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Apostila de obstetrícia

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Obstetrícia
Thaís H. Ambrósio
Medicina
Apostila
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
1 
 
........................................................................................................................................................................... 3 
 ............................................................................................................................................................ 5 
 ...................................................................................................................................... 7 
 .................................................................................................................................................................. 11 
 ............................................................................................................................................................................... 15 
 ............................................................................................................................................................. 16 
 ............................................................................................................................................................. 20 
 .................................................................................................................................................. 23 
 ................................................................................................................................................... 30 
 ........................................................................................................................................................... 33 
 ....................................................................................................................................................................... 35 
 ........................................................................................................................................................... 39 
 ............................................................................................................................................... 42 
 ................................................................................................................................................... 45 
 ............................................................................................................................................... 48 
 ............................................................................................................................................................ 51 
 .............................................................................................................................................................. 54 
 ........................................................................................................................................................................... 57 
 ................................................................................................................................................................. 63 
 ..................................................................................................................................... 68 
 ..................................................................................................................................................................... 73 
 ........................................................................................................................................... 79 
 ...................................................................................................................................................... 84 
 .............................................................................................................................................................. 86 
 ................................................................................................................................................................. 89 
 ................................................................................................................................................................ 92 
 .......................................................................................................................................................... 97 
 .............................................................................................................................. 100 
 ........................................................................................................................................................ 105 
 ............................................................................................................................................................ 108 
 ............................................................................................................................................................ 111 
 ................................................................................................................................................................... 117 
 ................................................................................................................................ 120 
 ............................................................................................................................................... 123 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
2 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
3 
 
 
Podem ser divididas em modificações sistêmicas ou 
gerais, que atingem diversos aparelhos ou locais, 
quando acomete o aparelho genital, especialmente o 
útero. 
 
ÚTERO 
Com a embebição gravídica o útero passa de uma 
consistência firme para uma mais amolecida. 
O volume não-gravídico tem capacidade de 10ml, 
comprimento de 7cm, largura de 4,5cm e espessura 
de 2,5cm. Já o gravídico tem capacidade de 5000ml 
até 10000ml, em uma gravidez gemelar, por exemplo. 
Para o aumento de volume há hipertrofia muscular 
da parede uterina. Na segunda metade da gestação há 
redução da espessura da parede por estiramento. 
 
- Endométrio é preparado para receber o embrião. 
 . Decídua basal: nidação ovular 
 . Decídua capsular: ao redor do ovo 
 . Decídua parietal: restante da cavidade uterina 
Por volta da décima semana a capsular e parietal se 
juntam ao trofoblasto para dar origem ao cório. 
- Miométrio: estiramento, hipertrofia e hiperplasia 
das fibras musculares miometriais e aumento do 
tecido conjuntivo. 
As fibras musculares são distribuídas da seguinte 
maneira: 
 
Longitudinais no fundo e corpo e paralelas no istmo. 
A incisão na cesariana é feita nas fibras paralelas. 
Com exceções, deve ser feita cesariana corporal. 
Nesse caso, todas as cesarianas seguintes devem ser 
feitas longitudinalmente. 
- Perimétrio: peritônio visceral. 
 
O útero não gravídico pesa cerca de 70g e o 
gravídico pode chegar até 1,1kg. A forma do não 
gravídico é piriforme e intra-pélvico. 
A assimetria inicial que pode indicar gestação é o 
sinal de piskacek, quando eu sinto uma assimetria na 
palpação do fundo uterino. 
Até a 12º semana, o útero cresce em todas as 
direções, de forma globosa, até parada por isquemia, 
preenchendo fundos de saco laterais (sinal noble-
Budin). 
A partir da 20º sem: conversão uterina de globoso 
para cilíndrico, melhora o fluxo sanguíneo e 
crescimento fetal.Após conversão, há crescimento longitudinal, 
desenvolvimento da região ístmica (manutenção 
parte mais baixa concepto) para apresentação fetal. 
No trabalho de parto há esvaecimento cervical e 
formação do canal de parto. 
 
A posição do útero não gravídico é em sua maioria 
em anteversoflexão intrapélvico. Na gestação, com o 
amolecimento da região ístmica na fase inicial (sinal 
hegar), há dextrorrotação: compressão do ureter a 
nível da linha inominada, podendo causar estase 
urinária. Além disso, pode haver compressão de 
grandes vasos, como a. aorta e v. cava inferior 
(hipotensão supina). 
Por isso, é comum em gestante a hidronefrose à 
direita. 
A paciente deitada para o lado E melhora a 
circulação e abaixa a pressão. É a posição mais 
confortável. 
 
 
Com a evolução da 
gestação, a altura 
uterina muda, dando 
sinais de várias coisas 
que acontecem na 
gestação, como o tempo 
de gestação e 
crescimento fetal. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
4 
 
Por isso, o exame físico é fundamental. A 
mensuração é feita da ponta da sínfise púbica até o 
fundo uterino. 
 
A coloração é de um tom vinhoso, por causa do 
intenso afluxo de sangue. A vascularização vai de um 
fluxo de 50ml/min para 500ml/min. 
Na região ístmica os vasos uterinos são paralelos às 
fibras miometriais. 
 
COLO UTERINO 
- Coloração: arroxeada e consistência amolecida 
(sinal de goodell) 
- Hiperplasia glandular e eversões de mucosa 
endocervical →ectopias – podem causar sangramento 
durante relações sexuais). 
- Hipertrofia glandular com secreção muco espesso 
→rolha Schroeder. 
 
- Posição: posteriorizado e alongado, com 
anteriorização e encurtamento ao final da prenhez. 
Há dilatação por fatores mecânicos e colagenólise → 
prostaglandinas. Lembre-se de que infecções também 
liberam prostaglandinas, o que pode causar um 
trabalho de parto prematuro se não tratadas. 
 
OVÁRIOS E OVIDUTOS (tubas) 
- Ovários: aumento da vascularização, maturação do 
corpo lúteo na fase inicial, mantendo a gestação 
enquanto a placenta ainda não está formada. 
- Ovidutos: aumento da vascularização, aumento das 
fímbrias e hipertrofia do ligamento redondo. 
 
VAGINA 
Hipertrofia da musculatura lisa e afrouxamento do 
tecido conjuntivo (paredes aumentadas e perda da 
rugosidade). 
Há aumento da vascularização: mudança da 
tonalidade para arroxeado (sinal de Kluge), percepção 
ao toque da pulsação da artéria vaginal (sinal 
osiander). 
 
Aumento do fluxo da secreção vaginal, reprodução 
de bacilos doderlein → glicogenólise → ácido láctico, 
aumento da acidez vaginal. 
Por esse motivo, gestantes são mais propensas à 
candidíase. 
 
VULVA 
- Hipertrofia: podendo manter pequenos lábios 
entreabertos. 
- Aumento da vascularização: tom violáceo da 
mucosa vulvar (sinal de jacquemier) 
- Região externa: hiperpigmentação até o períneo, 
ficando mais escurecida, voltando à coloração normal 
ao final da gestação. 
 
MAMAS 
- Hipersensibilidade mamária: diminui até a décima 
semana. 
- Hipertrofia do tecido alveolar: crescimento. 
- Aumento da vascularização: rede venosa de Haller. 
 
Mamilo 
Aumento do volume e pigmentação areolar primária 
e aparecimento da aréola externa (sinal de Hunter). 
Glândulas sebáceas da aréola ficam hipertróficas e 
salientes, são os tubérculos de Montgomery. 
 
O colostro, secreção mamária incolor, pode sair a 
partir da 20º semana. É importante orientar a 
gestante a não ficar apertando a mama para ver se sai 
colostro, pois libera ocitocina e pode acelerar o 
trabalho de parto. 
Há aparecimento de estrias avermelhadas pelo 
aumento da vascularização do tecido conjuntivo 
subdérmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
5 
 
 
É baseado na história da paciente, no exame físico e 
nos testes de laboratório. A queixa mais comum é 
mastalgia e amenorreia. Nesse caso, a primeira 
suspeita do médico deve ser gestação. 
 
DIVISÃO DA GESTAÇÃO 
- Duração: 10 meses lunares e 9 meses completos. 
- Há exames específicos de cada trimestre. 
 
I trimestre: até 12 semanas. 
- Organogênese 
- Fase da hiperplasia fetal 
 
II trimestre: 12-28 semanas. 
- A formação é terminada com 20 semanas. Após 
isso, há uma fase de hipertrofia, ou seja, ele cresce e 
se desenvolve. 
 
III trimestre: 28-40 semanas. 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
- Sinais de presunção 
- Sinais de probabilidade (mãe): o betaHCG aumenta 
a melanina, o que escurece algumas áreas, como a 
linha nigra e a aréola. 
- Sinais de certeza (feto): consigo palpar o feto. 
 
Sinais de presunção 
4 semanas: amenorreia. 
5 semanas: náusea, vômito, fadiga, sonolência. 
6 semanas: polaciúria. 
 
- Modificações mamárias 
 . 8 semanas: aumento dos tubérculos de 
Montgomery para proteção do mamilo. 
 . 16 semanas: rede venosa de Haller. 
 . 20 semanas: sinal de Hunter 
 
- Transformação cutânea 
 . Linha nigra 
 . Cloasma 
 . Estrias (passar hidratante com ureia) 
 
- Intolerância a odores 
- Sialorreia 
- Constipação 
- Mastalgia 
- Alterações psíquicas: compulsão alimentar e 
hipersensibilidade, com rápida alteração de humor. 
Obs.: pode haver piora da anemia, pois ocorre 
hemodiluição. O plasma aumenta sem aumentar a 
massa eritrocitária. Isso explica compulsões 
alimentares ou desejos peculiares, como comer tijolo. 
O pré-natal deve ser uma avaliação constante de 
risco. 
 
Sinais de probabilidade 
- Aumento do volume uterino: volume abdominal 
(10-20sem) 
 . 12 semanas: borda superior da sínfise púbica 
 . 15 semanas: útero sobre o pube 
 . 20 semanas: umbigo. 
 . Até 34 semanas geralmente a altura uterina 
corresponde à idade gestacional. 
 . A altura uterina (AU) é medida desde a borda 
superior da pube até o fundo do útero 
- Delineação física do feto 
- Contração de Braxton-Hicks (a partir de 28 sem) 
- Sinal de Hegar: amolecimento do istmo (6-8 
semanas) 
 
- Sinal de Piscacek: amolecimento e abaulamento do 
fundo uterino, no lado em que há 
a implantação embrionária. 
- Sinal de Nobile-Budin: 
ocupação do fundo de saco lateral. 
 
- Sinal de Osiander: pulso em 
fundo vaginal (a. vaginal). 
 
- Sinal de Jacquemier ou Chewick: coloração violácea 
na vulva (6-8 semanas). 
- Sinal de Kluge: coloração violácea da vagina. 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
6 
 
Sinais de certeza 
- Percepção do batimento cardíaco fetal 
 . Estetoscópio de Pinard: não usado. 
 . Sonar-Doppler (11 sem) 
 . USG transvaginal (5-6 sem) 
 
- Sinal de Puzzos (14 semanas) 
 . Rechaço fetal 
 
- Percepção dos movimentos 
fetais (18-20 semanas) 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
- Hormonal 
- USG 
 
Gonadotrofina coriônica (hCG) 
- Hormônio glicoproteico dosado pela urina e 
sangue. 
- Produzido pelo sinciciotrofoblasto 
- Exclusivo da gestação, por isso nos dá confirmação. 
- Estrutura semelhante ao FSH, TSH e LH. 
- Formado por 2 cadeias: alfa e befa (específica) 
 
Nidação: a única estrutura capaz de nidar é o 
blastocisto. O processo ocorrem em 1 semana. 
O trofoblasto invade o útero e é dividido em 
citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Este, produz 
HCG. O betaHCG mantém o corpo lúteo. 
A gestação, então, é mantida pelo estrogenio e 
progeterona até a formação da placenta. 
O bHCG é duplicado a cada 48h para manter o corpo 
lúteo. 
 
O pico de hCG é na 10° semana. 
No sangue é detectável 7 dias após a concepção e 
desaparece 
 
15 semanas: formaçãoda placenta mantem a 
gestação pela produção de E2 e P4. A concentração de 
hCG entra em um platô e, normalmente, o corpo 
lúteo regride. 
 
Para mulheres com atraso menstrual maior que 16 
semanas, que já saibam estar grávidas, o teste 
laboratorial é dispensável. 
 
- Teste imunológico URINA 
 . Prova da inibição da hemaglutinação (teste do 
tubo) 
 . Leitura em 2h, alta sensibilidade, interpretação 
raramente duvidosa. 
 . Precisão de 90-98% quando atraso menstrual 
importante. 
 . Prova da inibição da aglutinação do Late (teste da 
lâmina) 
 . Leitura rápida, sensibilidade menor, 
interpretação duvidosa 
 . Precisão de 90-98% quando atraso menstrual 
ultrapassa 10-14 dias. 
Esses testes de urina apresentam alta ocorrência de 
falsos positivos (psicotrópicos, proteinúria e 
climatério) e falsos negativos (1°-2°sem de atraso 
menstrual; ocasionalmente no 2° trimestre). 
Os testes caseiros de farmácia apresentam precisão 
de 10%. 
 
- Teste imunológico SANGUE 
 . Mais específico e sensível 
 . Dosa-se a subunidade beta do hCG 
 . Diagnóstico mais eficaz e precoce da gestação 
 . Pode ser positivo com 10 dias após fecundação (4 
dias antes do atraso menstrual). 
Fase qualitativa diz sim ou não e quantitativo dosa a 
quantidade de hCG, mas serve mais para eu saber se é 
uma gravidez ectópica. 
 
- USTV 
 . 4sem: saco gestacional 
 . 5-6sem: consigo ver o embrião. 
 . 6-7sem: batimento cardíaco fetal (BCF) 
 
- USG 
 . Apresenta atraso de 1 semana quando comparado 
ao USTV. 
CCN: comprimento 
crânio-nádega. 
Medido com 12sem. 
13sem: diâmetro 
biparietal (DBP), 
diâmetro 
occiptofrontal e circunferência craniana. Com isso, eu 
sei o peso do bebê. 
Contudo, há um erro do software. Se eu fizer USG 
até 12 sem o erro é de 3 dias, entre 12-20sem o erro é 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
7 
 
de 1sem. Por isso, datar a gestação deve ser um 
procedimento feito no início dela. 
Portanto, o USTV serve para: 
- Avaliar idade gestacional corretamente 
- Avaliar gestação ectópica e malformações uterinas 
- Avaliar gestações anembrionárias, IIC 
- Detectar precocemente gestações múltiplas 
- Verificar a localização placentária 
A USG precoce, além de confirmar o diagnóstico, 
fornece informações sobre o futuro e a viabilidade da 
gestação atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES DO TEGUMENTO 
 
Na pele podemos ter estrias 
no abdome, nas mamas e coxa. 
Durante a gravidez elas são 
avermelhadas e no pós-parto 
nacaradas. 
Além disso, podo ocorrer a 
diástase de reto por causa do aumento da tensão 
abdominal. Pode haver prurido. 
O aumento da pigmentação é outra característica 
marcante. Na face e pescoço pode aparecer Melasma 
ou cloasma gravídico. Em 75% das 
vezes desaparece em até 1 ano 
pós-parto. 
A linha alba (nigra) costuma ficar mais evidente. 
As causas prováveis da alteração de pigmentação 
estão relacionadas ao aumento do hormônio 
estimulante de melanócitos, estrógenos e 
progesterona. 
Devido ao aumento de vascularização, pode 
aparecer nevo, telangiectasia, angiomas do 2°-5° mês. 
O eritema palmar ocorre em 66% nas brancas e 33% 
em negras. Desaparece após a gestação, 90% até o 3° 
mês. Tudo isso devida ação hiperestrogênica. 
Os cabelos se tornam mais grossos, sedosos e 
brilhantes, havendo um eflúvio telógeno pós-parto. 
As unhas crescem rapidamente e estão sujeitas à 
distrofia. 
 
ALTERAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS 
 
Coluna 
- Lordose progressiva: desvio do eixo 
de gravidade para trás, tornando a 
marcha anserina. 
- Aumento da mobilidade sacroilíaca e 
púbica. 
- Cifose compensatória: dor, fraqueza, 
parestesia de MMSS; queda da cintura 
escapular por tração do nervo ulnar e mediano. 
 
Ligamentos 
Frouxidão ligamentar (progesterona). 
Não pode usar salto alto! 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
8 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
 
Gestação normal 
- Anabolismo facilitado (1° e 2° trimestre) 
 . Glicogênese 
 . Lipogênese 
 . Estrógeno e progesterona 
Há um armazenamento de energia devido menor 
necessidade fetal. 
- Catabolismo (3° trimestre) 
 . Glicogenólise 
 . Lipólise 
 . Neoglicogênese 
 . Hormônios contra insulínicos placentários (24°-
28°sem): HPL, cortisol, glucagon, estrógeno e 
progesterona. 
Há mobilização dos estoques de energia devido 
maior necessidade fetal (crescimento). 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 
 
- Iniciam-se na 4° semana de gestação 
- Pico na 28°-34° semanas 
- Platô 
O volume sanguíneo apresenta aumento de 50%, 
com o objetivo de atender a demanda uterina, 
diminuir os efeitos da queda no retorno venoso 
(hipotensão supina e ereta) e diminuir os efeitos da 
perda sanguínea no parto (cerca de 500ml no parto 
normal e 1000ml na cesárea). 
- Aumento do plasma 940-50%) 
- Aumento de eritrócitos (38%): aumento da 
eritropoietina após a 20°. 
O hematócrito 
diminui, causando 
queda na viscosidade 
sanguínea (de 38-45% 
para 34%), o que 
facilita a perfusão placentária e diminui o trabalho 
cardíaco. 
 
Estoques e necessidade 
Conteúdo de ferro organismo feminino: 2 - 2,5g 
(maior parte em hemoglobina e mioglobina). Estoques 
de ferro: aproximadamente 300mg. 
Há maior mobilização do estoque após a 20° 
semana. A transferência placentária de ferro pela 
placenta ocorre mesmo em deficiência materna 
severa, ou seja, a produção de células vermelhas 
fetais dificilmente é afetada. 
Por isso, a suplementação é necessária na segunda 
metade para que não haja queda nas concentrações 
de estoques de ferro e ferritina. 
Leucócitos 
- Leucócitos: 5000-16000/mm3 
- Pós-parto: até 25000/mm3 
Causas prováveis: estimulação da suprarrenal devido 
estresse e retorno da circulação dos leucócitos 
removidos. 
 
Fatores de coagulação 
→ Aumento: 
- Fatores de coagulação (exceto XI e XIII). 
- Aumento fibrinogênio (300 a 600 mg/dL). 
- Aumento capacidade neutralização heparina. 
- Aumento D-dímero (até 50%). 
Componentes do sistema anticoagulante plasmático 
natural: 
- Diminuição da proteína S 
- Resistência da proteína C 
Além disso, a placenta diminui a capacidade 
fibrinolítica. Os fatores de coagulação normalizam 
após 45 dias de puerpério. 
 
D-dímero 
- Produto da degradação da fibrina 
- Valor normal: < 500ng/ml (FEU – unidades 
equivalentes fibrina) 
- Aumentado nas seguintes condições: 
 . Gravidez (aumento 50%) 
 . Tromboembolismo pulmonar 
 . Trombose venosa profunda 
 . Coagulação intravascular disseminada (CIVD) 
 . Covid-19 (valor prognóstico) 
 
Plaquetas 
- Diminuição: hemodiluição, CIV leito placentário, 
queda por causa do aumento do consumo. 
- Aumento do tamanho das plaquetas 
- Plaquetopenia: 10% das gestantes apresentam 
plaquetas entre 100000 e 150000 sem repercussão 
clínica. 
 
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS E 
CARDIOVASCULARES 
 
Coração 
- Aumento do pulso de 15-20bpm 
- Rotação para a E e para cima: no RX vejo aumento 
da área cardíaca. 
- Não altera o ECG 
- Sopro sistólico (90%) 
 
Circulação 
Débito cardíaco (DC): 
- Aumento até 50% (vasodilatação). 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
9 
 
- DC em DLE maior que em DDH. 
- Aumento do DC no trabalho de parto (TP) devido 
os puxos e as contrações. 
- Retorna ao basal após o parto. 
Compensação: 
- Vasodilatação (maior complacência arterial, shunt 
placentário). 
- A pressão arterial diminuina gestação. 
Há estagnação do fluxo pela compressão das vv 
pélvicas e v cava inferior pelo útero gravídico. 
A diminuição do fluxo e o aumento da pressão 
venosa podem causar edema de MMII, vv varicosas 
nas pernas e vulva e hemorroida. Nesse caso 
podemos prescrever uma meia elástica de baixa-
média compressão, vestindo-a pela manhã em 
decúbito. 
 
Note que o aumento da FC é precoce. 
 
O DC já aumenta no início atingindo um platô. 
 
Note que a PA cai durante a gestação, 
principalmente em decúbito lateral. 
 
 
Hipotensão supina 
Estase → Diminuição do RV → Diminuição pré-carga 
→ Diminuição da FC → Reflexo vagal → LIPITÍMIA. 
Na lipotimia o paciente se sente prestes a desmaiar, 
mas não chega à perda de consciência. 
- A metildopa comumente faz hipotensão postural. 
Deve-se alertar a paciente sobre a tontura. 
 
ALTERAÇÕES RESPIRATÓTIAS 
 
- Aumento do transporte de oxigênio: diminui a 
diferença de oxigênio arterial e venoso. 
- Progesterona aumenta a ventilação 
- Aumento da consciência do desejo respiratório: 
dispneia subjetiva. 
- Centro respiratório cerebral mais sensível ao CO2. 
No diafragma há elevação de cerca de 4cm, 
aumento de 2cm no diâmetro e aumento de 6cm na 
circunferência torácica. 
Pode ocorrer epistaxe pela hiperemia, 
hiperatividade glandular, aumento da atividade 
fagocítica e do conteúdo mucopolissacarídeo. 
- A epistaxe é mais comum no 
O crescimento nasal pode causar congestão. 
 
ALTERAÇÕES URINÁRIAS 
 
Rim 
- Aumento de 30% 
- Aumento TGF (50% no 2° trimestre) 
 . Diminuição nos níveis sanguíneos de ureia e 
creatinina (na gestação a creatinina normal é de 0,8). 
 . A glicosúria aumenta TFG e diminui a capacidade 
de reabsorção tubular de glicose (pesquisar diabetes). 
- Dia: acúmulo de água causa edema 
- Noite: mobilização de líquidos e excreção causa 
nictúria em 86%. 
 
Ureter 
- Hidronefrose (86% direita) 
 . Dextroversão uterina 
 . Complexo venoso ovariano à direita: dilatado na 
gestação, oblíquo ao ureter. 
 . Diminuição do peristaltismo por ação da 
progesterona sobre a musculatura lisa. 
 . Resolução em 6-12sem pós-parto. 
 
Bexiga 
- Aumento do volume residual de urina pela 
compressão vesical pelo útero. 
- Incontinência urinária por aumento da pressão 
vesical. Como compensação há aumento da pressão 
intrauretral. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
10 
 
- Maior chance de infecção urinária por aumento da 
estase devido convexidade da bexiga, compressão 
ureteral e vesical e diminuição do peristaltismo. 
 . Pode levar ao trabalho de parto prematuro. 
 
ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS 
 
Apetite 
- Desejos: carboidratos, frutas e vegetais. 
- Aversão: alimentos, chá, café, frituras e fumo. 
- Perversão do apetite (pica ou malácia): giz, areia e 
carvão. 
 
Boca 
- Gengiva: hipertrofia gengival e maior tendencia ao 
sangramento. Épulis gravídico. 
- Glândulas salivares: volume salivar normalmente 
não se altera. Pode haver sialorreia ou ptialismo 
(salivação excessiva). 
- Dentes: a placa bacteriana e o pH ácido da saliva 
são fatores predisponentes à caries. Além disso, uma 
higiene inadequada pode levar a maior exposição do 
esmalte ao ácido gástrico. 
 
Esôfago 
- Pirose: diminuição do tônus do EEI, da pressão 
esofagiana e da peristalse. 
 
Estômago e intestino 
Tais órgãos são deslocados para cima. O 
esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal é 
diminuído devido alteração hormonal e mecânica. 
O apêndice é deslocado para cima e para o lado. 
 
 
Queixas mais comuns 
- Pirose: diminuição do tônus EEI + aumento da 
pressão gástrica + diminuição da pressão esofagiana + 
diminuição da velocidade de peristalse esofágica. 
- Gengivorragia: hiperemia e amolecimento. 
- Constipação: diminuição do peristaltismo. 
- Hemorroida: constipação + aumento da pressão 
venosa. 
 
Fígado e vesícula 
- Aumento hepático (palpável) mas não altera 
posição. 
- Aumento fosfatase alcalina (2-4x): fosfatase 
alcalina placentária. 
- Diminuição da contração vesicular: aumento da 
estase (aumento da prevalência de colelitíase). 
- Retenção de sais biliares: prurido gravídico 
- Aumento do colesterol total e TG. 
 
ALTERAÇÕES ENDOCRINALÓGICAS 
 
Hipófise 
- Aumento de 135% 
- Síndrome de 
Sheeham 
 
 
 
Tireoide 
- T3 e T4 total aumentados 
- T4 livre normal 
- Aumento da vascularização (sopro tireoidiano). 
- Hiperplasia e hipertrofia tecidual: aumento da 
produção de hormônios (T3 e T4), aumento da TBG. 
- Diminui iodo sanguíneo devido aumento de TFG. 
- Qualquer bócio deve ser investigado. 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
Processo inflamatório na gestação 
 
- Pró-inflamatório (início da gravidez) 
 . Implantação e placentação. 
 . Blastocisto atravessa o epitélio. 
 . Trofoblasto precisa reparar endotélio e m. liso dos 
vasos maternos 
 . Células sendo invadidas, morrendo e sendo 
reparadas. 
 . Necessidade de remoção de debris celulares e 
reparo uterino adequado. 
 
- Anti-inflamatório (meio da gravidez) 
 . Rápido crescimento e desenvolvimento fetal. 
 . Necessidade de estado anti-inflamatório. 
 
- Recrudescimento do processo inflamatório 
 . Influxo de células imunes no miométrio. 
 
Processo anti-inflamatório na gestação 
- Supressão de células T-helper (TH) e T-citotóxica 
(Tc). 
- Diminuição da secreção de interleucina-2 (IL-2), 
interferon-gama e fator beta necrose tumoral: 
provável causa de remissão de doenças autoimunes 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
11 
 
na gravidez (artrite reumatoide, esclerose múltiplas e 
tireoidite de Hashimoto). 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
As alterações são poucas e sutis: 
- Memória: declínio transitório. 
- Olhos: diminuição da pressão intraocular, 
diminuição da sensibilidade e leve espessamento da 
córnea. 
- Sono: sonolência no primeiro trimestre (ação da 
progesterona), sono prejudicado no 2° e 3° trimestre. 
 
ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS 
 
- Crise previsível. 
- Sensação de fragilidade, preocupação e 
responsabilidade. 
- Medo do desconhecido: parto, bebê (vai ser 
normal? será perfeito?). 
- Serei boa mãe? 
- Ambivalência afetiva: quero/não quero, posso/não 
posso. 
- Mudanças bruscas de humor, atenção. 
- Inquietação, irritabilidade. 
- Blues puerperal: tristeza transitória. 
- Depressão pós-parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É constituída pela bacia ou pelve, que engloba os 
ilíacos (ílio, ísqui e pube), sacro e cóccix. 
A pelve maior é a anatômica e a menor é a 
obstétrica. Tudo acima do estreito superior é pelve 
maior e tudo abaixo é pelve menor. 
 
Há 04 fatores a serem avaliados no trabalho de 
parto: 
- Passagem 
- Passageiro 
- Power (força) 
- Psicológico 
 
BACIA ÓSSEA 
- Estreitos (planos): superior, médio e inferior. 
 
Estreito superior 
- Promontório. 
- Asas do sacro. 
- Interlinha do seio sacrilíaco. 
- Linha arqueada do ílio. 
- Eminência íliopectínea. 
- Crista pectínea. 
- Margem superior da pube. 
- Sínfise. 
 
Acima da linha colorida é chamado de “pelve maior” 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
12 
 
Parto pélvico é de dificuldade progressiva, pois a 
cabeça é a última estrutura para sair. 
Estreito médio 
- 1/3 inferior sacro (4º e 5º). 
- Borda inferior ligamento sacrociático. 
- Espinha ciática. 
- Borda inferior sínfise. 
 
Note que vai do sacro até a espinha ilíaca. 
 
Estreito inferior 
Há dois triângulos: 
- Base: bituberoso 
- Anterior:ângulo subpúbico (90-100°) 
- Posterior: ponta do sacro. 
 
 
DIÂMETROS 
 
Estreito superior 
- Conjugado verdadeiro (obstétrico): 11cm 
- Transverso médio: 12cm 
- Oblíquos (E e D): 12cm 
 
O primeiro oblíquo está em azul vai da eminência 
pectínea esquerda até a sinostose. É assim chamado 
por causa da sutura sagital do RN apoiada nessa linha. 
O segundo está em vermelho, vai da eminência 
pectínea D até a sinostose sacroilíacra E. 
O conjugado vai do promontório até a borda 
superior da sínfise púbica (avaliado apenas por exame 
de imagem), outro conjugado vai até a borda inferior, 
que pode ser avaliado pelo toque. 
O conjugado obstétrico é a menor distancia, vai do 
promontório até a porção mais saliente da sínfise, 
chamada de ponto retrosinfisário de Crouzat. 
 
Estreito médio 
- Sacromédio-púbico: 12cm 
 . Fica na metade da terceira sacral até o meio do 
pube. 
- Biciático: 10cm 
 . Vai de uma espinha ciática até a outra. 
 
 
Estreito inferior 
- Cóccix-subpúbico (conjugata exitus): 9cm (11-
12cm). 
 . O tamanho varia, pois o cóccix é móvel e ao 
passar a cabeça há a retropulsão dessa estrutura. 
- Bituberoso: 11cm 
- Sagital posterior: 7,5cm 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
13 
 
PLANOS PARALELOS (Hodge, 1864) 
 
Quatro planos 
1°: Estreito superior 
2°: Borda inferior da sínfise, metade da S2 
3°: Espinhas ciáticas (plano 0 de Lee) 
4°: Ponta do cóccix 
 
Toda vez que a cabeça estiver acima do plano 0, 
direi que os números são negativos. 
 
Arco anterior 
Região da bacia adiante do transverso médio (raio 
normal de 6cm) 
 
Eixo da bacia 
União dos centros dos diversos planos. Linha de 
progressão de Sellheim. 
 
Inclinação pélvica 
Estreito superior com o plano horizontal (60°). 
 
BACIA MOLE 
Infundíbulo prineovulvar. 
 
Diafragma pélvico 
- Leantadores do ânus (puborretal, pubocóccico e 
iliocóccico). 
- Músculos isquiocóccicos. 
 
Diafragma urogenital 
- Bulbocavernoso. 
- Isquiocavernoso. 
- Transverso superficial do períneo. 
- Esfíncter externo do ânus. 
 
 
A ciência desses músculos é importante para o 
procedimento da episiotomia, que pode ser 
transversa ou mediana. 
Ao passar a cabeça há risco de laceração do esfíncter 
externo do ânus. 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA BACIA OBSTÉTRICA 
Pelvimetria (interna e externa) 
Pelvigrafia (interna e externa) 
 
Pelvimetria interna 
Estreito superior 
 
- Medida do conjugado verdadeiro ou obstétrico 
- Promontório até o ponto retrossinfisário de 
Crouzat (ponto mais saliente na face posterior da 
pube) 
- Medido indiretamente através da medida do 
conjugado diagonal (promontório até a borda inferior 
da sínfise púbica) RELAÇÃO DE SMELLIE 
- Conjugado verdadeiro = conjugado diagonal 
(1,5cm). 
 
Pelvimetria externa 
Estreito inferior: medida do diâmetro bituberoso 
(prova do punho) 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
14 
 
 
 
Pelvigrafia interna 
- Estreito superior: arco anterior 
- Estreito pélvico: espinhas ciáticas 
 
 
Pelvigrafia externa 
- Ramos isquiopúbicos 
- Ângulo subpúbico: > 90° facilita o parto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
15 
 
 
Feto de termo 
Peso 3.000g - 3.500g. 
Comprimento 50 cm (lambda-calcâneo). 
Cabelos: 1-3 cm. 
Unhas. 
Orelha e nariz. 
Verniz caseoso. 
 
SEGMENTO DE DISTOCIA (BOERO) 
- Cabeça 
- Cintura escapular 
- Cintura pélvica 
 
Cabeça 
- Ossos: frontais (2), temporais (2), parietais (2), 
occipital, esfenoide e etmoide. 
- Suturas, fontanelas e formações especiais. 
 
 
 
Fontanelas 
- Bregma: 4x3 (18m) 
- Lambda: sinal do compasso de Varnier (2-3m) 
- Glabela (metópica ou mediofrontal) 
 
 
Lambda 
 Bregma 
 
Sinal do compasso 
 
 
Ao fazer o exame de toque, se vê ali a sínfise púbica, 
ísquio em baixo. A cabeça do bebê está colocada no 
canal de parto na pelve menor. Deve-se passar o dedo 
nesse sentido da imagem e laterolateral. Nisso estou 
procurando a sutura e a fontanela que tenho ali. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
16 
 
Se passar o dedo para cima, sentimos que tem o 
lambda (que está anterior), o bregma está mais 
posterior em relação a mãe→ depende da posição da 
cabeça do bebê. 
Na cefálica fletida temos o lambda como ponto de 
referência. O bregma é quando o feto está com a 
cabeça mais defletida. 
Achei uma fontanela e estou em dúvida: devemos 
seguir na sutura sagital e avaliar a anterior e posterior, 
o bregma sempre vai ser maior. 
 
DIÂMETROS ANTEROPOSTERIORES 
 
 
DIÂMETROS TRANSVERSOS E VERTICAL 
 
 
CIRCUNFERÊNCIAIS 
- Occipitomentoniano (grande ou maior): 37cm 
- Occipitofrontal: 34cm 
- Suboccipitobregmática: 32-33cm 
- Hiobregmática: 33cm 
 
CINTURA ESCAPULAR 
- Bisacromial: 12cm (9cm) 
- Circunferências: Bisacromial: 34cm; esternodorsal 
(torácica): 32cm. 
 
CINTURA PÉLVICA 
- Bitrocantérico: 9cm. 
- Circunferências: Sacrotibial: pélvica completa; 
sacrofemural: pélvica incompleta. 
 
ATITUDE FETAL 
Relação entre as diversas partes fetais. 
 
Eixo fetal: 25cm. 
O feto fica em flexão, a posição das pernas que pode 
alterar mais. Com esse tamanho que esse feto tem, 
sabemos que ele não consegue se movimentar muito. 
Além disso, tem pouco líquido amniótico também. 
 
SITUAÇÃO 
É a relação entre maior eixo uterino e maior eixo 
fetal. Temos apenas 2 tipos de situação: longitudinal 
ou transversa. 
 
a) Longitudinal (apresentação cefálica) 
b) Longitudinal (apresentação pélvica) 
c) Transversa→ tendo como via de parto a cesárea 
(maior eixo fetal não corresponde ao maior eixo 
uterino) 
 
APRESENTAÇÃO 
É a região fetal que ocupa o estreito superior e nela 
vai se insinuar. 
Não dá para definir uma apresentação com um feto 
de 20 semanas, já que não tem resistência para a 
passagem, ele pode mudar. 
Definimos a apresentação quando a está bem 
definida no estreito superior que é por volta de 34-37 
semanas. 
 
Situação Longitudinal 
- Apresentação Cefálica 
- Apresentação Pélvica 
 
Situação Transversa 
Apresentação Córmica (tem esse nome porque vem 
derivada de ombro que estará colocado no estreito 
superior). 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
17 
 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA 
 
 
Apresentação de vértice 
A apresentação cefálica fletida. Flexão completa da 
cabeça e se eu olhasse a pelve por baixo, veria que é a 
fontanela é o lambida. 
 
Temos 3 graus de deflexão: 
Defletida de 1º grau: apresentação cefálica de 
bregma. Apresenta flexão moderada, bebê não 
apresentou superflexão. Apresenta diâmetro 
occiptofrontal. 
O bebê durante o trabalho de parto, por diferença 
de pressão uterina (força contrátil pra baixo) e da 
pelve (e contrapressão da pelve), ele termina de fazer 
a flexão, se transforma em uma apresentação cefálica 
fletida. Então nesse trabalho de parto eu começo a 
sentir o bregma e depois consigo sentir o lambda. 
Com isso, sabemos que há chance de ter uma via de 
parto baixa. 
Defletida 2º grau: Apresentação de fronte.Ao 
toque, identificamos a glabela. Nesse caso temos uma 
leve extensão. O diâmetro que passa é o 
occiptomentoniano (13 cm). Ele não nasce via baixa. 
Nessa posição o bebê pode nascer um pouco 
inchado→ Cesária 
Defletida de 3º grau: Apresentação de face. Nesse 
caso o bebê apresenta extensão completa da cabeça. 
Ao fazer o toque, tocamos a face do bebê. O diâmetro 
que passa é o hiobregmática, com 9-9,5 cm. Isso 
permite que haja um parto normal nessa posição. 
Temos que saber que a defletida de 1º grau não é 
um impedimento para nascimento do bebê via baixa, 
porque ele vai passando da deflexão para a flexão 
completa. Passando da defletida de 1º grau para 
cefálica fletida – então a occiptofrontal, vai dar lugar 
ao suboccpitobregmático. 
Já a de 2º grau, por apresentar o maior diâmetro de 
insinuação, não nasce via baixa, porque não tem na 
pelve um diâmetro maior que esse. 
Na defletida de 3º grau, como também tem o menor 
diâmetro, só que hiobregmático, ele também pode 
nascer via baixo, de parto normal. No entanto, 
nascerá um pouco inchado. 
 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA 
 
 
Apresentação pélvica incompleta 
Geralmente nessa posição, ele fica como se 
estivesse abraçando os membros inferiores. Essa 
apresentação também é conhecida como modo de 
nádegas ou agripina. 
 
Apresentação pélvica completa 
Bebê está como se fosse um buda. Rebatimento da 
coxa sobre o tronco e da coxa sobre as pernas. É 
também chamada de pelvipodálica. 
 
Variação 
Modo de pé. Não é muito comum. O bebê nasce via 
baixa, mas é muito mais arriscado. Se for pequeno dá 
para nascer assim, se for maior, de 2-3kg, já começa a 
complicar mais. 
Daria tempo de fazer assistência via cesariana, 
porém se ele não estivesse já saindo. 
Situação transversa, com indicação de parto via alta. 
OBS: em apresentação pélvica indica-se parto 
cesariano, já que revela um parto de risco maior se 
fizer por via baixa. 
Há evidências de que parto pélvico, é melhor ser 
feito via cesárea. 
 
APRESENTAÇÃO CÓRMICA 
 
Situação é Transversa, do ponto de vista fetal é (A). 
Estreito marcado na foto. Indicação de cesárea. 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
18 
 
Nomenclatura Alemã 
Na nomenclatura da apresentação córmica tudo é 
em relação ao bebê. Se o dorso dele está anterior ou 
posterior. 
1. Em relação ao estreito superior, o ombro mais 
próximo a ele é o direito. Acrômio Direito Anterior 
(ADA) 
2. Acrômio Direito Posterior 
 
Determinantes Da Apresentação 
 
Fenômeno de Conversão Uterina, por volta da 20ª 
semana. Em que o útero passa de uma forma esférica 
para uma forma cilíndrica. A partir do momento que 
fica de forma cilíndrica, ele tenta ocupar o maior eixo 
do útero. 
Acredita-se que seja um dos determinantes para 
definição da apresentação, se vai ser cefálica ou 
pélvica. 
 
Teorias apresentação cefálica: 
- Aristóteles: teoria gravitacional 
- Simpson: teoria da acomodação 
 
POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÃO 
 
Como dar o diagnóstico de como a cabeça está 
posicionada: 
Franceses 
Apresentação pélvica e cefálica. Relação entre 
pontos de referência fetais e maternos. Verificar o 
ponto de referência fetal e materno e colocar um 
junto ao outro. 
Pontos de referência maternos: promontório, 
sinostose sacro-ilíaca (2), diâmetro transverso médio 
(2), eminência ileopectínea (2), pube. 
Fetais: 
- Apresentação de Crânio: occipito (O) – usamos o 
lambda, é na cefálica fletida. 
- Apresentação de Bregma (B) – na defletida de 1º 
grau 
- Apresentação de Fronte: nariz (N) – na defletida de 
2º grau 
- Apresentação de Face: mento (M) – na defletida de 
3º grau 
- Apresentação de Nádega: sacro (S) – apresentação 
de pélvica 
- Apresentação de Tronco: acrômio (A) – 
apresentação córmica 
 
 
 
 
Alemães 
Só usamos essa para apresentação córmica 
É dada através da orientação do dorso fetal 
- Esquerda ou 1ª 
- Direita ou 2ª 
 
FREQUÊNCIA 
 
Não se sabe o porquê, mas sabe-se que a 
apresentação pélvica está muito relacionada a 
trissomias, principalmente do 21. 
 
NOMENCLATURA 
A) Ponto de referência da apresentação. 
B) Posição (direita ou esquerda da mãe). 
C) Variedade de posição (anterior, posterior, 
transversa) – relacionado aos pontos de referência 
fetais e maternos. 
Ex: Occipto-esquerda anterior (OEA), Occipto direita 
posterior (ODP), Sacro Esquerda Anterior (SEA), Sacro 
direita Anterior (DAS), Occipto Púbica (OP), Occipto 
Sacro (OS), etc. 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA MATERNOS 
Pontos que fazem parte do estreito superior. 
 
CEFÁLICA FLETIDA 
Baseado no ponto que encontro o ponto de 
referência fetal, dá-se um nome: 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
19 
 
Se o occipto tiver do lado esquerdo, falamos que 
está em occipto esquerdo e transverso. 
 
Caso Clínico 
Fez o toque e a sutura sagital, encontra-se no 1º 
oblíquo. O ponto de referência fetal é o lambda e o 
dorso fetal é anterior. 
1º obliquo: vai da eminência ileopectínea esquerda 
até a sinostose sacroilíaca direita. Então a sutura 
sagital cruza os dois. 
O ponto de referência fetal é o lambda (O). Mas ele 
diz que é anterior. 
Resposta: OEA 
 
 
1. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica 
Diagnóstico é ODA. 
2. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica 
Diagnóstico é ODT 
3. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica ODP. 
Se a cabeça tivesse mais estendida, poderia ser BEA. 
4. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica. 
Diagnóstico é OEA porque o dorso está mais virado 
para a frente, não consigo ver/”sentir” o rosto do 
bebê. O lambda está à frente do diâmetro transverso 
médio. 
5. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica. OET 
(porque vejo direitinho a orelha dele, ele está bem 
mediano.) 
6. Situação Longitudinal. Apresentação Cefálica. 
 
OEP 
 
1. Defletida de 3º grau, apresentação de face. 
Situação Longitudinal. Apresentação cefálica. 
Diagnóstico: Cefálica Defletida de 3º grau, com isso 
sabemos que o ponto de referência é o mento (M) - 
MDA. 
2. Defletida de 3º grau, apresentação de face. 
Situação Longitudinal. Apresentação cefálica. 
Diagnóstico: MDP 
3. Defletida de 3º grau, apresentação de face. 
Situação Longitudinal. Apresentação cefálica. 
Diagnóstico: MEA 
4. Situação Longitudinal. Apresentação Pélvica. 
Diagnóstico: SEA 
5. Situação Longitudinal. Apresentação Pélvica. 
Diagnóstico: SEP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
20 
 
 
A semiologia é a parte da medicina relacionada ao 
estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas 
através de exames e avaliações físicas para o correto 
diagnóstico de patologias e afins. 
 
Propedêutica obstétrica 
1. Indentificação 
2. Anamnese 
3. Exame físico geral 
4. Exame físico obstétrico 
5. Procedimentos complementares 
 
Identificação 
- Nome 
- Idade 
- Cor 
- Estado civil 
- Profissão 
- Procedência 
 
Anamnese 
 
a) Queixa Principal 
- Pré-natal 
- Sangramento 
- Dor 
Pré-natal de rotina, sangramento (Sangue vivo? 
Coágulos? Espontâneo? Após exercício físico ou 
relação? Tem dor?), dor (Que tipo de dor? Tem 
irradiação? Tem algo que melhora ou piora?) 
Necessário esmiuçar essas queixas para determinar a 
melhor conduta. 
- Antecedentes Familiares 
- Antecedentes Pessoais 
- Antecedentes Obstétricos 
 
b) Ginecológica 
- Antecedente Menstrual (DUM, menarca,como é a 
menstruação? É regular? É sangue vivo? Tem 
coágulos?) 
- Antecedente Sexual (Quando foi a sexarca? 
Quantos parceiros sexuais já teve? Existe história de 
IST? Foi tratado?) 
- Antecedente mamário 
- Antecedente cirúrgico 
- Infecções 
- Método anticonceptivo 
- Data da última menstruação (DUM) 
 
 
c) Obstétrica 
- Número de gestações 
- Evolução das gestações anteriores 
- Complicações nas gestações anteriores (Se fórceps, 
qual o motivo?) 
- Tipo de partos (parto vaginal, cesárea) 
- Peso de filhos anteriores 
- Complicações do parto 
 
Data Da Última Menstruação 
- Confiável ou não 
- Ciclos regulares 
- Uso de métodos anticoncepcionais 
 
Dosagem de BCHG (quando chega em amenorreia): 
teste de gravidez. 
USG 
Exames pélvicos 
 
d) Idade gestacional 
 
- Regra de Naegele 
 . (DUM + 7 dias) – 3 meses 
 
Exemplo 
- DUM: 07/05/2020 
- DPP: 22/02/2021 
Idade gestacional 
31 (Maio) - 7 = 24 + 30 dias (Junho) + 31 dias (Julho) 
+ Agosto (hoje 24): 24 = 109 dias 
109 / 7 → 15 semanas e 5 dias 
Com isso, sabemos que a DUM está errada 
Pela USG 
Se o 1º primeiro ultrassom for feito em: 
- Até 12 semanas → erro 3 dias 
- 12-20 semanas → erro 7 dias 
- 20-32 semanas → erro 1,5 semanas 
- > 32 sem → erro 2,5 semanas 
OBS: se tiver dentro do erro a DUM está correta; se 
não tiver se baseia no ultrassom. 
 
3) Exame físico geral 
- Tipo somático: IMC = p/h² → para saber se a 
paciente é nutrida ou não, se está acima do peso. 
Serve para pensar na conduta. 
- Tipo constitucional: Normolíneo, brevelíneo, 
longilíneo, atético ou displásico. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
21 
 
- Estado Nutricional: Tecido adiposo e muscular 
- Fáscies: Normal ou atípico (caquética, desnutrida) 
- Mucosas: Normocoradas, hipocoradas e 
descoradas 
- Pelos: Distribuição (normal ou masculinizada→ 
hirsutismo) 
- Pele: Lesões sifilíticas, condilomas, doença de 
Paget 
- Demais Aparelhos: Apalpar mama, abdômen, 
verifica sinais de TVP, aparelho pulmonar, aparelho 
cardiovascular. 
- Exame Genital 
 . Inspeção De Genitália Externa 
 . Posiciona a paciente em posição ginecológica e só 
descobre quando for examinar. 
 . Pesquisa lesões, secreções, amostragem. 
- Exame Especular 
 . Verifica a aparência do colo, secreções, coleta da 
citologia oncótica 
 . Aparência do colo 
 . Colheita da citologia oncótica (se houver lesão 
ASC-US, ASC-H ou atipia colhe-se colposcopia) 
 . Secreções – pH vaginal (normal: 4 a 5) 
 . Teste das Aminas (cadaverina) 
 . Bacterioscopia: Gram (vaginose) 
 . Exame a fresco 
 
Teste das aminas 
Se a paciente tiver corrimento, deve-se pingar KOH 
na secreção. Se tiver vaginose bacteriana, as bactérias 
vão liberar várias enzimas, que liberará um cheiro 
fétido. 
Se não tiver nada disso no consultório, deve-se 
colher a secreção numa lâmina e mandar pro 
laboratório verificar o gram. 
 
Colpocitologia Oncótica (Papanicolau) 
 
 
Toque vaginal 
Avaliação da bacia, detectar anomalias do canal de 
parto. Avalia os estreitos e seus diâmetros, avalia a 
variedade de posição e altura de apresentação 
- Avaliação da bacia 
- Determinar características do colo 
- Determinar variedade de posição 
- O toque também serve para analisar anamalias do 
canal de parto 
 
Palpação do colo uterino 
- Consistência 
- Localização 
- Esvaecimento (apagamento) 
- Dilatação (se houver dilatação avaliar a 
apresentação do bebe no canal) 
Ocorre a avaliação de Membranas Ovulares, 
apresentação Fetal e variedade de Posição 
- Relação do ponto de referência da apresentação e 
a posição que ocupa na pelve materna. 
 
4) Exame físico obstétrico 
 
- Medida da PA 
- Paciente sentada 
- Braço esquerdo 
- Repouso 
- 1º (PAS) e 5º (PAD) som de Kortfoff 
- Em pacientes obesas, ter manguito adequado 
(ouvir 1h +/-) 
- PA < 140 x 90 mmHg 
Sempre < 140x90 mmHg. Se for maior ou igual, a 
paciente pode ser hipertensa. 
Necessário deixá-la em repouso por um tempo e 
fazer a medição novamente. É importante verificar se 
o manguito está correto. 
 
Palpação uterina 
- Mioma uterino 
- Tumor ovariano 
- Bexigoma 
- Ascite 
- Obesidade 
- Meteorismo 
Avaliar a Consistência. 
- Altura Uterina: borda superior da sínfise púbica ao 
fundo uterino, na hora que bater no fundo do útero = 
medida de altura uterina. 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
22 
 
 
A altura uterina sempre tem que crescer, se 
estagnar ou reduzir deve-se fazer USG. 
Contrações: frequência, duração e intensidade. 
 
MANOBRAS DE LEOPOLD 
 
Segundo a Escola Alemã: 
 
O primeiro tempo é palpando o fundo do útero e 
delimitando o que tem no fundo uterino. Depois, 
palpa-se todo o abdome da gestante para descobrir 
de que lado está o dorso do bebê, se está à esquerda 
da mãe ou à direita da mãe. Após, palpa-se o estreito 
superior da bacia e determinar a apresentação fetal 
(que parte do bebê está na púbis da mãe). Por fim, 
palpa-se a púbis e verificar se há insinuação 
(“encaixado”). 
 
Primeira Manobra: palpa e delimitação da altura do 
fundo uterino→ “Delimitação do Fundo Uterino”. 
Segunda Manobra: palpa o dorso do bebê, verifica 
se está na direita, esquerda, posterior ou anterior→ 
“Avaliação do Dorso Fetal” 
- Destinada a estabelecer a localização do Dorso 
Fetal: 
 . Direita 
 . Esquerda 
 . Anterior 
 . Posterior. 
Terceira Manobra: apresentação fetal (determina 
que parte do bebê está no 1/3 superior da bacia)→ 
“Apresentação” 
- Destinada a determinar a apresentação que se 
relaciona com a pelve materna. 
Quarta Manobra: insinuação do bebê. Esta manobra 
está destinada a palpar o segmento fetal que está na 
pelve menor→ “Insinuação” 
- Realiza-se com a mudança da posição do 
examinador, voltando-se para os pés do paciente. 
 
Segundo a Escola francesa, as manobras são: 
Pela escola francesa, palpa-se a escava, fundo e 
dorso. 
- Escava - Fundo - Dorso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
23 
 
 
Anexos 
- Decídua 
- Placenta 
- Cordão umbilical 
- Sistema amniótico 
- Vesícula vitelina 
- Alantoide 
 
Funções 
- Proteção 
- Respiração 
- Nutrição 
- Excreção 
- Produção de hormônios 
- Local de troca de nutrientes e gases 
- Órgãos maternofetal 
 
DECÍDUA 
 
 
Do latim decidus = que cai (separa do útero após 
parto) 
A decídua é a camada basal do endométrio 
especializado. Todo mês a mulher se prepara para 
uma nova gestação, então a camada basal se 
desenvolve e o coxim endometrial se desfaz quando a 
mulher não engravida, permanecendo somente uma 
camada, a decídua, que é parte funcional do 
endométrio. 
Endométrio altamente modificado pela gestação em 
função da placentação hemocorial. Nesta última, 
ocorre o processo de invasão do trofoblasto, e muitas 
pesquisas têm sido feitas sobre a interação entre as 
células da decídua e os trofoblastos invasores. A 
decidualizaçáo – transformação de endométrio 
secretor em decídua - depende do estrogênio, da 
progesterona e de fatores secretados pelo blastocisto 
que está sendo implantado. 
É o endométrio gravídico. 
Responde a modificação dos níveis de progesterona, 
com o aumento dela, aumenta o tecido conjuntivo do 
endométrio e forma as células da decídua. 
É a camada funcional do endométrio gravídico. 
 
Decídua Basal 
Situada mais distante do concepto, mais profunda,é 
a parte funcional, forma o componente materno da 
placenta, isto é, onde ocorre a placentação - invadida 
por vilosidades; formada até o 5º mês. 
 
Decídua Capsular 
Parte endometrial, superficial da decídua - recobre 
concepto e o separa do restante da cavidade uterina. 
 
Decídua Parietal 
Mucosa de revestimento remanescente no útero – 
parte restante da decídua. Permanece na parede. 
Por volta da 18ª/20ª semana, há fusão da decídua 
basal com a parietal e a formação de uma cavidade 
única. 
 
PLACENTA 
 
O feto depende da placenta para suprir suas 
necessidades pulmonares, hepáticas e renais. 
A parte funcional do trofoblasto é o 
sinciciotrofoblasto que se inserem na camada 
endometrial. 
Proliferação do trofoblasto (pós fecundação), do 
saco corionico e das vilosidades coriônicas se dão ao 
final da 3ª semana. 
 
4ª semana: com o crescimento do saco coriônico, as 
vilosidades associadas a decídua capsular ficam 
comprimidas, reduzindo o fluxo sanguíneo. Essas 
vilosidades se degeneram formando uma área 
avascular que é o Córion Liso. 
Já as vilosidades associadas a decídua basal, 
ramificam-se e aumentam de tamanho formando o 
Córion Viloso, que separa o que vai da mãe para o 
bebê e vice-versa. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
24 
 
 
O sangue é levado até entre os vilos. Essa região que 
tem comunicação das artérias espiraladas e o córion 
viloso é a região de troca. 
O sangue materno chega e ocorre uma troca de 
substâncias através do sinciciotrofoblasto (SIN). 
Todos os hormônios são produzidos pelo SIN. 
 
Na hipertensão gestacional, a base da doença é o 
defeito no processo de desenvolvimento da placenta. 
No momento do corion frondoso entrando e 
invadindo o endométrio, invade também as artérias 
espiraladas, invadindo o espaço interviloso, 
destruindo a camada médias dessas artérias (camada 
muscular), de modo que o vaso relaxe e aumente sua 
complacência. 
Isso é o que a gente espera de uma gravidez normal. 
De modo que a pressão da gestante caia no 
desenvolver da gravidez. Shunt artério venoso, de 
modo que a resistência vascular cai, caindo a pressão 
arterial. Isso é muito bem observado no 2º trimestre. 
É um processo contínuo que vai até o final da 
gestação. Uma das teorias da hipertensão gestacional 
é que não ocorre essa segunda invasão e destruição 
da camada média. A pré-eclampasia é muito mais 
frequente nas primigestas. Há uma teoria de que se a 
mulher tiver filho com a mesma pessoa, há redução 
da chance de desenvolver a pré-eclampsia. 
 
 
 
Placentação 
- Primeira onda de invasão trofoblástica: 8/11 a 14 
semanas 
- Segunda onda de invasão trofoblástica: 14-22 
semanas. 
 
Isso é responsável pela formação de um shunt 
artério-venoso. 
A invasão ocorre quando o trofoblasto adentra as 
Aa. Espiraladas na sua camada muscular fazendo o 
vaso ficar complacente, assim irá sangue a vontade 
para nutrir o bebê. 
Por causa dessas ondas de invasão que a PA 
materna tende a cair no 2º trimestre → se não cai, 
tenho que investigar hipertensão gestacional. 
 
Características 
Tem forma 
discoide, com 
diâmetro entre 
15 e 20 cm e 
espessura de 2 a 
3 cm, pesa 500-
600 g 
correspondendo 
usualmente 1/6 do peso do feto, as margens da 
placenta são contínuas com os sacos amniótico e 
coriônico rompidos. 
 
Face fetal: interna, lisa e com inserção do cordão. 
 
Face materna: externa, cruenta e presença de 
cotilédones (microscopia do vilo corial). 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
25 
 
Funções 
- Metabolismo: sintetiza glicogênio, colesterol e 
ácidos graxos. 
- Transporte: há alguns mecanismos, como veremos 
abaixo. 
 
- Difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo 
e pinocitose 
- Transferência de gases (O2, CO2, CO); 
- Substâncias nutritivas: água, glicose, vitaminas 
- Hormônios: proteicos e esteroides 
- Anticorpos maternos: conferem imunidade ao feto 
- Temos a passagem de IgG materno pela placenta 
protegendo o bebê de algumas infecções, mas IgM 
não passa porque é uma molécula grande. Se no 
sangue do bebê tiver IgM significa que ele está 
infectado, se tiver IgG você busca saber se é do bebê 
ou da mãe. 
- Produtos de excreção: ureia, ácido úrico – é uma 
urina estéril 
- Drogas: heroína, analgésicos, sedativos 
- A placenta impede que grande parte das 
substâncias passem, mas alguns ainda passam. 
- Agentes infecciosos: rubéola, sarampo, 
poliomielite, sífilis e toxoplasma passam pela 
placenta. Bebê sofre de acordo com a idade 
gestacional – é muito pior se a infecção se dá no 1º 
trimestre. 
 
Secreção endócrina 
Hormônios proteicos (gonodotropina coriônica – 
HCG e outros) e esteroides (progesterona e 
estrógenos) secretados pela placenta. 
Especialmente a progesterona no início da gestação 
é produzida pelo corpo lúteo, pela presença do B-HCG 
(este é produzido no sinciciotrofoblasto). A placenta 
passa a produzir exclusivamente a progesterona por 
volta da 14ª semana. 
A progesterona é quem faz o útero ficar quiescente 
“molinho”, se retira a progesterona, fica mais duro e 
pode chegar a causar um aborto. 
 
Circulação placentária 
 
Ramificações das vilosidades-tronco para ocorrer 
troca de substâncias através da membrana placentária 
entre feto e a mãe Se dá através das ramificações, isto 
é, através das vilosidades-tronco. 
Ocorre troca de substâncias através da membrana 
placentária entre feto e mãe. Em teoria não há 
contato do sangue materno e fetal, para que não haja 
isoimunização. O sangue materno chega até o polo 
viloso, mas não ultrapassa o cito e o 
sinciciotrofoblasto. 
Por isso existe o espaço interviloso, em que o sangue 
materno chega e não ultrapassa o sinciciotrofoblasto. 
O sangue materno banha a parte externa do 
sinciciotrofoblasto para permitir que ocorram troca de 
gases e nutrientes com o sangue capilar fetal dentro 
do tecido conjuntivo nas vilosidades coriônicas. 
Normalmente, o sangue materno e o fetal não se 
misturam na placenta hemocorial. Temos 2 artérias e 
1 veia que vão se ramificar e se dividir em vários 
ramos dentro do espaço interviloso. 
 
 
Circulação placentária fetal 
 
O sangue oxigenado chega através das vilosidades, 
vem pela veia umbilical e vai para o fígado, lá se 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
26 
 
origina as artérias hepáticas e um ramo chamado 
ducto venoso, que cai na VCI, praticamente na boca 
do átrio direito, daí vai para o ventrículo direito e para 
o átrio esquerdo por conta do forame oval. Vai para o 
ventrículo esquerdo, é jogado para a aorta e vai para a 
circulação sistêmica. O sangue que foi desviado para o 
ventrículo direito, vai para a artéria pulmonar e vai 
para os pulmões. 
No entanto, o pulmão ainda não é funcionante: com 
isso, sabemos que existe outra comunicação, entre 
artéria pulmonar e aorta, levando o sangue pulmonar 
para a aorta através do ducto venoso para a 
circulação sistêmica. 50% do sangue do bebê vai para 
a circulação sistêmica pelo fígado e outro 50% pelos 
shunts. 
 
Resumindo... 
1. Sangue pouco oxigenado do feto vai para placenta 
pelas Aa. Umbilicais 
2. Dividem-se em Aa. Coriônicas (vilosidades 
coriônicas) 
3. Sangue fetal fica próximo ao sangue materno 
4. Sangue oxigenado do feto vai pela V. Umbilical 
 
Sangue oxigenado chega no bebê pelo cordão 
umbilical pela veia umbilical e o sangue pouco 
oxigenado, sai do bebê e vai para a mãe através da 
artéria umbilical.Circulação Placentária Materna 
O sangue que chega com as excretas, vem pelas 
artérias umbilicais e vão para a placenta. 
O sangue pouco oxigenado vem pra placenta através 
das artérias umbilicais se dividindo e formando as 
artérias coriônicas nas vilosidades coriônicas, ficando 
perto do sangue materno, fazendo a troca do oxigênio 
pelo gás carbônico, recebe o sangue oxigenado que 
vai chegar ao feto. 
 
Resumindo... 
1. Sangue no espaço interviloso, fora do sistema 
circulatório materno 
2. O sangue entra no espaço interviloso, vai para as 
Aa. Espirais Endometriais impedindo em jatos pela 
pressão sanguínea materna 
3. Flui em torno de vilosidades coriônicas ocorrendo 
troca de substâncias 
4. O sangue retorna através das Vv. Endometriais 
para circulação materna 
Espaço interviloso→ artérias espirais endometriais→ 
impelido em jatos pela pressão sanguínea materna→ 
flui em torno das vilosidades coriônicas→ ocorre troca 
de substância. 
MEMBRANA PLACENTÁRIA 
Constituída pelos tecidos extrafetais que separam o 
sangue materno do fetal, formada por 
sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo 
das vilosidades e endotélio dos capilares fetais 
- Barreira entre sangue materno e fetal 
- Constituída pelos tecidos extrafetais 
O embrião/feto é tecido do bebê, tudo que ficou no 
saco gestacional, ao redor dele, formam os anexos, 
muito importantes na gestação isso, chamados de 
tecido extrafetal. 
O tecido extrafetal forma uma membrana formada 
pelo sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido 
conjuntivo das vilosidades, endotelio dos capilares 
fetais. 
 
 
Essa camada azul e rosa de fora são a barreia 
placentária, composta de sincício e citotrofoblasto. 
Por dentro temos vasos arteriais e venosos que 
confluem na veia e artérias umbilical. 
 
Cordão Umbilical 
Vem da fusão de todas as vilosidades, que se 
fundem em vasos cada vez maiores que formam as 
artérias e o cordão umbilical. 
55 cm de comprimento e 1 a 2 cm de diâmetro 
(pode ter variações) 
Constituição 
- 1 veia e 2 artérias→ se tiver 1 artéria umbilical 
deve-se investigar má formação renal e cardíaca. 
- Tecido conjuntivo mucoso (Geleia de Wharton) 
envolve a artéria e a veia. 
 
Temos uma cavidade coriônica (tudo) e temos uma 
cavidade amniótica (em azul) que começa a crescer, 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
27 
 
se funde, acabando com o espaço coriônico, engloba 
tudo, formando uma membrana corio-amniónica. 
Quando essa cavidade começa crescer, ela envolve 
as estruturas que vem entre elas e o saco vitelínico, 
que dá origem a circulação fetal e forma o funículo; é 
nessa região que vai apertando e da origem ao cordão 
umbilical. 
OBS: não entender os desenhos como veia e artéria, 
isso é alantoide e saco vitelino. No meio disso surgirá 
a circulação. 
 
 CORDÃO UMBILICAL PATOLÓGICO 
 
Cordão Muito Longo 
Podem causar prolapso ou se enrolarem em torno 
do feto e deficiência de oxigênio (hipóxia). Pode 
formar um nó verdadeiro de cordão e ser 
comprimido. São situações raras. 
Cordão Muito Curto 
Podem causar a separação prematura da placenta 
da parede do útero durante o parto, no que 
chamamos de descolamento da placenta. Isso pode 
ser perigoso porque o bebê pode parar de “respirar”, 
pela troca de gases. 
 
Âmnio 
Cavidade amniótica começa crescer, o âmnio em si 
começa expandir essa cavidade e quando essa 
cavidade amniótica se funde a coriônica, tem-se 
origem as membranas. 
Saco amniótico cheio de líquido. 
Aumenta de tamanho e une-se à cavidade coriônica 
(córion liso) → forma membrana âmnio-coriônica na 
junção da cavidade amniótica e da cavidade coriônica. 
 
Líquido Amniótico 
É proveniente de: 
- Inicialmente das células amnióticas→ depois o 
bebê acaba transudando líquido 
- Líquido tecidual materno 
- Espaço interviloso da placenta 
- Trato respiratório fetal 
- A partir da 11ª semana recebe contribuição da 
urina expelida 
A maior parte surge a partir da 11ª semana, com a 
formação do sistema urinário (responsável por 70% 
do líquido) 
12ª semanas o bebê começa urinar e formar o 
líquido amniótico, mas ainda não concentrada. Então 
a maior parte do líquido amniótico é produzido pelo 
trato respiratório e por transudação da urina. 
A partir da 17ª semana, começa a produzir em maior 
quantidade, por ter capacidade de filtrar, sendo 
responsável pela maior quantidade de produção de 
líquido amniótico. 
OBS: pode ter até 2l de líquido total 
 
Volume 
- 10 semanas: 30 ml 
- 20 semanas: 350 ml 
- 37 semanas: 700 a 1000 ml 
 
O líquido é deglutido pelo feto e absorvido pelos 
tratos respiratórios e digestivo, vai para corrente 
sanguínea fetal e os produtos de excreção nele 
contido cruzam a membrana placentária, entrando no 
sangue materno no espaço interviloso. 
 
Polidrâmnio 
- Volume > 2000 ml 
Causado pela incapacidade do feto em engolir ou 
absorver normalmente o líquido amniótico ou excesso 
de produção, como por anencefalia (não consegue 
deglutir), diabetes (bebê hiperglicêmico, urinando 
mais do que deveria). 
Oligodrâmnio 
- Volume < 400ml 
Resulta, na maioria dos casos, de insuficiência 
placentária com fluxo sanguíneo placentário 
diminuído. 
Geralmente é defeito de produção, como por rim 
displásico ou ausente ou por insuficiência placentária, 
restringindo a chegada de O2 e o bebê prioriza os 
órgãos nobres como coração, cérebro e suprarrenais. 
 
Absorção 
É reabsorvido pela deglutição do feto e reabsorvido 
pelos tratos respiratórios e digestivo. Esse líquido 
amniótico reabsorvido, vai para corrente sanguínea 
fetal e os produtos de excreção nele contido cruzam a 
membrana placentária e entram no sangue materno 
no espaço interviloso. 
 
Composição 
99% água, 0,5% proteínas, 0,5% carboidratos, 
gorduras, enzimas e hormônios. 
 
Funções 
- Permite o crescimento extenso simétrico do 
embrião e muscular 
- Barreira contra infecções 
- Impede a aderência do embrião e âmnio (se adere, 
a região não se desenvolve mais→ “banda amniótica”) 
- Protege de traumatismos e choques 
- Ajuda a controlar a temperatura do feto 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
28 
 
Saco Vitelínico 
Não tem muita importância no desenvolvimento do 
embrião humano. No entanto, faz parte do 
desenvolvimento do tecido sanguíneo – células 
sanguíneas, depois passa a ser produzida pelo fígado. 
De pequeno tamanho e incorporado para formação 
intestino primitivo ao fim da 4ª semana; 
Entre a 2ª e 3ª semanas a circulação não está 
estabelecida, então tem papel transferência de 
nutrientes. 
A formação sangue se 3ª semana até formação 
fígado (6ª semana). 
Ao fim da 3ª semana as células germinativas 
primitivas (parede saco vitelino), migram para as 
glândulas sexuais em desenvolvimento e 
diferenciamse em espermatogônias e ovogônias. 
O canal restante destaca-se como a alça do intestino 
médio até 6ª semana e se persiste da origem ao 
divertículo de Meckel. 
 
Resumindo... 
2ª-3ª semana: a circulação ainda não está bem 
estabelecida, tem papel de transferência de 
nutrientes 
 Na 3ª semana, as células germinativas primitivas 
migram glândulas sexuais em desenvolvimento e se 
diferenciam-se em espermatogônias e ovogônias 
4ª semana: bem reduzido, está incorporado para 
formação do intestino primitivo→ ajuda na formação 
do intestino primitivo 
3ª-6ª semana: formação do sangue até formação do 
fígado (funções nutritivas) Canal restante se destaca 
da alça intestinal do intestino médio na 
6ª semana, se persistir formará o Divertículo de 
Meckel. 
 
 
Agestação começa depois da fecundação, com a 
união do gameta feminino e masculino na tuba 
uterina, especificamente na região angular da tuba 
uterina. Após isso, o zigoto (embrião unicelular de 46 
cromossomos) começa andar na tuba através do 
peristaltismo da tuba e células ciliares e vai tendo 
mitoses, formando blastômeros que passam 
transformações celulares, se especializam e formam 
diversos órgãos do nosso organismo. Mórula É um 
maciço celular de 16 células. Se dá em torno do 5º dia 
de gestação – período que o embrião chega na 
cavidade uterina. Blastocisto • Fase na qual ocorre a 
nidação. • Ocorre no 6º/7º dia de gestação após a 
fertilização. • Diferença da mórula e blastocisto: 
cavidade cheia de líquido, a blastocele. • As células 
vão para a periferia formando embrioblasto (origina 
células do embrião) e trofoblasto (células da periferia 
que formarão a placenta). Decídua • Embrião chega a 
cavidade como mórula, nidou como blastocisto. Esse 
endométrio se altera. • Decídua é o endométrio 
gravídico. As células ficam volumosas, com citoplasma 
rico em glicogênio e lípides. • É um local 
imunologicamente privilegiado ao embrião. • Fornece 
a nutrição inicial • Protege contra a invasão celular 
feita pelo trofoblasto. • O trofoblasto invade o 
endométrio, quando temos uma decidualização não 
adequada, temos alterações gestacionais, como 
acretismo gestacional. Placenta A placenta é um 
órgão que institui a separação mecânica entre os 
compartimentos fetais e maternos (mãe e bebê) 
Envolvida em processos tais como: • Estabelecimento 
e manutenção da gravidez • Crescimento fetal e 
Desenvolvimento até o início do trabalho de parto É 
ela quem institui o estabelecimento e a manutenção 
da gravidez. Ela é o órgão mais importante da 
gestação. Só funciona durante a gestação. Funções 1) 
Regulação da Troca Materno-Fetal a. Barreira 
Placentária b. Função Nutricional c. Função 
Respiratória 2) Função Endócrina 3) Função Imune 
Regulação Do Intercâmbio MaternoFetal • Artérias 
espiraladas das artérias uterinas→ veias coriônicas→ 
veia umbilical→ corpo do feto • Para facilitar essas 
trocas, a placenta amadurece com o avançar da 
gravidez 
o As vilosidades se ramificam, aumentando 
progressivamente a superfície de troca. No termo a 
área de troca é estimada em 11 m² Barreira 
Placentária A placenta atua como uma barreira 
seletiva que permite a passagem de diferentes 
moléculas e evitar a passagem de outras • Barreira 
seletiva • Chegam substâncias benéficas • Passagem 
de nutrientes é feita de diversas maneiras À placenta 
vão chegar: • Substâncias benéficas de origem 
materna (oxigênio, nutrientes, anticorpos, etc.) • 
Substâncias prejudiciais (por exemplo. Drogas, drogas, 
vírus, bactérias, etc.) Permite que chegue substâncias 
benéficas e evita que chega substâncias prejudiciais. 
Função nutricional e respiratória A passagem de 
nutrientes entre a mãe e o feto e regulada por vários 
mecanismos de troca transplacentária, dependendo 
da natureza de cada nutriente. A passagem de 
nutrientes entre a mãe e o feto é regulada por vários 
mecanismos de troca transplacentária, dependendo 
da natureza de cada nutriente. Difusão Simples: 
utilizado para água, gases (O2 e CO2), alguns 
eletrólitos (sódio, potássio, etc.) e alguns ácidos 
graxos livres. Difusão Facilitada: usado para transferir 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
29 
 
a glicose. Glicose principal fonte de energia para o 
feto. Um mecanismo de transporte adequado para 
garantir uma oferta adequada em todos os momentos 
é necessário→ por isso o problema da DM Transporte 
Ativo: usado por aminoácidos, vitaminas solúveis em 
água, alguns cátions (ferro, cálcio, etc.) e algumas 
lipoproteínasPinocitose: Moléculas maiores como a 
albumina e IgG (ex: imunoglobulinas [IgM - > molécula 
composta de 5 partes, então não passa por esse 
mecanismo/IgG passa {e pode conferir imunidade ao 
bebê}] e albumina). Na pinocitose tem invaginação da 
membrana que envolve substâncias, formando 
bolinha e liberando pra outro lado. Nesse mecanismo 
principalmente é levado IgG (imunidade passiva de 
determinadas doenças para o bebê). As Soluções De 
Continuidade Entre As Células Trofoblásticas: em 
condições patológicas podem atravessar a placenta, 
desta forma (por exemplo, algumas células de 
eritrócitos, leucócitos, espiroquetas, etc Questão De 
Prova: qual o mecanismo de transporte da glicose 
para o bebê? → Difusão facilitada! * No transporte 
ativo são levados principalmente os aminoácidos. 
Função Endócrina É o único órgão capaz de sintetizar 
ambas os hormônios protéicos, hormônios esteróides 
e neuropeptídeos Função endócrina = síntese ocorre 
exclusivamente no sinciciotrofoblasto • PAPP-A 
(alterado quando o bebê tem Down) • 
Coriogonadotrofina coriônica (HCG) Vinícius Thomaz 
Pignatari TXIII 35 Principais Hormônios Da Placenta a) 
Coriogonadotrofina Coriônica (hCG) Inicialmente 
produzida pelo sinciciotrofoblasto Tem subunidades 
alfa e beta (única de origem placentária→ só detecta 
na gravidez) A subunidade α = LH Duplica a cada 48h 
no início da gestação A subunidade β é único de 
origem exclusivamente coriônico, portanto, só pode 
ser detectado durante a gravidez É o HCG que causa o 
enjoo no início da gravidez. A hCG placentária é 
sintetizada muito mais cedo. Ele já pode ser detectado 
no sangue materno para o 9º dia de pós-fertilização O 
β-hCG é a base de todos os testes de gravidez → é 
esperado que duplique seu valor a cada 48h, 
produzido a partir da fertilização Pode ser detectado a 
partir do 9º dia pósfertilização Ação no início da 
gravidez: pico máximo entre 9-10 semanas (é quando 
a mulher pode ter náuseas, cansaço, etc). Depois que 
o corpo lúteo involui e placenta toma conta de 
produzir, há um platô lá pela 10ª semana e se 
mantem estável até o nascimento do bebê. Estimula a 
produção de progesterona no corpo lúteo→ manter a 
gravidez até a placenta ser formada Se houver hCG, o 
corpo lúteo continua ativo desde o dia 14 pós-
ovulação ficando ativo produzindo progesterona até a 
placenta ser capaz de sintetizar a sua própria 
progesterona a partir da 9ª semana b) Hormônio 
Lactogênio Placentário • Semelhante à ação do 
hormônio do crescimento (GH) • A sua ação principal 
é a de alterar o metabolismo materno para assegurar 
um fornecimento constante de glicose para o feto em 
todos os momentos • Com a lipólise materna, os 
ácidos graxos livres podem atravessar a placenta e são 
usados como fonte de energia materna. Esse ácido 
graxo chega ao bebê e também é utilizado pela mãe. • 
Economia de consumo de glucose • Pico de ação ao 
redor de 22-24 semanas OBS: DM gestacional é 
causada, principalmente, pelo Lactogênio placentário 
c) Hormônios Esteroides Os níveis de progesterona 
plasmática aumentar durante a gravidez 
Progesterona→ pró-gestação→ preguiça A 
progesterona é inicialmente é produzida pelo corpo 
lúteo, tendo como função principal a redução das 
contrações uterinas (quiescência do miométrio). Tem 
atividade imunossupressora, inibe a lactação, 
influência no desenvolvimento mamário. O estriol é o 
hormônio que aumenta o fluxo sanguíneo uterino, 
auxilia na embebição gravídica, auxilia hipertrofia e 
hiperplasia uterina. • Sua ação fundamental é a 
manutenção da gravidez: envolvido na formação da 
decídua e relaxamento do músculo liso uterino 
Estrogênio e progesterona estão envolvidos em: • 
Crescimento uterino e vascularização • 
Desenvolvimento mamário durante a gravidez (ductos 
lactíferos) Função Imunológica O trofoblasto viloso é o 
único tecido fetal que está em contato direto com o 
tecido materno (decídua, sangue materno e 
endotélio) durante toda a gravidez. Por ser de origem 
embrionária, contém material genético

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