportadora de elétrons. Que dependem desse transporte para oxidação de uma enzima envolvida na síntese de nucleotídeos (DHOD). - Ubiquinoma (proteína integral de membrana) oxida enzima DHOD, ou seja, interromper essa capacidade acarreta e não replicação do DNA plasmódio. (Ex: Primaquina; Atovaquona) Inibidores de tradução Inibidores da tradução, inibem a síntese de proteínas do parasita. Ex: (Doxiciclina, Tetraciclina e Clindamicina) Inibidores do metabolismo do folato - O folato é uma vitamina essencial envolvida na transferência de unidades de um carbono em uma variabilidade de vias de biossíntese, incluindo a dos precursores do DNA e RNA e certos aminoácidos. - Inibição do folato produzido pelo parasita resulta em um tratamento bem sucedido. Ex: ( Sulfadozina e Primetamina, Proguanil) Causada pelo parasita Trypanossoma cruzi, que é transmitido para animais e pessoas por insetos vetores (barbeiro ou triatomíneo). Ciclo de vida - Durante o repasso sanguíneo o inseto ingere a forma contaminante (tripomastigotas)de um hospedeiro já infectado. Dentro do insento a tripomastigosta se transforma em epimastigotas no intestino do inseto, de forma que começa a se multiplicar, se transformando em tripomastigotas. Ao mesmo tempo que o inseto realiza repasto sanguíneo, ele defeca no local da picada, e ao coçar o orifício da picada, a forma tripomastigota penetra o hospedeiro, que é fagocitado e invadi as células fagocitárias (macrófagos ou monócitos). Assim, a forma tripomastigosta se transforma em amastigota, dentro da célula, se replicado por divisão binária, depois a célula é rompida liberando as formas contaminantes tripomastigosta na circulação sanguínea, que infectam as células adjacentes ou ganhar a corrente sanguínea e infectar as células adjacentes do hospedeiro. - Transmitida pelo mosquito palha (Lutzomya longipalpis). - Existe de 3 formas: • Cutânea • Muco cutânea • Visceral (fígado e baço): calazar (forma mais grave da doença), onde acarreta um estágio de inflamação e aumento desses órgãos pelo fato do parasita está se multiplicando nessas regiões. Ciclo de vida - A fêmea de flebotomíneo já infectada ao fazer o seu repasto sanguíneo, inocula na derme do hospedeiro promastigotas (forma infectante), que entram em macrófagos, no qual é formado um vacúolo, com a junção do lissosomo (fagolissomoso). Logo após, a promastigosta se tranforma em amastigota por divisão binária. O macrófago se rompe liberando as amastigotas queiram infectar outros macrófagos. - L. dermotrópica: continuar infectando macrófagos na derme, e os indivíduos apresentam úlceras no local da picada. - L. viscerotrópica: após o rompimento do macrófago, as amastigotas irão migrar (fígado ,baço, medula óssea) - Infecção do vetor: não se infecta pelo homem, pois não possui leishmaniose na pele sadia, e nem no sangue, apenas na sua úlcera. Assim, se infecta por outros hospedeiros vertebrados (cão, rato), ingerindo macrófagos infectados. - Multicelulares. - Possui sistema: digestório, excretor, nervoso e reprodutor. - Pode infestar: sangue, fígado, intestino e outros tecidos. - Os helmintos podem ser classificados em três classes: • Nematódeos (vermes cilíndricos) • Trematódeos (fascíolas,esquistossoma) • Cestódeos (tênias) - A presença de um sistema nervoso rudimentar proporciona diversos alvos possíveis para os agentes anti-helmínticos. Fisiologia - A infecção ocorre através de alimentos ou água contaminada com larva ou ovos. - Larvas no solo podem penetrar na pele e insetos transmites pela picada. Ciclo de vida - Os ovos ou as larvas desenvolvem-se em vermes adultos. Podem migrar pelos tecidos (incluindo olhos- oncocercíase) e entrar no estágio sexual. - Os vermes adultos liberam ovos ou larvas, que são eliminados através do trato gastrointestinal. - As larvas presentes nos seres humanos também podem ser ingeridas por insetos durante uma refeição de sangue. - No solo ou no interior de vetores hospedeiros, os ovos ou as larvas tornam-se infectantes para os seres humanos, com reinício do ciclo. ✿ ✿ Amebicidas Antimalárico Metronidazol - É inativo até ser reduzido pelo hospedeiro. - Quando ativado (sofre redução), forma compostos citotóxicos reduzidos, que se ligam a proteínas, membranas e DNA nas células alvo. (protozoários) - Efeitos adversos: desconforto grastrointestinal, cefaleia, neuropatia ocasional, gosto metálico e náuseas. - Usado para tratar: tricomonas vaginal e giardíase. Cloroquina - Difundi no vacúolo do parasita, onde é protonada e não consegue ser eliminada. - Inibir a polimerização do metabolismo HEME (provocando toxicidade ao parasita). - Ineficaz contra cepas de P.falciparum na África, Ásia e América do Sul (cepa resistente), provável mutação em uma proteína PFCRT (bombeia cloroquina para fora.) - Usado de forma profilática. - Quando utilizadas em forma supra terapêuticas pode causar: vômito, hipotensão e cefaleia. Tinidazol - Mecanismo não bem definido. Mas acredita-se ser semelhante ao mecanismo de ação do Metranidazol, relacionado com a geração de radicais livres citotóxicos. - Efeitos adversos: gosto metálico na boca e desconforto gastrointestinal. Usado para tratar: tricomonas vaginal e giardíase. Quinina e Quininida - Semelhante estrutural com a Cloroquina. - Também inibe metabolismo do HEME, fazendo com que continue tóxico para o parasita. - Quinina: faz uma ligação de hidrogênio com o DNA, impedindo replicação dos plasmódios na fase eritrocitária. - Não é utilizado de forma profilática. - Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, cefaleia, surdez e zumbido. - Não se liga ao DNA. - Efeito adversos: náuseas, arritmias, bradicardias, pesadelos, insônia. - Os efeitos adversos não anulam o seu benefício ao uso. - Usada em forma terapêutica, como forma profilática ________________________________________ - Não é tão efetiva de forma profilática. Mas, é utilizada de forma terapêutica. - Evidências de resistências, faz com que seja um segundo agente a ser administrado juntamente com artemisinina. - Efeitos adversos: vômito, diarreia e tontura. - Ataca as formas hepáticas (graves) , utilizado como fármaco padrão para esta forma. - Interrompe o metabolismo mitocondrial dos plasmódios. - A atividade anti-malárica é atribuída á quinona, um metabólico da primaquina que interfere na função ubiquinoma como transportador de elétrons. - Pode ser usada como agente profilático. Nitazoxanida - Amplo espectro de ação: helmintos e bactérias. - Rapidamente hidrolisada para metabólico ativo: Tizoxanida. - Bem tolerada e possui poucos efeitos relatados. - Usado para tratar: Giardíase (liberado para crianças) Mefloquina Iodoquinal - Amebicida luminal intestinal. - Pode ocasionar aumento do iodo sérico então é contraindicado em pacientes com intolerância ao iodo. - Pode gerar neurotoxicidade quando uso prolongado. Artemisinina Emetina e Deidrometina - Eficaz contra trofozoítas teciduais. - Devido sua toxicidade é utilizada apenas em amebíase grave onde o metronidazol (1° linha) não pode ser utilizado. Primaquina - Efeitos adversos: arritmia, insuficiência cardíaca e hipertensão. - Os indivíduos com deficiência uma enzima desidrogenase (G6PD), capaz de proteger seus eritrócitos da lesão oxidativa), uso de primaquina induz hemólise fatal (não pode ser usada na gravidez). - Efeitos colaterais: distúrbios gastrointestinais, neutropenia, hipertensão e arritmias. Atovaquona - Análogo de ubiquinona: interrompe a cadeia de transporte de elétrons, impedindo a replicação do DNA. - Normalmente é utilizada em associação com outro agente antimalárico. - Pode ser usado de forma terapêutica e profilática. Doxiciclina, Tetraciclina e Clindamicina - Inibidores da tradução, inibem a síntese de proteínas do parasita. - Se liga ao ribossomo, bloqueando ligação do RNA transportador e mensageiro. - Doxiciclina e Tetraciclina (são semelhantes) e devem ser sempre usados em associação. • Efeitos adversos: náuseas e diarreia. • Antibióticos ativos contra esquizontes eritrocitários da malária em humanos. • Atua contra os parasitas da malária ao inibir a síntese de proteína em sua organela. - Clindamicina, bem tolerada em crianças. • Efeitos adversos: diarreia quando usado com antibióticos e não é utilizado como profilático. Sulfadoxina e Pirimetamina - Inibe a biossíntese do ácido fólico. -Quando usadas em combinação, impede o crescimento dos parasitas. - Existe resistência a esses fármacos, normalmente é administrada em dose única e não usado como profilático. Proguanil - Atua na forma hepática. - Pode ser usado em associação com outro antimalárico. - Existe relatos de ulcerações orais, pancitopenia e trombocitopenia, com o uso deste medicamento - Pode ser combinado com outros antimaláricos. Antitripanossoma Antileishmania Pentamidina - Age principalmente na tripanossomíase africana (Trypanossoma brucei gambíense)- doença de sono. - Inibe a síntese de DNA, RNA, proteína e fosfolipídio. - Possui alta afinidade pelo DNA nos cineroplastos (uma organela que contém DNA Estibogliconato de sódio e antimoniato de meglumina - Antimônio pentavalente. - Inibe a via glicolítica e oxidação de ácidos graxos (processos do metabolismo do parasita). - Pode causa supressão da medula óssea, pancreatite e nefro toxicidade. em certos protozoários e suprime a replicação dos cinetoplastos. - Os protozoários que possuem cinetoplastos incluem Tryoanosoma e Leishmania. - Altamente tóxica, no qual 50% dos pacientes tem efeitos colaterais. - Efeitos colaterais: náuseas, tontura, pancreatite e lesão renal. Suramina - Age no Tripanossomíase africana de estágio inicial (não acometeu SNC). - Inibe o metabolismo energético e a RNA polimerase, interferindo na replicação do parasita. - Efeitos colaterais: vômitos, náuseas e parestesias. Anfotericina e miltefosina - Anfotericina (antifúngico): forma visceral. - Devido a resistência do parasitaaos antimônicos se faz necessário uso de agentes alternativos. Melarsoprol - Utilizado no tratamento do estágio avançado (comprometimento do SNC). - O parasita depende da glicose para produção de ATP, o fármaco inibe a glicose, o parasita perde motilidade e sofre lise. - Tóxico para os seres humanos. Eflornitina - Menos tóxica que melarsoprol, nos estágios iniciais e avançado. Nifurtimox - Doença de chagas (Trypanossoma cruzi. - Ao sofrer redução gera radicais superóxido tóxico ao parasita. Efeitos colaterais: anorexia, vômitos, transtorno do sono e convulsões. Antihelmintos Ivermectina - Utilizado em oncocercíase (Onchocerca volvulus- nematóide) causa ceratite, cicatrização ocular que pode causar cegueira. - Age com o bloqueio da transmissão neuromuscular do verme paralisado. - Mata as microfilárias (larvas em desenvolvimento), mas não mata adultos. - Efeitos adversos: (atribuídos a inflamação gerada pela morte dos vermes) cefaleia, tontura, fraqueza, dor abdominal e febre. Albendazol, Mebendazol e Tiabendazol - Inibe a polimerização da tubulina do verme. Impedindo, então a motilidade e a replicação do DNA dos nematódeos, degenerando as células e levando a morte. - Tiabendazol é alternativa para Albendazol no tratamento de larva migrans cutânea. - Efeitos adversos: Provoca náuseas, vômitos e anorexia, por isso raramente é utilizado. Prazinquantel - Tratamento para tênia e esquistossomose. - Provoca permeabilidade da membrana do parasita ao cálcio, provocando paralisia. - Efeito adversos: náuseas, cefaleia e desconforto abdominal. Citrato de Dietilcarbamazina - Preferível para tratar filariose. - Imobiliza as microfilárias, fazendo com que tenha paralisia e provoque a morte do parasita. - Efeito adversos: leves (fraqueza, náuseas e vômito). Niclosamida - Medicamento de segunda linha. - Usado contra helmintos em geral. - Efeitos adversos: diarreia, vômito e desconforto abdominal. Oxamniquina - Alternativa ao plaziquantel em casos de resistência. - Mecanismo ainda desconhecido. - Eficaz em todos os estágios de esquistossomose. - Efeitos adversos: cólica, vômito e diarreia.
Compartilhar