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TCC – UNIMES - CURSO DE GEOGRAFIA
Nome dos estudantes da Unimes
Amanda Pappert Sanches Soares
Jeferson Augusto Queiroz Costa
Karine de Oliveira Ferraz
Lídia M. Varela
Jairo Mene de Oliveira
Dados da escola
Ano: 3ª série do Ensino Médio
Número de Alunos:22 alunos
Número de Turmas: 1
Disciplina: Geografia
1 OBJETIVOS PARA O ENSINO MÉDIO
A Geografia se une à História, à Sociologia, à Filosofia, à Antropologia, especialmente nos temas propostos neste plano de aulas: Sujeito, Processos e Dinâmicas do Espaço Agrário e Estado, Movimentos Sociais e Conflitos, com o subtema, que permite um foco, dentro desse universo temático, rico e pluralista: Direitos Territoriais e a Questão Indígena no Brasil. Como reflete Nogueira [s.d.], pensar em Geografia é estabelecer relação com um saber que vem sendo acumulado a partir das relações vividas [...] é pensar, também, em um saber que serviu aos homens nos seus projetos de conquistas territoriais. Segundo a BNCC para o Ensino Médio, em Geografia, e como competências específicas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para o Ensino Médio, temos:
	1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos. possíveis relações entre eles.
	2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais, geradores de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder. 
	3. Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global. Esta competência visa abordar conteúdos sobre sustentabilidade no contexto da descrição de Biomas, Atmosfera, Geologia, Hidrografia.
	4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades. Esta competência se diferencia das anteriores, no enfoque aos Direitos Humanos e Desigualdade Social, o que está diretamente relacionado à questão das lutas por direitos territoriais dos indígenas brasileiros, além de outros movimentos sociais, referentes à questão territorial. 
	5. Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
	6. Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
 A cada competência relatada, correlacionam-se códigos de habilidades a serem desenvolvidas nos alunos, aos quais destacamos algumas, como escopo deste trabalho - porém, ressalta-se que existem outras habilidades, além destas, ligadas a essas 6 competências, as quais também serão objetivadas.
2 INTRODUÇÃO
A Geografia, cada vez mais, interage com outras Ciências Humanas, aumentando sua própria importância e o destaque para seu real papel: formar indivíduos conscientes de diversas realidades e conhecedores de variadas culturas, além de trabalharem “pré-conceitos” e entenderem conflitos e disputas sociais e políticas, que hoje permeiam debates como as questões agrária e territorial, posse de terras, direitos dos povos indígenas. Foi-se o tempo em que estudar Geografia era decorar nomes de cidades, Estados e Países, estudar relevo, nomes de rios e afluentes, tipos de clima etc. Não que isso não tenha importância, mas há muito que a Escola vem cumprindo seu papel de se basear em currículos cada vez mais abrangentes e diversificados, preocupando-se com a inter e transdisciplinaridade, que é, segundo Santana (Disponível em: https://www.infoescola.com/educacao/transdisciplinaridade/. Acesso em: 16 abr. 2020.), um enfoque pluralista do conhecimento que tem como objetivo, através da articulação entre as inúmeras faces de compreensão do mundo, alcançar a unificação do saber. 
Dessa forma, vê-se a importância atual do Ensino de Geografia e concorda-se com as palavras de Nogueira:
Pensar em Geografia nos leva, enfim, a pensar em um conhecimento escolar que por necessidade de novas descobertas, e por ter uma definição do que era fazer Geografia e do para que serve esse conhecimento, levou esse a ser sistematizado como conhecimento científico. A Geografia desde então fez parte dos projetos de formação escolar nas políticas públicas para a educação. Assim como a História e a Língua Nacional, a Geografia é reconhecida como disciplina importante na formação nacional.(NOGUEIRA. 05 de abril de 2020). 
3 CONTEÚDOS
Ainda segundo Nogueira (op. cit.), para o ensino de Geografia, foi proposto um modelo nacionalista e patriótico, que delineou os conteúdos escolares, até o final da década de 1970, o que muda, na década de 1990, que foi marcada pela discussão dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Fundamental e Médio (PCNs), retomando-se a proposta de ter diretrizes norteadoras para o ensino de Geografia no Brasil. Conforme Carvalho e Farias (2013), as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) apontam como objetivo para o Ensino Médio de Geografia, fundamentar-se em um corpo teórico-metodológico, baseado nos conceitos de natureza, paisagem, espaço, território, região, rede, lugar e ambiente, incorporando também dimensões de análise que contemplam tempo, cultura, sociedade, poder e relações econômicas e sociais e tendo como referência os pressupostos da Geografia como Ciência que estuda as formas, os processos, as dinâmicas dos fenômenos que se desenvolvem por meio das relações entre as sociedades e a natureza, conquistando o espaço geográfico.
	O professor e o aluno precisam desenvolver competências e habilidades que os ajudem a comparar, analisar, relacionar, identificar, compreender e articular os conteúdos e atividades didáticas, para o entendimento do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, do lugar de vivência à esfera mundial, observando-se que para a formação do sujeito não é imperioso somente os conteúdos curriculares, faz-se necessário dimensionar a relação dos conteúdos com as competências e habilidades no processo ensino-aprendizagem. 
Trabalhar dentro desses preceitos é estabelecer uma relação com os 4 pilares da educação: saber conhecer, saber fazer, saber conviver e saber ser, despertando assim o aluno para exercer seu papel de cidadão. Aprender o novo, construir e reconstruir. 
 No Brasil, a década de 1970 é um período de especial importância para a formação das características produtivas atuais da região centro-norte do Brasil, quando as novas conjunturas econômicas, externa e interna, favoreceram consideravelmente a expansão agrícola moderna, como resposta ao aumento da demanda ao consumo de alimentos, resultado da expansão da urbanização do país e da necessidade de reduzir o impacto da crise do petróleo na economia nacional. O governo brasileiro incentivou a intensificação da produção agrícola para exportação para obter recursos que se destinaria ao pagamento da crescente dívida externa, a qual ganhava volume na medida em que o país se tornava mais dependente da importação de combustíveis fósseis. Atualmente, com o neo-liberalismo, voltando a imperar, em 2020, novamente a questão do agronegócio e pecuária tornou-se foco de debates e polêmicas, em torno dos diretos territoriais, especialmente dos direitos de negros e indígenas, em relação à ocupação de terras. 
 Muitas décadas se passaram, marcadas por conflitos, violênciae mortes de defensores da posse de terras por seus habitantes originários - quilombolas e indígenas, por exemplo. Nesse sentido, a Geografia encontra aliadas nas disciplinas como História e Sociologia - através do estudo sociológico e histórico desses acontecimentos ;  Língua Portuguesa - especialmente em relação à herança desses povos e suas culturas em nossa língua materna e costumes, gastronomia, crenças religiosas, folclore, música ; Ciências Biológicas  e Química - remédios e cosméticos, desenvolvidos através de plantas, ervas, folhas e frutos, advindos de sabedoria ancestral .
Segundo Santos (2000), estudar os agentes sociais, a luta pela terra e o processo de reforma agrária implica compreender a heterogeneidade das transformações sociais no espaço social agrário brasileiro. Os movimentos sociais rurais têm sido foco de vários estudos, que apontam para o seu papel ativo na luta por direitos dos grupos excluídos dentro da sociedade brasileira. 	A Constituição de 1988 pode ser considerada um marco na conquista e garantia de direitos pelos indígenas no Brasil, de acordo com o pesquisador da área de Direitos Humanos, Gustavo Proença (apud Oliveira, 2017), pois modificou um paradigma e estabeleceu novos marcos para as relações entre o Estado, a sociedade brasileira e os povos indígenas, enquanto o Estatuto do Índio (Lei 6.001/73) previa prioritariamente que as populações deveriam ser "integradas" ao restante da sociedade, pois o constituinte de 1988 entende que a população indígena deve ser protegida e ter reconhecidos sua cultura, seu modo de vida, de produção, de reprodução da vida social e sua maneira de ver o mundo.
Dessa forma, pode-se organizar para uma turma de 3ª série de Ensino Médio um cronograma com aulas, com os seguintes temas, em um semestre: segregação socioespacial e exclusão social; o espaço geográfico rural; a propriedade da terra; a urbanização; problemas ambientais e sociais urbanos e rurais; a formação étnica no Brasil; conflitos étnicos na atualidade; conflitos com povos indígenas pela posse de terras em várias regiões brasileiras; o Brasil frente às Organizações e Fóruns Internacionais sobre violência, conflitos, posse de terras e Direitos Humanos; territórios e fronteiras; questão agrária no Brasil; legislações pertinentes aos direitos dos povos indígenas; legislações nacionais e internacionais sobre Direitos Humanos; dinâmica da população; o solo e seus usos, a ocupação rural nos mundos temperado e tropical; a agropecuária - agronegócio/agroindústria - ; a exploração minero energética. Observe-se que as notas de rodapé comporão a bibliografia a ser indicada aos alunos, além de outros acréscimos. 
4 ESTRATÉGIAS 
 A proposta para este plano de aula denominado: Sujeito, Processos e Dinâmicas do Espaço Agrário e Estado, Movimentos Sociais e Conflitos, segue as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio (DCNs) onde o professor de Geografia deve abordar a cultura e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental), tais temáticas deverão ser trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia. 
 Segundo essas diretrizes o conteúdo pedagógico seguirá um norte em sua metodologia, e o trabalho pedagógico do professor ao abordar a história e a cultura afro-brasileira e indígena pode ser feito, de diversas maneiras sendo observado sempre o desenvolvimento dos alunos e sua compreensão dos conteúdos da Geografia.
 Para alcançar os objetivos proposto no plano de aula dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, seguirá as competências específicas de Ciências Humanas - Geografia aplicada para o Ensino Médio, segundo a BNCC “[...] para fazer a leitura do mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geografia, os alunos precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico; essa concepção, que valoriza a capacidade dos jovens de pensar espacialmente por meio do raciocínio geográfico, é compartilhada por propostas curriculares de diversos países, como o Reino Unido, Portugal, Estados Unidos da América, Chile e Austrália. ”
 Nesse contexto a estratégia para fugir da metodologia tradicional é o planejamento de aulas dinâmicas, tais quais; uso de recursos tecnológicos como: data show, projetores e aulas interativa utilizando a internet, Debates criativos com situações inovadoras que venham a atender o aluno de forma plena, tornando assim mais fácil o aprender.
Segundo Almeida e Fonseca Júnior (2000 p.20), 
“[...] ser inovador, criativo, é conseguir romper com o óbvio. É ser capaz de formular a pergunta que ninguém ousa, propor o que ninguém proporia. Para ser criativo é preciso ter desapego pela acomodação, ter a coragem de enfrentar a resistência e, principalmente não ter medo de errar.”
 Debate de interação é uma estratégia que será utilizada para desenvolver a curiosidade do alunado, a capacidade de pesquisa individual e grupal sobre o tema Sujeito, Processos e Dinâmicas do Espaço Agrário e Estado, Movimentos Sociais e Conflitos, será considerado em todas as atividades ao decorrer do semestre, bem como avaliações de consulta e orais.
AVALIAÇÃO
 A avaliação deverá fazer parte da rotina em sala de aula e estará presente de modo operante em todas as disciplinas visando se os objetivos propostos foram alcançados de maneira plena e promissora, observando e respeitando a capacidade e o ritmo individual de cada aluno, deve orientar a aprendizagem e melhorar o sistema de ensino, será progressiva, conforme o término de cada atividade proposta em sala. A avaliação será processual e final; individual e em grupo na atribuição da interdisciplinaridade. 
 A Processual para a verificação da evolução nas noções espaciais, dimensões econômica, cultural e demográfica, política e socioambiental presentes no espaço geográfico. E final para a verificação dos objetivos propostos, a compreensão da diversidade étnico-racial e das diferenças dos grupos sociais, com base em princípios éticos (respeito à diversidade e combate ao preconceito e à violência de qualquer natureza); foram atingidos.
 Deverá ser elaborada uma ficha de observações contendo: as atitudes, habilidade e competências que serão observadas, isso auxiliará na percepção da aprendizagem e interpretar melhor os dados inseridos. Através desse instrumento poderá seguir de perto todos os passos desse processo, percebendo como o aluno constrói o conhecimento sendo possível um feedback contínuo o que estimula a capacidade de empregar o raciocínio geográfico para pensar e resolver problemas gerados na vida cotidiana, condição fundamental para o desenvolvimento das competências gerais previstas na BNCC.. 
 Na avaliação final comparar as anotações iniciais com as últimas, e assim perceber no que o aluno progrediu e no que precisa de acompanhamento para o próximo semestre, sendo possível uma auto avaliação discente para a tomada de decisão futura. Esse instrumento de fato auxilia no processo de desenvolvimento do aluno e permite intervenções em cada caso e posteriormente no semestre seguinte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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