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Fa
tor
Farma
Vias de administração 
Farmacocinética 
Farmacodinâmica 
Hipolipêmicos 
Hipoglicemiantes 
Anti-inflamatórios 
Anti-hipertensivos 
Farmacologia da Coagulação 
Farmacologia do Sistema Digestório 
Antibióticos 
Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo 
Farmacologia do Sistema Nervoso Central
Pg. 4
Pg. 10
Pg. 21
Pg. 26
Pg. 32
Pg. 38
Pg. 45
Pg. 49
Pg. 58
Pg. 67
Pg. 79
Pg. 91
Deseja expor alguma crítica, dúvida, ou
sugestão? Entre em contato comigo pelo e-
mail: 
Me siga também no Passei Direto, lá posto
muitos resumos da minha área de graduação e
da saúde em geral, com certeza vai te ajudar
bastante. Perfil Passei Direto: 
fatorfarma@gmail.com
Fator Farma
Bons estudos! Atenciosamente
M.
MayaraKelly
]
 Trata-se da aplicação de fármacos no
organismo
 Escolha da via:
 Biodisponibilidade (disponibilidade do
fármaco na corrente sanguínea)
 Facilidade de administração
 Custo
 Riscos
 Velocidade do efeito
 Condições do paciente
 Tipos de vias de administração:
 Vias Sistêmicas
 Nunca apresentará um trajeto ou
destino definido
 Atingem a circulação sanguínea
 Enteral (via oral, sublingual e bucal)
 Parenteral (via intravascular,
subcutânea, intramuscular e
intratecal)
 Vias Locais
 Efeito no ponto de aplicação
 Absorvida posteriormente para ter
uma ação sistêmica
 Tópica e transdérmica
 Intra-nasal
 Ocular
 Auricular
 Outras vias
 Não tem uma classe especifica
 Pode ser tanto sistêmica quanto
local
 Inalatória
 Vaginal
 Retal
Via Enteral
 Mais seguro
Conceitos básicos da Farmacologia
 Droga: substância que consegue alterar uma
função na fisiologia
 Positivamente (estudado pela farmacologia)
 Negativamente (estudado pela toxicologia)
 Fármaco: alteração benéfica da fisiologia,
estrutura química já definida, efeitos no
organismo conhecidos
 Medicamento: produto elaborado a base de
fármaco, efeito benéfico
 Remédio: tudo aquilo que possa fazer bem ao
corpo
 Desde um medicamento até uma massagem
ou fisioterapia
 Janela Terapêutica: faixa de concentração do
fármaco em que se observa um efeito
terapêutico
MayaraKelly
 Comum
 Conveniente
 Econômico
 O fármaco pode ser:
 Deglutido (via oral)
 Colocado sob a língua (via sublingual) ou
entre a bochecha e a língua (via bucal)
 Administrado pelo reto
 Nunca administrar medicamentos de via
oral por via sublingual ou bucal
 Assoalho da boca pode ferir
Oral
 Medicamentos que são administrados pela
boca e absorvidos pelo trato
gastrointestinal
 Facilmente autoadministrados
 Toxicidade e/ou a dosagem excessiva
podem ser facilmente neutralizadas
 As vias envolvidas na absorção oral são as
mais complicadas
 Taxa de absorção variável
 O baixo pH do estomago inativa alguns
fármacos
 Em caso de vômito pouco antes da
administração do medicamento, o
efeito do mesmo é ineficaz
 Sistema porta
 Tudo que foi absorvido no intestino
vai para o fígado
 No final apenas 60% do princípio ativo
vai para a corrente sanguínea
 Efeito de 1ª passagem
 Preparações revestidas (entéricas) e de
liberação prolongada
 Preparações revestidas (entéricas)
 Envoltório químico que protege o
fármaco do ácido gástrico
 Libera o fármaco apenas no intestino
(menos prejudicial)
 O envoltório se dissolve e permite a
liberação
 Preparações de liberação prolongada
 Abreviados como: LA (longa ação) ou
LL (liberação lenta)
 Revestimentos especiais que controlam
a liberação do fármaco
 Absorção mais lenta e uma duração de
ação mais longa
Obs. FF = Forma Farmacêutica
 Formas farmacêuticas: comprimido, cápsula,
pastilhas, drágeas, gotas, xarope, suspensão
MayaraKelly
Sublingual e bucal
 Absorção pela cavidade oral
 Permite que o fármaco se difunda na rede
capilar
 Entrada direta na circulação sistêmica
 Facilidade de administração
 Absorção rápida
 Não passa pelo TGI
 Capacidade de evitar a biotransformação
de 1ª passagem
 Formas farmacêuticas: comprimidos
sublinguais
Via Parenteral
 Tratamento do paciente impossibilitado de
tomar a medicação oral (paciente
inconsciente)
 Quando é necessário o inicio rápido de
ação
 Injetáveis
 Melhor controle sobre a dose ideal
 Mais rápida
 Maior efeito
 Não passa pela biotransformação de 1ª
passagem e nem pelo ambiente agressivo
do TGI
 São irreversíveis
 Podem causar dor, medo, lesões teciduais
e infecções
 Formas farmacêuticas: soluções e
suspensões injetáveis
Intravenosa (IV)
 Via parenteral mais comum
 Efeito rápido
 Grau de controle máximo sobre a
quantidade de fármaco administrada
 Vantajosa para fármacos que podem
causar irritações por outras vias
 Velocidade de infusão controlada
 Pacientes devem ser cuidadosamente
monitorados quanto a reações
desfavoráveis
 Quando injetada em bolus:
MayaraKelly
 Toda a dose do fármaco vai
diretamente para a circulação sistêmica
quase que imediatamente
 Quando administrado como infusão IV:
 Fármaco infundido em um período de
tempo maior
 Pico de concentração plasmática mais
baixo
 Aumento da duração do nível do
fármaco circulante
Intramuscular (IM)
 Os fármacos podem estar contidos em:
 Soluções aquosas que são absorvidas
rapidamente
ou
 Preparações especializadas de deposito,
que são absorvidas lentamente
 Concentração sustentada durante um
período de tempo prolongado
Subcutanea (SC)
 Absorção por difusão simples
 Mais lenta que via IV
 Minimiza os riscos de hemólise ou
trombose associados à injeção IV
 Efeitos lentos, constantes e prolongados
 Não deve ser usada com fármacos que
causam irritação tissular
 Dor intensa e necrose
Intratecal
 A barreira hematoencefálica retarda ou
impede a entrada dos fármacos no SNC
 Usada principalmente para quimioterapia e
anestesias
 Efeitos locais e rápidos
 Introdução do fármaco diretamente no
liquido cerebrospinal
 A epidural é similar a esse tipo de via
Via Tópica
 Restrito às camadas da pele
 Quando se deseja um efeito no local do
fármaco
MayaraKelly
 Formas farmacêuticas: soluções tópicas,
pomadas, cremes, loção, gel
Via Transdérmica
 Uso tópico, porém, há diferença da via
tópica
 Mesmo aplicado à pele, o fármaco
consegue penetrar na corrente
sanguínea
 Velocidade de absorção pode variar
 Características físicas da pele
 Lipossolubilidade do fármaco
 Oferta prolongada
 Formas farmacêuticas: adesivo
Via Respiratória ou
Inalatória
 Depende de um manejo
 Gases
 Rápida oferta do fármaco através da
superfície da membrana mucosa do TR e
do epitélio pulmonar
 Quase tão rápidos quanto as injeções
 Inalação oral
 Eficaz e conveniente para pacientes
com problemas respiratórios
 Broncodilatadores
 Inalação nasal
 Descongestionantes nasais
 Administração diretamente dentro do
nariz
 Formas farmacêuticas: nebulizador, spray,
bombinhas
Via Ocular
 Administração nos olhos
 Uso local
 Formas farmacêuticas: colírios
Via Auricular/Otológica
 Administração pelos ouvidos (canal auditivo
externo)
 Indicados para infecções no ouvido e
amolecimento de cera, em sua maioria
MayaraKelly
Via Vaginal
 Sistêmica e local
 Quando a via oral não está disponível
 Medicamento não indicado para uso oral
 Preparar e administrar medicamentos no
canal vaginal
 Preparar o órgão reprodutor para cirurgias
 Tratar e/ou prevenir processos
inflamatórios e infecções ginecológicas
 Realizar contracepção
 Reposição hormonal
 Formas farmacêuticas: supositórios,
comprimidos, óvulos, geleias, cremes e
pomadas
Via Retal
 Absorção irregular
 Tratamento local ou sistêmico
 Evita a destruição do fármaco pelo TGI
 Biotransformação do fígado é minimizada
 Comumente para a administração de
antieméticos
 Vários fármacos irritam a mucosa retal
 Recomendado em caso de:
 Vômito
 Crises convulsivas
 Cirurgias no TGI
 Desidratação em que não consiga usar
uma veia para IV
 Formas farmacêuticas: supositórios e
enema
MayaraKelly

 É a parte da farmacologia que estuda o
movimento que o fármaco faz no corpo
 Um fármaco precisaatingir os tecidos alvo
da sua ação farmacológica
 Concentrações ideais para a interação
com o receptor
 ADME - Absorção, distribuição,
metabolismo (biotransformação) e
excreção
 Princípios básicos da farmacocinética
 Para produzir um efeito em seu alvo, o
fármaco precisa ser absorvido,
distribuído pelo seu alvo, metabolizado
e excretado
Absorção
 Transferência de um fármaco do seu local
de administração para a corrente
sanguínea
 Transporte de fármacos através das
membranas
 A velocidade vai depender da via de
administração
 Maioria das vias de administração passa
por esse passo
 Menos a intravenosa
Característícas do farmaco
Dificulta ou facilita o transporte através das
membranas
 Tamanho e forma moleculares
 Pequenos = mais facilidade
 Grandes = mais dificuldade
 Grau de ionização
 Capacidade de formar um íon
 Substâncias com carga = mais
dificuldade
 Solubilidade
 Solúveis em água e óleo
 Afinidade por proteínas teciduais
Coefícíente de partícao
MayaraKelly
 Representa a razão entre a concentração
da droga diluída em óleo e a quantidade
diluída em água
 Parte dos fármacos é diluído em água e
outra em óleo
 Moléculas anfipáticas
 Características hidrofílicas e hidrofóbicas
 Interagem com a água através da
porção hidrofílica que tende a ser
hidratada e excluir a porção hidrofóbica
 Característica hidrofóbica
 Para difundir-se nas membranas
 Apolar
 Favorece o transporte através das
membranas
 Fármacos lipossolúveis
 Característica hidrofílica
 Para difundir-se na circulação
 Polar
 Favorece o transporte através da
corrente sanguínea e líquidos intersticial
 Fármacos hidrossolúveis
 Quanto maior o coeficiente de partição =
maior a velocidade de difusão
Fatores que ínfluencíam a velocídade
de dífusao
 A maioria dos fármacos são ácidos fracos
ou bases fracas
 Ácidos fracos (HA): liberam um próton
(H+), causando a formação de um
ânion (A-)
HA  H+ + A–
 Bases fracas (BH+): podem liberar um
H+, porém a forma protonoada é
carregada e a perda do próton produz
a base não ionizada (B)
BH+  B + H+
 Forma ionizada: dificuldade em atravessar a
membrana
 A molécula se torna polar
 Forma não ionizada: facilidade em
atravessar a membrana
 Forma molecular
 A molécula se torna apolar
 Ácidos fracos: o HA consegue permear
através das membranas, mas o A- não
consegue
 Bases fracas: a forma não ionizada B
consegue penetrar na membrana, mas
BH+ não consegue
MayaraKelly
 A concentração efetiva permeável de
cada fármaco vai ser determinada pelas
concentrações relativas de suas formas
ionizadas e não ionizadas
Físíología de membrana
 Bicamada fosfolipídica
 Cabeças hidrofílicas
 Caudas hidrofóbicas
 Relativamente impermeável às moléculas
polares
 Proteínas de transporte
 Alvos de ação de drogas
 Fluidez: moléculas individuais se movem
lateralmente
Mecanísmos de absorcao de farmacos
a partír do TGI (transporte)
 Difusão passiva
 A favor do gradiente de concentração
(meio mais concentrado pro menos
concentrado)
 Tende ao equilíbrio
 Sem gasto de energia
 Baixa especificidade estrutural
 Moléculas pequenas e/ou lipossolúveis
passam diretamente pela membrana
 A maioria dos fármacos é absorvida
por esse mecanismo
 Fármacos hidrossolúveis: atravessam as
membranas através de canais ou poros
aquosos
 Fármacos lipossolúveis: movem-se
facilmente através da maioria das
membranas biológicas
 Solubilidade na bicamada lipídica
 Difusão facilitada
 Proteínas transportadoras
transmembrana especializadas
 Facilitam a passagem de molécula
grandes
 Sofrem alterações conformacionais
 Permitindo a passagem dos
fármacos ou moléculas
endógenas para dentro da célula
 A favor do gradiente de concentração
 Sem gasto de energia
 Pode ser inibido por compostos que
competem pelo transportador
MayaraKelly
 Transporte ativo
 Proteínas transportadoras
transmembrana especializadas
 Contra o gradiente de concentração
(meio menos concentrado pro mais
concentrado)
 Gasto de energia
 Hidrólise de adenosina trifosfato
(ATP)
 Poucos fármacos são transportados
por esse mecanismo
 Seletivo
 Pode ser inibido competitivamente por
outras substancias cotransportadoras
 Endocitose e exocitose
 Coloca fármacos muito grandes para
dentro da célula
 Endocitose
 O engolfamento de moléculas do
fármaco pela membrana e seu
transporte para o interior pela
compressão de uma vesícula cheia
de fármaco
 Exocitose
 O inverso da endocitose
 Muitas células utilizam para secretar
substâncias para fora por um
processo similar ao da formação de
vesículas
Fatores que estao envolvídos na
absorcao do farmaco
 Fármacos:
 Desintegração
 Dissolução obrigatória do fármaco
no estomago/intestino
 Solubilidade
 Peso molecular
 Maior peso molecular: mais difícil de
atravessar
 Menor peso molecular: mais fácil de
atravessar
 Concentração
 pKa: capacidade da substancia formar
íons
 Quanto mais forma íons: mais difícil
de passar pela membrana
 Quanto menos forma íons: mais
fácil de passar pela membrana
 Interação com outros alimentos
MayaraKelly
 Todo alimento no estomago retarda
a absorção do fármaco
 Em jejum: depende do fármaco,
nem sempre o estado de jejum vai
aumentar a absorção
 Estomago cheio: retarda a absorção
do fármaco (depende do
medicamento)
 Organismo:
 Área da superfície de absorção
 O intestino tem maior área de
absorção
 Forma ionizada conseguem ser
melhor absorvidas no intestino do
que na forma neutra no estomago
 Vascularização do local
 O intestino e o pulmão são ricos
em vasos sanguíneos auxiliando na
absorção
 pH no sítio de absorção
 Motilidade intestinal
 Diarreia em até 2 horas o fármaco
não é totalmente absorvido e
muitas vezes podem não ser
efetivas
 Ingestão de água
 A água auxilia na ingestão e na
solubilidade do fármaco no
momento da ingestão
Parametros farmacocínetícos
 Biodisponibilidade
 Fração livre do medicamento no
plasma
 Fração de fármaco administrada
que alcança a circulação sistêmica
quimicamente inalterado
 Apto a ser distribuído aos tecidos
 Capaz de fazer o seu efeito
farmacológico
 Efeito de 1ª passagem reduz a
quantidade ingerida para a absorvida
 Via oral: 5-100%
 Via intravenosa: 100%
 Via intramuscular: 75-100%
 Via subcutânea: 75-100%
 Via retal: 30-100%
 Inalação: 5-100%
 Transdérmica: 80-100%
 Bioequivalência
 Dois medicamentos que foram elaborados
da mesma forma vão chegar na mesma
quantidade na corrente sanguínea, no
mesmo tempo
 Para alcançar o pico de concentração
plasmática
 Equivalência terapêutica
 Mesma dosagem, mesma substancia
ativa e são indicados pela mesma via de
administração
 Determina o medicamento genérico a
partir do medicamento ético/de marca
MayaraKelly
Distribuição
 Transporte do fármaco pelo sangue para
chegar aos tecidos
 Órgãos de boa perfusão (vascularização)
recebem primeiro o fármaco
 Fígado
 Rins
 Cérebro
 Pulmão
 Para serem levados pela corrente
sanguínea: hidrossolúveis
 Para penetrarem as membranas
plasmáticas: lipossolúveis
Volume de dístríbuícao (Vd)
 É o volume de líquido necessário para
conter todo o fármaco do organismo na
mesma concentração presente no plasma
 Lipofílicos precisam de mais água = maior
volume de distribuição
 Mais afinidade pelos tecidos do que pela
corrente sanguínea
 Sai rapidamente da corrente sanguínea
para os tecidos
 Vd = dose
concentração do fármaco no plasma
Lígacao a proteínas plasmatícas
 Transporte de fármacos
 Depende de 3 fatores:
 Concentração do fármaco livre
 Afinidade do fármaco pelos locais de
ligação
 Concentração de proteínas
 Albumina, lipoproteínas, α1 glicoproteínas
 Ligações fracas para que a ligação
possa ser quebrada
 Drogas acidas = albuminas
 É a principal proteína ligadora e pode
atuar como uma reserva de fármaco
 À medida que a concentração do
fármaco livre diminui, devido à
eliminação, o fármaco ligado se dissocia
da proteína
 Mantém a concentração de
fármaco livre como uma fraçãoconstante do fármaco total no
plasma
 Drogas básicas = α1 glicoproteínas
 Somente a droga livre (hidrofílica) se torna
ativa
 Eliminada
 Metabolizada
 Possui efeito
 Implicações clínicas
 Interação medicamentosa
 Fármaco A: dose menor do que o
número de locais de ligação = para
fazer efeito
 Fármaco B: dose maior que o número
de locais de ligação = para fazer efeito
MayaraKelly
 Administração dos fármacos A e B
juntos: intoxicação
 Quantidade de fração livre do
fármaco A aumenta muito, o
fármaco B compete pelo sítio de
ligação com o fármaco A
Curva de concentracao plasmatíca
 À medida que o tempo vai passando a
concentração farmacológica vai
aumentando
 Tempo de concentração farmacológica:
tempo em que o medicamento faz efeito,
concentração máxima
 Após esse tempo a concentração vai
diminuindo e o fármaco é excretado
 Medicamentos contínuos em horários:
quando a concentração vai diminuindo vem
outra dose
Metabolismo
(biotransformação)
 Metabolização em certo grau dos
fármacos através de reações enzimáticas
 Mecanismo enzimáticos complexos
 Inativa compostos endógenos ativos e
eliminar substancias estranhas ao
organismo
 Serve para tornar os fármacos mais
polares para que sejam mais solúveis em
água
 Facilita a eliminação pela urina
 Principais órgãos que metabolizam
fármacos:
 Rins
 Trato gastrointestinal
 Pulmões
 Pele
 Fígado
 Contêm a maior diversidade e
quantidade de enzimas metabólicas
 Maior parte da metabolização dos
fármacos
 A capacidade de modificar os
fármacos depende da quantidade
de fármaco que penetra nos
hepatócitos
 Fármacos altamente lipofílicos: penetram
mais facilmente as células
MayaraKelly
 O fígado metaboliza preferencialmente
os fármacos hidrofóbicos
 As enzimas hepáticas têm a propriedade
de modificar quimicamente as moléculas
dos fármacos
 Tornando os fármacos inativos
 Facilita sua eliminação
 O metabólito resultante: a estrutura do
fármaco alterada por enzimas
 Pode não ter mais efeito metabólico
(inativado), menos ativo ou mais ativo
que a molécula original
Desfecho do processo de
bíotransformacao
 Droga  enzima, substrato 
metabólito
 Tóxico  ação de enzimas  menos
tóxico
 Não tóxico  ação de enzimas 
mais tóxico
 Ativo  ação de enzimas  inativo
(-lipossolúvel, + excreção)
 Maioria dos fármacos
 Inativo  ação de enzimas  ativo
 Minoria dos fármacos
 Ativo  ação de enzimas  mais,
menos ou igualmente ativo
 As reações de biotransformação são
classificadas em dois tipos: de
oxidação/redução (fase I) e de
conjugação/hidrólise (fase 2)
Reacoes de oxídacao/reducao
 Fase 1
 Alteração da estrutura química do fármaco
 Através de oxidação, redução e
hidrólise
 O fígado possui enzimas que facilitam
cada uma dessas reações
 Sistema Citocromo P450
 Grupo de enzimas
 Localizado no retículo endoplasmático
liso
 Hepáticas
 Extra-hepáticas
 Medeia um grande número de reações
oxidativas
 A enzima CYP3A4 metaboliza 60% dos
fármacos
 Principal mecanismo para metabolização
de produtos endógenos e xenobióticos
 Relacionado a efeitos tóxicos de
determinados fármacos
 Mecanismo de interação entre drogas
 Reação oxidativa comum
 Adição de um grupo hidroxila ao
fármaco
 Facilita a hidrosolubilidade
 Alguns fármacos são administrados em sua
forma inativa (pró-fármaco) e podem ser
alterados metabolicamente à forma ativa
(fármaco) por reações de
oxidação/redução no fígado
 Facilita a biodisponibilidade oral
MayaraKelly
 Diminui a toxicidade gastrointestinal
 Prolonga a meia vida de eliminação
Reacoes de conjugacao/hídrolíse
 Fase 2
 São anabólicas (síntese)
 Hidrolisam um fármaco ou conjugam o
fármaco com uma molécula grande e polar
 Geralmente resultam em compostos
inativos
 Aumenta a solubilidade e excreção na
urina ou na bile
 Podem resultar em ativação metabólica
de pró-fármacos
 Grupos mais comumente adicionados:
 Glicuronato
 Sulfato
 Glutationa
 Acetato
Indutores e íníbídores
 Indutores
 Fármacos que podem induzir o
CYP450
 Aumenta a velocidade de atividade
 Aumenta o metabolismo
 Aumenta a velocidade de excreção
 Diminui a concentração do substrato no
sangue
 Inibidores
 Inibem a atividade do CYP450
 Diminui a velocidade de atividade
 Diminui o metabolismo
 Diminui a velocidade de excreção
 Aumenta a concentração do substrato
no sangue
Excreção
 Eliminação do fármaco
 Processo no qual substancias exógenas e
endógenas são retiradas do organismo
 Metabolismo + excreção = impedem que
a droga permaneça no organismo
MayaraKelly
 Vias de excreção
 Rim
 Trato biliar
 Ar expirado
 Saliva
 Leite
 Suor
 Fezes
Excrecao renal
 Rim
 O fluxo sanguíneo renal representa cerca
de 25% do fluxo sanguíneo sistêmico total
 Uma contínua exposição de qualquer
fármaco presente no sangue aos rins
 Filtração glomerular
 Glomérulos: filtram fármacos
hidrossolúveis e ionizados
 Somente fármacos não ligados a
proteínas plasmáticas são filtrados
(porção livre do fármaco)
 Albumina não é filtrada
 Lesão renal = albumina encontrada
na urina
1. Os fármacos chegam aos rins pelas
artérias renais, que se dividem para
formar o plexo capilar glomerular
2. O fármaco livre difunde-se através das
fendas capilares para o espaço de
Bowman como parte do filtrado
glomerular
3. O fármaco não ionizado e lipossolúvel é
reabsorvido a partir da luz tubular e
transportados de volta ao sangue
 Secreção tubular ativa
 Não conseguiram passar pelo processo de
filtração glomerular
 São reabsorvidos
 Mecanismos de transporte ativo com gasto
de energia
 Retira o fármaco da proteína
1. Os fármacos saem dos glomérulos
através das arteríolas eferentes
2. A secreção ocorre primariamente nos
túbulos proximais por dois mecanismos
de transporte ativo que exigem energia,
uma para ânions e outro para cátions
MayaraKelly
Depuracao (clearence)
 Importante parâmetro farmacocinético
 Descreve a eficácia de eliminação de uma
droga do organismo
 Volume do plasma (ml) que é depurado
em um tempo (min)
 Fármacos que são eliminados mais devagar:
menor posologia
 Fármacos que são eliminados mais rápido:
maior posologia
 Depuração renal: quantidade da droga que
é removida pelo rim
 Clearence de creatinina
 Clearence total = a soma de todos os
clearence do corpo
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly

 Como que o fármaco age no corpo
 Ações do fármaco sobre um organismo
 Pode ser definida como o estudo dos
efeitos bioquímicos e fisiológicos dos
fármacos e de seus mecanismos de ação
 Altera processos já existentes do
corpo
 Fármaco = ligante
Ligação fármaco-receptor
 Os fármacos irão formar o complexo
fármaco-receptor, ligando-se a um
receptor (sítio de ação)
 Receptor = proteína
 Proteínas de membrana
 Enzimas
 Proteínas intracelulares
 Ácidos nucleicos também são receptores
 O fármaco precisa chegar ao sítio de ação
com uma concentração mínima necessária
para fazer efeito
 Tipos de ligações
 Ligações iônicas
 Forte
 Ligações covalentes
 Forte
 Irreversíveis
 Ligações de hidrogênio
 Menor força
 Interações hidrofóbicas
 Menor força
 Quando já existir um número suficiente de
receptores ligados sobre uma célula ou em
seu interior = o efeito será aparente na
célula
 Quando todos os receptores estiverem
ocupados = reposta máxima
 Quando a resposta é desencadeada em
muitas células = o efeito pode ser
observado em nível do órgão ou até
mesmo no paciente
Mecanismo de ação
 São processos moleculares que permitem
a atuação do fármaco
 Ação específica (seletiva)
 Fármaco específico
 O fármaco vai ser direcionado a um
receptor específico
 Alto grau de seletividade
 Atua em um tipo de órgão ou
estrutura sem atingir os outros
 Apresentam uma relação definida entre
sua estrutura e a atividade exercida
 Alvos: receptores, enzimas, moléculas
transportadoras e ácidos nucleicos
 Ação inespecífica (não seletiva) Não há ligação com nenhum receptor
 Ácidos e bases
 Atuam instintivamente sobre qualquer
órgão
Receptores fisiológicos
MayaraKelly
 Qualquer molécula biológica em que um
fármaco se liga e produz uma resposta
biológica
 Ligantes hidrofílicos: interagem com
receptores situados na superfície da célula
 Ligantes hidrofóbicos: entram nas células
através da bicamada lipídica para interagir
com receptores situados dentro das células
Canais iônicôs transmembrana
 A porção extracelular contém o local de
ligação
 Receptores ionotrópicos
 São fechados
 Se abrem quando um ligante
(neurotransmissores, fármacos) se liga à
proteína ou quando ocorre uma mudança
de voltagem
 Entrada de íons
Receptôres acôpladôs a prôteina G
 Receptor transmembrana
 Metabotrópico
 Proteína G
 Há vários tipos
 Não é transmembrana
 Composta por três subunidades de
proteínas
 α: ligada ao trifosfato de guanosina
(GTP)
 β e γ: ancoram a proteína G na
membrana celular
1. A ligação de um ligante ao receptor
aumenta a ligação de GTP na
subunidade α
2. Ocorre a dissociação do complexo α-
GTP do complexo βγ
3. Esses dois complexos podem interagir
com outros efetores celulares
 Enzimas, proteínas ou canais iônicos
4. Os efetores ativados produzem
segundos mensageiros que ativam
outros efetores adicionais na célula
 Efeito cascata
 Segundos mensageiros: são substâncias
intracelulares que irão modular muitas
funções dentro da célula
Receptôres ligadôs a enzimas
 Receptores ligados a enzimas
 Consiste em enzimas que quando ativadas
sofrem alterações conformacionais
 Aumento da atividade enzimática no citosol
1. O receptor ativado fosforila resíduos de
tirosina nele próprio e outras proteinas
especificas
2. Ativam uma sequência de outros sinais
celulares importantes
MayaraKelly
3. Efeito cascata semelhante aos receptores
acoplados à proteína G
Receptôres intracelulares
 Fármaco muito lipofílico
 Atravessa a membrana
 Seu receptor está no meio intracelular
 Enzima ou regulador de transcrição de
genes
 Alteração na produção de RNAm e de
proteínas
Interações fármaco-receptor
 Muitos receptores de fármacos podem ser
categorizados dentro de dois estados de
conformação: estado ativo e inativo
Farmacôs agônistas
 Simula o efeito de um receptor natural do
corpo (endógenos)
 Estabiliza a forma ativa do receptor
 Classificação:
 Agonistas integrais: apresentam
respostas máximas
 Mesma resposta que o ligante
natural
 Agonistas parciais: não apresenta
resposta máxima
 Agonistas inversos: quando o receptor
é naturalmente ativado, mas o fármaco
ao ser ligado é inativado
 Induz uma resposta oposta
MayaraKelly
Farmacôs antagônistas
 Bloqueia a ligação do ligante natural no sítio
 Não ocorrerá alterações na célula
 Receptor se torna inativado
 Impede a ativação pelo agonista
 Estabiliza a forma inativa do receptor
 Antagonista de receptor: liga-se ao sitio
ativo ou a um sitio alostérico de um
receptor
 Sitio ativo: impede a ligação de um
agonista
 Sítio alostérico: altera a Kd ou impede a
mudança de conformação necessária
para a ativação do receptor
 Kd = concentração de ligante em que
50% dos receptores disponíveis estão
ocupados
 Antagonistas reversíveis e irreversíveis
 Antagonista competitivo: liga-se
reversivelmente ao sítio de um
receptor
 Não estabiliza a conformação
necessária para a ativação do
receptor
 Bloqueia a ligação do agonista a seu
receptor, competindo assim pelo
local
 A presença de altas concentrações
do agonista pode superar o
antagonismo competitivo
 Antagonista não competitivo: ligam-se
de modo covalente ou com afinidade
muito alta ao sítio agonista
 Irreversível
 Mesmo concentrações elevadas do
agonista são incapazes de ativar o
receptor
 Antagonista sem receptores
 Antagonistas químicos: "sequestram" o
agonista e, por conseguinte, impedem
a interação do agonista com o
receptor
 Antagonistas fisiológicos: induzem uma
resposta fisiológica oposta àquela do
agonista, porém através de um
mecanismo molecular que não envolve
o receptor do agonista
MayaraKelly
Locais de ação
 O fármaco age onde ele tem um receptor
 Receptor em apenas um tecido = ação
apenas nesse tecido específico
 Receptores por todo o organismo = ação
por todo o organismo
 Fármacos que não necessitam de
receptores
 A atividade terapêutica do fármaco
resulta de sua interação com pequenas
moléculas ou íons presentes no
organismo
 Ação do fármaco está relacionada com
suas propriedades físico-químicas
Interações entre os fármacos
 Adição
 Quando o efeito induzido por dois ou
mais compostos é igual à soma dos
efeitos de cada fármaco isolados
 Sinergismo
 Ampliação muito grande da resposta
fisiológica
 Potenciação
 Quando um agente que primeiramente
é desprovido de ação aumenta a ação
de um fármaco
 Antagonismo
 O efeito de um fármaco é diminuído,
eliminado ou inativado quando
combinado com outro fármaco
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed.
Porto Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
Conceitos finais
 Potência: dose necessária para produzir um
efeito
 Quanto menor a dose necessária = maior a
potência
 Quanto maior a dose necessária = menor a
potência
 Eficácia: está relacionado ao efeito máximo do
fármaco
 Índice terapêutico: faixa de segurança do uso do
fármaco
 Calculado pela relação de 50% da dose
total e 50% da dose efetiva
 Janela terapêutica: efeito terapêutico
desejado
 "A diferença entre o veneno e o
medicamento está na dose"
 Dessenbilização: quando o efeito do fármaco
diminui gradualmente quando é administrado de
forma continua
 Mesmo com o aumento da dose, o efeito
diminui
 Ocorre de maneira rápida: minutos
 Tolerância: quando a dessenbilização ocorre de
maneira lenta - semanas
 Resistência: perda da eficiência do fármaco
 Ocorre muito em antibióticos
 Dependência: a privação do agente resulta em
síndrome de abstinência
 Para evitar: "desmame"
MayaraKelly
 Também chamados de hipolipemiantes
 A dislipidemia é elevação de colesterol e
triglicerídeos no plasma ou a diminuição
dos níveis de HDL
 Fatores de risco
 Fumo
 Hipertensão
 Obesidade
 Diabetes
 A redução de LDL-C é o objetivo principal
do tratamento de diminuição do colesterol
Metabolismo lipídico
 Lipídeos são substâncias insolúveis no meio
aquoso
 Representados por triglicerídeos (TG),
fosfolipídios (FL) e colesterol
 O transporte dessas substancias é feito por
lipoproteínas
 São agregados macromoleculares
 Formadas por um núcleo hidrofóbico
que abriga o colesterol e os TG
 Na superfície hidrofílica há a inserção
de colesterol livre, fosfolipídios e
diversas apolipoproteinas (apo)
 Garante solubilidade, arcabouço
estrutural e direcionamento
metabólico
 Atuam como ligantes de receptores
celulares e cofatores
Tipos de lipoproteínas
 HDL-C
 Alta densidade
 Carrega pouco colesterol
 "Bom"
 Extrai o colesterol LDL das artérias e
leva-o até o fígado onde ele será
quebrado e excretado posteriormente
 Quanto maiores forem os níveis de
HDL, menor será o risco de contrair
doenças cardiovasculares
 LDL-C
 Baixa densidade
 Carrega muito colesterol
 "Ruim"
 Se acumula nas paredes das artérias
sanguíneas, e quando seus níveis estão
elevados também aumenta o risco de
desenvolver doenças coronárias
 Insuficiência arterial, infarto do miocárdio
ou derrame cerebral
 IDL-C
 Densidade intermediária
 Nem muito e nem pouco colesterol
 "Ruim"
 VLDL-C
 Densidade muito baixa
 Carrega muitos lipídios
 Produzido no fígado
MayaraKelly
 Transporta os triglicerídeos pela
corrente sanguínea
 Seus níveis são diretamente
influenciados pela dieta
 Está diretamente ligado à quantidade
de triglicérides
 "Ruim"
Ou seja: quanto menor a densidade, mais
colesterol as lipoproteínas estarão depositando
no sangue
Metabolismo das
lipoproteínas
 Maior utilizaçãode lipídios na ausência de
insulina
 Quando os triglicérides não são usados
como fonte energética, passam a ser
armazenados no tecido adiposo, como
gordura
 As lipoproteínas participam de 3 ciclos
básicos de transporte de lipídeos pela
circulação
Ciclo exógeno
1. As gorduras são absorvidas no intestino e
chegam ao plasma, sob a forma de
quilomícrons
2. Degradação pela lipase lipoproteica (LPL)
3. Transporte para o fígado ou aos tecidos
periféricos
Ciclo endógeno
1. As gorduras do fígado se direcionam aos
tecidos periféricos
2. A lipoproteína de densidade muito baixa
(VLDL) é secretada pelo fígado
3. Por ação da LPL, ocorre a transformação
de VLDL em lipoproteína de densidade
intermediária (IDL)
4. Posteriormente, a IDL é transformada em
LDL, a qual carrega os lipídeos,
principalmente o colesterol, para os tecidos
periféricos
Transporte reverso de colesterol
1. As gorduras, principalmente o colesterol
dos tecidos, retornam para o fígado
2. As HDL nascentes captam colesterol não
esterificado dos tecidos periféricos pela
ação da lecitina-colesterol aciltransferase
(LCAT), formando as HDL maduras
 Por meio da proteína de transferência
de CE (CETP), ocorre também a
transferência de ésteres de colesterol
da HDL para outras lipoproteínas, como
as VLDL
Tratamento farmacológico
 Podem ser usados isoladamente ou em
associação
 É necessário usar dois anti-
hiperlipêmicos para alcançar os níveis
lipídicos plasmáticos almejados
 Deve ser acompanhado de modificações
no estilo de vida
MayaraKelly
Inibidores da HMG-CoA redutase
 Estatinas
 Pitavastatina, rosuvastatina, atorvastatina,
sinvastatina, pravastatina, lovastatina e
fluvastatina
 Organizadas por ordem dos fármacos
mais potentes aos menos potentes
 Reduzem os níveis elevados de LDL-C
 Tratamento de primeira escolha
 Vantagens terapêuticas
 Estabilização das placas
 Melhora da função endotelial
coronariana
 Inibição do trombo plaquetário
 Atividade anti-inflamatória
 Mecanismo de ação
1. Impedimento da síntese do
colesterol ao inibir
competitivamente a HMG-CoA
redutase
2. Esgotamento do estoque de
colesterol intracelular
3. A célula aumenta o número de
receptores específicos de LDL-C
4. Ligam-se ao LDL-C circundante e o
capta
5. Redução da síntese e aumento do
catabolismo do colesterol
 Diminuem os níveis de triglicerídeos
 Aumentam os níveis de HDL-C
 Farmacocinética
 Acentuada extração de primeira
passagem no fígado
 Efeito dominante nesse órgão
 Lovastatina e sinvastatina são
administradas na sua forma inativa
 Absorção variável 30-85%
 Excreção principalmente pela bile, pelas
fezes e pela urina
 Meias-vidas variáveis
 Efeitos adversos
 Aumento das enzimas hepáticas
 Função hepática deve ser avaliada
antes do tratamento
 Insuficiência hepática pode causar
acúmulo do fármaco
 Miopatia e rabdomiólise (raras)
 Contraindicados na gravidez e na
lactação
Ácido nicotínico
 Niacina
 Reduz o LDL-C entre 10-20%
 Fármaco mais eficaz para aumentar o
HDL-C
MayaraKelly
 Diminui os triglicerídeos em 20 a 35% na
dose de 1,5-3 g/dia
 Usada em combinação com as estatinas
 Mecanismo de ação
 Inibe fortemente da lipólise no tecido
adiposo = redução da produção de
ácidos graxos livres
 O fígado utiliza os ácidos graxos livres
na síntese de triglicerídeos
 Níveis reduzidos de ácidos graxos =
diminuição da produção de VLDL-C =
diminuição da concentração de LDL-C
no plasma
 Farmacocinética
 Administrada via oral
 É convertida em nicotinamida
 Incorporada ao cofator nicotinamida
adenina dinucleotideos (NAD+)
 Excretada na urina
 A nicotinamida isolada não reduz os
níveis lipídicos plasmáticos
 Efeitos adversos
 Intenso rubor cutâneo
 Administração de AAS previamente
à niacina reduz o rubor
 Prurido
 Náuseas
 Dor abdominal
 Predisposição à hiperuricemia e à gota
 Hepatoxicidade
 Intolerância à glicose
 Contraindicada durante doenças
hepáticas
Fibratos
 Fenifbrato e genfibrozila
 Reduzem os triglicerídeos séricos
 Aumentam os níveis de HDL-C
 Mecanismo de ação
 Receptores ativados pelo proliferados
de peroxissomo (RAPPs)
 Regulam o metabolismo lipídico
 Funcionam como fatores de
transcrição ativadas por ligantes
1. Os RAPPs são ativados ao ligarem os
seus ligantes naturais ou aos anti-
hiperlipêmicos
2. Os receptores ligam-se a elementos de
resposta proliferador de peroxissoma
3. Aumento da expressão da lipoproteína
lipase = diminuição da concentração de
triglicerídeos
 Também aumentam o nível de HDL-C
MayaraKelly
 Farmacocinética
 Completamente absorvidos por
administração oral
 Distribuem-se amplamente, ligados à
albumina
 Extensa biotransformação
 Excreção pela urina como conjugados
 Efeitos adversos
 Distúrbios gastrintestinais leves
 Diminuem à medida que o
tratamento avança
 Predisposição de formar cálculos biliares
 Miosite
 Risco em pacientes com insuficiência
renal
 Contraindicada a utilização de
genfibrozila com sinvastatina
 Contraindicado em pacientes com
disfunção renal ou hepática e com
doença preexistente na vesícula biliar
Sequestradores de ácidos biliares
 Resinas fixadoras de ácidos biliares
 Colestiramina, colestipol e colesevelam
 Efeito redutor do LDL-C significativo
 Benefícios menores do que os obtidos
com as estatinas
 Mecanismo de ação
1. Realizam troca de ânions e se ligam aos
ácidos e sais biliares com carga
negativa no intestino delgado
2. O complexo ácido biliar/resina é
excretado nas fezes = diminuição da
concentração de ácido biliar
3. Estimulação dos hepatócitos a
aumentar a conversão de colesterol
em ácidos biliares
4. Ativa maior captação hepática de
colesterol contendo partículas de LDL-
C = redução do LDL-C plasmático
 Farmacocinética
 Insolúveis em água
 Grande massa molecular
 Não são absorvidos e nem alterados
metabolicamente no intestino
 Totalmente excretado pelas fezes
 Efeitos adversos
 Distúrbios gastrintestinais
 Constipação
 Náuseas
 Flatulência
 Podem comprometer a absorção de
vitaminas lipossolúveis
 Interferem na absorção de vários
fármacos
 Outros fármacos devem ser
administrados pelo menos entre 1 a
6 horas depois
 Podem aumentar o nível de
triglicerídeos
MayaraKelly
 Contraindicados para pacientes com
hipertrigliceridemia significativa
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 O pâncreas produz insulina, glucagon e
somatostatina
 Esses hormônios tem papel importante na
regulação da homeostasia da glicose
 Falta relativa ou absoluta de insulina =
grave hiperglicemia
 Se não for tratada: retinopatia, nefropatia,
neuropatia e complicações cardiovasculares
 A insulinoterapia ou a administração de
fármacos hipoglicemiantes podem reduzir a
morbidade e mortalidade associadas ao
diabetes
Diabetes mellitus
 Caracterizado como um grupo de
síndromes ocasionadas por elevada
glicemia, que ocorre pela deficiência
absoluta ou relativa de insulina
 4 tipos de diabetes
Diabetes mellitus I (DM1)
 Atinge mais comumente crianças,
adolescentes ou adultos jovens
 Deficiência absoluta de insulina
 Destruição das células β
 O pâncreas deixa de responder à
glicose
 Sintomas: polidipsia, polifagia, poliúria e
perda de massa corporal
 Necessitam de insulina exógena para evitar
a hiperglicemia grave
 Importante o uso de monitores domésticos
de glicemia para mantê-la tão próxima
possível do normal
Diabetes mellitus II (DM2)
 90% dos casos
 Influenciado por: genética, idade, obesidade
e resistência periférica à insulina
 Se caracteriza por falta de sensibilidade dos
órgãos-alvo à insulina
 As células β ainda tem alguma função, mas
a secreção de insulina é insuficiente para a
manutenção da homeostase da glicose
 Com frequência os indivíduos com esse
tipo de diabetes são obesos
 A obesidade contribui para a resistência
à insulina
 O tratamento inclui a intervenção
farmacológica com hipoglicemiantes orais e
práticas para uma vida saudável(exercícios
físicos, redução da massa corpórea e
modificação na dieta)
 Se a doença evoluir, a função das células β
diminui, sendo necessário o tratamento
conjunto com a insulinoterapia
MayaraKelly
Diabetes gestacional
 Intolerância aos carboidratos com o início
ou primeiro reconhecimento durante a
gestação
 Pode causar: dificuldade no parto,
macrossomia fetal e hipoglicemia neonatal
 Dieta, exercício e/ou administração de
insulina são eficazes nessa condição
Diabetes devido a outras causas
 Genético
 Fatores genéticos podem exercer um
papel importante em seu
desenvolvimento, mas a questão da
herança é bastante complexa e
interage com fatores ambientais
Farmacologia da insulina
 É um hormônio polipeptídico
 É sintetizada primeiramente como uma
pró-insulina (percursor)
 Sofre hidrólise proteolítica = insulina e
peptídeo C
 Secretados pelas células β do pâncreas
 A insulina sofre grande extração
hepática e renal, logo o que vai definir
seus níveis séricos é o peptídeo C
 Secreção regulada principalmente pela
glicemia (nível de glicose sérico)
 A concentração de insulina endógena
aumenta quase 10 vezes (3 a 5 min) após
uma refeição
1. Secreção de insulina aumentada após o
aumento da glicose sanguínea
2. Glicose é captada pelos transportadores de
glicose (GLUTs) nas células β do pâncreas
3. Ocorre a fosforilação da glicose, os
produtos desse metabolismo entram na
cadeia respiratória mitocondrial e geram
ATP
4. O aumento de ATP leva ao bloqueio dos
canais de K+ = despolarização da
membrana celular e influxo de Ca2+
5. O aumento do Ca2+ intracelular =
exocitose pulsátil de insulina
Mecanismo de ação
 DM1: é administrada para substituir a falta
de secreção de insulina
MayaraKelly
 DM2: suplementa a secreção insuficiente
de insulina
Farmacocinética
 As preparações de insulina variam
primariamente no início e na duração da
ação
 Fatores que podem influenciar o início e
duração da insulina
 Dose
 Local de injeção
 Fluxo sanguíneo
 Temperatura corporal
 Atividades físicas
 Via oral: degradada no TGI
 Em geral, é administrada por injeções
subcutâneas
 Bomba de insulina
 Infusão contínua via SC
 Mais conveniente para eliminar as
múltiplas injeções diárias
 É programada para entregar uma
quantidade basal
Reações adversas
 Hipoglicemia
 Aumento da massa corporal
 Reações no local da injeção
 Lipodistrofia
 Atenção aos diabéticos com insuficiência
renal: podem precisar de redução na dose
de insulina

Insulinoterapia
 Preparações de insulina
Ação curta
 Insulina regular
 Picos: 50 a 120 minutos
 Administrada 30 minutos antes da refeição
 Associação com a insulina basal de ação
mais longa
 Controle da glicemia no jejum
Ação rápida
 As insulinas de ação rápida são feitas a
partir de modificações da sequência de
aminoácidos da insulina regular
 Insulina lispro
 Insulina asparte
 Insulina glulisina
 Picos: 30 a 90 minutos
 Administradas para mimetizar a liberação
prandial (hora da refeição) de insulina e
controlar a glicose
 Utilizadas também quando é necessária a
correção rápida de glicose elevada
 Administradas 15 minutos a 20 minutos
depois de iniciar a refeição
 Comumente usadas em bombas de insulina
 Via IV
 Associação com a insulina basal de ação
mais longa
 Controle da glicemia no jejum
Ação intermediária
 Insulina neutra com protamina Hagedorn
(NPH) (ou insulina isofana)
 Formada pela adição de zinco e protamina
à insulina regular
 Menos solúvel
 Retardo da absorção e ação
prolongada
 Usada no controle basal (jejum)
 Diabetes 1 e 2
 Associação com insulinas de ação rápida
ou curta para o controle na hora da
refeição
 Somente via SC, nunca por via IV
MayaraKelly
 Não deve ser usada quando há a
necessidade de abaixar rapidamente a
glicose
Ação prolongada
 Utilizadas no controle basal
 Somente via SC, nunca por via IV
 Não devem ser misturadas na mesma
seringa com outros insulinas
 Mudanças no perfil farmacodinâmico
 Insulina glargina
 Ocorre a formação de um precipitado
no local da injeção, provendo uma
liberação prolongada
 Início mais lento que a NPH
 Efeito hipoglicêmico achatado e
prolongado
 Sem pico
 Insulina detemir
 Possui uma cadeia lateral de ácido
graxo que aumenta sua associação
com albumina
 A dissociação lenta da albumina resulta
em propriedades de ação prolongada
Associação de insulinas
 Diminui o número de injeções diárias
 Torna difícil ajustas os componentes
individuais do regime de insulina
 Associações pré-misturadas
Hipoglicemiantes orais
 Úteis no tratamento do DM2 que não é
controlado por dieta
 Pacientes que desenvolvem o diabetes
após os 40 anos e tem a doença há
menos de 5 anos respondem melhor ao
tratamento
 Paciente com a doença há muito tempo:
exige a combinação dos hipoglicemiantes
orais com ou sem insulina
Sulfonilureias
 Glibenclamida, glipizida e glimepirida
 Secretagogos de insulina
 Mecanismo de ação
 Promovem a liberação de insulina pelas
células beta do pâncreas
1. Bloqueiam canais de K+
2. Despolarização
3. Influxo de Ca2+
MayaraKelly
4. Exocitose de insulina
 Diminuem a produção de glicose pelo
fígado
 Aumentam a sensibilidade periférica à
insulina
 Farmacocinética e destino
 Ligam-se a proteínas séricas
 Biotransformadas e excretadas pelo
fígado e pelos rins
 Ação varia de 12 a 24 horas
 Efeitos adversos
 Aumento da massa corporal
 Hiperinsulinemia
 Hipoglicemia
 Cautela na insuficiência hepática ou
renal
 Problema particular da glibenclamida
 Glipizida ou glimepirida são opções
mais seguras nesse caso e em
pacientes idosos
 Cautela em gestantes
 Glibenclamida é o mais seguro
nesse caso
Glinidas
 Repaglinida e nateglinida
 Secretagogos de insulina
 Mecanismo de ação
 Promovem a liberação de insulina
 Se fixam em locais diferentes na célula
beta
1. Fecha os canais de K+
2. Série de reações
3. Liberação de insulina
 Ação de início rápido e duração mais
curta
 Reguladores glicêmicos pós-prandiais
 Não devem ser utilizadas associadas às
sulfonilureias
 Aumentaria o risco de hipoglicemia
 Farmacocinética e destino
 Administração antes da refeição
 Bem absorvidas
 Biotransformadas a produtos inativos no
fígado e excretadas pela bile
 Efeitos adversos
 Menor incidência que com o uso das
sulfonilureias
 Hipoglicemia
 Aumento da massa corporal
 Cautela na insuficiência hepática
Biguanidas
 Metformina
 Sensibilizador à insulina
 Fármaco de escolha contra o DM2
 Mecanismo de ação
 Aumenta a captação e o uso de
glicose pelos tecidos-alvo
 Diminuindo a resistência à insulina
 Não promove a secreção de insulina
1. Redução da gliconeogênese hepática
2. Retarda a absorção intestinal de açúcar
e melhora sua captação e uso
periférico
 Diminui o apetite
 Usada isoladamente ou em associação
com outro hipoglicemiante oral ou com
a insulina
 Farmacocinética e destino
 Bem absorvida
 Não se liga a proteínas séricas
 Não é biotransformada
 Excreção pela urina
 Efeitos adversos
 Principalmente gastrintestinais
 Contraindicada na disfunção renal
 Suspensa em caso de algum distúrbio
que possa causar insuficiência renal
 Cautela em pacientes com mais de 80
anos
MayaraKelly
 Cautela em pacientes com histórico de
insuficiência cardíaca congestiva ou de
abuso de álcool
 Interrompida temporariamente em caso
de exames de diagnóstico que
requerem injeção IV de contraste
radiográficos
 Uso prolongado pode interferir na
absorção da vitamina B12
Inibidores da α-glicosidase
 Acarbose e miglitol
 Mecanismo de ação
 As enzimas α-glicosidase hidrolisam
carboidratos em glicose e outros
açúcares simples que podem ser
absorvidos
 Os fármacos irão inibir reversivelmente
a α-glicosidase
 Devem ser administrados no início da
refeição
 Retardam a digestão de carboidratos
resultando em níveis mais baixos de
glicose pós-prandial
 Farmacocinética e destino
 Acarbose
 Pouco absorvida
 Biotransformada primeiramente
pelas bactérias intestinais
 Algunsmetabólitos são absorvidos e
excretados na urina
 Miglitol
 Muito bem absorvido
 Não tem efeitos sistêmicos
 Excretado e inalterado pelos rins
 Efeitos adversos
 Flatulência
 Diarreia
 Cólicas intestinais
 Os efeitos adversos limitam o uso
desses fármacos na prática clínica
 Contraindicados em caso de doença
inflamatória intestinal, ulcerações
crônicas ou obstrução intestinal
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 A inflamação é um processo fisiológico
natural que ocorre no momento de
combate a um agente exógeno
 5 sinais clássicos
 Dor
 Rubor
 Calor
 Edema
 Perda de função
 Se a inflamação persistir
 Os anti-inflamatórios agem no controle aos
mediadores químicos que promovem os
sinais da inflamação
Cascata da inflamação
1. Estímulo lesivo
2. Fosfolipídios liberados da membrana
3. A fosfolipase A2 irá quebrar os fosfolipídios
em ácidos graxos, liberando Ácido
Araquidônico (AA)
4. O AA sofre a ação da enzima
ciclooxigenase, sendo metabolizado em
mediadores inflamatórios, os eicosanoides
(prostaciclina, prostaglandinas e
tromboxanos)
5. Sofrem também a ação da lipooxigenase
liberando leucotrienos
Eicosanóides
 Chamados também de prostanoides
 Representam uma família quimicamente
distinta de autacoides derivados do ácido
araquidônico
 Autacóides
 Substancias rapidamente sintetizadas
 Estímulos específicos
 Atuam rapidamente no próprio
lugar da síntese
 Ativas somente por um curto
tempo antes de sua degradação
Prostaglandinas
 São pró-inflamatórias, ou seja, induzem a
resposta inflamatória
 Todas compartilham de uma estrutura
química em comum, a prostanóide
 Um ácido carboxílico de 20 carbonos
 Anel de ciclo pentano
MayaraKelly
 Grupo hidroxila
 Responsáveis por alguns efeitos fisiológicos
da inflamação
 Febre
 Vasodilatação
 Sensibilidade exagerada a dor
Tromboxano
 Estimulação da contração da musculatura
lisa
 Indução da agregação plaquetária
Leucotrienos
 Estimulação da contração da musculatura
lisa
 Indução da resposta alérgica
 Indução da resposta inflamatória
Ciclooxigenases
 Também chamada de prostaglandina H
sintetases
 São enzimas glicosiladas, ligadas à
membrana que contem o grupo heme
 Possui 3 isoformas, sendo apenas 2
relevantes para a farmacologia dos anti-
inflamatórios
 COX-1 (ciclooxigenase-1)
 Constitutiva
 Faz parte do corpo em todo
momento
 Responsável pela produção fisiológica
de eicosanoides
 Plaquetas: inibem a agregação
plaquetária
 Rins: facilita o fluxo sanguíneo nos rins
 Endotélio vascular: garante a
homeostase vascular
 Mucosa gástrica: confere proteção
para a mucosa gástrica
 COX-2 (ciclooxigenase-2)
 Induzida
 Gerada em resposta a um processo
inflamatório
 Provoca o aumento da produção de
eicosanoides nos locais da inflamação
 Sua expressão é induzida por
mediadores inflamatórios
 Pode ser inibida por glicocorticoides
 Presente nas células de defesa
(inflamatórias)
Características gerais dos
anti-inflamatórios
 Constituem um grupo heterogêneo de
medicações
 Na sua maioria são ácidos orgânicos
 Irão agir inibindo as principais enzimas
responsáveis pela cascata da inflamação
(fosfolipase A2 e ciclooxigenase)
 Ação farmacológica
 Anti-inflamatório
 Analgésico
MayaraKelly
 Antipirético
 Anti-agregante plaquetário
 Efeitos adversos
 Ulceração gástrica (não seletivos)
 Bloqueio da agregação plaquetária
 Inibição da função renal
 Reação de hipersensibilidade
 Toxicidade hepática
 Em exames laboratoriais
 Mais sangramento na coleta
 Alterações na ureia e creatinina
 Alteração nas enzimas hepáticas
Esquema do mecanismo de ação dos AINEs e dos
glicocorticoides, com mais informações logo abaixo
Anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs)
 Propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas
e analgésicas combinadas
 Limitam a extensão da inflamação,
febre e dor
 Irão inibir a ciclooxigenase
 Inibição da geração de eicosanoides
pro-inflamatórios
 Com exceção da aspirina, todos os
AINEs atuam como inibidores
competitivos e reversíveis da
ciclooxigenase
 Bloqueiam o canal hidrofóbico da
ciclooxigenase ao qual se liga o
substrato ácido araquidônico
 Analgésicos simples
Classificação química
 Salicilatos
 Aspirina (ácido acetilsalicílico) - AAS
 Derivados do ácido propriônico
 Ibuprofeno
 Naproxeno
 Cetoprofeno
 Flurbiprofeno
MayaraKelly
 Derivados do ácido acético
 Diclofenaco
 Cetorolaco
 Derivados do oxicam
 Piroxicam
 Acetaminofeno (paracetamol)
 Efeitos analgésicos e antipiréticos
semelhantes aos da aspirina
 Efeito anti-inflamatório é insignificante
 Inibição fraca das ciclooxigenase
 Sulfonanilidas
 Nimesulida
 Coxibes
 Celecoxibe
 Etoricoxibe
 Rofecoxibe
 Valdecoxibe
Não seletivos
 Inibem tanto COX-1 quanto COX-2
 Mais utilizados como anti-inflamatórios
 Diclofenaco
 Nimesulida
 Ibuprofeno
 Anti-agregante plaquetário
 AAS
 Atua de modo irreversível
 Analgésicos e antipiréticos, mas produzem
fraco efeito anti-inflamatório
 Normalmente utilizado quando há
alergia aos anti-inflamatórios
 Paracetamol
 Em altas doses pode causa hepatite
medicamentosa
 Dipirona
Seletivos
 Tendem a inibir mais significativamente
apenas a COX-2
 Ainda inibem a COX-1, mas com menor
efeito
 Eficácia semelhante aos AINEs tradicionais
 Menores efeitos colaterais no TGI
 Alterações cardíacas
 Aumento no número de tromboxanos
 Elevação da agregação plaquetária
 Risco de infarto agudo do miocárdio
 Coxibes
 Não possuem genéricos
 Muito caros
 Menos efeitos cardiovasculares
 Medicamentos controlados
 Celecoxibe (CELEBRA®)
 Etoricoxibe (ARCOXIA®)
MayaraKelly
Seletividade COX dos AINEs
Fármacos COX-1 COX-1 e 2 COX-2
Cetorolaco ++ - -
Cetoprofeno ++ - -
Indometacina ++ - -
AAS ++ - -
Fenoprofeno + + -
Naproxeno + + -
Piroxicam + + -
Ibuprofeno - ++ -
Paracetamol - ++ -
Salicilato de
Sódio - ++ -
Meloxicam - + -
Diclofenaco - + +
Nimesulida - + +
Celecoxibe - + +
Etoricoxibe - - +++
+: afinidade sobre uma das enzimas ou em ambas
-: não representa ausência de ação, mas que existe uma
afinidade baixa ou pouca afinidade
Farmacocinetica
 Rápida absorção
 Absorção no estômago ou no duodeno
 Ação farmacológica do fármaco livre
 A maioria se liga a proteínas plasmáticas
 Metabolização hepática
 Excreção renal
Anti-inflamatórios
esteroides (corticoides)
 Chamados também de glicocorticoides e
corticosteroides
 Possuem 4 anéis esteroides
 Altamente lipossolúvel
 Mais potente
 Utilizados em doenças mais graves
 Inibem os processos desde a produção de
AA
 Irão inibir em uma série de locais diferentes
 Fosfolipase A2
 Limitam o reservatório disponível de
AA através de bloqueio indireto da
fosfolipase A2
 COX-2 (se ocorrer a produção de AA)
 Diminuição das moléculas pró-
inflamatórias
 Reprimem o gene da COX-2 e a
expressão da enzima
 Redução dos linfócitos
 Pode provocar imunossupressão
 Utilizado em dores crônicas, reumáticas,
doenças autoimunes e outras patologias
como hiperatividade respiratória
 Evita que as dores comecem
 Ação curta
 Suprimem ACTH por 8 a 12 horas
 Hidrocortisona
 Ação média
 Suprimem ACTH por 12 a 36 horas
 Prednisona (pró-fármaco da
prednisolona)
 Prednisolona
 Ação longa
MayaraKelly
 Suprimem ACTH por 36 horas a 72
horas
 Normalmente injetáveis
 Betametasona
 Dexametasona
Cortisol
 Hormônio endógeno esteroidal
 Corticoide natural
 Entra livremente dentro das células
 Provoca uma série de modificações
 Alteração de enzimas
 Retenção hídrica
 Mobilização de glicose, triglicerídeos e
de cálcio ósseo
 Aumento da pressão ocular
 Ao utilizar um medicamento corticoide,
todos os efeitos são aumentados
 Cortisol: efeito não prolongado, muito
rápido
 Fármaco esteroide: efeito prolongado,
liberação lenta
Farmacocinetica
 Ligam-se à transcortina e albumina
 Competem pelo sitio ativo das enzimas
para serem distribuídospelos tecidos e
chegar no sitio de ação
 Metabolismo hepático
 Excreção renal
Efeitos adversos
 Aumento da glicemia
 Aumento do colesterol sérico
 Aumento de triglicerídeo sérico
 Retenção hídrica
 Aumento da pressão arterial
 Aumento da pressão intraocular
 Aumento do risco de infecções
 Diminuição da absorção de cálcio
Síndrome de Cushing
 Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA)
1. Em uma situação de estresse o hipotálamo
irá liberar o Hormônio Liberador de
Corticotrofina (CRH)
2. Que irá atuar na hipófise anterior,
estimulando a liberação de Hormônio
Adrenocorticotrófico (ACTH)
3. O ACTH irá para as glândulas suprarrenais,
estimulando a produção de cortisol
4. A secreção de cortisol atua como
feedback negativo para a liberação de CRH
e ACTH
 Permite o estabelecimento dos níveis
normais de cortisol e a continuidade do
processo fisiológico normal
 Com a administração prolongada de
corticoides, esse eixo é inibido
MayaraKelly
 Ao parar a medicação de forma abrupta,
pode causar vários efeitos deletérios pois o
eixo HPA ainda está inibido
 Anorexia
 Letargia
 Náuseas
 Artralgias
 Fraqueza
 Perda de peso
 Febre
 Descamação da pele
 Necessário desmamar do corticoide para
isso ser evitado
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
Vários autores. Manual de Farmácia.
Farmacologia 2ª ed. Editora Sanar, 2020
MayaraKelly
Hipertensão
 A hipertensão é uma doença crônica que
se caracteriza pela elevação persistente da
pressão arterial (PA)
 Pressão sistólica > 139 mmHg
 Normal = 120 mmHg
 Pressão diastólica > 79 mmHg
 Normal = 40 mmHg
 Oferece riscos de AVE, insuficiência
cardíaca, infarto agudo do miocárdio,
insuficiência renal e impotência sexual
masculina
 Aumento do tônus do musculo liso
arteriolar vascular periférico = aumento
da resistência arteriolar e redução da
capacitância do sistema venoso
 Etiologia
 A existência da doença na família
 A prevalência aumenta com a idade,
mas diminui com a educação e o nível
econômico
 Estilo de vida estressante
 Ingestão elevada de sódio
 Fumo
 Doenças adjacentes
 Tratamento não medicamentoso
 Evitar o tabagismo
 Evitar o álcool
 Fazer exercícios físicos
 Redução do peso corporal
 Dieta (redução do sal)
 Diminuir o estresse
 Os medicamentos irão bloquear os
estímulos de elevação arterial que o
próprio corpo produz
 Diminuição da pressão: estimulação do
sistema simpático
 Liberação de adrenalina
 A adrenalina poderá seguir por alguns
caminhos:
 Atuação nós receptores β1 dos rins =
liberação de angiotensina
 Ativação dos adrenorreceptores β1 do
coração = aumento do débito cardíaco
 Ativação dos adrenorreceptores alfa1
do músculo liso = vaso constrição
Todas as interações citadas acima auxiliam na
elevação da pressão arterial
Controle da PA
 A pressão arterial é regulada dentro de
uma faixa estreita para prover perfusão
adequada aos tecidos sem causar lesões
 Diretamente proporcional ao debito
cardíaco e a resistência vascular
periférica
 Dois mecanismos de regulação:
barorreflexos e o sistema renina-
angiotensina-aldosterona
Barorreflexos
 Alteram a atividade do sistema nervoso
simpático
 Regulação rápida
1. Queda da pressão
MayaraKelly
2. Barorreceptores (neurônios sensíveis à
pressão) enviam menos impulsos aos
centros cardiovasculares na medula espinal
3. Resposta reflexa: aumento dos estímulos
simpáticos e diminuição dos
parassimpáticos no coração e nos vasos
 Vasoconstrição e aumento do debito
cardíaco = aumento da pressão
sanguínea
Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona
1. A adrenalina ativa os receptores β1 dos rins,
que por sua vez ativa uma enzima
chamada renina
2. A renina irá transformar uma substância
inativada da corrente sanguínea, o
angiotensinogênio, em angiotensina I (AT1)
3. Uma enzima chamada Enzima Conversora
de Angiotensina (ECA) transforma
angiotensina I em angiotensina II (AT2)
 Angiotensina II: aumenta a pressão arterial
 Vasoconstritor potente
 Promove a liberação de Aldosterona
 Um hormônio que retem sódio e
água
Tratamento farmacológico
 Mais de 700 apresentações
 Apenas 10% dos pacientes aderem
adequadamente o tratamento
 Sintomatologia variada de pessoa para
pessoa
 Geralmente utiliza-se 2 ou mais fármacos
anti-hipertensivos com mecanismos de
ação diferentes para o efeito desejado
Diuréticos
 Eliminam sal e líquido pela urina
 4 a 6 semanas observa-se o efeito
benéfico
 Doses baixas
 Seguro
 Barato
 Eficaz na prevenção de AVE,
insuficiência cardíaca e infarto agudo do
miocárdio
 Diminuição da resistência dos vasos
sanguíneos
 Tiazídicos
 Hidroclorotiazida e a clortalidona
 Aumentam a excreção de sódio e
água
 O NaCl está diretamente ligado à
regulação do volume de liquido
extracelular
MayaraKelly
 Diminuição do debito cardíaco e do
fluxo sanguíneo renal
 Tratamento farmacológico inicial contra
a hipertensão
 Associações: IECAs, BRAs, diuréticos
poupadores de potássio e β-
bloqueadores
 Não são eficazes em pacientes cm
função renal inadequada, sendo
necessária a administração de
diuréticos de alça
 Exceto: metolazona
 Efeitos adversos:
 Hipopotassemia
 Hiperuricemia
 Hiperglicemia
 Menor extensão
 Diuréticos de alça
 Furosemida, torsemida, bumetanida e
ácido etacrínico
 Bloqueiam a reabsorção de sódio e
cloreto nos rins
 Utilizado ate mesmo em pacientes com
má função renal ou nos que não
responderam aos diuréticos tiazídicos
 Pode causar hipopotassemia
 Aumento do Ca2+ na urina
 Raramente utilizados isoladamente
 Diuréticos poupadores de potássio
 Espironolactona e eplerenona
 Antagonista dos receptores de
aldosterona
 Não irá reter sódio e água pois inibiram a
captação de aldosterona
 Atua na regulação do volume dos vasos
 Reduzem a perda de potássio na urina
 Associações: diuréticos de alça e os
tiazídicos
 Reduzir a perda de potássio provocada
por esses diuréticos
β-bloqueadores
 Usados com cautela no tratamento de
pacientes com insuficiência cardíaca aguda
ou doença vascular periférica
 Diminuem o efluxo simpático do sistema
nervoso central
 Inibem a liberação de renina dos rins
 Reduzindo a formação de angiotensina II
e a secreção de aldosterona
 β-bloqueadores não seletivos
 Propanolol
 Nadolol
 Contraindicados para pacientes
asmáticos devido ao bloqueio da
broncodilatação mediada por β2
 β-bloqueadores seletivos
 Metoprolol (β1)
 Atenolol (β1)
 Nebivolol (β1)
 Aumenta a produção de oxido
nítrico = vasodilatação
 Administrados cautelosamente em
pacientes hipertensos que também
têm asma
MayaraKelly
α-bloqueadores
 Prazosina, doxazosina e terazosina
 Bloqueio competitivo de adrenoceptores
α1
 Diminuição da resistência vascular periférica
= relaxamento dos músculos lisos de
artérias e veias
 Mudanças mínimas no debito cardíaco
 Não ocorre taquicardia, mas sim
retenção de sal e água
 Não são recomendados no tratamento
inicial da hipertensão
 Resultados fracos e o perfil dos efeitos
colaterais
α e β-bloqueadores
 Labetalol e carvedilol
 Bloqueiam os receptores α1, β1 e β2
 O carvedilol revelou ser capaz de
reduzir a morbidade e mortalidade
associadas a insuficiência cardíaca
 O labetalol é usado no tratamento da
hipertensão gestacional em
emergências
Inibidores da ECA (IECAs)
 Captopril, enalapril e lisinopril
 Tratamento de primeira escolha
 Bloqueiam a ECA que hidrolisa a
angiotensina I para formar o potente
vasoconstritor angiotensina II
 A ECA também é responsável pela
degradação da bradicinina
 Aumenta a produção de oxido nítrico e
prostaciclinas: potentes vasodilatadores
 Diminuem os níveis de angiotensina II e
aumenta os de bradicinina
 Reduz a retenção de sódio e água, e o
trabalho cardíaco
Antagonistas de AT2 (BRAs)
 Losartana, valsartana, cadesartana,
irbesartana
 Primeira escolha
 Alternatvasaos IECAs
 Bloqueiam os receptores de AT2
 Não aumentam os níveis de bradicinina
 Não devem ser associados com IECA para
o tratamento da hipertensão devido à
similaridade de mecanismo e de efeitos
adversos
Adrenergicos de ação central
 Atuam estimulando receptores cerebrais
α2 adrenergicos
 Receptor inibitório das funções
adrenérgicas
 Agonistas de α2
 Vasodilatação
 Clonidina e metildopa
 Causam distúrbios comportamentais
 Melhor opção para gestantes em
eclampsia com pré-eclampsia
Bloqueadores dos canais de Ca2+
 O cálcio promove a contração do músculo
liso
 Inibindo os canais de cálcio, ocorre a
diminuição da resistência periférica
 Verapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base
Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed.
Guanabara Koogan, 2010
MayaraKelly
distúrbios de coagulação
MayaraKelly
Hemostasia
 Equilíbrio entre as reações anticoagulantes
e pró-coagulantes
 Mantem o sangue no estado fluido e livre
de coágulos nos vasos normais
 Possui mecanismos para a formação de
um tampão nos vasos lesados
 Trombose: coágulo dentro do vaso
levando a oclusão da árvore vascular
 Embolia: coágulo flutuante no sangue
 Fatores que auxiliam na desregulação da
hemostasia
 Distúrbios hereditários
 Infecções
 Câncer
 Cirurgias
 Uso de medicamentos
 Diminuição da circulação
 A formação de um coágulo na área de
lesão vascular ocorre em 4 estágios
 Vasoconstrição
 Hemostasia primária
 Hemostasia secundária (cascata da
coagulação)
 Mecanismos antitrombóticos
(anticoagulação)
Na ausência de lesão vascular
1. As plaquetas encontram-se em repouso,
atuando como sentinelas vasculares e
monitorando a integridade do epitélio
2. O endotélio sadio libera mediadores
químicos (prostaciclinas e óxido nítrico) que
evitam a aglutinação plaquetária
 As prostaciclinas atuam como ligantes
nos receptores de membrana das
plaquetas
 Esses receptores estão acoplados à
síntese de AMPc
 Níveis elevados de AMPc = diminuição
de Ca2+ dentro da plaqueta (intracelular)
= bloqueio da aglutinação plaquetária
Coagulação
1. Lesão vascular
2. Vasoconstrição reflexa
3. Adesão plaquetária: o endotélio encontra-
se lesado, assim, as plaquetas aderem e
praticamente cobrem o colágeno exposto
do subendotélio
4. Início de uma série de reações químicas =
ativação plaquetária
5. O colágeno ativa os receptores na
superfície das plaquetas = alterações
morfológicas nas plaquetas
6. Liberação de grânulos de plaquetas
contendo mediadores químicos
 ADP, tromboxano A2, serotonina, fator
de ativação plaquetária e trombina
MayaraKelly
7. Esses mediadores/sinalizadores ligam-se
aos receptores das plaquetas dormentes
que estão circulando
 Plaquetas em repouso  plaquetas
ativas
8. Elevação dos níveis de Ca2+ + diminuição
da concentração de AMPc intracelular =
aglutinação plaquetária
 O aumento do cálcio cistosólico
decorre a liberação de estoques
armazenados no interior da plaqueta
 A elevação desse cálcio regula várias
ações:
 Liberação de grânulos de plaquetas
contendo mediadores (ADP e
serotonina)
 Ativação da síntese de tromboxano
A2
 Ativação de glicoproteínas (GPs)
IIb/IIIa
9. O fibrinogênio liga-se simultaneamente aos
receptores GP IIb/IIIa de duas plaquetas
vizinhas
10. Ocorre a ligação cruzada entre plaquetas =
aglutinação
11. Avalanche de aglutinação plaquetária
 Cada plaqueta ativada irá recrutar mais
plaquetas
12. Devido a estimulação local da cascata de
coagulação ocorre a formação de
trombina (fator IIA)
 A trombina catalisa a hidrólise do
fibrinogênio (solúvel) em fibrina
(insolúvel)
13. Ligações das tiras de fibrina são
incorporadas no coágulo
 Estabilizam o coágulo
14. Formação do tampão fibrina-plaqueta
15. Anticoagulação: durante a formação do
tampão, a via fibrolítica é ativada
 Plasminogênio  plasmina (fibriolisina)
16. A plasmina limita o crescimento do coágulo
e dissolve a rede de fibrina à medida que
ocorre a cicatrização
Cascata de coagulação
 O processo que gera trombina
 Consiste em duas vias inter-relacionadas:
sistema extrínseco e intrínseco
 Esses sistemas envolvem uma cascata
de reações enzimáticas que
transformam vários fatores plasmáticos
(pró-enzimas) em suas formas ativas
(enzimas)
 Sistema extrínseco
 Ativação do fator de coagulação VII
pelo fator tecidual
Lembrando: o fator tecidual é uma
proteína de membrana que é separada do
sangue pelas células endoteliais. Ao ocorrer
uma lesão vascular, esse fator fica exposto
ao sangue se ligando ao fator VII e iniciando
a via extrínseca
 Sistema intrínseco
MayaraKelly
 Ativação do fator de coagulação XII
 Ocorre quando o sangue entra em
contato com o colágeno na parede
lesada do endotélio
 Ao final dos dois sistemas é produzido o
fator Xa, que converte protrombina (fator II)
em trombina (IIa)
Obs. a forma ativa de um fator é assinalado
pela letra 'a'
 A trombina é responsável pela produção
de fibrina
 Se não há a formação de trombina ou
se sua função é impedida, a coagulação
é inibida
Fatores anticoagulantes
 Proteína C e S
 Inativam fatores de coagulação Va e
VIIIa
 Inibidor da via do fator tecidual (tissular)
 Inibe a via extrínseca
 Ativador de plasminogênio tecidual
 Plasminogênio  plasmina
 A plasmina destrói a malha de fibrina
 Antitrombinas III
 Uma α-globulina
 Inibe serinoproteases da trombina (fator
IIa) e fator Xa, ou seja, inibe a ativação
desses fatores
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
MayaraKelly
 Conhecidos também como inibidores
plaquetários
 Diminuem a formação dos coágulos ou
diminuem a ação química dos sinais
promotores da aglutinação
 Quando associados podem produzir efeitos
sinérgicos ou aditivos
Ácido acetilsalicílico (AAS)
Mecanismo de ação
 Inibe a síntese do tromboxano A2
 Inativa irreversivelmente a enzima COX-1
por acetilação do resíduo serina do seu
centro ativo
 Previne a aglutinação plaquetária
 Efeito inibitório é rápido
 Persiste por toda vida da plaqueta,
cerca de 7 a 10 dias
Usos terapêuticos
 Tratamento profilático da isquemia cerebral
transitória
 Reduz a incidência de IAM
 Diminui a mortalidade nas situações de IAM
primário e secundário
 Inativação completa das plaquetas com
75mg diários de AAS
 Dose recomendada: 50 a 325 mg/dia
Farmacocinetica
 Absorvido por difusão passiva
 Rapidamente hidrolisado em ácido salicílico
pelo fígado
 Excreção pela urina
 Meia vida do AAS varia de 15 a 20 minutos
 Meia vida do ácido salicílico varia de 3 a 12
horas
Efeitos adversos
 Doses mais altas aumentam sua toxicidade
 Ibuprofeno
 Se tomado dentro de 2 horas antes do
AAS, pode impedir o acesso do
antiplaquetário ao resíduo serina
 Antagoniza a inibição das plaquetas pelo
AAS
 O Aas deve ser administrado 60
minutos antes ou 8 horas depois do
ibuprofeno
 Celecoxibe
 Pode contribuir para os eventos
cardiovasculares
 Desloca o equilíbrio dos mediadores
químicos em favor do tromboxano A2
Clopidogrel
 Inibidor do receptor P2Y12 ADP
 Liga-se irreversivelmente
 Bloqueia a aglutinação das plaquetas
Mecanismo de ação
 Inibem a ativação dos receptores de GP
IIb/ IIIa necessários para que as plaquetas
liguem o fibrinogênio e umas às outras
Usos terapêuticos
 Prevenção de eventos ateroscleróticos em
pacientes com IAM ou AVE
 Profilaxia de eventos trombóticos na
síndrome coronária aguda
 Prevenção de eventos trombóticos
associados a IC
MayaraKelly
Farmacocinetica
 Extensamente ligados às proteínas
plasmáticas
 Biotransformação hepática a metabolitos
ativos
 Excreção via fecal e renal
 É um pró-fármaco então sua eficácia
terapêutica depende totalmente do
metabolito ativo produzido pela CYP2C19
 Fármacos queinibem a CYP2C19:
omeprazol e esomeprazol
 Não devem ser administrados com
o clopidogrel
Efeitos adversos
 Pode prolongar o tempo de sangramento
 Não existe antidoto
 Comparado a outros inibidores do receptor
de ADP, o clopidogrel causa menos efeitos
adversos
Cilostazol
 Inibidor da fosfodiesterase tipo III
Mecanismo de ação
 Previne a degradação de AMPc
 Aumenta os níveis de AMPc nas
plaquetas e nos tecidos vasculares
 Previne a aglutinação plaquetária
 Promove a vasodilatação
 Causa a diminuição dos triglicerídeos
plasmáticos e aumentam os níveis da HDL
Usos terapêuticos
 Diminuição dos sintomas da claudicação
intermitente
Farmacocinetica
 Extensamente biotransformado no fígado
 Várias interações farmacológicas
 Eliminação renal
Efeitos adversos
 Cefaleia
 Sintomas GI
 Diarreia
 Fezes anormais
 Dispepsia
 Dor abdominal
 Contraindicado para pacientes com
insuficiência cardíaca
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 Inibem a ação dos fatores de coagulação
ou interferem na síntese dos fatores de
coagulação
Heparina e heparina de
baixo peso molecular
 Injetável
 Ação rápida
 Interfere agudamente na formação de
trombos
 Heparina não fracionada: é uma molécula
complexa com uma ampla massa
molecular e muito acida
 Heparina de baixo peso molecular (HBPM):
produzida por despolimerização enzimática
da heparina não fracionada
 Possuem cerca de 1/3 do tamanho da
heparina não fracionada
 Dalteparina e tinzaparina
Mecanismo de ação
 Ligam-se à antitrombina III
 Rápida inativação dos fatores de
coagulação
 Na ausência da heparina: a antitrombina III
interage lentamente com a trombina e o
fator Xa
 Quando a heparina se liga: ocorre uma
alteração conformacional que catalisa a
inibição da trombina
 As HBPMs complexam com a antitrombina
III e inativam o fator Xa
 Não se ligam tão avidamente com a
trombina quanto a heparina
Usos terapêuticos
 Limitam a expansão dos trombos,
prevenindo a formação de fibrina
 Tratamento do tromboembolismo venoso
agudo
 Profilaxia da trombose venosa pós-cirurgica
 Pacientes que serão operados
 Pacientes com IAM
 São anticoagulantes de escolha para o
tratamento de gestantes
Farmacocinetica
 Eliminados pela urina
 Existem algumas particularidades nos dois
fármacos
 Heparina
 Via subcutânea ou IV
 Via IV em bólus para obter
anticoagulação imediata
 O efeito ocorre em minutos após a
administração IV
 1-2 horas após a injeção SC
 Fixação em várias proteínas
plasmáticas
 Farmacocinetica imprevisível
 Meia vida de 1,5 hora
 HBPMs
 Via SC
 Efeito em cerca de 4 horas após a
injeção
 Farmacocinetica e níveis plasmáticos
previsíveis
 Meia vida de 3 a 12 horas
Efeitos adversos
 Sangramento
 Hipersensibilidade
 Trombocitopenia
MayaraKelly
 Contraindicações
 Hipersensibilidade a heparina
 Distúrbios de coagulação
 Alcoolismo
 Pacientes que foram recentemente
operados no cérebro, nos olhos ou na
medula espinal
Rivaroxabana e apixabana
Mecanismo de ação
 Inibidores do fator Xa
 Ligam ao centro ativo do fator Xa,
prevenindo sua habilidade de converter
protrombina em trombina
Usos terapêuticos
 Rivaroxabana
 Tratamento e prevenção de trombose
venosa profunda (TVP), da embolia
pulmonar (EP) e do acidente vascular
 Apixabana
 Prevenção do AVE na fibrilação atrial
não valvar
Farmacocinetica
 Adequadamente absorvidos por via oral
 Amplamente ligados a proteínas
 O alimento pode aumentar a absorção de
Rivaroxabana
 1/3 do fármaco é excretado inalterado na
urina
 Os metabolitos inativos são excretados
pelas fezes e pela urina
 Possuem poucas interações farmacológicas
Efeitos adversos
 Sangramento
 Não há antidoto
 A insuficiência renal pode prolongar o
efeito desses fármacos
 Aumenta o risco de hemorragias
 Contraindicados em caso de disfunção
renal
 A interrupção abrupta deve ser evitada
Varfarina
 Antagoniza a função de cofator da
vitamina K
 Inibidor da vitamina K epóxido redutase
Mecanismo de ação
 Os fatores II, VII, IX e X precisam da
vitamina K como cofator para sua síntese
pelo fígado
 O tratamento com Varfarina resulta na
produção de fatores de coagulação menos
ativos
 O pico do seu efeito pode atrasar por 72
a 96 horas
 Seu efeito pode era anulado pela
administração de vitamina K
 Demora cerca de 24 horas
Usos terapêuticos
 Prevenção e tratamento da TVP e da EP
 Prevenção de AVE
 Prevenção de tromboembolismo venoso
durante cirurgias ortopédicas e
ginecológicas
Farmacocinetica
 Rapidamente absorvida após a
administração oral
 100% de biodisponibilidade
 Extensamente ligada à albumina
 Atravessa facilmente a placenta
 Meia vida de cerca de 40 horas
 Biotransformada no fígado a compostos
inativos
 Excretada pela urina e pelas fezes
MayaraKelly
 Tem numerosas interações que podem
potencializar ou atenuar seu efeito
anticoagulante
Efeitos adversos
 Hemorragia
 Contraindicada na gestação
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
Farmacologia do
SISTEMA DIGESTÓRIO
FATOR FARMA
MayaraKelly
Úlceras pépticas
 É uma erosão em um segmento de
mucosa gástrica
 Causas
 Pacientes que fazem uso constante
de AINEs
 Fatores exógenos: álcool, fumo e
medicamentos
 Esofagite de refluxo
Antiácidos
 Alívio da dispepsia
 Administrados após a refeição
 São neutralizadores do ácido gástrico
 Hidróxido de magnésio
 Magnésia bisurada
 Leite de magnésia
 Produz efeito laxante
 Trissilicato de magnésio
 Hidróxido de alumínio
 Bicarbonato de sódio
 Não indicado para pacientes com
pressão alta
 Formação de gás carbônico
 Inchaço estomacal
 Alginato
Mecanismo de ação
 São bases fracas que irão agir com o
ácido
 Forma-se um sal e uma água dessa
reação
 Diminuição da acidez gástrica
Antagonistas dos receptores
H2
 Úlceras e esofagite de refluxo
 Ranitida, cimetidina, famotidina,
nizatidina
Mecanismo de ação
 A secreção gástrica é estimulada por ACh,
histamina e gastrina
1. Ligação de ACh, histamina e gastrina com
seus receptores
2. Ativação de proteinocinases
3. Estimulação da bomba de H+/K+ ATPase
4. Secreção de íons hidrogênio em troca de
K+ para a luz do estomago
 Os fármacos irão bloquear
competitivamente a ligação da histamina
aos receptores H2
Inibidores da bomba de
prótons
 Inibem irreversivelmente a H+/K+ ATPase
 Paciente que não conseguiu sucesso no
tratamento com os antagonistas de H2
 Úlceras pépticas e esofagite de refluxo
 Mecanismo de tratamento de H. Pylori
 Síndrome de Zollinger-Ellison
 Omeprazol
 Pantoprazol
 Lansoprazol
 Rabeprazol
 Esomeprazol
 Dificultam a absorção da vitamina B12 e
folato
Protetores da mucosa
 Componentes da terapia contra a H.
pylori
 Quelato de bismuto
 Sulfacrato
 Formador de filme na parede
estomacal, protegendo a mucosa
MayaraKelly
 Carbenoxolona
 Misoprostol
 Reconstitui a mucosa
 Análogo estável da PGE1
 Inibe a secreção de ácido clorídrico
em resposta a alimentos
 Aumenta a secreção de muco
 Pode ser utilizado via oral ou vaginal
 Efeitos adversos
 Contração uterina
 Relaxamento do colo uterino
 Diarreia
 Cólicas
Antibacterianos
 Terapia do H. pylori
 Uma bactéria que é fator de risco
para o câncer gástrico
 Produção de úlceras
 Tratamento de escolha
 Associação de amoxicilina +
claritromicina
 Tratamento quádruplo
 Subsalicilato de bismuto +
metronidazol + tetraciclina
 Elevada resistência à
claritromicina
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
Vômito
 Ação coordenada do SNC, do trato
gastrintestinal, do trato respiratório e
dos músculos abdominais
 O conteúdo gástrico é eliminado
Causas
 Drogas indutoras do vômito
 Gravidez
 Hemorragia
 Meningites
 Cinetose
 Doença de Menière
 Infecções intestinais
 Pós-operatorio
 Enxaqueca Bulimia nervosa
Origem do estímulo
 Central
 Odores
 Visões desagradáveis
 Emocional
 Aumento da pressão intracraniana
 Tumores
 Aparelho vestibular
 Cinetose
 Toxinas
 Bulimia
Antagonistas D2-
dopaminérgicos
 Aumentam o movimento gástrico
 Domperidona e metoclopramida
 Bloqueio do centro do vômito
Mecanismo de ação
 Bloqueio dos receptores D2 dopaminérgicos
 Bloqueio dos receptores 5HT 3 e 5HT4
 Propriedade pró-cinética
 Fecha a cardia e abre o piloro
Efeitos adversos
 Fadiga
 Sonolência e sedação
 Náuseas ou diarreia
 Aumento da produção de leite
 Reduz a fertilidade
Antagonistas colinérgicos
 Escopolamina
 Bloqueia os receptores muscarínicos
 Indicados para vertigem, cinetose e pós-
operatório
Efeitos adversos
 Xerostomia
 Visão turva
 Sedação
 Constipação
Antagonistas canabióides
 Dronabinol
 Não comercializado no Brasil
 Derivado da Cannabis
 Mecanismo de ação desconhecido
 Excelente para náuseas e vômitos
induzidos por quimioterapia
Efeitos adversos
 Ações no SNC complexas
 Olhos vermelhos
 Alucinações
 Síndrome de abstinência
MayaraKelly
Bloqueadores dos receptores
5-HT3
 Odasetrona e ganisetrona
 Melhores fármacos para vômitos e
náuseas induzidos por quimioterapia
Efeitos adversos
 Cefaleia
 Fotofobia
 Pouco dano hepático
 Sensação de calor
 Sedação
Antagonistas H1-
histaminergicos
 Bloqueiam os receptores H1 histaminérgicos
no centro do vômito
 Meclizina
 Dimenidrato
 Atravessam a barreira hematoencefálica
 Causam sedação
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
MayaraKelly
 Atuam aumentando o volume fecal
 Retenção de água no cólon
 Aumento da motilidade intestinal
Usos terapêuticos
 Preparo do paciente
 Exames de imagem e cirurgias
 Portadores de hemorroidas
 Diminuir o esforço ao defecar
 Favorecer a eliminação de parasitos
mortos
 Reduzir a absorção de substâncias tóxicas
Formadores de massa e
volume
 Sem efeitos colaterais
 Fibras, cerais
 Preparações de origem vegetal, que são
indigestas pela composição complexa da
parede celular
Salinos e osmóticos
 Efeito osmótico no intestino
 A água sai do plasma para o intestino
amolecendo as fezes
 Possuem gosto ruim
 Mais utilizados em preparações para
exames de imagem e cirurgias
 Leite de magnésia
 Fosfato de sódio
 Sulfato de magnésio
 Lactulose
 Glicerina
 Manitol
 Sorbitol
 Osmolac PEG4000
Purgativos
 Naturais
 Casca sagrada
 Sene
 Jurubeba
 Ruibarbo
 Carqueja
 Bisacodil
 Exames de imagem
 Irritam o intestino = acelerando a
motilidade intestinal
Efeitos adversos
 Úlceras intestinais
 Diarreia
 Cólicas
 Desidratação
 Perda de eletrólitos
 Perda de vitaminas
 Dependência
Lubrificantes
 Irão lubrificar as fezes, descolando-as
das paredes do intestino
 Azeite doce
 Óleo de rícino
 Glicerina
 Óleo mineral
 Sem contraindicações
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
MayaraKelly
 Indicados para o controle da diarreia
 Mecanismo contrário dos laxantes
 Reduzem a motilidade intestinal
 Contraindicações em caso de infecções
virais ou bacterianas
Diarreia
 Eliminação fecal com excessiva
frequência, diminuída consistência e/ou
fluida
Causas
 Infecções
 Má digestão
 Elevado teor de gorduras
 Má absorção
 Tumores
 Drogas
 Emocional
 Consequência
 Desidratação
 Perda de eletrólitos e vitaminas
Opioides
 Diminuem a secreção de ácido e água
 Ressecam as fezes
 Imosec
 Codeína
Repositores da flora
intestinal
 Composição: probióticos
 Ocupa o intestino expulsando as bactérias
invasoras
 Resiste ao antibiótico e ao ácido clorídrico
Adsorventes
 Absorvem toxinas causadoras da diarreia
 Causas tóxicas
 Caulim
 Pectina
 Carvão ativado
Racecadotrila
 Inibem a enzima responsável pela
excreção de água para o intestino grosso
 Ressecamento fecal
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
Antiespasmódicos
 Cólicas intestinais
 Movimentos peristálticos em excesso do
intestino
 Atropina, escopolamina, papaverina e
pinavério
Hepatoprotetores, colagogos
e coleréticos
 Jurubeba, carqueja, pau de sapo, boldo do
Chile, silimarina, metionina
 Detoxificam o fígado
 Estimulam a produção da bile
 Secretam a bile no intestino
Antigases
 Simeticona
 Após a fermentação ocorre a produção
excessiva de CO2
 Facilita a formação de eructos
(arrotos) e gases
 O fármaco promove a dissolução do CO2
no intestino grosso
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
Antibióticos
MayaraKelly
 São substancias químicas capazes de
eliminar agentes infecciosos
 Podem ser:
 Substâncias naturais
 Fungos
 Semissintéticas
 Alterações na forma natural,
 Melhora da qualidade
 Sintéticas
 Produzida em laboratório
 Antibiótico ideal não existe, mas deve
apresentar toxicidade seletiva,
destruindo o agente invasor e poupando o
hospedeiro
 Bacteriostáticos
 Inibem reversivelmente a
multiplicação da bactéria
 Bactericidas
 Exercem efeito letal e irreversível
sobre as bactérias sensíveis
Concentrações
 Para demonstrar as propriedades
farmacológicas dos bactericidas e
bacteriostáticos deve-se levar em conta
dois tipos de concentração
 Concentrações mínima bactericida (MBC)
 Menor concentração de
antibacteriano que resulta em
diminuição de 99,9% na contagem de
colônias
 Antibióticos concentração dependentes
 Fase inicial da curva dose-efeito
 Efeito bactericida potente e rápido
 Depende da concentração do
medicamento
 Antibióticos tempo dependentes
 Efeito bactericida lento e menos
potente
 Dependência do tempo de contato
com a bactéria
 Concentrações mínima inibitória (MIC)
 Menor concentração que previne o
crescimento visível do microrganismo
após 24 horas de incubação
 A concentração bacteriostática ou
bactericida exceda a concentração
segura
 Microrganismo resistente
Origem
 Alexander Flemim - 1928
 Fez uma cultura de bactérias e
acidentalmente um fungo caiu dentro
da cultura
 Observou que envolta do fungo existia um
halo
 Penicilium produzia penicilina e essa
substância inibia o crescimento das
bactérias
 1930
 Início do uso clínico
 2ª guerra mundial
 1940
 Produção em escala industrial
 1961
 Mais de 500 antibióticos
Espectro de ação
 Expressa a amplitude da ação dos
antibióticos
 Espectro estreito
 Atuam apenas em um grupo ou um
número limitado de microrganismos
 Espectro estendido
 Eficazes contra micro-organismos
gram-positivos e também contra um
número significativo de bactérias
gram-negativas
 Pode agir em bactérias da microbiota
natural
 Espectro amplo
MayaraKelly
 Afetam uma ampla variedade de
espécies microbianas
 Restritos ao ambiente hospitalar
Seleção do antimicrobiano
 Fatores que interferem na seleção do
antibiótico
 Identificação do micro-organismo
 Sensibilidade antimicrobiana
 Espectro de ação
 Fatores farmacocinéticos
 Segurança do fármaco
 Via de administração
 Evidência e eficácia clínica
 Custo
 Fatores do paciente
 Defesas do hospedeiro
 Idade
 Gravidez
 Alergia
Associação de antimicrobianos
 Opção para somar o efeito dos
antibióticos
 Sinergismo
 Antibiótico A + Antibiótico B = ação AB
 Amoxicilina + Ácido Clavulânico
 Sulfametozaxol + Trimetropina
 Amplia o espectro de ação
 Diminui os riscos de resistência bacteriana
Resistencia aos fármacos
 A bactéria se torna multirresistente
 Ocorre de duas maneiras:
 Aquisição de plasmídeos contendo o
DNA da resistência
 Erro na duplicação do DNA (mutação)
 Troca de bases nitrogenadas que
resultam em uma mutação da
célula
 DNApolimerase
Mecanismos de resistência Aparecimento de novas características
para permitir a resistência aos antibióticos
 Enzimas inativadoras
 A bactéria começa a produzir esse
novo tipo de enzima que irá desativar
ou destruir o fármaco, impedindo o
mesmo de fazer efeito
 Resulta da aquisição de plasmídeos
 Alteração do sítio de ligação
 Resulta da mutação de cromossomos
 As bactérias podem adquirir um gene
que codifica um novo produto
resistente, substituindo o alvo original
do antibiótico
 Extrusão ativa (bomba de efluxo)
MayaraKelly
 Bombeia o antibiótico para fora da
bactéria antes da ação
farmacológica
 Resulta da aquisição de plasmídeos
 Bloqueio da entrada
 Permeabilidade limitada
 Inibição da passagem do antibiótico
para meio intracelular
Mecanismos de ação
 Inibição da duplicação cromossômica ou
da transcrição
 Inibição de enzimas que produzem
substâncias essenciais
 Inibição da síntese da parede celular
 Inibição da síntese proteica
 Danos à membrana plasmática
Efeitos colaterais comuns
 Desconforto estomacal
 Diarreia
 Em mulheres, infecções vaginais por
leveduras
 Corte do efeito de anticoncepcionais
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 Interferem seletivamente na síntese da
parede celular bacteriana
Lembrando: a parede celular é composta de
um polímero de peptideoglicano, que consiste
em unidades de glicano unidas umas às
outras por ligações peptídicas
 Membros mais importantes: β-lactâmicos
(penicilinas, cefalosporinas, carbepenemos,
monobactamos), vancomicina e
daptomicina
Penicilinas
 Estão entre os fármacos mais
amplamente eficazes e menos tóxicos
conhecidos
 O aumento da resistência bacteriana
a penicilina limitou o seu uso
 São suscetíveis à inativação pelas β-
lactamases
 Diferem entre si no substituinte R ligado
ao ácido 6-aminopenicilânico
Mecanismo de ação
 Interferem na última etapa da síntese
da parede bacteriana, as ligações
cruzadas ou transpeptidação
 Resultando em uma membrana
osmoticamente menos estável e
provocando a sua lise
 São bactericidas
 Tempo-dependentes
 Eficazes apenas contra microrganismos
em crescimento rápido e que sintetizem a
parede celular
 Inativada contra microrganismos
sem essa estrutura
Espectro bacteriano
 Gram-positivos: têm paredes celulares
facilmente atravessadas pelas
penicilinas
 Gram-negativos: sua membrana possui
proteínas inseridas que atuam como
canais cheios de água, que permitem a
passagem transmembrana das penicilinas
Penicilinas naturais
 Obtidas pela fermentação do fungo
Penicillium chrysogenum
 Benzilpenicilina (penicilina G)
 Agem contra gram-positivos e cocos
gram-negativos
 Tratamneot de infecções
estreptocócicas
 Amigdalites
 Erisipela
 Fármaco de escolha no tratamento
de: sífilis e gangrena gasosa
 Administrada por via IM e servem
como formas de deposito
MayaraKelly
 Fenoximetilpenicilina (penicilina V)
 Espectro similar ao da penicilina G
 Escassa absorção
 Tratamento de algumas infecções
 Via oral
Penicilinas antiestafilocócicas
 Meticilina, nafcilina, oxacilina e
dicloxaciina
 São resistentes à β-lactamases
 Uso restrito no tratamento de infecções
por estafilococos produtores de
penicilinase
 S. aureus sensível a meticilina (MRSA)
 Atividade mínima ou nula contra
infecções gram-negativas
Penicilinas de espectro estendido
 Ampicilina e amoxicilina
 Espectro similar ao da penicilina G
 Primeiras a agir contra Enterococos e
Bacilos gram negativos
 A amoxicilina apresenta-se via oral
 Mais eficazes contra gram-negativos
 Utilizadas no tratamento de infecções
respiratórias
 A resistência a esses antimicrobianos é um
problema clinico
 Inativação por penicilinase mediada
por plasmídeo
 Geralmente junto a esses fármacos há a
associação com um inibidor da β-
lactamase
 Ácido clavulânico ou sulbactam
 Protegem as penicilinas da hidrolise
enzimática
Penicilinas antipseudomonas
 Piperacilina e ticarcilina
 Atividade contra Pseudomonas
aeruginosa
 Via intravenosa ou intramuscular
 Eficazes contra vários bacilos gram-
negativos
 Associações com ácido clavulânico ou
tazobactam estendem o espectro
antimicrobiano
Resistencia
 Resistencia natural
 Microrganismos que não possuem a
parede celular
 Microrganismos que possuem parede
celular impermeável aos fármacos
dessa classe
 Resistencia adquirida
 Atividade β-lactamase
 As beta-lactamases são uma
família de enzimas que hidrolisam
a ligação amida cíclica do anel β-
lactâmico = perda da atividade
bactericida
 Adquirida por mutação ou pela
transferência de plasmídeos
 Gram-positivos: inativam os
fármacos extracelularmente
 Gram-negativos: inativam os
fármacos no espaço
periplasmático
 Diminuição da permeabilidade ao
fármaco
 Impede de alcançar as PLPs
alvo
 Presença de bombas de efluxo
 Diminuição da penetração do
antimicrobiano
 PLPs alteradas
 Menor afinidade pelos
antimicrobianos
Farmacocinética
 Administração
 Determinada pela estabilidade do
fármaco ao suco gástrico e pela
gravidade da infecção
 Absorção
 Incompletamente absorvida por via
oral
 O alimento diminui a absorção de
todas as penicilinas penicilinase-
resistentes
MayaraKelly
 Devem ser ingeridas em jejum
 Distribuição
 Se distribuem bem pelo organismo
 Excreção
 Pacientes com insuficiência renal
precisam de ajuste na dose
 Exceto a nafcilina e a oxacilina
 São excretadas pelo leite
Reações adversas
 Hipersensibilidade
 Diarreia
 Nefrite
 Neurotoxicidade
 Toxicidade hematológica
Cefalosporinas
 Relacionados estrutural e
funcionalmente com as penicilinas
 Bactericidas
 Mais resistente a ação das β-lactamases
 Produzida semissinteticamente
 Acréscimo de cadeias laterais ao
ácido 7-amino-cefalosporânico
Espectro bacteriano
 1ª geração
 Cefalexina
 Uso em gestantes
 Substitutas da Benzilpenicilina
 Resistentes à penicilinase do
estafilococo
 Atividade contra cocos gram-positivos
 Não são ativas contra a MRSA
 2ª geração
 Cefotetano e cefoxitina
 Maior atividade contra três
microrganismos gram-negativos
 H. influenzae
 Enterobacter aerogenes
 Algumas espécies de Neisseria
 Nenhum é fármaco de primeira
escolha
 Crescente prevalência de
resistência do B. fragilis
 3ª geração
 Cefriaxona, ceftazidima e cefotaxima
 Menos potentes que as cefalosporinas
de 1 geração contra MRSA
 Atividade aumentada contra bacilos
gram-negativos e algumas bactérias
gram-positivas
 4ª geração
 Cefepima
 Amplo espectro de ação
 Uso restrito hospitalar
 Geração avançada
 Ceftarolina
 Administrada por via IV como um
pró-fármaco
 Ativo contra MRSA
 Indicada no tratamento de infecções
complicadas
 Amplo espectro
Reações adversas
 Hipersensibilidade
 Sindrome de Stevens-Johnson
 Evitadas ou usadas com cautela em
pessoas com alergia a penicilina.
Carbapenemos
 Imipeném, meropeném, doripeném e
ertapeném
MayaraKelly
 Conseguem resistir as β-lactamases que
hidrolisam as cefalosporinas
 Uso restrito hospitalar
 Espectro estendido
Reações adversas
 Náuseas
 Diarreia
 Eosinofilia
 Neutropenia
Vancomicina
 Antibiotico natural
 Somente ativo contra gram-positivos
 Ultima opção
 Tratamento das infecções graves
causadas por microrganismos resistentes
aos β-lactâmico ou para pacientes com
infecções gram-positivas que tenham
grave alergia aos β-lactâmicos
 Uso restrido hospitalar
Resistencia
 Modificação no sitio de ligação
 D-ALA  D-Lactato
Inibidores da β-lactamase
 Ácido clavulânico, sulbactam e
tanzobactam
 Não possuem atividade antibacteriana
 Ligam-se as beta-lactamases e as
inativam
 Protegendo os antimicrobianos que
seriam substratos dessas enzimas,
evitando assim sua destruição
 Formulados em associação com os
antimicrobianos suscetíveis à β-lactamase
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 Aumentam a permeabilidade da
membrana resultandono
extravasamento de compostos
intracelulares
 Altamente tóxicos
 A membrana celular das bactérias se
assemelha estruturalmente às das
células humanas
Daptomicina
 Lipopeptideo cíclico
1. Se insere na membrana plasmática da
bactéria formando canais iônicos
2. Efluxo de potássio e alterações no
potencial de membrana
 Esses micro-organismos dependem do
potencial de membrana para a geração
de energia
Mecanismo de ação
 Antibióticos antipáticos
 Capazes de interagir com as
membranas externa e citoplasmática
1. Ligam-se a componentes do envelope
celular
 Fosfolipídeos e lipopolisacárides (LPS)
2. Desloca competitivamente os íons de
cálcio e magnésio que agem estabilizando
a membrana
3. Morte da bactéria devido ao
extravasamento do conteúdo celular
Referências:
Slides e anotações da aula
MayaraKelly
 Enzimas que precisam de cofatores
derivados do folato são essenciais para a
síntese de percursores de DNA e RNA e
outros compostos
 As bactérias são impermeáveis ao ácido
fólico e outros folatos
 Dependem a produção própria de
folatos
Sulfonamidas
 Raramente são prescritas como
fármacos únicos
 Ativas contra infecções no trato urinário
 Resistencia bacteriana ocorre pela síntese
de enzima insensível ao fármaco
 Associação com trimetropina
 Geralmente sulfametoxazol
 Cotrimoxazol
 Sulfadiazina, sulfadimidina,
sulfametoxazol, sulfametopirazina,
sulfassallazina
Mecanismo de ação
1. A sulfanilamida é um fármaco análogo
do ácido p-amino benzoico (PABA)
a. O PABA é essencial para a síntese
do ácido fólico nas bactérias
2. Ocorre competição com o PABA pela
enzima diidropteroato-sintetase
3. Inibição da síntese bacteriana de ácido p-
amino benzoico = inibição do crescimento
celular
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
Mecanismo de ação
1. Competição do antibiótico com o RNAt
pelo local de ligação no ribossomo
2. Forma-se um anticódon anômalo,
levando ao erro da leitura da
mensagem
3. Inibição da transpeptidação
4. Término prematuro da cadeia peptídica
5. Inibição da translocação
Tetraciclinas
 Agentes bacteriostáticos
 Podem deixar os dentes amarelos
 Espectro de ação inclui bactérias gram-
positivas e gram-negativas, mycoplasma,
Chlamydia sp, espiroquetas e alguns
protozoários
 Tetraciclina (primeira geração)
 Doxiciclina e minociclina (segunda
geração)
 Cloranfenicol
 Espectro de ação amplo
 Bacteriostático para a maioria dos
microrganismos
 Bactericida para H. influenzae
Aminoglicosídeos
 Natureza polar
 Pouco absorvidos por via oral
 Via parenteral
 Utilidade clínica é limitada por graves
toxicidades
 Ototoxicidade
 Nefrotoxicidade
 Paralisia neuromuscular
 Reações alérgicas
Macrolideos
 Lipossolúveis
 Utilizados em infecções respiratórias ou
até em infecções por H. pylori
 Claritromicina, azitromicina, eritromicina
Lincosamidas
 Clindamicina
 Ativa contra cocos gram-positivos
 Estafilococos resistentes a penicilina
 Pode ser indicada para o tratamento da
acne
Referências:
Slides e anotações da aula
MayaraKelly
Mecanismo de ação
1. Inibem a atividade da DNA girase ou
topoisomerase II
2. Ocorrem alterações no grau do
superenrolamento do DNA
3. O DNA passa a ocupar grande espaço no
interior da célula bacteriana
4. Síntese descontrolada de RNAm e de
proteínas que determinam a morte da
bactéria
Rifampicina e rifambutina
 Inibidores da RNA polimerase bacteriana
 Bloqueiam a síntese de RNAm
 Numerosas interações medicamentosas
 Quase não são utilizadas
 A rifambutina é análoga da rifampicina
Quinolonas e fluoquinolonas
 As fluorquinolonas surgiram após a
adição de um átomo de flúor na posição
6 no anel quinolônico
 Poucas reações adversas
 Ciprofloxacino, levofloxacino,
gatifloxacino, moxifloxacino e
gemifloxacino
Usos terapêuticos
 Quinolonas
 Infecções do trato genito-urinario
 Infecções urinárias não complicadas
 Infecções do trato gastrintestinal
 Infecções no trato respiratório
 Osteomielites
 Infecções de tecidos moles
 Fluorquinolonas
 Pielonefrites complicadas
Metronidazol
 Pró-droga
 Reduzido à ferridoxina por uma enzima
presente em bactérias anaeróbias e em
alguns protozoários
Referências:
Slides e anotações da aula
MayaraKelly
 O sistema nervoso divide-se
anatomicamente e fisiologicamente
 Sistema Nervoso Central (SNC)
 Encéfalo e medula espinhal
 Sistema Nervoso Periférico (SNP)
 Nervos, gânglios e terminações
nervosas
 O SNP ainda é dividido em Sistema
Nervoso Somático (SNS) e em Sistema
Nervoso Autônomo (SNA)
 SNS: funções motoras e os
movimentos do corpo
 SNA: processos vitais involuntários
 O SNA distribui-se em nervos e gânglios
que inervam coração, vasos sanguíneos,
glândulas, musculo liso e outros tecidos
 Pode ainda ser subdivido em: simpático e
parassimpático
 Essa divisão pode ser explicada pela
liberação de neurotransmissores (NA)
na sinapse pré-ganglionar e a pós-
ganglionar
 Pós ganglionares do sistema simpático:
liberam norepinefrina (NE)
 Receptores: α-adrenérgicos e β-
adrenergicos
 Exceções: glândulas sudoríparas,
músculos piloeretores e alguns vasos
sanguíneos (tanto o pré quanto os pós
libera ACh)
 Pós ganglionares e pré ganglionares do
sistema parassimpático: liberam apenas
acetilcolina (ACh)
 Receptores muscarínicos e nicotínicos
Sistema Nervoso Autônomo
Simpático
 Estimula algum órgão efetor
 Menos o TGI
 Ativa junto às emoções
 Prepara o organismo para situações de
fuga, luta, exercício físico
 Gânglios originados na região toracolombar
 Responsável pela liberação de NE e
epinefrina
MayaraKelly
1. Pré-ganglionares liberam ACh (fibras
colinérgicas)
2. Ativação de fibras adrenérgicas
3. Estimulando as adrenais para a
liberação do neurotransmissor ou a
liberação por via sináptica
Receptores adrenérgicos
 A norepinefrina é o neurotransmissor
primordial nas ações de transmissão
adrenérgica
 Sua síntese permite a produção de
outros ligantes endógenos (dopamina e
epinefrina)
 Grupo chamado de Catecolaminas
 Esses receptores são estimulados pela NE
e pela epinefrina
 Localizados no neurônio na pré-sinapse
ou no órgão efetor pós-sináptico
 Receptores α
 α1
 Contração da musculatura lisa
vascular
 α2
 Relaxam a musculatura lisa vascular
 Receptores β
 Funções distintas dependendo da
localização tecidual
 β1
 Aumento da força e frequência
cardíaca
 β2
 Relaxamento do musculo liso das
vias aéreas
Sistema Nervoso Autônomo
Parassimpático
 Gânglios originados no tronco encefálico e
na região sacral da medula espinal
(craniossacral)
 Produz o relaxamento
 Tocam ou adentram as vísceras
 Sistema de conservação
1. Sinapse da fibra pré com a pós
ganglionar
2. Liberação de Ach no receptor
nicotínico
3. Sinapse da fibra pós-ganglionar com o
tecido-alvo
4. Liberação de Ach ao receptor
muscarínico do tecido-alvo
Receptores colinérgicos
 Nicotínicos
 Canais iônicos
 Receptores ionotrópico
 A Ach abre o canal iônico diretamente
por uma ligação
 Muscarínicos
 Acoplados à proteína G
 Receptores metabotrópicos
 A Ach abre o canal iônico
indiretamente pela presença da
proteína G (2° mensageiro), que
modifica a excitabilidade da fibra pós-
ganglionar
MayaraKelly
Referências:
Slides e anotações da aula
Tortora, Gerard J.Princípios de anatomia e fi
siologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016
MayaraKelly
 Produzem efeitos de estimulação do
Sistema Nervoso Simpático
 Podem ter variada seletividade por um alvo
farmacológico
 Determina o mecanismo de ação por
completo
Agonistas adrenérgicos
 Também chamados de simpaticomiméticos
 Efeitos finais semelhantes a ativação
dos receptores adrenérgicos pela NE
 Ação direta
 Estimulação dos receptores
adrenérgicos
 Ação indireta
 Promove o aumento dos
neurotransmissores
 Inibem enzimas de degradação
 Bloqueiam a recaptação de
neurotransmissores
 Sobra neurotransmissores
 Ação mista
 Promovem ambas ações ao mesmotempo
Isoproterenol
 β-adrenérgico
 β1 e β2
 Não seletivo
 Baixa afinidade pelos receptores α
 Poucos efeitos vasculares
 Aumento do débito cardíaco
 Palpitações, taquicardia sinusal e
arritmias
 Relaxamento do musculo liso em quase
todos os tecidos
 Maior ação: brônquios e TGI
 Farmacocinetica
 Via parenteral e inalatória
 Biotransformação no fígado
 Baixa degradação pela MAO
 Maiores concentrações plasmáticas
e maior tempo de ação
Salbutamol
 β2-adrenérgico
 Seletivo
 Broncodilatação
 15 minutos após a inalação
 Curta duração
 Tratamento da asma
 Uso continuo = tolerância
Salmeterol
 β2-adrenérgico
 Seletivo
 Broncodilatação
 Longa duração
 Seletividade maior que o salbutamol
 Controla a inflamação das vias aéreas
 Associado a corticoides inalados
Formoterol
 β2-adrenérgico
 Seletivo
 Broncodilatação
 Liberação gradativa
 Efeito rápido
 Asma noturna
 Profilaxia do broncoespasmo induzido por
exercício
 DPOC
Dobutamina
 β-adrenérgico
 β1 e β2
 Não seletivo
 Efeito maior sobre os receptores β1
MayaraKelly
 Estimulação do debito cardíaco com
menos taquicardia que a EP
 Insuficiência cardíaca congestiva com
disfunção sistólica
Fenilefrina
 α1- adrenérgico
 Seletivo
 Acentuada vasoconstrição arterial
 Descongestionante nasal e midriático
(solução oftalmológica)
Colidina
 α2- adrenérgico
 Tratamento da hipertensão arterial
 Reduz a pressão arterial e a frequência
cardíaca
Anfetamina
 Ação simpaticomimética indireta
 Aumenta a liberação de NE
 α e β-adrenérgicos
 Administração via oral
 Elevação da pressão arterial
 Arritmias
 Depressão
 Fadiga
 Ação de contração ou relaxamento do
musculo liso
 Dependendo de qual estado se
encontra o órgão
 Sob orientação médica
Efedrina
 Ação mista
 α e β-adrenérgicos
 Liberação de NE dos neurônios simpáticos
 Agem principalmente nos α- adrenérgicos
 Elevação da frequência e do débito
cardíaco
 Aumento da pressão arterial
 Aumento na contração da musculatura
lisa
 Broncodilatação
 Farmacocinetica
 Via oral
 Meia-vida: 3 a 6 horas
Antagonistas adrenérgicos
 Reduz a interação da NE, da epinefrina e
de outros agentes simpaticomiméticos com
os receptores adrenérgicos
 Chamados de simpaticolíticos
 Capacidade de interação pode auxiliar ou
atrapalhar o quadro clinico
Prazosina
 Urgências clinicas
 Hipertensão
 α1-adrenérgico
 Seletivo
 Afinidade muito maior para o receptor α1
do que para o α2
 O seu efeito na hipertensão se dá nas
veias e nas arteríolas
 Reduz a resistência periférica total
 Não aumenta a frequência cardíaca e o
debito cardíaco
 Não produz liberação de NE, o que
evita a taquicardia
 Farmacocinetica
 Via oral
 Biodisponibilidade: 50-70%
 Distribuído pela α1-glicoproteína ácida
 Meia vida: 3 horas
Ioimbina
 Competitivo dos receptores α2-
adrenérgicos
MayaraKelly
 Capacidade de atravessar a barreira
hematoencefálica (BHE)
 Aumento da pressão arterial e da
frequência cardíaca
 Intensifica os efeitos simpaticomiméticos
Propanolol
 β-adrenérgico
 Não seletivo
 Não bloqueia os receptores α-
adrenérgicos
 Amplamente utilizado no tratamento da
hipertensão arterial
 Farmacocinetica
 Altamente lipofílico
 Capacidade de atravessar a BHE
 Completa absorção por via oral
 Metabolismo hepático
 Taxa de ligação com proteínas
plasmáticas de 90%
 Biodisponibilidade: depende de cada
indivíduo
 Meia vida: 4 horas
 Efeito é reduzido com o tempo
 Aumento na dose para os mesmos
efeitos farmacológicos do começo
do tratamento
 Efeitos colaterais importantes
Timolol
 β-adrenérgico
 Não seletivo
 Tratamento de algumas doenças do
sistema cardiovascular
 Tratamento de glaucoma de ângulo aberto
e hipertensão intraocular
 Formas oftalmológicas
 O bloqueio dos receptores permite uma
redução de humor aquoso
 Farmacocinetica
 Meia vida: 4 horas
Atenolol
 β1-adrenérgico
 Seletivo
 Não tem a capacidade de atravessar a BHE
 Tratamento de hipertensão arterial
sistêmica, doença coronariana, isquemias do
coração, arritmias e complicações
relacionadas a infarto agudo do miocárdio
 Farmacocinetica
 Meia vida: 4 horas
 Efeito anti-hipertensivo por 24 horas
 Administração única de 50 ou
100mg
Carvedilol
 β-adrenérgico
 Efeito variado
 Antagoniza seletivamente os receptores α1
e β1-adrenérgicos
 Agonista parcial dos receptores β2-
adrenérgicos
 Efeitos sobre os canais de Ca2+
 Hipertensão
 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
 Efeito cardioprotetor
 Via oral
 Ampla ligação as proteínas
 Metabolismo hepático
 Meia vida: 7-10 horas
Referências:
Slides e anotações da aula
Coleção Manuais da Farmácia,
Farmacologia. Sanar
MayaraKelly
 Irão atuar no Sistema Nervoso
Parassimpático
 Trata das propriedades do
neurotransmissor acetilcolina (ACh)
 Há uma dificuldade inerente em efetuar
uma intervenção farmacológica específica
sem provocar efeitos
Bioquímica e Fisiologia da
transmissão colinérgica
 Os receptores colinérgicos podem ser
divididos em duas grandes classes
 Receptores muscarínicos (mAChR)
 Ligados à proteína G
 Expressos nas sinapses terminais dos
neurônios pós-ganglionares
parassimpáticas
 Algumas vezes também em fibras pós-
ganglionares simpáticas
 Receptores nicotínicos (nAChR)
 Canais iônicos regulados por ligantes
 Concentrados em numerosas sinapses
excitatórias
 Pós-sinapticamente
Transmissão sináptica
1. O neurônio pré-ganglionar irá liberar
acetilcolina no receptor nicotínico
2. O neurônio pós-ganglionar irá produzir
acetilcolina no receptor muscarínico do
tecido alvo
Síntese de ACh
 Sintetizada em uma única etapa a partir da
colina e da acetil coA pela enzima
acetiltransferase (ChAT)
Armazenamento e liberação
1. Armazenamento na vesícula
 A energia necessária para esse
processo vem por uma ATPase que
bombeia prótons para dentro da
vesícula
2. Canal cotransportador de ACh-H+
 Coloca ACh e H+ para dentro da
vesícula
3. Despolarização da terminação axônica e a
abertura dos canais de cálcio dependente
de voltagem
4. Fusão da vesícula sináptica com a
membrana plasmática do neurônio
5. A acetilcolina é liberada na fenda sináptica
6. Liga-se a uma das duas classes de
receptores
7. Após fazer seu efeito ela é degradada
8. Ação terminada pela hidrólise enzimática
 Acetilcolinesterase
9. Dividida em acetato e colina novamente
para refazer o ciclo
Degradação
 Essencial para impedir a ativação
indesejável de neurônios ou células
musculares adjacentes
 Degradação realizada pela hidrólise da ACh
 Enzima responsável: acetilcolinesterase
(AChE)
MayaraKelly
Receptores Colinérgicos
Receptor nicotínico
 Canal iônico (pós ganglionar)
 Transmissão colinérgica nicotínica = ligação
da ACh com o nAChR
 Condutância direta regulada por ligante
 Os canais abertos do nAChR ativado são
permeáveis a íons K+ e Na+
 Quando abertos, esses canais
produzem uma corrente efetiva de
entrada de Na+, que despolariza a
célula
 A estimulação de múltiplos nAChR pode
resultar na geração de potenciais de ação
e na abertura dos canais de cálcio
dependentes de voltagem
 A acetilcolinesterase degrada rapidamente
a ACh livre na fenda sináptica
 Dissociação rápida da ACh dos
receptores no estado ativo
 N2 ou NN
 Assemelham-se aos receptores na
junção neuromuscular (JNM) (N1 ou NM)
Receptor muscarínico
 Ligado à proteína G
 Ativação agonista
 Efeitos: inibição da adenililciclase e
estimulação da fosfolipase C
 Mediados por uma subunidade α da
proteína G
 Influência nos canais iônicos
 Entrada de K+
 Hiperpolarização da célula
 Mediados pelas subunidades β e γ
da proteína G
 M1
 Estimulação da fosfolipase C
 Excitatório
 Intestino e alguns neurônios
 M2
 Inibição da adenililciclase e ativação dos
canais de K+
 Inibidor
 Músculo cardíaco
 M3
 Estimulação da fosfolipase C
 Excitatório
 Músculo liso e tecido glandular
 M4
 Inibição da adenililciclase e ativação dos
canais de K+
 Inibidor
 SNC
 M5
 Estimulação dafosfolipase C
 Excitatório
 SNC
MayaraKelly
 Estimulação dos receptores M1, M3 e M5
= excitação da célula
 Estimulação dos receptores M2 e M4 =
suprime a excitação celular
Agonistas diretos dos
receptores muscarínicos
 Parassimpatomiméticos (PSNS)
 Ligação direta aos receptores
 Resistentes a ação da acetilcolinesterase
 Duração mais longa que a acetilcolina
 Via parenteral
 Eliminados na urina
 Efeitos farmacológicos
 Sistema Cardiovascular (M2)
 Diminuição da força (ionotrópico) e
frequência (cronotrópico) dos
batimentos cardíacos
 Vasos (M3)
 Vasodilatação
 Trato Gastrointestinal (M3)
 Contração dos músculos lisos
 Estimulação da secreção ácida
Ésteres de colina
 Acetilcolina
 Não é administrada no uso clínico
 Alta hidrólise pela AChE
 Carbacol
 Tópico: tratamento de glaucoma
 Constrição da pupila e diminuição da
pressão intraocular
 Betanecol
 Agem nos receptores M3
 Promove a motilidade GI e do trato
urinário
 Vasodilatador
 Queda de pressão
 10/20mg 3x ao dia v.o
 Contra indicado para asmáticos
 Metacolina
 Não é mais utilizada como fármaco
 Vasodilatador
 Teste de hiper-reatividade brônquica
 Saber se o indivíduo é asmático ou
não
Alcaloides
 Variam acentuadamente em sua estrutura
 Em sua maioria são aminas terciárias,
embora alguns sejam aminas
quaternárias
 Aminas terciárias possuem uma natureza
antipática, facilitando a sua entrada no SNC
e a absorção pela mucosa GI
 Pilocarpina
 Tratamento da xerostomia
(hipossalivação)
 5/10mg 3x ao dia v.o
 Solução oftalmológica: tratamento de
glaucoma e ressecamento dos olhos
 0,5 - 4%
 Contraindicações
 Asmáticos
MayaraKelly
 Distúrbios pépticos
 Hipotensão
 Insuficiência coronariana
Agonistas indiretos dos
receptores muscarínicos
 Parassimpatomiméticos (PSNS)
 Também conhecidos como inibidores da
AChE
 Provoca o aumento da quantidade da
acetilcolina
 Inibição da acetilcolinesterase = aumento
da acetilcolina endógena
 Intensificação dos efeitos do sistema
parassimpático
Reversíveis
 Liga-se ao sítio ativo da enzima impedindo
a ligação da acetilcolina
 Álcoois simples com grupo amônio
quaternário
 Endrofônio
 Inibe a AChE através de uma
associação reversível com o sítio
ativo da enzima
 Ligações de hidrogênio no sítio
ativo da enzima
 Meia vida do complexo inibidor-
enzima: 2-10 minutos
 Bloqueio rápido, porém, reversível
Irreversíveis
 Liga-se a enzima e não desligam mais
 Ligação covalente
 Não há mais degradação de acetilcolina
 Muitos efeitos colaterais
 Ésteres do ácido carbâmico de álcoois que
possuem grupos de amônio quaternário ou
terciário (carbamatos)
 Fisiostigmina
 Hidrolisado pela AChE
 Forma uma ligação covalente lábil
entre o fármaco e a enzima
 Meia vida do complexo inibidor-
enzima: 15-30 minutos
 Inibição efetiva: 3-8 horas
 Ação média
 Derivados orgânicos do ácido fosfórico
(organofosforados)
 Ecotiofato
 Ação longa
 Ligações covalentes muito estáveis
Usos clínicos
 Mostram-se úteis em doenças da junção
neuromuscular
 O defeito primário consiste numa
quantidade insuficiente de ACh ou de
AChR
 Perda da contração muscular (miastenia
gravis)
 Demência
 Perda da ação colinesterástica
 Reversão da toxicidade de agentes
anticolinérgicos
 Fisiostigmina
MayaraKelly
 Ação oftalmológica: diminui a pressão
intraocular, facilitando o efluxo de humor
aquoso
 Sistema GI: aumento da motilidade do
músculo liso
Antagonistas dos receptores
muscarínicos
 Anticolinergicos/antimuscarínicos
 Irão bloquear os efeitos do parassimpático
 Aumento dos efeitos simpáticos
 Não seletivos dos receptores muscarínicos
 Alcaloides de ocorrência natural ou em
compostos de amônio quaternário
sintéticos
Escopolamina
 Bloqueia a ação de contração
 Causa relaxamento
 Utilizado para cólicas
Ipratrópio
 Sintético
 Broncodilatador de curta ação
 Bloqueia a bronconstrição
 Princípio ativo do Artrovent
 Mais efetivo do que os agonistas β-
adrenérgicos no tratamento da doença
pulmonar obstrutiva crônica, porém menos
efetivo no tratamento da asma
Tiotrópio
 Broncodilatador
 Eficácia provavelmente superior só
ipratrópio no tratamento da doença
pulmonar obstrutiva crônica
Atropina
 Alcaloide natural encontrado na planta
beladona
 Utilizado para reverter a ação tóxica de um
antagonista
 Induz a midríase nos exames
oftalmológicos
Contra indicações
 Pacientes com glaucoma de ângulo
fechado
 Pacientes com hipertrofia prostática
 Idosos
Efeitos adversos
Dependendo da dose
 Bradicardia
 Sedação
 Taquicardia
 Hiperexcitação do SNC
 Delírios
 Alucinações
 Convulsões
 Visão embaçada
 Boca seca
 Retenção urinária
 Rubor e febre
Referências:
Slides e anotações da aula
Golan, David E. Principios De Farmacologia.
A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia
2ª ed. Guanabara Koogan, 2010
FARM
ACOLOGIA DO
Sistema Nervoso Central
MayaraKelly
 A maioria dos fármacos que afetam o
SNC atua alterando alguma etapa do
processo de neurotransmissão
 Pré-sinapse: influencia na produção,
armazenamento, liberação ou no
termino da ação dos
neurotransmissores
 Pós-sinapse: ativam ou bloqueiam
receptores pós-sinápticos
Neurotransmissão
 Liberação de neurotransmissores que se
difundem através do espaço sináptico e
se ligam a receptores específicos no
neurônio pós-sináptico
Potenciais sinápticos
 Os receptores da maioria das sinapses
estão acoplados a canais iônicos
 A fixação do neurotransmissor ao
receptor resulta na abertura rápida e
transitória de canais iônicos
 Essa abertura permite que íons
específicos entrem ou saiam da
membrana do neurônio
 A composição iônica é alterada dentro e
fora da membrana = alteração do
potencial pós-sináptico
 Despolarização ou hiperpolarização
Vias excitatórias
 Causa a despolarização da membrana
pós-sináptica
 Potenciais pós-sinápticos excitatórios
(PPSEs)
 Etapas
1. Liberação de neurotransmissores
(glutamato ou acetilcolina)
2. Ligação dos neurotransmissores nos
receptores pós-sinápticos
3. Aumento transitório na
permeabilidade de Na+ na membrana
pós-sináptica
4. O influxo de Na+ leva a
despolarização da membrana
MayaraKelly
5. Potencial de ação em direção ao
limiar
6. Quanto mais neurônios são excitados,
mais neurotransmissores são liberados
 Determina que o PPSE ultrapasse
o valor limiar
 Potencial de ação tudo-ou-nada
Vias inibitórias
 Causa a hiperpolarização da membrana
pós-sináptica
 Potencias pós-sinápticos inibitórios (PPSIs)
 Etapas
1. Liberação de neurotransmissores
(ácido gama-aminobutírico ou glicina)
2. Ligação dos neurotransmissores nos
receptores pós-sinápticos
3. Aumento transitório na
permeabilidade de K+ e Cl-
4. O influxo de Cl- e o efluxo de K+
causa hiperpolarização
5. Potencial de ação se afasta do
limiar
6. Diminuição da geração de potenciais
de ação
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 Os ansiolíticos causam sedação sendo
assim podem ser utilizados clinicamente
como hipnóticos (indutores do sono)
 Administrados em grandes quantidades
podem provocar a morte por parada
cardiorrespiratória
 EVITAR ÁLCOOL
 Estão presentes na Lista B1 da Portaria
SVS/MS 366/98
Ansiedade
 A ansiedade é um estado desagradável
de tensão, apreensão e inquietação
 Tem origem de fonte física ou
desconhecida
 Muitas vezes decorre de um estímulo
desconhecido, imaginário
 Sintomas físicos: taquicardia, sudorese,
tremores e palpitações
 Ansiedade leve
 Experiências normais na vida
 Não justificam tratamento
 Ansiedade intensa, crônica e debilitante
 Tratada com ansiolíticos ou alguma
forma de psicoterapia
SNA em resposta a ansiedade
 Diarreias
 Tonturas
 Hiperidrose
 Hipertensão
 Taquicardia
 Midríase
 Inquietação
 Atividade central exacerbada
 Tremores
 Urgências urinarias
 Formigamentos
Tratamento não farmacológico
 Psicoterapia
 Autocuidado
 Evitar cafeína
 Atividade prazerosas
 Liberação de endorfina Evitar álcool e tabaco
 Alimentação saudável
 Sono regular
 Melatonina (ritmo circadiano)
 Aromaterapia
 Grupo de apoio
 Relaxamento
Fisiologia
 Distúrbio do SNC com estimulação
exagerada do SNA
 Neurotransmissores envolvidos
 Noradrenalina
 Aumento
 Serotonina
 Diminuição
 GABA (ácido γ-aminobutírico)
 Diminuição
Benzodiazepínicos (BNZ)
 Reduz a atividade do SNC
 Mais seguros e eficazes
 Efeitos tóxicos
 Desenvolvem tolerância
 Dependência física e psicológica
 Doses elevadas por um longo período
 A interrupção abrupta pode levar a:
 Confusão
 Ansiedade
 Agitação
 Insônia
 Convulsões
 Sufixos: zepam ou zolam
MayaraKelly
Mecanismo de ação
 Atuam de modo seletivo sob os
receptores de GABA tipo A GABAa
 Potencializam os efeitos do GABA
ligando-se a um lugar específico de alta
afinidade (distinto do local de ligação
do GABA)
 Aumentam o efluxo de CL- mediado pelo
GABA
 A entrada de Cl– hiperpolariza a
célula, tornando mais difícil sua
despolarização e, por isso, reduz a
excitabilidade neuronal
Usos terapêuticos
 Todos os BNZ são utilizados para as
ações que serão citadas, a diferença
estará na duração do efeito do
medicamento
 Dependência do tempo de meia vida
 Redução da ansiedade
 Doses baixas
 Efeito hipnótico/ sedativo
 Doses elevadas
 Amnesia anterógrada
 Efeito anticonvulsivante
 Relaxamento muscular
 Doses elevadas
 Fibromialgia
Diazepam
 Ação longa
 Distúrbios de ansiedade generalizada
 Tratamento por tempo prolongado
 Fármaco de escolha no controle do
estado epilético
 Útil no tratamento de distúrbios
musculares
Lorazepam
 Ação curta
 Sedação de paciente em cirurgias curtas
 Fármaco de escolha no controle do
estado epilético
Midazolam
 Ação ultra curta
 Crises curtas de pânico
 Pré-medicação para procedimentos
desconfortáveis e que provocam
ansiedade
 Endoscopias, procedimentos
odontológicos e angioplastia
 Facilita a amnésia e causa sedação
Alprazolam
 Ação média
 Transtorno de pânico
Clonazepam
 Ação longa
 Distúrbios de ansiedade generalizada
 Tratamento por tempo prolongado
 Tratamento adjunto contra certos tipos
de convulsões
Flurazepam
 Ação longa
 Utilizado no tratamento da insônia
 Raramente utilizados devido sua longa
meia-vida
 Sedação excessiva durante o dia
Barbitúricos
 Tratamento da epilepsia
 Causam morte por depressão
cardiorrespiratória
 Não tem eficácia sobre a ansiedade, mas
provocam sedação leve até uma
anestesia
Mecanismo de ação
 O local de ação no receptor de GABA é
diferente daquele dos benzodiazepínicos
 Potencializam a ação do GABA na
entrada de Cl- no neurônio
 Podem bloquear os receptores
excitatórios glutamato
 No geral, diminuem a ação neuronal
Usos terapêuticos
 Classificação de acordo com sua duração
de ação
MayaraKelly
 Anestésico
 Anticonvulsivante
 Hipnoticossedativo
Tiopental
 Ação ultracurta
 Via IV
 Induz a anestesia
 Amplamente substituídos por outros
fármacos
 Uso exclusivo hospitalar
Fenobarbital
 Anticonvulsivante
 Pode deprimir o desenvolvimento
cognitivo em crianças e diminuir o
desempenho cognitivo em adultos
 Usado apenas se outros tratamentos
falharem
Butabarbital
 Usado comumente em produtos
associados
 Paracetamol e cafeína
 Ácido acetilsalicílico e cafeína
 Sedativo e pré-anestésico
 Ajuda no manejo de cefaleias por tensão
ou enxaquecas
Compostos “Z”
Zolpidem
 Maior seletividade
 Mecanismo diferente dos demais
 Hipnótico de curta duração
 Sem atividade sedativa e ansiolítica
 Menos depressão respiratória
 Menor risco de dependência
 Maior custo
 Efeitos adversos
 Sonambulismo
 Crise de ausência
 Perda de concentração
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 A utilização desses fármacos pode
melhorar ou eliminar totalmente os
sintomas da depressão moderada a
grave
 Antes do inicio do tratamento deve-se
descartar o diagnóstico de transtorno
bipolar
 O uso dos fármacos antidepressivos
pode desencadear o aparecimento de
mania
 Melhoram a neurotransmissão
serotoninérgica e/ou noradrenérgica
 Estão presentes na Lista C1 da Portaria
SVS/MS 344/98
Depressão
 Doença psiquiátrica crônica
 Caracterizada por uma tristeza
profunda, recorrente e infindável
 Reação do indivíduo em lidar com perdas
 Sintomas principais
 Tristeza exacerbada
 Desanimo
 Desinteresse
 Irritabilidade
 Insônia
 Sentimento de vazio
 Falta de sentido na vida
 Esgotamento
 Dificuldade em demonstrar
sentimentos
Fisiologia
 Teoria monoaminérgica da depressão
 A depressão é consequência de uma
menor disponibilidade de aminas
biogênicas cerebrais
 Serotonina, dopamina e noradrenalina
 Outras teorias
 Cascatas de sinalização intracelular
 Modulação da expressão dos genes
 Participação dos sistemas endócrino e
imune
Antidepressivos tricíclicos
(ADT)
 Utilizados em outras complicações além
da depressão
 Dor neuropática
 Enxaqueca
 TOC
 Transtorno de déficit de atenção
com hiperatividade (TDAH)
 Vômitos
 Insônia
 Imipramina, amitriptilinam clomipramina,
doxepina, trimipramina, nortriptilina
Mecanismo de ação
 Inibem a recaptação de 5-HT e NA pelos
neurônios pré-sinápticos
MayaraKelly
 Atuam também como antagonistas de
receptores pós-sinápticos
 H1, 5-HT2A, α1-adrenergico e muscarínicos
 Efeitos benéficos ou não
Usos terapêuticos
 Depressão moderada e grave
 Transtorno de pânico
 Insônia
 Enxaqueca
 Dores desconhecidas
 Dor crônica
Efeitos adversos
 Hipotensão ortostática e postural
 Xerostomia
 Visão turva
 Retenção urinaria
 Constipação
 Prejuízo sobre a memoria
Inibidores da monoamino-
oxidase (IMAO)
 Fenelzina, selegilina, moclobemida
Mecanismo de ação
 A MAO funciona como “válvula de
segurança”
 Inativando qualquer excesso de
neurotransmissor
 Possui duas isoformas
 MAO-A: degradação da serotonina (5-
HT) e noradrenalina (NA)
 MAO-B: degradação de benzilaminas e
2-feniletilaminas
 Os IMAO podem inativar reversivelmente
ou irreversivelmente essa enzima
 Os neurotransmissores se acumulam
na fenda sináptica e no neurônio pré-
sináptico, facilitando sua captação
 O uso é limitado
 Complicadas dietas exigidas
durante sua utilização
Usos terapêuticos
 Pacientes que não respondem ou são
alérgicos aos ADTs
 Forte ansiedade
 Última escolha em vários centros de
tratamento
Efeitos adversos
 Interações com fármacos e alimentos
 Contraindicado o uso com outros
antidepressivos
 Evitar alimentos que contenha
tiramina
 Sonolência
 Hipotensão
 Visão turva
 Xerostomia
 Constipação
Inibidores seletivos da
captação de serotonina
(ISCS)
 Fluoxetina, citalopram, escitalopram,
fluvoxamina, paroxetina e sertralina
 Primeira escolha para o tratamento da
depressão maior
 Mais seguros que os IMAO e ADT
MayaraKelly
Mecanismo de ação
 Inibem a recaptação de serotonina pelos
neurônios pré-sinápticos
 Aumenta a quantidade de serotonina na
fenda sináptica
 Neurotransmissão serotoninérgica
potencializada e prolongada
 Precisam de 2 semanas para produzir
melhora significativa
 Benefício máximo em até 12 semanas ou
mais
Usos terapêuticos
 Depressão
 TOC
 Transtorno de pânico
 Ansiedade generalizada
 Estresse pós-traumático
 Ansiedade social
Efeitos adversos
 Cefaleia
 Sudoração
 Ansiedade
 Agitação
 Efeitos gastrintestinais
 Fraqueza
 Cansaço
 Distúrbios sexuais
 Alterações da massa corporal
 Distúrbios do sono
Inibidores da captação de
serotonina e norepinefrina
(ICSN)
 Venlafaxina, desvenlafaxina,
levomilnaciprana, duloxetina
 Tratamento da depressão em pacientes
que não responderam aos ISCSs
 Podem causar síndrome de interrupção
Usos terapêuticos
 Depressão seguida de dores
 Dor lombar
 Dor muscular
 Dor associada a neuropatia diabética
periférica
 Fibromialgia
Venlafaxina e desvenlafaxina
 Potentes inibidores da captação de
serotonina
 Em dosagens altas: inibem a captação
de norepinefrina
 A desvenlafaxinaé o metabólito ativo,
desmetilado da venlafaxina
 Efeitos adversos
 Náuseas
 Cefaleias
 Disfunções sexuais
 Tonturas
 Insônia
 Sedação
 Constipação
Referências:
Slides e anotações da aula
Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016
MayaraKelly
 Presentes na Lista C1 da Portaria SVS/MS
344/98
 Exceção dos barbitúricos e
benzodiazepínicos utilizados
Epilepsia
 É uma enfermidade crônica causada por
episódios convulsivos recorrentes
 Descarga de um grande número de
neurônios
 Pode originar-se de uma lesão cerebral
 Parciais: inicia-se e permanece
localmente
 Generalizadas: atividade elétrica
anômala em ambos os hemisférios
cerebrais
Fisiologia
 Amplificação do sinal pelo sistema
glutamatergico
 Incapacidade do sistema GABAérgico em
regular a ativação dos receptores e
impedir a origem e propagação das
descargas
Ansiolíticos
 Clonazepam, diazepam, lorazepam e
fenobarbital
Carbamazepina e
oxcarbamazepina
 Convulsões tônico-clônicas e crises
parciais
 Bloqueio dos canais de Na+ sensíveis a
voltagem
Efeitos adversos
 Sonolência
 Vertigem
 Ataxia
 Diplopia
 Visão turva
 Redução da concentração plasmática de
Na+
Fenitoína
 Inativação dos canais de Na+ dependete
de voltagem
 Crises parciais e convulsões tônico-
clônicas, mas não em crises de ausência
Efeitos adversos
 Pacientes idosos
 Arritmias cardíacas
 Hipotensão
 Pacientes jovens com uso crônico
 Alterações comportamentais
 Aumento da frequência das crises
convulsivas
 Transtornos gastrintestinais
 Hiperplasia gengival
 Anemia megaloblástica
Ácido Valproico
 Mais utilizado
 Amplo espectro em todos os tipos de
convulsões
Mecanismo de ação
 Inativação dos canais de Na+
dependentes de voltagem
 Redução das correntes de Ca2+ tipo T
 Alterações no metabolismo do GABA
 Aumenta a síntese e diminui a
degradação
Efeitos adversos
 Desconfortos gastrintestinais
 Elevação nas transaminases hepáticas
MayaraKelly
Gabetina e pregabalina
 Acentuação GABAérgica
 Inibição glutamatergica
 Inibem os canais de Na+ dependentes de
voltagem
 Crises parciais
Referências:
Slides e anotações da aula
MayaraKelly
 Atuam nas psicoses
 Inibidores dos sintomas agudos
responsáveis pela agitação e hostilidade
do paciente
 Estão presentes na Lista C1 da Portaria
SVS/MS 344/98
 Podem ser típicos ou atípicos
 Redução dos sintomas positivos
Psicose
 Correspondem a um distúrbio mental
relacionado com um senso distorcido da
realidade
 Transtornos psicóticos mais comuns:
 Transtorno bipolar
 Psicose induzida por substâncias
 Esquizofrenia
 Excesso de neurotransmissores,
principalmente de dopamina
Típicos
 Antagonistas dos receptores
dopaminérgicos D2 e dos receptores
serotoninérgicos 5HT2A
 Age principalmente nos sintomas positivos
 Tioridazina, haloperidol,
levomepromazina, clorpromazina,
flufenazina
Efeitos adversos
 Síndrome extrapiramidal
 Movimentos involuntários
 Distonia aguda
 Parkinsonismo medicamentoso
 Perda de força
 Acatisia
 Discinesia tardia
 Síndrome Neuroléptica Maligna
 Bloqueio adrenérgico
 Amplificação do sistema
parassimpático
 Hipotensão postural
 Disfunção sexual
 Xerostomia
 Convulsões
 Sedação
 Inibição do eixo gonadal
Atípicos
 Antagonistas de dopamina e de
serotonina
 Diminuição dos sintomas extrapiramidais
 Melhor eficácia nos efeitos negativos
 Eficazes em pacientes que não respondem
aos típicos
 Risperidona, quetiapina, olanzapina,
ziprasidona, aripiprazol, clozapina
 Última escolha
 Muitos efeitos colaterais
 Benefícios totais de 4 semanas a 6 meses
Efeitos adversos
 Agranulocitose
 Discrasias sanguíneas
 Resistência à insulina
 Desidratação
 Ganho de peso
Estabilizadores de humor
 Transtornos de humor bipolar
 Oscilação entre humor depressivo e
mania
 Há carência de fármacos específicos para
a terapêutica
Lítio
 Baixo índice terapêutico
MayaraKelly
 Envolve vários efeitos diretamente
relacionados com a neurotransmissão
 Inibição da liberação de NA e DA,
principalmente
 Deve ser devidamente monitorado
 O uso crônico pode levar ao acúmulo
de do metal no organismo
 Reações adversas
 Tremor
 Ganho de peso
 Edema
 Poliura
 Náuseas
 Intestino solto
 Hipotireoidismo
 Efeito clínico é observado após 5 a 6 dias
do início do tratamento
Referências:
Slides e anotações da aula
MayaraKelly
 Perda irreversível de neurônios
 Doença de Parkinson e Doença de
Alzheimer
Doença de Parkinson
 Perda de neurônios dopaminérgicos
 Presença de inclusões intracelulares
Fisiologia
 Redução da ativação dos receptores pós
sinápticos de dopamina e acetilcolina
 Primeira linha de tratamento:
recuperação da atividade dopaminérgica
e redução da transmissão colinérgica
Levodopa
 Percursor metabólico imediato da
dopamina
 Quando administrado isoladamente,
apenas 1% a 3% do fármaco chega ao
local de ação
 Coadministração de um inibidor de
enzimas para a redução necessária
da dose
 Reações adversas
 Anorexia
 Náuseas
 Vômitos
 Arritmias cardíacas
 Discinesias
Agonistas dos receptores de dopamina
 Ropinirol e pramipexol
 Ativação dos receptores de dopamina (D2
e D3)
 Duração maior do que a levodopa
 Reações adversas
 Alucinações
 Náuseas
 Hipotensão ortostática
 Fadiga
 Sonolência
Anticolinérgicos
 Terapia coadjuvante
 Triexifenidil, benzitropina e difenidramina
 Efeito anti parkinsoniano modesto
 Estágios iniciais da doença
 Reações adversas
 Retenção urinária
 Xerostomia
 Constipação
 Visão turva
Doença de Alzheimer
 Desordem neuronal degenerativa
multifatorial
 Progressiva perda da capacidade mental,
comportamental, funcional e da
capacidade de aprendizado
 Diminuição da síntese de acetilcolina e
perda de receptores nicotínicos
 Comprometimento da transmissão
colinérgica
 O objetivo principal da farmacoterapia é
atenuar os sintomas
 Acentuação da neurotransmissão
colinérgica
 Inibição das colinesterases nas
fendas sinápticas
 Aumento da concentração de
acetilcolina extracelular
Anticolinesterásicos
 Donepezila, rivastigmina, galantamina,
tacrina
 Todos os anticolinesterasicos utilizados
melhoram a cognição, comportamento e
a funcionalidade
 Utilizados em pacientes com a doença
em estado leve a moderado
 Reações adversas
 Desconforto gastrointestinal
MayaraKelly
 Câimbras musculares
 Bradicardia
Referências:
Slides e anotações da aula

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