Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fa to rF arma Introdução Riscos Equipamentos de Proteção Limpeza e Desinfecção Esterilização Métodos de Avaliação e Controle de Esterilização Infecção Hospitalar Níveis de Biossegurança Gerenciamento de Resíduos Sólidos Normas Regulamentadoras Pg. 4 Pg. 6 Pg. 9 Pg. 13 Pg. 19 Pg. 21 Pg. 26 Pg. 29 Pg. 34 Pg. 40 Deseja expor alguma crítica, dúvida, ou sugestão? Entre em contato comigo pelo e- mail: Me siga também no Passei Direto, lá posto muitos resumos da minha área de graduação e da saúde em geral, com certeza vai te ajudar bastante. Perfil Passei Direto: fatorfarma@gmail.com Fator Farma Bons estudos! Atenciosamente M. • Vida + segurança → Conceito amplo: vida livre de perigos • Ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos Legislação • Manipulação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e de células tronco, regulamentada pela lei n° 11.105 • Tendo como diretrizes: → O estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia; → A proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal; → O princípio da precaução para a proteção do meio ambiente; Prática • Riscos encontrados nos ambientes laborais • Ministério do Trabalho e Emprego • Agência Nacional de Vigilância em Saúde Histórico • Ignaz Phillip → 1846: verificou que a febre puerperal era responsável pela mortalidade de 10 a 30% das parturientes → Hospital obstétrico de Viena → Passou a sustentar que esta infecção era transmitida de uma mulher para outra pelas mãos dos médicos e parteiras → Trabalhou para convencer seus colegas de que a lavagem das mãos com soluções cloradas antes do atendimento era fundamental • Joseph Lister → 1860: pesquisava uma maneira de manter as incisões cirúrgicas livres de contaminação → 1864: constatou que 45% dos seus pacientes morreram por infecção ▪ Passou a embeber compressas cirúrgicas em uma solução diluída em fenol, além de borrifar a sala cirúrgica com esta substância • Florence Nightnale → 1863: reduziu a incidência de infecção hospitalar, com medidas de higiene e limpeza • Louis Pasteur → 1864: teoria microbiológica das doenças ▪ Estabelece que os microrganismos são a causa de inúmeras doenças • Gustav Neuber → 1865: preconizou o uso de avental cirúrgico • Robert Koch → 1876: descreveu os postulados de Koch ▪ Uma doença infecciosa especifica é causada por um microrganismo especifico • Von Bergman → 1886: introduziu o processo de esterilização pelo calor úmido • Stewart Halsted → 1886: introduziu o uso de luvas cirúrgicas • 1974: classificação de risco dos agentes etimológicos • 1980: precauções universais na manipulação de fluidos corpóreos • 1984: primeiro workshop brasileiro de biossegurança – Fiocruz • 1995: lei brasileira de biossegurança – Lei 8974/95 • Lei n° 11.105, de 2005 → “Revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191- 9, de 23 de agosto de 2001, [...] e dá outras providências” → Criação do Sistema Nacional de Biossegurança de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) → Transgênicos e células tronco Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) • Foi instituída pela Portaria nº 1.683, de 28 de agosto de 2003 • No âmbito do Ministério da Saúde (MS), a Biossegurança é tratada pela CBS • Define estratégias de atuação, avaliação e acompanhamento das ações ligadas à Biossegurança • Composta por: → Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) → Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) → Assessoria de Assuntos Internacionais em Saúde (AISA) → Fiocruz → Funasa → Anvisa Referências: Slides e anotações da aula • Conceito: A probabilidade que tem um indivíduo de gerar ou desenvolver efeitos adversos em situações próprias do meio → Resultados de uma exposição • Relacionados com: → Saúde humana → Qualidade de vida → Meio ambiente • Agente de risco: qualquer componente que possa vir a comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos envolvidos Classificações • Individual → São os riscos que somente um indivíduo está exposto → Tem-se maior controle ▪ Uso de EPI’S • Coletivo → Não se traduz de forma uniforme → Dificuldade de monitoramento e estabelecimento de políticas para seu controle → Envolvimento de vários atores (ex Aids, Covid-19) → Grupos populacionais e organizações envolvidos → Uso de EPC’S Tipos de riscos Risco de acidentes • Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo • Que possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral • Exemplo: → Maquinas e equipamentos sem proteção → Arranjo físico inadequado → Queda, corte, eletricidade, incêndio ou explosão Risco ergonômico • Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas → Causando desconforto ou afetando sua saúde • Exemplos: → Responsabilidade excessiva → Postura inadequada → Ritmo excessivo → Monotonia → Levantamento e transporte manual de pesos/ esforço físico intenso • Síndrome de Burnout → É um distúrbio emocional → Sintomas: exaustão extrema, estresse e esgotamento físico → Resultante de situações de trabalho desgastante Risco físico • Provocados por algum tipo de energia • Exemplos: → Equipamentos que geram calor ou chamas → Ruído e vibrações → Radiações ionizantes e não ionizantes → Equipamentos de baixa temperatura → Iluminação Risco químico • Provocado por substancias, compostos ou produtos químicos → Por meio de suas formas (poeira, nevoa, neblina, gases ou vapores) e pela natureza da atividade de exposição • Absorvidos pelo organismo • Simbologia → Substâncias toxicas (inalação, absorção ou ingestão) → Substâncias explosivas ou inflamáveis → Substâncias nocivas e irritantes → Substâncias oxidantes, corrosivas e cancerígenas Risco biológico • Agentes que podem provocar danos à saúde humana • Infecções, efeitos tóxicos e alergênicos, doenças auto imunes, neoplasias e malformações • Patógenos: → Vírus → Fungos → Parasitas → Bactérias • Contágio: → Sangue → Secreções → Urina → Fezes → Escarro • Todos os trabalhadores da saúde devem tratar a todos os pacientes e seus fluidos corporais como se estivessem contaminados → Prevenir a transmissão • Controle dos riscos biológicos → Pratica, concentração e foco no trabalho → Uso de EPI → Profissionais vacinados → Prevenção • Métodos de prevenção → Vacinação → Uso de EPI – Método de barreira → Uso de EPC → Fazer correta separação dos resíduos ou detritos gerados nos serviços de saúde → Não ré encapar agulhas, entortá-las ou quebrá-las → Desprezar agulhas em material próprio Mapas de risco • Representação gráfica dos fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores • Execução: → Identificar os riscos → Conhecer o local → Representar Classificação dos riscos • Grupo 1 – Risco físico (verde) → Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações, vibrações, etc. • Grupo 2 – Risco químico (vermelho) → Poeiras, fumos, gases, vapores, nevoas, neblinas • Grupo 3 – Risco biológico (marrom) → Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, etc. • Grupo 4 – Risco ergonômico (amarelo) → Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, ritmo excessivo, postura inadequada, trabalho em turnos, etc. • Grupo 5 – Risco de acidentes/mecânico (azul) → Arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, maquinas e equipamentos sem proteção, queda e animais peçonhentos Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretariada Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • São todas as vestimentas utilizadas durante o trabalho para evitar possíveis riscos à saúde na execução de determinadas atividades Equipamento de Proteção Individual (EPI) • NR6 (6/1978): dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador destinados à proteção de riscos • Segundo a NR6, todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego → Isso garante que ele passou pelos testes de eficácia • A instituição é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, em perfeito estado de conservação e funcionamento • Não evita acidentes, mas atenua a gravidade • Responsabilidades do empregado: → Guarda e conservação → Comunicar qualquer alteração que torne impróprio o uso Proteção de cabeça • A touca deve ter um tamanho adequado, um bom estado e preservação → Acessório indispensável no bloco operatório • O capacete protege a cabeça contra ferimentos e eventuais descargas elétricas Proteção auditiva • A perda de audição é uma das doenças profissionais mais comuns • Não causa dor e os efeitos não são imediatos • Abafador de ruído, protetor de silicone e protetor moldável Proteção respiratória • Medidas universais de segurança • Visa formar uma barreira de proteção, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas • Mascara filtrante: o ar passa através do filtro e retém impurezas. Pode ter filtro para partículas, gases e vapores ou combinados • Mascara isolante: o ar é fornecido através de fonte própria. Pode ser com linha de ar de fluxo continuo, linha de ar pressão de demanda ou autônoma com cilindro de ar Máscaras de filtro pff1, pff2, pff3 e pff2-carvão • Classificação dos filtros: Classe Eficiência Penetração Indicado para P1 Fraca 80% 20% Partículas solidas (poeiras e nevoas) P2 Media 94% 6% Partículas solidas e liquidas (poeiras, nevoas e fumos) P3 Alta 99% 0,05% Partículas solidas e liquidas (toxinas finas e radionuclídeos Proteção visual • Proteção contra partículas frontais ou multidirecionais • Inclui proteção contra os raios solares, luminosidade e agentes químicos • Óculos de segurança (incolor, para visão ampla, lente escura, lente amarela, de soldador) e protetor facial Proteção de membros superiores • Luvas descartáveis, luvas de PVC, proteção do frio, proteção do calor, proteção dos químicos e luvas cirúrgicas Proteção de membros inferiores • Suscetíveis a acidentes causados por riscos de origem mecânica, química, elétrica e quedas • Calçado confortável, eficaz e resistente Máscara isolante Diversos tipos de óculos de proteção Protetor facial • Pró-pé, bota com biqueira de aço, calçado hospitalar, proteção das pernas Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) • Diretamente ligados ao aumento de produtividade e lucros para empresas → Através da minimização dos acidentes e doenças Lava olhos e chuveiro de emergência • Capaz de evitar uma possível piora do quadro • A higienização imediata dos olhos, face, mãos e qualquer outra parte do corpo que tenha sido contaminada Extintor • Existem os mais variados tamanhos e tipos de extintor no mercado • Eles têm funções específicas, para apagar diferentes tipos de incêndio • Água → Age por resfriamento → Utilizados em incêndios em materiais sólidos como madeira, tecidos, papel, borracha e plástico • Gás carbônico (CO2) → Age por abafamento → São indicados para incêndios de líquidos, gases inflamáveis e em equipamentos elétricos. • Pó químico BC → Utilizados para as mesmas classes de incêndio que o extintor de CO2. → Age por meio de reações químicas do bicarbonato de sódio • Pó químico ABC → Agente químico mais completo → Utilizado em qualquer classe de incêndio → Age a partir de abafamento por fosfato monoamônico Caixa de primeiros socorros • Deve ser mantida em um local de fácil acesso e bem sinalizada • Contém os seguintes objetos: → Fitas adesivas → Algodão → Compressas → Faixas elásticas e triangulares → Frasco de água oxigenada 10 volumes → Soro fisiológico → Cotonetes → Termômetro → Bolsa de água quente Chuveiro de emergência com lava olhos embutido Capela de exaustão • Exaurir vapores, gases e fumos • Barreira física entre as reações químicas e o ambiente • Contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de produtos químicos e fogo Cabine biológica • Agentes de risco biológico • Minimiza a exposição do operador, do produto e do ambiente • NB-03 Capela de fluxo laminar • Para promover a recirculação de 100% do ar • Cria áreas de trabalho estéreis para o manuseio de materiais que não podem sofrer contaminação do meio externo Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Desde o séc. passado, limpeza e desinfecção de materiais tem sido foco de preocupação dos serviços de saúde • Desconhecimento superestima o uso de desinfetantes para minimizar o risco de infecções • A partir da década de 80, que houve a adequação dos métodos funcionais e desqualificação dos inúteis Órgãos responsáveis • OMS • Ministério da saúde (MS) • CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças (internacional) • Anvisa • CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Legislação • Anvisa → RDC n° 50/02: regulamento técnico para projetos em estabelecimentos de saúde → RDC n° 15/12: boas práticas para o processamento dos produtos da saúde → CFM n° 1.804/06: normas e diretrizes para consignado (OPME) → RDC n° 59/10: produtos classificados saneantes → RE n° 5/06: lista de artigos de saúde proibidos de reprocessamento → RDC n° 347/20: critérios e procedimentos para a venda de preparações antissépticas ou sanitizantes Risco de infecção • Relacionado ao paciente → Procedimentos invasivos, doenças de base, fatores predisponentes, idade, peso, imunidade, microbiota, entre outros • Relacionado à equipe de saúde → Negligencia, imprudência, mãos dos profissionais como meio de transmissão • Relacionado ao material → Processamento inadequado ou indevido • Relacionado ao ambiente → Produtos inadequados, sobrevivência de microrganismos em matéria orgânica ressecada em temperatura ambiente em objetos inanimados Central de Material e Esterilização (CME) • Limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares • Presente em estabelecimentos de saúde • Realiza alguns procedimentos com os materiais utilizados → Controle (recepção e limpeza) → Preparo → Esterilização → Acondicionamento → Distribuição • RDC 50/02: Revestimento que permita limpeza e desinfecção → Piso resistente ao calor, à umidade; parede lisa e plana → Janela ampla, alta e telada → Porta feita de material lavável → Bem iluminada Area física • Barreiras físicas entre as áreas • Área contaminada: recepção dos artigos sujos e a limpeza dos mesmos Recepção de artigos limpeza lavagem separação • Área limpa: preparo dos artigos → Área de preparo: analise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc. → Área de esterilização: montagem da carga, esterilização, acompanhamento do processo e desempenho do equipamento de esterilização → Área de armazenamento: identificação, data de preparo e validade dos artigos → Área de distribuição: define as horas para a distribuição dos artigos para o hospital → Área de recepção de roupas limpas: separação e dobraduraProcessos básicos • Inspeção • Limpeza • Preparo • Esterilização • Embalagem • Armazenamento Classificação dos instrumentos Críticos • Penetram na pele, mucosas → Tecidos subepiteliais e sistema vascular • Alto risco de infecção • Têm que ser submetidos a esterilização • Exemplos: → Agulhas → Instrumentais cirúrgicos → Catetes urinários → Bisturi → Pinças de biopsia → Equipo de soro Semi-críticos • Em contato com a pele não integra ou mucosas integras • Têm que ser submetidos a desinfecção • Exemplos: → Endoscópios gastrointestinais → Equipamentos de terapia respiratória → Especulo vaginal Não críticos • Em contato com a pele integra ou não entram em contato com o paciente • Baixo risco de infecção • Têm que ser submetidos a limpeza • Exemplos: → Comadres → Papagaios → Aparelho de pressão → Termômetro → Cubas → Roupas de cama Limpeza • Primeiro passo → Ligada a qualidade final do processo • Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas → Redução da carga microbiana (biofilme) • Utilização de água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza • Ação manual ou automatizada • Superfície é preparada para a desinfecção ou esterilização • Quanto mais limpo, menor as chances de falhas na esterilização • Uso correto de EPIs → Aventais impermeáveis → Luvas antiderrapantes de cano longo → Óculos de proteção → Mascaras Manual • Detergente (enzimático) • Escovas • Jatos de água • Água quente Automatizada • Equipamentos específicos (lavadoras) • Detergente enzimático • Uso da temperatura Desinfecção • Procedimentos físicos ou químicos Físicos • Pasteurização → Alto nível – água a 75°C por 30 minutos → Artigos de terapia respiratória → Secagem • Termo desinfetadora → Alto nível – água a 95°C por 60 minutos → Artigos de terapia respiratória, acessórios de respiradores → Comadres → Papagaios → Cubas *Opcional para artigos não críticos Química • Maior resistência: esporos bacterianos e micobacterias → Soluções de alto nível: Aldeído e ácido peracetico • Resistencia media: vírus pequenos ou não lipídicos e fungos → Soluções de nível intermediário: álcool 70%, hipoclorito de sódio 1%, cloro orgânico, fenol sintético • Baixa resistência: bactérias vegetativas, vírus médicos ou lipídicos → Soluções de baixo nível: quaternário de amônio e hipoclorito de sódio 0,02% Produtos saneantes • Padronizados para limpeza • Fatores para escolher um saneante → Toxicidade → Odor → Tempo de exposição → Custo x beneficio → Concentração → Corrosão → Ambiente ou objeto a ser desinfectado Detergente neutro • Efetivo poder de limpeza → Surfactante • Função de remover sujeiras hidrossolúveis e não solúveis Álcool 70% • Características: → Bactericida → Virucida → Fungicida → Tuberculicida → Fungicida • Fácil aplicação e efeito imediato • Mobiliário em geral • Desnaturação de proteínas • Desvantagens: → Inflamável → Volátil → Opacifica acrílico → Resseca plásticos e borrachas Hipoclorito de sódio • Características: → Bactericida → Virucida → Tuberculicida → Fungicida → Esporicida • Ação rápida e baixo custo • Desinfecção de superfícies fixas • Desvantagens: → Instável (Luz solar, pH ácido e temperaturas > 25° C) → Inativo em matéria orgânica → Corrosivo para metais → Odor desagradável → Pode causar irritabilidade nos olhos e mucosas Quaternário de amônia • Características: → Biocida ▪ Micobacterias, vírus não lipídicos e esporos • Desinfecção de superfícies fixas → Pode ser aplicado em áreas de nutrição e neonatologia • Enxague com água para eliminação do produto • Inativação de enzimas produtoras de energia • Quebra da membrana celular • Desvantagens: → Inativado na presença de matéria orgânica, por sabões e tensoativos aniônicos Componentes fenólicos • Em desuso por conta de sua alta toxicidade • Característica: → Bactericida → Virucida → Micobactericida → Fungicida • Superfícies fixas e mobiliários • Rompe as paredes das células • Inativam enzimas • Desvantagens: → Despigmentação da pele → Hiperbilirrubinemia neonatal → Poluente → Toxicidade Acido peracético • Características: → Esporicida (0,01 a 0,2%) → Efetivo em matéria orgânica → Baixa toxicidade • Superfícies fixas • Desnaturação das proteínas • Desvantagens: → É instável quando diluído → Corrosivo para metais → Atividade reduzida pela modificação do pH → Irritação nos olhos e no trato respiratório Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Operações que removem todas as formas de vida → Incluindo esporos bacterianos • A esterilização garante: → Segurança para pacientes e profissionais → Obediência às normas legais estabelecidas pela Anvisa → Maior vida útil aos materiais médicos → Economia e otimização de recursos Métodos químicos • Artigos críticos e termossensíveis • Produtos utilizados tanto para desinfecção quanto para esterilização: → Compostos fenólicos → Álcoois → Peróxidos → Oxido de etileno → Formaldeídos → Glutaraldeído → Ácido peracético Métodos físicos • Não forma produtos tóxicos, é seguro e de baixo custo • Calor úmido → Auto clave • Calor seco → Estufa • Radiação ionizante → Uso industrial Vapor saturado sob pressão • Autoclaves gravitacionais • Auto clave a alto vácuo → Ciclo: ▪ Drenagem do ar ▪ Admissão do vapor ▪ Exaustão do vapor ▪ Secagem da carga → Os microrganismos são destruídos pela ação combinada do calor, da pressão e da umidade → Termocoagulação → Desnaturação das proteínas da estrutura genética celular → Não pode ser utilizado em materiais termossensiveis Calor seco • Estufa • Oxidação das células dos microrganismos → Desidratação do núcleo • Tempo de temperatura não é uniforme • Recomendações: → Não utilizar o centro → Carga pequena → Não abrir a estufa durante o ciclo → Recipientes de alumínio → Carregar a estufa antes de ligar • Mais lento que o calor úmido → Temperaturas mais elevadas e tempos mais longos • Não pode ser utilizado em materiais termossensiveis Embalagem • Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e transportado deverá ser acondicionado em uma embalagem Tipos • Reutilizáveis → Tecido de algodão → Estojo metálico → Vidro refratário → Container rígido • Descartáveis → Papel kraft → Papel grau cirúrgico → Papel crepado → SMS → Tyvek (termoseladora) Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Tem como função, conferir a segurança do processo de esterilização → Reduz as taxas de infecção → Agrega credibilidade à Instituição • Indicadores físicos, químicos e biológicos Indicadores físicos • Verificação se o equipamento atinge os parâmetros físicos → Tempo, temperatura e pressão • Deve ser feito antes de cada ciclo → De acordo com o modelo e o manual de instruções • Registo manual ou por impressora ligada ao equipamento Indicadores químicos Classe 1 • Indicador de processo • Diferenciam os processados dos não processados • Externos ao pacote • Obrigatório a todos os pacotes • Substrato que reage a uma determinada temperatura • Etiquetadora → Linhas de impressão e tintaindicativa de processo para esterilização a vapor → Permite arquivar no prontuário do paciente de modo seguro → Rastreabilidade de materiais Classe 2 • Teste de Bowie e Dick • Uso em ensaios específicos • Eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo • Uso diário no 1° ciclo, sem carga • 134 °C por 3,5 a 4 minutos • Sem secagem • Deve haver um pacote teste sobre o dreno • Não recomendável para autoclave gravitacional • Se o resultado apresentar falhas: → Repetir o teste → Se persistir, parar o equipamento → Acionar a manutenção → Realizar novos testes Classe 3 • Indicadores de uma variável → Controla um parâmetro: a temperatura pré estabelecida → No centro dos pacotes • Raramente utilizados Classe 4 • Indicador multiparamétrico → Controla a temperatura e o tempo necessários para o processo • Dentro do pacote Classe 5 • Integrador • Controla temperatura, tempo e qualidade do vapor • Armazenamento em folha de registro do paciente Classe 6 • Mais preciso que a classe 5 • Reage quando 95% do ciclo é concluído Falha no alcance dos parâmetros • Recusar a carga • Recusar o pacote • Retornar para o CME Recomendações • Indicador químico classe 4 em cada pacote • Indicador químico classe 5 ou 6 em cada carga • Indicador químico classe 5 em cada pacote cirúrgico • Indicadores químicos classe 5 pelo menos no primeiro ciclo Indicadores biológicos • Asseguram que todas as condições estão adequadas → Os microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não • Não testa os itens individualmente • Utiliza-se esporos bacterianos resistentes ao calor, que ficam separados do meio de cultura pela ampola de vidro • Rotina diária • Uso em todas as cargas que contenham implantes e instrumentais utilizados para transplantes de órgãos • Manutenção preventiva e corretiva • Pacote teste desafio → Manual padrão AAMI ou já pronto • Posição do pacote: horizontal e próximo ao dreno 1ª geração • Antes de 1970 • Tiras de papel inoculadas com esporos • Acondicionado em envelopes de papel • 7 dias para a leitura 2ª geração • Tiras de papel inoculadas com esporos • Auto contidas com meio de cultua • 24 a 48 horas a 56°C para a leitura • Reação química com a mudança de cor • Leitura visual 3ª geração • Tiras de papel inoculadas com esporos • Auto contidas com meio de cultura • Para processos de esterilização pelo vapor • Identificação de enzimas • 1 a 3 horas, a 56°C • Exposto a luz ultravioleta • Ausência de fluorescência = esterilização aprovada • Reação enzimática com a emissão de fluorescência • Leitura automática • Interpretação do resultado → Resultado positivo: acende-se uma luz vermelha (+) ▪ Soa um alarme assim que o resultado for detectado ▪ Indica falha no processo → Resultado negativo: acende-se uma luz verde (-) ao final do período de 3 horas ▪ Processo de esterilização aceitável Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Bactérias são organismos presentes no meio ambiente → Estão na pele e nas mucosas dos humanos e dos animais • Muitas bactérias não oferecem riscos à saúde → Para evitar a ação dos antibióticos, algumas bactérias utilizam de várias estratégias → Tornando-se resistentes • Essa resistência tornou-se um grande problema para a saúde mundial → Consequências do uso indiscriminado de antibióticos Resistencia bacteriana • Habilidade da população bacteriana de se adaptar • Utilização indiscriminada de antibióticos Medidas para a diminuição • Uso racional de medicamentos • Educação em saúde • Boas práticas laboratoriais • Higienização das mãos • Uso de EPIs • Controle de infecção hospitalar Infecção hospitalar • Adquirida durante a internação ou após a alta → Ligada a procedimentos hospitalares • Terapia intensiva, centro cirúrgicos e unidade neonatal → “Habitat natural” para as bactérias • Infecção comunitária → Constatada no momento da internação ou admissão • Tempo de incubação → Intervalo entre a exposição até a aparição dos sintomas • Quanto mais tempo passar no hospital, maior as chances de adquirir uma infecção hospitalar Causas • Condições físicas e estruturais do hospital → Limpeza e higiene más administradas → Gerenciamento de resíduos inadequado • Condições do paciente → Idade → Estresse físico e emocional → Mau uso de medicamentos → Peso • Condições dos profissionais → Falta de conhecimento e ética → Má preparação Tipos de infecções hospitalares • Pneumonias • Infecções urinarias • Infecções sanguíneas • Sepse • Sítio cirúrgico Cerca de 30% a 50% de todas as infecções hospitalares são evitáveis Custos diretos • Diagnóstico e tratamento do paciente que adquiriu a infecção é 3 vezes maior do que outros pacientes Custos indiretos • Demanda de leitos • Gastos com processos jurídicos • Dor, sofrimento, diminuição da capacidade produtiva Infecção cruzada • A transferência de microrganismos de uma pessoa (ou objeto) para outra → Resultando em uma infecção • Visitantes Modos de transmissão de microrganismos • Direto → Contato (com pele e mucosa) → Transmissão respiratória (gotículas e aerossóis) → Exposição a sangue e outros líquidos corpóreos • Indireto → Veículo inanimado (superfícies, artigos e equipamentos). Depende da sobrevida do microrganismo → Vetor Medidas de precaução Precaução padrão • Quando existir o risco de contato com: sangue, todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, pele não íntegra e mucosas • Aplicadas no atendimento de todos os pacientes, independente de suspeita de infecção • Na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação • A higienização das mãos deve ser realizada antes e após contato com paciente • Uso de luvas, caso haja contato com sangue ou líquidos potencialmente infectantes • Deve haver educação quanto ao uso e descarte de materiais perfurocortantes • Uso de avental, caso haja possibilidade de contato com sangue ou líquidos potencialmente infectantes. • Uso de máscara e óculos ou protetor facial, caso haja possibilidade de respingos de sangue ou líquidos potencialmente infectantes • Descontaminação de superfícies Precaução de contato • Uso de luvas e avental durante toda manipulação do paciente (precisa ser descartado logo após o uso) • Indicações: Conjuntivite viral aguda, Bronquiolite, Hepatite A, Pediculose, Difteria cutânea • Equipamentos como termômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. • O objetivo principal dessa medida é evitar a disseminação de bactérias resistentes. Precaução para gotículas • Em caso de infecções transmitidas por gotículas eliminadas pela fala, tosse, espirros e realização de procedimentos como a aspiração de secreções • O paciente deve ser internado em um quarto privativo • O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. • A porta do quarto deve permanecer sempre fechada • Caso o paciente precise sair do quarto, deverá usar a máscara cirúrgica todo o tempo que estiver fora • Indicações: Doença meningocócica, Gripe, Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola Precaução para aerossóis • Infecções causadas por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou espirro que quando ressecados permanecem suspensos no ar • O paciente deve ser internado em um quarto privativo • Obrigatório o uso de máscara de tipo N95 ou PPF-22 para todo profissional que entrar no quarto • Indicações: M.tuberculosis, Sarampo, Varicela, Herpes Zoster, SARS • O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. • Todas as medidas da precaução padrão Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 Agentes patogênicos • A classe de risco na qual um agente é classificado está relacionada ao nível de biossegurança correspondente • Avaliação de risco → Estimativa de risco → Dimensionamento da estrutura para a contenção → Gerenciamento de riscos Critérios para a avaliação de riscos • Virulência: taxa de fatalidade • Modo de transmissão • Estabilidade: sobrevivência do agente no meio ambiente, levando em conta vários fatores (luz, temperatura, etc.) • Concentração e volume: o número de agentes por unidade de volume • Origem: localização e origem do hospedeiro do agente (humano ou animal, infectado ou não.…) • Medidas profiláticas eficazes: medidas tomadas para evitar a disseminação e contaminação, quando estão disponíveis o risco é reduzido • Tratamento eficaz: cura ou contenção do agravamento de doenças, quando disponíveis o risco é reduzido • Dose infectante • Tipo de ensaio • Fatores referentes ao trabalhador: idade, peso, experiencia, etc. Classificação dos riscos • Os agentes biológicos são divididos em classes de risco Classe de risco 1 • Baixo ou ausente risco individual e para a comunidade • Agentes que não causam doenças Ex. Bacillus subtilis Classe de risco 2 • Moderado risco individual e limitado/baixo para a comunidade • Provocam infecções • Existem medidas terapêuticas e profiláticas Ex. Schistosoma mansoni Classe de risco 3 • Alto risco individual e baixo/moderado risco para a comunidade • Propaga de individuo para individuo • Patologias humanas ou animais, letais • Existem medidas de tratamento e/ou prevenção Ex. Vírus da Encefalite equina Classe de risco 4 • Alto risco individual e para a comunidade • Grande poder de transmissibilidade • Até o momento não há nenhuma medida profilática ou terapêutica • Doenças de alta gravidade • Principalmente os vírus Ex. Vírus da Ebola Classe de risco especial • Alto risco de causar doença animal grave • Alta disseminação no meio ambiente • Não são patógenos de importância para o homem • Podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos Classificação dos níveis • Representam as condições nas quais os microrganismos podem ser manuseados com segurança • Diretor do laboratório: responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis Nível de biossegurança 1 • Nível básico de contenção • Nenhuma característica de desenho • Bom planejamento espacial • Boas práticas laboratoriais • Treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, professores e de técnicas laboratoriais • Classe de risco 1 • Práticas: → Reduzir derramamentos e aerossóis → Descontaminação diária → Descontaminação do lixo → Manter programa de controle de insetos/roedores • Barreiras secundárias: → Laboratório com porta → Pias para lavar as mãos → Superfícies fáceis de limpar → Bancos impermeáveis à água → Mobiliário resistente → Janelas fechadas e com telas protetoras → Construção normal, sem ventilação especial Nível de biossegurança 2 • Exposições laboratoriais podem causar infecção • Classe de risco 2 • Laboratórios clinico ou hospitalares de níveis primários de diagnostico • Laboratórios escolares • Adoção das boas práticas laboratoriais • Barreiras físicas primárias: → Cabine de segurança biológica e EPIs • Barreiras físicas secundárias: → Desenho e organização do laboratório • Trabalhos que envolvam sangue, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias → Presença de agente infecciosos desconhecido • Riscos primários: Acidentes percutâneos, exposições da membrana mucosa e ingestão de materiais infecciosos • Mesmas barreiras exigidas para o NB1 • Necessário adotar: → Cabine de segurança instalada → Iluminação adequada → Lava-olhos disponível → Acesso restrito durante o trabalho → Disponibilidade de autoclave → Localização separada de áreas publicas → Ventilação bidirecional Nível de biossegurança 3 • Todas as manipulações deverão ser realizadas em uma cabine de segurança biológica ou em outro equipamento de contenção • Classe de risco 3 • Riscos primários: auto inoculação, ingestão e exposição a aerossóis infecciosos • Contém os itens referidos no NB2 • Desenho e construção laboratoriais especiais: → Prédio separado ou em uma zona isolada → Dupla porta de entrada → Escoamento do ar interno direcionado → Passagem única de ar → 10 a 12 trocas de ar por hora • Barreiras secundárias: → Acesso controlado ao laboratório → Proteger equipamentos geradores de aerossol → Antessala do laboratório, fechada → Paredes, pisos e tetos resistentes à água e de fácil descontaminação → Todo material trabalhado é colocado dentro da capela de segurança → Tubos de aspiração a vácuo protegidos com desinfetante liquido ou filtro Nível de biossegurança 4 • Contenção máxima • Controle direto das autoridades sanitárias • A equipe do laboratório deverá ter um treinamento especifico e completo • Classe de risco 4 • Riscos primários: exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele e a auto inoculação • Manipulação de materiais de diagnostico infecciosos, substancias isoladas e animais infectados • Elaboração de um manual de trabalho detalhado • Supervisão dos trabalhadores por profissionais competentes, com vasta experiencia e treinados • Procedimento de segurança específicos • Completo isolamento dos trabalhadores do laboratório em relação aos materiais infecciosos → Cabines de segurança biológica III → Macacão individual com pressão de ar positivo • É obrigatória a descontaminação de todo liquido e resíduos sólidos • Gerenciamento minucioso do lixo gerado • Barreiras secundárias: → Prédio separado ou em uma zona isolada → Escoamento interno do ar unidirecional → Dupla porta de entrada → Sistemas de aperfeiçoamento para o suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação → Equipamentos geradores de aerossóis fechad0os hermeticamente → Autoclave de dupla porta → Antessala de entrada fechada → Abertura e fechamento de portas eletronicamente programado → Sistema seguro de comunicação no laboratório → Manter ligados a geradores, os equipamentos responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Lei n° 12.305/10 → Instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (LNRS) • Lei n° 7.404/10 → Regulamenta a LNRS Embasamento • 21 anos para ser promulgada → Neste período, 55% do descarte foi irregular Papel da LNRS • Instituir a PNRS • Dispor sobre seus princípios e objetivos • Diretrizes relativas à gestão e ao gerenciamento de resíduos sólidos • Responsabilização dos geradores e dos protetores • Ratificar as normas do Sinama, do SNVS, do SUASA e SINMETRO Objetivos • Eliminação • Redução • Reutilização • Reciclagem e compostagem • Tratamento • Recuperação energética Gerenciamento dos resíduossólidos nos serviços de saúde • Resolução 306/04 ANVISA • Resolução 358/05 CONAMA • Gerados em: → Hospitais → Farmácias/ drogarias → Lab. Analises clinicas → Consultórios → Clinicas veterinárias → Entre outros • Apresentam risco para: → Quem manipula → Os pacientes → O meio ambiente • Fatores em que a gestão dos resíduos é necessária: → Minimização dos riscos → Proteger a saúde do trabalhador e da população → Estimular a minimização da geração de resíduos Segregação • Permite reduzir o volume de resíduos que necessitam de manejo diferenciado • Prevenção > correção • Classificação → Grupo A – Resíduo infectante → Grupo B – Resíduo químico → Grupo C – Resíduo radioativo → Grupo D – Resíduo comum → Grupo E – Resíduo perfurocortante Grupo A • Risco de infecção • Presença de agentes biológicos • Não podem deixar a unidade geradora sem tratamento → Processos para a redução ou eliminação da carga microbiana (limpeza, desinfecção e esterilização) A1 • Amostras de sangue • Líquido amniótico • Meios de cultura (classe 1, 2 e 3) • Os instrumentos utilizados para acondicionar ou manipular tais resíduos A2 • Resíduos de animais submetidos a experimentações e os cadáveres A3 • Membros do ser humano e fetos (menor de 20 semanas) A4 • Materiais relacionados com resíduos médico-hospitalares A5 • Materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais (suspeita ou certeza de contaminação) • Órgãos, tecidos e fluidos Grupo B • Substancias químicas que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente • Produtos hormonais e antibióticos; medicamentos • Resíduos de saneantes, desinfetantes, reagentes de laboratório, metais pesados • Reveladores de fixadores • Podem ser submetidos a reutilização, recuperação ou reciclagem → Quando não forem: devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos • Representado por um pictograma de caveira Grupo C • Materiais radioativos ou contaminados • Quantidades superiores aos limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria Grupo D • Lixo comum • Resíduos domiciliares • Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico • Orgânico, Papel, Vidro, Plástico, Metal, Não recicláveis Grupo E • Objetos e instrumentos contendo cantos, bordas ou pontas capazes de cortar ou perfurar • Agulhas, ampolas de vidro, lancetas, lâminas de bisturi, etc. • Devem ser acondicionados no local de sua geração em embalagens estanques Plano de gerenciamento de resíduos no serviço de saúde (PGRSS) • Os funcionários de cada etapa devem ser adequadamente treinados e obrigatoriamente utilizar os EPIs GRUPO C GRUPO D Segregação • Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos Tratamento parcial ou esterilizante • Reduz ou elimina o risco de contaminação ou de danos ao meio ambiente • Ocorre no próprio estabelecimento → Autoclavagem → Tratamento químico → Irradiação → Micro-ondas → Limpeza • A1 e A2 são obrigatoriamente submetidos Acondicionamento • Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura • Grupo A: Sacos brancos ou vermelhos; lixeira branca • Grupo B: Materiais sólidos em sacos laranjas (com identificação) ou brancos (sem identificação); recipientes com tampas; os materiais líquidos em galões identificados • Grupo C: Caixas blindadas • Grupo D: Lixeiras comuns, em sacos pretos ou azuis • Grupo E: Embalagens especificas para esse tipo de resíduo (descarpack); não deve-se enche-la Identificação • Permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS • Reconhecidos pelos símbolos ou rótulos Coleta e transporte interno • Transferência dos resíduos do ponto de geração até o local de armazenamento temporário • Separadamente para cada grupo de resíduos • Em horários definidos → Quando não há grande fluxo de pessoas Armazenamento temporário ou interno • Sala de resíduos → Pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado • Guarda temporária dos resíduos já acondicionados • Próximo ao ponto de geração • No mínimo com 2 m² • Obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento • Essa etapa pode ser dispensada nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem • Os resíduos de fácil putrefação devem ser conservados sob refrigeração Armazenamento externo • Acondicionamento dos recipientes até a coleta externa • Abrigo de resíduos • Os sacos devem permanecer nos contêineres • Acesso facilitado para os veículos coletores Coleta e transporte externos • Remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final • De acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana Tratamento completo • Empresas terceirizadas • Somente se necessário • Tratamento térmico → 800°C a 1.200°C → Incinerador → Tocha de plasma → Queimador elétrico • Alto custo • Os resíduos incinerados produzem cinzas contaminantes (metais pesados). Algumas empresas as transformam em energia Disposição final • No solo ou em locais previamente preparados → Normas técnicas de construção → Licenciado pelo órgão ambiental • Aterro sanitário; aterro de resíduos perigosos; valas sépticas; aterro controlado; lixão ou vazadouro Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015 • Portaria n° 3.124/78 • A elaboração das Normas é de responsabilidade de um Grupo Tripartite → Governo: Ministério do trabalho, Agência Nacional do Petróleo, Fundacentro, Bombeiros, etc. → Dos empregadores: Confederação Nacional do Comércio, da Indústria, da Agricultura, etc. → Dos Trabalhadores: A Força Sindical, a CUT, a União Geral dos Trabalhadores., etc. • Regulamenta administrativamente e tecnicamente, a matéria em Segurança e Medicina do Trabalho NR 01 – Disposições gerais • Apresentação das NRs • Como está organizada a legislação • Define as atuações das Delegacias Regionais do Trabalho • Obrigações e deveres à empregados e empregadores → “Cabe ao empregador: cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares, sobre segurança e medicina do trabalho.” • Atualização em 2019: → A obrigação do empregador de implementar medidas de prevenção de acordo com a hierarquia correta NR 02 – Inspeção previa • Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, ou após modificações substanciais nas instalações e/ou equipamentos, deverá comunicar e solicitar aprovação de suas instalações ao Ministério do Trabalho e Emprego • A aprovação poderá ser a partir de inspeção prévia realizada pelos órgãos regionais do MTE ou a partir de declaração de instalações do estabelecimento • Revogada em 2019 NR 03 – Embargo e interdição • Estabelece medidas de urgência, adotadas a partir de constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador → Acidente ou doença relacionada ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador • Não é uma medida para punir a empresa, mas, sim para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores • Atualizada em 2019 NR 04 - SESMT • Serviços Especializados em Engenhariade Segurança e em Medicina do Trabalho • Obrigatoriedade de as empresas organizarem e manterem em funcionamento o SESMT (equipes multidisciplinares) • Protege a saúde e a integridade física dos trabalhadores • Define o número de integrantes do SESMT e suas especialidades → Técnico de segurança do trabalho, → Engenheiro de segurança do trabalho, → Auxiliar de enfermagem do trabalho, → Enfermeiro do trabalho e o médico do trabalho • Nem sempre é necessário que todas especialidades façam parte da equipe do SESMT da empresa NR 05 – CIPA • Comissão Interna de Prevenção de Acidentes • Obrigatoriedade nas empresas organizarem e manterem em funcionamento, uma comissão constituída exclusivamente por representantes dos empregados e empregadores • Evita acidentes e doenças decorrentes do trabalho • Algumas mudanças em 2019 NR 06 - EPI • Define e estabelece os EPIs que as empresas são obrigadas a fornecer a seus empregados • Objetivando resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores • Define as responsabilidades para o empregador e empregados • O empregador deve, além de fornecer o EPI e o treinamento para o seu uso correto, fiscalizar se os colaboradores estão usando o equipamento e se de forma correta NR 07 - PCMSO • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional • Obrigatoriedade de todas as empresas elaborarem e implementarem o PCMSO → Garante a saúde de seus trabalhadores • Define os parâmetros mínimos e as diretrizes gerais a serem observadas na execução • O que é o PCSMO? → Tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho → Exames admissionais, exames periódicos, mudança de função, exame demissional NR 09 - PPRA • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais • Obrigatoriedade de a empresa elaborar e implementar o PPRA • Antecipação e reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho • Consideram–se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho • Os riscos ergonômicos e mecânicos não se enquadram em risco ambiental NR 15 – Atividades e Operações Insalubres • Define as atividades, operações, agentes insalubres → São todas aquelas que ultrapassem o limite de tolerância dos agentes físicos, químicos e biológicos que possam desencadear doenças laborais nos trabalhadores • Estabelece os limites de tolerância dessas atividades • Prevê medidas preventivas • 10/20/40% sobre o salário mínimo NR 16 – Atividades e Operações Perigosas • Assegura ao trabalhador que exerça suas atividades em condições de periculosidade o adicional de 30% • As atividades perigosas, incluem as manipulações com explosivos e inflamáveis NR 17 - Ergonomia • Estabelece medidas preventivas, a serem adotadas pelas empresas • Condições de trabalho adaptadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando-lhes conforto, segurança e desempenho eficiente • Não diz respeito apenas a questões posturais, de posto de trabalho, de movimentos e equipamentos para execução das tarefas • Pressão psicológica, estresse, pressão por resultado NR 32 – Segurança no Trabalho em Serviços de Saúde • Diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde • O empregador deve vedar: → a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; → o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; → o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; → a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; → o uso de calçados abertos • Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas • Em algumas situações a higienização das vestimentas deve ser de responsabilidade do empregador • Os EPIs deverão estar à disposição em número suficiente, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição Referências: Slides e anotações da aula Coordenação da Atenção Básica/SMS, Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/ Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. - São Paulo: SMS, 2015
Compartilhar