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Fa tor Farma Vias de administração Farmacocinética Farmacodinâmica Hipolipêmicos Hipoglicemiantes Anti-inflamatórios Anti-hipertensivos Farmacologia da Coagulação Farmacologia do Sistema Digestório Antibióticos Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Farmacologia do Sistema Nervoso Central Pg. 4 Pg. 10 Pg. 21 Pg. 26 Pg. 32 Pg. 38 Pg. 45 Pg. 49 Pg. 58 Pg. 67 Pg. 79 Pg. 91 Deseja expor alguma crítica, dúvida, ou sugestão? Entre em contato comigo pelo e- mail: Me siga também no Passei Direto, lá posto muitos resumos da minha área de graduação e da saúde em geral, com certeza vai te ajudar bastante. Perfil Passei Direto: fatorfarma@gmail.com Fator Farma Bons estudos! Atenciosamente M. MayaraKelly ] Trata-se da aplicação de fármacos no organismo Escolha da via: Biodisponibilidade (disponibilidade do fármaco na corrente sanguínea) Facilidade de administração Custo Riscos Velocidade do efeito Condições do paciente Tipos de vias de administração: Vias Sistêmicas Nunca apresentará um trajeto ou destino definido Atingem a circulação sanguínea Enteral (via oral, sublingual e bucal) Parenteral (via intravascular, subcutânea, intramuscular e intratecal) Vias Locais Efeito no ponto de aplicação Absorvida posteriormente para ter uma ação sistêmica Tópica e transdérmica Intra-nasal Ocular Auricular Outras vias Não tem uma classe especifica Pode ser tanto sistêmica quanto local Inalatória Vaginal Retal Via Enteral Mais seguro Conceitos básicos da Farmacologia Droga: substância que consegue alterar uma função na fisiologia Positivamente (estudado pela farmacologia) Negativamente (estudado pela toxicologia) Fármaco: alteração benéfica da fisiologia, estrutura química já definida, efeitos no organismo conhecidos Medicamento: produto elaborado a base de fármaco, efeito benéfico Remédio: tudo aquilo que possa fazer bem ao corpo Desde um medicamento até uma massagem ou fisioterapia Janela Terapêutica: faixa de concentração do fármaco em que se observa um efeito terapêutico MayaraKelly Comum Conveniente Econômico O fármaco pode ser: Deglutido (via oral) Colocado sob a língua (via sublingual) ou entre a bochecha e a língua (via bucal) Administrado pelo reto Nunca administrar medicamentos de via oral por via sublingual ou bucal Assoalho da boca pode ferir Oral Medicamentos que são administrados pela boca e absorvidos pelo trato gastrointestinal Facilmente autoadministrados Toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser facilmente neutralizadas As vias envolvidas na absorção oral são as mais complicadas Taxa de absorção variável O baixo pH do estomago inativa alguns fármacos Em caso de vômito pouco antes da administração do medicamento, o efeito do mesmo é ineficaz Sistema porta Tudo que foi absorvido no intestino vai para o fígado No final apenas 60% do princípio ativo vai para a corrente sanguínea Efeito de 1ª passagem Preparações revestidas (entéricas) e de liberação prolongada Preparações revestidas (entéricas) Envoltório químico que protege o fármaco do ácido gástrico Libera o fármaco apenas no intestino (menos prejudicial) O envoltório se dissolve e permite a liberação Preparações de liberação prolongada Abreviados como: LA (longa ação) ou LL (liberação lenta) Revestimentos especiais que controlam a liberação do fármaco Absorção mais lenta e uma duração de ação mais longa Obs. FF = Forma Farmacêutica Formas farmacêuticas: comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, gotas, xarope, suspensão MayaraKelly Sublingual e bucal Absorção pela cavidade oral Permite que o fármaco se difunda na rede capilar Entrada direta na circulação sistêmica Facilidade de administração Absorção rápida Não passa pelo TGI Capacidade de evitar a biotransformação de 1ª passagem Formas farmacêuticas: comprimidos sublinguais Via Parenteral Tratamento do paciente impossibilitado de tomar a medicação oral (paciente inconsciente) Quando é necessário o inicio rápido de ação Injetáveis Melhor controle sobre a dose ideal Mais rápida Maior efeito Não passa pela biotransformação de 1ª passagem e nem pelo ambiente agressivo do TGI São irreversíveis Podem causar dor, medo, lesões teciduais e infecções Formas farmacêuticas: soluções e suspensões injetáveis Intravenosa (IV) Via parenteral mais comum Efeito rápido Grau de controle máximo sobre a quantidade de fármaco administrada Vantajosa para fármacos que podem causar irritações por outras vias Velocidade de infusão controlada Pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a reações desfavoráveis Quando injetada em bolus: MayaraKelly Toda a dose do fármaco vai diretamente para a circulação sistêmica quase que imediatamente Quando administrado como infusão IV: Fármaco infundido em um período de tempo maior Pico de concentração plasmática mais baixo Aumento da duração do nível do fármaco circulante Intramuscular (IM) Os fármacos podem estar contidos em: Soluções aquosas que são absorvidas rapidamente ou Preparações especializadas de deposito, que são absorvidas lentamente Concentração sustentada durante um período de tempo prolongado Subcutanea (SC) Absorção por difusão simples Mais lenta que via IV Minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados à injeção IV Efeitos lentos, constantes e prolongados Não deve ser usada com fármacos que causam irritação tissular Dor intensa e necrose Intratecal A barreira hematoencefálica retarda ou impede a entrada dos fármacos no SNC Usada principalmente para quimioterapia e anestesias Efeitos locais e rápidos Introdução do fármaco diretamente no liquido cerebrospinal A epidural é similar a esse tipo de via Via Tópica Restrito às camadas da pele Quando se deseja um efeito no local do fármaco MayaraKelly Formas farmacêuticas: soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel Via Transdérmica Uso tópico, porém, há diferença da via tópica Mesmo aplicado à pele, o fármaco consegue penetrar na corrente sanguínea Velocidade de absorção pode variar Características físicas da pele Lipossolubilidade do fármaco Oferta prolongada Formas farmacêuticas: adesivo Via Respiratória ou Inalatória Depende de um manejo Gases Rápida oferta do fármaco através da superfície da membrana mucosa do TR e do epitélio pulmonar Quase tão rápidos quanto as injeções Inalação oral Eficaz e conveniente para pacientes com problemas respiratórios Broncodilatadores Inalação nasal Descongestionantes nasais Administração diretamente dentro do nariz Formas farmacêuticas: nebulizador, spray, bombinhas Via Ocular Administração nos olhos Uso local Formas farmacêuticas: colírios Via Auricular/Otológica Administração pelos ouvidos (canal auditivo externo) Indicados para infecções no ouvido e amolecimento de cera, em sua maioria MayaraKelly Via Vaginal Sistêmica e local Quando a via oral não está disponível Medicamento não indicado para uso oral Preparar e administrar medicamentos no canal vaginal Preparar o órgão reprodutor para cirurgias Tratar e/ou prevenir processos inflamatórios e infecções ginecológicas Realizar contracepção Reposição hormonal Formas farmacêuticas: supositórios, comprimidos, óvulos, geleias, cremes e pomadas Via Retal Absorção irregular Tratamento local ou sistêmico Evita a destruição do fármaco pelo TGI Biotransformação do fígado é minimizada Comumente para a administração de antieméticos Vários fármacos irritam a mucosa retal Recomendado em caso de: Vômito Crises convulsivas Cirurgias no TGI Desidratação em que não consiga usar uma veia para IV Formas farmacêuticas: supositórios e enema MayaraKelly É a parte da farmacologia que estuda o movimento que o fármaco faz no corpo Um fármaco precisaatingir os tecidos alvo da sua ação farmacológica Concentrações ideais para a interação com o receptor ADME - Absorção, distribuição, metabolismo (biotransformação) e excreção Princípios básicos da farmacocinética Para produzir um efeito em seu alvo, o fármaco precisa ser absorvido, distribuído pelo seu alvo, metabolizado e excretado Absorção Transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea Transporte de fármacos através das membranas A velocidade vai depender da via de administração Maioria das vias de administração passa por esse passo Menos a intravenosa Característícas do farmaco Dificulta ou facilita o transporte através das membranas Tamanho e forma moleculares Pequenos = mais facilidade Grandes = mais dificuldade Grau de ionização Capacidade de formar um íon Substâncias com carga = mais dificuldade Solubilidade Solúveis em água e óleo Afinidade por proteínas teciduais Coefícíente de partícao MayaraKelly Representa a razão entre a concentração da droga diluída em óleo e a quantidade diluída em água Parte dos fármacos é diluído em água e outra em óleo Moléculas anfipáticas Características hidrofílicas e hidrofóbicas Interagem com a água através da porção hidrofílica que tende a ser hidratada e excluir a porção hidrofóbica Característica hidrofóbica Para difundir-se nas membranas Apolar Favorece o transporte através das membranas Fármacos lipossolúveis Característica hidrofílica Para difundir-se na circulação Polar Favorece o transporte através da corrente sanguínea e líquidos intersticial Fármacos hidrossolúveis Quanto maior o coeficiente de partição = maior a velocidade de difusão Fatores que ínfluencíam a velocídade de dífusao A maioria dos fármacos são ácidos fracos ou bases fracas Ácidos fracos (HA): liberam um próton (H+), causando a formação de um ânion (A-) HA H+ + A– Bases fracas (BH+): podem liberar um H+, porém a forma protonoada é carregada e a perda do próton produz a base não ionizada (B) BH+ B + H+ Forma ionizada: dificuldade em atravessar a membrana A molécula se torna polar Forma não ionizada: facilidade em atravessar a membrana Forma molecular A molécula se torna apolar Ácidos fracos: o HA consegue permear através das membranas, mas o A- não consegue Bases fracas: a forma não ionizada B consegue penetrar na membrana, mas BH+ não consegue MayaraKelly A concentração efetiva permeável de cada fármaco vai ser determinada pelas concentrações relativas de suas formas ionizadas e não ionizadas Físíología de membrana Bicamada fosfolipídica Cabeças hidrofílicas Caudas hidrofóbicas Relativamente impermeável às moléculas polares Proteínas de transporte Alvos de ação de drogas Fluidez: moléculas individuais se movem lateralmente Mecanísmos de absorcao de farmacos a partír do TGI (transporte) Difusão passiva A favor do gradiente de concentração (meio mais concentrado pro menos concentrado) Tende ao equilíbrio Sem gasto de energia Baixa especificidade estrutural Moléculas pequenas e/ou lipossolúveis passam diretamente pela membrana A maioria dos fármacos é absorvida por esse mecanismo Fármacos hidrossolúveis: atravessam as membranas através de canais ou poros aquosos Fármacos lipossolúveis: movem-se facilmente através da maioria das membranas biológicas Solubilidade na bicamada lipídica Difusão facilitada Proteínas transportadoras transmembrana especializadas Facilitam a passagem de molécula grandes Sofrem alterações conformacionais Permitindo a passagem dos fármacos ou moléculas endógenas para dentro da célula A favor do gradiente de concentração Sem gasto de energia Pode ser inibido por compostos que competem pelo transportador MayaraKelly Transporte ativo Proteínas transportadoras transmembrana especializadas Contra o gradiente de concentração (meio menos concentrado pro mais concentrado) Gasto de energia Hidrólise de adenosina trifosfato (ATP) Poucos fármacos são transportados por esse mecanismo Seletivo Pode ser inibido competitivamente por outras substancias cotransportadoras Endocitose e exocitose Coloca fármacos muito grandes para dentro da célula Endocitose O engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior pela compressão de uma vesícula cheia de fármaco Exocitose O inverso da endocitose Muitas células utilizam para secretar substâncias para fora por um processo similar ao da formação de vesículas Fatores que estao envolvídos na absorcao do farmaco Fármacos: Desintegração Dissolução obrigatória do fármaco no estomago/intestino Solubilidade Peso molecular Maior peso molecular: mais difícil de atravessar Menor peso molecular: mais fácil de atravessar Concentração pKa: capacidade da substancia formar íons Quanto mais forma íons: mais difícil de passar pela membrana Quanto menos forma íons: mais fácil de passar pela membrana Interação com outros alimentos MayaraKelly Todo alimento no estomago retarda a absorção do fármaco Em jejum: depende do fármaco, nem sempre o estado de jejum vai aumentar a absorção Estomago cheio: retarda a absorção do fármaco (depende do medicamento) Organismo: Área da superfície de absorção O intestino tem maior área de absorção Forma ionizada conseguem ser melhor absorvidas no intestino do que na forma neutra no estomago Vascularização do local O intestino e o pulmão são ricos em vasos sanguíneos auxiliando na absorção pH no sítio de absorção Motilidade intestinal Diarreia em até 2 horas o fármaco não é totalmente absorvido e muitas vezes podem não ser efetivas Ingestão de água A água auxilia na ingestão e na solubilidade do fármaco no momento da ingestão Parametros farmacocínetícos Biodisponibilidade Fração livre do medicamento no plasma Fração de fármaco administrada que alcança a circulação sistêmica quimicamente inalterado Apto a ser distribuído aos tecidos Capaz de fazer o seu efeito farmacológico Efeito de 1ª passagem reduz a quantidade ingerida para a absorvida Via oral: 5-100% Via intravenosa: 100% Via intramuscular: 75-100% Via subcutânea: 75-100% Via retal: 30-100% Inalação: 5-100% Transdérmica: 80-100% Bioequivalência Dois medicamentos que foram elaborados da mesma forma vão chegar na mesma quantidade na corrente sanguínea, no mesmo tempo Para alcançar o pico de concentração plasmática Equivalência terapêutica Mesma dosagem, mesma substancia ativa e são indicados pela mesma via de administração Determina o medicamento genérico a partir do medicamento ético/de marca MayaraKelly Distribuição Transporte do fármaco pelo sangue para chegar aos tecidos Órgãos de boa perfusão (vascularização) recebem primeiro o fármaco Fígado Rins Cérebro Pulmão Para serem levados pela corrente sanguínea: hidrossolúveis Para penetrarem as membranas plasmáticas: lipossolúveis Volume de dístríbuícao (Vd) É o volume de líquido necessário para conter todo o fármaco do organismo na mesma concentração presente no plasma Lipofílicos precisam de mais água = maior volume de distribuição Mais afinidade pelos tecidos do que pela corrente sanguínea Sai rapidamente da corrente sanguínea para os tecidos Vd = dose concentração do fármaco no plasma Lígacao a proteínas plasmatícas Transporte de fármacos Depende de 3 fatores: Concentração do fármaco livre Afinidade do fármaco pelos locais de ligação Concentração de proteínas Albumina, lipoproteínas, α1 glicoproteínas Ligações fracas para que a ligação possa ser quebrada Drogas acidas = albuminas É a principal proteína ligadora e pode atuar como uma reserva de fármaco À medida que a concentração do fármaco livre diminui, devido à eliminação, o fármaco ligado se dissocia da proteína Mantém a concentração de fármaco livre como uma fraçãoconstante do fármaco total no plasma Drogas básicas = α1 glicoproteínas Somente a droga livre (hidrofílica) se torna ativa Eliminada Metabolizada Possui efeito Implicações clínicas Interação medicamentosa Fármaco A: dose menor do que o número de locais de ligação = para fazer efeito Fármaco B: dose maior que o número de locais de ligação = para fazer efeito MayaraKelly Administração dos fármacos A e B juntos: intoxicação Quantidade de fração livre do fármaco A aumenta muito, o fármaco B compete pelo sítio de ligação com o fármaco A Curva de concentracao plasmatíca À medida que o tempo vai passando a concentração farmacológica vai aumentando Tempo de concentração farmacológica: tempo em que o medicamento faz efeito, concentração máxima Após esse tempo a concentração vai diminuindo e o fármaco é excretado Medicamentos contínuos em horários: quando a concentração vai diminuindo vem outra dose Metabolismo (biotransformação) Metabolização em certo grau dos fármacos através de reações enzimáticas Mecanismo enzimáticos complexos Inativa compostos endógenos ativos e eliminar substancias estranhas ao organismo Serve para tornar os fármacos mais polares para que sejam mais solúveis em água Facilita a eliminação pela urina Principais órgãos que metabolizam fármacos: Rins Trato gastrointestinal Pulmões Pele Fígado Contêm a maior diversidade e quantidade de enzimas metabólicas Maior parte da metabolização dos fármacos A capacidade de modificar os fármacos depende da quantidade de fármaco que penetra nos hepatócitos Fármacos altamente lipofílicos: penetram mais facilmente as células MayaraKelly O fígado metaboliza preferencialmente os fármacos hidrofóbicos As enzimas hepáticas têm a propriedade de modificar quimicamente as moléculas dos fármacos Tornando os fármacos inativos Facilita sua eliminação O metabólito resultante: a estrutura do fármaco alterada por enzimas Pode não ter mais efeito metabólico (inativado), menos ativo ou mais ativo que a molécula original Desfecho do processo de bíotransformacao Droga enzima, substrato metabólito Tóxico ação de enzimas menos tóxico Não tóxico ação de enzimas mais tóxico Ativo ação de enzimas inativo (-lipossolúvel, + excreção) Maioria dos fármacos Inativo ação de enzimas ativo Minoria dos fármacos Ativo ação de enzimas mais, menos ou igualmente ativo As reações de biotransformação são classificadas em dois tipos: de oxidação/redução (fase I) e de conjugação/hidrólise (fase 2) Reacoes de oxídacao/reducao Fase 1 Alteração da estrutura química do fármaco Através de oxidação, redução e hidrólise O fígado possui enzimas que facilitam cada uma dessas reações Sistema Citocromo P450 Grupo de enzimas Localizado no retículo endoplasmático liso Hepáticas Extra-hepáticas Medeia um grande número de reações oxidativas A enzima CYP3A4 metaboliza 60% dos fármacos Principal mecanismo para metabolização de produtos endógenos e xenobióticos Relacionado a efeitos tóxicos de determinados fármacos Mecanismo de interação entre drogas Reação oxidativa comum Adição de um grupo hidroxila ao fármaco Facilita a hidrosolubilidade Alguns fármacos são administrados em sua forma inativa (pró-fármaco) e podem ser alterados metabolicamente à forma ativa (fármaco) por reações de oxidação/redução no fígado Facilita a biodisponibilidade oral MayaraKelly Diminui a toxicidade gastrointestinal Prolonga a meia vida de eliminação Reacoes de conjugacao/hídrolíse Fase 2 São anabólicas (síntese) Hidrolisam um fármaco ou conjugam o fármaco com uma molécula grande e polar Geralmente resultam em compostos inativos Aumenta a solubilidade e excreção na urina ou na bile Podem resultar em ativação metabólica de pró-fármacos Grupos mais comumente adicionados: Glicuronato Sulfato Glutationa Acetato Indutores e íníbídores Indutores Fármacos que podem induzir o CYP450 Aumenta a velocidade de atividade Aumenta o metabolismo Aumenta a velocidade de excreção Diminui a concentração do substrato no sangue Inibidores Inibem a atividade do CYP450 Diminui a velocidade de atividade Diminui o metabolismo Diminui a velocidade de excreção Aumenta a concentração do substrato no sangue Excreção Eliminação do fármaco Processo no qual substancias exógenas e endógenas são retiradas do organismo Metabolismo + excreção = impedem que a droga permaneça no organismo MayaraKelly Vias de excreção Rim Trato biliar Ar expirado Saliva Leite Suor Fezes Excrecao renal Rim O fluxo sanguíneo renal representa cerca de 25% do fluxo sanguíneo sistêmico total Uma contínua exposição de qualquer fármaco presente no sangue aos rins Filtração glomerular Glomérulos: filtram fármacos hidrossolúveis e ionizados Somente fármacos não ligados a proteínas plasmáticas são filtrados (porção livre do fármaco) Albumina não é filtrada Lesão renal = albumina encontrada na urina 1. Os fármacos chegam aos rins pelas artérias renais, que se dividem para formar o plexo capilar glomerular 2. O fármaco livre difunde-se através das fendas capilares para o espaço de Bowman como parte do filtrado glomerular 3. O fármaco não ionizado e lipossolúvel é reabsorvido a partir da luz tubular e transportados de volta ao sangue Secreção tubular ativa Não conseguiram passar pelo processo de filtração glomerular São reabsorvidos Mecanismos de transporte ativo com gasto de energia Retira o fármaco da proteína 1. Os fármacos saem dos glomérulos através das arteríolas eferentes 2. A secreção ocorre primariamente nos túbulos proximais por dois mecanismos de transporte ativo que exigem energia, uma para ânions e outro para cátions MayaraKelly Depuracao (clearence) Importante parâmetro farmacocinético Descreve a eficácia de eliminação de uma droga do organismo Volume do plasma (ml) que é depurado em um tempo (min) Fármacos que são eliminados mais devagar: menor posologia Fármacos que são eliminados mais rápido: maior posologia Depuração renal: quantidade da droga que é removida pelo rim Clearence de creatinina Clearence total = a soma de todos os clearence do corpo Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Como que o fármaco age no corpo Ações do fármaco sobre um organismo Pode ser definida como o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e de seus mecanismos de ação Altera processos já existentes do corpo Fármaco = ligante Ligação fármaco-receptor Os fármacos irão formar o complexo fármaco-receptor, ligando-se a um receptor (sítio de ação) Receptor = proteína Proteínas de membrana Enzimas Proteínas intracelulares Ácidos nucleicos também são receptores O fármaco precisa chegar ao sítio de ação com uma concentração mínima necessária para fazer efeito Tipos de ligações Ligações iônicas Forte Ligações covalentes Forte Irreversíveis Ligações de hidrogênio Menor força Interações hidrofóbicas Menor força Quando já existir um número suficiente de receptores ligados sobre uma célula ou em seu interior = o efeito será aparente na célula Quando todos os receptores estiverem ocupados = reposta máxima Quando a resposta é desencadeada em muitas células = o efeito pode ser observado em nível do órgão ou até mesmo no paciente Mecanismo de ação São processos moleculares que permitem a atuação do fármaco Ação específica (seletiva) Fármaco específico O fármaco vai ser direcionado a um receptor específico Alto grau de seletividade Atua em um tipo de órgão ou estrutura sem atingir os outros Apresentam uma relação definida entre sua estrutura e a atividade exercida Alvos: receptores, enzimas, moléculas transportadoras e ácidos nucleicos Ação inespecífica (não seletiva) Não há ligação com nenhum receptor Ácidos e bases Atuam instintivamente sobre qualquer órgão Receptores fisiológicos MayaraKelly Qualquer molécula biológica em que um fármaco se liga e produz uma resposta biológica Ligantes hidrofílicos: interagem com receptores situados na superfície da célula Ligantes hidrofóbicos: entram nas células através da bicamada lipídica para interagir com receptores situados dentro das células Canais iônicôs transmembrana A porção extracelular contém o local de ligação Receptores ionotrópicos São fechados Se abrem quando um ligante (neurotransmissores, fármacos) se liga à proteína ou quando ocorre uma mudança de voltagem Entrada de íons Receptôres acôpladôs a prôteina G Receptor transmembrana Metabotrópico Proteína G Há vários tipos Não é transmembrana Composta por três subunidades de proteínas α: ligada ao trifosfato de guanosina (GTP) β e γ: ancoram a proteína G na membrana celular 1. A ligação de um ligante ao receptor aumenta a ligação de GTP na subunidade α 2. Ocorre a dissociação do complexo α- GTP do complexo βγ 3. Esses dois complexos podem interagir com outros efetores celulares Enzimas, proteínas ou canais iônicos 4. Os efetores ativados produzem segundos mensageiros que ativam outros efetores adicionais na célula Efeito cascata Segundos mensageiros: são substâncias intracelulares que irão modular muitas funções dentro da célula Receptôres ligadôs a enzimas Receptores ligados a enzimas Consiste em enzimas que quando ativadas sofrem alterações conformacionais Aumento da atividade enzimática no citosol 1. O receptor ativado fosforila resíduos de tirosina nele próprio e outras proteinas especificas 2. Ativam uma sequência de outros sinais celulares importantes MayaraKelly 3. Efeito cascata semelhante aos receptores acoplados à proteína G Receptôres intracelulares Fármaco muito lipofílico Atravessa a membrana Seu receptor está no meio intracelular Enzima ou regulador de transcrição de genes Alteração na produção de RNAm e de proteínas Interações fármaco-receptor Muitos receptores de fármacos podem ser categorizados dentro de dois estados de conformação: estado ativo e inativo Farmacôs agônistas Simula o efeito de um receptor natural do corpo (endógenos) Estabiliza a forma ativa do receptor Classificação: Agonistas integrais: apresentam respostas máximas Mesma resposta que o ligante natural Agonistas parciais: não apresenta resposta máxima Agonistas inversos: quando o receptor é naturalmente ativado, mas o fármaco ao ser ligado é inativado Induz uma resposta oposta MayaraKelly Farmacôs antagônistas Bloqueia a ligação do ligante natural no sítio Não ocorrerá alterações na célula Receptor se torna inativado Impede a ativação pelo agonista Estabiliza a forma inativa do receptor Antagonista de receptor: liga-se ao sitio ativo ou a um sitio alostérico de um receptor Sitio ativo: impede a ligação de um agonista Sítio alostérico: altera a Kd ou impede a mudança de conformação necessária para a ativação do receptor Kd = concentração de ligante em que 50% dos receptores disponíveis estão ocupados Antagonistas reversíveis e irreversíveis Antagonista competitivo: liga-se reversivelmente ao sítio de um receptor Não estabiliza a conformação necessária para a ativação do receptor Bloqueia a ligação do agonista a seu receptor, competindo assim pelo local A presença de altas concentrações do agonista pode superar o antagonismo competitivo Antagonista não competitivo: ligam-se de modo covalente ou com afinidade muito alta ao sítio agonista Irreversível Mesmo concentrações elevadas do agonista são incapazes de ativar o receptor Antagonista sem receptores Antagonistas químicos: "sequestram" o agonista e, por conseguinte, impedem a interação do agonista com o receptor Antagonistas fisiológicos: induzem uma resposta fisiológica oposta àquela do agonista, porém através de um mecanismo molecular que não envolve o receptor do agonista MayaraKelly Locais de ação O fármaco age onde ele tem um receptor Receptor em apenas um tecido = ação apenas nesse tecido específico Receptores por todo o organismo = ação por todo o organismo Fármacos que não necessitam de receptores A atividade terapêutica do fármaco resulta de sua interação com pequenas moléculas ou íons presentes no organismo Ação do fármaco está relacionada com suas propriedades físico-químicas Interações entre os fármacos Adição Quando o efeito induzido por dois ou mais compostos é igual à soma dos efeitos de cada fármaco isolados Sinergismo Ampliação muito grande da resposta fisiológica Potenciação Quando um agente que primeiramente é desprovido de ação aumenta a ação de um fármaco Antagonismo O efeito de um fármaco é diminuído, eliminado ou inativado quando combinado com outro fármaco Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 Conceitos finais Potência: dose necessária para produzir um efeito Quanto menor a dose necessária = maior a potência Quanto maior a dose necessária = menor a potência Eficácia: está relacionado ao efeito máximo do fármaco Índice terapêutico: faixa de segurança do uso do fármaco Calculado pela relação de 50% da dose total e 50% da dose efetiva Janela terapêutica: efeito terapêutico desejado "A diferença entre o veneno e o medicamento está na dose" Dessenbilização: quando o efeito do fármaco diminui gradualmente quando é administrado de forma continua Mesmo com o aumento da dose, o efeito diminui Ocorre de maneira rápida: minutos Tolerância: quando a dessenbilização ocorre de maneira lenta - semanas Resistência: perda da eficiência do fármaco Ocorre muito em antibióticos Dependência: a privação do agente resulta em síndrome de abstinência Para evitar: "desmame" MayaraKelly Também chamados de hipolipemiantes A dislipidemia é elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL Fatores de risco Fumo Hipertensão Obesidade Diabetes A redução de LDL-C é o objetivo principal do tratamento de diminuição do colesterol Metabolismo lipídico Lipídeos são substâncias insolúveis no meio aquoso Representados por triglicerídeos (TG), fosfolipídios (FL) e colesterol O transporte dessas substancias é feito por lipoproteínas São agregados macromoleculares Formadas por um núcleo hidrofóbico que abriga o colesterol e os TG Na superfície hidrofílica há a inserção de colesterol livre, fosfolipídios e diversas apolipoproteinas (apo) Garante solubilidade, arcabouço estrutural e direcionamento metabólico Atuam como ligantes de receptores celulares e cofatores Tipos de lipoproteínas HDL-C Alta densidade Carrega pouco colesterol "Bom" Extrai o colesterol LDL das artérias e leva-o até o fígado onde ele será quebrado e excretado posteriormente Quanto maiores forem os níveis de HDL, menor será o risco de contrair doenças cardiovasculares LDL-C Baixa densidade Carrega muito colesterol "Ruim" Se acumula nas paredes das artérias sanguíneas, e quando seus níveis estão elevados também aumenta o risco de desenvolver doenças coronárias Insuficiência arterial, infarto do miocárdio ou derrame cerebral IDL-C Densidade intermediária Nem muito e nem pouco colesterol "Ruim" VLDL-C Densidade muito baixa Carrega muitos lipídios Produzido no fígado MayaraKelly Transporta os triglicerídeos pela corrente sanguínea Seus níveis são diretamente influenciados pela dieta Está diretamente ligado à quantidade de triglicérides "Ruim" Ou seja: quanto menor a densidade, mais colesterol as lipoproteínas estarão depositando no sangue Metabolismo das lipoproteínas Maior utilizaçãode lipídios na ausência de insulina Quando os triglicérides não são usados como fonte energética, passam a ser armazenados no tecido adiposo, como gordura As lipoproteínas participam de 3 ciclos básicos de transporte de lipídeos pela circulação Ciclo exógeno 1. As gorduras são absorvidas no intestino e chegam ao plasma, sob a forma de quilomícrons 2. Degradação pela lipase lipoproteica (LPL) 3. Transporte para o fígado ou aos tecidos periféricos Ciclo endógeno 1. As gorduras do fígado se direcionam aos tecidos periféricos 2. A lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) é secretada pelo fígado 3. Por ação da LPL, ocorre a transformação de VLDL em lipoproteína de densidade intermediária (IDL) 4. Posteriormente, a IDL é transformada em LDL, a qual carrega os lipídeos, principalmente o colesterol, para os tecidos periféricos Transporte reverso de colesterol 1. As gorduras, principalmente o colesterol dos tecidos, retornam para o fígado 2. As HDL nascentes captam colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitina-colesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras Por meio da proteína de transferência de CE (CETP), ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL Tratamento farmacológico Podem ser usados isoladamente ou em associação É necessário usar dois anti- hiperlipêmicos para alcançar os níveis lipídicos plasmáticos almejados Deve ser acompanhado de modificações no estilo de vida MayaraKelly Inibidores da HMG-CoA redutase Estatinas Pitavastatina, rosuvastatina, atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, lovastatina e fluvastatina Organizadas por ordem dos fármacos mais potentes aos menos potentes Reduzem os níveis elevados de LDL-C Tratamento de primeira escolha Vantagens terapêuticas Estabilização das placas Melhora da função endotelial coronariana Inibição do trombo plaquetário Atividade anti-inflamatória Mecanismo de ação 1. Impedimento da síntese do colesterol ao inibir competitivamente a HMG-CoA redutase 2. Esgotamento do estoque de colesterol intracelular 3. A célula aumenta o número de receptores específicos de LDL-C 4. Ligam-se ao LDL-C circundante e o capta 5. Redução da síntese e aumento do catabolismo do colesterol Diminuem os níveis de triglicerídeos Aumentam os níveis de HDL-C Farmacocinética Acentuada extração de primeira passagem no fígado Efeito dominante nesse órgão Lovastatina e sinvastatina são administradas na sua forma inativa Absorção variável 30-85% Excreção principalmente pela bile, pelas fezes e pela urina Meias-vidas variáveis Efeitos adversos Aumento das enzimas hepáticas Função hepática deve ser avaliada antes do tratamento Insuficiência hepática pode causar acúmulo do fármaco Miopatia e rabdomiólise (raras) Contraindicados na gravidez e na lactação Ácido nicotínico Niacina Reduz o LDL-C entre 10-20% Fármaco mais eficaz para aumentar o HDL-C MayaraKelly Diminui os triglicerídeos em 20 a 35% na dose de 1,5-3 g/dia Usada em combinação com as estatinas Mecanismo de ação Inibe fortemente da lipólise no tecido adiposo = redução da produção de ácidos graxos livres O fígado utiliza os ácidos graxos livres na síntese de triglicerídeos Níveis reduzidos de ácidos graxos = diminuição da produção de VLDL-C = diminuição da concentração de LDL-C no plasma Farmacocinética Administrada via oral É convertida em nicotinamida Incorporada ao cofator nicotinamida adenina dinucleotideos (NAD+) Excretada na urina A nicotinamida isolada não reduz os níveis lipídicos plasmáticos Efeitos adversos Intenso rubor cutâneo Administração de AAS previamente à niacina reduz o rubor Prurido Náuseas Dor abdominal Predisposição à hiperuricemia e à gota Hepatoxicidade Intolerância à glicose Contraindicada durante doenças hepáticas Fibratos Fenifbrato e genfibrozila Reduzem os triglicerídeos séricos Aumentam os níveis de HDL-C Mecanismo de ação Receptores ativados pelo proliferados de peroxissomo (RAPPs) Regulam o metabolismo lipídico Funcionam como fatores de transcrição ativadas por ligantes 1. Os RAPPs são ativados ao ligarem os seus ligantes naturais ou aos anti- hiperlipêmicos 2. Os receptores ligam-se a elementos de resposta proliferador de peroxissoma 3. Aumento da expressão da lipoproteína lipase = diminuição da concentração de triglicerídeos Também aumentam o nível de HDL-C MayaraKelly Farmacocinética Completamente absorvidos por administração oral Distribuem-se amplamente, ligados à albumina Extensa biotransformação Excreção pela urina como conjugados Efeitos adversos Distúrbios gastrintestinais leves Diminuem à medida que o tratamento avança Predisposição de formar cálculos biliares Miosite Risco em pacientes com insuficiência renal Contraindicada a utilização de genfibrozila com sinvastatina Contraindicado em pacientes com disfunção renal ou hepática e com doença preexistente na vesícula biliar Sequestradores de ácidos biliares Resinas fixadoras de ácidos biliares Colestiramina, colestipol e colesevelam Efeito redutor do LDL-C significativo Benefícios menores do que os obtidos com as estatinas Mecanismo de ação 1. Realizam troca de ânions e se ligam aos ácidos e sais biliares com carga negativa no intestino delgado 2. O complexo ácido biliar/resina é excretado nas fezes = diminuição da concentração de ácido biliar 3. Estimulação dos hepatócitos a aumentar a conversão de colesterol em ácidos biliares 4. Ativa maior captação hepática de colesterol contendo partículas de LDL- C = redução do LDL-C plasmático Farmacocinética Insolúveis em água Grande massa molecular Não são absorvidos e nem alterados metabolicamente no intestino Totalmente excretado pelas fezes Efeitos adversos Distúrbios gastrintestinais Constipação Náuseas Flatulência Podem comprometer a absorção de vitaminas lipossolúveis Interferem na absorção de vários fármacos Outros fármacos devem ser administrados pelo menos entre 1 a 6 horas depois Podem aumentar o nível de triglicerídeos MayaraKelly Contraindicados para pacientes com hipertrigliceridemia significativa Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly O pâncreas produz insulina, glucagon e somatostatina Esses hormônios tem papel importante na regulação da homeostasia da glicose Falta relativa ou absoluta de insulina = grave hiperglicemia Se não for tratada: retinopatia, nefropatia, neuropatia e complicações cardiovasculares A insulinoterapia ou a administração de fármacos hipoglicemiantes podem reduzir a morbidade e mortalidade associadas ao diabetes Diabetes mellitus Caracterizado como um grupo de síndromes ocasionadas por elevada glicemia, que ocorre pela deficiência absoluta ou relativa de insulina 4 tipos de diabetes Diabetes mellitus I (DM1) Atinge mais comumente crianças, adolescentes ou adultos jovens Deficiência absoluta de insulina Destruição das células β O pâncreas deixa de responder à glicose Sintomas: polidipsia, polifagia, poliúria e perda de massa corporal Necessitam de insulina exógena para evitar a hiperglicemia grave Importante o uso de monitores domésticos de glicemia para mantê-la tão próxima possível do normal Diabetes mellitus II (DM2) 90% dos casos Influenciado por: genética, idade, obesidade e resistência periférica à insulina Se caracteriza por falta de sensibilidade dos órgãos-alvo à insulina As células β ainda tem alguma função, mas a secreção de insulina é insuficiente para a manutenção da homeostase da glicose Com frequência os indivíduos com esse tipo de diabetes são obesos A obesidade contribui para a resistência à insulina O tratamento inclui a intervenção farmacológica com hipoglicemiantes orais e práticas para uma vida saudável(exercícios físicos, redução da massa corpórea e modificação na dieta) Se a doença evoluir, a função das células β diminui, sendo necessário o tratamento conjunto com a insulinoterapia MayaraKelly Diabetes gestacional Intolerância aos carboidratos com o início ou primeiro reconhecimento durante a gestação Pode causar: dificuldade no parto, macrossomia fetal e hipoglicemia neonatal Dieta, exercício e/ou administração de insulina são eficazes nessa condição Diabetes devido a outras causas Genético Fatores genéticos podem exercer um papel importante em seu desenvolvimento, mas a questão da herança é bastante complexa e interage com fatores ambientais Farmacologia da insulina É um hormônio polipeptídico É sintetizada primeiramente como uma pró-insulina (percursor) Sofre hidrólise proteolítica = insulina e peptídeo C Secretados pelas células β do pâncreas A insulina sofre grande extração hepática e renal, logo o que vai definir seus níveis séricos é o peptídeo C Secreção regulada principalmente pela glicemia (nível de glicose sérico) A concentração de insulina endógena aumenta quase 10 vezes (3 a 5 min) após uma refeição 1. Secreção de insulina aumentada após o aumento da glicose sanguínea 2. Glicose é captada pelos transportadores de glicose (GLUTs) nas células β do pâncreas 3. Ocorre a fosforilação da glicose, os produtos desse metabolismo entram na cadeia respiratória mitocondrial e geram ATP 4. O aumento de ATP leva ao bloqueio dos canais de K+ = despolarização da membrana celular e influxo de Ca2+ 5. O aumento do Ca2+ intracelular = exocitose pulsátil de insulina Mecanismo de ação DM1: é administrada para substituir a falta de secreção de insulina MayaraKelly DM2: suplementa a secreção insuficiente de insulina Farmacocinética As preparações de insulina variam primariamente no início e na duração da ação Fatores que podem influenciar o início e duração da insulina Dose Local de injeção Fluxo sanguíneo Temperatura corporal Atividades físicas Via oral: degradada no TGI Em geral, é administrada por injeções subcutâneas Bomba de insulina Infusão contínua via SC Mais conveniente para eliminar as múltiplas injeções diárias É programada para entregar uma quantidade basal Reações adversas Hipoglicemia Aumento da massa corporal Reações no local da injeção Lipodistrofia Atenção aos diabéticos com insuficiência renal: podem precisar de redução na dose de insulina Insulinoterapia Preparações de insulina Ação curta Insulina regular Picos: 50 a 120 minutos Administrada 30 minutos antes da refeição Associação com a insulina basal de ação mais longa Controle da glicemia no jejum Ação rápida As insulinas de ação rápida são feitas a partir de modificações da sequência de aminoácidos da insulina regular Insulina lispro Insulina asparte Insulina glulisina Picos: 30 a 90 minutos Administradas para mimetizar a liberação prandial (hora da refeição) de insulina e controlar a glicose Utilizadas também quando é necessária a correção rápida de glicose elevada Administradas 15 minutos a 20 minutos depois de iniciar a refeição Comumente usadas em bombas de insulina Via IV Associação com a insulina basal de ação mais longa Controle da glicemia no jejum Ação intermediária Insulina neutra com protamina Hagedorn (NPH) (ou insulina isofana) Formada pela adição de zinco e protamina à insulina regular Menos solúvel Retardo da absorção e ação prolongada Usada no controle basal (jejum) Diabetes 1 e 2 Associação com insulinas de ação rápida ou curta para o controle na hora da refeição Somente via SC, nunca por via IV MayaraKelly Não deve ser usada quando há a necessidade de abaixar rapidamente a glicose Ação prolongada Utilizadas no controle basal Somente via SC, nunca por via IV Não devem ser misturadas na mesma seringa com outros insulinas Mudanças no perfil farmacodinâmico Insulina glargina Ocorre a formação de um precipitado no local da injeção, provendo uma liberação prolongada Início mais lento que a NPH Efeito hipoglicêmico achatado e prolongado Sem pico Insulina detemir Possui uma cadeia lateral de ácido graxo que aumenta sua associação com albumina A dissociação lenta da albumina resulta em propriedades de ação prolongada Associação de insulinas Diminui o número de injeções diárias Torna difícil ajustas os componentes individuais do regime de insulina Associações pré-misturadas Hipoglicemiantes orais Úteis no tratamento do DM2 que não é controlado por dieta Pacientes que desenvolvem o diabetes após os 40 anos e tem a doença há menos de 5 anos respondem melhor ao tratamento Paciente com a doença há muito tempo: exige a combinação dos hipoglicemiantes orais com ou sem insulina Sulfonilureias Glibenclamida, glipizida e glimepirida Secretagogos de insulina Mecanismo de ação Promovem a liberação de insulina pelas células beta do pâncreas 1. Bloqueiam canais de K+ 2. Despolarização 3. Influxo de Ca2+ MayaraKelly 4. Exocitose de insulina Diminuem a produção de glicose pelo fígado Aumentam a sensibilidade periférica à insulina Farmacocinética e destino Ligam-se a proteínas séricas Biotransformadas e excretadas pelo fígado e pelos rins Ação varia de 12 a 24 horas Efeitos adversos Aumento da massa corporal Hiperinsulinemia Hipoglicemia Cautela na insuficiência hepática ou renal Problema particular da glibenclamida Glipizida ou glimepirida são opções mais seguras nesse caso e em pacientes idosos Cautela em gestantes Glibenclamida é o mais seguro nesse caso Glinidas Repaglinida e nateglinida Secretagogos de insulina Mecanismo de ação Promovem a liberação de insulina Se fixam em locais diferentes na célula beta 1. Fecha os canais de K+ 2. Série de reações 3. Liberação de insulina Ação de início rápido e duração mais curta Reguladores glicêmicos pós-prandiais Não devem ser utilizadas associadas às sulfonilureias Aumentaria o risco de hipoglicemia Farmacocinética e destino Administração antes da refeição Bem absorvidas Biotransformadas a produtos inativos no fígado e excretadas pela bile Efeitos adversos Menor incidência que com o uso das sulfonilureias Hipoglicemia Aumento da massa corporal Cautela na insuficiência hepática Biguanidas Metformina Sensibilizador à insulina Fármaco de escolha contra o DM2 Mecanismo de ação Aumenta a captação e o uso de glicose pelos tecidos-alvo Diminuindo a resistência à insulina Não promove a secreção de insulina 1. Redução da gliconeogênese hepática 2. Retarda a absorção intestinal de açúcar e melhora sua captação e uso periférico Diminui o apetite Usada isoladamente ou em associação com outro hipoglicemiante oral ou com a insulina Farmacocinética e destino Bem absorvida Não se liga a proteínas séricas Não é biotransformada Excreção pela urina Efeitos adversos Principalmente gastrintestinais Contraindicada na disfunção renal Suspensa em caso de algum distúrbio que possa causar insuficiência renal Cautela em pacientes com mais de 80 anos MayaraKelly Cautela em pacientes com histórico de insuficiência cardíaca congestiva ou de abuso de álcool Interrompida temporariamente em caso de exames de diagnóstico que requerem injeção IV de contraste radiográficos Uso prolongado pode interferir na absorção da vitamina B12 Inibidores da α-glicosidase Acarbose e miglitol Mecanismo de ação As enzimas α-glicosidase hidrolisam carboidratos em glicose e outros açúcares simples que podem ser absorvidos Os fármacos irão inibir reversivelmente a α-glicosidase Devem ser administrados no início da refeição Retardam a digestão de carboidratos resultando em níveis mais baixos de glicose pós-prandial Farmacocinética e destino Acarbose Pouco absorvida Biotransformada primeiramente pelas bactérias intestinais Algunsmetabólitos são absorvidos e excretados na urina Miglitol Muito bem absorvido Não tem efeitos sistêmicos Excretado e inalterado pelos rins Efeitos adversos Flatulência Diarreia Cólicas intestinais Os efeitos adversos limitam o uso desses fármacos na prática clínica Contraindicados em caso de doença inflamatória intestinal, ulcerações crônicas ou obstrução intestinal Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly A inflamação é um processo fisiológico natural que ocorre no momento de combate a um agente exógeno 5 sinais clássicos Dor Rubor Calor Edema Perda de função Se a inflamação persistir Os anti-inflamatórios agem no controle aos mediadores químicos que promovem os sinais da inflamação Cascata da inflamação 1. Estímulo lesivo 2. Fosfolipídios liberados da membrana 3. A fosfolipase A2 irá quebrar os fosfolipídios em ácidos graxos, liberando Ácido Araquidônico (AA) 4. O AA sofre a ação da enzima ciclooxigenase, sendo metabolizado em mediadores inflamatórios, os eicosanoides (prostaciclina, prostaglandinas e tromboxanos) 5. Sofrem também a ação da lipooxigenase liberando leucotrienos Eicosanóides Chamados também de prostanoides Representam uma família quimicamente distinta de autacoides derivados do ácido araquidônico Autacóides Substancias rapidamente sintetizadas Estímulos específicos Atuam rapidamente no próprio lugar da síntese Ativas somente por um curto tempo antes de sua degradação Prostaglandinas São pró-inflamatórias, ou seja, induzem a resposta inflamatória Todas compartilham de uma estrutura química em comum, a prostanóide Um ácido carboxílico de 20 carbonos Anel de ciclo pentano MayaraKelly Grupo hidroxila Responsáveis por alguns efeitos fisiológicos da inflamação Febre Vasodilatação Sensibilidade exagerada a dor Tromboxano Estimulação da contração da musculatura lisa Indução da agregação plaquetária Leucotrienos Estimulação da contração da musculatura lisa Indução da resposta alérgica Indução da resposta inflamatória Ciclooxigenases Também chamada de prostaglandina H sintetases São enzimas glicosiladas, ligadas à membrana que contem o grupo heme Possui 3 isoformas, sendo apenas 2 relevantes para a farmacologia dos anti- inflamatórios COX-1 (ciclooxigenase-1) Constitutiva Faz parte do corpo em todo momento Responsável pela produção fisiológica de eicosanoides Plaquetas: inibem a agregação plaquetária Rins: facilita o fluxo sanguíneo nos rins Endotélio vascular: garante a homeostase vascular Mucosa gástrica: confere proteção para a mucosa gástrica COX-2 (ciclooxigenase-2) Induzida Gerada em resposta a um processo inflamatório Provoca o aumento da produção de eicosanoides nos locais da inflamação Sua expressão é induzida por mediadores inflamatórios Pode ser inibida por glicocorticoides Presente nas células de defesa (inflamatórias) Características gerais dos anti-inflamatórios Constituem um grupo heterogêneo de medicações Na sua maioria são ácidos orgânicos Irão agir inibindo as principais enzimas responsáveis pela cascata da inflamação (fosfolipase A2 e ciclooxigenase) Ação farmacológica Anti-inflamatório Analgésico MayaraKelly Antipirético Anti-agregante plaquetário Efeitos adversos Ulceração gástrica (não seletivos) Bloqueio da agregação plaquetária Inibição da função renal Reação de hipersensibilidade Toxicidade hepática Em exames laboratoriais Mais sangramento na coleta Alterações na ureia e creatinina Alteração nas enzimas hepáticas Esquema do mecanismo de ação dos AINEs e dos glicocorticoides, com mais informações logo abaixo Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) Propriedades anti-inflamatórias, antipiréticas e analgésicas combinadas Limitam a extensão da inflamação, febre e dor Irão inibir a ciclooxigenase Inibição da geração de eicosanoides pro-inflamatórios Com exceção da aspirina, todos os AINEs atuam como inibidores competitivos e reversíveis da ciclooxigenase Bloqueiam o canal hidrofóbico da ciclooxigenase ao qual se liga o substrato ácido araquidônico Analgésicos simples Classificação química Salicilatos Aspirina (ácido acetilsalicílico) - AAS Derivados do ácido propriônico Ibuprofeno Naproxeno Cetoprofeno Flurbiprofeno MayaraKelly Derivados do ácido acético Diclofenaco Cetorolaco Derivados do oxicam Piroxicam Acetaminofeno (paracetamol) Efeitos analgésicos e antipiréticos semelhantes aos da aspirina Efeito anti-inflamatório é insignificante Inibição fraca das ciclooxigenase Sulfonanilidas Nimesulida Coxibes Celecoxibe Etoricoxibe Rofecoxibe Valdecoxibe Não seletivos Inibem tanto COX-1 quanto COX-2 Mais utilizados como anti-inflamatórios Diclofenaco Nimesulida Ibuprofeno Anti-agregante plaquetário AAS Atua de modo irreversível Analgésicos e antipiréticos, mas produzem fraco efeito anti-inflamatório Normalmente utilizado quando há alergia aos anti-inflamatórios Paracetamol Em altas doses pode causa hepatite medicamentosa Dipirona Seletivos Tendem a inibir mais significativamente apenas a COX-2 Ainda inibem a COX-1, mas com menor efeito Eficácia semelhante aos AINEs tradicionais Menores efeitos colaterais no TGI Alterações cardíacas Aumento no número de tromboxanos Elevação da agregação plaquetária Risco de infarto agudo do miocárdio Coxibes Não possuem genéricos Muito caros Menos efeitos cardiovasculares Medicamentos controlados Celecoxibe (CELEBRA®) Etoricoxibe (ARCOXIA®) MayaraKelly Seletividade COX dos AINEs Fármacos COX-1 COX-1 e 2 COX-2 Cetorolaco ++ - - Cetoprofeno ++ - - Indometacina ++ - - AAS ++ - - Fenoprofeno + + - Naproxeno + + - Piroxicam + + - Ibuprofeno - ++ - Paracetamol - ++ - Salicilato de Sódio - ++ - Meloxicam - + - Diclofenaco - + + Nimesulida - + + Celecoxibe - + + Etoricoxibe - - +++ +: afinidade sobre uma das enzimas ou em ambas -: não representa ausência de ação, mas que existe uma afinidade baixa ou pouca afinidade Farmacocinetica Rápida absorção Absorção no estômago ou no duodeno Ação farmacológica do fármaco livre A maioria se liga a proteínas plasmáticas Metabolização hepática Excreção renal Anti-inflamatórios esteroides (corticoides) Chamados também de glicocorticoides e corticosteroides Possuem 4 anéis esteroides Altamente lipossolúvel Mais potente Utilizados em doenças mais graves Inibem os processos desde a produção de AA Irão inibir em uma série de locais diferentes Fosfolipase A2 Limitam o reservatório disponível de AA através de bloqueio indireto da fosfolipase A2 COX-2 (se ocorrer a produção de AA) Diminuição das moléculas pró- inflamatórias Reprimem o gene da COX-2 e a expressão da enzima Redução dos linfócitos Pode provocar imunossupressão Utilizado em dores crônicas, reumáticas, doenças autoimunes e outras patologias como hiperatividade respiratória Evita que as dores comecem Ação curta Suprimem ACTH por 8 a 12 horas Hidrocortisona Ação média Suprimem ACTH por 12 a 36 horas Prednisona (pró-fármaco da prednisolona) Prednisolona Ação longa MayaraKelly Suprimem ACTH por 36 horas a 72 horas Normalmente injetáveis Betametasona Dexametasona Cortisol Hormônio endógeno esteroidal Corticoide natural Entra livremente dentro das células Provoca uma série de modificações Alteração de enzimas Retenção hídrica Mobilização de glicose, triglicerídeos e de cálcio ósseo Aumento da pressão ocular Ao utilizar um medicamento corticoide, todos os efeitos são aumentados Cortisol: efeito não prolongado, muito rápido Fármaco esteroide: efeito prolongado, liberação lenta Farmacocinetica Ligam-se à transcortina e albumina Competem pelo sitio ativo das enzimas para serem distribuídospelos tecidos e chegar no sitio de ação Metabolismo hepático Excreção renal Efeitos adversos Aumento da glicemia Aumento do colesterol sérico Aumento de triglicerídeo sérico Retenção hídrica Aumento da pressão arterial Aumento da pressão intraocular Aumento do risco de infecções Diminuição da absorção de cálcio Síndrome de Cushing Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) 1. Em uma situação de estresse o hipotálamo irá liberar o Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH) 2. Que irá atuar na hipófise anterior, estimulando a liberação de Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) 3. O ACTH irá para as glândulas suprarrenais, estimulando a produção de cortisol 4. A secreção de cortisol atua como feedback negativo para a liberação de CRH e ACTH Permite o estabelecimento dos níveis normais de cortisol e a continuidade do processo fisiológico normal Com a administração prolongada de corticoides, esse eixo é inibido MayaraKelly Ao parar a medicação de forma abrupta, pode causar vários efeitos deletérios pois o eixo HPA ainda está inibido Anorexia Letargia Náuseas Artralgias Fraqueza Perda de peso Febre Descamação da pele Necessário desmamar do corticoide para isso ser evitado Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 Vários autores. Manual de Farmácia. Farmacologia 2ª ed. Editora Sanar, 2020 MayaraKelly Hipertensão A hipertensão é uma doença crônica que se caracteriza pela elevação persistente da pressão arterial (PA) Pressão sistólica > 139 mmHg Normal = 120 mmHg Pressão diastólica > 79 mmHg Normal = 40 mmHg Oferece riscos de AVE, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal e impotência sexual masculina Aumento do tônus do musculo liso arteriolar vascular periférico = aumento da resistência arteriolar e redução da capacitância do sistema venoso Etiologia A existência da doença na família A prevalência aumenta com a idade, mas diminui com a educação e o nível econômico Estilo de vida estressante Ingestão elevada de sódio Fumo Doenças adjacentes Tratamento não medicamentoso Evitar o tabagismo Evitar o álcool Fazer exercícios físicos Redução do peso corporal Dieta (redução do sal) Diminuir o estresse Os medicamentos irão bloquear os estímulos de elevação arterial que o próprio corpo produz Diminuição da pressão: estimulação do sistema simpático Liberação de adrenalina A adrenalina poderá seguir por alguns caminhos: Atuação nós receptores β1 dos rins = liberação de angiotensina Ativação dos adrenorreceptores β1 do coração = aumento do débito cardíaco Ativação dos adrenorreceptores alfa1 do músculo liso = vaso constrição Todas as interações citadas acima auxiliam na elevação da pressão arterial Controle da PA A pressão arterial é regulada dentro de uma faixa estreita para prover perfusão adequada aos tecidos sem causar lesões Diretamente proporcional ao debito cardíaco e a resistência vascular periférica Dois mecanismos de regulação: barorreflexos e o sistema renina- angiotensina-aldosterona Barorreflexos Alteram a atividade do sistema nervoso simpático Regulação rápida 1. Queda da pressão MayaraKelly 2. Barorreceptores (neurônios sensíveis à pressão) enviam menos impulsos aos centros cardiovasculares na medula espinal 3. Resposta reflexa: aumento dos estímulos simpáticos e diminuição dos parassimpáticos no coração e nos vasos Vasoconstrição e aumento do debito cardíaco = aumento da pressão sanguínea Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona 1. A adrenalina ativa os receptores β1 dos rins, que por sua vez ativa uma enzima chamada renina 2. A renina irá transformar uma substância inativada da corrente sanguínea, o angiotensinogênio, em angiotensina I (AT1) 3. Uma enzima chamada Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) transforma angiotensina I em angiotensina II (AT2) Angiotensina II: aumenta a pressão arterial Vasoconstritor potente Promove a liberação de Aldosterona Um hormônio que retem sódio e água Tratamento farmacológico Mais de 700 apresentações Apenas 10% dos pacientes aderem adequadamente o tratamento Sintomatologia variada de pessoa para pessoa Geralmente utiliza-se 2 ou mais fármacos anti-hipertensivos com mecanismos de ação diferentes para o efeito desejado Diuréticos Eliminam sal e líquido pela urina 4 a 6 semanas observa-se o efeito benéfico Doses baixas Seguro Barato Eficaz na prevenção de AVE, insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio Diminuição da resistência dos vasos sanguíneos Tiazídicos Hidroclorotiazida e a clortalidona Aumentam a excreção de sódio e água O NaCl está diretamente ligado à regulação do volume de liquido extracelular MayaraKelly Diminuição do debito cardíaco e do fluxo sanguíneo renal Tratamento farmacológico inicial contra a hipertensão Associações: IECAs, BRAs, diuréticos poupadores de potássio e β- bloqueadores Não são eficazes em pacientes cm função renal inadequada, sendo necessária a administração de diuréticos de alça Exceto: metolazona Efeitos adversos: Hipopotassemia Hiperuricemia Hiperglicemia Menor extensão Diuréticos de alça Furosemida, torsemida, bumetanida e ácido etacrínico Bloqueiam a reabsorção de sódio e cloreto nos rins Utilizado ate mesmo em pacientes com má função renal ou nos que não responderam aos diuréticos tiazídicos Pode causar hipopotassemia Aumento do Ca2+ na urina Raramente utilizados isoladamente Diuréticos poupadores de potássio Espironolactona e eplerenona Antagonista dos receptores de aldosterona Não irá reter sódio e água pois inibiram a captação de aldosterona Atua na regulação do volume dos vasos Reduzem a perda de potássio na urina Associações: diuréticos de alça e os tiazídicos Reduzir a perda de potássio provocada por esses diuréticos β-bloqueadores Usados com cautela no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular periférica Diminuem o efluxo simpático do sistema nervoso central Inibem a liberação de renina dos rins Reduzindo a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona β-bloqueadores não seletivos Propanolol Nadolol Contraindicados para pacientes asmáticos devido ao bloqueio da broncodilatação mediada por β2 β-bloqueadores seletivos Metoprolol (β1) Atenolol (β1) Nebivolol (β1) Aumenta a produção de oxido nítrico = vasodilatação Administrados cautelosamente em pacientes hipertensos que também têm asma MayaraKelly α-bloqueadores Prazosina, doxazosina e terazosina Bloqueio competitivo de adrenoceptores α1 Diminuição da resistência vascular periférica = relaxamento dos músculos lisos de artérias e veias Mudanças mínimas no debito cardíaco Não ocorre taquicardia, mas sim retenção de sal e água Não são recomendados no tratamento inicial da hipertensão Resultados fracos e o perfil dos efeitos colaterais α e β-bloqueadores Labetalol e carvedilol Bloqueiam os receptores α1, β1 e β2 O carvedilol revelou ser capaz de reduzir a morbidade e mortalidade associadas a insuficiência cardíaca O labetalol é usado no tratamento da hipertensão gestacional em emergências Inibidores da ECA (IECAs) Captopril, enalapril e lisinopril Tratamento de primeira escolha Bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II A ECA também é responsável pela degradação da bradicinina Aumenta a produção de oxido nítrico e prostaciclinas: potentes vasodilatadores Diminuem os níveis de angiotensina II e aumenta os de bradicinina Reduz a retenção de sódio e água, e o trabalho cardíaco Antagonistas de AT2 (BRAs) Losartana, valsartana, cadesartana, irbesartana Primeira escolha Alternatvasaos IECAs Bloqueiam os receptores de AT2 Não aumentam os níveis de bradicinina Não devem ser associados com IECA para o tratamento da hipertensão devido à similaridade de mecanismo e de efeitos adversos Adrenergicos de ação central Atuam estimulando receptores cerebrais α2 adrenergicos Receptor inibitório das funções adrenérgicas Agonistas de α2 Vasodilatação Clonidina e metildopa Causam distúrbios comportamentais Melhor opção para gestantes em eclampsia com pré-eclampsia Bloqueadores dos canais de Ca2+ O cálcio promove a contração do músculo liso Inibindo os canais de cálcio, ocorre a diminuição da resistência periférica Verapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 MayaraKelly distúrbios de coagulação MayaraKelly Hemostasia Equilíbrio entre as reações anticoagulantes e pró-coagulantes Mantem o sangue no estado fluido e livre de coágulos nos vasos normais Possui mecanismos para a formação de um tampão nos vasos lesados Trombose: coágulo dentro do vaso levando a oclusão da árvore vascular Embolia: coágulo flutuante no sangue Fatores que auxiliam na desregulação da hemostasia Distúrbios hereditários Infecções Câncer Cirurgias Uso de medicamentos Diminuição da circulação A formação de um coágulo na área de lesão vascular ocorre em 4 estágios Vasoconstrição Hemostasia primária Hemostasia secundária (cascata da coagulação) Mecanismos antitrombóticos (anticoagulação) Na ausência de lesão vascular 1. As plaquetas encontram-se em repouso, atuando como sentinelas vasculares e monitorando a integridade do epitélio 2. O endotélio sadio libera mediadores químicos (prostaciclinas e óxido nítrico) que evitam a aglutinação plaquetária As prostaciclinas atuam como ligantes nos receptores de membrana das plaquetas Esses receptores estão acoplados à síntese de AMPc Níveis elevados de AMPc = diminuição de Ca2+ dentro da plaqueta (intracelular) = bloqueio da aglutinação plaquetária Coagulação 1. Lesão vascular 2. Vasoconstrição reflexa 3. Adesão plaquetária: o endotélio encontra- se lesado, assim, as plaquetas aderem e praticamente cobrem o colágeno exposto do subendotélio 4. Início de uma série de reações químicas = ativação plaquetária 5. O colágeno ativa os receptores na superfície das plaquetas = alterações morfológicas nas plaquetas 6. Liberação de grânulos de plaquetas contendo mediadores químicos ADP, tromboxano A2, serotonina, fator de ativação plaquetária e trombina MayaraKelly 7. Esses mediadores/sinalizadores ligam-se aos receptores das plaquetas dormentes que estão circulando Plaquetas em repouso plaquetas ativas 8. Elevação dos níveis de Ca2+ + diminuição da concentração de AMPc intracelular = aglutinação plaquetária O aumento do cálcio cistosólico decorre a liberação de estoques armazenados no interior da plaqueta A elevação desse cálcio regula várias ações: Liberação de grânulos de plaquetas contendo mediadores (ADP e serotonina) Ativação da síntese de tromboxano A2 Ativação de glicoproteínas (GPs) IIb/IIIa 9. O fibrinogênio liga-se simultaneamente aos receptores GP IIb/IIIa de duas plaquetas vizinhas 10. Ocorre a ligação cruzada entre plaquetas = aglutinação 11. Avalanche de aglutinação plaquetária Cada plaqueta ativada irá recrutar mais plaquetas 12. Devido a estimulação local da cascata de coagulação ocorre a formação de trombina (fator IIA) A trombina catalisa a hidrólise do fibrinogênio (solúvel) em fibrina (insolúvel) 13. Ligações das tiras de fibrina são incorporadas no coágulo Estabilizam o coágulo 14. Formação do tampão fibrina-plaqueta 15. Anticoagulação: durante a formação do tampão, a via fibrolítica é ativada Plasminogênio plasmina (fibriolisina) 16. A plasmina limita o crescimento do coágulo e dissolve a rede de fibrina à medida que ocorre a cicatrização Cascata de coagulação O processo que gera trombina Consiste em duas vias inter-relacionadas: sistema extrínseco e intrínseco Esses sistemas envolvem uma cascata de reações enzimáticas que transformam vários fatores plasmáticos (pró-enzimas) em suas formas ativas (enzimas) Sistema extrínseco Ativação do fator de coagulação VII pelo fator tecidual Lembrando: o fator tecidual é uma proteína de membrana que é separada do sangue pelas células endoteliais. Ao ocorrer uma lesão vascular, esse fator fica exposto ao sangue se ligando ao fator VII e iniciando a via extrínseca Sistema intrínseco MayaraKelly Ativação do fator de coagulação XII Ocorre quando o sangue entra em contato com o colágeno na parede lesada do endotélio Ao final dos dois sistemas é produzido o fator Xa, que converte protrombina (fator II) em trombina (IIa) Obs. a forma ativa de um fator é assinalado pela letra 'a' A trombina é responsável pela produção de fibrina Se não há a formação de trombina ou se sua função é impedida, a coagulação é inibida Fatores anticoagulantes Proteína C e S Inativam fatores de coagulação Va e VIIIa Inibidor da via do fator tecidual (tissular) Inibe a via extrínseca Ativador de plasminogênio tecidual Plasminogênio plasmina A plasmina destrói a malha de fibrina Antitrombinas III Uma α-globulina Inibe serinoproteases da trombina (fator IIa) e fator Xa, ou seja, inibe a ativação desses fatores Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 MayaraKelly Conhecidos também como inibidores plaquetários Diminuem a formação dos coágulos ou diminuem a ação química dos sinais promotores da aglutinação Quando associados podem produzir efeitos sinérgicos ou aditivos Ácido acetilsalicílico (AAS) Mecanismo de ação Inibe a síntese do tromboxano A2 Inativa irreversivelmente a enzima COX-1 por acetilação do resíduo serina do seu centro ativo Previne a aglutinação plaquetária Efeito inibitório é rápido Persiste por toda vida da plaqueta, cerca de 7 a 10 dias Usos terapêuticos Tratamento profilático da isquemia cerebral transitória Reduz a incidência de IAM Diminui a mortalidade nas situações de IAM primário e secundário Inativação completa das plaquetas com 75mg diários de AAS Dose recomendada: 50 a 325 mg/dia Farmacocinetica Absorvido por difusão passiva Rapidamente hidrolisado em ácido salicílico pelo fígado Excreção pela urina Meia vida do AAS varia de 15 a 20 minutos Meia vida do ácido salicílico varia de 3 a 12 horas Efeitos adversos Doses mais altas aumentam sua toxicidade Ibuprofeno Se tomado dentro de 2 horas antes do AAS, pode impedir o acesso do antiplaquetário ao resíduo serina Antagoniza a inibição das plaquetas pelo AAS O Aas deve ser administrado 60 minutos antes ou 8 horas depois do ibuprofeno Celecoxibe Pode contribuir para os eventos cardiovasculares Desloca o equilíbrio dos mediadores químicos em favor do tromboxano A2 Clopidogrel Inibidor do receptor P2Y12 ADP Liga-se irreversivelmente Bloqueia a aglutinação das plaquetas Mecanismo de ação Inibem a ativação dos receptores de GP IIb/ IIIa necessários para que as plaquetas liguem o fibrinogênio e umas às outras Usos terapêuticos Prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou AVE Profilaxia de eventos trombóticos na síndrome coronária aguda Prevenção de eventos trombóticos associados a IC MayaraKelly Farmacocinetica Extensamente ligados às proteínas plasmáticas Biotransformação hepática a metabolitos ativos Excreção via fecal e renal É um pró-fármaco então sua eficácia terapêutica depende totalmente do metabolito ativo produzido pela CYP2C19 Fármacos queinibem a CYP2C19: omeprazol e esomeprazol Não devem ser administrados com o clopidogrel Efeitos adversos Pode prolongar o tempo de sangramento Não existe antidoto Comparado a outros inibidores do receptor de ADP, o clopidogrel causa menos efeitos adversos Cilostazol Inibidor da fosfodiesterase tipo III Mecanismo de ação Previne a degradação de AMPc Aumenta os níveis de AMPc nas plaquetas e nos tecidos vasculares Previne a aglutinação plaquetária Promove a vasodilatação Causa a diminuição dos triglicerídeos plasmáticos e aumentam os níveis da HDL Usos terapêuticos Diminuição dos sintomas da claudicação intermitente Farmacocinetica Extensamente biotransformado no fígado Várias interações farmacológicas Eliminação renal Efeitos adversos Cefaleia Sintomas GI Diarreia Fezes anormais Dispepsia Dor abdominal Contraindicado para pacientes com insuficiência cardíaca Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Inibem a ação dos fatores de coagulação ou interferem na síntese dos fatores de coagulação Heparina e heparina de baixo peso molecular Injetável Ação rápida Interfere agudamente na formação de trombos Heparina não fracionada: é uma molécula complexa com uma ampla massa molecular e muito acida Heparina de baixo peso molecular (HBPM): produzida por despolimerização enzimática da heparina não fracionada Possuem cerca de 1/3 do tamanho da heparina não fracionada Dalteparina e tinzaparina Mecanismo de ação Ligam-se à antitrombina III Rápida inativação dos fatores de coagulação Na ausência da heparina: a antitrombina III interage lentamente com a trombina e o fator Xa Quando a heparina se liga: ocorre uma alteração conformacional que catalisa a inibição da trombina As HBPMs complexam com a antitrombina III e inativam o fator Xa Não se ligam tão avidamente com a trombina quanto a heparina Usos terapêuticos Limitam a expansão dos trombos, prevenindo a formação de fibrina Tratamento do tromboembolismo venoso agudo Profilaxia da trombose venosa pós-cirurgica Pacientes que serão operados Pacientes com IAM São anticoagulantes de escolha para o tratamento de gestantes Farmacocinetica Eliminados pela urina Existem algumas particularidades nos dois fármacos Heparina Via subcutânea ou IV Via IV em bólus para obter anticoagulação imediata O efeito ocorre em minutos após a administração IV 1-2 horas após a injeção SC Fixação em várias proteínas plasmáticas Farmacocinetica imprevisível Meia vida de 1,5 hora HBPMs Via SC Efeito em cerca de 4 horas após a injeção Farmacocinetica e níveis plasmáticos previsíveis Meia vida de 3 a 12 horas Efeitos adversos Sangramento Hipersensibilidade Trombocitopenia MayaraKelly Contraindicações Hipersensibilidade a heparina Distúrbios de coagulação Alcoolismo Pacientes que foram recentemente operados no cérebro, nos olhos ou na medula espinal Rivaroxabana e apixabana Mecanismo de ação Inibidores do fator Xa Ligam ao centro ativo do fator Xa, prevenindo sua habilidade de converter protrombina em trombina Usos terapêuticos Rivaroxabana Tratamento e prevenção de trombose venosa profunda (TVP), da embolia pulmonar (EP) e do acidente vascular Apixabana Prevenção do AVE na fibrilação atrial não valvar Farmacocinetica Adequadamente absorvidos por via oral Amplamente ligados a proteínas O alimento pode aumentar a absorção de Rivaroxabana 1/3 do fármaco é excretado inalterado na urina Os metabolitos inativos são excretados pelas fezes e pela urina Possuem poucas interações farmacológicas Efeitos adversos Sangramento Não há antidoto A insuficiência renal pode prolongar o efeito desses fármacos Aumenta o risco de hemorragias Contraindicados em caso de disfunção renal A interrupção abrupta deve ser evitada Varfarina Antagoniza a função de cofator da vitamina K Inibidor da vitamina K epóxido redutase Mecanismo de ação Os fatores II, VII, IX e X precisam da vitamina K como cofator para sua síntese pelo fígado O tratamento com Varfarina resulta na produção de fatores de coagulação menos ativos O pico do seu efeito pode atrasar por 72 a 96 horas Seu efeito pode era anulado pela administração de vitamina K Demora cerca de 24 horas Usos terapêuticos Prevenção e tratamento da TVP e da EP Prevenção de AVE Prevenção de tromboembolismo venoso durante cirurgias ortopédicas e ginecológicas Farmacocinetica Rapidamente absorvida após a administração oral 100% de biodisponibilidade Extensamente ligada à albumina Atravessa facilmente a placenta Meia vida de cerca de 40 horas Biotransformada no fígado a compostos inativos Excretada pela urina e pelas fezes MayaraKelly Tem numerosas interações que podem potencializar ou atenuar seu efeito anticoagulante Efeitos adversos Hemorragia Contraindicada na gestação Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Farmacologia do SISTEMA DIGESTÓRIO FATOR FARMA MayaraKelly Úlceras pépticas É uma erosão em um segmento de mucosa gástrica Causas Pacientes que fazem uso constante de AINEs Fatores exógenos: álcool, fumo e medicamentos Esofagite de refluxo Antiácidos Alívio da dispepsia Administrados após a refeição São neutralizadores do ácido gástrico Hidróxido de magnésio Magnésia bisurada Leite de magnésia Produz efeito laxante Trissilicato de magnésio Hidróxido de alumínio Bicarbonato de sódio Não indicado para pacientes com pressão alta Formação de gás carbônico Inchaço estomacal Alginato Mecanismo de ação São bases fracas que irão agir com o ácido Forma-se um sal e uma água dessa reação Diminuição da acidez gástrica Antagonistas dos receptores H2 Úlceras e esofagite de refluxo Ranitida, cimetidina, famotidina, nizatidina Mecanismo de ação A secreção gástrica é estimulada por ACh, histamina e gastrina 1. Ligação de ACh, histamina e gastrina com seus receptores 2. Ativação de proteinocinases 3. Estimulação da bomba de H+/K+ ATPase 4. Secreção de íons hidrogênio em troca de K+ para a luz do estomago Os fármacos irão bloquear competitivamente a ligação da histamina aos receptores H2 Inibidores da bomba de prótons Inibem irreversivelmente a H+/K+ ATPase Paciente que não conseguiu sucesso no tratamento com os antagonistas de H2 Úlceras pépticas e esofagite de refluxo Mecanismo de tratamento de H. Pylori Síndrome de Zollinger-Ellison Omeprazol Pantoprazol Lansoprazol Rabeprazol Esomeprazol Dificultam a absorção da vitamina B12 e folato Protetores da mucosa Componentes da terapia contra a H. pylori Quelato de bismuto Sulfacrato Formador de filme na parede estomacal, protegendo a mucosa MayaraKelly Carbenoxolona Misoprostol Reconstitui a mucosa Análogo estável da PGE1 Inibe a secreção de ácido clorídrico em resposta a alimentos Aumenta a secreção de muco Pode ser utilizado via oral ou vaginal Efeitos adversos Contração uterina Relaxamento do colo uterino Diarreia Cólicas Antibacterianos Terapia do H. pylori Uma bactéria que é fator de risco para o câncer gástrico Produção de úlceras Tratamento de escolha Associação de amoxicilina + claritromicina Tratamento quádruplo Subsalicilato de bismuto + metronidazol + tetraciclina Elevada resistência à claritromicina Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Vômito Ação coordenada do SNC, do trato gastrintestinal, do trato respiratório e dos músculos abdominais O conteúdo gástrico é eliminado Causas Drogas indutoras do vômito Gravidez Hemorragia Meningites Cinetose Doença de Menière Infecções intestinais Pós-operatorio Enxaqueca Bulimia nervosa Origem do estímulo Central Odores Visões desagradáveis Emocional Aumento da pressão intracraniana Tumores Aparelho vestibular Cinetose Toxinas Bulimia Antagonistas D2- dopaminérgicos Aumentam o movimento gástrico Domperidona e metoclopramida Bloqueio do centro do vômito Mecanismo de ação Bloqueio dos receptores D2 dopaminérgicos Bloqueio dos receptores 5HT 3 e 5HT4 Propriedade pró-cinética Fecha a cardia e abre o piloro Efeitos adversos Fadiga Sonolência e sedação Náuseas ou diarreia Aumento da produção de leite Reduz a fertilidade Antagonistas colinérgicos Escopolamina Bloqueia os receptores muscarínicos Indicados para vertigem, cinetose e pós- operatório Efeitos adversos Xerostomia Visão turva Sedação Constipação Antagonistas canabióides Dronabinol Não comercializado no Brasil Derivado da Cannabis Mecanismo de ação desconhecido Excelente para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia Efeitos adversos Ações no SNC complexas Olhos vermelhos Alucinações Síndrome de abstinência MayaraKelly Bloqueadores dos receptores 5-HT3 Odasetrona e ganisetrona Melhores fármacos para vômitos e náuseas induzidos por quimioterapia Efeitos adversos Cefaleia Fotofobia Pouco dano hepático Sensação de calor Sedação Antagonistas H1- histaminergicos Bloqueiam os receptores H1 histaminérgicos no centro do vômito Meclizina Dimenidrato Atravessam a barreira hematoencefálica Causam sedação Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 MayaraKelly Atuam aumentando o volume fecal Retenção de água no cólon Aumento da motilidade intestinal Usos terapêuticos Preparo do paciente Exames de imagem e cirurgias Portadores de hemorroidas Diminuir o esforço ao defecar Favorecer a eliminação de parasitos mortos Reduzir a absorção de substâncias tóxicas Formadores de massa e volume Sem efeitos colaterais Fibras, cerais Preparações de origem vegetal, que são indigestas pela composição complexa da parede celular Salinos e osmóticos Efeito osmótico no intestino A água sai do plasma para o intestino amolecendo as fezes Possuem gosto ruim Mais utilizados em preparações para exames de imagem e cirurgias Leite de magnésia Fosfato de sódio Sulfato de magnésio Lactulose Glicerina Manitol Sorbitol Osmolac PEG4000 Purgativos Naturais Casca sagrada Sene Jurubeba Ruibarbo Carqueja Bisacodil Exames de imagem Irritam o intestino = acelerando a motilidade intestinal Efeitos adversos Úlceras intestinais Diarreia Cólicas Desidratação Perda de eletrólitos Perda de vitaminas Dependência Lubrificantes Irão lubrificar as fezes, descolando-as das paredes do intestino Azeite doce Óleo de rícino Glicerina Óleo mineral Sem contraindicações Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly MayaraKelly Indicados para o controle da diarreia Mecanismo contrário dos laxantes Reduzem a motilidade intestinal Contraindicações em caso de infecções virais ou bacterianas Diarreia Eliminação fecal com excessiva frequência, diminuída consistência e/ou fluida Causas Infecções Má digestão Elevado teor de gorduras Má absorção Tumores Drogas Emocional Consequência Desidratação Perda de eletrólitos e vitaminas Opioides Diminuem a secreção de ácido e água Ressecam as fezes Imosec Codeína Repositores da flora intestinal Composição: probióticos Ocupa o intestino expulsando as bactérias invasoras Resiste ao antibiótico e ao ácido clorídrico Adsorventes Absorvem toxinas causadoras da diarreia Causas tóxicas Caulim Pectina Carvão ativado Racecadotrila Inibem a enzima responsável pela excreção de água para o intestino grosso Ressecamento fecal Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Antiespasmódicos Cólicas intestinais Movimentos peristálticos em excesso do intestino Atropina, escopolamina, papaverina e pinavério Hepatoprotetores, colagogos e coleréticos Jurubeba, carqueja, pau de sapo, boldo do Chile, silimarina, metionina Detoxificam o fígado Estimulam a produção da bile Secretam a bile no intestino Antigases Simeticona Após a fermentação ocorre a produção excessiva de CO2 Facilita a formação de eructos (arrotos) e gases O fármaco promove a dissolução do CO2 no intestino grosso Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Antibióticos MayaraKelly São substancias químicas capazes de eliminar agentes infecciosos Podem ser: Substâncias naturais Fungos Semissintéticas Alterações na forma natural, Melhora da qualidade Sintéticas Produzida em laboratório Antibiótico ideal não existe, mas deve apresentar toxicidade seletiva, destruindo o agente invasor e poupando o hospedeiro Bacteriostáticos Inibem reversivelmente a multiplicação da bactéria Bactericidas Exercem efeito letal e irreversível sobre as bactérias sensíveis Concentrações Para demonstrar as propriedades farmacológicas dos bactericidas e bacteriostáticos deve-se levar em conta dois tipos de concentração Concentrações mínima bactericida (MBC) Menor concentração de antibacteriano que resulta em diminuição de 99,9% na contagem de colônias Antibióticos concentração dependentes Fase inicial da curva dose-efeito Efeito bactericida potente e rápido Depende da concentração do medicamento Antibióticos tempo dependentes Efeito bactericida lento e menos potente Dependência do tempo de contato com a bactéria Concentrações mínima inibitória (MIC) Menor concentração que previne o crescimento visível do microrganismo após 24 horas de incubação A concentração bacteriostática ou bactericida exceda a concentração segura Microrganismo resistente Origem Alexander Flemim - 1928 Fez uma cultura de bactérias e acidentalmente um fungo caiu dentro da cultura Observou que envolta do fungo existia um halo Penicilium produzia penicilina e essa substância inibia o crescimento das bactérias 1930 Início do uso clínico 2ª guerra mundial 1940 Produção em escala industrial 1961 Mais de 500 antibióticos Espectro de ação Expressa a amplitude da ação dos antibióticos Espectro estreito Atuam apenas em um grupo ou um número limitado de microrganismos Espectro estendido Eficazes contra micro-organismos gram-positivos e também contra um número significativo de bactérias gram-negativas Pode agir em bactérias da microbiota natural Espectro amplo MayaraKelly Afetam uma ampla variedade de espécies microbianas Restritos ao ambiente hospitalar Seleção do antimicrobiano Fatores que interferem na seleção do antibiótico Identificação do micro-organismo Sensibilidade antimicrobiana Espectro de ação Fatores farmacocinéticos Segurança do fármaco Via de administração Evidência e eficácia clínica Custo Fatores do paciente Defesas do hospedeiro Idade Gravidez Alergia Associação de antimicrobianos Opção para somar o efeito dos antibióticos Sinergismo Antibiótico A + Antibiótico B = ação AB Amoxicilina + Ácido Clavulânico Sulfametozaxol + Trimetropina Amplia o espectro de ação Diminui os riscos de resistência bacteriana Resistencia aos fármacos A bactéria se torna multirresistente Ocorre de duas maneiras: Aquisição de plasmídeos contendo o DNA da resistência Erro na duplicação do DNA (mutação) Troca de bases nitrogenadas que resultam em uma mutação da célula DNApolimerase Mecanismos de resistência Aparecimento de novas características para permitir a resistência aos antibióticos Enzimas inativadoras A bactéria começa a produzir esse novo tipo de enzima que irá desativar ou destruir o fármaco, impedindo o mesmo de fazer efeito Resulta da aquisição de plasmídeos Alteração do sítio de ligação Resulta da mutação de cromossomos As bactérias podem adquirir um gene que codifica um novo produto resistente, substituindo o alvo original do antibiótico Extrusão ativa (bomba de efluxo) MayaraKelly Bombeia o antibiótico para fora da bactéria antes da ação farmacológica Resulta da aquisição de plasmídeos Bloqueio da entrada Permeabilidade limitada Inibição da passagem do antibiótico para meio intracelular Mecanismos de ação Inibição da duplicação cromossômica ou da transcrição Inibição de enzimas que produzem substâncias essenciais Inibição da síntese da parede celular Inibição da síntese proteica Danos à membrana plasmática Efeitos colaterais comuns Desconforto estomacal Diarreia Em mulheres, infecções vaginais por leveduras Corte do efeito de anticoncepcionais Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Interferem seletivamente na síntese da parede celular bacteriana Lembrando: a parede celular é composta de um polímero de peptideoglicano, que consiste em unidades de glicano unidas umas às outras por ligações peptídicas Membros mais importantes: β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbepenemos, monobactamos), vancomicina e daptomicina Penicilinas Estão entre os fármacos mais amplamente eficazes e menos tóxicos conhecidos O aumento da resistência bacteriana a penicilina limitou o seu uso São suscetíveis à inativação pelas β- lactamases Diferem entre si no substituinte R ligado ao ácido 6-aminopenicilânico Mecanismo de ação Interferem na última etapa da síntese da parede bacteriana, as ligações cruzadas ou transpeptidação Resultando em uma membrana osmoticamente menos estável e provocando a sua lise São bactericidas Tempo-dependentes Eficazes apenas contra microrganismos em crescimento rápido e que sintetizem a parede celular Inativada contra microrganismos sem essa estrutura Espectro bacteriano Gram-positivos: têm paredes celulares facilmente atravessadas pelas penicilinas Gram-negativos: sua membrana possui proteínas inseridas que atuam como canais cheios de água, que permitem a passagem transmembrana das penicilinas Penicilinas naturais Obtidas pela fermentação do fungo Penicillium chrysogenum Benzilpenicilina (penicilina G) Agem contra gram-positivos e cocos gram-negativos Tratamneot de infecções estreptocócicas Amigdalites Erisipela Fármaco de escolha no tratamento de: sífilis e gangrena gasosa Administrada por via IM e servem como formas de deposito MayaraKelly Fenoximetilpenicilina (penicilina V) Espectro similar ao da penicilina G Escassa absorção Tratamento de algumas infecções Via oral Penicilinas antiestafilocócicas Meticilina, nafcilina, oxacilina e dicloxaciina São resistentes à β-lactamases Uso restrito no tratamento de infecções por estafilococos produtores de penicilinase S. aureus sensível a meticilina (MRSA) Atividade mínima ou nula contra infecções gram-negativas Penicilinas de espectro estendido Ampicilina e amoxicilina Espectro similar ao da penicilina G Primeiras a agir contra Enterococos e Bacilos gram negativos A amoxicilina apresenta-se via oral Mais eficazes contra gram-negativos Utilizadas no tratamento de infecções respiratórias A resistência a esses antimicrobianos é um problema clinico Inativação por penicilinase mediada por plasmídeo Geralmente junto a esses fármacos há a associação com um inibidor da β- lactamase Ácido clavulânico ou sulbactam Protegem as penicilinas da hidrolise enzimática Penicilinas antipseudomonas Piperacilina e ticarcilina Atividade contra Pseudomonas aeruginosa Via intravenosa ou intramuscular Eficazes contra vários bacilos gram- negativos Associações com ácido clavulânico ou tazobactam estendem o espectro antimicrobiano Resistencia Resistencia natural Microrganismos que não possuem a parede celular Microrganismos que possuem parede celular impermeável aos fármacos dessa classe Resistencia adquirida Atividade β-lactamase As beta-lactamases são uma família de enzimas que hidrolisam a ligação amida cíclica do anel β- lactâmico = perda da atividade bactericida Adquirida por mutação ou pela transferência de plasmídeos Gram-positivos: inativam os fármacos extracelularmente Gram-negativos: inativam os fármacos no espaço periplasmático Diminuição da permeabilidade ao fármaco Impede de alcançar as PLPs alvo Presença de bombas de efluxo Diminuição da penetração do antimicrobiano PLPs alteradas Menor afinidade pelos antimicrobianos Farmacocinética Administração Determinada pela estabilidade do fármaco ao suco gástrico e pela gravidade da infecção Absorção Incompletamente absorvida por via oral O alimento diminui a absorção de todas as penicilinas penicilinase- resistentes MayaraKelly Devem ser ingeridas em jejum Distribuição Se distribuem bem pelo organismo Excreção Pacientes com insuficiência renal precisam de ajuste na dose Exceto a nafcilina e a oxacilina São excretadas pelo leite Reações adversas Hipersensibilidade Diarreia Nefrite Neurotoxicidade Toxicidade hematológica Cefalosporinas Relacionados estrutural e funcionalmente com as penicilinas Bactericidas Mais resistente a ação das β-lactamases Produzida semissinteticamente Acréscimo de cadeias laterais ao ácido 7-amino-cefalosporânico Espectro bacteriano 1ª geração Cefalexina Uso em gestantes Substitutas da Benzilpenicilina Resistentes à penicilinase do estafilococo Atividade contra cocos gram-positivos Não são ativas contra a MRSA 2ª geração Cefotetano e cefoxitina Maior atividade contra três microrganismos gram-negativos H. influenzae Enterobacter aerogenes Algumas espécies de Neisseria Nenhum é fármaco de primeira escolha Crescente prevalência de resistência do B. fragilis 3ª geração Cefriaxona, ceftazidima e cefotaxima Menos potentes que as cefalosporinas de 1 geração contra MRSA Atividade aumentada contra bacilos gram-negativos e algumas bactérias gram-positivas 4ª geração Cefepima Amplo espectro de ação Uso restrito hospitalar Geração avançada Ceftarolina Administrada por via IV como um pró-fármaco Ativo contra MRSA Indicada no tratamento de infecções complicadas Amplo espectro Reações adversas Hipersensibilidade Sindrome de Stevens-Johnson Evitadas ou usadas com cautela em pessoas com alergia a penicilina. Carbapenemos Imipeném, meropeném, doripeném e ertapeném MayaraKelly Conseguem resistir as β-lactamases que hidrolisam as cefalosporinas Uso restrito hospitalar Espectro estendido Reações adversas Náuseas Diarreia Eosinofilia Neutropenia Vancomicina Antibiotico natural Somente ativo contra gram-positivos Ultima opção Tratamento das infecções graves causadas por microrganismos resistentes aos β-lactâmico ou para pacientes com infecções gram-positivas que tenham grave alergia aos β-lactâmicos Uso restrido hospitalar Resistencia Modificação no sitio de ligação D-ALA D-Lactato Inibidores da β-lactamase Ácido clavulânico, sulbactam e tanzobactam Não possuem atividade antibacteriana Ligam-se as beta-lactamases e as inativam Protegendo os antimicrobianos que seriam substratos dessas enzimas, evitando assim sua destruição Formulados em associação com os antimicrobianos suscetíveis à β-lactamase Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Aumentam a permeabilidade da membrana resultandono extravasamento de compostos intracelulares Altamente tóxicos A membrana celular das bactérias se assemelha estruturalmente às das células humanas Daptomicina Lipopeptideo cíclico 1. Se insere na membrana plasmática da bactéria formando canais iônicos 2. Efluxo de potássio e alterações no potencial de membrana Esses micro-organismos dependem do potencial de membrana para a geração de energia Mecanismo de ação Antibióticos antipáticos Capazes de interagir com as membranas externa e citoplasmática 1. Ligam-se a componentes do envelope celular Fosfolipídeos e lipopolisacárides (LPS) 2. Desloca competitivamente os íons de cálcio e magnésio que agem estabilizando a membrana 3. Morte da bactéria devido ao extravasamento do conteúdo celular Referências: Slides e anotações da aula MayaraKelly Enzimas que precisam de cofatores derivados do folato são essenciais para a síntese de percursores de DNA e RNA e outros compostos As bactérias são impermeáveis ao ácido fólico e outros folatos Dependem a produção própria de folatos Sulfonamidas Raramente são prescritas como fármacos únicos Ativas contra infecções no trato urinário Resistencia bacteriana ocorre pela síntese de enzima insensível ao fármaco Associação com trimetropina Geralmente sulfametoxazol Cotrimoxazol Sulfadiazina, sulfadimidina, sulfametoxazol, sulfametopirazina, sulfassallazina Mecanismo de ação 1. A sulfanilamida é um fármaco análogo do ácido p-amino benzoico (PABA) a. O PABA é essencial para a síntese do ácido fólico nas bactérias 2. Ocorre competição com o PABA pela enzima diidropteroato-sintetase 3. Inibição da síntese bacteriana de ácido p- amino benzoico = inibição do crescimento celular Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Mecanismo de ação 1. Competição do antibiótico com o RNAt pelo local de ligação no ribossomo 2. Forma-se um anticódon anômalo, levando ao erro da leitura da mensagem 3. Inibição da transpeptidação 4. Término prematuro da cadeia peptídica 5. Inibição da translocação Tetraciclinas Agentes bacteriostáticos Podem deixar os dentes amarelos Espectro de ação inclui bactérias gram- positivas e gram-negativas, mycoplasma, Chlamydia sp, espiroquetas e alguns protozoários Tetraciclina (primeira geração) Doxiciclina e minociclina (segunda geração) Cloranfenicol Espectro de ação amplo Bacteriostático para a maioria dos microrganismos Bactericida para H. influenzae Aminoglicosídeos Natureza polar Pouco absorvidos por via oral Via parenteral Utilidade clínica é limitada por graves toxicidades Ototoxicidade Nefrotoxicidade Paralisia neuromuscular Reações alérgicas Macrolideos Lipossolúveis Utilizados em infecções respiratórias ou até em infecções por H. pylori Claritromicina, azitromicina, eritromicina Lincosamidas Clindamicina Ativa contra cocos gram-positivos Estafilococos resistentes a penicilina Pode ser indicada para o tratamento da acne Referências: Slides e anotações da aula MayaraKelly Mecanismo de ação 1. Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase II 2. Ocorrem alterações no grau do superenrolamento do DNA 3. O DNA passa a ocupar grande espaço no interior da célula bacteriana 4. Síntese descontrolada de RNAm e de proteínas que determinam a morte da bactéria Rifampicina e rifambutina Inibidores da RNA polimerase bacteriana Bloqueiam a síntese de RNAm Numerosas interações medicamentosas Quase não são utilizadas A rifambutina é análoga da rifampicina Quinolonas e fluoquinolonas As fluorquinolonas surgiram após a adição de um átomo de flúor na posição 6 no anel quinolônico Poucas reações adversas Ciprofloxacino, levofloxacino, gatifloxacino, moxifloxacino e gemifloxacino Usos terapêuticos Quinolonas Infecções do trato genito-urinario Infecções urinárias não complicadas Infecções do trato gastrintestinal Infecções no trato respiratório Osteomielites Infecções de tecidos moles Fluorquinolonas Pielonefrites complicadas Metronidazol Pró-droga Reduzido à ferridoxina por uma enzima presente em bactérias anaeróbias e em alguns protozoários Referências: Slides e anotações da aula MayaraKelly O sistema nervoso divide-se anatomicamente e fisiologicamente Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo e medula espinhal Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos, gânglios e terminações nervosas O SNP ainda é dividido em Sistema Nervoso Somático (SNS) e em Sistema Nervoso Autônomo (SNA) SNS: funções motoras e os movimentos do corpo SNA: processos vitais involuntários O SNA distribui-se em nervos e gânglios que inervam coração, vasos sanguíneos, glândulas, musculo liso e outros tecidos Pode ainda ser subdivido em: simpático e parassimpático Essa divisão pode ser explicada pela liberação de neurotransmissores (NA) na sinapse pré-ganglionar e a pós- ganglionar Pós ganglionares do sistema simpático: liberam norepinefrina (NE) Receptores: α-adrenérgicos e β- adrenergicos Exceções: glândulas sudoríparas, músculos piloeretores e alguns vasos sanguíneos (tanto o pré quanto os pós libera ACh) Pós ganglionares e pré ganglionares do sistema parassimpático: liberam apenas acetilcolina (ACh) Receptores muscarínicos e nicotínicos Sistema Nervoso Autônomo Simpático Estimula algum órgão efetor Menos o TGI Ativa junto às emoções Prepara o organismo para situações de fuga, luta, exercício físico Gânglios originados na região toracolombar Responsável pela liberação de NE e epinefrina MayaraKelly 1. Pré-ganglionares liberam ACh (fibras colinérgicas) 2. Ativação de fibras adrenérgicas 3. Estimulando as adrenais para a liberação do neurotransmissor ou a liberação por via sináptica Receptores adrenérgicos A norepinefrina é o neurotransmissor primordial nas ações de transmissão adrenérgica Sua síntese permite a produção de outros ligantes endógenos (dopamina e epinefrina) Grupo chamado de Catecolaminas Esses receptores são estimulados pela NE e pela epinefrina Localizados no neurônio na pré-sinapse ou no órgão efetor pós-sináptico Receptores α α1 Contração da musculatura lisa vascular α2 Relaxam a musculatura lisa vascular Receptores β Funções distintas dependendo da localização tecidual β1 Aumento da força e frequência cardíaca β2 Relaxamento do musculo liso das vias aéreas Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Gânglios originados no tronco encefálico e na região sacral da medula espinal (craniossacral) Produz o relaxamento Tocam ou adentram as vísceras Sistema de conservação 1. Sinapse da fibra pré com a pós ganglionar 2. Liberação de Ach no receptor nicotínico 3. Sinapse da fibra pós-ganglionar com o tecido-alvo 4. Liberação de Ach ao receptor muscarínico do tecido-alvo Receptores colinérgicos Nicotínicos Canais iônicos Receptores ionotrópico A Ach abre o canal iônico diretamente por uma ligação Muscarínicos Acoplados à proteína G Receptores metabotrópicos A Ach abre o canal iônico indiretamente pela presença da proteína G (2° mensageiro), que modifica a excitabilidade da fibra pós- ganglionar MayaraKelly Referências: Slides e anotações da aula Tortora, Gerard J.Princípios de anatomia e fi siologia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 MayaraKelly Produzem efeitos de estimulação do Sistema Nervoso Simpático Podem ter variada seletividade por um alvo farmacológico Determina o mecanismo de ação por completo Agonistas adrenérgicos Também chamados de simpaticomiméticos Efeitos finais semelhantes a ativação dos receptores adrenérgicos pela NE Ação direta Estimulação dos receptores adrenérgicos Ação indireta Promove o aumento dos neurotransmissores Inibem enzimas de degradação Bloqueiam a recaptação de neurotransmissores Sobra neurotransmissores Ação mista Promovem ambas ações ao mesmotempo Isoproterenol β-adrenérgico β1 e β2 Não seletivo Baixa afinidade pelos receptores α Poucos efeitos vasculares Aumento do débito cardíaco Palpitações, taquicardia sinusal e arritmias Relaxamento do musculo liso em quase todos os tecidos Maior ação: brônquios e TGI Farmacocinetica Via parenteral e inalatória Biotransformação no fígado Baixa degradação pela MAO Maiores concentrações plasmáticas e maior tempo de ação Salbutamol β2-adrenérgico Seletivo Broncodilatação 15 minutos após a inalação Curta duração Tratamento da asma Uso continuo = tolerância Salmeterol β2-adrenérgico Seletivo Broncodilatação Longa duração Seletividade maior que o salbutamol Controla a inflamação das vias aéreas Associado a corticoides inalados Formoterol β2-adrenérgico Seletivo Broncodilatação Liberação gradativa Efeito rápido Asma noturna Profilaxia do broncoespasmo induzido por exercício DPOC Dobutamina β-adrenérgico β1 e β2 Não seletivo Efeito maior sobre os receptores β1 MayaraKelly Estimulação do debito cardíaco com menos taquicardia que a EP Insuficiência cardíaca congestiva com disfunção sistólica Fenilefrina α1- adrenérgico Seletivo Acentuada vasoconstrição arterial Descongestionante nasal e midriático (solução oftalmológica) Colidina α2- adrenérgico Tratamento da hipertensão arterial Reduz a pressão arterial e a frequência cardíaca Anfetamina Ação simpaticomimética indireta Aumenta a liberação de NE α e β-adrenérgicos Administração via oral Elevação da pressão arterial Arritmias Depressão Fadiga Ação de contração ou relaxamento do musculo liso Dependendo de qual estado se encontra o órgão Sob orientação médica Efedrina Ação mista α e β-adrenérgicos Liberação de NE dos neurônios simpáticos Agem principalmente nos α- adrenérgicos Elevação da frequência e do débito cardíaco Aumento da pressão arterial Aumento na contração da musculatura lisa Broncodilatação Farmacocinetica Via oral Meia-vida: 3 a 6 horas Antagonistas adrenérgicos Reduz a interação da NE, da epinefrina e de outros agentes simpaticomiméticos com os receptores adrenérgicos Chamados de simpaticolíticos Capacidade de interação pode auxiliar ou atrapalhar o quadro clinico Prazosina Urgências clinicas Hipertensão α1-adrenérgico Seletivo Afinidade muito maior para o receptor α1 do que para o α2 O seu efeito na hipertensão se dá nas veias e nas arteríolas Reduz a resistência periférica total Não aumenta a frequência cardíaca e o debito cardíaco Não produz liberação de NE, o que evita a taquicardia Farmacocinetica Via oral Biodisponibilidade: 50-70% Distribuído pela α1-glicoproteína ácida Meia vida: 3 horas Ioimbina Competitivo dos receptores α2- adrenérgicos MayaraKelly Capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica (BHE) Aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca Intensifica os efeitos simpaticomiméticos Propanolol β-adrenérgico Não seletivo Não bloqueia os receptores α- adrenérgicos Amplamente utilizado no tratamento da hipertensão arterial Farmacocinetica Altamente lipofílico Capacidade de atravessar a BHE Completa absorção por via oral Metabolismo hepático Taxa de ligação com proteínas plasmáticas de 90% Biodisponibilidade: depende de cada indivíduo Meia vida: 4 horas Efeito é reduzido com o tempo Aumento na dose para os mesmos efeitos farmacológicos do começo do tratamento Efeitos colaterais importantes Timolol β-adrenérgico Não seletivo Tratamento de algumas doenças do sistema cardiovascular Tratamento de glaucoma de ângulo aberto e hipertensão intraocular Formas oftalmológicas O bloqueio dos receptores permite uma redução de humor aquoso Farmacocinetica Meia vida: 4 horas Atenolol β1-adrenérgico Seletivo Não tem a capacidade de atravessar a BHE Tratamento de hipertensão arterial sistêmica, doença coronariana, isquemias do coração, arritmias e complicações relacionadas a infarto agudo do miocárdio Farmacocinetica Meia vida: 4 horas Efeito anti-hipertensivo por 24 horas Administração única de 50 ou 100mg Carvedilol β-adrenérgico Efeito variado Antagoniza seletivamente os receptores α1 e β1-adrenérgicos Agonista parcial dos receptores β2- adrenérgicos Efeitos sobre os canais de Ca2+ Hipertensão Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Efeito cardioprotetor Via oral Ampla ligação as proteínas Metabolismo hepático Meia vida: 7-10 horas Referências: Slides e anotações da aula Coleção Manuais da Farmácia, Farmacologia. Sanar MayaraKelly Irão atuar no Sistema Nervoso Parassimpático Trata das propriedades do neurotransmissor acetilcolina (ACh) Há uma dificuldade inerente em efetuar uma intervenção farmacológica específica sem provocar efeitos Bioquímica e Fisiologia da transmissão colinérgica Os receptores colinérgicos podem ser divididos em duas grandes classes Receptores muscarínicos (mAChR) Ligados à proteína G Expressos nas sinapses terminais dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticas Algumas vezes também em fibras pós- ganglionares simpáticas Receptores nicotínicos (nAChR) Canais iônicos regulados por ligantes Concentrados em numerosas sinapses excitatórias Pós-sinapticamente Transmissão sináptica 1. O neurônio pré-ganglionar irá liberar acetilcolina no receptor nicotínico 2. O neurônio pós-ganglionar irá produzir acetilcolina no receptor muscarínico do tecido alvo Síntese de ACh Sintetizada em uma única etapa a partir da colina e da acetil coA pela enzima acetiltransferase (ChAT) Armazenamento e liberação 1. Armazenamento na vesícula A energia necessária para esse processo vem por uma ATPase que bombeia prótons para dentro da vesícula 2. Canal cotransportador de ACh-H+ Coloca ACh e H+ para dentro da vesícula 3. Despolarização da terminação axônica e a abertura dos canais de cálcio dependente de voltagem 4. Fusão da vesícula sináptica com a membrana plasmática do neurônio 5. A acetilcolina é liberada na fenda sináptica 6. Liga-se a uma das duas classes de receptores 7. Após fazer seu efeito ela é degradada 8. Ação terminada pela hidrólise enzimática Acetilcolinesterase 9. Dividida em acetato e colina novamente para refazer o ciclo Degradação Essencial para impedir a ativação indesejável de neurônios ou células musculares adjacentes Degradação realizada pela hidrólise da ACh Enzima responsável: acetilcolinesterase (AChE) MayaraKelly Receptores Colinérgicos Receptor nicotínico Canal iônico (pós ganglionar) Transmissão colinérgica nicotínica = ligação da ACh com o nAChR Condutância direta regulada por ligante Os canais abertos do nAChR ativado são permeáveis a íons K+ e Na+ Quando abertos, esses canais produzem uma corrente efetiva de entrada de Na+, que despolariza a célula A estimulação de múltiplos nAChR pode resultar na geração de potenciais de ação e na abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem A acetilcolinesterase degrada rapidamente a ACh livre na fenda sináptica Dissociação rápida da ACh dos receptores no estado ativo N2 ou NN Assemelham-se aos receptores na junção neuromuscular (JNM) (N1 ou NM) Receptor muscarínico Ligado à proteína G Ativação agonista Efeitos: inibição da adenililciclase e estimulação da fosfolipase C Mediados por uma subunidade α da proteína G Influência nos canais iônicos Entrada de K+ Hiperpolarização da célula Mediados pelas subunidades β e γ da proteína G M1 Estimulação da fosfolipase C Excitatório Intestino e alguns neurônios M2 Inibição da adenililciclase e ativação dos canais de K+ Inibidor Músculo cardíaco M3 Estimulação da fosfolipase C Excitatório Músculo liso e tecido glandular M4 Inibição da adenililciclase e ativação dos canais de K+ Inibidor SNC M5 Estimulação dafosfolipase C Excitatório SNC MayaraKelly Estimulação dos receptores M1, M3 e M5 = excitação da célula Estimulação dos receptores M2 e M4 = suprime a excitação celular Agonistas diretos dos receptores muscarínicos Parassimpatomiméticos (PSNS) Ligação direta aos receptores Resistentes a ação da acetilcolinesterase Duração mais longa que a acetilcolina Via parenteral Eliminados na urina Efeitos farmacológicos Sistema Cardiovascular (M2) Diminuição da força (ionotrópico) e frequência (cronotrópico) dos batimentos cardíacos Vasos (M3) Vasodilatação Trato Gastrointestinal (M3) Contração dos músculos lisos Estimulação da secreção ácida Ésteres de colina Acetilcolina Não é administrada no uso clínico Alta hidrólise pela AChE Carbacol Tópico: tratamento de glaucoma Constrição da pupila e diminuição da pressão intraocular Betanecol Agem nos receptores M3 Promove a motilidade GI e do trato urinário Vasodilatador Queda de pressão 10/20mg 3x ao dia v.o Contra indicado para asmáticos Metacolina Não é mais utilizada como fármaco Vasodilatador Teste de hiper-reatividade brônquica Saber se o indivíduo é asmático ou não Alcaloides Variam acentuadamente em sua estrutura Em sua maioria são aminas terciárias, embora alguns sejam aminas quaternárias Aminas terciárias possuem uma natureza antipática, facilitando a sua entrada no SNC e a absorção pela mucosa GI Pilocarpina Tratamento da xerostomia (hipossalivação) 5/10mg 3x ao dia v.o Solução oftalmológica: tratamento de glaucoma e ressecamento dos olhos 0,5 - 4% Contraindicações Asmáticos MayaraKelly Distúrbios pépticos Hipotensão Insuficiência coronariana Agonistas indiretos dos receptores muscarínicos Parassimpatomiméticos (PSNS) Também conhecidos como inibidores da AChE Provoca o aumento da quantidade da acetilcolina Inibição da acetilcolinesterase = aumento da acetilcolina endógena Intensificação dos efeitos do sistema parassimpático Reversíveis Liga-se ao sítio ativo da enzima impedindo a ligação da acetilcolina Álcoois simples com grupo amônio quaternário Endrofônio Inibe a AChE através de uma associação reversível com o sítio ativo da enzima Ligações de hidrogênio no sítio ativo da enzima Meia vida do complexo inibidor- enzima: 2-10 minutos Bloqueio rápido, porém, reversível Irreversíveis Liga-se a enzima e não desligam mais Ligação covalente Não há mais degradação de acetilcolina Muitos efeitos colaterais Ésteres do ácido carbâmico de álcoois que possuem grupos de amônio quaternário ou terciário (carbamatos) Fisiostigmina Hidrolisado pela AChE Forma uma ligação covalente lábil entre o fármaco e a enzima Meia vida do complexo inibidor- enzima: 15-30 minutos Inibição efetiva: 3-8 horas Ação média Derivados orgânicos do ácido fosfórico (organofosforados) Ecotiofato Ação longa Ligações covalentes muito estáveis Usos clínicos Mostram-se úteis em doenças da junção neuromuscular O defeito primário consiste numa quantidade insuficiente de ACh ou de AChR Perda da contração muscular (miastenia gravis) Demência Perda da ação colinesterástica Reversão da toxicidade de agentes anticolinérgicos Fisiostigmina MayaraKelly Ação oftalmológica: diminui a pressão intraocular, facilitando o efluxo de humor aquoso Sistema GI: aumento da motilidade do músculo liso Antagonistas dos receptores muscarínicos Anticolinergicos/antimuscarínicos Irão bloquear os efeitos do parassimpático Aumento dos efeitos simpáticos Não seletivos dos receptores muscarínicos Alcaloides de ocorrência natural ou em compostos de amônio quaternário sintéticos Escopolamina Bloqueia a ação de contração Causa relaxamento Utilizado para cólicas Ipratrópio Sintético Broncodilatador de curta ação Bloqueia a bronconstrição Princípio ativo do Artrovent Mais efetivo do que os agonistas β- adrenérgicos no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica, porém menos efetivo no tratamento da asma Tiotrópio Broncodilatador Eficácia provavelmente superior só ipratrópio no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica Atropina Alcaloide natural encontrado na planta beladona Utilizado para reverter a ação tóxica de um antagonista Induz a midríase nos exames oftalmológicos Contra indicações Pacientes com glaucoma de ângulo fechado Pacientes com hipertrofia prostática Idosos Efeitos adversos Dependendo da dose Bradicardia Sedação Taquicardia Hiperexcitação do SNC Delírios Alucinações Convulsões Visão embaçada Boca seca Retenção urinária Rubor e febre Referências: Slides e anotações da aula Golan, David E. Principios De Farmacologia. A Base Fisiopatologica Da Farmacoterapia 2ª ed. Guanabara Koogan, 2010 FARM ACOLOGIA DO Sistema Nervoso Central MayaraKelly A maioria dos fármacos que afetam o SNC atua alterando alguma etapa do processo de neurotransmissão Pré-sinapse: influencia na produção, armazenamento, liberação ou no termino da ação dos neurotransmissores Pós-sinapse: ativam ou bloqueiam receptores pós-sinápticos Neurotransmissão Liberação de neurotransmissores que se difundem através do espaço sináptico e se ligam a receptores específicos no neurônio pós-sináptico Potenciais sinápticos Os receptores da maioria das sinapses estão acoplados a canais iônicos A fixação do neurotransmissor ao receptor resulta na abertura rápida e transitória de canais iônicos Essa abertura permite que íons específicos entrem ou saiam da membrana do neurônio A composição iônica é alterada dentro e fora da membrana = alteração do potencial pós-sináptico Despolarização ou hiperpolarização Vias excitatórias Causa a despolarização da membrana pós-sináptica Potenciais pós-sinápticos excitatórios (PPSEs) Etapas 1. Liberação de neurotransmissores (glutamato ou acetilcolina) 2. Ligação dos neurotransmissores nos receptores pós-sinápticos 3. Aumento transitório na permeabilidade de Na+ na membrana pós-sináptica 4. O influxo de Na+ leva a despolarização da membrana MayaraKelly 5. Potencial de ação em direção ao limiar 6. Quanto mais neurônios são excitados, mais neurotransmissores são liberados Determina que o PPSE ultrapasse o valor limiar Potencial de ação tudo-ou-nada Vias inibitórias Causa a hiperpolarização da membrana pós-sináptica Potencias pós-sinápticos inibitórios (PPSIs) Etapas 1. Liberação de neurotransmissores (ácido gama-aminobutírico ou glicina) 2. Ligação dos neurotransmissores nos receptores pós-sinápticos 3. Aumento transitório na permeabilidade de K+ e Cl- 4. O influxo de Cl- e o efluxo de K+ causa hiperpolarização 5. Potencial de ação se afasta do limiar 6. Diminuição da geração de potenciais de ação Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Os ansiolíticos causam sedação sendo assim podem ser utilizados clinicamente como hipnóticos (indutores do sono) Administrados em grandes quantidades podem provocar a morte por parada cardiorrespiratória EVITAR ÁLCOOL Estão presentes na Lista B1 da Portaria SVS/MS 366/98 Ansiedade A ansiedade é um estado desagradável de tensão, apreensão e inquietação Tem origem de fonte física ou desconhecida Muitas vezes decorre de um estímulo desconhecido, imaginário Sintomas físicos: taquicardia, sudorese, tremores e palpitações Ansiedade leve Experiências normais na vida Não justificam tratamento Ansiedade intensa, crônica e debilitante Tratada com ansiolíticos ou alguma forma de psicoterapia SNA em resposta a ansiedade Diarreias Tonturas Hiperidrose Hipertensão Taquicardia Midríase Inquietação Atividade central exacerbada Tremores Urgências urinarias Formigamentos Tratamento não farmacológico Psicoterapia Autocuidado Evitar cafeína Atividade prazerosas Liberação de endorfina Evitar álcool e tabaco Alimentação saudável Sono regular Melatonina (ritmo circadiano) Aromaterapia Grupo de apoio Relaxamento Fisiologia Distúrbio do SNC com estimulação exagerada do SNA Neurotransmissores envolvidos Noradrenalina Aumento Serotonina Diminuição GABA (ácido γ-aminobutírico) Diminuição Benzodiazepínicos (BNZ) Reduz a atividade do SNC Mais seguros e eficazes Efeitos tóxicos Desenvolvem tolerância Dependência física e psicológica Doses elevadas por um longo período A interrupção abrupta pode levar a: Confusão Ansiedade Agitação Insônia Convulsões Sufixos: zepam ou zolam MayaraKelly Mecanismo de ação Atuam de modo seletivo sob os receptores de GABA tipo A GABAa Potencializam os efeitos do GABA ligando-se a um lugar específico de alta afinidade (distinto do local de ligação do GABA) Aumentam o efluxo de CL- mediado pelo GABA A entrada de Cl– hiperpolariza a célula, tornando mais difícil sua despolarização e, por isso, reduz a excitabilidade neuronal Usos terapêuticos Todos os BNZ são utilizados para as ações que serão citadas, a diferença estará na duração do efeito do medicamento Dependência do tempo de meia vida Redução da ansiedade Doses baixas Efeito hipnótico/ sedativo Doses elevadas Amnesia anterógrada Efeito anticonvulsivante Relaxamento muscular Doses elevadas Fibromialgia Diazepam Ação longa Distúrbios de ansiedade generalizada Tratamento por tempo prolongado Fármaco de escolha no controle do estado epilético Útil no tratamento de distúrbios musculares Lorazepam Ação curta Sedação de paciente em cirurgias curtas Fármaco de escolha no controle do estado epilético Midazolam Ação ultra curta Crises curtas de pânico Pré-medicação para procedimentos desconfortáveis e que provocam ansiedade Endoscopias, procedimentos odontológicos e angioplastia Facilita a amnésia e causa sedação Alprazolam Ação média Transtorno de pânico Clonazepam Ação longa Distúrbios de ansiedade generalizada Tratamento por tempo prolongado Tratamento adjunto contra certos tipos de convulsões Flurazepam Ação longa Utilizado no tratamento da insônia Raramente utilizados devido sua longa meia-vida Sedação excessiva durante o dia Barbitúricos Tratamento da epilepsia Causam morte por depressão cardiorrespiratória Não tem eficácia sobre a ansiedade, mas provocam sedação leve até uma anestesia Mecanismo de ação O local de ação no receptor de GABA é diferente daquele dos benzodiazepínicos Potencializam a ação do GABA na entrada de Cl- no neurônio Podem bloquear os receptores excitatórios glutamato No geral, diminuem a ação neuronal Usos terapêuticos Classificação de acordo com sua duração de ação MayaraKelly Anestésico Anticonvulsivante Hipnoticossedativo Tiopental Ação ultracurta Via IV Induz a anestesia Amplamente substituídos por outros fármacos Uso exclusivo hospitalar Fenobarbital Anticonvulsivante Pode deprimir o desenvolvimento cognitivo em crianças e diminuir o desempenho cognitivo em adultos Usado apenas se outros tratamentos falharem Butabarbital Usado comumente em produtos associados Paracetamol e cafeína Ácido acetilsalicílico e cafeína Sedativo e pré-anestésico Ajuda no manejo de cefaleias por tensão ou enxaquecas Compostos “Z” Zolpidem Maior seletividade Mecanismo diferente dos demais Hipnótico de curta duração Sem atividade sedativa e ansiolítica Menos depressão respiratória Menor risco de dependência Maior custo Efeitos adversos Sonambulismo Crise de ausência Perda de concentração Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly A utilização desses fármacos pode melhorar ou eliminar totalmente os sintomas da depressão moderada a grave Antes do inicio do tratamento deve-se descartar o diagnóstico de transtorno bipolar O uso dos fármacos antidepressivos pode desencadear o aparecimento de mania Melhoram a neurotransmissão serotoninérgica e/ou noradrenérgica Estão presentes na Lista C1 da Portaria SVS/MS 344/98 Depressão Doença psiquiátrica crônica Caracterizada por uma tristeza profunda, recorrente e infindável Reação do indivíduo em lidar com perdas Sintomas principais Tristeza exacerbada Desanimo Desinteresse Irritabilidade Insônia Sentimento de vazio Falta de sentido na vida Esgotamento Dificuldade em demonstrar sentimentos Fisiologia Teoria monoaminérgica da depressão A depressão é consequência de uma menor disponibilidade de aminas biogênicas cerebrais Serotonina, dopamina e noradrenalina Outras teorias Cascatas de sinalização intracelular Modulação da expressão dos genes Participação dos sistemas endócrino e imune Antidepressivos tricíclicos (ADT) Utilizados em outras complicações além da depressão Dor neuropática Enxaqueca TOC Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) Vômitos Insônia Imipramina, amitriptilinam clomipramina, doxepina, trimipramina, nortriptilina Mecanismo de ação Inibem a recaptação de 5-HT e NA pelos neurônios pré-sinápticos MayaraKelly Atuam também como antagonistas de receptores pós-sinápticos H1, 5-HT2A, α1-adrenergico e muscarínicos Efeitos benéficos ou não Usos terapêuticos Depressão moderada e grave Transtorno de pânico Insônia Enxaqueca Dores desconhecidas Dor crônica Efeitos adversos Hipotensão ortostática e postural Xerostomia Visão turva Retenção urinaria Constipação Prejuízo sobre a memoria Inibidores da monoamino- oxidase (IMAO) Fenelzina, selegilina, moclobemida Mecanismo de ação A MAO funciona como “válvula de segurança” Inativando qualquer excesso de neurotransmissor Possui duas isoformas MAO-A: degradação da serotonina (5- HT) e noradrenalina (NA) MAO-B: degradação de benzilaminas e 2-feniletilaminas Os IMAO podem inativar reversivelmente ou irreversivelmente essa enzima Os neurotransmissores se acumulam na fenda sináptica e no neurônio pré- sináptico, facilitando sua captação O uso é limitado Complicadas dietas exigidas durante sua utilização Usos terapêuticos Pacientes que não respondem ou são alérgicos aos ADTs Forte ansiedade Última escolha em vários centros de tratamento Efeitos adversos Interações com fármacos e alimentos Contraindicado o uso com outros antidepressivos Evitar alimentos que contenha tiramina Sonolência Hipotensão Visão turva Xerostomia Constipação Inibidores seletivos da captação de serotonina (ISCS) Fluoxetina, citalopram, escitalopram, fluvoxamina, paroxetina e sertralina Primeira escolha para o tratamento da depressão maior Mais seguros que os IMAO e ADT MayaraKelly Mecanismo de ação Inibem a recaptação de serotonina pelos neurônios pré-sinápticos Aumenta a quantidade de serotonina na fenda sináptica Neurotransmissão serotoninérgica potencializada e prolongada Precisam de 2 semanas para produzir melhora significativa Benefício máximo em até 12 semanas ou mais Usos terapêuticos Depressão TOC Transtorno de pânico Ansiedade generalizada Estresse pós-traumático Ansiedade social Efeitos adversos Cefaleia Sudoração Ansiedade Agitação Efeitos gastrintestinais Fraqueza Cansaço Distúrbios sexuais Alterações da massa corporal Distúrbios do sono Inibidores da captação de serotonina e norepinefrina (ICSN) Venlafaxina, desvenlafaxina, levomilnaciprana, duloxetina Tratamento da depressão em pacientes que não responderam aos ISCSs Podem causar síndrome de interrupção Usos terapêuticos Depressão seguida de dores Dor lombar Dor muscular Dor associada a neuropatia diabética periférica Fibromialgia Venlafaxina e desvenlafaxina Potentes inibidores da captação de serotonina Em dosagens altas: inibem a captação de norepinefrina A desvenlafaxinaé o metabólito ativo, desmetilado da venlafaxina Efeitos adversos Náuseas Cefaleias Disfunções sexuais Tonturas Insônia Sedação Constipação Referências: Slides e anotações da aula Whalen, Karen. Farmacologia Ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016 MayaraKelly Presentes na Lista C1 da Portaria SVS/MS 344/98 Exceção dos barbitúricos e benzodiazepínicos utilizados Epilepsia É uma enfermidade crônica causada por episódios convulsivos recorrentes Descarga de um grande número de neurônios Pode originar-se de uma lesão cerebral Parciais: inicia-se e permanece localmente Generalizadas: atividade elétrica anômala em ambos os hemisférios cerebrais Fisiologia Amplificação do sinal pelo sistema glutamatergico Incapacidade do sistema GABAérgico em regular a ativação dos receptores e impedir a origem e propagação das descargas Ansiolíticos Clonazepam, diazepam, lorazepam e fenobarbital Carbamazepina e oxcarbamazepina Convulsões tônico-clônicas e crises parciais Bloqueio dos canais de Na+ sensíveis a voltagem Efeitos adversos Sonolência Vertigem Ataxia Diplopia Visão turva Redução da concentração plasmática de Na+ Fenitoína Inativação dos canais de Na+ dependete de voltagem Crises parciais e convulsões tônico- clônicas, mas não em crises de ausência Efeitos adversos Pacientes idosos Arritmias cardíacas Hipotensão Pacientes jovens com uso crônico Alterações comportamentais Aumento da frequência das crises convulsivas Transtornos gastrintestinais Hiperplasia gengival Anemia megaloblástica Ácido Valproico Mais utilizado Amplo espectro em todos os tipos de convulsões Mecanismo de ação Inativação dos canais de Na+ dependentes de voltagem Redução das correntes de Ca2+ tipo T Alterações no metabolismo do GABA Aumenta a síntese e diminui a degradação Efeitos adversos Desconfortos gastrintestinais Elevação nas transaminases hepáticas MayaraKelly Gabetina e pregabalina Acentuação GABAérgica Inibição glutamatergica Inibem os canais de Na+ dependentes de voltagem Crises parciais Referências: Slides e anotações da aula MayaraKelly Atuam nas psicoses Inibidores dos sintomas agudos responsáveis pela agitação e hostilidade do paciente Estão presentes na Lista C1 da Portaria SVS/MS 344/98 Podem ser típicos ou atípicos Redução dos sintomas positivos Psicose Correspondem a um distúrbio mental relacionado com um senso distorcido da realidade Transtornos psicóticos mais comuns: Transtorno bipolar Psicose induzida por substâncias Esquizofrenia Excesso de neurotransmissores, principalmente de dopamina Típicos Antagonistas dos receptores dopaminérgicos D2 e dos receptores serotoninérgicos 5HT2A Age principalmente nos sintomas positivos Tioridazina, haloperidol, levomepromazina, clorpromazina, flufenazina Efeitos adversos Síndrome extrapiramidal Movimentos involuntários Distonia aguda Parkinsonismo medicamentoso Perda de força Acatisia Discinesia tardia Síndrome Neuroléptica Maligna Bloqueio adrenérgico Amplificação do sistema parassimpático Hipotensão postural Disfunção sexual Xerostomia Convulsões Sedação Inibição do eixo gonadal Atípicos Antagonistas de dopamina e de serotonina Diminuição dos sintomas extrapiramidais Melhor eficácia nos efeitos negativos Eficazes em pacientes que não respondem aos típicos Risperidona, quetiapina, olanzapina, ziprasidona, aripiprazol, clozapina Última escolha Muitos efeitos colaterais Benefícios totais de 4 semanas a 6 meses Efeitos adversos Agranulocitose Discrasias sanguíneas Resistência à insulina Desidratação Ganho de peso Estabilizadores de humor Transtornos de humor bipolar Oscilação entre humor depressivo e mania Há carência de fármacos específicos para a terapêutica Lítio Baixo índice terapêutico MayaraKelly Envolve vários efeitos diretamente relacionados com a neurotransmissão Inibição da liberação de NA e DA, principalmente Deve ser devidamente monitorado O uso crônico pode levar ao acúmulo de do metal no organismo Reações adversas Tremor Ganho de peso Edema Poliura Náuseas Intestino solto Hipotireoidismo Efeito clínico é observado após 5 a 6 dias do início do tratamento Referências: Slides e anotações da aula MayaraKelly Perda irreversível de neurônios Doença de Parkinson e Doença de Alzheimer Doença de Parkinson Perda de neurônios dopaminérgicos Presença de inclusões intracelulares Fisiologia Redução da ativação dos receptores pós sinápticos de dopamina e acetilcolina Primeira linha de tratamento: recuperação da atividade dopaminérgica e redução da transmissão colinérgica Levodopa Percursor metabólico imediato da dopamina Quando administrado isoladamente, apenas 1% a 3% do fármaco chega ao local de ação Coadministração de um inibidor de enzimas para a redução necessária da dose Reações adversas Anorexia Náuseas Vômitos Arritmias cardíacas Discinesias Agonistas dos receptores de dopamina Ropinirol e pramipexol Ativação dos receptores de dopamina (D2 e D3) Duração maior do que a levodopa Reações adversas Alucinações Náuseas Hipotensão ortostática Fadiga Sonolência Anticolinérgicos Terapia coadjuvante Triexifenidil, benzitropina e difenidramina Efeito anti parkinsoniano modesto Estágios iniciais da doença Reações adversas Retenção urinária Xerostomia Constipação Visão turva Doença de Alzheimer Desordem neuronal degenerativa multifatorial Progressiva perda da capacidade mental, comportamental, funcional e da capacidade de aprendizado Diminuição da síntese de acetilcolina e perda de receptores nicotínicos Comprometimento da transmissão colinérgica O objetivo principal da farmacoterapia é atenuar os sintomas Acentuação da neurotransmissão colinérgica Inibição das colinesterases nas fendas sinápticas Aumento da concentração de acetilcolina extracelular Anticolinesterásicos Donepezila, rivastigmina, galantamina, tacrina Todos os anticolinesterasicos utilizados melhoram a cognição, comportamento e a funcionalidade Utilizados em pacientes com a doença em estado leve a moderado Reações adversas Desconforto gastrointestinal MayaraKelly Câimbras musculares Bradicardia Referências: Slides e anotações da aula