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MODIFICAÇÕES LOCAIS DO ORGANISMO MATERNO

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MODIFICAÇÕES LOCAIS DO ORGANISMO MATERNO 
Modificações Sistêmicas ou Gerais: atingem diversos aparelhos do organismo. 
Modificações Locais: Acometem o aparelho genital, especialmente o útero. Afinal, tudo se desenvolve e se 
multiplica no útero. 
ÚTERO 
 
Dividido em corpo, colo, vagina e anexos 
CONSISTÊNCIA 
Embebição gravídica amolece o útero como um todo 
VOLUME 
• Não gravídico→ capacidade de 10 ml, comprimento de 7 cm, largura de 4,5 cm e espessura de 2,5 cm 
• Gravídico→ capacidade de 5.000 até 10.000 ml (acúmulo de líquido, mioma, gravidez múltipla) 
Aumenta porque ocorre hipertrofia muscular da parede uterina e na segunda metade da gravidez ocorre uma 
redução da espessura da parede por estiramento 
O estiramento do Ligamento Redondo causa as cólicas no início da gravidez 
ESTRUTURA 
Possui 3 camadas: 
- Endométrio: quando a mulher não é fecundada, o endométrico descama. Quando a mulher engravida, é for-
mada a túnica mucosa. 
- Miométrio: parte muscular. 
- Perimétrio: revestimento externo. 
 
Média (Miométrio/Túnica Muscular) 
Ocorre estiramento, hipertrofia e hiperplasia das fibras musculares (longitudinais e paralelas) e aumento ge-
neralizado do tecido conjuntivo nessa camada muscular 
Fibras miometriais são longitudinais no fundo e corpo do útero, já no istmo e colo são paralelas 
 
 
 
 
 
Incisão da Cesária: no istmo (cesárea segmentar transversa) já que as fibras e a vascularização são paralelas e 
tem afrouxamento do peritônio→ menos sangramento. Às vezes se faz longitudinalmente, se for gestação pre-
coce (< 26-27 semanas), pois o istmo é muito pequeno, tendo de fazer sempre dessa maneira. Uma vez feita 
incisão longitudinal, vai ter que fazer longitudinal sempre. 
 
A incisão de pele não tem a ver com a incisão do útero. 
 
Interna (Endométrio/Túnica Mucosa) 
• Reação decidual 
• Decídua basal: nidação ovular 
• Decídua capsular: ao redor do ovo 
• Decídua parietal: restante da cavidade uterina 
Por volta da 10ª semana de gestação, a decídua capsular e a parietal se juntam ao trofoblasto dando origem ao 
cório 
 
Externa (Perimétrio/Túnica Serosa) 
Peritônio Visceral 
Peso 
70g (não gravídico) até 1100g (gravídico) 
 
FORMA 
• Não gravídico: piriforme e intrapélvico (não conseguimos palpar o útero, ao palpar o abdome) 
• Sinal de Piskacek: assimetria inicial no fundo uterino indicando onde ocorreu a implantação (com o 
exame de toque vaginal se vê essa assimetria) 
• Sinal Noble-Budin: preenchimento dos fundos de sacos laterais por crescimento do útero 
 
 
Até 12ª semana, cresce em todas as direções de forma globosa, até parada por isquemia, preenchendo fundos 
de sacos laterais (por consistência uterina) 
A partir da 20ª semana, ocorre a conversão uterina de globoso para cilíndrico, melhorando o fluxo sanguíneo 
e o crescimento fetal 
Após a conversão, ocorre um crescimento longitudinal e desenvolvimento região ístmica→ manutenção da 
parte mais baixa concepto→ bebê em apresentação fetal (a formação da região ístmica é onde o bebê encaixa) 
• Apresentação Cefálica: cabeça para pelve 
• Apresentação Pélvica: pelve para pelve 
Trabalho de parto: esvaecimento cervical (afinamento do cérvice – para dilatar) e formação do canal de parto 
POSIÇÃO 
Não gravídico: ante-verso-flexão intrapélvico 
Sinal de Hegar: amolecimento da região ístmica (posterior ao colo) na fase inicial da gestação 
 
Durante seu crescimento, o útero sofre dextrorrotação por conta do colón sigmoide fixo do lado esquerdo 
acarreta (o útero fica mais tombado pra direita): 
• Compressão do ureter a nível da linha inominada, causando estase urinária (hidronefrose leve fisiológica 
a direita) 
• Hipotensão supina por conta de compressão de Artéria Aorta Abdominal e Veia Cava Inferior (VCI) 
OBS: a partir de certa semana, é melhor a gestante dormir do lado esquerdo→ cólon sigmoide faz o útero 
“tombar” para o lado direito e comprime o ureter causando a compressão de grandes vasos (aorta e veia cava) 
→ hipotensão supina) 
Sempre por a gestante de barriga para cima para aferiar a PA. NUNCA aferir em decúbito lateral esquerdo 
porque essa posição diminui a PA. 
!! Sinais→ 3 principais para fazer diagnóstico de gestação 
 
Até 32-34 semanas, é comum ter a altura do útero compatível com o tempo de gestação. Ao longo dessas 
semanas, deve-se esperar que seja compatível, porém se não for sugere problemas→ oligodrâmnio, morte do 
bebê ou restrição de crescimento (menor) ou polidrâmnio, gestação gemelar ou macrossomia do bebê (maior) 
Altura uterina: da ponta da sínfise púbica até o fundo uterino; 
Acima da cicatriz umbilical → mais que 5 meses 
Se a paciente for obesa pode prejudicar na palpação do útero 
Marcha anserina, pois com a mudança na curvatura da coluna muda o 
eixo de equilíbrio fazendo com que haja uma alteração no andar 
COLORAÇÃO 
Tom vinhoso devido ao intenso fluxo sanguíneo para a região 
VASCULARIZAÇÃO 
• Fluxo sanguíneo de 50 ml/min para 500 ml/min 
• Região ístmica, vasos uterinos paralelos às fibras miometriais 
COLO 
COLORAÇÃO 
Sinal de Goodell: arroxeada e consistência amolecida 
Hiperplasia glandular e eversões de mucosa endocervical→ ectopias (“feridas no colo do útero”; não precisa 
de colposcopia, só acompanhar com exame especular e, se tiver muito acentuada, evitar relação sexual porque 
pode sangrar) 
Rolha Schroeder: hipertrofia glandular com secreção de muco espesso→ paciente se queixa que está sempre 
“molhada” (eliminada a partir de 35-37 semanas) 
POSIÇÃO 
Normalmente é posteriorizado e alongado 
Quando vai chegando a hora do parto, vai anteriorizando e encurtando 
Dilatação do colo ocorre por fatores mecânicos e colagenólise (prostaglandinas – por isso é importante tratar 
as vaginoses e as infecções urinárias, para evitar o trabalho de parto prematuro) 
Incompetência istmocervical: encurtamento desde o início da gravidez → colo abre → aborto (indicar circla-
gem) 
OVÁRIOS 
Aumento da vascularização, maturação do corpo lúteo na fase inicial (mantém a gestação até a 12-14ª semana) 
Muito comum no US, achar um cisto no ovário que seria o corpo lúteo maturado → NORMAL. Corpo lúteo 
mantém a gestação enquanto a placenta não se forma. 
Se o corpo lúteo não se maturar adequadamente não tem progesterona o suficiente para manter a gravidez tendo 
mais risco de abortamento → Insuficiência do Corpo Lúteo 
OVIDUTOS/TROMPAS/TUBAS 
Aumento da vascularização, aumento das fímbrias e hipertrofia do ligamento redondo (para seguir o cresci-
mento uterino) 
OBS: gravidez ectópica pode acometer tanto trompas, quanto ovários 
VAGINA 
Hipertrofia da musculatura lisa e afrouxamento do tecido conjuntivo (tem que ficar muito mais elástica), au-
mentando as paredes e tendo perda da rugosidade→ lisa e elástica (pouco tecido conjuntivo) para o bebê passar 
pelo canal vaginal 
Sinal de Kluge: mudança de tonalidade para arroxeado devido ao aumento da vascularização 
Sinal de Osiander: percepção ao toque da pulsação da artéria vaginal 
O fluxo de secreção vaginal aumentado gerará a reprodução dos Bacilos de Doderlein aumentando a glicoge-
nólise e o ácido lático causando o aumento da acidez vaginal (aumenta propensão à candidíase) 
Uso de calcinhas de algodão, evitar roupas justas e dormir sem calcinha para facilitar a ventilação e melhorar 
essa produção 
Corrimento DEVE ser tratado, se não for tratado pode aumentar as prostaglandinas por ser um processo infec-
cioso e gerar um trabalho de parto prematuro 
VULVA 
• Hipertrofia, podendo deixar os pequenos lábios entreabertos 
• Sinal de Jacquemier: tom violáceo da mucosa vulvar por conta do aumento da vascularização 
• Região externa: hiperpigmentação até o períneo, ficando mais escurecida (não confundir com dermatite 
urêmica) 
MAMAS 
Hipersensibilidade Mamária→ diminui até a 10ª semana (por causa do aumento da progesterona, um dos pri-
meiros sinais que as mulheres percebem)Hipertrofia do Tecido Alveolar→ para que a mama cresça 
Rede Venosa de Haller: aumento da vascularização 
Para conseguir aumentar as estruturas deve-se ter o aumento da vascularização 
 
MAMILO 
• Aumento do volume e pigmentação da 
aréola primária 
• Sinal de Hunter: aparecimento da aré-
ola externa (sombra ao redor da aréola origi-
nal) 
• Orientar a mãe na hora da lactação para 
o bebê ter a pega ao redor da aréola para que não fique só no mamilo e gere 
feridas. 
• Orientar a mulher a tomar sol na mama; pós amamentação passar o próprio leite para proteger de feridas. 
Orientar a passar uma buchinha vegetal e tomar sol nos mamilos, antes do parto. 
• Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas da aréola ficam 
hipertróficas e salientes 
• Secreção mamária incolor a partir da 20ª semana→ colostro 
• Orientar a paciente a não ficar apertando a mama estimulando, pois 
pode aumentar os níveis de ocitocina (estimula aleitamento e também esti-
mula o trabalho de parto) podendo levar a um trabalho de parto prematuro. 
• Aparecimento de estrias avermelhadas pelo aumento da vasculari-
zação do tecido conjuntivo subdérmico 
• As estrias não somem, mas elas mudam de coloração vindo do ver-
melho para uma coloração mais esbranquiçada 
 
OBS: gestante que está amamento filho de gravidez anterior → orientar a suspender a amamentação. 
OBS: a maioria dos sinais que surgem na gravidez somem, exceto as estrias

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